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Tutoria 5 período – Medicina Unifimes- SP1 –unidade II Tutor: Dr Bruno Debona Discente: Ana Paula Lazarin Bernardes Discussão dos objetivos 1. Diferenciar as doenças febris agudas de etiologias bacterianas e virais Quando uma paciente se apresenta com uma infecção viral (por exemplo, do trato respiratório) observamos febre baixa (raramente acima de 38° C) com melhora clínica geralmente em 72 horas, dores no corpo, perda de apetite, coriza, podendo apresentar tosse por irritação na garganta. Todos essses sintomas costumam durar de 3 a 10 dias, no entanto os sintomas são mais intensos nos primeiros dias com melhora progressiva. As dores relatadas costumam ser generalizadas e não localizadas. A secreção (muco) de infecções virais costuma mudar de cor ao longo do dia, de manhã se apresenta mais esverdeada (devido ao acúmulo na cavidade nasal durante a noite), no entanto sua principal característica é a que se apresenta nos outros horários do dia, uma secreção pouco espessa, de cor clara e pouco fétida. No hemograma podemos observar linfocitose sem outras alterações. O tratamento costuma ser sintomático, com uso de analgésicos, AINES, xarope para tosse (em alguns casos), bastante hidratação e repouso. O uso de antibiótico é contraindicado em infecções virais. Os principais agentes de infecção viral do trato respiratório são: Rinovirus, coronavirus, influenza A, vírus respiratório sincicial. Em contra partida, um paciente que com infecção bacteriana se apresenta com sintomas mais acentuados/ com quadro clínico mais intenso. Febre acima de 38° C podendo chegar a 40° C com duração maior de 72hs, piora progressiva dos sintomas e piora clínica se não for realizado o tratamento adequado. A dor nessas infecções são mais localizadas, menos generalizdas se comparadas com uma infecção viral. Os sintomas mais comuns são tosse (podendo ser produtiva), espirros, dor na garganta (podendo ser obsevado placas purulentas durante a oroscopiase amigdalite),febre, vômitos, diarréia, fadiga e cólicas. A secreção (muco) é mais espessa e de cor forte, geralmente amarela- esverdeada. Não se observa mudança de cor durante o dia. Pode apresentar um odor fétido. Vale ressaltar que na infecção bacteriana à duração dos sintomas por no mínimo 7 dias. No Hemograma observamos uma leucocitose com desvio a esquerda, aumento de neutrófilos e eusinófilos, com demais parametros inalterados. O tratamento de escolha é a antibioticoterapia. A escolha do antibiótico dependerá do local da infecção, assim temos: Faringoamigdalites Penicilina benzatina 50.000 unidades/Kg dose única para crianças até 10 anos e 1,2 a 2,4 milhões unidades/dia dose única para pacientes acima dessa idade. Em casos graves: Penicilina cristalina por via intravenosa, 25.000 a 400.000 unidades/kg/dia para crianças e 4 a 24 milhões unidades/dia para adultos, divididas em quarto a seis doses. Se optar por tratamento Via Oral: Penicilina V (fenoximetilpenicilina) – 50 mg/kg/dia – VO para crianças e 750 mg/dia para adultos, divididos em três doses ou Amoxicilina - 20 a 40 mg/kg/dia - VO para crianças e 1,5 a 3 g/dia para adultos, divididos em três. Nos casos de sensibilidade à penicilina, Eritromicina, na dose de 30 a 50 mg/kg/dia para crianças e 2 a 4 g/dia para adultos, dividida em quatro doses, ou Azitromicina (crianças: 5 a 12 mg/Kg/dia e adultos: 500 mg/dia dose única) ou Claritromicina (crianças: 15 mg/kg/dia e adultos: 1 g/dia divididos em duas doses) ou Clindamicina (crianças: 10 a 40 mg/kg/dia e adultos: 900 a 2.400 mg, divididos em 4 doses) poderá ser usada nos casos de amigdalite por germes anaeróbios ou abscessos amigdalianos, por via intravenosa. Amigdalite Bacteriana não complicada - Penicilina G Benzatina- 1,2 milhões UI – IM –Dose única OU -Amoxicilina+ Clavulanato de Potássio –875 + 125 mg- VO - 12/12 hs por 7-10 dias OU -Azitromicina - 500 mg - VO- uma vez ao dia – 7 á 10 dias Rinosinusite -Amoxicilina + Clavulanato – 500 mg + 125 mg 8/8 hs ou -Cefalosporinas de segunda geração: cefuroxima axetil; -Fluorquinolonas respiratórias: levofloxacina, gemifloxacina e moxifloxacina; -Macrolídeos: azitromicina, claritromicina ou eritromicina; -Telitromicina. Obs: Para sinusites agudas 5 a 7 dias e por até 6 semanas para sinusites crônicas Nos casos de sensibilidade à penicilina, -Ceftriaxona IM ou Cefuroxima VO ou doxiciclina ou levofloxacina ou moxifloxacina Amoxicilina-clavulanato é a terapia alternativa de escolha nas sinusites recorrentes e crônicas Otite média Bacteriana Amoxicilinab (80-90mg/kg/dia ÷ 2 doses) – tratamento de primeira escolha Nos casos de sensibilidade à penicilina, Cefdinir (14 mg/kg/dia ÷ 1 a 2 doses) Os principais agentes de infecções bacteriana do trato respiratório são: Streptococus pneumoniae, Haemophilus influenzae, moraxella catrrahalis. 