Slides Aula Parentalidade

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Princípio da Igualdade – art. 227, parágrafo 6º Constituição Federal
	 O que é ser pai/mãe? 
	 O que é relevante para identificar a paternidade/maternidade?
	 Como se revela a verdadeira paternidade/maternidade?
	 Três dimensões da paternidade – Paternidade jurídica ou legal; 
	 Paternidade Biológica ou Genética e Paternidade Socioafetiva.
	Tradicionalmente:
	“mater semper certa est” (a maternidade é sempre certa)
	“pater is est quem nuptiae demonstratrant” também conhecida como “pater is est” – paternidade é presunção que decorre do casamento. 
Questões relevantes a respeito do tema paternidade/maternidade/filiação: 
	As dimensões da paternidade – jurídica (legal/sistema de presunção), genética e socioafetiva (Art. 1.593 do CC)
	Distinção entre ascendência genética e paternidade (art.48 da Lei 8.069/90)
	Parentalidade – termo utilizado atualmente para designar condição de quem é parente, seja em decorrência da consanguinidade, socioafetividade ou afinidade. Trata-se de expressão mais abrangente.
	Multiparentalidade – possibilidade de reconhecimento de dupla maternidade/paternidade (biológica e socioafetiva).
	Reprodução Assistida – No Brasil, a reprodução assistida (R.A.) não está regulamentada. 
	A única regulamentação é do Conselho Federal de Medicina e trata de questões éticas relativas ao tema - Resolução 2.168/2017 do CFM
	O CNJ editou dois provimentos que tratam do registro de nascimento de crianças que nasceram de reprodução assistida: Provimentos 63 e 83 do CNJ
	Esses provimentos também tratam do reconhecimento voluntário da paternidade/maternidade socioafetiva.
	 Filiação Matrimonial – presunção pater is est quem nuptiae demonstrant – Art. 1.597 Código Civil
Incisos I e II – Presunções que admitem prova em contrário – ou seja, o exame de DNA – 
Inciso III – Fecundação artificial homóloga – material genético dos próprios cônjuges ou companheiros.
Inciso IV – filhos havidos a qualquer tempo – embriões excedentários – também decorrentes da técnica de concepção artificial homóloga. Fecundação in vitro.
Inciso V – Inseminação artificial heteróloga – com material genético de terceiro, desde que haja prévia autorização do marido/companheiro.
	Enunciados a respeito do tema R.A.
	N.º 104/ I Jornada – “No âmbito das técnicas de reprodução assistida envolvendo o emprego de material fecundante de terceiros, o pressuposto fático da relação sexual é substituído pela vontade (ou eventualmente pelo risco da situação jurídica matrimonial) juridicamente qualificada, gerando presunção absoluta ou relativa de paternidade no que tange ao marido da mãe da criança concebida, dependendo da manifestação expressa (ou implícita) da vontade no curso do casamento”
	n.º 106 – Art, 1597, inciso III – “para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher, ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatório, ainda, que haja autorização escrita do marido para que utilize o material genético após a sua morte.
	N.º 258/III Jornada – “Não cabe a ação prevista no art. 1.601 do Código Civil se a filiação tiver origem em procriação assistida heteróloga, autorizada pelo marido nos termos do inciso V do art. 1.597, cuja paternidade configura presunção absoluta”
	N.º 129 – “Art. 1.597-A. A maternidade será presumida pela gestação. Parágrafo único. Nos casos de utilização das técnicas de reprodução assistida, a maternidade será estabelecida em favor daquela que forneceu o material genético, ou que, tendo planejado a gestação, valeu-se da técnica de reprodução assistida heteróloga.”
	Ação Negatória de Paternidade – 
	É a ação cabível para afastar a paternidade estabelecida pela presunção “pater is est”.
	Art. 1.601 do CC – ação imprescritível
2) Filhos havidos fora do casamento:
	 Reconhecimento voluntário – art. 1609 e Lei 8.560/92 c/ Lei 12.004 de 29.07.09/Provimentos 63 e 83 do CNJ
b) Reconhecimento Judicial – Ação Investigatória de Paternidade
É imprescritível – Súmula 149 do STF
Exame de DNA – art. 231/232 CC e Súmula 301 do STJ
	
	
Tese firmada em decisão de Repercussão Geral n.º 622/STF em 2016:
	“A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro,
	não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante, baseado na origem biológica, com efeitos jurídicos próprios.” (Recurso Extraordinário 898.060/SC.)