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ODONTOPEDIATRIA · Conceito: é o ramo da odontologia que cuida da saúde bucal da gestante, dos bebes, das crianças e adolescentes. · Multidisciplinar Aula Anamnese + exame clinico + plano de tratamento Abordagem integral do paciente: · História médica · Saúde geral · História familiar · História dental · Exame extra e intrabucal Objetivo: obter o maior número de informações sobre o estado da saúde da criança Estabelecer diagnostico e plano de tratamento Entender como ocorre os problemas bucais nessa faixa etária · Microrganismo · Tempo · Hospedeiro · Substrato · Doces Adotar uma filosofia preventiva que considere o paciente como um todo de modo individualizado Anamnese: · Identificação do paciente · Saúde geral · História dental · Comportamento psicológico Hábitos · Alimentares – diário alimentar · Higiênicos – escova dentaria · Nocivos – chupeta, sucção digital, respiração bucal, onicofagia, deglutição atípica, interposição lingual, entre outros. Prevenção controle e tratamento da Doença Cárie · Os objetivos de tratamento restaurador são de reparar ou limitar os danos da carie, proteger e preservar a estrutura dental restabelecer a função, restaurar a estética (quando aplicável) e facilitar a manutenção da boa higiene oral. A vitalidade pulpar deve ser mantida sempre que possível. · Tipos de restauração: Amalgama Resina composta CIV · EDUCATIVA - PREVENTIVA – CURATIVA · Educativa: Controle mecânico do biofilme dental · Escovação (áreas de risco) · Fio dental · Limpeza profissional · Uso de evidenciadores · Orientação de pais · Preventiva · Probabilidade do indivíduo vir a desenvolver a doença e, dessa forma, todos os fatores envolvidos na sua etiologia podem interferir na sua terminação · Clinico-amnésico: (fatores de risco) Alto Baixo Higiene bucal ausente Higiene bucal presente Mamada noturna presente Sem mamada noturna Saúde geral alterada Boa saúde geral Uso de aparelho Consumo de açúcar controlado Dieta cariogênica Qual a importância de se avaliar a atividade de carie · Risco de desenvolvimento de novas lesões · Modalidade de tratamento adequada · Curativa · Mancha branca (desmineralização superficial do esmalte) · Orientação de higienização · Fluorterapia – tratamento de choque · Ativa – opaca, rugosa · Inativa – lisa e brilhosa Materiais e suas aplicações Cariostatico · É uma solução de diamino fluoreto de prata que foi desenvolvido com a finalidade de parar a progressão. 1. Remoção da dentina amolecida 2. Lavagem e secagem 3. Proteção dos tecidos moles com vaselina ou manteiga de cacau 4. Isolamento relativo 5. Aplicação com bolinha de algodão ou cotonete Flúor · Fluorfosfato acidulado a 1,23% · Fluoreto de sódio neutro 2% · Vernizes fluoretos Fluorterapia · Tratamento de choque · 4 sessoes de: · Profilaxia com predra-pomes e agua ou jato de bicarbonato · Bochecho com 10 ml de gluconato de clorexidina 0,12% · Aplicação tópica de flúor (mouse, gel ou verniz) Verniz flúor · Indicações: · Eficiência de aplicação x tempo de aplicação · Remineralizarão de manchas brancas não cavitadas Vernizes fluoretados: 1. Profilaxia prévia 2. Isolamento relativo 3. Aplicar o verniz com pincel ou brush 4. Fio dental nos espaços proximais 5. Não ingerir alimentos ou líquidos 2 horas 6. Frequência – 4 a 6 aplicações – 1 vez por semana 7. Endurece na presença da saliva 8. Evitar alimentos duros nas 12 horas iniciais 9. Reversão do processo de carie - remineralização Selante de fossas e fissuras 09.02 Descrição: São materiais com características adesivas que, pela obliteração mecânicadas das fissuras oclusais, têm como consequência a redução do acúmulo de biofilme bacteriano, mais facilidade de higienização e a prevenção ou o controle da lesão. · Os selantes são materiais empregados como coadjuvantes no tratamento da doença cárie em dentes posteriores · Promovem o vedamento das fossas e fissuras; · Utilização dos selantes: · Preventiva: em superfície de risco para desenvolvimento de lesões de carie · Terapêutica: como uma alternativa em lesões de carie presentes e limitadas ao esmalte – mancha branca ativa