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Informática para concursos públicos Curso Regular Aula 1 Prof. B. Sakamoto Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 2 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do Curso Regular de Informática para concursos públicos. SUMÁRIO INFORMAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 4 Apresentação do Professor ........................................................................... 5 Metodologia de Ensino ................................................................................ 7 Conteúdo do Curso ..................................................................................... 8 Cronograma do Curso ................................................................................. 8 CONTEÚDO DA AULA 1 ................................................................................... 10 1. INFORMÁTICA PARA CONCURSOS: POR ONDE COMEÇAR? ................................ 11 1.1 Por que estudar informática? ................................................................. 12 1.2 Mitos e verdades .................................................................................. 13 1.3 O que estudar? .................................................................................... 15 1.3.1 CESPE (CEBRASPE) ........................................................................ 18 1.3.2 Carlos Chagas (FCC) ...................................................................... 18 1.4 Como estudar? .................................................................................... 19 2. COMPUTADORES ....................................................................................... 24 2.1 Generalidades ..................................................................................... 24 2.2 Tipos de computadores ......................................................................... 28 2.3 Hardware ........................................................................................... 37 2.3.1 Noções de arquitetura de computadores ............................................ 37 2.3.2 Processamento computacional ......................................................... 41 2.3.3 Bits e Bytes .................................................................................. 44 2.3.3.1 Bits ...................................................................................... 44 2.3.3.2 Bytes ................................................................................... 47 2.3.4 Noções de hardware ....................................................................... 53 3. COMPONENTES DE HARDWARE .................................................................... 56 3.1 CPU ou Processador ............................................................................. 56 3.1.1 Frequência de operação .................................................................. 57 Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 3 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br 3.1.2 Computadores de 32 e 64 bits ......................................................... 60 3.1.3 CPU Multicore ................................................................................ 63 3.2 Memórias ........................................................................................... 67 3.2.3 Memória Principal .............................................................................. 68 3.2.3.1 Registradores ........................................................................ 69 3.2.3.2 Memória Cache ...................................................................... 69 3.2.3.3 Random Access Memory .......................................................... 72 3.2.3.4 Read-Only Memory ................................................................. 74 3.2.4 Memória secundária ....................................................................... 76 3.3 Placa-mãe .......................................................................................... 85 3.3.1 Chipset ........................................................................................ 86 3.3.2 Barramentos ................................................................................. 88 3.4 Teclado .............................................................................................. 94 3.5 Mouse ................................................................................................ 96 3.6 Monitor .............................................................................................. 97 3.7 Touchscreen........................................................................................ 99 3.8 Impressora ....................................................................................... 100 3.9 Scanner ........................................................................................... 103 3.10 Unidades de disco rígido .................................................................... 104 3.11 Drives de mídia removível ................................................................. 106 3.12 Webcam ......................................................................................... 108 3.13 Dispositivos de som .......................................................................... 109 3.14 Modem ........................................................................................... 111 3.15 Placas de rede ................................................................................. 112 3.16 Placa de vídeo ................................................................................. 114 3.17 Outros periféricos ............................................................................. 115 3.17.1 Mesa digitalizadora ..................................................................... 115 3.17.2 Projetor .................................................................................... 116 3.17.3 Unidades de estado sólido (SSD) .................................................. 117 3.17.4 Leitores biométricos e RFID ......................................................... 119 3.17.5 Códigos gráficos ........................................................................ 120 3.17.6 Fontes de alimentação ................................................................ 122 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................. 125 Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 4 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br INFORMAÇÕES INICIAIS Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 5 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Apresentação do Professor Querida(o) amiga(o) Concursanda(o)! Bom dia, boa tarde, boa noite e – por que não? – “boa madrugada”!Iniciamos hoje nossa disciplina de Informática para concursos com videoaulas. Do momento em que você diz a si mesmo que quer prestar um concurso público, uma longa e desafiadora jornada abre-se à sua frente, a qual exigirá de você grandes sacrifícios pessoais e materiais; todavia, tenha certeza – e isso eu posso adiantar-lhe – valerá muito a pena no futuro próximo! Note que no vocativo da frase inicial lhe chamei de concursando(o) – e não concurseira(o), como muitos a(o) tratam por aí. Eu já explico a diferença: concursando é, pelo menos no meu ponto de vista, uma situação passageira, temporária. Você, com COMPROMISSO, DEDICAÇÃO E FOCO (que por sinal é nosso lema aqui no CDF!), fatalmente atingirá seu objetivo: o emprego ou cargo dos sonhos na Administração Pública. Já o concurseiro, termo pelo qual eu mesmo já fui muito chamado por meus antigos professores – é praticamente um “profissional dos concursos”, que nem sempre logra a tão sonhada colocação, mas vive de certame em certame sem adotar um método eficiente de estudo ou mesmo atribuir o foco necessário nos objetivos pretendidos. Isso posto, em qual tipo você se enquadra? Concursando ou Concurseiro? Se seu perfil for o primeiro, está no rumo e no curso certo, parabéns! Meu nome é Braulio Sakamoto, primogênito dos três filhos da Da. Nazaré e do Seu Isao. Embora nascido em São Paulo – SP, cedo mudamos para Belém do Pará, onde passei a maior parte dos meus anos nos bancos escolares. Filho de pais pobres, como a maior parte dos brasileiros, busquei no estudo e no trabalho a esperança de um futuro mais digno e confortável, não só para mim, mas também para meus “velhos”, como os chamava afetuosamente. Ainda sem conhecer nada sobre a Administração Pública ou o mundo dos concursos, inscrevi-me em 1996 no Concurso de Admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército, a EsPCEx (www.espcex.eb.mil.br), instituição de ensino militar que, como diz o nome, forma os cadetes (i. é, “alunos militares”) que frequentarão os diversos cursos de formação de Oficiais Combatentes do Exército Brasileiro. Na oportunidade, logrei o 1º lugar nacional entre os candidatos daquele certame, ingressando, portanto, na EsPCEx em 1997. Cursei em seguida a Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN, graduando-me na 2ª colocação em Ciências Militares, na especialidade Comunicações, no ano de 2001. