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Apostila Odontopediatria e Ortodontia Abitep


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ABITEP – Odontopediatria e Ortodontia Preventiva 
www.CursosPelaWeb.com.br Tel.: 11 3214 - 8949 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ODONTOPEDIATRIA 
ORTODONTIA 
PREVENTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Regina Maura Coli Siegl 
Profª. Drª Monique de Benedetto 
 
ABITEP – Odontopediatria e Ortodontia Preventiva 
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2 
 
TÉCNICAS DE HIGIENE BUCAL 
 
Biofilme 
Comunidade de microrganismos incluídos em uma matriz extracelular produzida por esses mesmos microrganismos e 
pelo meio externo. 
Burne et al., 1997 
 
Suspensão dos procedimentos de higiene oral associado ao uso de sacarose formação de lesões de cárie 
retomando os cuidados com a higiene as lesões tornam-se inativas. 
 
Agentes evidenciadores: são substâncias corantes que tingem a placa bacteriana. Apresentação: fucsina em solução 
alcoólica a 2%, eritrosina, lugol, iodo, azul-de-metilieno, verde-de-malaquita, marrom de Bismarck e plack-lite. 
 
Índice de placa Greene e Vermillion simplificado (OHI-S): é utilizado para dentes permanentes, mas pode ser 
adaptado para a dentição decídua. 
- avaliação de 6 dentes: faces vestibulares dos primeiros molares permanentes superiores e a lingual dos inferiores, 
faces vestibulares dos incisivos centrais direitos, superior e inferior (para a dentição decídua se avalia os segundos 
molares decíduos e os incisivos centrais direitos, nas mesmas faces). 
A avaliação é realizada da seguinte forma: 
0 - quando não há depósito. 
1 – depósitos não vão além de um terço da superfície dental. 
2 – depósitos que cobrem mais de um terço, não ultrapassando dois terços da superfície. 
3 – depósitos cobrem mais de dois terços da superfície. 
- após o registro somar os valores obtidos em cada dente e dividir pelo número de superfícies (6) para obter média 
individual determinando assim o índice de placa do indivíduo. 
 
Período entre a erupção do primeiro dente até a completa oclusão funcional dos dentes posteriores: 
- erupcionam novos sítios que podem ser colonizados pelos microorganismos cariogênicos. 
- favorece condições para o acúmulo de biofilme com potencial cariogênico, pela falta parcial de uso funcional. 
- apresentam anatomia oclusal rebuscada com variabilidade de sulcos e fissuras. 
- período de maturação pós-eruptiva. 
 
Controle da placa somente com escova _ método limitado de controle da cárie dentária devido ao diâmetro das 
cerdas e pouco tempo gasto durante a escovação _ impede a remoção completa da placa em todas as superfícies. A 
escova promove desagregação/ou remoção do biofilme dental. 
 
Escovação + agente químico (flúor) + uso regular do fio dental = métodos efetivos para prevenção tanto da cárie 
quanto da doença periodontal. 
 
CONTROLE MECÂNICO DA PLACA BACTERIANA 
1. ESCOVAS 
Prática de higiene precoce deve ser instituída no início da erupção dos dentes decíduos para evitar a fixação do 
Streptococcus mutans. 
A técnica deve ser compatível com a idade e desenvolvimento neuromotor da criança. 
É importante seguir uma seqüência, ter boa visibilidade e posição segura para evitar movimentos bruscos da criança. 
O evidenciador cora a placa bacteriana e facilita a visualização das áreas afetadas. 
Crianças de 2 a 2,5 anos já querem escovar sozinhas- incentivar motricidade fina da criança ainda está pouco 
desenvolvida, portanto a escovação deve ser supervisionada até + 7 a 8 anos. 
 
Higiene antes da erupção dos dentes 
- Massagear a gengiva 
- Limpeza = remoção de leite ou alimentos que estão estagnados nas comissuras labiais e na cavidade bucal com 
dedeiras, gaze ou fralda umedecida em água filtrada ou fervida, 1x/dia (imunoglobulinas liberadas pelo leite protegem o 
assoalho da mucosa bucal contra infecções). 
 
Higiene após a erupção dos dentes 
- escova de dentes e fio dental, cuidado com uso de flúor. 
 
Posição para escovação 
- higiene no colo: posição de amamentação. 
- posição joelho a joelho: com auxílio de outra pessoa, sentados de frente, com os joelhos encostados. O bebê deve 
estar deitado de costas sobre as pernas dos pais e seus braços devem ser contidos por um deles, enquanto o outro 
apoia a cabeça e faz a higienização. 
- colocada no colo da mãe e apoiada entre as pernas. 
- contenção para crianças maiores não cooperadoras _ responsável sentado no sofá ou no chão com a criança entre 
as pernas – contenção das pernas da criança enquanto um braço apoia a cabeça, o outro faz a higienização. 
- posição de Starkey: recomendada para crianças em idade pré-escolar e com pouca habilidade manual. A criança fica 
em pé, na frente e de costas para mãe, e encosta a cabeça contra ela. A mãe usa a mão esquerda para segurar e 
estabilizar a mandíbula e com os dedos desta mão afasta os lábios e as bochechas, com a mão direita empunha a 
escova executando os movimentos da escovação. Para a arcada inferior, a mandíbula deve estar posicionada num 
 
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plano horizontal e para a arcada superior, a cabeça deve ser um pouco fletida para trás de modo que a mãe possa ter 
uma visão direta. 
 
Técnicas para criança em idade escolar: 
 
- Técnica de Fones: a criança empunha a escova e com os dentes cerrados faz movimentos circulares na face 
vestibular de todos os dentes. Na face palatina/lingual os movimentos também são circulares e na face oclusal/incisal os 
movimentos são no sentido ântero –posterior. 
 
- Técnica de Stillman modificada: escova é colocada com o longo eixo das cerdas lateralmente contra a gengiva e estas 
são deslizadas de gengival para oclusal/incisal. Quando as cerdas estiverem junto ao ponto de contato dos dentes, 
devem ser realizados movimentos vibratórios. 
 
- Técnica de Bass: durante a escovação as cerdas são forçadas diretamente no sulco gengival, num ângulo de 45 graus 
com o eixo do dente, fazendo movimento curto para frente e para trás, vibratórios, deslocando todo o resíduo existente 
na área; conforme movimenta a escova, os dentes e a gengiva vão sendo limpos. As superfícies oclusais são 
escovadas movendo a escova para frente e para trás. 
 
Escovas dentais 
Escovas para menores de 3 anos: cabeça pequena, cerdas extra macias, extremidade arredondada, estreita, 
oferecendo boa empunhadura. A troca deve ser realizada a cada 2 meses pois as cerdas perdem a elasticidade e 
tornando ineficaz para a higiene correta (crianças pequenas têm o hábito de morder a escova reduzindo a vida útil). 
 
Escovas infantis: 
- cabo: retangular ou achatada para melhorar o apoio. 
- cabeça: tamanho entre 25 e 32 mm (pequena a média) por 8 a 11 mm de largura, apresentando 3 x 6 ou 3 x 8 fileiras 
de tufos. 
- cerda: artificial (náilon), diâmetro regular, menor redução de rigidez quando imerso em água, pontas arredondadas, 
consistência média ou macia (dependendo da técnica utilizada), comprimento uniforme. 
 
Funções e efeitos básicos da escovação: 
- remover os depósitos de resíduos alimentares nos dentes, acúmulo de microorganismos e recentes indultos 
supragengivais não calcificados. 
- deslocar resíduos alimentares e acúmulos de microorganismos das faces interproximais nas áreas de contato entre os 
dentes. 
- realizar massagem gengival suave, para promover circulação sangüínea e queratinização do epitélio adequada. 
- não irritar ou dilacerar o tecido gengival. 
- não desgastar a estrutura dental. 
Tempo necessário para correta limpeza: 10 a 15 minutos. 
 
2. DENTIFRÍCIO 
Utilizar com cautela até os 3 anos de idade pois as crianças são incapazes de controlar a expectoração, deglutindo a 
maior parte. 
Crianças menores de 5 anos ingerem 30% do dentifrício e a maioria dos dentifrícios infantis apresentam concentração 
de 1000 ppm de flúor _ ingestão contínua de alta concentração de dentifrício (risco de fluorose). Utilizar creme dental 
com flúor – concentração 1000 ppm em pouca quantidade para prevenir desenvolvimento de lesões de cárie em 
crianças. 
Importante colocaruma quantidade reduzida (técnica transversal) pelo adulto. 
Creme dental deve conter abrasivos ou mistura de abrasivos = agentes polidores. As partículas devem ser duras o 
bastante para limpar os dentes mas não tão duras a ponto de “arranhar” o esmalte ou a dentina. 
 
3. FIO DENTAL 
Utilizado para limpeza dos espaços interdentais _ indispensável para a perfeita higienização bucal. Deve ser iniciado 
quando existir a presença de algum contato proximal. 
Pode ser utilizado fio encerado ou não. As vantagens do fio encerado são: menor diâmetro, passando mais facilmente 
pelos contatos interproximais mais apertados; sob tensão distende-se sobre a superfície do dente com cada fibra 
atuando separadamente como uma lâmina cortante para desalojar resíduos alimentares; o fio encerado faz um ruído 
agudo quando usado sobre uma superfície dental limpa e esse ruído pode ser utilizado como orientação. 
Modo de usar: o fio dental deve medir de 25 a 45 cm e ser enrolado em torno do dedo médio de uma das mãos e 
posicionado com as pontas dos dedos indicadores. A distância dos dedos indicadores deve ser de 2 a 3 cm com o fio 
bem esticado, mas não sob tensão, movimentado de vestíbulo-lingual até a área de contato, para então ser trabalhado 
apicalmente dentro do sulco gengival. O fio se move de cima para baixo, abraçando bem a superfície interproximal. 
 
CONTROLE QUÍMICO DA PLACA BACTERIANA 
 
Substâncias quimioterápicas: impedem a instalação, diminuem a velocidade ou interrompem o progresso da cárie 
sem a remoção operatória da lesão. Vários agentes vêm sendo utilizados: nitrato de prata, fluoreto de prata/estanho, 
diamino fluoreto de prata, clorexidina e vernizes de flúor. 
* está se intensificando a atenção à remineralização de lesões de cárie não cavitadas e lesões que progrediram além de 
1/3 da espessura da dentina. Como cerca de 60% das lesões que se estendem até a metade da dentina não são 
cavitadas e pelo fato da velocidade de progressão das lesões serem geralmente muito lenta, dentes com estas 
 
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características devem ser indicadas para remineralização desde que o paciente faça parte de um programa de 
proservação com vigilância atenta. 
 