2. Definir terapia antimicrobiana profilática, empírica e dirigida, identificando os critérios que indicam o espectro de cobertura. Terapia antimicrobiana pode ser definida como a administração de antimicrobianos em pacientes com sintomas clínicos de infecção, com intuito de combater o agente infeccioso. Essa terapia podse ser: Profilática: quando é usada para previnir uma infecção com alta chance de ocorrer( exemplo, uso de antibióticos antes de uma cirugia consierada “suja”) Existem alguns problemas na profilaxima antimicrobiana, como o momento correto poara administração e o uso em tempo maior que o necessário. Vale lembrar que a dose profilática não deve ser menor que a terapeutica. Profilaxia clínica deve ser feita a administração antes, durante ou imediatamete após exposião á um agente infeciosos. Ela é indicada para previnir o desenvolvimento de uma infecção sintomática ou a propagação da doença. Curativa: quando é utilizada diante de um paciente que já possue a infecção instalada; Empírica: Quando é guiada pelo possível agente infeccioso; Dirigida: Quando é mediante identificação do microorganismo. Para escolha adequada do antimicrobiano deve-se saber qual o é microorganismo infectante e no tipo de atividade pretendida. A terpia antimicrobiana pode ser cirúgica e não cirúrgica. Sendo que a cirúrgica deve ser utilizada apenas no tempo operatório (durante a cirurgia). Vale ressaltar que o antibiograma tem importância crescente nas infecções potencialmente graves causadas por bactérias frequentemente multiresistentes. 3. Caracterizar as infecções de vias aéreas superiores, diferenciando faringo- amigdalites virais, bacterianas e alérgicas. As infecções de vias aéreas superios (IVAS) são um dos problemas mais comuns encontrados em ambulatórios médicos. Elas podem ser causadas por diversos tipos de vírus como por exemplo o Rinovirus, coronavirus, influenza A, vírus respiratório sincicial. Pode estar associadas ou serem causadas por bactérias, sendo mais comuns Streptococus pneumoniae, Haemophilus influenzae, moraxella catrrahalis, Streptococus pyogenes do grupo A, Streptococus beta hemolítico, entre outros. Podem ainda ter causas alérgicas, desencadeando os sintomas quando se tem contato com o alérgeno, os quais podem ser medicamentos, agentes químicos e físicos, aerosóis, poeira doméstica, ácaros, cigarro, refluxo gastro esofágico, entre outros. Quando nos referimos as IVAS podemos encontrar quadros de Rinofaringite (abrange quadros como refriados comuns ou renite viral aguda), gripe (será descrita no objetivo 04), sinusite/ rino-sinusite (causada por infecção bacteriana dos seios paranasais), faringite e amigdalite, faringo- amigdalite (pode ser viral ou bacteriana uma infecção aguda da orofaringe, mais comum no final do outono-inverno, dor na garganta como umas das principais queixas do paciente), laringite (menos frequente do que as outras infecções devido a proteção das tonsilas, pode ser aguda (viral) ou crônica (tabagismo,alergia, RGE) principal queixa é a disfonia) e otite (dor intensa no ouvido, podendo ou não ter saida de secreção purulenta e fétida, causada por bactérias). Os sintomas comuns dessas IVAS incluem obstrução nasal, coriza, pode haver tosse, seca ( em infecções virais e alérgicas), tosse produtiva ( em infecções bacterianas), espirros, febre de intensidade variável ( mais baixa em infecções virais e pode existir pacientes afebris), digeusia, anosmia, dispnéia, respiração oral causando alteração no sono, odinofagia, dor na garganta (principal querixa de pacientes com laringite e faringite), disfonia. Geralmente as infecções alérgicas ocorrem várias vezes ao ano e persistem por mais de dez