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1 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos DIREITO DO TRABALHO II 1º BIMESTRE REMUNERAÇÃO E SALÁRIO: REMUNERAÇÃO: Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. SALÁRIO: 1. SALÁRIO BASE – base de cálculo para férias, 13º, etc. a. Fixo – estabelecido na carteira de trabalho; b. Misto (utilidades + espécie); c. Variável – comissões, por produtividade…; 2. SOBRE-SALÁRIO (salário condição) a. Gratificações; b. Comissões; c. Adicionais; d. Prêmios; § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador; § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. QUANTO AOS MEIOS DE PAGAMENTO: 1. EM DINHEIRO: Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior 2. EM UTILIDADES (salário in natura): a. Critérios: habitualidade e gratuidade; b. 30% deve ser pago em espécie (art. 458, §3º, CLT); c. Empregado rural – autorização expressa (Lei nº 5.889/73); art. 506, CLT Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - Vestuários, equipamentos e outros acessórios aos empregados e utilizados no local de trabalho para a prestação do serviço; II - Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – Assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – Seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – Previdência privada; VIII – valor correspondente ao vale-cultura § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. Art. 506 - No contrato de trabalho agrícola é lícito o acordo que estabelecer a remuneração in natura, contanto que seja de produtos obtidos pela exploração do negócio e não exceda de 1/3 (um terço) do salário total do empregado. SÚMULA Nº 367 DO TST – UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em 2 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos atividades particulares. II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. CARACTERÍSTICAS DO SALÁRIO: 1. CARÁTER SINALAGMÁTICO – só é devido se o trabalhador comparecer para as atividades; Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. 2. CARÁTER ALIMENTAR – o salário deve garantir a subsistência do empregado e família; Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. § 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. § 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno. 3. HABITUALIDADE – contrato de trabalho se perpetua no tempo; 4. RISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA (CARÁTER FORFETÁRIO) – o risco é do empregador, não podendo este se omitir do pagamento salarial caso o mês não tenha sido lucrativo; 5. PROPORCIONALIDADE – equilíbrio entre o que oferece o empregado e empregador; 6. PERIODICIDADE – forma como o trabalho e fixado, sendo o limite o cálculo mensal; Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 7. ESSENCIALIDADE – essencialmente oneroso; não há o efetivo trabalho celetista sem o devido pagamento remuneratório; 8. INALTERABILIDADE – princípio geral das modificações das condições de trabalho; Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. 9. IRREDUTIBILIDADE – princípio protetivo; qualquer alteração no salário deve ser feita somente por acordo coletivo; Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observadoo seguinte: VI - É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 10. IRRENUNCIABILIDADE – o empregado não pode renunciar o seu salário; 11. SALÁRIO SEM TRABALHO – hipóteses de interrupção (férias, descansos semanais, feriados e empregado enfermo); a. Lei nº 605/49 (RSR e feriados) b. Art. 140, CLT (férias) c. Lei nº 3.807/60, art. 25 (empregado enfermo) Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Lei 3.807/60 - Art. 25. Durante os primeiros 15 (quinze) dias de afastamento do trabalho, por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado o respectivo salário. Parágrafo único. À empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio caberá o exame e o abono das faltas correspondentes ao citado período, somente encaminhando segurado ao serviço médico do Instituto Nacional de Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias. 12. NATUREZA COMPOSTA – o salário pode ser pago em espécie ou bens que possuem valor econômico (até 30% pode ser pago em bens); 13. FONTE HETERÔNOMA – o contrato tem a interferência de terceiro, independentemente da vontade do empregado ou empregador (Estado interfere); 14. INDISPONIBILIDADE – salário é indisponível 15. SALÁRIO COMPLESSIVO 3 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos SÚMULA Nº 91 DO TST – SALÁRIO COMPLESSIVO: Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. FORMAS DE ESTIPULAÇÃO E PAGAMENTO DO SALÁRIO: 1. SALÁRIO POR TEMPO a. Críticas: i. Impreciso – não equilata o desempenho ao longo do dia; ii. Injusto – não estimula a trabalhar melhor; iii. Ao empregado não interessa o resultado do trabalho; Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. Parágrafo único. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado o mais tardar, até o décimo dia útil do mês subsequente ao vencido. Quando houver sido estipulado por quinzena ou semana, deve ser efetuado até o quinto dia útil. § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 2. SALÁRIO POR UNIDADE – empregado ganha conforme sua produtividade a. Regra atual – a remuneração por produtividade não pode ser inferior à diária correspondente ao piso da categoria ou salário mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integram os salários; b. Críticas: i. Ordem pública – cada remuneração deve ser calculada de forma diferente; ii. Ordem social – trabalha até a exaustão; Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 3. SALÁRIO POR TAREFA – misto entre tempo e unidade. A contratação tem tarefa ou tempo pré-determinado, sendo que o que vale é o que se conclui antes; Art. 142 § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias. 4. SALÁRIO FIXO, SIMPLES OU COMPOSTO; 5. SALÁRIO BASE (fixo ou normal) Art. 457 § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada e as comissões pagas pelo empregador. 6. SALÁRIO MÍNIMO Art. 7º CF VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; a. Características do salário mínimo i. Imperatividade – fixado em lei; ii. Generalidade – válido para todos, ninguém pode receber menos pela mesma função; iii. Irrenunciabilidade – empregado não pode abrir mão; iv. Intransacionalidade; v. Fixação por lei; vi. Manutenção do valor; vii. Proibição de fator base para reajustes de preço ou honorários em contratos civis ou comerciais; viii. Indicação das necessidades básicas do trabalhador e sua família; 7. PISO SALARIAL – fruto de negociação coletiva que influencia no salário de uma categoria no limite do município em que se encontra OJ – SDI 1 – TST 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.02.2016) - Res. 202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016 I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 8. SALÁRIO PROFISSIONAL – regulamentado de acordo com a profissão/graduação a. Médicos – lei 3.999/61 b. Engenheiro – lei 4.950-A 4 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos 9. SALÁRIO NORMATIVO – fruto de negociação coletiva que não deu certo, então o salário é estipulado pelo Tribunal Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. 10. ESTIPULAÇÃO POR ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVAS 11. PROIBIÇÃO AO TRUCK SYSTEM – escravidão por dívidas Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. COMISSÕES Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação. § 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diáriaspara viagens e abonos pagos pelo empregador. . § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. § 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. 1. TIPOS DE COMISSÕES: a. Comissionista puro – aquele que recebe apenas em comissões, geralmente é aplicado a aquele que trabalha externamente; b. Comissionista misto – há pagamento do salário fixo (fixado por unidade de tempo) mais as comissões. Em geral se aplica a quem trabalha no interior do estabelecimento; 2. RSR ou DSR – o montante do reflexo corresponderá ao quoeficiente da divisão por seis da importância total das comissões percebidas na semana (Lei 605, art. 7º, “c” e “d”) SÚMULA Nº 27 DO TST – COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. 3. RECEBIMENTO DAS COMISSÕES a. Zona de exclusividade – empregador determina que um vendedor trabalhará somente naquela área; b. Recusa de proposta, por escrito i. Prazo de 10 dias, dentro do estado. ii. Prazo de 90 dias tratando de comerciante ou empresa fora do estado ou exterior Art. 3º A transação será considerada aceita se o empregador não a recusar por escrito, dentro de 10 (dez) dias, contados da data da proposta. Tratando-se de transação a ser concluída com comerciante ou empresa estabelecida noutro Estado ou no estrangeiro, o prazo para aceitação ou recusa da proposta de venda será de 90 (noventa) dias podendo, ainda, ser prorrogado, por tempo determinado, mediante comunicação escrita feita ao empregado. c. Recusa de venda – se a mercadoria for devolvida por não pagamento do cliente ou porque estava com defeito, o vendedor ganha a comissão mesmo assim e o empregador paga cobre os danos; Art. 7º Verificada a insolvência do comprador, cabe ao empregador o direito de estornar a comissão que houver pago. d. Pagamento das comissões – pode ser dilatado, por acordo bilateral, em até 3 meses; e. Pagamento a prazo – nas transações realizadas por prestações sucessivas, nas vendas a crédito só “será exigida de acordo com a ordem de recebimento da mesma” 5 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos Art. 5º Nas transações em que a empresa se obrigar por prestações sucessivas, o pagamento das comissões e percentagens será exigível de acordo com a ordem de recebimento das mesmas. f. Irredutibilidade 4. HORAS EXTRAS SÚMULA Nº 340 COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. PROTEÇÃO AO SALÁRIO: CONTRA O EMPREGADOR: 1. IRREDUTIBILIDADE E INALTERABILIDADE Lei 4.923/96 que prevê em seu art. 2º a redução salarial, mediante prévio acordo com entidade sindical, até no máximo de 25%, respeitado o salário mínimo e reduzidas proporcionalmente a remuneração e as gratificações dos gerentes e diretores. A mesma lei fixa o prazo máximo de 3 meses para a duração desta situação, por ACT ou CCT e se forem concedidas vantagens especiais aos empregados (garantia de emprego, redução da jornada etc.) e homologada pela Delegacia Regional do Trabalho. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. Art. 7º, CF VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo 2. INTEGRALIDADE - os descontos podem ocorrer de adiantamentos, de dispositivos de lei ou CCT. Os de lei ferem-se, basicamente, às contribuições da Previdência Social, Imposto de Renda na Fonte, pensão alimentícia devida em razão de sentença da Vara de Família, contribuições compulsórias para custeio do sistema de representação sindical. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. SÚMULA Nº 342 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. a. Empregado doméstico – lei complementar nº 150/2015 Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem. § 1o É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário. § 2o Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. § 3o As despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos. § 4o O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou de propriedade sobre a referida moradia. 3. INTANGIBILIDADE – são diretrizes da Convenção 95 da OIT quanto as fontes formais de descontos a. Legais – contribuições previdenciárias, contribuições sindicais, faltas injustificadas, IR, falta de aviso prévio; b. CLT – taxa assistencial; c. Dano – danos ao patrimônio do empregador ou de 3º, relacionados ao serviço. Depende da concordância do empregado se o dano é causado por culpa; Art. 7º, X CF X - Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 6 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de queos empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. d. Descontos autorizados por lei i. À contribuição previdenciária oficial; ii. Ao imposto de renda deduzido na fonte; iii. À contribuição sindical obrigatória; Art. 8º, CF IV - A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação do "imposto sindical", pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo. Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591. Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente e consistirá: I - Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração; Il - para os agentes ou trabalhadores autônomos e para os profissionais liberais, numa importância correspondente a 30% (trinta por cento) do maior valor-de-referência fixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a contribuição sindical, arredondada para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a fração porventura existente; Art. 583 - O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, e o relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro. Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. iv. Ao vale transporte; v. À retenção do saldo salarial por falta de aviso prévio de empregado que pede demissão; Art. 487 § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. vi. A prestações alimentícias judicialmente determinadas; vii. A dívidas junto ao Sistema Financeiro da Habitação (mediante requerimento); viii. À pena penal pecuniária; ix. A custas judiciais; x. Dano doloso; Art. 462 § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. xi. Dano culposo, desde que esta possibilidade tenha sido compactuada e. Pagamento de verbas rescisórias Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. 4. ISONOMIA E EQUIPARAÇÃO – Garantido pela CF e disciplinado pela CLT Art. 7º, CF XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art35v 7 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. SÚMULA Nº 6 DO TST – EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015 I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000). II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982) III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980) VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003) VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977) IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-Súmula nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 - inserida em 13.03.2002) 5. SUBSTITUIÇÃO – é alguém ocupar o cargo quando o titular dele se ausenta por um longo tempo/período; Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. SÚMULA Nº 159 SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. 