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Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES A maior comunidade de autopublicação da América Latina. Descubra o caminho para publicar um livro de sucesso. COMO ESCREVER UM LIVRO? Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES HOJE EM DIA TODO MUNDO PODE ESCREVER UM LIVRO. Partindo desse princípio que guia o Clube de Autores, resolvemos provar isso lançando um livro sobre… escrever um livro. Um manual repleto de dicas fáceis e objetivas que cobrem desde a parte mais técnica até descrições que animam o mais acomodado dos escritores. Tudo para provar para você que ser um escritor não é mais uma alegria para poucos. Agora pode ser de todos! E para te inspirar nesta aventura, separamos 7 dicas exclusivas presentes na versão completa do livro. Leia, aprofunde-se e… escreva! Esperamos ver sua obra publicada em breve. Clube de Autores Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES Descubra por que hoje em dia todo mundo pode ser autor de uma história Durante muitos e muitos anos (na verdade, até muito pouco tempo atrás), ser escritor era uma dádiva para poucos. Para publicar um livro, era preciso ter a sorte de ser notado por uma editora e considerado interessante a ponto de conseguir um contrato para, pouco tempo depois, ver sua obra exposta em uma livraria. E para quem quisesse escrever uma obra pelo simples prazer de organizar suas ideias no papel, restavam apenas dois caminhos, ambos bastante ingratos: pagar do próprio bolso a publicação da obra ou engavetar seu livro, privando o mundo de conhecer seu potencial. Com o advento da internet, a facilidade bateu à porta de muitos mercados, inclusive dos aspirantes a escritores. Agora, qualquer pessoa pode publicar seus livros. E com a ajuda do Clube de Autores, pode inclusive disponibilizar em livrarias físicas com custo sob demanda, o que seria inimaginável há apenas 20 anos. Mas existe uma facilidade que muita gente ainda não notou: mesmo quem não tem dentro de si o talento nato da literatura, mas acalenta o simples desejo de ter uma obra em seu nome, agora também tem a possibilidade de ser autor. Já que não existe mais sorte ou grandes investimentos no caminho, hoje é de fato possível arriscar completar a tríade de uma vida completa (plantar árvore, ter filho e escrever um livro). Porque, convenhamos, das três tarefas, virar um escritor era a mais difícil de conquistar. Para mostrar como hoje em dia escrever um livro se tornou uma tarefa que demanda apenas tempo e vontade de quem se propuser a fazê-lo, o Clube de Autores lançou este livro sobre… escrever um livro. Um manual repleto de dicas fáceis e objetivas que cobrem desde a parte mais técnica até descrições que animam o mais acomodado dos escritores. Tudo para provar para você que ser um escritor não é mais uma alegria para poucos. Agora pode ser de todos! Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES 1. Comece a escrever um livro… lendo! Para a maioria das pessoas que carrega dentro de si a vontade de um dia escrever um livro, o ponto de partida desse desejo surgiu justamente a partir da leitura das mais diversas obras ao longo da vida. Após ler um livro e mais um, depois mais outro, depois mais cem, começou a aparecer uma pontinha de admiração pelo talento desses seres que possuem o dom de traduzir em palavras tão cativantes histórias que atravessam gerações. Ou, às vezes, acontece justamente o contrário: o candidato a escritor prefere ler pouco, muito pouco. Pois ouviu dizer que o essencial é manter seu estilo o mais bruto possível, e ao mergulhar em um mar de referências o medo de perder sua própria voz paralisa, fazendo com que este admirador da arte da escrita se prive de conhecer outras histórias inspiradoras por pura insegurança. Sinto muito por colocar um ponto final nessa sua crença tão bem construída, mas para ser um bom escritor não basta apenas escrever. É necessário, antes de mais nada, ler. E muito. Afinal, como será possível julgar se sua obra é boa ou ruim sem ter a experiência de muitas horas de leitura? Como saber se sua escrita é de fato original e interessante se só teve acesso a meia dúzia de escritores? Por isso, o passo inicial é: leia. Leia muito, o tempo todo, o máximo que puder. Livros bons, ruins, de autores renomados, históricos e de iniciantes de também. Além de se divertir muito, você sentirá como se o seu universo criativo tivesse se expandido e multiplicado por milhares de vezes. Isso se chama referência. E ela é a responsável por provocar a inspiração. Isso não significa copiar, longe disso. Mas saber o que o mercado já consumiu e está consumindo. E criar sua obra já sabendo com quem ela irá disputar o lugar nas prateleiras — e na preferência Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES dos leitores. 