Diamino fluoreto de prata (Cariostático) 
Eficaz na prevenção e paralisação de lesões de cárie em fóssulas e fissuras. Esta substância forma fluoreto de cálcio 
menos solúvel na superfície dentária e precipita fosfato de prata, dificilmente solúvel, e responsável pela coloração preta 
por ação da luz e de redutores. O íon Ag tem ação coagulante protéico, formando uma proteína de prata com efeito 
inibitório sobre uma série de enzimas e com ação antibacteriana potente. Este íon entra em contato com o cianeto 
salivar, produzindo cianeto de prata, ficando retido por períodos prolongados. 
 
Diamino fluoreto de prata: 
- aumenta a resistência do mineral aos ácidos. 
- inibe a solubilidade da proteína dentária sob ação da protease. 
- fecha os túbulos dentinários. 
- remineraliza a dentina amolecida. 
- inibe a aderência e o crescimento dos S. mutans à superfície de esmalte. 
- inibe a formação do biofilme bacteriano e a desmineralização subsuperficial do esmalte. 
- tem efeito cariostático e preventivo. 
 
Indicações: 
- prevenção e paralisação de lesões de cárie dentária em crianças. 
- prevenção de lesões de cárie secundárias. 
- dessensibilização da dentina hipersensível. 
 
Desvantagem: estética (após a aplicação a área fica enegrecida) 
 
Protocolo: proteção dos tecidos moles com vaselina, isolamento, profilaxia, secagem do campo, aplicação do diamino 
fluoreto de prata a 30% (3 sessões ao mês); esfregaço com bolinha de algodão por 3 a 5 minutos. 
 
Marcas comerciais: Cariostático (Inodon), Biorode (Herpe), Safride di Walter (Polidental), Saforide. 
 
CLOREXIDINA (digliconato de clorexidina) 
 
- É uma clorofenil bisguanina utilizada como sal de gluconato com resultados favoráveis no controle de bactérias. 
- Possui amplo espectro de ação (tanto para bactérias gram- positivas quanto gram-negativas). Efeito bacteriostático e 
bactericida. 
- Alta substantividade (capacidade de retenção e manutenção na cavidade bucal) com efeito residual de cerca de 48hs. 
- verniz –> efeito inibidor no desenvolvimento de lesões de cárie em fissuras e no número de S. mutans no 
biofilmedental até 3 meses após sua última aplicação. A efetividade e a duração da inibição do S. mutans dependerá da 
concentração do verniz e do número de aplicações. A recolonização da superfície após certo período é variável (3 
semanas a 4 meses) seguindo um padrão específico -> os microorganismos reaparecem primeiro nos dentes 
posteriores e depois nos anteriores devido a dificuldade em desinfetar regiões mais retentivas. 
- tratamento alternado com o verniz de clorexidina e com o de flúor mostrou uma redução significante do S. mutans por 
pelo menos 3 meses. 
- lembrar que a aquisição inicial de S. mutans é precoce (entre 12 e 18 meses, 71% das crianças já estão infectadas). 
- É seguro e efetivo (baixa toxicidade). 
- Sabor desagradável. 
- Indicações: durante o período da janela de infectividade, atividade e alto risco da doença, presença de grande 
concentração de bactérias cariogênicas, lesões de mancha branca ativas, pacientes com higiene bucal inadequada, 
xerostomia, pacientes portadores de aparelhos ortodônticos ou com múltiplas restaurações e na prevenção familiar de 
contaminação cruzada. 
- Mecanismo de ação: inibição da adesão bacteriana nas superfícies dentárias; restrição da quebra de carboidratos 
(transporte, glicólise); redução da migração de íons; restrição da proteólise; contenção do metabolismo de aminoácidos. 
 
Modo de apresentação: Dentifrício, gel, verniz, solução. 
 
Protocolo: profilaxia, isolamento e secagem do campo, aplicação do verniz de clorexidine (3 sessões consecutivas 
durante 2 semanas). Reaplicações de acordo com o programa preventivo estabelecido, baseado no perfil de risco 
circunstancial do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PREVENÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA 
 
 
HÁBITOS ALIMENTARES 
 
 
- Dieta: é o efeito local dos alimentos nos dentes, afeta o metabolismo da placa bacteriana , produção de ácidos 
(determina a cariogenicidade do alimento) 
 
- Nutrição: efeito sistêmico que os nutrientes ocasionam na saúde geral, crescimento e desenvolvimento de estruturas 
de todo o corpo, e o desenvolvimento pobre dos dentes, devido a má nutrição, pode influenciar na progressão da 
doença cárie. 
 
- Importância dos hábitos alimentares: 
- necessidades nutricionais variam de acordo com a faixa etária. Lembrar que o índice de crescimento da criança (se ela 
está crescendo e se desenvolvendo dentro dos padrões da sua idade) e não sua atividade física que irão determinar o 
apetite. 
- controle da dieta é importante não só para prevenção de cárie, mas também para evitar maus hábitos que possam 
levar à obesidade. 
- orientar a gestante: não introduzir precocemente carboidratos/açúcar na dieta do bebê. Hábitos alimentares incorretos 
aprendidos na infância dificilmente são modificados posteriormente. 
- Com a etiologia da cárie dentária, a dieta também recebe influência do núcleo familiar, do estado emocional, religião, 
nível sócio-econômico e cultural. 
- leite materno X leite bovino: ambos produzem queda de pH e portanto são cariogênicos, mas o leite materno 
apresenta mais lactose (7,2%) do que o bovino (4,5%), ou seja, o leite materno seria mais cariogênico que o leite 
bovino, mas este geralmente é oferecido com adição de açúcar. 
- cárie de acometimento precoce da infância – antigamente denominada de rampante ou de mamadeira: caracterizadas 
pela destruição extensa e rápida dos incisivos superiores e primeiros molares, causada pelo líquido cariogênico que fica 
parado sobre os dentes durante o sono da criança. Inicialmente os dentesinferiores são protegidos pela língua durante 
a sucção, mas, em casos extremos, eles também podem ser atingidos. 
 
- Análise alimentar: 
- Pode-se fazer um Recordatório alimentar (lembrando o que foi ingerido nas últimas 24 horas) e mais efetivamente, 
pode-se fazer o diário alimentar de 3 ou 7 dias (escrevendo em um papel tudo o que foi consumido nesses dias, 
inclusive as quantidades de açúcar usadas para adoçar líquidos). 
- Analisar o tipo de dieta consumido pela criança, verificar a forma, consistência, frequência e período de ingestão dos 
alimentos. 
- Observar a presença de açúcar oculto (ex.: uso de condimentos, ou medicações que contenham açúcar na 
formulação). 
- Lembrar da relação açúcar X afeto. Da mesma forma que alimentos como arroz e feijão estão relacionados a 
trabalhadores, sopa relacionado a doentes, o açúcar está relacionado ao carinho e afeto. 
- A cariogenicidade dos alimentos está ligada ao tempo total que permanece na cavidade oral até a sua remoção, e 
depende da consistência e adesividade do alimento, das características da anatomia dos dentes e das arcadas, dos 
movimentos musculares e fatores salivares (fluxo, viscosidade). Fica-se subentendido que alimentos “grudentos” e 
pastosos são mais cariogênicos do que alimentos fibrosos. 
 
- Verificar o consumo diário dos grupos alimentares: lácteo; carnes; verduras e frutas; pães e cereais. 
 
a. Proteínas: dieta deficiente em proteínas durante a fase de desenvolvimento dentário provocará a formação de dentes 
menores, erupção retardada e aumento da susceptibilidade à cárie dental, sem alteração na composição mineral do 
dente. Já após a erupção dos dentes as proteínas apresentam efeito no metabolismo da placa dentária, neutralizando 
os ácidos. Em geral, dietas ricas em proteínas são pobres em carboidratos. 
Fontes de proteína: carne, ovos, leite e seus derivados, são proteínas animais. Trigo, centeio, aveia, feijão , soja, são 
exemplos de proteínas vegetais. 
 
b. Lipídeos: São fontes de energia para o organismo. As gorduras podem diminuir a atividade de cárie devido à 
formação de uma película protetora sobre a superfície dos dentes limitando o acúmulo de placa bacteriana ou pela 
interposição entre a superfície e os ácidos da placa. 
Fontes de lipídeos: as fontes mais saudáveis são os óleos vegetais insaturados. 
 
c. Carboidratos: Aqui se incluem os açúcares. A produção de ácido láctico através do metabolismo glicolítico dos 
açúcares é responsável pelo início da cárie. A síntese de polissacarídeos de adesão e o armazenamento são 
importantes para a colonização bacteriana nas superfícies lisas. 
Fontes de carboidratos: eles estão presentes em todos os alimentos em quantidades variáveis como pão, batata, 
ervilhas, leite (lactose), frutas (frutose), mas o mais cariogênico dos açúcares é a sacarose, presente no açúcar 
refinado. 
 
d. Minerais: cálcio, fósforo, magnésio e flúor são componentes básicos dos tecidos duros. Os minerais atuam tanto na 
formação de dentes cáries-resistentes quanto na maturação pós-eruptiva. 
Fontes de minerais: (exemplos) = Leite (cálcio), trigo integral (fósforo), nozes (magnésio), Fígado (ferro), Chá, soja, 
peixe de água salgada (flúor), sal de cozinha (sódio). 
 
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6 
e. Oligoelementos: São outros elementos além dos minerais citados, como zinco, manganês, entre outros que podem 
estar relacionados com a prevenção de cárie. 
Fontes de Oligoelementos grãos não refinados, verduras. 
 
f. Vitaminas: São compostos não calóricos presentes em pequenas quantidades nos alimentos 
- vitamina A: sua deficiência durante o desenvolvimento do dentes provoca atrofia dos ameloblastos, pobre 
diferenciação dos odontoblastos, hipoplasia do esmalte e cálculos pulpares. Onde se encontra: fígado, gema de ovo, 
laticínios 
- vitamina D: promove absorção de cálcio e indiretamente de fósforo sendo essencial para a formação dos ossos e 
dentes. Ingestão diminuída de vitamina D pode sugerir o aumento na incidência e progressão da doença cárie. Onde se 
encontra: em poucos alimentos, a maior parte dessa vitamina provém de banhos de sol. 
- vitamina E: doença periodontal associado a baixos níveis desta vitamina ligada a hemorragias gengivais pela mudança 
na membrana dos vasos sangüíneos. A mobilidade dos dentes pode ocorrer devido à atrofia da membrana periodontal. 
Onde se encontra: óleos vegetais. 
- vitaminas do complexo B: B1 – sua falta prejudica a dentição, atua no crescimento, metabolismo e composição da 
placa bacteriana; deficiência de B2 - estomatite angular, glossite. A deficiência no complexo B apresenta manifestações 
ao redor da cavidade bucal (mucosa bucal, lábios e superfície da língua). Onde se encontra: carne de porco, cereais 
integrais. 
- vitamina C: está associado com o desenvolvimento dos odontoblastos e de outras células especializadas e com os 
produtos de secreção (ex.: colágeno). Manifestações bucais do escorbuto: gengivite hemorrágica, edematosa ausente 
em áreas edentadas. Pode estar acompanhado por infeções bacterianas secundárias (GUNA). Estudos laboratoriais 
mostram que a carência de vitamina C produz odontoblastos com alterações degenerativas. Onde se encontra: sucos 
de frutas ( laranja, limão), aspargos, brócolis, etc... 
 
