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INTRODUÇÃO
REVOLUÇÃO INGLESA
A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688.
As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, abrindo espaço para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa, a qual antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.
Com a Dinastia Tudor, a Inglaterra teve muitas conquistas, que serviram de base para o desenvolvimento econômico do país. Os governos de Henrique VIII e de sua filha Elisabeth I trouxeram a unificação do país e o afastamento do Papa, além de confiscar os bens da Igreja Católica e ao mesmo tempo criar o anglicanismo, e entrar na disputa por colônias com os espanhóis.
Foi com esses monarcas que também ocorreu a formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos Mercadores Aventureiros. Isso serviu para impedir a livre concorrência, embora a ação tenha sufocado alguns setores da burguesia. Então, resultou na divisão da burguesia de um lado, os grandes comerciantes que gostaram da política de monopólio, e de outro a pequena burguesia, que queria a livre concorrência.
Outro problema era a detenção de privilégios nas mãos das corporações de ofício. Uma outra situação problemática era na zona rural, com a alta dos produtos agrícolas as terras foram valorizadas. Isso gerou os cerceamentos, isto é, os grandes proprietários rurais queriam aumentar suas terras expropriando as terras coletivas, transformando-as em particulares. O resultado foi a expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes propriedades para a criação de ovelhas e para a produção de lã, condições imprescindíveis para a Revolução Industrial. 
Para não deixar o conflito entre camponeses e grandes proprietários aumentar, o governo tentou impedir os cerceamentos. Claro que, com essa ação a nobreza rural, Gentry (a nobreza progressista rural) e a burguesia mercantil foram fortes oponentes.
Podemos dividir o processo histórico da Revolução Inglesa em: a Revolução Puritana e a Guerra Civil, a Guerra dos cem dias; a Guerra das duas rosas; a Restauração da dinastia dos Stuart, com os reis Carlos II e Jaime II, período longo que foi de 1660 a 1688; por fim, a Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista.
Podendo afirmar que o início da revolução inglesa aconteceu no reinado de Henrique VIII, monarca que foi o responsável por implantar as bases do absolutismo inglês. Porém apenas no governo absolutista de Carlos I o estopim foi deflagrado. Os reis absolutistas tinham uma aproximação com a igreja católica, o que desagradava boa parte da população inglesa, que eram anglicanos e protestantes. Durante esse período, os puritanos chegaram a ser perseguidos (principalmente no reinado da rainha Elizabeth I) e muitos deles foram para os Estados Unidos da América, participar da colonização em curso.
Se o expoente religioso por si só já mostrava que a relação entre os monarcas e seus súditos já não era saudável, no parlamento o quadro piorava, o regime absolutista de Carlos I não dava espaço para que a alta nobreza, o clero e o povo participassem de forma mais efetiva da política inglesa.
GUERRAS DOS CEM DIAS
Em 1799, um golpe de Estado derrubou o governo monárquico francês, instaurando a primeira revolução burguesa da história: a Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte, líder da Revolução, governou a França em três períodos. O primeiro foi caracterizado como o governo do consulado, em que o poder foi centralizado e controlado por militares. Durante esse período, a alta burguesia consolidou seu poder na França. Essa época também foi marcada por uma severa censura à imprensa e ações de violência contra opositores.
No segundo momento, Napoleão realizou um plebiscito para saber qual forma de governo os franceses preferiam. Quase sessenta por cento dos eleitores escolheram a volta da monarquia, e Napoleão como representante. O regime Imperial foi instalado. Tendo Napoleão como imperador, teve início uma expansão territorial, promovida pelo exército francês que foi fortalecido, tornando-se um dos mais poderosos do mundo.
Em 1806, em represália a uma derrota para a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, proibindo todos os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Napoleão havia adotado uma postura ditatorial, fato este que contribuiu para a queda de sua popularidade e um aumento de oposicionistas ao seu governo.
