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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA FRANCISCA SAMARA LINHARES MAURICIO JUNIOR CABRAL SOARES STELIO ANDRÉ FERREIRA DE MATOS ANÁLISE DE CONTRARIEDADES E PROPOSTAS DE SOLUÇÕES PARA ACESSIBILIDADE NA AVENIDA ITAÚBA BAIRRO JORGE TEIXEIRA EM MANAUS-AM MANAUS 2019 FRANCISCA SAMARA LINHARES MAURICIO JUNIOR CABRAL SOARES STELIO ANDRÉ FERREIRA DE MATOS ANÁLISE DE CONTRARIEDADES E PROPOSTAS DE SOLUÇÕES PARA ACESSIBILIDADE NA AVENIDA ITAÚBA BAIRRO JORGE TEIXEIRA EM MANAUS-AM MANAUS 2019 FRANCISCA SAMARA LINHARES MAURICIO JUNIOR CABRAL SOARES STELIO ANDRÉ FERREIRA DE MATOS ANÁLISE DE CONTRARIEDADES E PROPOSTAS DE SOLUÇÕES PARA ACESSIBILIDADE NA AVENIDA ITAÚBA BAIRRO JORGE TEIXEIRA EM MANAUS-AM Trabalho de conclusão de curso para obtenção do titulo de bacharel em Engenharia Civil apresentado à Universidade Paulista-UNIP. Prof. Orientador: 1 INTRODUÇÃO A caminhada é meio de locomoção muito comum e importante para a população. Caracteriza-se por estímulo ao meio ambiente sustentável, à saúde e à autonomia de mobilidade, alicerçada no direito fundamental de ir e vir (artigo 5º, inciso XV, da Constituição Federal). Porém, deslocar-se a pé no meio urbano nem sempre é uma tarefa fácil e segura. Principalmente quanto à qualidade dos espaços reservados ao trânsito de pedestres. Nas ruas das cidades de nosso país, ressalvando-se algumas exceções, percebe-se a falta de uniformidade nas calçadas e de acessibilidade nos passeios públicos. Quanto à questão do direito à acessibilidade, destaque-se o inciso II, §1º, do artigo 227 da Constituição Federal, determinando a eliminação de obstáculos arquitetônicos para facilitar o acesso aos bens e serviços coletivos. Bem como, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Federal nº 13.146/2015), o qual entrou em vigor desde janeiro de 2016 e trouxe várias normas e modificações na legislação vigente. Alcançando, inclusive, os planos diretores municipais e os Códigos de Obra e de Posturas, os quais, conforme artigo 60 daquele estatuto deve orientar-se pelas regras de acessibilidade previstas em leis e normas técnicas. Por exemplo, o Estatuto da Pessoa com Deficiência incluiu o §3º ao artigo 41 do Estatuto da Cidade, determinando que o plano de rotas, inserido no plano diretor, no que concerne à construção e reforma de passeios públicos deve “garantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias existentes”. Complementando as regras gerais nesse sentido, o artigo 15 do Decreto nº 5.296/2004, regulando a Lei nº 10.098/2000 – que dispõe sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida –, determina que na construção ou adaptação de calçadas, rebaixamentos com rampas e instalação de piso tátil direcional e de alerta deverão ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Dentre essas normas, destaque-se a ABNT NBR 16537/2016 (sobre acessibilidade com a sinalização piso tátil; muito importante na mobilidade do deficiente visual) e a ABNT NBR 9050/2015 (sobre acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos). Além disso, há o artigo 4º da Lei nº 10.048/2000 prevendo que as autoridades competentes baixem normas de construção para os logradouros, a fim de facilitar a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência. A regularidade das calçadas, portanto, é de notável valor para a população urbana, influindo na qualidade de vida de todos. Com destaque àqueles que possuem mobilidade reduzida. Um idoso com dificuldades de locomoção ou um cadeirante, por exemplo, estarão suscetíveis a maiores vicissitudes, como sofrer quedas e até mesmo não conseguir transitar em calçadas irregulares. Logo, são normas bastante importantes e urge que sejam devidamente cumpridas. Pois bem, mas quem deve construir e como construir essas calçadas? O Código de Trânsito definiu as calçadas como parte da via, incluindo-as, assim, no conceito de logradouro público. Sendo esta a razão de muitos interpretarem a calçada como bem público do município, em conformidade com os artigos 98 e 99, inciso I, do Código Civil. Dessa maneira, entende-se que a área da calçada consiste em espaço público e deve existir de forma independente ao lote de terreno lindeiro. Todavia, quanto à sua construção e manutenção, não há previsão expressa em lei federal, cabendo à legislação municipal regular a matéria. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Calçada é parte da via normalmente segregada e em nível diferente não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins, assegura o Ministério das Cidades (BRASIL, 2004b, p. 62). Gondim (apud Figueiredo et al. 2013) afirma de acordo com os preceitos apresentados pelo Transportation Research Board (TRB), no Highway Capacity Manual (HCM), a Calçada é composta por três faixas distintas: faixa de afastamento do meio fio ou faixa de mobiliário urbano, faixa de passeio e faixa de afastamento das edificações. Para Leiva e Barbosa (2003, p.11) os fatores relativos à acessibilidade, conforto, conveniência, economia, segurança (riscos de acidente de trânsito e/ou atropelamento) e seguridade (segurança pública), são inerentes às operações de deslocamentos dos 6 pedestres e caracterizados como fatores ambientais relativamente intangíveis, mas que devem ser levados em consideração no planejamento das estruturas de circulação para pedestres. O Ministério das Cidades (BRASIL, 2004a, p.7) quanto à circulação não-motorizada denota que caminhar além de ser a forma mais antiga e básica de transporte humano, constitui-se no modo de transporte mais acessível e barato. Com exceção dos equipamentos necessários para melhorar a mobilidade das pessoas com deficiência, caminhar não exige nenhum equipamento especial. Porém, apesar de a infraestrutura de passeios públicos serem relativamente baratas a maioria das cidades brasileiras não se preocupa em acomodar os pedestres nas calçadas com o mesmo empenho em que se preocupa em acomodar os veículos nas vias. A infraestrutura para os veículos não-motorizados é significativamente mais barata que a dos veículos motorizados embora não tenha a mesma prioridade. A Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT, no item 3.11 da NBR9050/2004, conceitua Calçada como parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins - Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 2008). Como elemento de mobilidade não deverá existir segundo ABNT, nenhuma forma de impedimento que restrinja ou obstrua de alguma forma o estado de locomoção do pedestre. Segundo Bittencourt et al. (2008) a calçada é o espaço existente entre o lote do quarteirão e o meio fio, sendo sua superfície situada normalmente a cerca de 17 centímetros acima do leito carroçável das vias urbanas destacando que sua denominação mais correta seria a de “passeio”, embora tenha sido consagrada como calçada. Informa também que a palavra tem origem latina: “calcatura, ação de calcar, pisar (...) donde calcanhar, calçada por sua função no andar”. Atualmente é na calçada que são em geral instalados os equipamentos urbanos, a sinalização da via e seu paisagismo e, é nela que se desenvolve o trânsito de pedestres nas vias urbanas conforme ilustrado nas fotos 1 e 2, a seguir: Foto1 – Avenida Itaúba Fonte: Próprio autor, 2019 Foto 2 – Avenida Itaúba Fonte: Próprio autor, 2019 Calçada como um dos componentes da via é um elemento imprescindível para a circulação do pedestre, deve-se ter grande importância no projeto urbano, valorizando seu uso para o pedestre, não permitindo sua invasão por outros meios de transporte e pela usucapião social – invasores inveterados dos espaços públicos. O atendimento dasnecessidades sociais e econômicas das pessoas segundo IPEA (2010) requer seu deslocamento no espaço que pode ser feito a pé. Economias em desenvolvimento como o Brasil as pessoas que moram nas cidades realizam em média, dois deslocamentos por dia, correspondente à metade dos deslocamentos realizados pelas pessoas nos países desenvolvidos. A locomoção sem impedimentos nas calçadas deveriam ser costume comum nos grandes centros urbanos. Porém, a tomada indiscriminada dos territórios, o estabelecimento de prédios a revelia vem se tornando cada vez mais aviltante e com aval mórbido do poder público municipal. O art. 56, inciso II, da Lei Complementar Municipal nº. 002/2014 - Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (MANAUS, 2014c) estabelece que nenhum elemento (...) urbano poderá obstruir a circulação de pedestres ou configurar perigo ou impedimento à locomoção dos mesmos (...). A desobediência tornou-se a lei fundamental sob a bandeira da “baixa renda”. No art. 49, inciso III, da Lei Complementar 005/2014 - Código de Postura do Município de Manaus (MANAUS, 2014b) estabelece um limite de 1,50m livre de calçada. Contudo, o simples estabelecimento não faz com que ambos os lados – poder público e sociedade -, edifiquem um mesmo pensamento. O art. 21, inciso I, alínea “d”, da Lei Complementar Municipal nº. 002/2014 - Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (MANAUS, 2014c) garante a acessibilidade universal autônoma e segura aos usuários do espaço urbano sem que sofram riscos pela circulação de carros e caminhões. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro – CTB (2008) é necessário que o poder público garanta a mobilidade e acessibilidade com segurança e qualidade ambiental a toda a população. O que não está caracterizado nas vias e ruas de Manaus. O art. 4º, inciso II, da Lei Complementar Municipal nº. 002/2014 - Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (MANAUS, 2014c) estabelece que acesso, é o espaço de aproximação, entrada, trânsito ou passagem, e ainda, no inciso V, do art. 5º da referida lei, define que degradação ambiental é o processo de alteração negativa do ambiente resultante de atividades que podem causar desequilíbrio parcial ou total dos ecossistemas. Segundo o Dicionário de Engenharia Civil (20140) meio-fio, guia, lancil ou berma denominam uma série de blocos, geralmente feitos de concreto ou paralelepípedos, dispostos um após outro, definindo os limites entre as calçadas e a sarjeta da avenida, sendo um elemento indispensável para a boa qualidade e acessibilidade nas calçadas. No item 5.14.3 da NBR 9050:2004 estabelece que nas faixas de travessia, deve ser instalada a sinalização tátil de alerta no sentido perpendicular ao deslocamento, à distância de 0,50 m do meio-fio, conectando um lado da calçada. O art. 34, inciso III, da Lei Complementar Municipal nº. 002/2014 - Plano Diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus (MANAUS, 2014c) estabelece: construção de calçadas, ciclovias e passarelas devem ser de acordo com as normas específicas de acessibilidade em todas as vias a serem recuperadas, quando possível. 3 METODOLOGIA O método utilizado para realização da pesquisa foi o estudo de caso que teve caráter aplicado, ou seja, que tenha utilização pratica e dirigida a solução de problemas reais específicos. Será realizado através de pesquisa qualitativa, que consiste na relação dinâmica das variáveis (pedestre e infraestrutura) tem como fonte direta o ambiente natural para coleta de dados e é de caráter descritivo. Para tanto, o inventario foi conduzido a partir das seguintes etapas, utilizando a rede de computadores como ferramenta, além das leis, resoluções e manuais que norteiam este ramo da engenharia civil, que são: a) Revisão bibliográfica e literatura em livros, manuais e artigos e estatutos, como por exemplo, o Manual de mobilidade urbana e acessibilidade que tem relação com pessoas portadoras de necessidades especiais ABNT,NBR:9050/2015 e NBR: 16537/2016; b) Visita “in loco” para registro fotográfico das rampas e sinalizações. Utilizando máquina fotográfica e caderno de anotação; c) Definição dos pontos críticos nas calcadas para pedestres e cadeirantes; d) Análise do local visando a acessibilidade utilizando métodos e normas técnicas. 4 ORÇAMENTO MATERIAL DE CONSUMO Especificação Unidade de medida Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Total Fonte Financiadora Papel A4 Folhas 19 R$ 0,10 R$ 1,90 Não financiado Tinta de Impressora Toner Incapaz de ser medido ________ ________ Não financiado Total R$ 1,90 Não financiado Quadro 1 – Material de consumo Fonte: Próprio autor, 2019. MATERIAL PERMANENTE Especificação Unidade de medida Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Total Fonte Financiadora Notebook Unidade 1 R$ 2.500 R$ 2.500 Não financiado Impressora Unidade 1 R$ 1.980 R$ 1.980 Não financiado Total R$ 4.480 Não financiado Quadro 1 – Material de consumo Fonte: Próprio autor, 2019. 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Reavaliação do Projeto de Pesquisa x x x x x x x x Reunião da bibliografia x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Encontros de Orientação x x x x x x x x x x x x x x x x x x Leituras e Fichamentos x x x x x x x x x x x x x x x x x Analisar, interpretar, discutir os conteúdos das leituras e fichamentos x x x x x x x x x x x x x x Fazer resumos de leituras x x x x x x x x x Reler e rever artigo(s) e/ou resumo(s) que escrevi e publiquei sobre o tema x x x x x x x x Escrever a Monografia x x x x x x x x x x x x Revisar a Monografia x x x x x x x Participar de eventos relacionados ao tema x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Entregar a Monografia pronta ao Orientador x Fazer as revisões da Monografia após parecer do orientador x x Entregar Monografia encadernada aos professores da Banca x Apresentar a Monografia diante da Banca de professores x Quadro 3 – Cronograma Fonte: Próprio autor, 2019. 6 RESULTADOS ESPERADOS Com a presente pesquisa, procura-se analisar o entorno da avenida Itaúba localizada no Bairro Jorge Teixeira, procurando detectar contrariedades que afetam a acessibilidade no local, e propor possíveis soluções.
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