ou cavidade em esmalte. · O selante age como uma barreira, uma película protetora que, facilitando a limpeza dos restos alimentares e o controle da placa bacteriana, reduz o risco de essas superfícies cariarem-se. · Essa película protetora de selante não deve ser muito espessa, pois poderá interferir na oclusao. Ela deve apenas cobrir as superfícies rugosas dos dentes posteriores. O que é selar? · Fechar hermeticamente O que? · As superfícies oclusais · Primeiras as serem atingidas e as mais prevalentes em relação as lesões de carie. Indicações: Quando o dente não estabeleceu oclusão funcional Paciente carie-ativo, apresentando fissuras profundas e lesão em atividade Fossas e fissuras profundas. Selantes no momento atual ------------ sem nenhuma invasão ou remoção tecidual Técnica: 1. Profilaxia 2. Lavagem 3. Isolamento 4. Condicionamento com ácido fosfórico 5. Lavagem abundante 6. Secagem vigorosa da superfície 7. Aplicação do selante somente nos sulcos e fissuras 8. Polimerização de acordo com as instruções do fabricante 9. Avaliação da superfície 10. Reavaliação periódica Protocolo de conduta clinica · Avaliar o risco de carie · Avaliação do Comportamento · Avaliação das lesões e da atividade de cárie: - Fluorterapia - Adequação bucal - Manejo - Restauração · Manejo comportamental: - Falar - Fazer - Mostrar Controle da Dor Adequação do meio · É um conjunto de procedimentos clínicos que preparam o meio bucal para o tratamento. · Reduzir o foco de infecção · “Filosofia de tratamento”. · Instrução de higiene oral: - Orientação: técnica de escovação, uso do fio dental - Troca de Escova: 3 ou 4 meses, bebê - 2 meses, pós gripe - Desinfecção das escovas Selantes de fossas e fissuras em odontologia · São materiais com características adesivas que, pela obliteração mecânicas das fissuras oclusais, tem como consequência a redução do acumulo de biofilme bacteriano, mais facilidade de higienização e a prevenção ou controle da lesão. · Infelizmente, por uma questão de anatomia, nenhuma escova de dente possui cersas que consigam alcançar o fundo destas fissuras para promover ai a correta higienização. · Selar: fechar hermeticamente (mecanicamente) · As superfícies oclusais: primeiras a serem atingidas e as mais prevalentes em relação as lesões de carie · Momento critico – irrompimento e completa oclusao com o antagonista · Novo paradigma de abordagem da doença carie: · Atuação nos agentes etiológicos · Odontologia de mínima intervenção · Restaurações não curam a carie · Selantes no momento atual: Sem nenhuma invasão ou remoção tecidual · Utilização dos selantes: · Preventiva – em superfícies de risco para desenvolvimento de lesões de carie · Terapêutica – alternativa em casos de lesões de carie presentes e limitadas ao esmalte (mancha branca ativa ou cavidade em esmalte) · Selante – recurso adicional que não funciona sozinho · Selar ou não selar? · Correto diagnostico · Senso clinico · Critérios para avaliação · Tempo de erupção · Anatomia do dente · Estado motivacional do paciente · Controle do biofilme bacteriano · Avaliação do risco ou atividade de carie do paciente · Materiais · Selantes resinosos · Maior adesão · Técnica sensível – exige cautela na realização · Cimento de ionômero de vidro Aplicação de um agente de união · Uso de sistema adesivo como uma camada entre o esmalte e o selante: · Diminuição do risco de fratura dos selantes oclusais em 47% · Redução em 65% do risco de fratura dos selantes aplicados nas superfícies vestibulares e linguais Com a utilização do sistema adesivo - Melhor ligação inicial e uma ligação resiliente por mais longo · Profilaxia – as superfícies a serem seladas devem ser limpas, removerresíduos. · Agente de união + selante – aplica-se sobre toda a área condicionada, espalhando cuidadosamente com o ar comprimido. Polimerização conjunta. Protocolo clinico – selante resinoso Anestesia Isolamento absoluto Profilaxia com pedra pomes Condicionamento acido Apl do agente de união Leve jato de ar para espalhar o agente de união Aplicação do selante Polimerizar Ajuste oclusal Acompanhamento clinico Cimentos de ionômero de