A Rússia havia aderido ao Bloqueio Continental, mas, envolvida em uma crise econômica, voltou atrás. Em represália, foi invadida pela França. O poderoso exército francês não contava com o rigoroso inverno russo que culminou em sua derrota. Este fato estimulou outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. A Inglaterra, a Áustria, a Rússia e a Prússia organizaram um exército único e invadiram a França em 6 de abril de 1814, derrubando Napoleão.
Preso, Napoleão conseguiu fugir da prisão. Ao retornar à França, foi saudado pela população com honras de herói. Retomou seu cargo após Luís XVIII (rei francês que assumiu o cargo após a prisão de Napoleão) fugir com a sua família. No poder, Napoleão governou por cem dias, até ser derrotado na Batalha de Waterloo, e ser preso novamente. Napoleão foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde permaneceu até a morte.
A GUERRA DAS DUAS ROSAS
A Guerra das Duas Rosas nasceu de uma longa disputa entre duas dinastias – os Lancaster, que detinham a coroa real e um brasão com uma rosa vermelha; e os York, aspirantes ao poder, que traziam consigo uma rosa branca – pelo trono inglês. As duas famílias adversárias eram descendentes dos Plantageneta. Estes conflitos duraram pelo menos trinta anos, desdobrando-se em lutas isoladas, especialmente em 1455 e em 1485, estendendo-se ao longo dos governos de Henrique VI, Eduardo IV e Ricardo III.
Esta conflagração foi desencadeada no seio de proprietários feudais ingleses, na defesa de terras das quais se viram desapossados durante a Guerra dos Cem Anos, perpetrada contra a França. Tendo este cenário como fundo, as guerras despertam entre dois ramos familiares que nutrem o desejo de conquistar o trono da Inglaterra – o de Edmundo Beaufort, duque de Somerset, da família de Lancaster, e o de Ricardo Plantageneta, duque de York; um reivindicando os direitos de Henrique IV e da rainha Margarida de Anjou; o outro apoiando Henrique VI de Lancaster, submetido a periódicas crises de loucura.
Em meio a um contexto conturbado, principalmente para os Lancaster, sob o reinado de um soberano insano, marcado também pelos reveses sofridos pelos ingleses diante do poderio bélico francês na etapa final da Guerra dos Cem Anos, Ricardo, duque de York, avança rumo a Londres com um exército de três mil homens. Ele vence os soldados reais e, em 1455, aprisiona o rei Henrique VI. Inicia-se, assim, a Guerra das Duas Rosas.
Depois de duas vitórias, na Batalha de Saint Albans, em 1455, e na de Northampton, em 1460, Ricardo de York é morto na Batalha de Wakefield, deflagrada neste mesmo ano. Eduardo IV, do ramo dos York, chega ao poder um ano depois, na Batalha de Towton, mas é depois, em setembro de 1470, atraiçoado pelos nobres do Parlamento, descontentes com sua performance, e não tem outra opção senão depositar o cetro novamente nas mãos de Henrique VI, evento que é marcado pela segmentação da Casa dos York, pois o próprio irmão de Eduardo, o duque de Clarence, unira-se aos Lancaster para derrotar Eduardo IV.
Na Batalha seguinte, a de Barnet, Eduardo IV, reconciliadocom o irmão, derrota o rei e seus aliados, mata o soberano e seu filho, e novamente assume o trono. Ele reina até 1483, quando, ao morrer, tem seu trono usurpado pelo irmão mais novo, Ricardo, Duque de Gloucester, que supostamente manda matar seus sobrinhos e conquista o poder, com o título de Ricardo III. É então que os Lancaster decidem instalar no trono Henrique Tudor, que mais tarde será conhecido como Henrique VII.