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 6 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Desde então, tenho trabalhado toda minha vida profissional com Telecomunicações, em especial com Tecnologia da Informação (TI) e radiocomunicações analógicas e digitais. Em 2004, frequentei um curso de Mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), lá obtendo a titulação de mestre em engenharia eletrônica e computação e capacitando-me para a docência de ensino superior. Além disso, realizei muitos outros cursos de especialização e pós-graduação no Brasil e no exterior, todos ligados à área de Telecomunicações. No caso da nossa disciplina, ressalto minhas certificações Cisco CCNA e ICND, obtidas em razão das minhas atribuições junto ao Subsistema de Sensoriamento e Apoio à Decisão do SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras do Ministério da Defesa (se quiser saber mais sobre o SISFRON, acesse www.epex.eb.mil.br/index.php/sisfron ou busque pelos diversos vídeos institucionais existentes no Youtube para ter uma ideia da envergadura e abrangência desse Programa Estratégico da Defesa Nacional). Ademais, se tiver interesse em conferir meu perfil acadêmico-profissional, segue meu currículo hospedado na plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8324610583681546. Mas alguém poderá perguntar: “Professor, qual sua experiência em concursos públicos?! Bem, além do sucesso no concurso do Exército – onde permaneço até hoje –, concorri e fui aprovado (fora do número de vagas) nos concursos de Analista de Controle Externo do TCU e técnico administrativo do STJ. Essa foi minha fase de concursando, da qual abri mão anos atrás em razão de outras prioridades pessoais e profissionais. Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo da Informática para concursos, siga-me nas minhas redes sociais: Ficarei muito honrado com sua visita e seus comentários. Aproveite a aula, bons estudos e forte abraço! Compromisso. Dedicação. Foco. @prof.brauliosakamoto Braulio Sakamoto Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 7 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Metodologia de Ensino Nosso curso será teórico, mas sem perder a ênfase no que mais importa: a cobrança das bancas! Você notará que o conteúdo ministrado, embora extenso, não cobre todo o assunto (nem um curso universitário cobriria todas as possibilidades!); entretanto, tentamos enfatizar ao máximo aquilo que tem sido mais cobrado em prova, de forma que você tenha subsídios para resolver a esmagadora maioria das questões. Todos os temas são acompanhados das videoaulas respectivas; mas note que a leitura dos livros digitais (PDF’s) é fundamental, de forma que a videoaula é um complemento, um estímulo audiovisual ao conteúdo existente no material escrito. Todas as nossas aulas serão recheadas de exercícios, algum muito recentes, outros mais antigos, mas que devido ao seu caráter “clássico” e instrutivo, são mantidos para complementar a teoria ministrada. Ainda em relação aos exercícios: todos – eu disse todos! – são comentados. Esse é meu compromisso com você: exercício apresentado, exercício solucionado. Aqui você não sai com dúvida! Sempre que possível, incluirei materiais complementares e as principais fontes de onde busco imagens e informações adicionais. Fique à vontade para acessá- las, caso deseje aumentar seus conhecimentos. Outra coisa: sinta-se totalmente livre para tirar dúvidas no site, mandar exercícios ou comentar este material: sua opinião é fundamental para nossa melhoria. Eu a(o) encorajo a conhecer minhas redes sociais, pois sempre coloco materiais e respondo questões atualizadas por lá. Por fim, um forte abraço e obrigado pela confiança no CDF Concursos. O nosso compromisso é a sua aprovação. Prof. B. Sakamoto Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 8 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Conteúdo do Curso Nosso curso de Informática Básica para Concursos com videoaulas é voltado àquele concursando que deseja uma preparação mais sólida nesta matéria básica. Nossa abordagem priorizará dois aspectos importantes: a pertinência temática das aulas, seguindo um escalonamento natural dos assuntos, e; a incidência desses assuntos nas provas de concursos. Com base nesses critérios, montamos uma certa ordem na disposição dos temas, o que facilitará bastante sua compreensão global da matéria, caso seja uma(um) novata(o) no assunto. Por outro lado, caso já tenha experiência com a informática de concursos (eu friso este ponto, pois o que cai nas provas não mede, necessariamente, o conhecimento prático de quem lida diariamente com um computador), fique à vontade para seguir a ordem de sua preferênciano estudo dos assuntos. O conteúdo programático da nossa disciplina está listado abaixo: Conteúdo do curso Aula Assunto Aula 1 Conceitos Básicos de Informática/Hardware Aula 2 Sistema Operacional Windows Aula 3 Sistema Operacional Linux Aula 4 MS Excel Aula 5 MS Word Aula 6 MS PowerPoint Aula 7 LibreOffice Calc Aula 8 LibreOffice Writer Aula 9 Noções de Redes de computadores Aula 10 Tipos de redes de computadores Aula 11 Redes de comunicação Aula 12 Internet e computação em nuvem Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 9 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Aula Assunto Aula 13 Navegadores Web e Ferramentas de busca Aula 14 Correio eletrônico Aula 15 Segurança da informação Aula 16 Malwares (softwares maliciosos) Aula 17 Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos e aplicativos de áudio, vídeo e multimídia. Aula 18 Metadados de arquivos Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 10 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br CONTEÚDO DA AULA 1 Nesta aula, veremos os conceitos básicos de Informática e de arquitetura de computadores, bem como os principais componentes de hardware existentes nos computadores atuais. Mas antes, veremos no capítulo inicial uma rápida contextualização da nossa disciplina nos concursos públicos, ressaltando os assuntos mais cobrados e lhe fornecendo algumas dicas preciosas do que estudar e de como estudar nossa matéria. NOTA: SEMPRE QUE UM ATALHO DE TECLADO FOR MENCIONADO, AS TECLAS ENVOLVIDAS ESTARÃO ENTRE COLCHETES; O SINAL “+” INDICA ACIONAMENTO SIMULTÂNEO. EXEMPLO: [CTRL]+[ALT]+[DEL]. Padronização de siglas - Alternate: Alt - Basic Input Output System: BIOS - Control: Ctrl - Delete: Del - Internet das Coisas: IoT - Random Access Memory: RAM - Read-Only Memory: ROM - Serial Attached SCSI plug and play: SAS PnP - Sistema Operacional: SO - Small Computer System Interface: SCSI - Tabulate: Tab - Zona desmilitarizada: DMZ Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 11 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br 1. INFORMÁTICA PARA CONCURSOS: POR ONDE COMEÇAR? Agora que você “incorporou” a vida de concursando e já conhece todos os prós e contras das carreiras públicas, vem a pergunta: O QUÊ devo estudar e COMO estudar a matéria de Informática para concursos públicos? Antes de responder essa pergunta, cabe um pequeno, mas importante, preâmbulo... O que é, afinal, essa tal Informática? O termo Informática foi usado pela primeira vez pelo cientista alemão Karl Steinbuch em 1957, no artigo intitulado “Informática: processamento automático de informações” (embora eu saiba um pouco de alemão, em respeito a você recuso-me a transcrever o título original dessa publicação aqui!). Desde então, a informática tem frequentemente se confundido com a ciência da computação, pois o termo original em alemão (Informatik) é geralmente traduzido para outras línguas como computação ou ciência da computação. Hodiernamente, a Academia a define como “o estudo da estrutura, dos algoritmos, do comportamento e das interações de sistemas computacionais naturais e artificiais”, embora não haja unanimidade conceitual. Não raro você verá definições como: “a ciência que se dedica ao tratamento automático da informação, mediante o uso de computadores e demais dispositivos de processamento de dados”. Fato é que a maior parte das definições congregam de um mesmo núcleo semântico, que é “o estudo e a aplicação da tecnologia da informação aos processos cotidianos”. Para nossa