vidro Quando o controle da umidade for limitado, em dentes parcialmente irrompidos ou hipoplásicos, ou em pacientes com risco especifico para o desenvolvimento ou evolução de lesões que estão em esmalte, este material é uma alternativa. Protocolo clinico 1. Isolamento 2. Limpeza 3. Condicionamento 4. Lavagem 5. Manipulação 6. Aplicação do material 7. Remoção dos excessos 8. Proteção superficial 9. Avaliação oclusal Saliva – remineralizante natural Conclusão A indicação e o emprego clinico dos selantes dependem do senso clinico do profissional Vernizes fluoretados em odontopediatria 09.02 O uso odontológico do flúor é imprescindível como meio complementar para o êxito no controle da carie Flúor é importante aliado no controle e tratamento da doença carie em seus estágios inciais O primeiro conceitos importante: é o mecanismo de ação do ion flúor e sempre o mesmo, independente do meio de utilização. Agua fluoretada, dentifrícios, bochechos, produtos para aplicação profissionais. Flúor em verniz · Pode ser aplicado sobre os dentes na forma de verniz. Essa forma de aplicações é mais recomendada para pacientes muito jovens que não toleram o uso de moldeiras. · O verniz fluoretado é um fluoreto tópico concentrado, normalmente contento 5% de fluoreto de sódio em uma base sintética ou de resina.. fornece uma dose altamente concentrada de fluoreto e mantem um contato prolongado para inibir a carie · Para pacientes ou comunidades com altos índices de carie, a OMS recomeda uma aplicação de verniz a 5% de 2 – 4 vezes Vernizes fluoretados · Desenvolvidos com a finalidade de prolongar o tempo de contato entre o flúor e esmalte, atuando como reservatório do F de dissolução lenta · Localmente, altas concentrações de lfuor podem ser obtidas, e o fluoreto de cálcio pode ser formado Manejo comportamental e psicologia em odontopediatria 16.02 Manejo em odontopediatria A criança deve ser considerada nos aspectos gerais: · Comportamento · Individualidades Objetivos do manejo comportamental · Estabelecer comunicação com a criança e educar o paciente a colaborar durante o tratamento · Construir uma relação de confiança Profilaxia ---- restauração ----- exodontia Cognição É o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através: · Da percepção, da atenção, associação · Memoria, raciocínio, juízo, imaginação · Pensamento e linguagem Manejo comportamental Refere-se aos aspectos cognitivos, linguagem, sistema motor, sistema perceptivo, adaptação, inter-relação com o meio e outros. Manifestações emocionais do paciente na clínica odontológica · Ansiedade · Angustia · Medo · Resistência Métodos para fugir do tratamento · Agressão física · Palavrões · Banheiro · Fala o tempo todo · Beber agua Medo Sentimento da inquietação ante à noção de perigo real ou imaginário, de ameaça, pavor, temor. Medo odontológico objetivo: ñ está ligado apenas a experiências dolorosas mas tb cansativas/ desagradáveis. · Direto: experiência desagradável vividas pela criança, em consultório odontológico · Indireto: experiências desagradáveis vividas pela criança, em ambientes semelhantes ao consultório odontológico. Medo odontológico subjetivo: Esse tipo ocorre por sugestões, crianças que ouviram falar de experiências desagradáveis vividas por seus pais, parentes ou amigos no consultório odontológico. A criança grava a descrição e pode fantasiar exagerando o quadro. Choro · Dor · Tensão · Medo do TTO · Criança mimada · Cansaço · Determinar a origem · Conduta a seguir · Conversa: entender o choro “estamos aqui para ajudar você” Postura do cirurgião dentista Aprender a observar as informações valiosas contidas no olhar e na linguagem corporal e interpretá-las. O que este paciente está sentindo? · A máscara, o gorro, as luvas · Estar na altura do paciente · Controle da voz – volume, firmeza e confiança; Estimulação sensorial Considerações praticas no controle do comportamento · Cuidado com o instrumental · Presença mãe/responsável · Sinceridade · Consultas curtas Criação de vínculo Estratégias adequadas a idade Do nascimento aos 3 anos · A criança possui vínculo forte com a mãe · Medo, choro e