A Guerra tem seu fim em 1485, com a derrota de Ricardo III na Batalha de Bosworth, logo após a chegada de Henrique Tudor, recém-vindo da Bretanha. Com a morte de Ricardo no último conflito, e o assassinato de todos os adversários do novo rei, ele contrai matrimônio com a filha de Eduardo IV, Elizabeth de York, para melhor unir as famílias rivais, fortalecendo seu poder. Tem início assim a Dinastia Tudor, que reinará de 1485 a 1603, sob um regime absolutista instituído por Henrique VII. Os nobres, nesta época, já não têm mais forças para resistir ao novo monarca, permitindo assim que ele reine soberano na Inglaterra, sem maiores contestações.
CARTA MAGNA
A Carta Magna, ou a “Grande Carta”, foi possivelmente a influência inicial mais significativa no amplo processo histórico que conduziu à regra de lei constitucional hoje em dia no mundo anglófono.
Em 1215, depois do Rei João da Inglaterra ter violado um número de leis antigas e costumes pelos quais Inglaterra tinha sido governada, os seus súbditos forçaram–no a assinar a Carta Magna, que enumera o que mais tarde veio a ser considerado como direitos humanos. Entre eles estava o direito da igreja de estar livre da interferência do governo, o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade, e serem protegidos de impostos excessivos. Isto estabeleceu o direito das viúvas que possuíam propriedade a decidir não voltar a casar–se, e estabeleceu os princípios de processos devidos e igualdade perante a lei. Isto também contém provisões que proíbem o suborno e a má conduta oficial.
Amplamente visto como um dos documentos legais mais importantes no desenvolvimento da democracia moderna, a Carta Magna foi um ponto de viragem crucial na luta para estabelecer a liberdade.
O seguinte marco miliário registado no desenvolvimento dos direitos humanos foi a Petição de Direito, feita em 1628 pelo Parlamento Inglês e enviada a Carlos I como uma declaração de liberdade civis. A rejeição pelo Parlamento de financiar a política exterior impopular do rei tinha causado que o seu governo exigisse empréstimos forçados e aquartelasse tropas nas casas dos súbditos como uma medida económica. Prisão arbitrária e aprisionamento por oposição a estas políticas produziram no Parlamento uma hostilidade violenta a Carlos e a Jorge Villiers, o Duque de Buckingham. A Petição de Direito, iniciada por Sir Edward Coke, baseou–se em estatutos e cartas anteriores e afirmou quatro princípios: (1) nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do Parlamento, (2) nenhum súbdito pode ser encarcerado sem motivo demonstrado (a reafirmação do direito de habeas corpus), (3) nenhum soldado pode ser aquartelado nas casas dos cidadãos, e (4) a Lei Marcial não pode ser usada em tempo de paz.
DINASTIA STUART
Os Stuarts formaram uma dinastia que dominou a Inglaterra por mais de 100 anos. Suas atitudes no governo começaram em 1603 e foram a principal causa da Guerra Civil Inglesa. Eles tinham origem escocesa e políticas absolutistas que transformaram a religião, a economia e sociedade da Inglaterra.
O primeiro representante deste grupo foi Jaime I, que assume a realeza após Elizabeth I, representante do fim da Dinastia Tudor. Em seu mandato, Jaime I causou imenso descontentamento da alta burguesia do país, que estava acostumada com o desenvolvimento econômico da era Tudor.
Após sua morte, seu filho Carlos I assume o poder. Ele dissolve o parlamento e tenta impor a religião anglicana aos presbiterianos escoceses. Devido a estas atitudes, além do desentendimento com os parlamentares, é iniciada uma guerra civil liderada por Oliver Cromwell, que termina no episódio mais conturbado da Dinastia Stuart, quando Carlos I foi preso e decapitado após derrota para Cromwell e os cabeças-redondas (puritanos ingleses).
Porém, Cromwell, que governou o país tiranicamente, morreu em 1658 e foi substituído por seu filho, que foi deposto após um ano no poder. Desta forma, os Stuarts voltam a comandar novamente a Inglaterra. Carlos II, filho do executado Carlos I, torna-se rei. Seu governo foi de caráter absolutista, com inclinações não declaradas ao catolicismo, o que causou uma divisão do parlamento inglês em dois grupos: os whigs e os tories.
