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Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Professor: Fabiano Henrique Miranda Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Instituição de Ensino: Escola Técnica Cedtec Disciplina: Tratamentos Térmicos e Ensaios de Materiais Tutor: Fabiano Henrique Miranda Inicio Curso: 20.04.2020 Conclusão Curso: 17.05.2020 Horário Aulas: 19:00 as 22:00 Segunda-feira a sexta-feira Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Planejamento das Aulas Horário Aulas: 19:00 as 22:00 Segunda-feira a sexta-feira Intervalos: Dois intervalos 10 min. Duvidas: 30 minutos finais. Exercícios: Faremos atividades e correção durante as aulas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Avaliação Não haverá Estudos Dirigidos e Fóruns. As avaliações serão semanais com base nos capítulos da apostila estudados integralmente na semana. Período da avaliação: sexta-feira (a partir de 22h) até domingo (às 23:59h). Disciplinas de 4 semanas: Teremos 4 avaliações, valendo 25 pontos cada e contendo 10 questões. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Disciplina: Tratamento Térmico e Ensaios de Materiais Referência: Apostila Cedtec páginas 07 a 25 Conteúdo: Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Introdução Recozimento Têmpera Revenido Tempera Superficial Tratamentos Termoquímicos – Cementação, Nitretação, Cianetação, Carbonitretação Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Objetivos Descrever o histórico e a evolução do tratamento térmico. Conhecer os tratamentos térmicos aplicados aos materiais ferrosos. Trabalhar com os conceitos iniciais do tratamento térmico de ligas metálicas. Relacionar as vantagens e limitações de cada método. Correlacionar o tipo de tratamento térmico adequado ao material e a aplicação. Conhecer a importância do controle de qualidade dos materiais utilizados na construção mecânica. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Introdução Aproximadamente 1000 a.C, descobriu os metais e as aplicações destes em seu cotidiano. Em seguimento, aprendeu que aquecimento e resfriamento desses metais, podia modificar suas propriedades mecânicas e metalúrgicas. Permitindo materiais mais duros, trabalháveis, moles, resistentes, frágeis, dentre outras características. 350 a.C. surge na Índia, e ainda antes na China, o ferro de fusão. Ferro extraído do minério por meio de fornos cujo funcionamento era semelhante ao dos atuais altos-fornos. Os aços de Damasco eram já verdadeiros compósitos formados de camadas alternadas de aço duro e aço macio ligados entre si por solda e forjamento. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Há muitos séculos atrás o homem descobriu que com aquecimento e resfriamento podia modificar as propriedades mecânicas de um aço, isto é, torná-lo mais duro, mais mole, mais maleável, etc. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Introdução Posteriormente, o homem descobriu o aço, liga de ferro e carbono. Conseguiu obter características diferenciadas, como a elevada dureza, através do aumento da velocidade de resfriamento das ligas ou trabalhando com aços de teores de carbono mais elevados. Concluiu assim que esses dois fatores são decisivos nas modificações das propriedades dos aços. Apenas no século XVIII (1740) Huntsman redescobriu a fusão do aço. No início do século XIX surgiu a elaboração, por mistura em cadinho, antes da fusão, de ferro e materiais ricos em carbono e, mais tarde, de gusa. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Introdução Contudo, apenas em 1820 é que Karsten mostrou que a diferença entre ferro, aço e gusa (ferro fundido) consistia no teor em carbono. Em 1868 Mushet descobriu que a adição de tungstênio ao aço tornava-o mais duro após aquecimento sem que houvesse necessidade de temperá-lo. Foi, entretanto, vinte e cinco anos depois que se constatou que esse aço (com composição aproximada de 2% C, 2,5% Mn e 7% W) tinha dureza a quente muito mais elevada e que suportava aumentos consideráveis das velocidades de corte. Surgia assim o primeiro aço rápido. Em 1878, Holtzer teve a ideia da adição de cromo ao aço, mas os tratamentos térmicos ainda não estavam totalmente compreendidos. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Introdução No século XX, progrediu-se no campo dos aços rápidos e este crescimento estendeu-se aos aços-ferramenta. Em 1920, já existiam 12 variedades disponíveis nos Estados Unidos, e a maior parte deles continua a ser fabricada atualmente. Após 1950, a evolução dos aços-ferramenta situou-se, principalmente nas condições de elaboração e de transformação para refnar a estrutura dos aços obtidos. No início dos anos de 1970, já existiam duzentas e quarenta e cinco variedades de aços-ferramenta no trio formado por Estados Unidos, Alemanha e França. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Enquete 01: 1. Qual dos fatores abaixo pode modificar as propriedades mecânicas e metalúrgicas dos metais? a) ( ) Aquecimento e formato. b) ( ) Aquecimento e resfriamento. c) ( ) Resfriamento e dimensões. d) ( ) Todas as afirmativas estão corretas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Definição Tratamento térmico é o processo de aquecimento e resfriamento, em condições controladas de ligas metálicas, ferrosas e não ferrosas, onde se objetiva modifcar as suas propriedades. Dessa forma obtém-se uma variedade de propriedades que permitem que as ligas sejam adequadas a diversas aplicações, conseguindo-se tais efeitos com reduzidos gastos financeiros. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Definição Tratamento térmico as vezes acontece inadvertidamente, como efeito colateral de um processo de fabricação que cause aquecimento ou resfriamento no metal, como nos casos de soldagem e de forjamento. Trinca por Solidificação Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Objetivo O Tratamento Térmico é normalmente associado com aumento da resistência do material, mas também pode ser usado para melhor a usinabilidade, a conformabilidade e restaurar a ductilidade depois de uma operação a frio. Logo, o Tratamento Térmico é uma operação que pode auxiliar outros processos de manufatura e/ou melhorar o desempenho de produtos, aumentando sua resistência ou alterando outras características desejáveis. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Objetivo O processo de aquecimento é realizado em fornos, que possuem controle de temperatura e tempo e são produzidos em diversos tamanhos e modelos, com aquecimento elétrico o a gás. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Na engenharia, os aços e ligas são mais frequentemente utilizados, o que defne o foco deste curso sobre esses materiais. Contudo, os tratamentos térmicos estudados nesta apostila têm aplicações práticas a outros tipos de ligas ferrosas e não ferrosas. O Tratamento Térmico pode ser executado basicamente, a partir de três fases principais: Aquecimento. Manutenção da temperatura. Resfriamento. Não podemos esquecer-nos da atmosfera do recinto, que possui grande influenciasobre os resultados finais (Fornos via injeção de gases como nitrogênio e hidrogênio). Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Um tratamento térmico é feito em três fases distintas: 1. Aquecimento 2. Manutenção da Temperatura 3. Resfriamento Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Um tratamento térmico é feito em três fases distintas: 1. Aquecimento 2. Manutenção da Temperatura 3. Resfriamento Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Processo de Aquecimento O processo de aquecimento é realizado em fornos, que possuem controle de temperatura e tempo e são produzidos em diversos tamanhos e modelos, com aquecimento elétrico o a gás. Forja Seletiva a Gás para Cutelaria (Tempera Seletiva) Tempera Revenimento por Indução) Fornos Poço para Nitretação Gasosa Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Processo de Aquecimento O sistema de resfriamento pode ser realizado em temperaturas ambiente ou em tanques especificados de acordo com as dimensões das peças tratadas para banhos em água ou óleo. Forno para Tratamento Térmico Tanque de resfriamento para Tratamento Térmico Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Temperatura: Específica para o Tratamento Térmico que se deseja. Não deve ser excessivamente alta para não promover o crescimento de grão (queda da tenacidade). Tempo: As reações levam um tempo para ocorrerem. Deve haver a completa homogeneização da estrutura (austenitização). Não deve ser excessivamente longo para não ocorrer problemas. Velocidade de resfriamento: Erro na escolha pode produzir microestruturas diferentes que levam as diferentes propriedades mecânicas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Temperatura Depende do tipo de material e da transformação de fase ou microestrutura desejada. Mais alta a temperatura, acima da Zona Crítica, maior segurança se tem da completa dissolução das fases na Austenita. Por outro lado, maior será o tamanho de grão. Tempo O tempo de trat. térmico depende muito das dimensões da peça e da microestrutura desejada. 