conduta não cooperadora são reações normais que o bebê pode apresentar; · Reflexo de conjunto de ações fisiológicas, mentais, verbais e motoras, pelo qual se relaciona com o ambiente. “O CD deverá orientar aos pais que o choro do bebê é algo próprio de seu desenvolvimento” -Abridores de boca são instrumentos indispensáveis para o atendimento nesta idade; -Próximo aos 2 anos a interação torna-se mais plausível; -Nesta idade, o uso de recursos lúdico, tais como bonecos e fantoches, podem fantasiar positivamente o atendimento odontológico; -É uma idade que os bebes gostam de imitar os pais; -Falar/ mostrar/ fazer; -Recurso de distração; -Tom de voz tranquilo; 4 – 5 anos de idade · A patir de 4 anos adquiri maturidade cognitiva; · Precisa de limites e de controle moderado; · Boa auto-estima, orgulho de suas posses e conhecimento. 6 anos Idade de transição · Ansiedade; · Comportamento variado: choro e birra; · Medo de lesões corporais( sangue e agulha). Técnicas utilizadas Não restritivas: · Falar – mostrar – fazer · Comunicação não verbal · Modelagem · Distração · Reforço positivo (elogios, prêmios e brinquedos) · Controle de voz (crianças a partir dos 3 anos) · Mão sobre a boca Restritivas: · Joelho a joelho – procedimento mais rápido, até 3 anos, mãe no mocho (ensinar técnica higiene oral; exame clinico) · Corpo a corpo – utilizada em diversas situações (profilaxias – cirurgias) · No colo da mãe – utilizada para tomadas radiográficas e procedimentos que não exijam contenção por tempos longos · Contenção física- imobilização passiva 1. Facilitam a execução do tratamento 2. Existem dispositivos adequados ao atendimento de bebes e crianças (abridores de boca) Pré-medicação · Anti-histamínicos · Benzodiazepínicos · Sedativos hipnóticos (hidrato de cloral) · Neurolépticos Orientações ao responsável - procure sentir-se calmo para que seu filho também se sinta... -trazer roupa extra em caso de vômitos.... -reforço postivo “ mamãe está aqui” “seu dente está ficando bonito” etc... Cronologia da erupção dentaria e Estágios de Nolla 16.02 Erupção dentária- decíduos D. Decídua: 20 dentes (incisivo central, lateral, canino, 1 e 2 molar) D. Mista: D. Permanente: 32 dentes D. decídua 71 e 81: 6-9 meses 51 e 61: 9-10 meses 52 e 62: 10-11 meses 72 e 82: 11-12 meses 1 Molares: 16 meses Caninos superiores: 18 meses Caninos inferiores: 20 meses 2° Molares: 27-29 meses Por que criança com 1 ano não tem dentes? Pois não existe atrito da gengiva com o alimento Quando posso mandar pra Orto? Quando é indicado? A partir de 9 anos de idade, pois vai ter erupcionado os caninos. Erupção dentária- permanentes DECÍDUA PERMANENTE Arcada Superior MAXILA Incisivo central Incisivo lateral Canino 1º molar decíduo 2º molar decíduo 7 meses 9 meses 18 meses 14 meses 24 meses 7-8 anos 8-9 anos 11-12 anos (1º PM) 10-11 anos (1º PM) 10-12 anos (2º PM) 6-7 anos (1º molar) 12-13 anos (2º molar) 17-21 anos (3º molar) DECÍDUA PERMANENTE Arcada Inferior MANDÍBULA Incisivo central Incisivo lateral Canino 1º molar 2º molar 6 meses 7 meses 16 meses 12 meses 20 meses 6-7 anos 7-8 anos 9-10 anos 10-11 anos (1º PM) 10-12 anos (2º PM) 6-7 anos (1º molar) 11-13 anos (2º molar) 17-21 anos (3º molar) Estágio de desenvolvimento da dentição permanente (ESTÁGIOS DE NOLLA) NÍVEL: 0 = ausência de cripta 1 = presença de cripta 2 = calcificação inicial 3 = 1/3 da coroa completaRIZOGÊNESEINCOMPLETA 4 = 2/3 da coroa completa 5 = coroa quase completa 6 = coroa completa 7 = 1/3 de raiz completa 8 = 2/3 da raiz completa – já pode realizar exodontia do decíduo 9 = raiz quase completa, ápice aberto 10 = ápice radicular completo Cirurgia em Odontopediatria 07.03/09.03 Princípios básicos em cirurgia · Biossegurança · Diagnóstico correto (clínico e radiográfico) · Necessidade (indicação) e oportunidade · Instrumental e técnica adequada · Tamanho da cavidade · Idade do paciente · Preparo psicológico · Presença de germe do dente permanente · Tempo clinico · Controle da dor · Textura do tecido ósseo Controle da dor · Lembrar: tecido ósseo é – calcificado e + poroso = difusão rápida do sal anestésico · O forame mandibular