Seu sucessor foi Jaime II, que era declaradamente a favor do catolicismo e deixou os anglicanos (maioria na Inglaterra) descontentes. Além disso, Jaime II destituiu o habeas corpus, efetuou prisões arbitrárias e tomava medidas violentas para punir opositores. Com isso, em 1688 ocorre a Revolução Gloriosa, arquitetada pelo genro do rei, Guilherme de Orange. Esta revolução terminou no refúgio do soberano para a França.
Então, os parlamentares decidem entregar o reino para Guilherme e sua esposa, Maria, filha de Jaime II. Os dois mantiveram-se no poder até o ano de 1714, quando tem início a dinastia Hannover, que se tornaria a Casa de Windsor, atualmente no poder do Reino Unido.
REVOLUÇÃO PURITANA
A revolução puritana aconteceu na Inglaterra no século XVII durante a Guerra Civil (1640-1648) onde o rei e o parlamento se enfrentaram. O conflito se iniciou quando o parlamento impôs ao rei Carlos I a petição dos direitos onde dizia que problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só seriam possíveis com autorização do parlamento. O rei aceitou a imposição, mas não a cumpriu. Após uma reunião onde o parlamento criticou as atitudes do rei, o mesmo dissolveu o parlamento e governou sem ele por onze anos. As atitudes do rei começaram a formar revoltosos que começaram seus protestos na Escócia quando o rei impôs o anglicanismo aos presbiterianos e aos puritanos.
A crise financeira pelo não pagamento de impostos em 1640, fez com que o rei convocasse novamente o parlamento, mas um mês depois foi novamente dissolvido por não aceitar aumentar os impostos como era a vontade do rei. Em 1641, o parlamento se dividiu entre líderes radicais e a aristocracia juntamente com os burgueses capitalistas.
Em 1642, o rei tentou retomar seu poder indo contramedidas parlamentares e isso gerou a Guerra Civil em 1642.
O parlamento que contou com os presbiterianos e os puritanos como aliados venceram o rei Carlos I que tinha os anglicanos e os católicos aliados a ele. O parlamento conseguiu vencer o rei com o exército de Oliver Cromwell.
Cromwell recebeu o comando do exército e o tornou mais eficiente. Os postos oficiais então passaram a ser por merecimento e o povo assim participou da revolução. A burguesia passou a temer o rei ao ver que o povo influenciava nos fatos acontecidos. O exército de Cromwell foi influenciado pelas ideias democráticas que favoreceu proletários urbanos e rurais que não tinham terras.
Em 1649, foram dizimados pelo exército de Cromwell quando apossaram de terras e começaram a cavá-las para mostrar que lhe pertenciam. Outros movimentos surgiram, mas todos foram reprimidos por Cromwell que, muito disciplinado se tornou uma força política poderosa. Cromwell então ocupou cidades, ajudou na fuga dos parlamentares e assumiu o controle da situação mandando decapitar o rei. A guerra civil findou em 1649 com a implantação da República.
REVOLUÇÃO GLORIOSA
Ocorrida entre 1688 e 1689, a Revolução Gloriosa tratou-se de uma manobra do Parlamento inglês para depor o monarca James II (1633-1701), da Casa Stuart, e elevar em seu lugar sua primogênita, a princesa Maria (1662-1694), juntamente com o sobrinho - e genro - dele, William III de Orange (1650-1702), da Casa de Orange-Nassau.
Os problemas da Casa Stuart com o Parlamento inglês já vinham de longa data. O pai de James II, Carlos I (1600-49), enfrentara a Guerra Civil Inglesa, na qualfora julgado e decapitado; embora a principal motivação do Parlamento nesta ocasião fosse o absolutismo real, a questão do catolicismo do rei num país majoritariamente protestante certamente teve sua importância.