 
Açúcar intracelular ou intrínseco, que está presente nos alimentos. Importante fonte para a nutrição e apresenta 
baixo potencial cariogênico. Ex. frutas e vegetais. 
 
Açúcar extracelular ou extrínseco não láctico. É o açúcar adicionado aos alimentos. Alto potencial cariogênico 
e efeito deletério para a saúde quando ingerido em grande quantidade. Ex. bolos, biscoitos, refrigerantes. 
 
Açúcar do leite (lactose). Presente no leite e seus derivados. Tem baixo potencial cariogênico devido aos 
componentes protetores do leite. Tem grande importância na alimentação. 
 
- Substitutos do açúcar 
 
a. Adoçantes calóricos - os álcoois de açúcar são os mais comuns. Eles não provocam queda do pH da placa 
bacteriana ou a queda é pouco acentuada. 
- Sorbitol: possui doçura moderada e é bem menos cariogênico que a sacarose. Possui efeito laxante maior que o xilitol. 
Consumo maior que 25g/dia pode causar diarréia. 
- Xilitol: apresenta cerca de 60% da doçura da sacarose. Não é metabolizado pelos microorganismos orais. Previne o 
aparecimento de lesões de cárie, devido à ausência de fermentabilidade e pela estimulação da secreção salivar. 
- Manitol, lactitol, maltitol: possuem potencial anticariogênico, mas não existem evidências de sua ação cariostática. 
- Esteviosídeo: extraído da planta estévia, é considerado um substituto da sacarose, podendo ser indicada para 
crianças. É um produto natural, sem efeitos colaterais. 
 
b. Adoçantes não calóricos - possuem sabor acentuado, não contém componente energético, portanto não são 
transformados em ácidos pelas bactérias. 
- Ciclamato: sua doçura é maior que a sacarose (30x). Não provoca alterações no Ph da placa, porque não é 
fermentado pelas bactérias encontradas na cavidade bucal. Seu uso em crianças deve ser controlado. 
- Sacarina: possui sabor extremamente adocicado (450x maior que a sacarose). Não é fermentada pelas bactérias do 
meio bucal. Possui gosto metálico final e também deve ser controlado em crianças. 
- Aspartame: doçura é 180x maior que a sacarose. Por ser um aminoácido, pode ser metabolizado pelo organismo; não 
é cariogênico, devido a sua propriedade inibitória do crescimento bacteriano, de formação e aderência da placa. Seu 
uso pode ser liberado para as crianças. 
- Sucralose: novo adoçante, desenvolvido no Reino Unido e aprovado pela FDA. Pode ser aquecido e não possui sabor 
metálico final. 
- Acesulfame K: é o mais recente adoçante não-calórico com sabor bastante adocicado (200x maior que a sacarose). 
Não é cariogênico, apresenta boa estabilidade e tolerância a altas temperaturas. Seu uso deve ser controlado em 
crianças; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bebidas ácidas – erosão 
 
EROSÃO EXTRÍNSECA : ASSOCIADO A ÁCIDOS EXÓGENOS 
 
EROSÃO INTRÍNSECA : ASSOCIADO A ÁCIDOS ENDÓGENOS 
 
EROSÃO IDIOPÁTICA: DIAGNÓSTICO NÃO POSSÍVEL POR MEIO DE EXAME CLÍNICO E ANAMNESE 
 
EROSÃO ASSOCIADA A DIETA PODE SER EVIDENTE NAS SUPERFÍCIES VESTIBULARES DOS DENTES 
ANTERIORES SUPERIORES E APRESENTAM-SE COMO DEPRESSÕES 
 
EROSÃO ASSOCIADA COM REFLUXO GASTRO-INTESTINAL APRESENTAM-SE COMO DEPRESSÕES 
CÔNCAVAS NAS SUPERFÍCIES PALATINAS E OCLUSAL DOS DENTES SUPERIORES BEM COMO NA LINGUAL 
E OCLUSAL DOS DENTES POSTERIORES INFERIORES. 
 
 
 
 Perimolise 
 
 
Alimentos Protetores 
 pH da placa - castanha, nozes,amendoim, pipoca salgada e queijo 
 - alimentos duros e fibrosos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARIOLOGIA 
 
Doença x Sinal Clínico 
 
Conduta: 
Tratamento da Doença 
 
Cariologia – conceitos atuais 
 
- Introdução 
- Quantidade de lesões com padrão diferente nos povos antigos 
- A partir do século XVIII _ padrão atual 
- Atualmente _ alimentos refinados, pegajosos, menos mastigação 
 
- Dados epidemiológicos – CPO-D aos 12 anos 
- 1986 = 6,65 _ muito alta 
- 1993 = 4,85 _ alta 
- 1996 = 3,06 (capitais) 
- Meta da OMS para o ano 2000 = 3,00 
SB 2003 _ 2,79. No entanto, resultado mais favorável nas regiões Sul e Sudeste. 
Nas demais regiões > que 3. 
 
Microbiota Virulência 
- Propriedades acidogênicas 
- Propriedades acidúricas 
- Capacidade de colonizar os dentes 
- Armazenamento do açúcar excedente 
 
Streptococos mutans 
- São considerados os mais cariogênicos 
- Rapidamente adquirido por crianças a partir da erupção de decíduos 
- Nível de produção de ácidos mais rápido 
- Rápida formação de ácido lático 
- Maior capacidade de adesão às superfícies lisas 
 
“Fortes indutores da cárie” 
- Acidúricos 
- Acidogênicos 
- Polissacarídeos extra e intra celulares 
- Têm capacidade de adesão (iniciadores) 
 
Lactobacilos 
- Predominam na dentina cariada 
- Mais relacionados com o desenvolvimento e progressão da cárie 
- “Invasores secundários” 
- Presença dos dois tipos em cárie de cicatrículas e fissuras 
- Cárie radicular- Actinomyces se soma às outras duas. 
- Acidogênicos 
- Acidúricos 
- Polissacarídeos intra celulares 
- Não têm capacidade de adesão (progressores) 
 
Substrato 
- Composição do alimento 
- Propriedades físicas 
- Quantidade 
 
Freqüência de ingestão 
Dieta cariogênica 
- Composição 
- Freqüência 
- Consistência 
- Tempo de contato 
mastigação / fluxo salivar / retenção / higienização 
 
Hospedeiro 
Dentes 
- Tipos de dente 
- Morfologia dos dentes 
- Posição dos dentes no arco 
- Tempo do dente na boca 
- Proximidade das glândulas salivares 
Controle dos fatores 
Causais 
 
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Saliva 
- Formação da película adquirida 
- Capacidade de remoção do substrato 
- Diluição e neutralização dos ácidos 
- Componentes antimicrobianos 
- Saturação em relação ao conteúdo mineral do dente 
 
Fatores Modificadores 
Atuam na etiologia da cárie aumentando ou diminuindo a defesa do hospedeiro e/ou o potencial cariogênico do 
substrato, ou ainda, alterando a microflora. 
 
Situação de equilíbrio 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
 
pH ≥ 5.5 
 
Reprecipitação de minerais no esmalte - Formação de cálculo 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
pH ≤ 5.5 
 
Perda de minerais para o meio 
Lesão de cárie 
 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
 
Formação de lesão de cárie na presença do flúor 
 
5.5 ≥ pH ≥ 4.5 + flúor 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
Subsuperfície 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
Superfície 
 
Lesão de cárie subsuperficial 
 
pH ≤ 4.5 + flúor 
 
Ca10(PO4)6(OH)2 10 Ca
2+ + 6 PO4
3- + 2 OH- 
 
Subsuperfície e superfície 
 
Erosão 
 
Formação de cárie 
Esmalte sadio 
Ganho > perda de minerais � equilíbrio 
� cálculo 
 
Perda > ganho � lesão de mancha branca 
 
Mancha Branca 
Ganho > perda de minerais � reprecipitação 
� paralisação 
 
Perda > ganho � cavitação 
 
Lesões de cárie – classificação 
 
Extensão 
- lesão não cavitada em esmalte 
- lesão em esmalte (cavidade) 
- lesão em dentina 
- lesão com envolvimento pulpar 
 
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Localização 
- Superfícies oclusais 
- Superfícies Lisas 
- Livres 
- Proximais 
 
Atividade 
- Ativas 
- Inativas 
 
Lesão em Dentina 
 
Reações de defesa: 
- Esclerose dos túbulos dentinários 
- Formação de dentina reacional (3aria) 
Camadas da dentina cariada 
- Zona necrótica 
- Zona infectada 
- Zona afetada 
Dentina Infectada 
- Zona de desmineral. Avançada 
- Zona de invasão bacteriana 
- Zona necrótica 
Dentina Afetada 
- Zona de dentina terciária ou reacional 
- Zona dentina hígida 
- Zona de esclerose 
- Zona de desmineralização inicial 
Zona Infectada 
- Maior em lesões agudas 
- Bactérias proteolíticas na superfície e acidogênicas na profundidade 
- Amolecida, vital e sensível à remoçãoNão é recuperável 
Zona Afetada 
- evidente em lesões agudas 
- Poucas bactérias acidogênicas 
- Vital e sensível à remoção 
- É recuperável 
Deve ser mantida 
Atividade das lesões de mancha branca 
Opaca, rugosa e porosa 
Área de alto risco 
Opacidade na entrada das fissuras 
Fundo da fissura acastanhado claro 
Dente abaixo do plano oclusal 
Adjacente à outra lesão 
Gengivite na papila adjacente 
Lisa, brilhante e polida 
Área de baixo risco 
Ausência de opacidade na entrada das fissuras 
Fundo da fissura escurecido 
Dente com oclusão estabelecida 
Dente adjacente ausente 
 
Atividade das lesões em dentina 
Presença de tecido amolecido 
Cor amarelada ou castanho claro 
Aspecto úmido 
Opacidade no esmalte adjacente 
 
Tecido endurecido no fundo da lesão 
Cor marrom escura ou negra 
Aspecto seco 
Opacidade no esmalte adjacente com aspecto inativo 
Inativa 
Ativa 
Inativa 
Ativa 
 
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Métodos Tradicionais de detecção de lesões de cárie 
 
Exame Tátil 
- Sonda exploratória 
- Danos à superfície da lesão de cárie 
- Transmissão de microrganismos entre os sítios examinados 
- Precisão baixa 
Inspeção visual 
- Boa iluminação e limpeza 
- Secagem prolongada 
- Precisão boa � melhor que exame tátil 
- Avaliação das características da lesão 
 
Associação de Métodos 
 
Métodos visual + radiográfico 
- Radiografia interproximal 
- Aumentam sensibilidade do método visual 
- Método indicado 
ICDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FLÚOR 
 
O flúor apresenta um grande impacto no desenvolvimento da doença cárie mas seu uso deve estar associado com 
medidas para desorganização/remoção do biofilme bacteriano e “consumo controlado” de carboidratos fermentáveis. 
 
