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FACULDADE DE ANICUNS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURIDICAS
CURSO DE DIRETO
ACADÊMICAS:
 CÁSSIA TEIXEIRA CASTRO 
MARCELLA FERNANDA BENTO LIMA 
MÔNICA CUSTÓDIO DOS SANTOS 
THAÍS LIMA 
TELMA ROSA DA SILVA
“PROPRIEDADE INDUSTRIAL, REGISTRO E PATENTE”
ANICUNS
MARÇO /2020
INTRODUÇÃO
O empresário, para iniciar o exercício da sua atividade econômica, necessita organizar todo um complexo de bens que o permite desempenhar este mister. A esse complexo de bens dá-se o nome de estabelecimento empresarial, e dentre os bens que o compõem incluem-se os materiais e imateriais, como são exemplos a marca, as invenções, os modelos de utilidades etc.
Esses bens imateriais, hoje, são objeto de uma tutela jurídica específica chamada de direito de propriedade industrial.
No fim do século XIX, em 1883, alguns países sentiam a necessidade de produzir leis uniformes sobre a Propriedade industrial. Nesse período, aconteceu a Convenção de Paris, da qual o Brasil fez parte, que desenvolveu as primeiras regras e diretrizes para a uniformização internacional do tema. Muitas das normas definidas naquela época continuam em vigor, mas hoje o Brasil possui uma legislação especifica sobre a propriedade industrial, que está descrita na Lei nº 9.279/1996 – Lei de Propriedade Industrial – LPI.  
Antes de adentrarmos no estudo da lei, é importante ter em mente que propriedade industrial não se confunde com propriedade intelectual.
O que analisamos em direito empresarial é a propriedade industrial, uma das espécies do gênero propriedade intelectual, assim como o direito autoral. Direito autoral é tema de direito civil; Propriedade industrial é assunto atinente ao direito empresarial, regulamentado pela Lei nº 9.279/1996, que será abordado no presente estudo. Portanto, propriedade intelectual é gênero, que tem como espécies a propriedade industrial (a qual protege a técnica e o registro é constitutivo da proteção) e os direitos autorais (os quais protegem a obra em si de o registro é declaratório – ler art. 7º da lei).
A finalidade da lei, portanto, é a de garantir a exclusividade da exploração da propriedade industrial, possibilitando ao inventor produzir a invenção sozinho, garantindo alta produtividade, ou licenciar o uso, permitindo que outras empresas o produzam. Através da licença de uso o inventor garante o recebimento de uma remuneração, chamada de royalties.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Haverá Propriedade Industrial toda vez que um bem econômico imaterial for objeto potencial de propriedade e passível de apropriação por terceiros, tão logo seja colocado no mercado.
Nesse sentido, houve necessidade de criar mecanismos jurídicos de proteção ao investimento colocado na criação desse bem imaterial, para permitir que o seu titular aproprie de todo o valor da invenção, eliminando os “free-rides” e obtendo receita pela sua exploração, como forma de incentivar a pesquisa e o investimento em novas tecnologias.
A proteção da Propriedade Industrial permite também a disseminação do conhecimento tecnológico, uma vez que as invenções são tornadas públicas, possibilitando sua utilização por terceiros após a expiração da proteção.
A tutela jurídica da Ordem Econômica em nosso ordenamento visa a Livre Iniciativa (art. 5º, inciso XIII, art. 170, caput e art. 173, § 4º, da Constituição Federal e Lei nº 8.884/94) observada a Livre Concorrência (art. 5º, inc. XXIX, art. 170, inciso III e IV e Lei nº 9.279/96) e nos limites da Defesa do Consumidor (art. 170, inciso V e Lei nº 8.078/90).
Desta forma, pelo senso comum poderíamos questionar a proteção da Propriedade Industrial que garante direitos exclusivos de exploração frente ao direito da concorrência que busca impedir a monopolização de mercado.
Porém, essa garantia de direitos exclusivos não é propriamente um monopólio porque a proteção concedida pela propriedade industrial é capaz de gerar uma eficiência dinâmica e não estática, incentivando a criação de novas invenções e evitando a duplicidade de pesquisas, tendo como fim último o bem estar econômico e o progresso científico.