1,5 min/mm Quanto maior o tempo: maior a segurança da completa dissolução das fases para posterior transformação. Maior será o tamanho de grão Tempos longos facilitam a oxidação Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Velocidade de Resfriamento Depende do tipo de material e da transformação de fase ou microestrutura desejada É o mais importante porque é ele que efetivamente determinará a microestrutura, além da composição química do material. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Principais Meios de Resfriamento Ambiente do forno (+ brando) Ar Banho de sais ou metal fundido (+ comum é o de Pb) Óleo Água Soluções aquosas de NaOH, Na2CO3 ou NaCl (+ severos) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Curvas de Resfriamento Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Como Escolher o Meio de Resfriamento É um compromisso entre: Obtenção das caracterísitcas finais desejadas (microestruturas e propriedades) Sem o aparecimento de fissuras e empenamento na peça Sem a geração de grande concentração de tensões Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Fases do Tratamento Térmico Tenacidade é a capacidade de um material absorver energia e deformar plasticamente sem fraturar. Austenitização compreende o processo de transformação do aço pela elevação da temperatura acima da que se considera crítica, chamada de temperatura de austenitização. Quando nesta temperatura, por um tempo específico, é formada a austenita, que é o ponto de partida para vários tratamentos térmicos. Austenitização é o Tratamento Térmico para efetuar a dissolução do carbono no ferro CFC, formando assim a austenita. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Características Alcançadas pelo Tratamento Térmico O tratamento térmico imprime as seguintes características aos materiais que passam por esse tipo de processo: Remoção de tensões internas. Aumento ou diminuição da dureza. Aumento da resistência mecânica. Melhoria da ductilidade. Melhoria da usinabilidade. Melhoria da resistência ao desgaste. Melhoria da resistência à corrosão. Melhoria da resistência ao calor. Melhoria das propriedades elétricas e magnéticas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Enquete 02: 2. Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que representa as etapas básicas do tratamento térmico: a) ( ) Aquecimento, manutenção da temperatura, atmosfera do recinto, resfriamento. b) ( ) Aquecimento, resfriamento, aquecimento e resfriamento natural. c) ( ) Resfriamento da peça, aquecimento provocando choque térmico e resfriamento natural. d) ( ) Polimento, aquecimento e resfriamento brusco. e) ( ) Aquecimento e resfriamento brusco apenas. Enquete 03: 3. Quais características são esperadas para materiais que passam por processos de tratamento térmico. a) ( ) Remoção de tensões internas. Aumento ou diminuição da dureza. Aumento da resistência mecânica. b) ( ) Melhoria da ductilidade. Melhoria da usinabilidade. Melhoria da resistência ao desgaste. Melhoria da resistência à corrosão. c) ( ) Melhoria da resistência ao calor. Melhoria das propriedades elétricas e magnéticas. d) ( ) Somente as afirmativas a e b estão corretas. e) ( ) Todas as afirmativas estão corretas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamento Térmico nos Aços Os aços são especialmente adequados para o tratamento térmico, uma vez que: Respondem satisfatoriamente aos tratamentos, em termos das características desejadas. Seu uso comercial supera o de todos os demais materiais. O Diagrama de Equilíbrio das Ligas Ferro-Carbono é tomado como referência para a execução técnica do Tratamento Térmico. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação dos Aços Quanto ao Teor de Oxigênio Aços Efervescentes São aços que possuem uma desoxidação mínima, tendo uma camada de ferro quase puro nas paredes do lingote. Sua superfície é livre de defeitos e pode ser produzida com a ajuda da camada de ferro quase puro. A maioria dos aços efervescentes é constituída de aços de baixo carbono, contendo menos de 0,1% desse elemento. Aços Parcialmente Desoxidados São ligas de ferro-carbono que possuem quantidade regulada de oxigênio. Possuem composição mais homogênea, bom acabamento superficial e propriedades mecânicas superiores às dos aços efervescentes. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação dos Aços Quanto ao Teor de Oxigênio Aços Acalmados Os aços acalmados são aqueles que possuem quantidade nula de oxigênio. Para se remover o oxigênio, adicionam-se ligas de ferro silício que combinam com o oxigênio (escória), resultando em um metal mais homogêneo. Aços Parcialmente Acalmados São intermediários aos aços efervescentes e acalmados. Neles, é adicionada uma pequena quantidade de agente desoxidante (ferro silício ou alumínio). A quantidadede desoxidante é a estritamente suficiente para cortar qualquer reação de efervescência, deixando algum oxigênio dissolvido. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação dos Aços Quanto ao Teor de Oxigênio Aços desoxidados a vácuo Remove-se o oxigênio do aço fundido sem adicionar elementos que formem inclusões não metálicas. Isso é realizado aumentando-se o teor de carbono do aço e submetendo o metal fundido à desgaseifcação a vácuo. O carbono reage com o oxigênio e forma monóxido de carbono. Os níveis de oxigênio e de carbono caem para os limites especificados. Como não são usados elementos desoxidantes formadores de óxidos sólidos, o aço produzido por esse processo possui alta pureza. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto ao Teor de Carbono (Classificação genérica) São classificados em quatro grupos, dependendo de seus níveis de carbono. Os aços possuem níveis de resistência e de dureza elevados através da adição desse elemento. Baixo carbono – até 0,14% de carbono. Aço doce – de 0,15% até 0,29% de carbono. Aço de médio carbono – de 0,30% até 0,59% de carbono. Aço de alto carbono – de 0,60% até 2,00% de carbono. Ferro fundido – acima de 2,00% de carbono. Os aços de baixo carbono e doce são os mais produzidos por sua relativa resistência e boa soldabilidade. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto ao Teor dos Elementos de Liga Aços de Baixa Liga Contêm pequenas quantidades de elementos de liga. O teor desses elementos varia de 1,5 a 5% do total. Os elementos de liga mais comuns são o manganês, silício, cromo, níquel, molibdênio e vanádio. Aços de baixa liga podem conter quatro ou cinco desses elementos de liga em diversos teores. Esses aços têm melhores limites de resistência mecânica e escoamento em várias faixas de temperatura, quando comparados aos aços carbonos comuns, possuindo também melhor razão resistência/peso do que os aços carbono comuns, o que resulta em equipamentos mais leves. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto ao Teor dos Elementos de Liga Aços de Média Liga Nesses aços, o teor dos elementos de liga varia de 5 a 10% do total. Podem apresentar características semelhantes às dos aços de baixa liga, requerendo, contudo, maiores cuidados em sua fabricação e soldagem. Aços de Alta Liga Nesses, o teor dos elementos de liga ultrapassa os 10%, tendo, em função desses elevados índices, elevado preço e propriedades mecânicas excepcionais. São aplicados a finalidades específicas e requerem cuidados especiais na soldagem desses materiais. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto ao Teor dos Elementos de Liga Aços inoxidáveis são aços de alta-liga que possuem a capacidade de resistir à corrosão. Essa característica provém do alto teor de cromo (acima de 10%). O níquel também é empregado em quantidades consideráveis em alguns aços inoxidáveis. Aços-ferramentas também são exemplos de aços de alta-liga. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto ao Teor dos Elementos de Liga Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Principais Propriedades dos Materiais Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Principais Propriedades dos Materiais Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação normativa (ABNT, SAE e ANSI) As classifcações normativas são ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), SAE (Society of Automotive Engineers) e AISI (American Iron and Steel Institute) A classificação normativa condensada dos aços é mostrada na Figura 1. A normatização é compreendida por quatro ou até mesmo cinco algarismos (XXXXX) os dois últimos à direita correspondem ao teor de carbono, em %, multiplicados por 100. Por exemplo, um aço AISI 1020 é um aço carbono comum, com 0,2% de carbono em sua composição, ou seja, 0,2% vezes 100, que resulta no número 20, que é o código (dois últimos algarismos) que irá compor a nomenclatura para este aço. Outro exemplo seria o aço 1330, que é um aço carbono, com alto teor de manganês e 0,3% de carbono em sua composição, ou seja, 0,3% vezes 100, que resulta no número 30, que é o código (dois últimos algarismos) que irá compor a nomenclatura para este aço. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação normativa (ABNT, SAE e ANSI) Figura 1: Forno para Tratamento Térmico Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Quanto à estrutura em retículos cristalinos As ligas ferrosas e não ferrosas formam-se em estruturas cristalinas. Tais estruturas constituem-se de uma rede de pontos que se prolonga nas três direções do espaço, como se demonstra na Figura 2 Figura 2: Representação de uma rede cristalina Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Muitas ligas possuem uma distribuição característica e regular dos seus átomos sendo chamadas então de materiais cristalinos. A partir desta regularidade, podem-se representar, então, todos os átomos de uma liga metálica através de um conjunto que define sua distribuição espacial. A esta mínima porção do reticulado cristalino, chama-se célula unitária. As células unitárias interessantes ao estudo dos tratamentos térmicos de ligas metálicas são o sistema cúbico e o sistema tetragonal. Na Figura 3 são mostradas as células unitárias das estruturas cúbicas de corpo centrado (CCC), cúbica de faces centradas (CFC) e tetragonal de corpo centrado (TCC). A disposição dos átomos na célula unitária pode ser feita através de esferas perfeitas ou a partir de sua representação esquemática. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Figura 3: Representação esquemática das células unitárias das estruturas CCC, CFC e TCC e abaixo modelo de esferas das estruturas CCC e CFC Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Sabe-se que os tipos de estrutura cristalina com maior eficiência de empacotamento são as do tipo CFC (cúbica de face centrada) e HC (hexagonal compacta). Os mais comuns empacotamentos esféricos de sistemas atômicos e seus fatores de empacotamento são: Cúbica de Corpo Centrado (CCC): 0,68 Cada célula unitária contém dois átomos Cúbica de Face Centrada (CFC): 0,74 Cada célula unitária contém quatro átomos Hexagonal Compacta (HC): 0,74 Cada célula unitária contém dez átomos https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_cristalina https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_cristalina https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura_cristalina https://pt.wikipedia.org/wiki/Empacotamento_de_esferas https://pt.wikipedia.org/wiki/Empacotamento_de_esferas https://pt.wikipedia.org/wiki/Empacotamento_de_esferas Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) A estrutura CCC é caracterizada pela fgura de um cubo. Além disso, os átomos localizam se nos vértices e no centro da célula unitária. Deve-se observar que os átomos dos vértices têm apenas um oitavo do seu volume, ocupando espaço na célulaunitária, que é uma célula com baixa densidade e tem baixo fator de empacotamento, o qual indica a eficácia de utilização do espaço livre em uma célula unitária. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Estrutura cúbica de corpo centrado (CCC) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Estrutura cúbica de faces centradas (CFC) A estrutura CFC possui os mesmos parâmetros geométricos que a estrutura CCC, porém a distribuição dos átomos muda. Eles se localizam nos vértices e no centro de cada uma das faces do cubo, fazendo com que os átomos das faces tenham metade do seu volume e ocupando espaço na célula unitária. Comparando-se o fator de empacotamento das duas estruturas, conclui-se que a estrutura CFC é mais compacta do que a estrutura CCC, ou seja, seus átomos ocupam de maneira mais efcaz o espaço. Se o mesmo raio atômico for adotado, os átomos organizados segundo uma estrutura CFC ocuparão um menor volume, o que levará a célula a uma maior densidade. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Estrutura cúbica de faces centradas (CFC) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Estrutura cúbica de faces centradas (CFC) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Interstícios das células unitárias Nas estruturas cristalinas, o fator de empacotamento é sempre menor do que um (1), ou seja, os átomos não ocupam todo o espaço disponível na célula unitária. Isso implica a existência de espaços vazios entre os átomos da estrutura. Essas lacunas são chamadas de interstícios e são importantes nos tratamentos térmicos dos aços. Em geral há vários interstícios em uma estrutura cristalina e, quanto menor o fator de empacotamento, maior é o volume destinado aos interstícios. Mesmo assim, uma estrutura CFC possui interstícios maiores do que uma estrutura CCC, conquanto o seu fator de empacotamento seja maior. No caso da liga ferro-carbono, a estrutura que possuir os maiores interstícios terá maior solubilidade do que aquela na qual houver interstícios menores. Na Figura 4 apresentam-se os interstícios das células CCC e CFC. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Interstícios das células unitárias Figura 4: Interstícios octaédricos (a) e interstícios tetraédricos (b) em uma estrutura CCC (acima) e uma estrutura CFC (abaixo) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Por que estudar a estrutura de sólidos cristalinos? As propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas às suas estruturas cristalinas. Exemplo: Magnésio e Berílio que têm a mesma estrutura se deformam muito menos que ouro e prata que têm outra estrutura cristalina. Explica as diferenças significativas nas propriedades apresentadas por materiais cristalinos e não-cristalinos que possuem a mesma composição. Exemplo: cerâmicas e polímeros não cristalinos são normalmente opticamente transparentes; os mesmos materiais em forma cristalina tendem a ser opaco ou, na melhor das hipóteses, translúcidos. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Os aços são especialmente adequados para o tratamento térmico, uma vez que: Respondem satisfatoriamente aos tratamentos, em termos das características desejadas. Seu uso comercial supera o de todos os demais materiais. O Diagrama de Equilíbrio das Ligas Ferro-Carbono é tomado como referência para a execução técnica do Tratamento Térmico. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Características principais As ligas ferro-carbono constituem os materiais de maior aplicação industrial atualmente. Isso se deve ao fato dessas ligas apresentarem uma grande variação nas suas propriedades pela simples variação na quantidade de carbono e ainda possibilitarem uma gama maior de propriedades, se forem consideradas as nuances existentes em cada tratamento térmico. A adição de carbono ao ferro traz modifcações aos limites de temperatura em que são estáveis as diferentes formas estruturais, como também faz surgir novos tipos de transformações e novos componentes do sistema. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Características principais As transformações em uma liga ferro-carbono são influenciadas basicamente pela temperatura, e como foi visto anteriormente, pelo teor de carbono. Se estes dois fatores forem considerados, pode-se traçar um mapa das transformações denominado diagrama de equilíbrio. Ferro puro – contém até 0,002% de carbono. Aço – contém de 0,002% até 2,06% de carbono. Ferro fundido – contém de 2,06% a 4,5% de carbono. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Diagrama de Equilíbrio das Ligas Ferro-Carbono Diagrama de equilíbrio ferro-carbono Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Classificação Quanto à Estrutura Cristalina Diagrama de Equilíbrio das Ligas Ferro-Carbono Detalhe que enfatiza a zona pertencente aos aços no diagrama ferro-carbono Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Diagrama de Equilíbrio das Ligas Ferro-Carbono Eixo das abscissas (Horizontal) – Representa a escala horizontal, com a porcentagem de carbono, por exemplo, 1% de C (99% Fe). Eixo das ordenadas (Vertical) – representa as várias temperaturas. Linha A3 – indica início da passagem da estrutura CFC para CCC durante o resfriamento. Linha A1 – indica o limite da existência de austenita; abaixo dessa linha, não temos austenita. A cm – indica o limite da quantidade de carbono dissolvido na austenita. Fe C – É a formula do carboneto de ferro, chamado cementita. Letras gregas: γ (Gama) – símbolo de austenita. α (Alfa) – Símbolo de ferrita. Linha Liquidus – Acima desta linha, todo aço esta na forma líquida. A temperatura máxima de 1538º C no ferro puro vai diminuindo para os aços a medida que aumenta-se o teor de carbono, até atingir 1148º C na liga Fe – 4,3% C. Linha Solidus – Abaixo desta linha todo o material estará em estado sólido. Na região entre as linhas Liquidus e Solidus haverá, no equilíbrio, a coexistência de fases sólidas e líquidas. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Velocidade de Aquecimento Lembre-se: A velocidade de aquecimento, embora na maioria dos casos seja fator secundário, apresenta certa importância, principalmente quando os aços estão em estado de tensão interna ou possuem tensões residuais devidas a encruamento prévio ou ao estado inteiramente martensíticos, porque, nessas condições, um aquecimento muito rápido pode provocar empenamento ou mesmo aparecimento de fissuras.Encruamento é um fenômeno modificativo da estrutura dos metais, em que a deformação plástica realizada abaixo da temperatura de recristalização causará o endurecimento e aumento de resistência do metal. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Velocidade de Aquecimento A temperatura de aquecimento é mais ou menos um fator fixo, determinado pela natureza do processo, e dependendo, é evidente, das propriedades e das estruturas finais desejadas, assim como da composição química do aço, principalmente do seu teor de carbono. Quanto mais alta essa temperatura, acima da zona crítica, maior segurança se tem da completa dissolução das fases no ferro gama, por outro lado, maior será o tamanho de grão da austenita. As desvantagens de um tamanho de grão excessivo são maiores que as vantagens de não se ter total dissolução das fases no ferro gama, de modo que se deve procurar evitar temperaturas muito acimada linha superior (A3) da zona crítica. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Enquete 04: 4. São exemplos de ligas ferro-carbono (aços) quanto ao teor de oxigênio: a) ( ) Aços efervescentes. Aços acalmados. Aços desoxidados a vácuo. b) ( ) Aços parcialmente acalmados . Aço doce. Aço de médio carbono. c) ( ) Aços parcialmente desoxidados. Ferro fundido. Baixo carbono. Enquete 05: 5. São exemplos de ligas ferro-carbono (aços) quanto ao teor de oxigênio: a) ( ) Aços parcialmente acalmados . Aço doce. Aço de médio carbono. b) ( ) Aços parcialmente desoxidados. Ferro fundido. Baixo carbono. c) ( ) Baixo carbono. Aço doce. Ferro fundido. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Enquete 06: 6. A temperatura de aquecimento é mais ou menos um fator fixo, determinado pela natureza do processo, propriedades finais e estruturas desejadas. Na prática é correto afirmar que: a) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC acima de A3. b) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC acima de A1. c) ( ) Para aços hipereutetóides o máximo é na linha de A3. d) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC abaixo de A1. Enquete 07: 7. Durante o aquecimento, se a peça permanecer por muito tempo próximo no limite superior de austenitização, ocorrerá: a) ( ) Aumento excessivo do tamanho do grão. b) ( ) Refino grão. c) ( ) Formação de núcleos de Ferrita. d) ( ) Cristalização da Perlita. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Enquete 06: 6. A temperatura de aquecimento é mais ou menos um fator fixo, determinado pela natureza do processo, propriedades finais e estruturas desejadas. Na prática é correto afirmar que: a) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC acima de A3. b) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC acima de A1. c) ( ) Para aços hipereutetóides o máximo é na linha de A3. d) ( ) Para aços hipoeutetóides o máximo é 50 ºC abaixo de A1. Enquete 07: 7. Durante o aquecimento, se a peça permanecer por muito tempo próximo no limite superior de austenitização, ocorrerá: a) ( ) Aumento excessivo do tamanho do grão. b) ( ) Refino grão. c) ( ) Formação de núcleos de Ferrita. Enquete 07: 8. No aquecimento, na zona crítica, qual das frases descreve melhor a transformação ? a) ( ) A Ferrita se transformará primeiro em Austenita. b) b) ( ) A Perlita se transformara primeiro em Austenita. c) c) ( ) Na zona critica não há formação de Austenita no aquecimento. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Resfriamento O resfriamento é o fator mais importante de um tratamento térmico, pois ele que determinara definitivamente a estrutura e, consequentemente, as propriedades finais dos aços. Cuidados devem ser tomados para que os resfriamentos não sejam demasiadamente lentos, resultando estruturas com baixa resistência mecânica e baixa dureza, ou então resfriamentos bruscos demais, causando empenamento ou até mesmo ruptura da peça, devido às tensões causadas pelas diferenças de temperatura da peça. Os meios mais comumente utilizados são: Soluções aquosas, água, óleo e ar que podem estar em repouso ou em agitação. As soluções aquosas são os meios mais drásticos de resfriamento, seguidos pela água, óleo e ar. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço Exemplo de aço com 0,4% de carbono ocorre o seguinte: Na temperatura de 300º C, a estrutura do aço é igual à sua estrutura na temperatura ambiente: Ferrita (Cor branca) e perlita (Cor preta). Na temperatura de 760º C, inicia-se uma transformação na estrutura do aço: A perlita se transforma em austenita e ferrita permanece estável. Na temperatura de 850º C, toda a estrutura do aço se transforma em austenita. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço A austenita se forma na estrutura do aço submetido à temperatura elevada. Encontra-se na região acima da zona crítica, na zona de austenização, conforme se pode observar no gráfico. A austenita tem uma estrutura cubica da face centrada (CFC), apresentando menor resistência mecânica e boa tenacidade. Não é magnética. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço Se o aço for refriado bruscamente (Por exemplo, na água), ele se transformará em martensita, demonstrado pela fotomicrográfica, um constituinte duro, que pode ser visto com auxilio de microscópio metalográfico. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço (Página 11) Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço (Página 11) Diagrama TTT O gráfico representativo do diagrama TTT (Transformação-tempo-temperatura) é também conhecido como diagrama de transformação isotérmico. Esta denominação deve-se ao tipo de resfriamento que o mesmo representa. A partir da temperatura eutetóide, resfria-se rapidamente o material até uma determinada temperatura e mantem-se esta constante até que ocorra a transformação da austenita (Como visto nos diagramas de equilíbrio, a austenita é instável abaixo da temperatura eutetóide). Assim a transformação da austenita ocorre isotermicamente. Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Efeito do Aquecimento e Resfriamento do Aço (Página 11) Diagrama TTT . Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Finalidades dos Tratamentos Térmicos nos Aços Amolecimento O Amolecimento é feito para redução da dureza, remoção de tensões residuais, melhoria da tenacidade, restauração da ductilidade, redução do tamanho do grão ou alteração das propriedades eletromagnéticas do aço. Restaurar a ductilidade ou remover as tensões residuais é uma operação necessária quando uma grande quantidade de trabalho a frio tenha sido executada (Como laminação a frio ou trefilação). Omec Engenharia Laminação a Frio https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM https://www.youtube.com/watch?v=RrHiQ2yLmpM Professor: Fabiano HenriqueMiranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Finalidades dos Tratamentos Térmicos nos Aços Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Finalidades dos Tratamentos Térmicos nos Aços Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamentos Térmicos Amolecimento Recozimento de cristalização Recozimento total ou pleno Recozimento isotérmico ou cíclico Recozimento de esferoidização Recozimento para alivio de tensões Normalização Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamentos Térmicos Endurecimento O endurecimento dos aços é feito para aumentar a resistência ao desgaste e a resistência à fadiga. O endurecimento é fortemente dependente do teor de carbono do aço. A presença de elementos de liga possibilita o endurecimento de peças de grandes dimensões, o que não seria possível quando do uso de aços comuns ao carbono. Os tratamentos de endurecimento são: Tempera Austempera Martempera . Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamentos Térmicos Endurecimento Para aumentar a resistência ao desgaste é suficiente a realização de um endurecimento superficial (Que também leva ao aumento da resistência a fadiga). Pode-se assim proceder a uma tempera superficial ou a um tratamento termoquímico, que consiste na alteração da composição química da superfície pela difusão de elementos como carbono, nitrogênio e boro. . Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamentos Térmicos Modificação das Propriedades do Material O Tratamento Térmico, a rigor, é usado para modificar as propriedades dos materiais. Esses processos modificam o comportamento dos aços de um modo benéfico, de forma a maximizar a vida útil das partes (Alivio de tensões), ou as propriedades de resistência (Tratamento criogênico), ou alguma outra propriedade desejada (Envelhecimento). . Professor: Fabiano Henrique Miranda Tratamento Térmico e Termoquímico dos Aços Tratamentos Térmicos Tratamentos Térmicos Recozimento Normalização Tempera e Revenido Esferoidização ou Coalescimento •Alívio de tensões •Recristalização •Homogeneização •Total ou Pleno •Isotérmico Solubilização e envelhecimento
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