IMPORTÂNCIA DO USO DIÁRIO DE FLÚOR PARA ESTABELECER E MANTER UMA CONCENTRAÇÃO 
SIGNIFICATIVA NA SALIVA E NO FLUIDO DO BIOFILME, A FIM DE CONTROLAR A DISSOLUÇÃO DE ESMALTE 
Larsen, Brunn, 2001 
Pessan et al., 2008 
 
O FLÚOR TAMBÉM.... 
- Interfere no crescimento e metabolismo bacterianos, 
- Atua na cadeia glicolítica, reduzindo a produção de ácidos pelos microrganismos bucais e interferindo na regulagem 
enzimática do metabolismo dos carboidratos o que reduz o acúmulo de polissacarídeos intra e extracelulares. 
- Maltz, 1996; Cameron, Widmer, 2001. 
 
 
EFEITOS TÓXICOS DO FLÚOR 
a.intoxicação aguda 
- dose certamente letal (DCL) = 32 a 64 mg de F/kg 
- dose seguramente tolerada (DST) = 9 a 16 mg de F/kg 
- dose provavelmente tóxica (DPT) = 5,0mg de F/kg 
- ingestão crônica o limite é de 0,07mg de F/kg/dia 
Sintomas da intoxicação aguda: depende da dose. Pode ocasionar problemas gastrointestinais até paralisia 
cardiorespiratória. 
 
Primeiros sinais: dor difusa no abdome, náusea e vômito, diarréia e excessiva salivação. 
 
Medidas para diminuir a absorção: provocar vômito, dar grandes quantidades de cálcio, administração de hidróxido de 
alumínio ou hidróxido de magnésio e lavagem gástrica. 
 
b. intoxicação crônica 
- ingestão crônica -> limite = 0,07mg de F/kg/dia. 
 
Fluorose = distúrbio ou defeito de formação do esmalte dental devido a exposição de altas concentrações de flúor 
durante o período de desenvolvimento dentário. A severidade da intoxicação crônica depende da dose, da direção de 
exposição, do estágio da atividade do ameloblasto, da idade da criança e da susceptibilidade individual. É um distúrbio 
de desenvolvimento caracterizado por esmalte branco-opaco variando de linhas brancas a áreas opacas pequenas ou 
extensas. Período de susceptibilidade crítico para alterações estéticas que afetariam os incisivos centrais superiores -> 
22 a 26 meses de vida. Período de risco estético -> 20 a 30 meses. 
Tratamento : 
Microabrasão 
Ácido de baixa concentração para segurança dos tecidos bucais 
Facetas 
Restaurações com resina composta 
 
FLÚOR SISTÊMICO 
 
Efeito sistêmico está relacionado com a ingestão do flúor de modo a atingir os dentes em formação (efeito pré-
eruptivo). 
Antigamente pensava-se que a ingestão de flúor sistêmico formaria Fluorapatita (FA). Hoje se sabe que, quando 
se ingere o flúor durante a formação dos dentes, não há formação de FA, mas sim de apatita fluoretada (AF). Para 
tornar o esmalte mais resistente aos ácidos seria necessário 30000 ppm de F. 
A quantidade de AF não torna o dente resistente aos ácidos, mas funciona como um reservatório de flúor, ou 
seja, quando o esmalte é atacado pelos ácidos ao invés de perder minerais, a AF é que se dissolve no meio bucal, 
polpando o esmalte dentário. 
O esmalte formado na presença de flúor tem menor concentração de carbonato do que o mineralizado na sua 
ausência. 
O carbonato forma apatita carbonatada que torna o dente mais solúvel aos ácidos. A concentração de carbonato 
no esmalte é maior no terço gengival, na base das fissuras, nos dentes decíduos, na dentina e em dentes recém 
erupcionados, sendo esses mais susceptíveis a cárie dental. 
O efeito sistêmico do flúor está mais relacionado com a diminuição da quantidade de carbonato do que com a 
formação de AF que poderia ser formada após aplicação tópica de flúor profissional (dissolve a apatita carbonatada e 
ocorre reestruturação mineral do dente) ou uso regular de dentifrício fluoretado. 
 
Método de flúor sistêmico 
 
Água fluoretada - temperatura ambiental média e a concentração de flúor na água (clima temperado 1,0ppm de F e 
países tropicais 0,7ppm). 
 
 
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Suplementação de Flúor – observar risco X benefício: o efeito pré-eruptivo do flúor representa um pequeno impacto na 
prevenção de cárie dentária e um risco evidente de produção de fluorose dental. 
 
FLÚOR TÓPICO 
 
Mecanismo de ação: aplicação local de concentração a partir de 100 ppm = o flúor é incorporado à superfície do 
esmalte sob forma de fluoreto de cálcio (CaF2) que pode ficar retido por dias ou meses. 
Depois que o CaF2 é formado, a superfície é coberta por íons cálcio, fosfato e proteínas da saliva formando uma 
capa protetora que retarda a dissolução do composto fazendo com que ele atue como um agente de liberação lenta de 
fluoreto. Quando ocorre diminuição do Ph da placa, a camada de fosfato de cálcio é solubilizada, expondo o CaF2 que 
se dissolve parcialmente liberando fluoreto e íons cálcio para o meio. Na presença de flúor, o pH crítico da 
desmineralização muda de 5,5 para 4,5. 
Quando o pH cai abaixo de 4,5, mas a placa está subsaturada com relação à FA, o esmalte dissolve 
vagarosamente mesmo na presença de altas concentrações de fluoreto. Após algum tempo de ação do fluxo salivar e 
da capacidade tampão da saliva o Ph retorna ao nível fisiológico. Pequena parte do CaF2 reage com a HA e forma AP. 
 
A duração do “reservatório” está relacionada com a quantidade de CaF2 formada e depende: 
- da concentração e frequência do flúor aplicado. 
- é função inversa ao Ph, ou seja, quanto menor Ph, maior formação de CaF2 
- depende da disponibilidade de cálcio. 
- embora a formação de CaF2 esteja relacionada com o tempo de aplicação, não há diferença quando se utiliza 1 ou 4 
minutos. 
- maior formação de CaF2 ocorre no dente com lesão de cárie do que no dente íntegro. 
 
1. Aplicação Tópica Profissional (ATP): 
 
1a. FLUORETO DE SÓDIO a 2% (pH neutro) 
Método proposto por Knutson et al. (1947): 
- 04 sessões de aplicação de flúor seguidas, com intervalos de 2 a 7 dias. (desvantagem, necessidade de 4 sessões) 
- Técnica de aplicação: profilaxia, isolamento dos dentes, secagem e aplicação com cotonetes durante 4 minutos. 
- Vantagem: quimicamente estável, gosto aceitável, não irrita a gengiva, não mancha os dentes ou restaurações, é 
barato e efetivo. 
 
1b. FLUOR FOSFATO ACIDULADO a 1,23% (pH ácido) 
Forma de apresentação: solução, gel e espuma/mousse. 
Técnica de aplicação: 
- limpeza dos dentes, isolamento e secagem, aplicação durante 4 minutos. Pode-se também aplicá-lo com uso de 
moldeiras, com cuidado para que não seja deglutido. O uso de fio dental embebido em gel entre as superfícies 
proximais também é recomendado. 
- Vantagem: sessão única. 
- Desvantagem: aplicação semestral. 
O flúor acidulado não deve ser acondicionado em vidro, pois forma ácido fluorsilícico. 
 
1c. FLUORETO DE ESTANHO (solução ácida, pH entre 3,2 e 2,5). 
Uso no Brasil é muito restrito. 
Técnica de aplicação proposta por Muhler: 
- limpeza dos dentes, isolamento do campo, secagem dos dentes, aplicação da solução com cotonetes (8 para cada 
hemiarco) durante 30 segundos, remoção do isolamento sem colocar água. Paciente não deve ingerir nada durante 30 
minutos. 
- Aplicação restrita e em fórmulas especiais (sensibilidade dentinária ou alta incidência de cárie). 
- Desvantagem: dificuldade de encontrar o sal, fácil oxidação, necessidade de preparar a solução na hora do uso, sabor 
desagradável, possibilidade de descamação gengival, risco de manchamento nos dentes descalcificados ou nas bordas 
das restaurações, técnica muito complexa. 
- Vantagem: eficaz na capacidade de reduzir a incidência de cárie. 
 
Recomendações e cuidados após ATP 
1. não enxaguar 
2. não comer, nem beber no mínimo durante 30 minutos após a aplicação 
3. quanto ao flúor dar preferência para os que apresentam características tixotrópicas (quando não submetido a pressão 
mantém-se em gel, quando submetido a pressão torna-se mais fluido) 
4. este método é mais indicado para crianças maiores que 3 anos. 
5. nunca aplicar o gel de FFA em jejum. 
6. FFA pode produzir alterações nas superfícies de materiais que apresentem partículas de vidro 
 
1d. VERNIZES FLUORETADOS: 
Apresentam base de verniz a qual é incorporado o flúor provocando liberação lenta por um período prolongado 
(12 horas) _ menor pico plasmático do flúor quando comparado com o gel = segurança na aplicação, bom para uso em 
crianças menores de 3 anos. 
Método de aplicação é a limpeza da superfície dental, isolamento relativo com algodão, secagem da superfície 
dental e aplicação de uma fina camada do produto com auxílio de pincel. Após aplicação gotejar água para acelerar o 
endurecimento do verniz. Recomenda-se não ingerir alimentos sólidos nas primeiras 4 horas e evitar escovação durante 
12 horas. 
 
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Nomes comerciais:Duraphat (NaF a 5% ou F a 2,26% = 22600ppm de F em base de colofônia de Ph neutro), Flúor 
protector (difluorsilano a 0,7% = 7000ppm de F em pH ácido) 
 
Vantagem: fácil aplicação, boa aceitação pelos pacientes, maior segurança, menor tempo de atendimento, pode ser 
utilizado em pacientes de pouca idade, se for o flúor protector, ele é incolor e alto brilho (preferível para adolescentes e 
adultos) por estética. 
 