Após alguns anos da República liderada por Oliver Cromwell (1599-1658), a monarquia seria restaurada pelo filho de Carlos I, Carlos II (1630-85). Durante seu reinado, a questão religiosa estaria bastante presente, sendo uma questão também política e familiar. Sua esposa, Catarina de Portugal (1638-1705), e irmão mais novo, James, eram mal vistos por serem católicos; Catarina inclusive jamais foi coroada propriamente como rainha por essa razão. Em 1672, Carlos tentaria permitir liberdade religiosa ao procurar introduzir a Declaração de Indulgência, mas foi impedido pelo Parlamento. Quando ele morreu, a ausência de filhos sobreviventes legítimos faria com que seu irmão James o sucedesse no trono. O catolicismo do novo rei não preocupava em demasia o Parlamento, uma vez que sua filha e herdeira Maria era protestante, assim como seu primo e marido William, príncipe de Orange. Desta forma, a religião do rei era vista apenas como um problema transitório, até mesmo porque todos os filhos de sua segunda esposa haviam até então falecido na infância. Em 1688, porém, nasceu o saudável príncipe James.
Temendo que agora fosse estabelecida uma dinastia católica que trouxesse de volta a influência católica na Inglaterra, as principais forças rivais do Parlamento – os Whigs, mais conservadores e a favor de uma monarquia protestante na Inglaterra, e os Tories, mais liberais e a favor de um maior poder para o Parlamento – uniram-se para oferecer à primogênita do rei a Coroa, com o argumento que o verdadeiro príncipe nascera morto e fora substituído. Maria aceitou e, com os exércitos holandeses de seu marido, partiu para a conquista da Inglaterra. Acuado pelas forças opositoras internas e a invasão externa, James II fugiu para o exílio na França com sua rainha e filho, sendo deposto de forma relativamente pouco sangrenta. Maria e William foram então coroados.
Como parte do acordo com o Parlamento, seria promulgada a Declaração de Direitos (no original, Bill of Rights), que estabelecia uma série de condições que, na prática, deu origem à monarquia constitucional inglesa, como a convocação do Parlamento em intervalos regulares, cobrança de novos impostos apenas com aprovação parlamentar e imunidade dos deputados, que não deveriam mais temer prisões arbitrárias por parte do rei. Assim, a monarquia passou a ser subjugada ao Parlamento. Mesmo que a dinastia Stuart fosse eventualmente extinta, sendo substituída pela Casa de Hanôver, a Declaração de Direitos continuou em vigor; em realidade, ela foi um documento profundamente influente, sendo a inspiração da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, além de várias constituições dali em diante. As regras estabelecidas ali continuam a ser respeitadas no direito constitucional contemporâneo.
ATO DE NAVEGAÇÃO
O Ato de Navegação foi uma lei elaborada pela Inglaterra no ano de 1651, sancionada por Oliver Cromwell (líder do governo que derrubou a monarquia em 1649) com o objetivo de terminar com a concorrência do transporte marítimo da Holanda e impulsionar o inglês.
Em uma época de intensas mudanças houve duas grandes revoluções que transformaram a Inglaterra no século XVII que resultaram nas revoluções liberais inglesas. A Revolução Puritana de 1640 a 1648 e a Revolução Gloriosa entre 1688 e 1689.
Quando o rei Carlos I foi decapitado por determinação do parlamento inglês, uma nova ordem política foi estabelecida sob a liderança revolucionária do líder Oliver Cromwell, um burguês mercantilista, puritano e simpatizante dos protestantes. Ele acreditava fielmente que Deus o instruía nas suas decisões a favor da Inglaterra. Podemos dizer que o Ato de Navegação foi a medida mais significativa de seu governo que durou até 1658.
A Holanda era a maior potência econômica da época, uma vez que decorria a Expansão Colonial Holandesa. Consequentemente, era detentora do poder comercial marítimo mundial e lucrava bastante com isso. A Inglaterra, se sentindo ameaçada pelo poderio da Holanda, tomou medidas para que a concorrência com este país não fosse tão grande a ponto de prejudicá-la.