dias, quando não tratadas adequadamente podem levar a um quadro mais grave, por exemplo um paciente com rinite alérgica pode evoluir para um quadro de sinusite, amigdalite ou faringite, otite, podendo ainda apresentar alteração no paladar, olfato, audição, cefaléia, dispinéia, ronco, alteração no sono e consequente piora na produtividade de suas atividades diárias. Vale ressaltar que nas infecções alérgicas agudas o paciente geralmente encontra-se afebril, porém com persistência dos demais sintomas. O uso de medicamentos tópicos vasoconstritores, como o Sorine, por mais de 5 dias podem causar efeitos colaterais, entre eles sintomas alérgicos. Em casos de etiologia alérgica o tratamento será feito com retirada do agente causador de alergia (poeira, medicamento, cigarro, entre outros), uso medicamentos para controle sintomático (AINES, analgésicos, anti - histamínicos, lavagem da cavidade nasal com soro fisiológico, fazer inalação com SF para fluidificação das secreções nasais.) As IVAS causadas por vírus levam a alteração na mucosa, ela fica mais concentrada e espessa resultando em congestão intensa da orofaringe, rinofaringe, obstruem os óstios faríngeo e da tuba auditiva, fazendo com que ocorra estase da secreção tornando o ambiente propício para a proliferação bacteriana, podendo tornar uma infecção que inicialmente era puramente viral em uma infecção bacteriana, á exemplo uma rinite que evolui para ua sinusite e/ou otite média. Além das diferenças entre as faringo-amigdalites virais, bacterianas e alérgicas, supra citatadas, podemos observar diferença no quadro clínico do paciente, que se apresenta com sintomas mais acentuados nas infecções bacterianas, como já descrito no objetivo 1. 4. Caracterizar o quadro gripal quanto ao mecanismo de lesão, o diagnóstico, as complicações e o tratamento. Síndrome gripal é uma doença que pode ter diferentes causas, entre elas, a infecção pelo vírus Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Coronavírus ou Vírus Sincicial Respiratório podendo ser ocasionada também por bactérias. Tem como principais características a febre alta de início súbito acompanhada de e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Os sintomas geralmente duram uma semana. O grupo de risco inclui grávidas, idosos, crianças memores de 2 anos, imunosuprimidos, portadores de doenças metabólicas, obesos e indígenas. O contágio/ transmissão ocorre por via aérea, gotículas formadas com tosse, contato com mão contaminada em boca, nariz e olhos e fômites. Tem elevada taxa de ataque ( entre as pessoas suscetíveis expostas grande número adoece). gotículas e aerossois , contato direto, fômites e vetores. (melhores descritos no objetivo 5). O tempo de incubação e transmissão dependem do agente causal, no entanto vírus geralmente apresestam em média tempo de incubação de 2 dias e de transmissão de 5 dias (2 dias antes e 3 dias após o início dos sintomas). O diagnóstico geralmente é feito através de avaliação clínica, exames radiológicos geralmente não apresentam alterações, salvo em casos complicados. Em casos específicos existem testes que podem ser realizados, PCR (padrão ouro), teste rápido para antígeno, cultua viral e testes de sorologia. As principais complicações incluem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o paciente podendo necessitar de internação hospitalar em terapia de unidade intensiva, muitas vezes necessitando de respiradores. O tratamento inclui O medicamento antiviral oseltamivir (TAMIFLU) que deve ser utilizado, preferencialmente, até 48 horas depois da data de início dos sintomas, não havendo necessidade de aguardar o diagnóstico laboratorial de influenza para iniciar o uso da medicação. Devem ser tratados imediatamente com fosfato de oseltamivir os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) com sinais de agravamento. Além disso, é indicado o uso de antibiótico em pacientes internado com infiltrado/consolidação na radiografia de tórax e pacientes ambulatoriais com critério clínico e/ou radiológico de pneumonia. É contraindicado o uso de AAS em pacientes gripados, pois nas crianças pode causar a sindrome de Reye e em adultos hipertensão intracraniana. Como medidas de prevenção deve-se usar máscara para pacientes com tosse, ter