Isto porque, a Propriedade Industrial apesar de ter a prerrogativa de excluir terceiros da exploração dos bens imateriais protegidos, impondo sanção ao contra fator e concedendo ao seu titular vantagem competitiva considerável sobre seus concorrentes, não se confunde com monopólio, uma vez que, a exclusividade não recai sobre o mercado em si, mas sobre o meio de se explorar o mercado, sem evitar que, por outras soluções técnicas diversas terceiras explorem a mesma oportunidade de mercado.
Ressalvando que, podem ocorrer práticas anticoncorrenciais mediante abuso dos direitos de Propriedade Industrial, mas, nesse caso a própria legislação cuidou de criar mecanismos de defesa, como por exemplo, os previstos na Lei nº 8.884/94 de Defesa da Concorrência, arts 20, 21 (controle de condutas) e art. 54 (controle de estruturas), ou ainda, os que configuram concorrência desleal (art. 170, inciso IV da Constituição Federal e Lei nº 9.279/96, arts. 195 e 209). Assim, tudo que restringir a concorrência além do estritamente necessário para estimular a invenção é abuso, por exceder ao fim imediato do direito industrial.
Para ilustrar, temos como exemplos de condutas anticoncorrencias praticadas por titulares de Propriedade Industrial: a falta de uso, a recusa de contratar, o abuso de posição dominante, vendas ou licenças casadas, restritivas ou exclusivas, definição de standards para a compatibilidade de produtos, imposição de royalties após a expiração da patente, dentre outros.
Propriedade industrial x propriedade intelectual
De acordo com exposto no tópico anterior, há tutela jurídica da propriedade industrial integrantes do estabelecimento empresarial, ou seja, materiais e imateriais.
Todavia, os bens imateriais caracterizam-se em propriedade intelectual, sendo subdivididos em: direitos autorais e propriedade industrial. A origem da nomenclatura se dá devido ao exercício de aptidões de determinado indivíduo titular de direitos.
Existe, portanto, diferença nos efeitos jurídicos referentes a propriedade autoral e a propriedade industrial. No que se refere ao direito industrial, após expedição de carta-patente ou certificado pelo INPI, possui exclusividade na exploração dos bens.
Vale ressaltar que, independentemente do inventor quem solicitar a patente ou registro em primeiro terá a exclusividade sobre tal, sendo assim, possui natureza constitutiva.
Por seu turno, o direito autoral é decorrente do ato de criação de obra artística, científica, literária ou de programa de computador. O criador da respectiva obra deverá efetuar o registro da obra, o qual servirá como prova de anterioridade de criação, porém se difere do direito industrial por não possuir natureza constitutiva.
Fabio Ulhoa Coelho assim afirma "Uma das diferenças entre o direito industrial e o autoral está relacionada à natureza do registro do objeto, ou da obra. O do primeiro é constitutivo; o da obra se destina apenas à prova da anterioridade" (4).
Outro ponto de diferenciação se dá quanto à extensão da tutela, já que, no direito industrial a forma exterior do objeto e a própria ideia encontram proteção. No caso do direito autoral a proteção se dá somente quanto a forma exterior da criação, vedando o plágio, mas não a ideia do autor.
Por fim, a legislação prevê proteção legal aos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
 A IMPORTÂNCIA DO DIREITO À PROPRIEDADE INDUSTRIAL
O direito à propriedade industrial é essencial para a difusão tecnológica e para o desenvolvimento econômico, afinal, esse conjunto de princípios reguladores – das proteções às criações intelectuais – garante a exploração exclusiva por parte de seus criadores, a fim de proteger e incentivar esse desenvolvimento tecnológico. Interessante, não é mesmo?
Além disso,  por ser um país de intensa atividade empresarial – segundo o “Global Entrepreneurship Monitor”-, o Brasil foi um dos primeiros países a ter uma lei de patentes e um dos únicos a conceder prazos de duração da patente de acordo com a qualidade da invenção. Tudo isso só foi possível graças às grandes mudanças que a economia brasileira sofreu a partir de 1870 – período de Império do Brasil.
O HISTÓRICO DESSE DIREITO NO BRASIL
O Brasil foi um dos primeiros a ter uma lei de patentes e um dos únicos a conceder prazos de duração de acordo com a qualidade da invenção | Propriedade industrial – Artigo Quinto
Historicamente, o estopim para que houvesse o desenvolvimento de um sistema de privilégios direcionados para áreas como a literatura, ciência e arte foi a criação de uma imprensa. De maneira parecida, a Revolução Industrial foi a responsável por desencadear o desenvolvimento dos privilégios relacionados às propriedades industriais. No Brasil, o primeiro titular de uma propriedade industrial foi registrado em 1752, quando Antônio Francisco Marques obteve o privilégio de ser o dono da única fábrica fornecedora de um serviço específico: o descasque de arroz.