na dentição decídua está localizado abaixo do plano oclusal Posição do forame mandibular: -Até 6 anos = 1 mm abaixo do plano oclusal -6 a 10 anos = ao nível do plano oclusal -10 a 16 anos = 5 mm do plano oclusal Classificação das cirurgias Tecido mole Tecido duro - frenectomias (lingual e labial) - retenção prolongada - cistos - indicação ortodôntica - mucocele - impactado ou infraoclusão - rânula - dentes supranumerários - Ulotomia / Ulectomia TECIDO DURO Técnica: · Avaliação do raio x (verificar rizolize, estagio de nolla, relação entre o dente decíduo e o germe do dente sucessor) · Anestesia · Sindesmotomia > liberação de todo o tecido gengival · Alavancas / fórceps · Luxação e avulsão · Luxação lateral: com elevadores apoiado sempre em osso sadio. Nunca em dente que não será extraído · Luxação apical e lateral: pressão apical e movimentos vestíbulo-lingual com fórceps · Curetagem: em caso de lesões · Irrigação · Compressão digital · Sutura LUXAÇÃO · Luxação: sempre apoiar em osso sadio; não apoiar no dente adjacente UTILIZAÇÃO DE FÓRCEPS · A ponta ativa do fórceps tem o formato do colo do dente; · A ponta ativa deve ser mantida paralela ao longo eixo do dente. UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS (ODONTOSSECÇÃO) Indicação: dentes anquilosados, possibilidade de remoção do germe do dente permanente. Os cuidados Cuidados no ato operatório · Extração acidental do germe do permanente > reimplante + sutura · Desloca/ acidental do permanente já irrompido > redução imediata e imobilização · Curetagem alveolar e sutura TECIDO MOLE · Ulectomia Remoção do capuz gengival Observar o estágio de nolla: =/> 8 fazer < 8 não Quando indicar: Fibrose do tecido; Opérculo gengival; Hematomas/cistos de erupção; Dor e febre. Hematoma/cisto de erupção Conceito: tumefação flutuante na crista alveolar causada quando o espaço folicular em torno da coroa do dente enche-se com fluido. · Frenectomia Lingual Diagnostico: · Impossibilidade de tocar o palato com a ponta da língua com a boca aberta. · A língua em movimento de protrusão apresenta-se bífida · Espaço sublingual reduzido · Diastemas Técnica cirúrgica - Anestesia do nervo lingual bilateralmente -transfixação da língua com um fio de sutura, imobilização com gaze ou uso de tentacânula. -Incisão horizontal(pique) e divulsão com tesoura cirúrgica, realizada mais próxima da língua do que do assoalho bucal. -sutura · Frenectomia labial · Mucocele Cavidade preenchida por muco, caracterizada pelo aumento volumétrico causado pelo acúmulo de líquido nos tecidos que pode ocorrer sobre superfícies mucosas da cavidade bucal onde glândulas acessórias são encontradas. Técnica cirúrgica Técnica de Shira Micromarsupialização · Rânula Tumor cístico sublingual, proveniente da obstrução e dilatação do canal excretor de alguma glândula mucosa ou salivar. Contra indicações - doenças da infância - quimio/radio-terapias -condição sistêmica ANESTÉSICOS LOCAIS Preparo psicológico da criança · Idade · Explicar o que vai acontecer · Não mentir · Importante ter ajuda Como eu devo fazer a seleção do anestésico: Possibilidades de escolha: · Eficiência · Vasoconstritores · Duração – tempo curto ou prolango · Necessidade de hemostasia · Contra-indicações médicas Anestesicos sem vasconstritor · Vasodilatação · Aumento do fluxo · Maior velocidade de absorção · Aumento nos níveis da droga · Risco de toxidade Vasoconstritores · Reduz o fluxo sanguíneo · Aumenta sua duração · Aumenta a eficácia das soluções anestésicas · Possibilita o uso de um volume menor de anestésico · Reduz toxidade do anestésico · Hemostasia local Quais são os vasoconstritores: É importante que o profissional se familiarize com nomenclaturas oficiais de vasoconstritores, segundo a denominação comum brasileira, são: a. Adrenalina – epinefrina b. Noradrenalina – norepinefrina c. Levonordefrina – corbadrina d. Fenilefrina e. Felipressina Anestésico tópico Indicações: · Antes de qualquer anestesia local · Pode substituir a anestesia infiltrativa, na remoção de dentes decíduos, quando as raízes foram totalmente reabsorvidas e a coroa estiver presa so por