cuidados com higiene pessoal e local, desinfetar estéto, termometro, oxímetro, evitar nebulização, usar quartos de isolamento, evitar contato de mão sujas/infectadas com boca, nariz e olhos, tampar a boca com lenço ou antebraço quando for tossir, lavar as mãos com água e sabão com frequência, usar álcool gel 70% na ausência de água e sabão para higiene das mãos, desinfetar locais muito tocados, evitar contatos próximos (distância de 1 a 2 metros). Em casos de pandemia deve-se pensar em isolamento social e quarentena. Como medidas profiláticas existem campanhas de vacinação realizadas anualmente, geralmente nos meses que antecedem os climas frios (maior incidência de sindromes gripais). Não devem tomar a vacina pacientes que estejam com febre alta, que tenham alergia a ovo ou que apresentaram sindrome de Guillain- Barré. 5. Identificar os diferentes modos de transmissão dos agentes microbianos e as medidas de precaução recomendadas aos possíveis contactantes, incluindo profilaxia pós- exposição. Os agentes etiológicos podem ser transmitidos por contato, veículos e vetores. Transmissão por contato Disceminação de um agente infecicioso através de contato direto, indireto ou gotículas. Contato direto:Pessoa para pessoa por um contato direto, sem um objeto intermediário. Contato indireto: A transmissão do patógeno para uma pessoa ocorre através do contato com um objeto inanimado ( Fomites). Podem ser: tecidos, birnquedos, dinheiro, etc. Gotículas: ocorre quando microorganismos são disseminados em goticulas de saliva e/ou muco que percorrem distancias curtas (até 1metro). Exemplo : Tosse, espirro, fala ou risada. Transmissão por Veículos Dispersão por meio como água, alimento ou ar. Pode ser pelo sangue, fluidos corporais, drogas e fluidos intravenosos. Alimetos crus, mal cozidos, higiene inapropriada; água suja ou contaminada, perdigotos em particulas de sujeira que percorrem mais de 1 metro. Transmissão por Vetores Transmissão ocorre por meio de animais vetores, os mais comuns são os artrópodes. A transmissão pode ser mecânica ou biológica. A mecânica é o transporte passivo de patógenos nas patas ou corpos dos animais que podem entrar em contato com alimentos ingeridos. A biológica é quando o patógeno se reproduz no hospedeiro e depois é eliminado nas fezes e sercreções podendo causar a contaminação. Transmissão Nasocomial Trasmissão causada/ adquirida durante ou como resultado de uma internação. Medidas de prevenção Descritas no objetivo 04 6. Aplicar os conceitos de incidência, período de incubação e período de transmissão em diferentes situações clinicas. Incidência: número de casos novos de alguma doença que tiveram início no mesmo local e no mesmo período. Quando pensamos no conceito de incidência temos idéiade intensidade, medidas com frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos. Alta incidência significa alto risco de adoecer. Coeficiente de incidência = nº de casos novos de determinada doença em um dado local e período x 10n / População do mesmo local e período Período de Incubação: Intervalo de tempo passado entre a exposição de um agente infeccioso e o surgimento do primeiro sinal ou sintoma da doença. Período de transmissão Período em que o agente infeccioso pode ser transmitido, seja por forma direta ou indireta, de uma pessoa infectada a outra pessoa, de animal para humano ou do ser humano para o animal. Vale ressaltar que a transmissão da doença pode começar antes de ser evidênciada e que o período de transmissão varia de doença para doença. Portador Indivíduo infectado que abriga um agente infeccioso especifico de uma doença mas não apresenta sintomas ou sinais clínicos desta, no entanto ele tem um alto potencial de infecção e transmissão para o ser humano. Podemos classificar os portadores em: assintomáticos, durante o curso de uma infecção subclínica, em incubação ou convalescente, transitório ou temporal ou prolongado. 