Contudo, a primeira lei brasileira própria para esse tipo de atividade só foi estabelecida anos mais tarde, em 1830. Ela assegurava ao inventor, o monopólio sobre o uso de sua respectiva descoberta. Além disso, era dado aos industriais e comerciantes o direito de marcar os seus produtos sem qualquer restrição relacionada a denominação, emblema e semelhantes.
Somente no fim do século XIX, em 1883, que alguns países sentiram a necessidade de produzir leis uniformes sobre a propriedade industrial. Nesse período, o Brasil fez parte de uma convenção, realizada em Paris, que desenvolveu as primeiras regras para a uniformização internacional do tema. Algumas dessas regulamentações continuam vigentes até os dias atuais.
Por fim, em 1970, foi criado o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), substituto do antigo Departamento Nacional da Propriedade Industrial, a fim de dinamizar o direito industrial brasileiro.
DOS BENS PROTEGIDOS PELA LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
· INVENÇÃO
Não há conceito de invenção na lei nem na doutrina. Mas, pode-se dizer que invenção é tudo aquilo que se inventa, que se cria, que pode ser explorado economicamente.
 Mas para que seja reconhecido como invenção, o bem deve atender a quatro requisitos previstos na lei: a novidade, a atividade inventiva, a aplicação industrial e o não impedimento.
Novidade, segundo o art. 11 da Lei de Propriedade Industrial, “é aquilo que não está compreendido no estado da técnica.” Noutras palavras, quando o invento constituir algo desconhecido até mesmo da comunidade cientifica da área de conhecimento, ele não está compreendido no estado da técnica.
Já a atividade inventiva, disciplinada no art. 13 da LPI, “ocorre sempre que para um técnico no assunto não decorra de maneira óbvia ou evidente do estágio atual da técnica”. Ou seja, o inventor deve provar que chegou àquele resultado novo em decorrência de um ato de criação seu, o que diferencia a invenção de uma descoberta. Por exemplo, um descobridor descobre uma jazida de metal precioso, já um inventor cria um mecanismo de aproveitamento desse metal. Uma coisa é descobrir a eletricidade, outra coisa diferente é inventar a lâmpada.
 A aplicação industrial, terceiro requisito, limita como invenção somente aquilo que tem aplicação industrial, ou seja, quando o projeto puder ser utilizado, produzido em indústria. Quando for útil. A doutrina cita como exemplo interessante o caso de alguém inventar um motor considerado o mais rápido do mundo, mas que só funcionaria com um combustível que não existe na face da terra. Esta hipótese não pode ser considerada invenção já que é impossível ser industrializada, não cumprindo, assim, o requisito de aplicação industrial.
Por fim, só pode ser considerado como invenção aquilo que não estiver impedido pelo artigo 18 da Lei de Propriedade Industrial. Tal artigo elenca como casos de impedimentos à patente tudo o que for contrário à moral aos bons costumes, à saúde pública; tudo o que for resultado ou resultante de transformação do núcleo atômico e o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microrganismos. O inventor pode até atender aos outros requisitos, mas se a invenção se enquadrar em qualquer um dos casos citados acima, não será patenteável.
· MODELO DE UTILIDADE
O modelo de utilidade está definido no art. 9º da Lei nº 9.279/1996 nos seguintes termos: “modelo de utilidade é o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.”
O modelo de utilidade pode ser considerado como uma pequena invenção, algo que foi criado para trazer uma utilidade maior para um invento já existente. Ele traz uma melhoria funcional para um ato inventivo, para algo que já é considerado invenção. A palavra-chave para o caso é melhoria funcional.
Podemos citar como exemplos de modelo de utilidade: a invenção de um cabo anatômico de uma vassoura criado para amenizar dores na coluna daquele que a utiliza é considerado um modelo de utilidade; a churrasqueira sem fumaça, segundo o STJ, é modelo de utilidade porque o mecanismo que impede a fumaça é algo criado para trazer uma melhoria para o invento já existente, que é a churrasqueira.
