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Direito e Tecnologia da informação

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1-
• A ordem Técnica 
Tem-se aqui um primeiro domínio, o domínio econômico-tecno-científica, estruturado internamente pela oposição entre o possível e o impossível. Deixado à sua única e exclusiva espontaneidade, ele realizaria cujo princípio é que tudo será feito, desde que a anarquia tome conta. No entanto, o possível torna-se particularmente assustador hoje.
• A ordem político-jurídica
"A política começa onde terminam as guerras", ao usar essa frase o autor define a política como a arte da convivência em sociedade. Quando todos estão de comum acordo ou quando não há oposições de interesse, então não se trata de política, antes a política reúne opondo. Esta se faz necessária devido ao egoísmo humano. Ela existe para manter a sociedade mais humana, resolvendo os conflitos sem violência.
• A ordem da moral
De acordo com ele, não é a linha que define o certo do errado, o bem do mal, e sim algo que é essencial ao ser. As leis e as regras culturais-sociais definem o que é aconselhável ou não, a partir disso, a moral, segundo o autor, são as regras impostas pelo próprio ser. No entanto, aquilo que homem não faria, mesmo que pudesse fazer, sendo isento de qualquer vínculo que lhe aparecesse, é sua moral.
•A ordem da ética ou a ordem do amor
A ordem da ética, a ordem do amor, que não se limita à ordem da moral, mas a completa, a abre pelo alto. Eu chamo o que fazemos por dever, de moral. A ética é o que fazemos por amor, porque o amor infinito não é a temer, por duas razões: nós não desejaríamos nada melhor, e ele não é a nossa maior ameaça.
2- 
As ordens são, no sentido de um conjunto homogêneo e autônomo, regido por leis, alinhado a certo modelo, de que deriva sua independência em relação uma ou várias outras ordens. A atuação de cada ordem é independente, mas é também limitada pela ordem imediatamente superior, em uma estrutura hierárquica. Porque uma ordem é incapaz de limitar a si mesma, e sem uma limitação externa inevitavelmente chegaríamos ao tudo é permitido – é ao que o autor se refere através da lei de Gabor: “Todo o possível será sempre feito”. Cada uma possui então um espaço de atuação dentro da sociedade e da humanidade, e define-se cada uma delas, seus limites e confusões nas seções.
Quer dizer que, diante de alguma situação complexa, é possível identificar a presença delas para entender melhor o problema. Um problema qualquer que se enfrente, não se dá em uma única ordem. Então, conhece-las e saber identifica-las nas situações cotidianas é informativo e pode contribuir para uma decisão mais consciente.
A numeração das ordens: a ordem do amor (ou da ética, se preferir), apesar de estar no topo e ser colocada como mais importante pelo autor, é a quarta ordem. Há a indicação de que na hierarquia de ordens existem dois processos quase sempre conflitantes: a decisão individual e a decisão coletiva. Como o autor exemplifica se por um lado “Do ponto de vista do grupo, a política não obedece à moral”, por outro “Do ponto de vista do indivíduo (por exemplo, de cada eleitor, na cabine) a coisa é outra: a consciência moral pode influenciar seu voto”.
Para o coletivo a gradação das ordens se dá de baixo para cima, no sentido da numeração, primeiro o conhecimento, depois o poder, depois a moral e por fim o amor, que é a mais individual de todas. Não esqueçamos que todas estas ordens estão juntas, presentes, atuando, e, muitas vezes, conflitando. A melhor decisão para uma delas não coincide com a melhor decisão para a outra. E se temos uma ordem para as ordens, isso não significa sempre uma relevância maior.
3-
Tanto quanto a ordem tecnocientífica, a ordem jurídico-política não é capaz de limitar a si mesma, para que não aconteça de legalizarmos atos bárbaros, a própria lei precisa de limites. Esses limites só podem vir de outra ordem, da ordem moral, segundo Sponville, ou da ordem ética, segundo outros autores.