Desvantagem: custo (produtos importados – tem maior fluidez e menor viscosidade), coloração amarelada após 
aplicação com Duraphat (avisar os pais), sabor desagradável e possibilidade de ardor semelhante a acetona com uso 
do flúor protector. 
 
Cuidado: não aplicar sobre a gengiva com sangramento -> possibilidade e risco de manifestação alérgica por contato 
com base de colofônia (Duraphat) e poliuretano (Flúor protector). 
 
Tratamento para intoxicação aguda 
- Ingestão menor que 5 mg de F/kg: prescrição de cálcio via oral (leite) e algumas horas de observação. 
- Ingestão maior que 5 mg de F/kg: indução do vômito, cálcio via oral, internação hospitalar. 
- Ingestão maior que 15 mg de F/ kg: indução do vômito, internação com monitoramento cardíaco, administração 
endovenosa de cálcio, de diuréticos e soro bicarbonatado 
 
Intoxicação crônica 
- Ingestão de flúor em pequena quantidade porém por um longo período de tempo. 
Afeta dentes homólogos por ser um distúrbio de desenvolvimento. 
- Histologicamente observa-se hipomineralização com a presença de poros na subsuperfície, estando a superfície 
externa do esmalte bem mineralizada. Clinicamente a porosidade é representada pela opacidade – linhas finas 
esbranquiçadas até quadros em que toda a superfície é atingida. 
- Limite diário p/ fluorose: 0,07 mgF/Kg peso/dia 
2. Dentifrícios 
 
É o método mais utilizado. A concentração de flúor necessária para que o dentifrício seja eficaz gira ao redor de 
1000ppm. 
Durante a escovação é importante a supervisão dos pais pois as crianças menores de 5 anos apresentam 
dificuldade motora para controlar a deglutição e engolem cerca de 30% do creme em cada escovação -> risco potencial 
de aumentar a fluorose. 
Para crianças em idade pré-escolar, 4 a 6 anos, indicado colocação do dentifrício pela técnica transversal (ao 
invés de colocar a pasta dental sobre todas as cerdas da escova, coloca-se transversalmente, cobrindo somente as 
primeira 3 fileiras de cerdas aproximadamente), pois a quantidade é reduzida em 45% quando comparada com o 
método tradicional. 
 
3. Bochechos com soluções fluoretadas 
 
Utilizados em programas de saúde coletiva devido relação custo/benefício, método simples e de baixo custo. 
É indicado para as fases onde existe aumento do risco de desenvolver a doença cárie e quando existe dificuldade de 
controle da placa. 
Durante a fase de erupção do 1º malar permanente ->maturação pós eruptiva. Devido ao processo lento de 
erupção existe grande dificuldade de remoção de placa nesta região. 
 
Forma de apresentação: NaF 0,05% para uso diário ou NaF 0,2% (semanal); fluorfosfato ácido 0,02% (diário). 
 
Vantagem: bem aceitos em programas de saúde pública em escolas, preparo fácil, pouco dispendioso, fácil de ser 
aprendido pela criança e mesmo que a solução seja ingerida acidentalmente, não há problemas de intoxicação. 
Indicado para crianças maiores que 6 anos. 
 
produto % do agente ppm de F mg de F/ml 
FFA (gel acidulado) F a 1,23% 12300 12,3 
NaF (gel neutro) NaF a 2,0% 9000 5,0 
Duraphat, Duraflur, 
Fluorniz (verniz) 
 NaF a 5,0% 22600 22,6 
Flúor protector 
(verniz) 
F a 0,7% 7000 7,0 
Bochecho com NaF 
(diário) 
NaF a 0,05% 225 0,22 
 
Bochecho com NaF 
(semanal) 
NaF a 0,2% 900 0,90 
 
------------------ Aula de Flúor – Informações complementares ------------------ 
------------------ Muito Importante!!! ------------------ 
 
 
 
 
 
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Cálculos da dose: 
 
1ppm significa 1 parte por milhão, o que quer dizer: 
 
1g flúor em 1.000.000 g ou ml de água (1parte de flúor em um milhão de partes de água). 
 
Como a toxicidade ou dose de flúor se mede em mg, pode-se transformar a fórmula em: 
1000 mg flúor em 1.000.000 g ou ml de água 
 
Se quiser pode simplificar, cortando os zeros (dividindo por mil), resultando: 
 
1 mg flúor em 1000 g ou ml: ou seja 1ppm = 1 mg F em 1000g ou ml 
 
Por exemplo, se formos usar o flúor em gel, que tem 12.300 ppm de flúor, como calcularemos a quantidade de flúor 
utilizada? 
 
12.300 ppm 12.300 mg F/ 1000g de gel 
Se dividirmos por mil, teremos: 
 
12,3 mg F/ g de gel 
Considerando que em cada aplicação usamos ao redor de 5 g de gel, então: 5 X 12,3 mg F= 61,5 mg de flúor. 
 
A dose provavelmente tóxica é de 5 mg de flúor por quilo de peso, então se tivermos uma criança de 20 quilos 
(por volta de 3 anos) a dose provavelmente tóxica seria de 100mg, portanto, maior que a dose rotineira utilizada, e sem 
chance de causar problemas. Entretanto, se for uma criança de 10 quilos (bebê), a dose provavelmente tóxica já seria 
de 50 mg, portanto a criança estaria submetida a maior risco com o uso desta quantidade de flúor na moldeira. 
 
FLUOROSE 
 
Em relação à fluorose, a dose de risco é a ingestão maior que 0,07 mg/quilo/dia, pois depende da exposição 
crônica. 
Exposição crônica significa uso rotineiro, o que é mais comum pelo uso de dentifrícios, bochechos e pela dieta. 
Tomemos como exemplo o dentifrício, que tem ao redor de 1000 ppm: 
 
1.000 ppm 1000mg F/ 1000g de dentifrício 
Ou: 1 mg F/ 1g de dentifrício 
Se a criança coloca esta quantidade e ingere ¼ (0,25 mg F) em cada escovação e escova os dentes 3 vezes por dia, 
estará ingerindo somente com o dentifrício 0,75 mg F/dia. Se ela pesa 10 quilos (bebê) a dose de risco para fluorose 
seria de 0,7 mg F/dia, portanto apenas com o dentifrício ela já está praticamente no limite e ainda tem as fontes 
sistêmicas (como água e dieta!) 
 
 
 
 
RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA 
1. IMPORTÂNCIA DO EXAME RADIOGRÁFICO 
 
 
 
 
 Exame complementar ao exame clínico 
 
 
 
 
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2. PROTEÇÃO ÀS RADIAÇÕES 
 
 
 
 
 
Tempo de exposição baixo 
Filmes ultra rápidos 
Cones longos e abertos 
Rigor na técnica 
Avental de chumbo 
Suportes para filmes 
Pessoal auxiliar e CD não devem segurar película 
Responsáveis também protegidos com avental 
 
 
 
3.EXAME RADIOGRÁFICO NA DENTIÇÃO DECÍDUA, MISTA E PERMANENTE: 
 
Nas crianças com dentição decídua o exame radiográfico completo constitui-se de: 
- seis radiografias periapicais: 
a. duas da região anterior: uma superior e outra inferior; 
b. quatro da região posterior: uma de cada hemiarco ou da região de molares decíduos; 
 
- duas radiografias interproximais: uma do lado esquerdo e outra do direito, posteriores. 
Quando presente a dentição mista este exame passa a compor-se por: 
 
- dez radiografias periapicais: 
a. três da região ântero-superior: uma da região de incisivos centrais e duas da região de incisivos laterais e caninos, 
direito e esquerdo; 
b. três da região ântero-inferior: uma da região de incisivos e duas da região de caninos, direito e esquerdo; 
c. quatro da região posterior: uma de cada hemiarco. 
 
- duas radiografias interproximais: uma do lado direito e outra do esquerdo, posteriores. 
Nos pacientes com dentição permanente instalada indicam-se para exame radiográfico completo: 
 
- quatorze radiografias periapicais: 
a. três da região ântero-superior: uma da região de incisivos centrais e duas da região de incisivos laterais e caninos, 
direito e esquerdo; 
b. três da região ântero-inferior: uma da região de incisivos e duas da região de caninos, direito e esquerdo; 
c. quatro da região de pré-molares: uma de cada hemiarco; 
d. quatro da região de molares permanentes: uma de cada hemiarco. 
 
- quatro radiografias interproximais: duas da região de pré-molares, direito e 
esquerdoe duas da região de molares permanentes, direito e esquerdo. 
 
A dificuldade de executar uma tomada radiográfica adequada leva à limitação da utilidade e eficiência deste exame, 
considerado indispensável no tratamento dentário. Diante de emergências freqüentemente devemos tomar decisões 
terapêuticas a partir de diagnósticos feitos sem o auxílio do exame radiográfico, o que pode levar a uma maior margem 
de erros ou no mínimo a decidir por tratamentos mais radicais. 
 
4. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 
 
 Periapical 
 
 
Intrabucais 
 Interproximal 
 
 Panorâmica 
 
Extrabucais Lateral de mandíbula \ maxila 
 
 Lateral de Fazzi 
 
 
Oclusal 
 
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As técnicas radiográficas empregadas para crianças são iguais às utilizadas em adultos. Assim, temos as 
técnicas intra e extrabucais. Para as primeiras temos as radiografias periapicais, interproximais e oclusais; quanto às 
extrabucais, temos as radiografias panorâmicas e lateral de mandíbula e maxila. 
Na técnica periapical, valem os conceitos de Ciezinski em que o feixe principal de raios X incide 
perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado pela película e pelo longo eixo do dente. Outra técnica para as 
radiografias periapicais é a do paralelismo ou do cone longo, em que o feixe de raios X incide perpendicularmente ao 
longo eixo do dente e à película, sendo que estes devem estar paralelos entre si. 
Todas as técnicas a serem utilizadas em crianças devem sofrer modificações, as quais visam principalmente o 
posicionamento e a estabilização da película, uma vez que a colaboração destes pacientes não é a desejada, 
principalmente nos casos de crianças com menos de 3 anos de idade. 
Nos dentes anteriores, indica-se a técnica periapical modificada (oclusal) com película número dois (adulto). As 
crianças com 3 a 4 anos de idade podem colaborar, permanecendo até mesmo desacompanhadas no consultório 
odontológico. 
São sentadas na cadeira odontológica de forma que o plano oclusal forme um ângulo de 30 graus em relação ao 
solo, considerada uma posição de conforto e, portanto, facilita na colaboração quanto à imobilidade. O filme é 
posicionado no sentido transversal em relação ao eixo sagital mediano e apreendido através de mordida, sendo que a 
face sensível deve estar voltada para a arcada dentária da qual se quer obter a imagem, superior ou inferior. O feixe 
principal é dirigido para a ponta do nariz na arcada superior e para o mento na arcada inferior, com angulações de 95 
graus positivos e 35 graus negativos para o superior e inferior respectivamente. Esta técnica fornece uma imagem 
ampla, apresentando os dentes decíduos de canino à canino, além dos germes dos permanentes da região (incisivos e 
caninos). 
 O uso de posicionadores facilita a tomada radiográfica, normalmente não cabem na boca das crianças com 
pouca idade. O que usamos é o tipo Han Shing, compatível com a boca de crianças na primeira infância. 
 Dentre as técnicas intrabucais temos ainda a interproximal, de pouca valia na faixa etária em discussão, uma vez 
que sua principal indicação é para o diagnóstico de cárie interproximal e nesta etapa da dentição decídua os dente em 
geral estão separados, podendo ter as suas faces proximais observadas clinicamente. Estão restritas a pacientes nos 
quais os dentes posteriores já apresentam contato, independentemente da idade. 
 As técnicas extrabucais mais utilizadas em Odontopediatria são a panorâmica e lateral de mandíbula e maxila. 
As radiografias panorâmicas são pouco utilizadas para crianças com menos de 3 anos de idade, ficando restritas 
a casos específicos, de acordo com a indicação desta técnica, ou seja, observar o desenvolvimento, as grandes 
patologias e fraturas ósseas. São ainda de pouco valia para o diagnóstico de lesões de cárie e doenças pulpares. Para 
a sua execução é fundamental a colaboração da criança, o que dificilmente ocorre. 
 Quando não é possível executar uma radiografia periapical ou outra forma intrabucal para dentes posteriores 
podemos lançar mão da técnica lateral de mandíbula e maxila, a qual é feita utilizando-se uma película de filme oclusal 
posicionada extrabucalmente sobre a face do paciente, sendo também neste caso segurada pelos pais ou 
acompanhante. O longo eixo do filme acompanha o longo eixo da face, a cabeça do paciente inclina-se lateralmente no 
lado oposto da face, tendo como referência o ângulo da mandíbula, sendo que devemos desviar esta estrutura 
anatômica, ou seja, ficar abaixo do ângulo externo para evitar a superposição de imagens. O feixe de radiação deve, na 
medida do possível, encontrar a película formando um ângulo reto. 
 
5. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO: 
 
 Tanto os dentes decíduos, quanto os permanentes, para alcançar sua maturidade morfológica ou funcional, 
passam por um ciclo vital característico bem definido composto de diversas fases, separadas por motivos didáticos. No 
entanto, trata-se de um processo fisiológico de evolução contínua, no qual as modificações histológicas, fisiológicas e 
bioquímicas têm lugar progressiva e simultaneamente. 
 Quanto aos fatores etiológicos que promovem estes distúrbios, variam entre a hereditariedade, os problemas 
locais infecciosos e/ou traumáticos e as alterações metabólicas, considera-se também a ingestão de medicamentos e 
ainda há alguns distúrbios cuja etiologia é considerada desconhecida. Algumas vezes estes distúrbios do 
desenvolvimento estão associados a síndromes que envolvem distúrbios cranianos e maxilares, além de problemas 
sistêmicos. 
 Nem todas as anomalias do desenvolvimento são observadas na dentição decídua e na maioria das vezes 
ocorrem numa prevalência mínima nesta fase. 
 
NA INICIAÇÃO E PROLIFERAÇÃO (lâmina dentária, fases em botão e capuz): 
 
MENOR NÚMERO DE DENTES 
 
_ Hipodontia- Ausência de apenas um ou alguns poucos dentes. 
_ Oligodontia ou anodontia parcial- agenesia de vários elementos dentários – comumente associada a 
anormalidades sistêmicas 
_ Anodontia- ausência total de dentes 
A hipodontia é rara na dentição decídua, porém pode ser observada na região de incisivos, principalmente na maxila. 
Na dentição permanente é tão comum que chega a ser considerada por alguns autores, uma variação dentro do limite 
da normalidade. Maior ocorrência em terceiros molares, incisivos laterais superiores e segundos pré-molares. 
 
 
 
 
 
 
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NÚMERO EXCESSIVO DE DENTES 
 
_ Os dentes supranumerários, que resultam da geminação continuada do órgão do esmalte do dente antecessor ou 
da proliferação excessiva de células ocorrem freqüentemente em crianças e podem ser responsáveis por várias 
irregularidades nas dentições decíduas e mistas. Ocorrem na sua maioria na dentição permanente, freqüentemente 
localizados na região anterior da maxila (mesiodens). Dentes natais ou neonatais também são considerados 
supranumerários quando o exame radiográfico detectar a presença dos incisivos decíduos ainda intra-ósseos. 
GEMINAÇÃO, FUSÃO E CONCRESCÊNCIA 
 
_ Geminação - Tentativa de divisão de um germe dentário. Vai depender da extensão da geminação o grau de 
clivagem, que quando for total, vai originar um dente supranumerário. 
_ Fusão - União de dois germes dentários independentes, que poderão ser decíduos ou permanentes. Limita-se quase 
sempre aos dentes anteriores e, assim como a geminação parece seguir uma tendência familiar. 
_ Concrescência- Uma forma de fusão produzida após o início da formação radicular.Nessa anomalia , os dentes se 
unem apenas pelo cemento e o diagnóstico só é possível por meio radiográfico. 
 
ODONTOMA 
 
_ Tumor odontogênico resultante da proliferação anormal decélulas do órgão do esmalte. Pode advir também da 
geminação continuada do germe dentário decíduo ou permanente, situação na qual acaba por substituir o dente da 
série normal. 
 
NA HISTODIFERENCIAÇÃO (FASE EM CAMPÂNULA) 
 
 Os transtornos nessa fase levam à formação de estruturas anormais de esmalte ou dentina. 
Quando são os ameloblastos que não se diferenciam adequadamente, temos a amelogênese imperfeita do tipo 
hipoplásico. Quando são os odontoblastos que falham em sua diferenciação, o que resulta é a dentinogênese 
imperfeita. 
 
AMELOGÊNESE IMPERFEITA DO TIPO HIPOPLÁSICO 
 
_ Pode afetar tanto a dentição decídua como a permanente, podendo apresentar diferentes características clínicas. As 
alterações estruturais dos dentes limitam-se ao esmalte. 
 
DENTINOGÊNESE IMPERFEITA 
 
_ A estrutura da dentina [e anormal, resultando em dentes de cor acastanhada ou cinza-azulada, e também opaco. Ao 
exame radiográfico, o que se observa é a presença de raízes delgadas, câmara pulpar extremamente reduzida ou 
ausente. Além de canais radiculares estreitos, que caracterizam o defeito mesodérmico. Os dentes permanentes 
parecem ser de melhor qualidade, entretanto continuam frágeis, necessitando de reabilitação protética. 
 
NA MORFODIFERENCIAÇÃO (FASE AVANÇADA EM CAMPÂNULA) 
 
Os transtornos de desenvolvimento nessa fase, levam a alteração de tamanho e forma dentárias. 
No caso de um desenvolvimento deficiente, pode-se observar clinicamente: 
_ Microdontia 
_ Incisivos laterais conóides 
_ Incisivos de Hutchinson 
_ Molares em amora (Moon) 
 
Por outro lado, quando ocorre desenvolvimento excessivo, tem-se: 
_ Macrodontia 
_ Taurodontismo 
_ Dens in dente 
_ Raízes supranumerárias 
_ Evaginação dentária e os chamados tubérculos dentários 
 
NA APOSIÇÃO 
 
Desenvolvimento deficiente 
 
O desenvolvimento deficiente na etapa de aposição do ciclo vital dos dentes resulta em alterações nas matrizes 
de esmalte e dentina. É possível que qualquer transtorno, capaz de lesar os ameloblastos durante a formação do 
esmalte detenha a aposição da matriz e produza hipoplasia de esmalte, que poderá ser de natureza congênita, 
sistêmica ou local. Já a alteração dentinária é muito rara e ocorre apenas quando de transtornos sistêmicos graves e 
prolongados. 
_ Hipoplasia de esmalte (redução da quantidade de esmalte formado de um ou mais dentes, normalmente devido a 
fatores externos) 
_ Dentinodisplasia ou displasia dentinária 
 
 
 
 
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Desenvolvimento excessivo 
No caso de desenvolvimento excessivo nessa fase, pode-se ter as pérolas de esmalte ou as hipercementoses. 
Esta última só observada em dentes permanentes de adultos. 
 
 
NA CALCIFICAÇÃO ou MINERALIZAÇÃO 
 
Desenvolvimento deficiente 
_ Amelogênese imperfeita do tipo hipocalcificado – Transmitida hereditariamente pode afetar tanto a dentição decídua 
,quanto a permanente e apresenta-se das mais variadas formas clínicas. 
_ Dentina interglobular 
 
Desenvolvimento excessivo 
_ Esclerose dentinária ou dentina esclerótica. A maior mineralização do dente reduz a condutividade dos 
prolongamentos odontoblásticos , além de retardar o avanço das possíveis lesões cariosas, únicos aspectos clínicos a 
serem considerados nessa anomalia. 
 
DURANTE A ERUPÇÃO DOS DENTES: 
 
Anomalias de erupção e esfoliação 
- cronologia de erupção = erupção precoce, erupção tardia (de acordo com a cronologia de erupção) 
- anquilose dental (maior frequência em segundos molares decíduos) 
- migração ( dente ocupa lugar de outro ausente na dentição), transposição (troca de lugar normal entre 2 dentes), 
reabsorção assimétrica das raízes dos decíduos. 
- Submersão, giroversão, bucoversão (vestíbulo ou linguoversão) = podem ocorrer sempre que houver falta de espaço, 
perda de dentes, presença de cistos, inclusos, etc... resultando em má oclusão. 
- dentição pré-decídua = dentes natais, que estão presentes ao nascimento, e dentes neo-natais, que erupcionam em 
até 30 dias após o nascimento. 90% desses dentes são da série normal, e somente 10% são supranumerários 
(proliferação). Se o dente tiver boa implantação e não houver risco de aspiração do dente pela criança, ele deverá ser 
mantido, se for supranumerário, ou houver muita mobilidade, o dente deverá ser removido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRAUMATISMO DENTAL EM ODONTOPEDIATRIA 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
O traumatismo dental pode afetar crianças muito pequenas, através dos primeiros esforços para engatinhar, 
sentar e nas tentativas de andar e correr. No início a criança se apresenta insegura, falta-lhe experiência e 
coordenação, mas gradualmente passa de um estado de total dependência de movimentos, para a independência e 
estabilidade sempre acompanhada do entusiasmo infantil. O traumatismo dental pode causar trauma físico, emocional e 
psicológico, além de trazer conseqüências tanto para os dentes decíduos como também para os permanentes. 
- Freqüência - 16 a 30% 
- Sexo - masculino > feminino 
- Faixa etária mais atingida - 10 a 24 meses 
- Localização mais freqüente - Incisivos superiores 
- Número de dentes afetados - mais de um 
 
2. CONDUTAS FRENTE AO TRAUMATISMO NA DENTIÇÃO DECÍDUA: 
 
2.1 ANAMNESE 
- História médica resumida 
- Anamnese: 3 perguntas importantes: COMO, QUANDO E ONDE ocorreu o trauma? 
- Investigar: inconsciência, cefaléia, amnésia, náuseas e vômitos = se houver relato de algum desses fatos encaminhar 
ao médico. 
- Houve lesão anterior no dente? Ou é a primeira vez que ocorre o trauma? 
 