2. Deixe o título para o fim do livro A situação é muito comum: você está finalmente tendo progressos ao escrever uma obra. A inspiração veio, definiu o enredo, personagens, criou todo um planejamento e a criação da obra está indo até melhor que o esperado. Então, empolgado, divide a aventura com um amigo, que de bate-pronto pergunta: “É mesmo? Que legal! E qual o título do livro?” Pronto, você acaba de se sentir uma personagem da sua obra que em apenas 3 frases tem toda a sua trajetória alterada, sem nenhum controle. A confiança se foi. A segurança já era. Até porque, como você ousou se considerar um escritor, ainda que amador, se está escrevendo uma obra que nem título tem? Isso não seria o mínimo que uma obra deveria apresentar para ser chamada assim? Não. E já explicamos a razão: o processo de criação de uma obra deve ser o mais aberto possível. Sim, você tem um enredo, personagens, plot twists planejados. Mas até o último ponto final ser digitado, ainda tem muita história pra acontecer. As personagens ganham vida e muitas vezes acontecimentos surgem que surpreendem até o autor mais preparado. E o que começou como um romance água com açúcar pode acabar se transmutando em um policial de primeira categoria. Por isso que alertamos: deixe o título para o final. Ele é a síntese de toda a sua obra. Ele é a frase que faz seu livro dizer a que veio em apenas algumas palavras. Por isso, não rotule antes da hora. Deixe a imaginação correr, o processo acontecer, para só então, ao final de tudo, batizar a criança. Ou você pode acabar com Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES um livro policial incrível desacreditado por conta do título “O ano em que encontrei o amor” escolhido antes da primeira frase, por pura teimosia. 3. Analise as referências mais famosas Se você ainda não sabe por onde começar a pensar na história do seu livro ou como ela irá se desenvolver ao longo das páginas, uma boa alternativa pode ser ler as grandes obras já escritas. Analise os enredos, as personagens, a cronologia dos fatos, a forma como a história é contada, parágrafo a parágrafo. Até porque, tantos anos de sucesso não podem estar errados: essas obras são grandiosas e por isso mesmo resistem ao tempo e até hoje são consideradas obras de arte. Apresentamos abaixo os 10 livros mais vendidos da história. E o resto é simples: vá até uma livraria e inicie seus estudos. • Dom Quixote, de Miguel de Cervantes Escrito em 1605, narra a história de um cavaleiro errante e seu fiel escudeiro em suas batalhas imaginárias. Algo entre 500 e 600 milhões de cópias já foram vendidas desde então. Incrível, não? Ler Dom Quixote pode ser uma bela aula de literatura, uma vez que ninguém conseguiu dominar tanto as mentes dos leitores ao longo dos séculos quanto Cervantes. • O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas Dumas tem toda uma coleção de livros entre os mais vendidos Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES do mundo, o que por si só faz dele um gênio quase sem paralelos. Mas aqui há ingredientes como injustiça, vingança, sofrimento e muito sangue. Entre 200 e 250 milhões de cópias foram vendidas até hoje desde o seu lançamento,em 1844. • Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens De 1859, o livro praticamente ilustra como era a França durante a Revolução e sob os olhos das pessoas comuns, bem ao estilo de Dickens. Ou seja: ele vai além dos livros de história, sempre restritos aos fatos gerados pelos grandes nomes, se aproveita da força de um tema e narra as micro-histórias que transformaram toda aquela época. Genial. Entre 180 e 250 milhões de exemplares vendidos. • O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry De 1943, permite ao leitor viajar poeticamente pelo próprio inconsciente, conhecendo não apenas o próprio pensamento como todo o pano de fundo que embalava o mundo à época, durante