6. VACÂNCIA 7. SUCESSÃO CONTRA CREDORES DO EMPREGADOR 1. PROTEÇÃO JURÍDICA NA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL – a recuperação extrajudicial atinge alguns créditos dirigidos contra o patrimônio do empregador, mas não produz efeitos no Direito do Trabalho, não atingindo os créditos trabalhistas; 2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL – a recuperação judicial dilata em até 1 ano o prazo para o pagamento de salários. Apenas os créditos salariais vencidos nos últimos três meses, até o limite de 5 salários mínimos por empregado, deverão ser pagos em até 30 dias; 3. PROTEÇÃO JURÍDICA NA FALÊNCIA DO EMPREGADOR Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de falência, concordata ou dissolução da empresa. § 1º - Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito. CONTRA CREDORES DO EMPREGADO 1. IMPENHORABILIDADE Art. 833, CPC. São impenhoráveis: IV - Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por 8 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o; § 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o. 2. RESTRIÇÕES À COMPENSAÇÃO a. Caráter absoluto – refere-se à inviabilidade de compensação de créditos trabalhistas do empregado com suas dívidas não trabalhistas; SÚMULA Nº 18 DO TST – COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista. b. Caráter relativo – refere-se à limitação quantitativa da compensação entre créditos e débitos trabalhistas do empregado em face do mesmo empregador; Art. 477 § 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. 3. INVIOLABILIDADE DA CESSÃO DO CRÉDITO SALARIAL – é vedado o pagamento salarial ao credor do empregado. Isso significa que o único pagamento hábil a desonerar o devedor trabalhista é aquele feito diretamente ao próprio empregado, já que a ordem jurídica veda acessão de crédito trabalhista. ADICIONAIS LEGAIS – natureza salarial enquanto pagos e condicional INSALUBRIDADE – exposição a risco 1. FALTAS INJUSTIFICADAS – apesar de não haver previsão legal os tribunais têm decidido pelo pagamento proporcional aos dias trabalhados; Art. 7º, CF IV – Salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Art. . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art. . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos. Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Art. . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. § 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. Art.196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11. 9 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos Art. . 197 - Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigoafixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. Art. 394-A. A empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em local salubre. SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO STF. Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. SÚMULA 228 – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE CÁLCULO (redação anterior alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.6.08) – Res. 148/2008, DJ 4 e 7.7.08 – Republicada DJ 8, 9e 10.7.08. - A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante n. 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. SÚMULA Nº 264 DO TST – HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO – A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. SÚMULA Nº 47 DO TST – INSALUBRIDADE – O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. SÚMULA Nº 80 DO TST – INSALUBRIDADE – A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SÚMULA Nº 289 DO TST – INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO.- O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. SÚMULA Nº 248 DO TST – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. SÚMULA Nº 293 DO TST – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL – A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. PERICULOSIDADE 1. LEGISLAÇÃO: a. Art. 7º, XXII e XXIII, CF; b. Art. 193 a 197, CLT; c. Lei 7.369/85 (energia elétrica); d. Decreto 93.412/86 (energia elétrica); e. NR 16 – Portaria 3.214/78; Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; – NR 16 II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. – Portaria 1.885/2013 Ministério do Trabalho § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Convenção 155 OIT) § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. – Portaria 1.565/2014 Ministério do Trabalho 2. TRABALHADORES EXPOSTOS A RADIAÇÃO IONIZANTES E RAIO X – Portaria 518/2003 – Ministério do Trabalho OJ – SDI I – TST 345. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005)A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. SÚMULA Nº 364 DO TST – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) – Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de 10 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). OJ – SDI I – TST 324. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º, § 1º (DJ 09.12.2003) – É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica. SÚMULA Nº 132 DO TST – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex- OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) SÚMULA Nº 453 DO TST – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 – O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. SÚMULA Nº 447 DO TST – SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e 17.12.2013 – Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. OJ – SDI I – TST 165. PERÍCIA.ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT – O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. TRANSFERÊNCIA Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. 1. DIRIGENTE SINDICAL: Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita. 2. VALOR DO ADICIONAL Art. 469 § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. SÚMULA NO 43 DO TST - TRANSFERÊNCIA (MANTIDA) - RES. 121/2003, DJ 19, 20 E 21.11.2003 – Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1o do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. 113. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA – O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. 3. DESPESAS DA TRANSFERÊNCIA Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. SÚMULA NO 29 DO TST - TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. 11 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos ADICIONAL NOTURNO 1. TRABALHADOR NORMAL: das 22 até as 5h Art. 7º, CF IX – Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. § 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem. § 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo. 2. TRABALHADOR RURAL: não tem hora reduzida; adicional de 25% a. Agrícola – das 21 até as 5h; b. Pecuarista – das 20 até as 4h; Lei 5.889/73 – Rural Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. 3. ADVOGADOS – lei 8.906/94 Art. 20 § 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento. 4. TRABALHADOR MENOR Art. 7º CF XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - Os gerentes, assim considerados os exercestes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 5. JORNADA 12x36 Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. SÚMULA NO 444 DO TST – JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 26.11.2012. É válida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. OJ – SDI I – TST - 388. JORNADA 12X36. JORNADA MISTA QUE COMPREENDA A TOTALIDADE DO PERÍODO NOTURNO. ADICIONAL NOTURNO. DEVIDO. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) – O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã 6. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO Art. 7º CF XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizadoem turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. OJ – SDI I – TST - 395. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORA NOTURNA REDUZIDA. INCIDÊNCIA. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) - O trabalho em regime de turnos ininterruptos 12 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos de revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, § 1o, da CLT e 7o, XIV, da Constituição Federal. SÚMULA NO 423 DO TST – TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (Conversão da Orientação Jurisprudencial no 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10, 11 e 13.10.2006) - Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras. 7. PRORROGAÇÃO DE JORNADA SÚMULA NO 60 DO TST - ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial no 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula no 60 – RA 105/1974, DJ 24.10.1974); II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5o, da CLT. (ex-OJ no 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) 8. ADICIONAIS NOTURNO, DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE E HORAS EXTRAS OJ - SDI I - TST 97. HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO (inserida em 30.05.1997) – O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. OJ - SDI I - TST 259. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (inserida em 27.09.2002) – O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. 9. SUPRESSÃO SÚMULA NO 265 DO TST – ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. HORAS EXTRAS Art. 7º, CF XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; 1. PRORROGAÇÃO 2. COMPENSAÇÃO MAL FEITA – bloco semana, banco de horas ou força maior Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (Vide CF, art. 7o inciso XVI) SÚMULA NO 85 DO TST – COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula no 85 - primeira parte -alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ no 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula no 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ no 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva. VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT. SÚMULA NO 366 DO TST – CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, 13 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc). 3. SERVIÇOS INADIÁVEIS E FORÇA MAIOR Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. § 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. § 2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa não se aplicam as restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo. 4. RECUPERAÇÃO DE HORAS Art. 61 § 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente. 5. EMPREGADO COMISSIONISTA SÚMULA NO 340 DO TST - COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, temdireito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. 6. SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. SÚMULA NO 291 DO TST - HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 – A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. 7. INTERVALOS SÚMULA NO 437 DO TST – INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais no s 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - I - Após a edição da Lei no 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7o, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4o, da CLT, com redação introduzida pela Lei no 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4o da CLT. REMUNERAÇÃO – OUTRAS VERBAS GRATIFICAÇÕES 1. CLASSIFICAÇÃO: a. Quanto a periodicidade – mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais e anuais; b. Quanto à fonte da obrigação – contratuais, normativas ou legais; 14 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos c. Obrigatoriedade i. Compulsória – remuneração adicional, com a qual posso contar o empregado; ii. Espontânea – liberalidade; o direito a ela só nasce com o consenso das partes interessadas; d. Ajuste – expressas e tácitas; 2. OBJETIVOS: a. Finalidade retributiva; b. Finalidade premial – ou de recompensa pelos serviços extra prestados; c. Estímulo – para aumento de produção ou melhoria de produção; SÚMULA Nº 152 DO TST – GRATIFICAÇÃO. AJUSTE TÁCITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – O fato de constar do recibo de pagamento de gratificação o caráter de liberalidade não basta, por si só, para excluir a existência de ajuste tácito (ex-Prejulgado nº 25). SÚMULA Nº 202 DO TST – GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. 3. HABITUALIDADE: a. Critério temporal – constância com que é concedida; b. Critério de valor; c. Critério da extensão do benefício – a generalidade ou uniformidade da concessão; Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 4. CAUSAS DA GRATIFICAÇÃO: a. Gratificação de função – integra quando por mais de 10 anos; b. Gratificação de balanço; c. Gratificação de festas – natal, páscoa; d. Gratificação de tempo de serviço; Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. PRÊMIOS Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 1. CLASSIFICAÇÃO a. Por produção – quando o trabalhador, individual ou coletivo, atingir um limite fixado pelo empregador; b. Por assiduidade – o empregado que não falta ao serviço mais que o número de dias por mês que a empresa determinar, ou não chegar atrasado; c. Por zelo – paga ao empregado que não danifica os bens da empresa; 2. PECULIARIDADES DAS GRATIFICAÇÕES E PRÊMIOS a. Em caso de habitualidade, somente as gratificações incorporam ao salário para fins de reflexo; b. Não podem ser a única forma de remuneração, devendo haver um salário fixo ou comissão; c. Não podem ser utilizadas para complementar o direito que o trabalhador tem de receber pelo menos o salário mínimo; d. Devem ser pagos através de títulos desdobrados, especificados, no recibo de pagamento; OUTRAS VERBAS 1. QUEBRA DE CAIXA Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. SÚMULA Nº 247 DO TST – QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – A parcela paga aos bancários sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais. 15 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos PRECEDENTE NORMATIVO TST Nº 103 GRATIFICAÇÃO DE CAIXA (positivo). Concede-se ao empregado que exercer permanentemente a função de caixa a gratificaçãode 10% sobre seu salário, excluídos do cálculo adicionais, acréscimos e vantagens pessoais. 2. DIÁRIAS E AJUDAS DE CUSTO Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. SÚMULA Nº 101 DO TST – DIÁRIAS DE VIAGEM. SALÁRIO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 292 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 – Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. (Primeira parte - ex-Súmula nº 101 - RA 65/1980, DJ 18.06.1980; segunda parte - ex-OJ nº 292 da SBDI-1 - inserida em 11.08.2003) SÚMULA Nº 318 DO TST – DIÁRIAS. BASE DE CÁLCULO PARA SUA INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – Tratando-se de empregado mensalista, a integração das diárias no salário deve ser feita tomando-se por base o salário mensal por ele percebido e não o valor do dia de salário, somente sendo devida a referida integração quando o valor das diárias, no mês, for superior à metade do salário mensal 3. REPRESENTAÇÃO 4. BICHO 5. SALÁRIO-FAMÍLIA – benefício previdenciário que tem direito os segurados empregados, inclusive os domésticos, e aos trabalhadores avulsos que tenham salário de contribuição inferior ou igual a remuneração máxima da tabela do salário-família; a. Empregados devidamente registrados, com carteira assinada, empregados domésticos e os trabalhadores avulsos que têm filhos menos de 14 anos de idade (incluindo tutelados e enteados); b. Lei 4.266/63; Art. 226, CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. Art. 7º CF: XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 6. SALÁRIO-MATERNIDADE – devido à segurada da previdência social, durante 120 dias, com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto, podendo ser prorrogado; a. Salário-maternidade de 180 dias – a lei 11.770/08 prevê incentivo fiscal para as empresas do setor privado que aderirem à prorrogação da licença maternidade para 180 dias; b. No período de prorrogação da licença a empregada não poderá exercer atividades remuneradas e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar; Art. 7º CF: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 7. 