disciplina e para o seu concurso, uma definição de informática que considero adequada é: O conjunto de ciências da informação, cujo objeto de estudo é o tratamento racional e automático de informações por meio de computadores e outros dispositivos de processamento (guarde bem os termos em negrito!). “Professor, por que “conjunto de ciências”? Ainda que a Informática possa ser ela própria tratada como ciência, abrange outros campos do conhecimento como a ciência da computação, a teoria da informação, a análise numérica e outros ramos da ciência da informação (que é vastíssima!). Karl Steinbuch, inventor da informática (fonte: fanphobia.net) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 12 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br “Mas se há várias definições possíveis para Informática, certamente as bancas não a abordarão conceitualmente...” Ledo engano! Veja o que caiu recentemente no concurso de assessor jurídico da EMATER: (Assessor Jurídico) A informática trabalha automaticamente com a informação por meio da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos adequados, tendo por base os computadores. Qual conceito de informática concorda com a descrição apresentada? (A) Elemento físico utilizado para o tratamento de dados e a obtenção da informação. (B) Constituída por uma série de componentes e circuitos eletrônicos, capaz de receber, armazenar, processar e transmitir informações. (C) Programável, capaz de realizar uma grande variedade de tarefas, seguindo uma sequência de comandos de acordo com o que for especificado. (D) Tratamento racional da informação, considerada como suporte dos conhecimentos humanos e das comunicações nos domínios técnicos, econômicos e sociais. E aí? Qual alternativa você marcaria? Se você escolheu conscientemente a letra D, parabéns. Não há dúvidas em relação ao gabarito oficial, visto que as principais palavras-chave do conceito que apresentei anteriormente estão presentes na sentença daquele item (tratamento, racional e informação). Note ainda que o final da alternativa menciona os “domínios técnicos, econômicos e sociais”, os quais podem ser entendidos como os tais “processos cotidianos” que citei no núcleo conceitual da Informática (“estudo e a aplicação da tecnologia da informação nos processos cotidianos”). É simples ou não? Se você errou ou não soube responder essa, ao longo das nossas aulas ficará claro o porquê das demais alternativas estarem erradas. Tudo ao seu tempo... 1.1 Por que estudar informática? Porque Informática é uma disciplina básica, presente na maioria dos concursos públicos brasileiros. Aliás, a maioria das bancas examinadoras costuma colocar em seus concursos pelo menos cinco questões de Informática – o que ressalta a importância da matéria. Há casos de bancas, como a Fundação Carlos Chagas (FCC), cujos editais chegam ao extremo de eliminar do certame candidatos que venham a “zerar” disciplinas ou grupo de disciplinas. Logo, todo cuidado é pouco! “Mas Professor, não gosto de computador e não entendo nada de tecnologia!” Calma, não precisa se desesperar (ainda!). Mas se for esse o seu caso, tenho duas pequenas más notícias: Informática cai demais (despenca!) em concursos Informática para Concursos Públicos Curso regularAula 1 13 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br públicos, como ressaltei acima, e; futuramente como servidor, você terá direta ou indiretamente que usar algum tipo de equipamento ou sistema informacional {isso não é problema por ora; seu problema hoje é ser aprovada(o)}. Não é surpresa que vivemos em um mundo hiperconectado, no qual boa parte de sistemas e arquivos são digitalizados; mesmo dispositivos para os quais outrora não se vislumbrava qualquer tipo de operação integrada podem hoje ser ligados à Internet (geladeiras, TVs, câmeras e, claro, os celulares são exemplos dessa nova geração de dispositivos conectáveis – os famosos IoT –, como veremos à frente no nosso curso). Esse panorama massivamente tecnológico se estende à iniciativa privada e ao governo, sendo para os profissionais de ambas as áreas questão de sobrevivência no mercado atual de trabalho. Pensando nisso, reunimos abaixo uma série de mitos e verdades que orientarão seu estudo da Informática, com o objetivo imediato de prepará-lo para o concurso público e, de forma mediata, fornecer uma base conceitual para seu desempenho posterior como servidor/empregado público ou militar da Administração. 1.2 Mitos e verdades 1º) “Passo 12 horas por dia em frente de um computador; logo, resolvo facilmente qualquer questão de Informática”. Mito. Esse é um dos maiores erros cometidos pelos “concurseiros”: achar que domina determinada matéria porque faz algo parecido no seu dia-a-dia. É inegável que a habilidade à frente de um computador ou a facilidade em compreender termos “tecnológicos” a(o) ajudará muito no entendimento da nossa matéria. Mas lembre-se: a teoria, na prática, é outra! Você perceberá muito rapidamente que existem questões muito básicas de informática (tipo “control-C, control-V”), mas a maior parte delas demanda estudo, memorização, raciocínio e, por que não, um pouquinho de sorte. Logo, ser um “craque” do computador não implica necessariamente em um bom resultado nas provas. Duvida? Veja a questão abaixo: (CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário) Assinale a opção correspondente ao conceito de entrega sob demanda de poder computacional, armazenamento de banco de dados, aplicações e outros recursos de tecnologia da informação por meio de uma plataforma de serviços via Internet. (A) rede privada virtual (B) extranet (C) computação em nuvem Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 14 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br (D) computação quântica (E) zona desmilitarizada, do inglês demilitarized zone (DMZ) Gabarito oficial: letra C. 2º) “Preciso de um computador para estudar informática”. Meia-verdade. Usar um computador para treinar certos conceitos de informática facilitará – e muito – sua aprendizagem, uma vez que você estará estimulando sua memória neuromotora. “Mas Professor, ter um computador por perto é indispensável para entender sua matéria e – mais importante que isso – acertar as questões na prova”? A resposta é não, e isso tem a ver com o 1º mito descrito acima. Grande parte do conteúdo da nossa matéria é conceitual, teórico, o que significa a memorização de palavras, definições e certas lógicas usadas em computação (veremos isso a seguir na 1ª parte desta seção: O que estudar?). Logo, se você dispuser de um computador e tempo para usá-lo, estimulo a que empregue todos os recursos disponíveis na sua preparação. Do contrário, não se preocupe; nosso livro digital, as videoaulas e os fóruns de perguntas serão suficientes para dar-lhe uma boa base teórica, que responderá quase a totalidade das questões possíveis de cair em sua prova. 3º) “Informática é uma matéria secundária, logo devo focar meu estudo nos diversos ramos do Direito e outras disciplinas mais complexas”. Mito. Minha(meu) cara(o) Aluna(o)! Não existe matéria secundária ou menos importante em concursos públicos; se assim fosse, poderíamos tranquilamente negligenciar determinado conteúdo e, ainda assim, lograr aprovação no certame (costumo dizer que concurso público não tem matéria eletiva!). Lembre-se que algumas bancas examinadoras (como a FCC) exigem desempenho mínimo em todas as disciplinas para que você tenha sua redação corrigida! Se você já fez alguma prova de concurso, deve ter observado que uma (eu disse apenas uma!) questão certa ou errada lhe alavanca ou derruba dezenas de posições na lista de classificação – as pontuações dos candidatos nos certames são extremamente próximas. Portanto, estudar para concursos públicos envolve, antes de tudo, uma profunda análise de riscos: dentro de um cenário provável de exigência dos conteúdos previstos no edital – e isso vou demonstrar para você em seguida – planeje seus estudos cuidadosamente e estude com maior profundidade os itens mais frequentemente cobrados. Contudo, não negligencie nenhum assunto ou matéria, absolutamente. Uma questão certa ou errada poderá ser a diferença entre ter seu nome publicado na lista de aprovados ou não. 4º) “É importante dispor de um bom livro-texto para aprender Informática e ser bem-sucedido na resolução da minha prova”. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 15 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Verdade. E nesse ponto entra o CDF Concursos: o livro digital da matéria (não somente o da minha disciplina, mas de todos os cursos oferecidos no CDF) contempla todo o conteúdo programático exigido no seu edital, acompanhado de explicações minuciosas, mapas mentais, exemplos textuais e pictóricos, dicas de estudo e leitura complementar, bem como questões atuais comentadas, cobradas em concursos recentes (veja, por exemplo, as duas que já analisamos juntos até este ponto). O conteúdo do livro é complementado por videoaulas, materiais diversos disponíveis na área do aluno e, muito importante, o saneamento de dúvidas, via fórum e mensagens destinadas aos professores e tutores. Lembre-se que um bom material, aliado a um plano de estudos bem feito, potencializa suas chances de aprovação. 1.3 O que estudar? Essa é a pergunta de 1 milhão! Quem já teve a oportunidade de analisar a fundo um edital de concurso reparou na enorme quantidade de assuntos cobrados nas provas. Eu acredito – e acho que você concordará comigo – na impossibilidade de os candidatos de aprofundarem-se em todos os seus itens, até porque o tempo entre a publicação de um edital e a prova propriamente dita em geral não supera 3 meses. Portanto, ainda que você venha estudando regularmente antes do lançamento do edital, dê prioridade a certos temas e assuntos que, estatisticamente, são mais frequentes em questões de concurso. Explico: embora cada banca examinadora tenha sua própria “personalidade” quanto à exigência deste ou daquele conteúdo, certos temas-chave aparecem recorrentemente nas provas (veremos isso a seguir). Os aplicativos de edição de documentos (integrantes das suítes Microsoft Office e BrOffice, por exemplo) são temas quase certos nas provas. Uma vez que estão bem presentes em nosso dia a dia, vale a pena aprofundar-se nas questões mais teóricas envolvendo esses softwares. Nesse particular, dê especial atenção aos editores de planilhas eletrônicas (Excele Calc), presença garantida em quase a totalidade das provas de concursos aplicadas pelas bancas examinadoras. Outro tema muito abordado atualmente pelas questões de concurso são os sistemas operacionais mais usados no mundo: Windows e Linux. Logo, eles devem necessariamente ter prioridade no seu plano de estudos, pois a probabilidade de cair uma questão sobre eles é altíssima, como veremos. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 16 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Outro importante tópico para se estudar é Segurança da Informação. Entender o panorama atual das ameaças virtuais e os reflexos danosos nos sistemas computacionais em uso é essencial para você ter sucesso nas questões. “Professor, quais os assuntos de Informática que aparecem nos editais de concursos, afinal?” Relaciono-os abaixo (em ordem alfabética): Correio Eletrônico (Clientes de E-mail e Webmail) Editor de Slides/Apresentações (MS PowerPoint e BrOffice Impress) Editores de Planilhas Eletrônicas (MS Excel e BrOffice Calc) Editores de Texto (MS Word e BrOffice Writer) Hardware (Dispositivos de armazenamento, memórias e periféricos) Internet Navegadores (Browsers) Pacotes de Aplicativos de Escritório (MS Office, BrOffice e outros) Segurança da Informação Sistemas Operacionais Redes de Computadores Note que os assuntos acima são, na verdade, grandes grupos temáticos, que se expandem em uma infinidade de tópicos relacionados dentro da estrutura da disciplina. Neste curso, abordaremos apenas os temas previstos em seu edital, de forma completa e detalhada. Portanto, não se assuste com a quantidade de assuntos. Prosseguindo, vou apresentar abaixo uma análise estatística da forma com que o conteúdo (geral) de Informática tem sido cobrado nas provas das principais bancas avaliadoras. “E daí professor, o que eu faço com isso?” Lembra-se que mencionamos anteriormente sobre a necessidade de fazer uma “análise de riscos” na confecção de seu plano de estudos, com a finalidade de priorizar certos assuntos mais frequentemente cobrados? Pois é, como o tempo disponível para estudo é em geral escasso, priorizar certos temas é preciso. Note que isso não significa que você deva ignorar por completo os demais assuntos! É fundamental ler todo o conteúdo previsto, afinal todo ele é passível de cobrança nas questões. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 17 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Na figura 1, apresento graficamente a incidência porcentual dos grupos temáticos que listei anteriormente, considerando os últimos 5 anos. Note que nessa análise inicial ainda não particularizei a exigência das bancas (faremos disso em seguida). Figura 1: Incidência de assuntos nas provas de Informática. (fonte: o Autor) O que podemos depreender de imediato a partir dessa figura? Das 5 questões (em média) de Informática que você encontrará na sua prova, é muito provável que duas ou mais delas versarão sobre sistemas operacionais (Windows e Linux), editores de planilhas eletrônicas (Excel ou Calc) ou editores de texto (Word ou Writer). Note que esses três temas juntos correspondem a mais da metade das questões de Informática aplicadas nos últimos 5 anos. Concorda que um estudo mais aprofundado desses temas é uma boa estratégia de estudo? “Professor, meu concurso é conduzido pela banca x; o gráfico acima ainda se aplica?” Vejamos agora a mesma análise, dessa vez para as bancas CESPE e FCC. 2% 3% 4% 5% 7% 8% 8% 8% 17% 18% 20% 0% 5% 10% 15% 20% 25% PACOTE DE APLICATIVOS: MICROSOFT OFFICE, BROFFICE, OPENOFFICE E LIBREOFFICE REDES DE COMPUTADORES EDITOR DE APRESENTAÇÕES - POWERPOINT E IMPRESS CORREIO ELETRÔNICO (CLIENTE DE E-MAIL E WEBMAIL) NAVEGADORES (BROWSER) INTERNET SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO HARDWARE - DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO, MEMÓRIAS E PERIFÉRICOS EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD E BROFFICE.ORG WRITER PLANILHAS ELETRÔNICAS - MICROSOFT EXCEL E BROFFICE.ORG CALC SISTEMA OPERACIONAL Incidência dos assuntos de Informática nas questões de todas as bancas (2014 - 2019) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 18 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br 1.3.1 CESPE (CEBRASPE) Figura 2: Incidência de assuntos nas provas de Informática do CESPE. (fonte: o Autor) Perceba que sistema operacionais ocupa a liderança isolada dos assuntos de Informática mais cobrados pelo CESPE; destaco ainda os temas planilhas eletrônicas e navegadores (browsers) que, juntos com o primeiro, integralizam cerca de 53% das questões de concurso cobradas no último quinquênio pela Banca da Universidade de Brasília. 1.3.2 Carlos Chagas (FCC) Figura 3: Incidência de assuntos nas provas de Informática da FCC. (fonte: o Autor) 1% 2% 3% 4% 6% 10% 10% 11% 14% 16% 23% 0% 5% 10% 15% 20% 25% PACOTE DE APLICATIVOS: MICROSOFT OFFICE, BROFFICE, OPENOFFICE E LIBREOFFICE HARDWARE - DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO, MEMÓRIAS E PERIFÉRICOS EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD E BROFFICE.ORG WRITER EDITOR DE APRESENTAÇÕES - POWERPOINT E IMPRESS REDES DE COMPUTADORES CORREIO ELETRÔNICO (CLIENTE DE E-MAIL E WEBMAIL) SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO INTERNET NAVEGADORES (BROWSER) PLANILHAS ELETRÔNICAS - MICROSOFT EXCEL E BROFFICE.ORG CALC SISTEMA OPERACIONAL Incidência dos assuntos de Informática nas questões do CESPE (2014 - 2019) 1% 3% 3% 6% 7% 7% 7% 12% 14% 17% 22% 0% 5% 10% 15% 20% 25% EDITOR DE APRESENTAÇÕES - POWERPOINT E IMPRESS PACOTE DE APLICATIVOS: MICROSOFT OFFICE, BROFFICE, OPENOFFICE E LIBREOFFICE CORREIO ELETRÔNICO (CLIENTE DE E-MAIL E WEBMAIL) REDES DE COMPUTADORES NAVEGADORES (BROWSER) INTERNET HARDWARE - DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO, MEMÓRIAS E PERIFÉRICOS SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD E BROFFICE.ORG WRITER PLANILHAS ELETRÔNICAS - MICROSOFT EXCEL E BROFFICE.ORG CALC SISTEMA OPERACIONAL Incidência dos assuntos de Informática nas questões da FCC (2014 - 2019) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 19 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Olhe quem está firme e forte na liderança das questões de Informática da FCC: sistemas operacionais! Ficou novamente com a medalha de prata o assunto planilhas eletrônicas e em 3º lugar aparece editores de texto. Esses três assuntos somam 53% das questões que já caíram nas provas de Informática da FCC nos últimos 5 anos. Em resumo: Sistemas operacionais e planilhas eletrônicas são assuntos que você deve dominar, independentemente da banca examinadora. Por outro lado, as análises que fiz acima são meramente estatísticas, tendo a finalidade de direcionar e priorizar seu estudo (tenha sempre em mente, porém, que as bancas são livres para cobrar ou não qualquer tema previsto em edital!). “Então Professor, devo estudar todo o assunto do edital?” Meu bom senso diz que é melhor conhecer medianamente todos os assuntos previstos no edital que dominar profundamente apenasum ou dois temas passíveis de cobrança. Logo, estude com atenção dobrada (priorizando em seu plano de estudos) os assuntos que mais têm caído em prova, pois as bancas tendem a compor suas questões com base na distribuição histórica dos conteúdos mais relevantes. Para os demais assuntos, em caso de absoluta escassez de tempo, sugiro deixá-los para uma leitura mais superficial dias antes da prova, de forma a reter em sua memória recente o maior número possível de conceitos e palavras-chave. Mapas mentais, resumos e exercícios-exemplo (falaremos sobre eles oportunamente) ajudam nesse processo de “memorização-relâmpago” em vésperas de prova. Na seção seguinte, trataremos o “Como estudar” a Informática para concursos, dando algumas dicas e ensinado algumas das técnicas de estudo, que facilitarão sua vida na hora de resolver as questões da sua prova. 