 Nenhuma lei veda o egoísmo, o desprezo, o ódio ou a maldade. Em uma democracia, o povo é soberano pois ele, ainda que indiretamente, é quem faz as leis, podendo modifica-las, mas não as violar. Soberano, neste caso, quer dizer sem limites. As leis do povo não limitam as próprias leis, nem o próprio povo, pois este poderia, hipoteticamente, mudar toda a lei. A democracia não é garantia de absolutamente nada. É mais uma ordem que funciona muito bem, com ela mesma, mas que precisa de limites externos.
4-
A ética perante a sociedade, entendendo que os seres humanos nascem e passam pelos caminhos de descobertas no mundo, vivendo e convivendo em sociedade, interagindo com questões sociais e culturais nas quais a ética se faz presente. A filosofia do direito é uma ferramenta para assegurar um olhar crítico e investigativo no respeito as diferenças multiculturais, nas esferas da vida. Ainda, a filosofia do direito deve provocar o jurista para que possa investigar e pensar sobre os fundamentos do direito presentes na vida em sociedade. Assim, a sociedade se organiza criando e recriando teias de diferentes grupos sociais que se relacionam com o meio, o qual merece cuidados para a preservação da vida no planeta.
Em meio a tantos conflitos mundiais de ordem política, econômica e religiosa, imperioso que a ética assegure de modo mais amplo possível o respeito a vida humana, como forma concreta de eliminar as diferenças entre países e culturas, transformando o mundo em uma imensa aldeia global de apoio coletivo e humanitário.
Assim, a ética deve possibilitar que o homem seja capaz compreender o direito alicerçado em princípios basilares que atendam as urgências humanas básicas de sobrevivência, com profundo respeito a vida humana e ao meio ambiente.
5-
A nossa realidade atual está modificada, parece-nos a primeira vista que o cidadão brasileiro, em grande parte, esqueceu ou optou por distanciar-se de certos valores formadores de sujeitos integros. 
Ressaltando que, o comportamento ético é o ato de agir, de decidir, de fazer o bem de fato, por uma conduta virtuosa na comunidade em que estamos inseridos, deste modo conduzimos uma vida mais harmoniosa em sociedade, na busca da felicidade, da liberdade e da justiça. E na filosofia moderna, a conduta virtuosa designa uma disposição moral para o bem individual e comum. 
A sociedade brasileira, nas últimas décadas, vem sofrendo grandes alterações, principalmente se considerarmos o comportamento dos cidadãos, as crenças e os valores culturais. Modificações estas, que vêem deixando perplexo um número cada vez maior de seus individuos; no entanto, seria aceitável, ou melhor, seria consciente esta perplexidade, uma vez que esta transformação se não foi por ela motivada, não deixou de por ela ser aceita. Portanto, vive-se hoje em nosso país em uma imensa e profunda crise de virtude e de ética. 
Como por exemplo: Dos sucessivos escândalos na política, que alcançam da mais baixa a mais alta esfera dos cargos públicos; Da utilização de verbas públicas para interesses particulares e enriquecimentos ilícitos; O que dizer do cidadão que se diz indignado com a corrupção dos políticos, e, no entanto, em suas ações particulares age dentro da mesma lógica, por exemplo, furar fila em banco; Ou pagar propina para receber a carteira de motorista sem fazer qualquer teste. Hoje, interpretar a criminalidade como principal causa da exclusão social e da heterogeneidade na concentração de renda é entender apenas parte da dimensão desta realidade, devido a estas não serem causas e sim, consequências.
6-
Atualmente, a ética se faz essencial para mim, principalmente, no âmbito profissional, a ética é relevante por estar presente nas menores atitudes e fica claro que em todas as profissões existe uma maneira certa, prudente e justa, de decidir, de conduzir e fazer uma específica tarefa em uma determinada atividade laboral, como por exemplo, na empresa de tecnologia na qual trabalho(GVdasa), com a responsabilidade da entrega de regulação dos projetos para os meus superiores e elaborar conforme a empresa conduz as regras, são essenciais para a integração do meu bem comum com a vidasocial, portanto, uma escolha minha.

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