Com isso a Inglaterra, que se fortalecia cada vez mais pelo comércio internacional e sempre aproveitou os recursos encontrados no Novo Mundo, investiu para melhorar cada vez mais na sua frota marítima para transportar esses produtos bem como no investimento na indústria bélica e comercial.
Essa série de leis decretava que as mercadorias importadas ou exportadas pelos países europeus deveriam ser transportadas pelos próprios para chegarem ao destino, ou se não fossem, deveriam ser levadas por navios ingleses. Assim a Inglaterra era a única potência capaz de desafiar os holandeses, além de monopolizar o deslocamento de produtos.
Alguns anos depois essa lei veio a ser aprimorada, contudo, sempre em benefício da Inglaterra. Foi determinado que os capitães das tripulações de um terço dos navios que transportariam as mercadorias, deveriam também ser originários da Inglaterra.
Em contrapartida os outros países da Europa ficaram revoltados e começaram a contestar porque se viam obrigados a cumprir uma lei que não concordavam, porém deveriam cumpri-la por falta de recursos para superar os ingleses. Afinal, os navios da Inglaterra eram muito melhores e mais potentes do que os seus.
Como a Holanda era o país que poderia bater de frente com a Inglaterra, decidiu declarar guerra que durou dois anos (1652 a 1654), tendo sido muito sangrenta. A Inglaterra levou a vantagem e com essa vitória obteve mais crescimento industrial.
A proeminência inglesa derrubou de uma vez por todas com a supremacia da Holanda e a lei perdurou até ao século XIX. O capital da Inglaterra alcançou um patamar notável que depois de um tempo não precisou mais desse monopólio para continuar sendo uma potência mundial, tanto nos transportes de mercadorias pelo mundo a fora por via naval, como para o seu desenvolvimento industrial e bélico.
Pelo meio dos Atos de Navegação ficou nítido que a Inglaterra enriqueceu muito com essa lei que impulsionou a economia do país apoiada por vieses ideológicos que estiveram em ascensão na Europa durante o século XVII.
A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS 
A 24 de outubro de 1945, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, as Nações Unidas surgiram como uma organização intergovernamental com o propósito de salvar as gerações futuras da devastação do conflito internacional. A Carta das Nações Unidas estabeleceu seis corpos principais, incluindo a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Tribunal Internacional de Justiça, e em relação aos direitos humanos, um Conselho Social e Económico (ECOSOC).
Em 1948, a nova Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas tinha captado a atenção mundial. Sob a presidência dinâmica de Eleanor Roosevelt, a viúva do presidente Franklin Roosevelt, uma defensora dos direitos humanos por direito próprio e delegada dos Estados Unidos nas Nações Unidas, a Comissão elaborou o rascunho do documento que viria a converter–se na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Roosevelt, creditada com a sua inspiração, referiu–se à Declaração como a Carta Magna internacional para toda a Humanidade. Foi adotada pelas Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948.
No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem... Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
Os Estados Membros das Nações Unidas comprometeram–se a trabalhar uns com os outros para promover os trinta artigos de direitos humanos que, pela primeiravez na história, tinham sido reunidos e codificados num único documento. Em consequência, muitos destes direitos, de várias formas, são hoje parte das leis constitucionais das nações democráticas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
BINGEMER, Maria Clara. Un rostro para Dios? Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. 2008
RIBEIRO, Amarolina. "Declaração Universal dos Direitos Humanos"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.htm. Acesso em 26 de novembro de 2019.
http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-puritana.htm
http://historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=186. Acesso em 26 de novembro de 2019.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_das_Rosas Acesso em 26 de novembro de 2019.
https://rachacuca.com.br/educacao/historia/revolucao-gloriosa/ Acesso em 26 de novembro de 2019.
https://atodenavegacao.blogspot.com/ Acesso em 26 de novembro de 2019.
Fonte: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/a-revolucao-inglesa
Acesso em 26 de novembro de 2019.

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