1.4 Como estudar? Há não muito tempo figuraram na lista de best-sellers do mundo dos concursos diversos livros dedicados a ensinar os postulantes a um cargo público a estudar – e a passar – em concursos. Eu particularmente nada tenho contra essa literatura, pelo contrário! Aprender com os erros e acertos dos outros é sim uma forma inteligente e eficiente de progredir. Nesse sentido, cabem algumas considerações a respeito: Não existe fórmula mágica que substitua o esforço pessoal para aprender o quer que seja. Embora cada indivíduo tenha suas idiossincrasias, o processo de aprendizado demanda tempo, que varia para mais ou para menos em razão de diversas variáveis: as experiências pessoais e Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 20 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br profissionais prévias, os recursos materiais e a situação emocional do candidato; a maior ou menor complexidade dos temas exigidos; entre outros aspectos. Não há estratégia/método de estudo perfeita(o). O que existe são técnicas relativamente “consagradas”, que se adaptam à maioria dos candidatos. Compete a você definir, em face da sua realidade, quais as técnicas de estudo mais eficientes para o seu caso. Em matéria de concursos públicos, não há milagres. O bom desempenho nas provas decorre de um bom planejamento, de disciplina na execução do plano de estudos, de um bom material didático e de boa orientação no entendimento dos conteúdos. Veja no mapa mental abaixo da figura 4 – o qual denominei “presunçosamente” de mapa da aprovação –, os pontos necessários para uma boa preparação (mapas mentais como esse farão parte das nossas aulas e lhe ajudarão a memorizar os assuntos). Figura 4: o meu “mapa da aprovação” (fonte: o Autor). Como passa r em concurso público SEM ESTUD AR Isso não existe! (fonte: o Autor) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 21 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Mantenha o foco sobre o concurso que deseja aprovação. Alguns cursos online fornecem a opção de inscrição do tipo assinatura, onde o aluno tem acesso a todo o conteúdo do site. Nem sempre ter a mão inúmeros materiais, para concursos os mais variados, é uma boa estratégia de estudo. Lembre-se que o tempo é escasso para todo mundo; logo, quando você foca de verdade sobre o seu concurso dos sonhos, menos é mais. Além disso, lembre-se do brocardo, “quem tudo quer, nada tem”. Dito isso, passemos a um rol de dicas e boas práticas para facilitar seu estudo e aumentar suas chances de gabaritar as questões de Informática da sua prova. Como já frisamos anteriormente, conhecer os componentes de um computador ou passar 12 horas por dia na frente de um não significa estar necessariamente preparado para realizar uma prova de Informática em um concurso público. Além do fato de nossa disciplina evoluir muito rapidamente, as questões têm contemplado assuntos cada vez mais teóricos, de forma que estudar Informática é algo tão necessário quanto estudar Direito Constitucional ou Língua Portuguesa, por exemplo. Os “concurseiros” (sempre eles!) normalmente deixam para estudar Informática na reta final da preparação, uma vez que se trata de disciplina básica, com pouco peso na prova e supostamente mais fácil. Puro engano... Existem candidatos avançados em outras disciplinas, por outro lado, que tendem a acreditar que em quinze ou trinta dias dominarão os temas de Informática. Atenção! Como qualquer outra disciplina cobrada em concurso público, a Informática requer dedicação e estudo. Reserve algumas horas semanais em seu plano para estudá- la. Se o seu concurso exige nota mínima em cada disciplina, independentemente da nota global, esse aspecto cresce mais de importância. Uma estratégia eficiente para estudar o conteúdo de Informática cobrado no seu concurso público envolve as seguintes “boas práticas”: Estude o edital. A “lei do concurso” é por diversas vezes negligenciada até mesmo por concursandos experientes, o que pode comprometer sua preparação. É obrigatória uma leitura cuidadosa do conteúdo programático, dos critérios de correção e dos prazos. Se não possui, porém, experiência em decifrar os mistérios do edital, assista nossas análises detalhadas em vídeo, que mantemos no site do CDF e em nosso canal do Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCGviiXCHRO2mMhNihpLpA5Q). Faça um plano de estudos; identifique os assuntos que já possui certo conhecimento e priorize os temas mais cobrados em prova, dos quais você tem pouco ou nenhum domínio. Distribua o tempo disponível até a prova pelas diversas matérias, estipule um cronograma semanal de estudos e, o mais importante, cumpra-o! Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 22 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Leia o livro eletrônico, anotando os pontos importantes ou os que careçam de esclarecimento adicional do professor. Assista às videoaulas correspondentes e veja se suas dúvidas foram sanadas. Importantíssimo! Lembre-se que as videoaulas complementam sua preparação, reforçando sua memória audiovisual por meio da entrega do conteúdo em um formato multimídia. A assistência delas não substitui de forma alguma a leitura cuidadosa do livro eletrônico (se assim fosse, as 12, 13 horas de videoaulas do curso atingiriam facilmente as 70 horas!). Portanto, priorize a leitura do material escrito e use as videoaulas como meio secundário de fixar na memória aquilo que você leu. Sane o quanto antes suas dúvidas via fórum ou mensagem ao professor/tutor da matéria. Aquela dúvida que você deixou para depois pode “materializar-se” na forma de questão em sua prova. Caso você disponha de tempo e de um computador, pratique na máquina o que você acabou de estudar. Mas lembre-se: a máquina não estará disponível na hora da sua prova; logo, priorize a resolução de questões de provas anteriores a ficar horas treinando no computador. Exercite-se bastante, resolvendo questões e simulados, com ênfase nas provas anteriores da banca que está conduzindo o seu concurso. Faça pequenos resumos e mapas mentais, caso isso facilite sua memorização (note que um resumo de 100 páginas tem pouca ou nenhuma utilidade, já que não se trata de resumo, mas “cópia” do livro-texto...). Reveja frequentemente os conceitos e a terminologia já apresentadosnas aulas anteriores; esse procedimento estimulará suas memórias de médio e longo prazo, o que é fundamental para a prova. Decore os principais termos técnicos utilizados em concursos públicos, nomes de botões, menus e ferramentas. Infelizmente, a “decoreba” se tornou muito comum nas questões de Informática mais recentes. Então, quando eu pedir a você que decore determinado termo (isso estará explícito em nossas aulas), faça isso. Não raro as bancas trocam nas questões o nome de um menu ou de uma ferramenta por outro termo muito semelhante, levando ao erro o concursando mais incauto. Caso seu tempo seja muito escasso, deixe por último os assuntos da disciplina historicamente pouco cobrados em prova. Isso não significa que você não deva ignorá-los, pelo contrário! Leia o material referente a eles poucos dias antes da prova, pois isso os manterá frescos na sua memória recente. Dessa forma, você ainda terá uma chance razoável de responder corretamente alguma questão que se refira a esses temas. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 23 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Por fim, MUITO CUIDADO COM INFORMAÇÕES E E-BOOKS DISTRIBUÍDOS NA INTERNET. O mesmo se aplica para materiais antigos e de origem duvidosa. Muitos optam pelo caminho mais fácil, adquirindo materiais “pirateados” (além de a pirataria ser uma prática criminosa, materiais piratas são geralmente incompletos e desatualizados) e documentos diversos que vão achando pela rede. É assim que você quer realizar seu projeto de ser servidor/empregado público/militar de carreira? Certamente não. Preparar-se bem para qualquer coisa na vida tem um custo; e se você acha caro o valor do conhecimento de qualidade (como o que o CDF oferece em seus produtos), não queira descobrir o preço de uma preparação malconduzida... É isso. Após essa “longa” – mas necessária introdução – entremos no nosso curso propriamente dito. Vamos juntos? Compromisso. Dedicação. Foco. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 24 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br 2. COMPUTADORES Neste capítulo, veremos os princípios básico de uma máquina computacional, com ênfase nos itens “físicos” que a constituem. 2.1 Generalidades Hoje em dia é extremamente raro encontrar quem nunca tenha interagido direta ou indiretamente com um computador. Mas diferente do que a maioria das pessoas pensam, um computador pode ser algo tão simples como um ábaco, ou uma máquina extremamente complexa, como um cluster (isto é, um aglomerado) de servidores operando em conjunto para prover serviços de internet. O que é, então, um computador? A etimologia da palavra computador remete ao vocábulo latino computare, isto é, calcular. Tal como o nome sugere, computadores são sistemas cujo propósito básico é realizar cálculos. Tais cálculos são realizados segundo normas preestabelecidas, denominadas instruções. Ao processo de cálculo realizado pelo computador, segundo as instruções predefinidas, dá-se o nome de processamento. Ábaco vs. calculadora eletrônica (fonte: canva.com) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 25 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Em suma, um computador (ou sistema computacional) é uma máquina que armazena, recupera e realiza o processamento de dados (ou informações), provendo em sua saída um resultado coerente com o conjunto de instruções previamente definido. Em sistemas informacionais, o processamento dos dados é realizado pelos computadores de forma automática. “Professor, por que dizemos que os computadores ‘calculam’, ainda que estejamos lendo ou editando um texto, assistindo um vídeo ou ouvindo uma música?” A ação de “calcular” realizada pelos computadores deve-se ao fato de que o processamento por eles conduzido, ainda que tratando textos, sons e imagens, é realizado mediante operações matemáticas específicas – a denominada matemática booleana (lê-se: “buleana”). Ademais, todos os dados ou informações que circulam e são processados nos circuitos de um computador são convertidos sinais elétricos discretos (isto é, que apresentam níveis definidos de voltagem), os quais assumem os valores lógicos 0 e 1 (são os tão conhecidos bits). Calma! Veremos esses conceitos oportunamente. Por ora, entenda que o computador processa (calcula) dados, independentemente do tipo de informação considerada. A natureza sistêmica de um computador decorre da sua composição básica, cujos componentes são agrupados em duas grandes categorias: o hardware (HW) e o software (SW). Note que alguns autores se referem a um terceiro componente dos sistemas computacionais: o chamado peopleware. Este refere-se ao conjunto de pessoas dedicadas ao desenvolvimento e operação de tais sistemas: engenheiros de software, de rede, analistas e integradores de sistemas, programadores e outros (figura à esquerda). O termo hardware refere-se ao conjunto físico de componentes e dispositivos interligados eletricamente em um computador, com o fim de permitir a manipulação e o processamento dos sinais elétricos que representam os dados. São, portanto, os itens tangíveis (físicos) da máquina computacional. Exemplos de hardware: mouse, teclado, monitor (tela), processadores, placa- SOFTWARE PEOPLEWARE HARDWARE SISTEMA COMPUTACIONAL Computador e seus componentes (fonte: o Autor) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 26 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br mãe, memórias diversas, webcam, impressoras e por aí vai (a lista é grande e só cresce a cada dia...). Figura 5: “cornucópia” de itens de hardware – nós os detalharemos em breve. Desafio: tente identificá-los e confira a resposta no fim da aula. (fonte: o Autor). Já o software é o conjunto de aplicações – isto é, os programas e aplicativos – que executam abstratamente o processamento dos dados em sistema computacional. São as tais “instruções predefinidas” que citei no conceito de computador. Ao contrário do hardware, são itens intangíveis, que empregam o hardware disponível no computador como suporte para sua existência e operação. Exemplos de softwares: sistemas operacionais (Windows, Linux etc.), firmwares, BIOS (basic input-output system), drivers, editores de documentos, navegadores (browsers), aplicativos diversos e por aí vai. Figura 6: sistemas operacionais (Windows, Linux e Mac OS); editores de documentos (Office e LibreOffice) e; browsers (“navegadores”) mais comuns. (fonte: o Autor). Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 27 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Em informática, a gente costuma dizer que “se dá pra chutar, é hardware;se dá pra xingar, é software... 😂 Observação 1: Repare que alguns tipos de computadores (trataremos sobre eles em breve) possuem um teclado virtual, implementado por software e acionado via apontador do mouse ou pelo toque do dedo (nas telas sensíveis ao toque, ou touchscreen). Figura 7: (à esquerda) teclado virtual implementado por software em smartphone e (à direita, em destaque) em um computador de mesa. (fonte: o Autor) Observação 2: Neste ponto, alguém poderá indagar: “um DVD com o sistema operacional Windows é um software ou hardware?” Bem, o DVD em si (mídia) é um item de hardware, haja vista tratar-se de um dispositivo de armazenamento. Já o Windows gravado no DVD, por sua vez, é um software. Sua existência é abstrata, dependendo da existência de um hardware que o armazene e permita a execução de suas funções. Pode parecer complicado à primeira vista, mas não é. Vejamos algumas formas nas quais o conceito de computador é abordado em concurso: (FCC - 2018 - SABESP - Controlador de Sistemas de Saneamento 01) O hardware é (A) um software embutido em dispositivos eletrônicos durante a fabricação do sistema operacional. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 28 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br (B) constituído pelos programas, criados a partir de algoritmos e suas representações no computador. (C) constituído por componentes eletrônicos, com memória e dispositivos de entrada/saída. (D) uma coleção de fios usados para transmitir sinais em paralelo. (E) uma máquina virtual de um computador hipotético. Gabarito: letra C. (CESPE - 2018 - EBSERH - Técnico em Informática) Julgue o próximo item, relativo aos componentes e à organização e arquitetura de computadores. De modo geral, processar e armazenar dados estão entre as funções básicas de um computador. Gabarito: CERTO. 2.2 Tipos de computadores Os computadores modernos, ainda que compartilhando a mesma organização conceitual, podem se apresentar de diversas formas e com as mais variadas finalidades. Abaixo relacionamos os principais tipos de computadores: a) Supercomputadores: são sistemas de grande porte (grande mesmo!), ocupando grandes instalações refrigeradas. Embora alguns supercomputadores sejam um sistema de computador único, a maioria é composta de um grande número de computadores menores de alto desempenho operando em conjunto (cluster), de forma a aumentar sua capacidade computacional. São usados para executar cálculos e simulações de extrema complexidade, normalmente em pesquisas científicas. Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 29 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br b) Mainframes: são computadores de grande porte com diversos processadores, alta capacidade de processamento de dados e de execução de mais de um sistema operacional simultaneamente. No advento da computação corporativa, os mainframes eram computadores enormes, que podiam ocupar uma sala inteira ou mesmo um andar todo. Como o tamanho dos computadores diminuiu e a capacidade de processamento aumentou, o termo mainframe vem caindo em desuso em face da popularização dos servidores corporativos (enterprise servers). Eventualmente o termo ainda é usado, especialmente em grandes empresas e em bancos, para descrever as enormes máquinas que processam milhões de transações todos os dias ou permitem o acesso simultâneo de milhares de usuários. c) Midrange, minicomputadores ou servidores intermediários: Esse é outro termo raramente usado hoje em dia. Os midranges (lê-se: “mídi- rendges”) possuem porte e capacidade intermediários entre os microcomputadores (computadores pessoais) e os mainframes (enterprise servers). Figura 8: supercomputador IBM AC922 do Laboratório Oak Ridge National, dos EUA (fonte: oficinadanet.com.br). Figura 9: exemplo de mainframe (fonte: canaltech.com.br). Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 30 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br d) Servidores: Um servidor é um computador que foi otimizado para prover serviços a outros computadores no interior de uma rede. Dependendo da rede e dos serviços nele hospedados, os servidores podem ter processadores poderosos, muita memória e discos rígidos grandes (como os mainframes ou midranges); mas é possível configurar computadores comuns (como os desktops ou workstations) como servidores. Nessas condições, eles são normalmente usados em pequenas redes, seja para armazenar dados ou mesmo para hospedar com limitações um site na internet. e) Microcomputadores ou computadores pessoais: O PC ou computador pessoal (Personal Computer) é projetado para uso geral por uma única pessoa. Os PCs ficaram conhecidos como microcomputadores, uma vez que eram um sistema computacional completo, construído em uma escala muito menor que os grandes sistemas em uso na maioria das empresas (mainframes e midranges). f) Computadores de mesa ou desktops: Tipo de microcomputador de uso geral vocacionado para operação fixa, como a sua estação de trabalho no escritório ou em sua casa. Caracterizam-se por possuir seus componentes de hardware separados do gabinete da unidade central de processamento (CPU). Até pouco tempo, os desktops ofereciam mais poder computacional, mais capaci- dade de armazenamento e maior versatilidade que suas versões portáteis, por um custo bem menor; todavia, os Figura 10: exemplos de servidores midrange (fonte: IBM/divulgação). Computador desktop. (fonte: HP/divulgação) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 31 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br computadores portáteis têm se tornado tão eficientes quantos os desktops, apresentando valores compatíveis com esses. g) Computadores tudo-em-um (all-in-one): são espécies de desktops em que o monitor e o gabinete da CPU estão integra- dos em uma única estrutura; podem incorporar ainda caixas de som e outros itens de hard- ware, como webcam e micro- fone. Têm como principal vanta- gem o menor espaço que ocupam, em relação aos desktops comuns. h) Workstation: tipo de desktop com características de desempenho superiores para a execução de tarefas especiais, como o cálculo numérico, desenvolvimento e execução de aplicações gráficas, edição de sons, imagens e vídeos, entre outros. Via de regra, possuem processadores mais poderosos, memória adicional e outros itens de hardware superiores (como placas de vídeo dedicadas, por exemplo), voltados especificamente para as finalidades a que se destinam. i) Notebooks ou laptops: são microcomputadores portáteis, em geral não maiores que um livro, operáveis a partir de baterias ou de uma fonte de alimentação externa. Possuem todos os principais itens de hard- ware (mouse, monitor, teclado, placa-mãe, processador e outros) integrados em uma mesma estru- tura. Os notebooks atuais aliam desempenho e portabilidade, exe- cutando praticamenteas mesmas funções realizadas por um micro- computador de mesa (desktop). Os notebooks costumam ter algumas funções adicionais quando comparados a computadores de mesa, como por exemplo o suporte a redes sem fio (Wi-Fi e Bluetooth), saídas adicionais de vídeo, para conexão a projetores e portas USB de sobra, para conexão de periféricos adicionais, como mouse, drives externos e outros dispositivos. Desktop all-in-one. (fonte: Apple/divulgação) Notebook ou laptop (fonte: HP/divulgação). Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 32 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br j) Netbooks: são computadores portáteis semelhantes aos notebooks, porém menores em tamanho e com capacidade computacional mais limitada; também são conhecidos como subnotebooks. Em razão do advento e popularização dos tablets (que veremos mais adiante), foram praticamente descontinuados e atualmente são bem raros. Ao contrário dos notebooks, que têm sua operação praticamente idêntica à dos desktops, os netbooks costumavam ter um sistema operacional mais leve, como Linux ou Windows XP. Seu hardware é bem simples, com processadores menos potentes, memória reduzida e pouquíssimo espaço no disco rígido. A quantidade de periféricos também é quase nula, pois não há leitor óptico para leitura de CDs e DVDs e há poucas portas USB. Alguns possuem leitor de cartões de memória, mas o que é comum a todos é a tela de tamanho reduzido (inferior a 10 polegadas). A conexão sem fio é item praticamente obrigatório desta categoria. Eram equipamentos destinados à execução de tarefas mais rápidas e corriqueiras, como digitação de pequenos documentos e trabalhos, apresentações com utilização da saída de vídeo em projetores, navegação na internet e outros. k) Computadores ultramóveis (UMPC): o acrônimo UMPC significa Ultramobile PC (“PC ultraportátil”) e, como o nome sugere, refere- se a computadores muito pequenos, com recursos limitados e com tamanho suficiente para serem segurados com uma das mãos, enquanto a outra é utilizada para na operação. Da mesma forma que os netbooks, esses pequenos computadores portáteis foram descontinuados e são bastante raros atualmente. Possuíam telas muito pequenas (em torno das 7 polegadas) com tecno- logia touchscreen (semelhante aos tablets e smartphones atuais); alguns também tinham um pequeno teclado físico embutido. Em termos de hardware, os UMPC’s são equipados com processadores específicos para essa aplicação, com frequências menores que notebooks e desktops. O espaço em disco podia variar bastante, podendo ter até 60 gigabytes. O sistema operacional utilizado geralmente Netbook (note o tamanho da tela em relação a uma caneta comum). (fonte: Dell/divulgação) UMPC Sony VAIO UX1XN. (fonte: Sony/divulgação) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 33 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br é uma versão adaptada e reduzida de outros existentes, como o Windows XP e o Vista. As aplicações desse tipo de computador eram voltadas para ultramobilidade, sendo mais potentes que os netbooks, porém inferiores aos desktops e notebooks. l) Palmtop ou PDA: os palmtops ou assistentes digitais pessoais (Personal Digital Assistant – PDA) surgiram na década de 90, e sua proposta era miniaturizar (com muitas limitações!) as capacidades e tarefas que um desktop comum desempenhava, acrescendo mobilidade, portabilidade e possibilidade de sincronização com o computador de mesa. Possuíam um recurso inédito para a época: a tela sensível a toque (touchscreen). Além disso, apresentavam dimensões reduzidas (podiam ser transportados no bolso) e capacidade computacional limitada; suas principais funções envolviam agenda eletrônica, edição simplificada de documentos, acesso a internet e e-mails e reprodução de alguns tipos de mídia (áudio, vídeo e imagens). Possuíam processadores de baixo consumo e rodavam versões mobile de sistemas operacionais comuns na época, como o Windows e o Linux. Com o advento dos smartphones, foram descontinuados nos anos 2000, uma vez que aqueles absorveram e expandiram suas funcionalidades. m) Smartphone: os telefones “inteligentes” são o estágio tecnológico atual dos telefones celulares. Esses computadores agregam diversas funcionalidades diretamente associadas à conexão em rede e produção e ultramobilidade, combinando recursos típicos dos desktops e dos antigos palmtops. Seu hardware agrega processadores potentes, aliando desempenho e baixo consumo de energia. Incorporam placas de acesso a redes sem fio; câmera fotográfica/filmadora; receptor de GPS (sistema global de posicionamento); memória de armazenamento estático interno e expansível; tela touchscreen de alta resolução e recursos multitoque; além do próprio rádio de acesso à rede de telefonia celular. Versões avançadas podem incorporar recursos gráficos de alto desempenho (para proces- samento de vídeos em 3D, p. ex.); câmera de alta definição Palmtop HP (fonte: amazon.com). Primeiro iPhone (da Apple), smartphone que popularizou e definiu padrões para esse tipo de gadget. (fonte: Apple/divulgação) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 34 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br (com resolução 4k e UHD); sensores biométricos e reconhecimento facial; entre outros. Quanto aos aspectos de software, os smartphones são categorizados pelas “famílias” de