fibras · Durante moldagens · Durante exames radiográficos Contra-indicações: Ulceras traumáticas ou aftosas, herpes simples Não deve ser utilizada sobre lesões ulceradas ou erosões, pois o poder de absorção nessas áreas está bastante aumentado. Infiltrativa: Indicações: · Maxila: todos os dentes decíduos e permanentes superiores · Mandíbula: dentes anteriores decíduos ou permanentes Pode ser usada também nos molares decíduos, exceto a partir dos 5 e 6 anos de idade, quando as raízes desses dentes estão completas e o 1° molar permanente não tenha irrompido O osso mandibular esta mais calcificado, dificultando a difusão da anestesia Anestesia palatal ou lingual Indicações: · Quando vamos colocar o grampo ou matriz · Exodontias de dentes superiores Nesses casos após a anestesia infiltrativa vestibular, introduzimos a agulha na papila, com a seringa perpendicular a ela e paralela ao plano oclusal, caminhando lentamente com a agulha de vestibular para lingual ou palatal. Quando a papila interdental, pelo lado palatal ou lingual, estiver anestesiado fazemos a anestesia dessa região, introduzindo a agulha num ponto agora já anestesiado Pterigomandibular Indicação: cirurgias invasivas, trat.endodontico, exodontias Tecnica de aplicação · Anti-sepsia da mucosa · Secagem da mucosa · Anestésico tópico – 2 min · Pentura inicial na região (2 a 3 mm) · Bisel voltado para o osso · Injetar lentamente a solução – 1 ml = 1 min · Vibração da mucosa · Anestesia palatina – interpapilar por vestibular Protocolo para anestesia local: · Conhecer a solução anestésica de escolha · Escolher sempre o anestésico com menor concentração e associado um vasoconstritor · Se optar por um sem vaso, reduza a dose em 30% · Selecionar a menor dose para cada procedimento e cada criança · Dar preferencia para a técnica infiltrativa · Realiza sempre a aspiração · Fazer a injeção lentamente Ordem de escolha para crianças: · Bupivacaina · Articaina 4% - depois dos 6 anos · Lidocaína 2 % · Mepivacaina 2% · Prilocaina 3% Toxidade · A quantidade de anestésico a ser utilizada em crianças deve ser motivo de muito atenção do profissional devendo os limites máximos serem absolutamente respeitados. Cálculo Calcula-se o volume de anestésico em função do peso: Dose máxima X peso : mg/tubete (1,8) Peso da criança = idade da criança + 9 x 2 Formula de low – ate 12 meses I.C (em meses) x dose máxima do adulto : 150 Lidocaína 2%: dose máxima = 8 Lidocaína 3%: dose máxima = 5,5 Terapêutica medicamentosa em odontopediatria “Dar metade da dose de adulto é ummito!” Necessidade de ajuste de doses Cálculo baseado no peso Variáveis de taxas corporais Relação dose X peso Peso da criança superior a 40 kg, dose da criança = dose do adulto Peso desconhecido Idade da criança x 2 + 9 Formas farmacêuticas Via oral · A maioria das crianças não consegue deglutir comprimidos ou capsulas Liquidas – adição de açúcar – adição de álcool Antibiótico causa carie? · O veículo tem sabor extremamente doce, frequentemente com sacarose, para serem aceitos mais facilmente pelo paciente infantil. · Além de presença do açúcar, muitos medicamentos também apresentam alta acidez. (O que pode colaborar com aparecimento de cárie) Administração Administrar novamente nos seguintes casos: 1- Se o paciente cuspiu enquanto estava tomando; 2- Se o paciente vomitou nos primeiros 30 minutos. Não administrar novamente no seguinte caso: 1 – paciente vomitou após trinta minutos Medicamentos por via oral devem ser preferencialmente dissolvidos em água porque demais substancias podem reagir com os fármacos formando composto que o organismo não consegue absorver. “Os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios não-esteroidais(AINES) estão entre os medicamentos mais utilizados por adultos e crianças, com ou sem prescrição por um profissional da saúde. Na clínica odontológica, os mais amplamente utilizados são os analgésicos, os AINES e os antibióticos, além dos anestésicos locais.” ANALGÉSICOS A toxicidade e a experiência limitada na utilização de muitos desses fármacos restringe sua escolha a poucos medicamentos para o tratamento de processos