7. Diagnóstico (strep-test) e tratamento (antibióticos de escolha e resistência bacteriana) de amigdalites bacterianas. O strep-test é um teste rápido imunocromatográfico, qualitativo para detectar o antígeno de estreptococos do grupo A diretamente de material da garganta. O teste serve como um indicador precoce de faringite por estreptococos do grupo A. O estreptococos do grupo A é um dos mais significativos patógenos humanos que causa faringite aguda, amigdalite, impetigo e febre escarlatina. É muito importante diferenciar a infecção por estreptococos de outros agentes etiológicos (ex. vírus, micoplasma ou clamídia) para ser iniciado um tratamento apropriado. Enquanto que os métodos clássicos para identificação levam um mínimo de 18 horas para produzir os resultados, esse requer apenas de 5-10 minutos. A coleta do material para o exame é feita da seguinte maneira: realiza-se um Swab de amostra retirada da faringe/ laringe e/ou amigdala. A realização desse exame não exclue a necessidade da realização de outros testes como a cultura. Quanto ao tratamento (antibióticos de escolha e resistência bacteriana) de amigdalites bacterianas, tem-se como primeira escolha a escolha a Penicilina Benzatina ou Amoxicilina e para pacientes alérgicos a penicilina usa-se, Azitromicina ou Claritromicina ou Clindomicina. Amigdalite Bacteriana não complicada - Penicilina G Benzatina- 1,2 milhões UI – IM –Dose única OU -Amoxicilina+ Clavulanato de Potássio –875 + 125 mg- VO - 12/12 hs por 7-10 dias OU -Azitromicina - 500 mg - VO- uma vez ao dia – 7 á 10 dias Amigdalite Bacteriana com abscesso perialgdaliano Amoxicilina+ Clavulanato de Potássio – 1g- EV - 12/12 hs por 10 dias OU Ampicilina+Sulbactam – 50 mg/kg/dose EV 6/6 hs por 10 dias ou Clindomicina – 300-600 mg EV 6/6 hs por 10 dias ou Cefriaxona – 1g- EV- 12/12 hs por 10 dias OU Cefurexima – 750 mg- EV 8/8 hs por 10 dias 8. Discorrer sobre infecção por influenza H1N1 (manifestação clínica, transmissão, profilaxia e tratamento) A infecção por influenza H1N1 é uma infecção do trato respiratório, popularmente conhecida como gripe suina. O influenza pode ser classificado como INFLUENZA “A” – principal vírus associado a epidemias e pandemias, “B” – causa quadros clínicos semelhantes, porém mais brandos do que o do tipo “A”; ou “C” – não tem sido associado á epidemias, pode levar a IVAS principalmente em crianças. O influenza é um vírus de RNA de cadeia simples coberto por glicoproteinas denominadas Hemoglutininas ( H) e Neuraminidases (N) elas são responsáveis por auxiliar o vírus no mecanismo de agressão. As Hemoglutinias são importantes para adesão ao epitélio respiratório e as Neuraminidases influênciam no mecanismo de replicação do vírus. Os sintomas podem variar de leve a grave para o risco de vida, dependendo de fatores individuais como idade, estado geral de saúde e comorbidades associadas. As manifestaçõe clínicas incluem calafrios, febre, dores no corpo, dor na cabeça, fadiga, dor de garganta, tosse, e em alguns casos diarréia e vômitos. Pode haver complicações como pneumonia, bronquite aguda, piora das doenças crônicas, insuficiência respiratória e até morte. Pacientes moradores de asilos, hospitalizados, mulheres grávidas, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas tem maior chance de complicações graves. O contágio ocorre através de gotículas e aerossois , contato direto, fômites e vetores.(descritos no objetivo 05) O diagnóstico é feito através de avaliação clínica do paciente, manifestações clínicas somados ao histórico o paciente, pode ser feito cultura de secreções de boca e nariz. Realizaçãod e testes como o Teste molecular (PCR) com alta sensibilidade e especificidade demora aproximadamente 8hs para se obter o resultado; teste rápido para antígeno, pronto em 15 minutos, no entanto apresenta baixa sensibilidade sendo assim sempre deve estar associado a cultura viral para confirmação. A cultura viral é o padrão ouro, pois apresenta alta sensibilidade e especificidade no entanto demora muito para se obter o resultado ( 48 horas), existe ainda os testes de sorologia, no entanto estes são dificilmente utilizados para diagnóstico, são utulizados mais em pesquisas. Sendo assim, o diagnóstico deve ser feito através de parametros epidemiológicos combinados aos clínicos e laboratoriais (quando necessário diagnóstico diferencial). O tratamento será o mesmo descrito no objetivo 04. A profilaxia pode ser feito através das medidas de prevenção e vacinas, como a descritas no objetivo 04. 