2.2 EXAME CLÍNICO 
- Realizar previamente a limpeza da área com água, soro fisiológico, sabão neutro ou clorexidina a 0,12%. 
- Avaliar tecidos moles, dentes e tecido ósseo. Verificar a ocorrência de fratura coronária, exposição pulpar e 
observar a posição do dente em relação aos seus adjacentes e sinais de fraturas radiculares. Observar a presença ou 
não de lesões cruentas ou dilaceradas, presença de corpos estranhos, fraturas ósseas no rebordo alveolar, hematomas 
ou edemas. 
 
2.3.1 EXAME RADIOGRÁFICO: 
- Rx oclusal com filme periapical 
- Rx periapical com posicionador 
- Rx lateral com filme periapical 
 
Obs.: O exame radiográfico não é tridimensional, mas permite observar: 
- Fraturas radiculares 
- Estágio da raiz em desenvolvimento 
- Dimensão da câmara pulpar 
- Radioluscência periapical 
- Reabsorções internas e externas 
 
2.3.2 TESTES DE PERCUSSÃO E DE VITALIDADE: 
 
NÃO FAZER TESTE DE VITALIDADE, DEVIDO À SENSIBILIDADE, E DIFICULDADE DE RESULTADOS 
VERDADEIROS. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DENTÁRIAS TRAUMÁTICAS 
 
LESÕES AOS TECIDOS MOLES 
LESOES AOS TECIDOS DE SUPORTE 
LESÕES AOS TECIDOS DUROS 
 
4.TRATAMENTO DAS LESÕES DENTÁRIAS TRAUMÁTICAS 
 
4.1 DOS TECIDOS MOLES 
 
LACERAÇÃO: ferimento raso ou profundo resultante de dilaceração tecidual, produzido por objeto cortante). 
 
TRATAMENTO: 
- Após a limpeza e remoção de corpos estranhos da região lesada, faz-se o reposicionamento do retalho e sutura se 
necessário. 
- Lacerações menores da gengiva e mucosa não requerem sutura. 
 
A utilização de clorexidina a 0,12% pode auxiliar no reparo tecidual. Na suspeita de alto índice de contaminação, a 
profilaxia antitetânica e antibioticoterapia são indicadas. 
 
CONTUSÃO: ferimento produzido por impacto com objeto sem corte, causando hemorragia submucosa – equimose). 
 
 
 
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TRATAMENTO: 
- Não requer tratamento, pois o sangramento é reabsorvido localmente. 
 
ABRASÃO: é a lesão superficial ocasionada por raspagem da mucosa, que deixa uma superfície hemorrágica e 
escoriada). 
 
TRATAMENTO: 
- O tratamento é sintomático. Gaze embebida em solução anódina, que contém benzocaína (Ex.: Cepacaína®,Gingilone®) pode ser utilizada para atenuar a dor durante a alimentação. 
 
4.2 DOS TECIDOS DE SUPORTE 
 
CONCUSSÃO: Lesão das estruturas de sustentação dos dentes 
Rompimento de pequeno número de fibras, sem sangramento visível no sulco gengival. 
Não há deslocamento ou mobilidade 
 
- Não requer tratamento específico 
- Limpeza da área, repouso do dente, acompanhamento 
 
SUBLUXAÇÃO: 
Pequena a moderada intensidade 
Rompimento de fibras e pequeno sangramento no sulco gengival ( diferencia de concussão) 
Pode ocorrer pequena mobilidade mas sem deslocamento do dente e ligeiro aumento do espaço pericementário no 
exame radiográfico 
 
- Não requer tratamento específico 
- Limpeza da área, repouso do dente, acompanhamento 
 
LUXACAO LATERAL: 
Rompimento de fibras do ligamento 
Mobilidade 
Com ou sem deslocamento associado ou não a mobilidade 
Com ou sem fratura óssea 
Laceração dos tecidos adjacentes 
 
TRATAMENTO: 
- Mobilidade – contenção flexível ou semirrígida, com fio de nylon ou aço e resina composta, terço médio das faces 
vestibulares, 1 ou 2 dentes de suporte de cada lado por 14 a 21 dias. 
- Avaliar reposicionamento 
 
LUXAÇÃO EXTRUSIVA: Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo, pouco comum em dentes decíduos. 
Normalmnete apresenta mobilidade. Observar tábua óssea. 
 
TRATAMENTO: 
- mesmo dia: reposicionamento com cuidado e contenção 
- Ou exodontia 
 
LUXACAO INTRUSIVA: Deslocamento do dente para dentro do alvéolo, com compressão ou fratura do processo 
alveolar. Pode estar associado a lesões na mucosa 
 
TRATAMENTO: 
- Intrusão no longo eixo ou para vestibular sem fratura da tábua óssea – aguardar início da reerupção espontânea em 
15 a 30 dias. 
- Intrusão na direção palatina ou para vestibular com fratura da tábua óssea - exodontia 
 
4.3 DOS TECIDOS DUROS 
 
TRINCA DE ESMALTE 
 
- Fratura incompleta do esmalte , sem perda de estrutura dentária. 
- Tratamento 
- Acabamento com disco de lixa e aplicação de flúor é suficiente. 
 
FRATURA DE ESMALTE 
 
- Há perda de estrutura dentária envolvendo apenas o esmalte 
- Dependendo do local e do tamanho da fratura, o profissional pode alisar as bordas cortantes e aplicar flúor. Quando há 
maior comprometimento da estética, a restauração com resina composta é indicada. 
 
FRATURA CORONARIA DO ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR 
Tratamento 
- Restauração com resina composta ou colagem do fragmento se houver. 
 
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FRATURA CORONARIA DO ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR 
 
TRATAMENTO: 
- Pulpotomia ou pulpectomia 
- Restauração com resina composta, avaliar a necessidade de colocar pino e coroa ou colagem do fragmento dental 
 
FRATURA CORONORADICULAR 
- Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento, podendo ou não haver exposição pulpar. 
- Fratura complicada – quando envolve exposição pulpar 
- Fratura não complicada – quando não envolve exposição pulpar 
- Tratamento 
- Quando ocorrer próximo a margem gengival deve-se avaliar a possibilidade de tratamento endodôntico bem como a 
necessidade de gengivectomia. 
- Quando a fratura se estender 4 a 5 mm abaixo da margem gengival, levando a um diagnóstico duvidoso, exodontia é o 
tratamento de escolha. 
 
FRATURA RADICULAR 
- Pode ser transversal ou longitudinal 
- Na fratura radicular do terço cervical, normalmente apresenta mobilidade - exodontia 
- Na fratura do terço apical ou médio, pode ser com ou sem mobilidade, e com ou sem deslocamento. 
- Longitudinal – exodontia 
- Fratura do terço apical ou médio sem mobilidade ou deslocamento pode ser feito o acompanhamento clínico e 
radiográfico . 
- Caso haja deslocamento e/ou mobilidade, o tratamento consiste na aproximação dos fragmentos, contenção por 21 
dias. 
 
FRATURA ALVEOLAR 
- Fratura que envolve o processo alveolar. 
- Geralmente as fraturas alveolares na criança não se consolidam, por serem fragmentos muito pequenos e o osso 
alveolar mais esponjoso. 
- Se o fragmento ósseo tiver irrigação sanguínea, ele pode ser mantido, suturando-se a região. Caso o fragmento não 
tenha irrigação, deve ser removido, assim como o dente associado. Avaliar a necessidade da prescrição de antibiótico 
para evitar infecção. 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS AOS RESPONSÁVEIS: 
- Orientar quanto à dieta pastosa nos primeiros dias após a ocorrência do trauma 
- Remoção dos hábitos deletérios 
- Orientar sempre quanto à higienização do local. Geralmente, não dá para usar escova, portanto orientar o uso de gaze 
com algum produto (água oxigenada diluída) por uma semana. A partir daí, usar escova normalmente. 
- Alertar sobre a importância do controle clínico, radiográfico e fotográfico periodicamente. 
 
SEQUELAS PARA OS DENTES DECÍDUOS 
- HIPEREMIA PULPAR 
- HEMORRAGIA PULPAR 
- NECROSE PULPAR 
- CALCIFICAÇÃO PULPAR 
- REABSORÇÕES INTERNAS 
- REABSORÇÕES EXTERNAS 
- ALVEOLISE 
- ANQUILOSE 
- RETENÇÃO PROLONGADA 
 
SEQUELAS PARA OS DENTES PERMANENTES 
- HIPOMINERALIZAÇÃO (MANCHA) DE ESMALTE 
- HIPOPLASIA DE ESMALTE 
- DILACERAÇÃO CORONÁRIA 
- DILACERAÇÃO RADICULAR 
- MALFORMAÇÃO TIPO ODONTOMA 
- DUPLICAÇÃO DE RAIZ 
- PARADA NA FORMAÇÃO RADICULAR 
- ALTERAÇÃO NA ERUPÇÃO 
 
 
EM TODOS OS CASOS DE TRAUMATISMOS NA DENTIÇÃO DECÍDUA, O ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO 
DA REABORÇÃO FISIOLÓGICA DO DENTE DECÍDUO E DA ERUPÇÃO DO SUCESSOR PERMANENTE É 
MANDATÓRIO! 
- CUIDADOS GERAIS 
- CRIANÇAS PEQUENAS – QUEDAS 
- PROTETORES BUCAIS – ESPORTES DE CONTATO 
 
 
 
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CONDUTA PSICOLÓGICA NO ATENDIMENTO ODONTOPEDIÁTRICO 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O TRATAMENTO DE CRIANÇAS 
 
Qualidades básicas do profissional de acordo com Vianna e Finn: 
 
- Amar as crianças 
- Fazer-se gostar pelas crianças 
- Gostar de tratar de crianças (vocação) 
- Conhecimentos específicos de Odontologia e especificamente de Odontopediatria 
- Conhecimentos de Psicologia infantil 
- Paciência 
- Intuição e bom senso 
- Certa capacidade de persuadira e convencer 
- Certa expressão da autoridade 
- Aptidão para a especialidade 
- Capacidade de manter diálogos com a criança 
- Tom de voz 
 
APARÊNCIA DO CONSULTÓRIO 
 A aparência do consultório do Odontopediatra deve ser tranqüila, com cores claras e sem muitos equipamentos à 
vista. 
É essencial que o consultório seja bem cuidado quanto à limpeza, arrumação, cuidados com as revistas e 
brinquedos colocados à disposição da criança. As crianças tem grande senso de observação,e a desordem e a sujeira 
podem provocar nelas uma reação negativa. 
 