a Segunda Guerra Mundial. Foi uma narrativa revolucionária, diferente de tudo o que havia até então, sendo atual até os nossos dias. Entre 150 e 180 milhões de exemplares vendidos. • O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien Publicado em três volumes entre 1954 e 1955, a obra cria um universo inteiro completamente diferente e se apropria de personagens que já habitavam a fantasia coletiva da humanidade Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES (como ogros e elfos) há muito, muito tempo. A maestria de Tolkien, aliás, foi justamente essa: dar uma espécie de lógica retilínea a esses seres mágicos, unindo-os em uma narrativa emocionante que fez com que gerações não conseguissem desgrudar os olhos de suas histórias. Entre 150 e 170 milhões de exemplares. • Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling Bebe da mesma fonte que Tolkien na criação de um mundo paralelo — no caso, o dos magos. Aqui, no entanto, há uma mescla entre realidade e fantasia, entre a Londres e a Hogwarts, que agrega pura fascinação. Mas talvez o ponto mais forte de toda a obra de Rowling seja o conjunto de tradições que ela enxerta nas histórias, como a forma de seleção das “casas” dos magos, os jogos escolares e assim por diante. Tem de 110 a 130 milhões de cópias. • O Caso dos 10 Negrinhos, de Agatha Christie De 1939, é uma das maiores obras primas de mistério, com mortes inexplicáveis e um clima de suspense que dura até o final. Poucos escritores conseguiram prender tanto a atenção dos leitores quanto Christie, e essa sua cadência literária deve ser uma inspiração máxima para muitos. Tem de 90 a 120 milhões de cópias. • O Sonho da Câmara Vermelha, de Cao Xuequin É um dos poucos livros de escritores orientais a figurarem na lista de mais vendidos do planeta — algo estranho dada principalmente a quantidade de gente que habita lá no outro hemisfério. O livro relata Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES a história da aristocracia chinesa no século XVIII e, apesar das imensas diferenças no estilo, bebe de uma fonte semelhante à de Dickens. Tem de 80 a 100 milhões de exemplares vendidos. • O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, de C. S. Lewis Do mesmo autor de As Crônicas de Nárnia, trata-se de uma história infantil em que irmãos descobrem que o armário é uma passagem secreta para um mundo mágico. Registra de 75 a 90 milhões de cópias. • Ela, a Feiticeira, de Henry Rider Haggard De 1887, o livro narra a descoberta por amigos de uma civilização perdida na África — então alvo de um misticismo sem paralelos. Vendeu entre 70 e 80 milhões de cópias. 4. Entenda (e abrace) o zeitgeist Zeitgeist é uma palavra alemã que significa “espírito do tempo”. Sua aplicação prática: entender qual o conjunto de valores que está efetivamente movendo uma sociedade em um dado momento para que se consiga tomar proveito disso. O “tomar proveito”, nesse caso, significa surfar a onda de uma comoção popular já formada e, portanto, deixando algo que se queira vender (seja um produto ou uma história) com uma vantagem fundamental. E, apesar do conceito parecer recém-saído das páginas de um livro de marketing, ele já era essencial há séculos. Tome Shakespeare, por exemplo. Todas, absolutamente todas as suas grandes peças, tiveram Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES os seus enredos baseados em fatos que estavam mexendo com o imaginário popular. Otelo foi escrito quando Elisabeth I expulsava os mouros de Londres; o Rei Lear se baseou em um caso jurídico real que se transformara na grande fofoca do reino; Macbeth foi feita para celebrar, por meio de metáforas, a linhagem do monarca James I, para quem a peça foi escrita. A receita de Shakespeare sempre foi simples (o que não quer dizer menos genial): entender o que estava movendo o povo e criar uma peça que metaforizasse o momento para angariar um tipo mais entusiasmado de atenção. O resumo dessa regra? Busque banhar o seu enredo, de todas as formas possíveis, nos grandes temas que estiverem movendo a opinião social do seu público leitor. Acredite: só isso já servirá como um poderoso convite para que eles se entreguem de corpo e alma às suas páginas. 