9. Discorrer sobre Corona Vírus (manifestação clínica, transmissão, profilaxia e tratamento). Erro! Indicador não definido. Corona vírus é um vírus já conhecido que causa infecção de vias aéreas. A infecção causada por esse vírus é mais comum em animais do que humanos, sendo o morcego sua principal vítima, no entanto em 1965 Hcov-229e causou resfriado comum em humanos. Até o ano de 2019 eram conhecidos 6 tipos de corona vírus, apenas 4 tipos estavam ciruculando, os outros 2 tipos causaram epidemias graves e diminuiram significativamente sua circulação, são eles: SARS- COV ( com epidemia na China, no ano de 2002, acometendo 29 países, causando síndrome da angústia respiratória como uma das suas complicações graves e 916 mortes) e a MERS-COV (causou epidemia na Peninsula Arábica, no ano de 2012, acometendo 27 países, tendo a sindrome respiratório do oriente médio como sintoma grave e 800 mortes). Em Dezembro de 2009, em Wuhan na China, foi descorberto o SARS- COV- 2, o novo corona vírus. Acredita-se que o caso zero é de uma passoa infectada por um pangolin que havia sido infectado por um morcego. Nesse processo ocorreram mutações que deram origem ao novo corona vírus. O contágio/ transmissão ocorre através de gotículas e aerossois , contato direto, fômites e vetores, como já descrito nos objetivos 04 e 05. Pouco se sabe sobre o SARS-COV-2, acredita-se que uma pessoa infectada possa infectar de 3 a 5 outras pessoas, tornando alto seu poder de transmissão, que pode ser local (quando conseguimos identificar o agente transmissor) ou comunitária (o agente transmissor não é mais facilmente identificado). O tempo de incubação é em média de 14 dias. Podem existir portadores assintomáticos oque causa grande transmissibilidade. Os grupos de risco são pessoas acima de 60 anos de idade, pessoas com comorbidades associadas (Asma, diabetes, imunosuprimidos), tendo menor impacto em crianças (geralmente assintomáticas) e adultos jovens. 180 países foram afetados, com letalidade de 1-3%, até o momento com mais de 40 mil mortes em todo o mundo e aproximadamente 824 mortes no Brasil (em 09 de Abril).As manifestações clínicas incluem sintomas de uma sindrome gripal com febre, constipação nasal, coriza, falta de ar, mialgia, sintomas gastrointestinais. Se piora clínica hipoxemia, desconforto respiratório e choque séptico. Quando nos referimos a uma transmissão local, os sintomas devem estar associados ao fato de a pessoa ter viajado para local de risco ou estado próximo a pessoas suspeitas ou confirmadas de covid-19 nos últimos 14 dias. _Toc36647104 O diagnóstico é realizado através da análise das manifestações clínicas e realização de testes para diagnóstico confirmatório como o PCR (reação de cadeia de polimerase), que é o teste padrão ouro para o diagnóstico de COVID-19. Podem também ser usados outros exames para diagnóstico diferencial como o painel respiratório, exames de imagem como Rx de tórax (geralmente sem alterações) a tomografia que mostrará um padrão de vidro fosco bilateral em casos de infecção por SARS-COV-2. O tratamento é sintomático ( como o descrito para sindrome gripal no objetivo 01 e 04, com a ressalva de que se deve evitar o uso de anti-inflamatórios como o Ibuprofeno e corticóides). É solicitado que o paciente sintomático, fique em quarentena em isolamento domiciliar. Já os pacientes com sintomas respiratórios graves devem ser tratados em âmbito hospital, pois muitos dessas pacientes necessitam de suporte respiratório avançado - respiradores. Não se sabe ao certo a eficácia de medicamentos para o tratamento do covid-19, recentemente tem se testado o uso da cloroquina ou Hidroxicloroquina com respostas satisfatórias mas não suficientes para considerá-lo como tratamento definitivo. As medidas de profilaxia primária foram descritas no objetivo 04. Como prevenção secundária deve-se ter cuidado com os pacientes já infectados para que eles não passem para frente essa infecção. Assim, falamos em quarentena e isolamento social, uso de máscaras em tempo integral para pacientes doentes. Esses pacientes devem ser notificados para o MS. Existe um grande empenho por parte de grandes laboratórios no mundo todo, mas ainda não existe vacina para o covid-19, as fontes mais otimistas acreditam que no início de 2021 elas estejam disponíveis.
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