13º SALÁRIO-FAMÍLIA – faz jus ao trabalhador urbano ou rural, o trabalhador avulso e o doméstico; a. O cálculo será sobre o salário recebido pelo empregado no mês anterior, sendo pago proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado prestado ao empregador; b. Empregado demitido sem justa causa, aposentado ou com contrato extinto a termo, tem o direito ao 13º salário de forma proporcional aos meses trabalhados no ano; c. Lei 4.090/62 – apenas no caso de dispensa por justa causa o empregado não faz jus ao 13º salário proporcional; d. Lei 4.749/65 - 13º em duas parcelas, sendo a primeira entre 01/02 a 30/11, e a segunda até o dia 20/12. e. Dec. 57.155/65; f. Dec. 63.912/68 Art. 7º, CF VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; SÚMULA Nº 157 DO TST – GRATIFICAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 – A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida na resilição contratual de iniciativa do empregado. 16 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos 8. VALE TRANSPORTE – são beneficiários os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais; a. Fornecimento pelo empregador o deslocamento em veículos adequados ao transporte coletivo, para ida e volta do trabalho, desobriga a entrega de VT. Se este transporte não cobrir integralmente todo o trajeto, o empregador deverá fornecer o VT para o restante da viagem; b. Não deve fornecer o VT em dinheiro (art. 5º, Dec. 95.247/87), salvo em caso de falta ou insuficiência de estoque de VT pelas Operadoras; c. Requisitos: i. Seu endereço residencial; ii. Os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa; iii. Número de vezes utilizados no dia para o deslocamento; a. O trabalhador que se utilizar de declaração falsa ou usar indevidamente o VT pode ser demitido por justa causa; b. O funcionário que não comparecer ao serviço por motivo particular, atestado médico, férias e licença maternidade não tem direito ao auxílio referente aos dias que não trabalhar; 9. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR – PAT a. É permitido às PJ tributadas com base no Lucro Real deduzir até 4% do Imposto de Renda devido, o valor correspondente à aplicação da alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período em PAT; b. Isenção de encargos sociais (INSS e FGTS) sobre o valor do benefício; c. Pode ser estendido para, além dos empregados, os trabalhadores avulsos a seu serviço, para os contratados por intermédio de empresa de trabalho temporário, cessionária de mão de obra ou subempreiteira, assim como para estagiários ou bolsistas. d. Não se estende para sócios da empresa; e. Argumentos para concessão: i. Aumento de produtividade; ii. Maior integração entre trabalhador e empresa; iii. Redução do absenteísmo (atrasos e faltas); iv. Redução de rotatividade; v. Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida; vi. Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido); f. Formas de concessão: i. Serviço próprio – a empresa prepara a alimentação do seu trabalhador no próprio estabelecimento; ii. Administração de cozinha – uma outra empresa (terceirizada) produz a alimentação dentro do refeitório da sua empresa; iii. Alimentação-convênio (tíquete alimentação) – o funcionário poderá usar para almoçar/jantar/lanchar em qualquer restaurante credenciado ao PAT; iv. Refeições transportadas – uma outra empresa prepara a alimentação e leva até os funcionários (marmita); v. Convênio com restaurante – faz parte das refeições transportadas; vi. Cesta de alimentos – a empresa compra cestas de alimentos de empresas credenciadas ao PAT e fornece aos seus funcionários; 2º BIMESTRE ESTABILIDADE: 1. ESTABILIDADE DECENAL: tipo de recompensa ao empregado que permanecia trabalhando por 10 anos ao mesmo empregador; só cessava por justa causa e aposentadoria; durou até a CF/88, a qual tornou o regime fundiário obrigatório (FGTS passou a ser o único sistema de garantia); 2. ESTABILIDADES PROVISÓRIAS: 3. DIRIGENTE SINDICAL – estabilidade provisória funcional; a. Dirigente é aquela pessoa eleita por determinada categoria profissional para angariar vantagens econômicas e jurídicas para a categoria e representá-la; 17 Giovanna de Freitas Maciel – Direito do Trabalho II – Prof. Erika de Campos b. Só terá estabilidade se exercer na empresa atividade compatível com o sindicato pelo qual foi eleito; CLT Art. 543 §3º Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de
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