· DESENHO INDUSTRIAL
O artigo 95 da Lei de Proteção Industrial define desenho industrial como a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
A doutrina diz que o desenho industrial é o elemento fútil porque não traz nenhum tipo de melhoria, de utilidade, só se preocupando com a estética, com a configuração externa. Se trouxer algum tipo de utilidade, já não é mais desenho, é modelo de utilidade.
São exemplos de desenho industrial a garrafa térmica com um resultado visual novo, a garrafa de cerveja que tem um design proporcionando melhor adaptação das mãos e a nova estética de um aspirador de pó.
A haste flexível dos óculos que o adapta melhor à cabeça, no entanto, é modelo de utilidade. Noutros ternos, o modelo de utilidade traz melhoria e o desenho industrial muda o design.
· MARCA
Conforme definido pelo artigo 122, da Lei de Propriedade Industrial, marca é o sinal distintivo, visualmente perceptível, não compreendido nas proibições legais.
Por meio da marca você procura identificar um produto ou serviço, ou seja, ela é o elemento de identificação, de distinção.
No Brasil, não é possível registrar sinal sonoro, sendo permitido registrar como marca apenas aquilo que é visualmente perceptível. O sinal auditivo ‘plim-plim’ do Globo, por exemplo, não pode ser registrado como marca. Por outro lado, na Europa é possível registrar o som do motor de uma moto Harley Davidson. No nosso país, no entanto, só pode ser registrado como marca aquilo que se vê.
Marca de produto ou serviço, portanto, é que distingue um produto ou serviço de outro igual, semelhante ou afim de origem diferente.
Marca de certificação, por sua vez, atesta que determinado produto está dentro das normas técnicas ou das certificações legais. São exemplos o ISO e o INMETRO.
Já a marca coletiva é aquela usada para identificar produtos ou serviços que advêm de membros de uma determinada associação, instituição ou entidade. O exemplo mais típico de marca coletiva é a marca existente em todos os pacotes de café vinculados à Associação Brasileira dos Produtores de Café. Essa é uma marca coletiva, significando que o produtor daquele café integra uma coletividade, faz parte de uma entidade, visando trazer maior credibilidade ao produto.
Tal qual ocorre com a invenção, a marca também precisa atender requisitos definidos na lei.
Novidade é o primeiro deles. No entanto, não se exige que a novidade seja absoluta, bastando que a mesma seja relativa.
Tratando da situação em análise, a jurisprudência falado princípio da especificidade, que também é chamado de princípio da especialidade. Por esse principio, a proteção jurídica conferida pela lei à marca é restrita ao ramo de atividade em que seu titular atua. Ou seja, a marca não precisa ser absolutamente nova, bastante que a originalidade diga respeito apenas ao ramo de atividade do seu possuidor.
Não obstante não seja abrangente no que se refere ao seu âmbito material (ramo de atividade), a proteção da marca vale em todo o país, ou seja, no âmbito territorial a proteção é de abrangência nacional.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI – é a autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável pela concessão de privilégios e garantias aos inventores e criadores em âmbito nacional.
Vale salientar que não se pode confundir marca notória com marca de alto renome. Segundo o art. 125 da Lei nº 9.279/1996, à marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade. Assim, quando o INPI reconhece uma marca como de alto renome, ela terá proteção em todos os ramos de atividade.
O terceiro e ultimo requisito da marca é o não impedimento legal. Os casos de impedimento legal estão no art. 124, da Lei de Propriedade Industrial que elenca uma série de itens não registráveis como marca.
DAS FORMAS DE PROTEÇAO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
A LPI Protege a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca, além de reprimir a falsa indicação geográfica e a concorrência desleal.
A proteção dos bens móveis se dá através da patente e do registro. Patente é o título que formaliza a proteção da invenção e do modelo de utilidade. Já o Registro é o título que formaliza a proteção do desenho industrial e da marca.
O segundo requisito da marca é a não colidência com marca notória. Segundo o art. 126 da LPI, “marca notória é aquela ostensivamente pública e conhecida de popularidade internacional.” São exemplos de marca notória, ou seja, de reconhecimento internacional: Visa, Motorola, Sony, Honda etc.
Interessante o fato de que a marca notória, assim como fato notório, não precisa de registro no INPI para ter proteção legal. Isso significa que o Brasil é obrigado a proteger uma marca notória, ainda que ela não tenha sido aqui registrada. Tal obrigação decorre do fato de ser o Brasil signatário da Convenção da União de Paris que determina aos países signatários que protejam a marca notória.

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