dolorosos em crianças. · Tratamento de menor complexidade...somente analgésico · Expectativa de dor pós operatória Paracetamol – solução (gotas) 200 mg/ml - Tomar 1 gota por quilo de 06 em 06 horas enquanto sentir dor. CAUTELA COM PACIENTES HEPATICOS Dipirona – solução (gotas) 500 mg/ml - Tomar ½ gota por quilo de 04 em 04 horas A DIPIRONA, SE UTILIZADA POR PERÍODOS PROLONGADOS, PODE CAUSAR AGRANULOCITOSE (REDUÇÃO ACENTUADA DE LEUCÓCITOS GRANULÓCITOS) E APLASIA MEDULAR. SEU USO É PROIBIDO NOS EUA. SUSPENSÃO ORAL Paracetamol – suspensão oral 160mg/5ml -> criança Paracetamol – suspensão oral 100mg/1ml -> bebê Dipirona – suspensão oral 50mg/5ml Lesão tecidual Fosfolipase A2 Ácido araquidônico Cicloxigenase Lipoxigenase Prostaglandinas leucotrienosDor, vasodilatação e febre Quimiotáxicos Tromboxanos COX-1: FISIOLÓGICA COX-2: PATOLÓGICA Agregação plaquetária e vasodilatação ANTI-INFLAMATORIOS Os AINES são os medicamentos mais utilizados na odontologia. Estes agentes inibem as cicloxigenases, enzimas importantes no metabolismo do Ácido araquidônico que existem nas isoformas de COX – 1 E COX – 2. Tratamento de maior complexidade Expectativa de dor pós operatória intensa, edema e limitação funcional Medicação pré-operatoria · Corticosteroides: Via oral, 30 minutos antes · AINEs: via oral, 30 min antes, continuando por 48 horas BETAMETASONA Solução GOTAS 0,5 mg/ml 1 a 2 gotas/kg de peso corporal em dose única, 30 minutos antes do procedimento PODE continuar após a cirurgia de 12 em 12 horas, por 48 horas. · Exilir 0,5 mg/5ml · Comprimido 0,5 mg e 2 mg NIMESULIDA 50mg/ml 1 gota/kg de peso corporal em dose única, 30 minutos antes do procedimento, continuando a cada 12 horas por 48 horas · Não deve ser administrada em menores de 3 anos · Comprimidos apenas para maiores de 12 anos IBUPROFENO Solução GOTAS 100 mg/ml 1 gota/kg de peso corporal, a cada 6 horas Se utilizado corticosteroide prévio, não há necessidade de administrar outro anti-inflamatório no pós-operatório; Se utilizado previamente um AINE, continuar sua utilização por 48 horas, no máximo. RESTRIÇÃO AO USO DE CORTICOESTERÓIDE · Gestante e no período de lactação; · Diabéticos, hipertensos e cardiopatas; · Pacientes imunodeprimidos; · Portadores de infecções bacterianas agudas disseminadas. ANTIBIÓTICOS USO INDICADO NOS CASOS DE: · Abcesso periapicais agudos com sinais locais de disseminação do processo infeccioso, como linfadenite, celulite e trismo; · Sinais e sintomas de ordem sistêmicas, como febre e taquicardia; · Profilaticamente, em casos selecionados; · Traumatismos com grande possibilidade de contaminação infecciosa. Fistulas Dor associada à pulpite Pericoronarite não complicada – ou opérculo gengival Abscessos localizados Cirurgias convencionais Antibiótico de 1º escolha · Amoxicilina Quando for alérgico prescreve-se eritromicina ou clindamicina – não tem solução Amoxicilina 125mg/5ml | 250 mg/5ml | 500mg/5ml – suspensão oral Estearato de eritromicina 125mg/5ml | 250 mg/5ml Metronidazol 40 mg Frascos com 80, 100, 120 ou 200 ml a 4 % Amoxicilina + clavulanato de potássio 125 mg + 31,25 mg | 250 mg + 62,5 mg Azitromicina 200 mg/ml Infecções bucais leves e moderadas Amoxicilina 60 mg/kg/dia a cada 8 horas Estearato de eritromicina 30 a 50 mg/kg/dia cada 6 horas Clindamicina 20 a 40 mg/kg/dia a cada 8 horas Infecções bucais graves Amoxicilina + Clavulanato de potássio 20 a 40 mg/kg/dia a cada 8 horas. 250 a 500 mg/dose a cada 8 horas Azitromicina 30 mg /kg divididos em 3 dias. Logo, 10mg/kg/dia, durante 3 dias Metronidazol 20mg/kg/ dia a cada 6 horas Calculo de dosagem Amoxicilina 60 mg/kg/dia Logo, 20 mg/kg/dose Para uma criança com 20 kg teremos o seguinte: 20 mg ----- 1 kg X ------ 20 kg peso da criança X = 400 MG -------- 4 ML Ajustando as doses Valores de 3,8 a 4,2 ml ----- 4,0 Valores de 4,2 a 4,7 ----- 4,5 Valores de 4,7 a 5,2 ----- 5,0 Antibioticoterapia Amoxicilina: 50 mg/kg ---- 1 hora antes do procedimento cirúrgico Clindamicina: 20 mg/kg ----- 1 hora antes do procedimento cirúrgico A eritromicina não é indicada para profilaxia antibiótica por não preencher os critérios