sistemas operacionais com que são distribuídos; as três principais são o sistema Android (do Google), o iOS (da Apple) e o Windows Phone (da Microsoft) – veremos mais sobre elas adiante. As empresas detentoras desses sistemas operacionais mantêm lojas virtuais onde diversos aplicativos – ou apps – criados por desenvolvedores diversos são vendidos ou distribuídos gratuitamente aos usuários, que os instalam nos seus smartphones. No Brasil, a maioria esmagadora dos acessos à internet dá-se por meio de smartphones (49%); apenas uma pequena parcela da população – 4% – ainda usa desktops ou notebooks exclusivamente para a cessar a rede mundial de computadores (dados de 2017 do Comitê Gestor da Internet: CGI.br). n) Tablet PC: Os tablets são computadores ultraportáteis, dotados de uma grande tela sensível ao toque, otimizada para escrever e navegar pela internet rapidamente. Em geral são muito mais leves e mais baratos que um desktop ou notebook, proporcionando uma usabi- lidade bem intuitiva, já que não possuem teclado ou touchpad (mouse sensível ao toque); toda sua tela é tátil, permitindo escrever em um teclado virtual e usar o dedo como apontador. Os tablets surgiram como uma plataforma de computação intermediária entre os notebooks e os smartphones, sendo ideais para acessar rapidamente redes de comunicação (como Facebook, Twitter, WhatsApp e outras), além de realizar atividades como navegar na internet, jogar, ver vídeos e ler livros eletrônicos. Muitos possuem a função de editar textos de arquivos como o Word ou planilhas com fórmulas matemáticas como as do Excel, de maneira que você não dependerá somente do seu desktop para essas finalidades. Outra característica marcante é a conectividade sem fio, o que inclui em alguns modelos acessoà rede de telefonia e dados celulares. O mercado de tablets está em franca expansão, e os modelos atuais possuem capacidade semelhante aos melhores notebooks. Apple iPad geração 1, tablet que revolucionou o mercado de computação ultraportátil. (fonte: Apple/divulgação) Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 35 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br o) Phablet: Os phablets, também conhecidos por phoblet, fablet ou foblet, são computadores que reúnem as funcionalidades de smartphones e tablets, uma vez que possuem as características dos primeiros (como a conectividade à rede de dados e telefonia celular), aliados a uma tela substancialmente maior, mas não grande o suficiente para serem considerados um tablet. O nome phablet vem da combinação das palavras phone e tablet. Alguns phablets possuem uma caneta embutida (stylus) que auxilia a digitação e a navegação entre os aplicativos. p) Computadores “vestíveis”: ou wearable computers, são computadores que literalmente são vestidos pelo usuário. Este conceito abarca todas as máquinas eletrônicas que se tornaram pequenas e podem ser adaptadas à nossa roupa ou aos acessórios que usamos, oferecendo conectividade e outros serviços sem a necessidade de usar o computador. O principal representante deste tipo são os relógios inteligentes (smartwatches); outros dispositivos, como os óculos de realidade virtual, estão se tornando bastante populares e empregados em diversas áreas, como a engenharia, a medicina e a arquitetura. q) Smart TV: as televisões inteligentes são computadores acoplados ao receptor convencional de TV, agregando conectividade à internet e interação do espectador com a programação. O acesso desses computadores à rede mundial tem se tornado cada vez mais frequente, principalmente em razão da popularização dos serviços de conteúdo sob demanda, como o Youtube e a Netflix. As Smart TV integram o conceito de internet das coisas (ou IoT – internet of things), haja vista a Smart TV. (fonte: Samsung/divulgação) O primeiro phablet foi o Galaxy Note, lançado pela Samsung em 2011. (fonte: Samsung/divulgação) Óculos de realidade virtual (fonte: Samsung/divulgação). Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 36 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br crescente interconexão digital de objetos cotidianos à rede mundial de computadores. r) Videogames: são computadores dedicados à execução de jogos eletrônicos. Embora as primeiras gerações dessas máquinas fossem bastante rudimentares, os videogames atuais são dotados de processadores poderosos, capazes de manipular pesados gráficos em 3 dimensões e em alta definição. A maioria conta com conectividade à internet (é um tipo de IoT) e grande volume de armazenamento em disco, além da possibilidade de instalar softwares diversos, como navegadores da internet e reprodutores de mídia. s) Computadores de placa única: ou single-board computers, é uma modalidade de dispositivos IoT de hardware extremamente simplificado, sem periféricos e dotadas e uma única placa de circuito, onde todos os componentes necessários para seu funcionamento estão instalados. Rodam sistemas operacionais próprios ou versões adaptadas de sistemas em uso nas máquinas convencionais, como o Linux. Como as arquiteturas são extremamente variadas, podem possuir diversas formas de conectividade (com e sem fio) e possibilidade de interligação com peri- féricos diversos. São computadores programáveis para o desempenho de tarefas específicas, normalmente relacionadas à automação e à compu- tação embarcada em sistemas móveis. Em suma, apresento-lhe o primeiro esquema mental acerca dos tipos de computadores: Figura 11: Tipos de computadores. (fonte: o Autor) Computadores MAINFRAME MIDRANGE MICROCOMPUTADORES Outros computadores Computadores de mesa Computadores portáteis Computadores ultraportáteis Desktops All-in-one Notebook Netbook UMPCTablet SmartphonePhoblet Videogame Single-board Vestíveis Palmtop Workstations Smart TV COMPUTADORES Raspberry Pi, computador de placa única que roda o sistema Linux Debian (fonte: www.raspberrypi.org). Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 37 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br E agora, uma questão de concurso sobre o tema: (CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Gestão Empresarial) Uma desvantagem da utilização do notebook é a ausência de porta USB, que permite conexão rápida com a Internet. Gabarito: ERRADO. 2.3 Hardware Hardware, como mencionamos no início deste capítulo, refere-se a todos os dispositivos e equipamentos físicos (tangíveis) que integram um computador. Em outras palavras, hardware é tudo aquilo que podemos literalmente “colocar a mão”. 2.3.1 Noções de arquitetura de computadores Antes de entrarmos “de cabeça” no hardware dos computadores, cabe uma pequena (mas importante) noção sobre arquitetura de computadores. Essas noções – pois o estudo aprofundado é relativamente complexo e amplo – a(o) ajudará a entender melhor os computadores e seus componentes. Inicialmente, pode-se dizer que um computador é nada mais que um manipulador de dados: dados de entrada (INPUT) produzidos pelo usuário são tratados (“processados”) pela máquina computacional; os dados de saída (OUTPUT) correspondentes são apresentados ao usuário ou direcionados para outros computadores eventualmente presentes na rede, por meio dos dispositivos de saída correspondentes. A figura 12 ilustra esse princípio de operação. Figura 12: princípio de funcionamento de um sistema computacional. (fonte: o Autor) Segundo essa referência conceitual, dois modelos ou arquiteturas têm grande importância para nós (na vida real e na sua prova também!): o modelo de von Dados de entrada (Input) Dados de saída (Output)Processamento Usuário UsuárioComputador Informática para Concursos Públicos Curso regular Aula 1 38 de 161 Prof. B. Sakamoto www.cdfconcursos.com.br Neumann1 (ou de Princeton) e o de Harvard. Um sistema computacional baseado no modelo von Neumann é composto de: a) uma memória física (principal), para armazenar instruções e dados digitais (isto é, aqueles representados por 0’s e 1’s); b) uma Unidade Central de Processamento2 (UCP ou CPU, de Central Processing Unity), que agrega uma Unidade Lógica-Aritmética (ULA) e uma Unidade de Controle (UC). A finalidade da ULA é executar as operações booleanas indicadas nas instruções de um programa em execução; ela atua em conjunto com um tipo especial de memória, os registradores (o acumulador é um tipo de registrador). A função da UC é buscar um programa na memória (fetch), instrução por instrução, e executá-lo sobre os dados de entrada (que também são armazenados na memória); e c) dispositivos de entrada e saída (E/S), isto é, componentes de hardware (equipamentos e dispositivos) que trocam dados com a CPU por meio dos barramentos (veremos
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