APARÊNCIA DO PROFISSIONAL E PESSOAL AUXILIAR 
 É indispensável o aspecto de limpeza, asseio pessoal cabelos, mãos e dentes bem cuidados. A forma de se 
dirigir à criança e seus acompanhantes tem de ser gentil, educada, tom de voz adequado, sem muita formalidade, já 
que estamos tratando de crianças. 
 
ORDEM E CUIDADO COM O INSTRUMENTAL 
 Aspecto econômico- Quanto mais cuidado, maior a durabilidade do instrumental. 
Aspecto do conforto- Ruídos desagradáveis decorrentes do manuseio (barulho de metal) e que muitas vezes provocam 
medo. Vale ressaltar que o material não deve ficar à vista do paciente, desnecessariamente, de forma acintosa. Não 
que se deva esconder o instrumental do paciente, se ele mostrar interesse, deve-se mostrar o instrumento e explicar 
seu funcionamento com palavras simples e não amedrontadoras. 
 
HABILIDADE E RAPIDEZ NO TRABALHO 
 O odontopediatra deve ser hábil e rápido sem, entretanto, descuidar da qualidade dos trabalhos. É óbvio que a 
rapidez aumenta com a prática clínica, porém não pode haver prejuízo na qualidade. 
 
HORÁRIO E TEMPO DE TRABALHO 
 O horário da consulta deve ser marcado, sempre que possível, na hora em que a criança possa estar mais 
descansada e apta, não se devendo marcar na hora em que a criança costuma dormir,porque ela estará irritada. 
Quanto ao tempo de trabalho, as consultas devem ser curtas,até os sete anos de idade. As consultas devem ser de 25 
a 30 minutos. 
 
CONHECIMENTO PRÉVIO DA CRIANÇA 
 O ideal é que a mãe ou o pai, ou mesmo ambos, pudessem ir ao consultório antes da primeira consulta, 
informando-nos a respeito dela em detalhes. 
 
O MEDO 
 
ETIOLOGIA 
 
Medo objetivo 
 Oriundo de experiências vividas diretamente pela criança e que provoca emoções desagradáveis ou dolorosas. 
 
 Direto- Quando a experiência desagradável sofrida pela criança ocorreu durante um tratamento odontológico. 
 
 
 Indireto- Oriundo de experiências ocorridas em ambientes semelhantes ao consultório odontológicos (médicos, 
farmácias, etc.). 
 
Medo subjetivo 
Medo por sugestão. Medo do “ouviu falar” de experiências desagradáveis vividas por seus pais, amigos, no 
consultório odontológico ou especialidades afins. 
 
 
 
 
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Medo do desconhecido e do inesperado 
 Crianças que aparentemente estejam tranqüilas, podem estar ansiosas e deixar de colaborar em situações 
inesperadas ou simples, como o barulho do sugador, a luz do refeltor, a sensação causada pelo efeito da anestesia, etc. 
Daí a importância do preparo prévio, e do FALAR-MOSTRAR- FAZER. (Adelson,1970) 
 
MÉTODOS EMPREGADOS NA ODONTOPEDIATRIA 
 
Método do inquérito ou da anamnese - Uma anamnese bem meticulosa e o contato prévio com os pais são 
fundamentais para o sucesso de um bom relacionamento com a criança. É melhor que este contato seja pessoal, 
mesmo que por telefone, mas tem que ser feito pelo profissional e não pelo pessoal auxiliar. 
 
Método da observação – Inicia-se com a entrada da criança no consultório. Devemos estar totalmente atentos a todos 
os seus gestos, movimentos e apreensões. Analisamos se ela se esconde atrás do responsável numa atitude de 
proteção, se não nos encara, por medo ou timidez, ou se está mais ou menos descontraída e à vontade, se conversa 
conosco, ou não, respondendo a perguntas. Paulatinamente vamos nos aproximando e ganhando a confiança da 
criança. O importante é que essa observa;ao não tem ponto final e é contínua durante todo o tratamento. Obviamente 
ela é mais importante nos primeiros contatos. 
 
Método da experimentação – Com esse método conhecemos a criança através da experimentação. Na maioria das 
vezes, temos uma determinada forma de conduzir o tratamento. Mas, se a criança não se mostra colaboradora, 
podemos substituir essa linha de atenção por outra, favorecendo o relacionamento, o conhecimento, e o andamento dos 
trabalhos. 
 
Técnicas de Manejo no Consultório 
Técnicas físicas 
Contenção passiva 
Contenção ativa 
 
Técnicas farmacológicas 
Medicamentos 
Sedação pelo uso do óxido nitroso 
Anestesia Geral 
 
Técnicas recompensatórias 
Promessa de tratamento especial 
Caixa de presentes 
Serve para aumentar a auto-estima no fim do atendimento e fortalecer a amizade. 
 
TIPOS DE CRIANÇAS 
Os diferentes autores de obras sobre Odontopediatria, têm procurado criar classificações a fim de ordenar o 
conhecimento das atitudes destas, visando compreendê-las melhor e facilitar o relacionamento. Vamos citar aqui um 
dos melhores sistemas de classificação, proposto por Frankl, Shierre e Fogels em 1962. Este tem sido referido como 
Escala de Classificação do comportamento de Frankl. Este método a atualmente o mais empregado para avaliar o 
comportamento. 
 
Tipo 1: Definitivamente negativo. Rejeição do tratamento, chorando vigorosamente, receoso ou alguma outra evidência 
de negativismo extremo 
Tipo 2 : Negativo. Relutância em aceitar o tratamento, sem cooperação alguma, evidência de atitude negativa, mas não 
pronunciada, isto é, emburrado, retraído. 
Tipo 3: Positivo. Aceitação do tratamento às vezes, ao vontade de obedecer ao dentista, às vezes com reservas, mas o 
paciente segue as instruções do dentista, cooperativamente. 
Tipo 4: Definitivamente Positivo. Boa comunicação com o dentista, interessado nos procedimentos odontológicos, rindo 
e apreciando a situação. 
 
Doenças periodontais na infância 
 
 
- Introdução 
 
 
Anatomia do Periodonto 
 
 
 
Periodonto 
 
 
 
 
 
 
 
Sustentação 
Proteção Gengiva 
Marginal 
Inserida 
Papilar 
Ligamento Periodontal Cemento Osso Alveolar 
 
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Gengivite na Infância 
 
Doença Inflamatória restrita aos tecidos periodontais de proteção 
 
Fator etiológico determinante 
- Placa bacteriana e cálculo 
 
Fatores predisponentes 
- Exfoliação e erupção 
 
Fatores modificadores 
- Puberdade 
- Respiração bucal 
 
Sinais e Sintomas 
 
Alteração de cor e edema gengival 
Sinais mais comuns 
- Sangramento 
- Aumento da profundidade de bolsa 
- Menos comuns 
 
Fatores Morfológicos 
 
Erupção dos dentes 
� Margens gengivais espessas 
� Formação de bolsa de até 7 mm 
� Gengivite eruptiva 
� Exfoliação dos dentes 
� Maior mobilidade � irritação local e dificuldade de escovação 
� União do epitélio reduzido do órgão do esmalte com epitélio da mucosa oral � nicho para 
acúmulo de placa 
 
Tratamento: 
 
Controle do Biofilme dentário 
 
 
Tratamento dos fatores predisponentes e modificadores 
- Ortodontia, dentística, etc. 
- Médico, fonoaudióloga, etc. 
 
Presença de Cálculo 
 
Mineralização da placa 
- Menos comum em crianças 
Cálculo supragengival 
- Correlação negativa com atividade de cárie 
 
Tratamento 
- Raspagem radicular 
- Polimento 
- Aplicação de flúor 
- Orientação de higiene 
 
Hiperplasia Gengival 
 
- Placa bacteriana associada a outros fatores 
� Hiperplasia gengival dilantínica 
 
Tratamento 
- Cirurgia periodontal quando muito avançada 
- Controle de placa rigoroso 
� Evitar recidiva 
- Se possível, eliminar o agente modificador 
 
 
 
 
 
 
Identificação dos Grupos de Risco 
 
ABITEP – Odontopediatria e Ortodontia Preventiva 
www.CursosPelaWeb.com.br Tel.: 11 3214 - 8949 
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Retração Gengival 
Manifestação de colapso periodontal, onde ocorre migração apical da margem livre da gengiva, desnudando parte da 
raiz 
 
� Fator etiológico determinante 
� Placa bacteriana 
� Fatores etiológicos predisponentes 
� Alterações anatômicas 
� Freio lingual 
Má oclusão 
 
� Fatores etiológicos modificadores 
� Distúrbios patológicos 
� Escovação inadequada 
� Trauma oclusal 
� Hábitos nocivos 
� Distúrbios psicológicos 
� Automutilação 
 
Tratamento 
� Controle dos fatores etiológicos 
� Determinantes 
� Predisponentes 
� Modificadores 
 
Periodontite 
Inflamação que envolve periodonto de proteção e de sustentação 
 
Periodontite em crianças 
� Relativamente rara 
� Perda precoce de dentes decíduos 
� Manifestação de doenças sistêmicas 
� Fator etiológico determinante 
� Placa bacteriana 
� Fatores modificadores 
� Manifestação sistêmica associada 
 
Periodontite Agressiva 
� Sem doença sistêmica detectável 
� Periodontite de início precoce ou pré-puberal (Periodontite agressiva – AAP) 
� Generalizada 
� Mais de 30 % de envolvimento 
� Início durante ou pouco depois da erupção dos dentes 
� Inflamação aguda e perda óssea 
� Formação de bolsas periodontais 
� Associadas a outras infecções, tais como otites e infecções respiratórias 
� Presença de placa não compatível com o quadro 
 
Tratamento: 
Raro 
Não há protocolo clínico eficiente 
Doenças gravíssimas – sem tratamento eficaz 
Alternativa – exodontias múltiplas – erradicação dos miroorganismos 
periodontopatogênicos 
Sem sucesso 
 
� Localizada 
Até 30 % de envolvimento 
� Não associada a outras infecções 
� Presença de placa não compatível com o quadro 
� Inflamação menor 
� Formação de bolsas periodontais 
 
Tratamento 
Periodontites agressivas localizadas 
 
Nenhum problema sistêmico associado 
 
 
 
 
 
Controle mecânico e 
químico adequados 
 
ABITEP – Odontopediatria e Ortodontia Preventiva 
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