exigidos para a efetividade profilática, além de apresentar grande intolerância gastrointestinal e formulações comerciais complicadas. Ansiolíticos · Controle de estresse e da ansiedade · Medo: técnicas do manejo comportamental · Pacientes especiais Receituário NOME: VIA ORAL Paracetamol 200mg/ml ----- gotas Tomar 1 gota por quilo de 06 em 06 horas enquanto sentir dor. Dipirona 500mg/ml ------ gotas Tomar ½ gota por quilo a cada 4 horas Receituário Nome: Via oral Pré – cirúrgico 1. Betametasona ------ gotas Tomar 1 a 2 gotas por quilo, em dose única, 30 minutos antes do procedimento. Pós – cirúrgico 2. Paracetamol 200mg/ml ----- gotas Tomar 1 gota por quilo de 06 em 06 horas enquanto sentir dor. 3. Dipirona 500mg/ml ------ gotas Tomar ½ gota por quilo a cada 4 horas 4. Nimesulida Tomar 1 gota por quilo de 12 em 12 horas por 2 dias 5. Ibuprofeno 100mg/ml ----- gotas Tomar 1 gota por quilo de 6 em 6 horas por 2 dias 6. Amoxicilina 250mg/5ml ----- suspensão oral Tomar 4ml de 08 em 08 horas durante 5 dias 20 mg ----- 1 kg X ------ 20 kg peso da criança X = 400 MG -------- 4 ML 7. Estearato de eritromicina 125mg/5ml ---- suspensão oral Tomar 2 ml de 06 em 06 horas durante 5 dias 10 mg ----- 1 kg X ----- 20 kg X = 200 kg ---- 2 ml COPIAR A AULA DO DIA 09/10 23/10 – NÃO TEM AULA 30/10 – REVISAO E PROVA 06/11 –NÃO TEM AULA 13/11 – AULA (4 TEMPOS) 27/11 - ? 29/11 – ULTIMA CLINICA 04/12 – APRESENTAÇÃO DE CASO CLINICO (DAY, ANA, BRUNA, IZA) 06/12 – APRESENTAÇÃO DE CASO E ENTREGA DE PORTIFOLIO 11/12 – PROVA OFICIAL 13/12 – PROVA FINAL APRESENTAÇÃO, NOME DA DUPLA, INTRODUÇAO, RELATO DE CASO, DISCUSSAO, CONCLUSAO, REFERENCIA TRATAMENTO ENDODONTICO DE DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA Rizogênese · É o processo de formação da raiz do dente. Nos dentes permanentes jovens esseprocesso ainda está ocorrendo e a raiz encontra-se incompleta. Rizogênese incompleta · Dentes com rizogenese incompleta devem ser submetidos incialmente ao processo de apicificação. · Depois devem ser obturados endodonticamente de forma adequada. · Esse processo pode dispor de duas a várias sessões, não tendo um protocolo determinado, pois depende do organismo de cada paciente. · Vários fatores estão envolvidos no fechamento do ápice radicular: · Resposta biológica do paciente · Adequada limpeza do canal radicular · A diminuição de micro-organismos presentes · O tipo de material utilizado e o tempo que ele permanecerá dentro do canal · Fatores envolvidos na necessidade de terapia pulpar em dentes jovens: · Trauma · Caries extensas · Dentes com vitalidade pulpar · Pulpotomia: remoção da porção mais afetada do tecido pulpar, geralmente a polpa coronária, preservando a vitalidade da polpa radicular. · Apicificação: ou apicigênese é a terapia que induz a formação do 1/3 apical na porção radicular em dentes jovens imaturos que apresentam a polpa com vitalidade e que sofreram exposição pulpar devido a: · Traumas ou fraturas coronárias · Caries dentarias e restaurações inadequadas · Apicificação X Hidróxido de Cálcio · O material preconizado para estimular o fechamento apical: hidróxido de cálcio · Possui propriedades antimicrobianas e biocompatibilidade · Formação de uma barreira mineralizada em longo prazo, que possibilita o tratamento endodôntico sem o risco de extravasamento de material obturador. · Desvantagens: o material não permite que se faça a finalização do tratamento na mesma sessão. · Tratamento se torna muito longo - necessidade de muitas trocas de curativos. · MTA Alguns autores propõem a utilização do MTA em casos de rizogenese incompleta através de um plug apical: vedando o mais hermeticamente possível os últimos 3mm do canal radicular. · Plug apical: 1. Proporciona maior segurança na obturação 2. Forma uma barreira para a condensação do material obturador 3. Evita a reinfecção do canal radicular, já que o cimento apresenta ótimas propriedades físico-quimicas e biocompatibilidade 4. O MTA pode ser utilizado na presença de umidade, como em canais radiculares de dentes com necrose pulpar e lesões periapicais.
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