5. Defina o tipo de conflito da sua história Definir qual o tipo de conflito é uma ótima maneira de conseguir traçar várias reviravoltas e desdobramentos para uma trama. Existem basicamente dois grandes tipos de conflitos que uma ou mais personagens podem enfrentar ao longo de uma história. São eles: internos ou externos. Os internos são aqueles em que a personagem busca uma grande mudança na sua personalidade, seus desejos, suas ambições. Um exemplo clássico desse dilema é a obra “O retrato de Dorian Gray”. Os externos são aqueles em que a personagem enfrente algo que não está no seu controle como no caso dos internos. Pode ser o caráter de outra personagem ou um fenômeno da natureza. Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES Também pode ser todo um conjunto de regras de uma sociedade que é contestado por nossa personagem ou quem sabe a tecnologia, como o roteiro de vários filmes futuristas. Estes são alguns dos exemplos mais clássicos, mas existem vários desdobramentos de suas fontes principais. Caso seja de seu interesse temperar um pouco mais a trajetória da sua personagem, pode ser interessante fazer uma pesquisa mais profunda acerca dos conflitos mais utilizados pelos autores e alguns exemplos famosos. 6. A personagem principal Ele é a estrela da história, e assim como vai chamar mais a atenção dos leitores, também merece maior tempo de lapidação por parte do autor. De todos, é o que precisa ter maior profundidade e credibilidade, já que vai rechear boa parte das páginas da história e o imaginário do leitor. Se preciso, dedique um documento ou toda uma pasta do seu computador para ele. Ainda que a narrativa aconteça durante o período de poucos dias ou anos na vida desta personagem, desenhe sua história desde o seu nascimento e junte o maior número de detalhes possível. Onde nasceu? Onde cresceu? Como eram seus pais? Ela tem problemas em determinada área da vida por qual razão? Quais traumas sofreu? Quais alegrias viveu? Do que se orgulha? Do que se arrepende? Lembre-se de que para tudo existe um porquê e é neste momento que você deve responder a todos. Todos sabemos que durante o processo de escrita de um livro muitas mudanças de rumo na história podem acontecer. E é por isso que se você tiver uma personagem bem definida o suficiente, essas mudanças não significarão qualquer drama para o autor no que diz Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES respeito às reações da personagem. Por isso, reserve um tempo maior para lapidar com calma a personalidade deste que deve ser marcante o suficiente para acompanhar o leitor durante todas as páginas e ainda permanecer vivo em sua mente — e coração — durante muito tempo. 7. Defina o tom de voz e a personalidade do seu texto Cada gênero literário tem um tom de voz predominante: suspenses são sérios, romances são dramáticos e levemente humorados… isso não significa que ao escolher o gênero do seu livro você precisa seguir exatamente o que as referências anteriores fizeram, mas elas podem nortear sua decisão e servir como base para compreender o público. Talvezvocê prefira escrever de forma mais objetiva, com palavras simples e diretas. Ou então, seus dedos floreiem pelo teclado com palavras cheias de ritmo e poesia. Seja qual for seu estilo, utilize-o a seu favor para dar personalidade ao texto e criar um tom de voz único. Imprima em cada parágrafo um pouquinho da sua essência, e certamente estará criando uma obra diferenciada. Claro que cada história pede um tom narrativo diferente. Um conto infantil não pode (ou ao menos, não deveria) ser narrado de forma macabra e assustadora, traumatizando para sempre as crianças da pré-escola. Fora esse pequeno — mas importante — detalhe, sua escrita pode fluir da forma que você considerar mais adequada e, principalmente, da forma que melhor fizer sua criatividade voar. Ok, existem estilos de escrita realmente ruins e nem todo mundo nasceu pronto para ser um grande autor, mas partimos do Dicas para escrever um livro • CLUBE DE AUTORES pressuposto de que você tem noção disso. E sim, existem escolas de escrita que ajudam a melhorar a técnica. Mas isso também não significa que todo texto será igual, porque as mentes por trás das palavras não são as mesmas. Somos pessoas diferentes e capazes de dar vida às mesmas histórias de formas completamente distintas. Ou você acha que Clarice Lispector e Agatha Christie escreveriam um livro da mesma forma? Pois é, eu também não.
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