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AULA 3 PARASITO-Leishmaniose

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PARASITO-AULA 3 
(04/04/17)
LEISHMANIOSES (ou Leshmanioses)
· Gênero: Leishmania
· Diferentes espécies
· Diferentes casos clínicos dependendo da relação com o hospedeiro
· São divididas em:
-Leishmaniose Tegumentar (LTA) – pele e mucosas
- Leishmaniose visceral (LVA) – tropismo por vísceras
· Ciclo heteróxeno
· Uma das 6 doenças de quadros mais graves
· 1998: 12 milhões de infectados
· Constante expansão
· Mais de 350 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco para infecção
· LTA e LVA estão presentes em 10 de 12 países
· Associadas a infecções por HIV
· Presentes em lugares mais quentes e úmidos
· LVA também é chamada de Calazar
· Transmitidas por um inseto (Flebotomíneo – fêmea)
· Diversos animais infectados que atuam como reservatórios, que podem ser sintomáticos ou não:
- Roedores silvestres, gambá, paca, cutia (LTA)
- Cão doméstico (para LTA não é reservatório), gato e equinos (LTA)
Só é reservatório na LVA.
Principal reservatório em ambiente urbano
(o cão deverá ser sacrificado)
*Reservatórios*
(LVA): canídios silvestres (raposa), gambás, cão doméstico
 
Para infectar o hospedeiro humano:
	-Desmatamento, construção de casas próximas a áreas alteradas, ou seja, aspectos ecológicos.
	-Flebotomíneo (inseto mais compacto, “mosquito palha”)Só as FÊMEAS transmitem o parasito, pois só elas se alimentam de sangue
	
Não tem grande capacidade de voo
Classificação:
	Reino
	Sub-reino
	Filo
	Classe
	Ordem = Kinetoplastida possui cinetoplasto (kDNA); identificação da forma evolutiva e da espécie do parasito.
	Família
	Gênero
>Unicelular
>Flagelado
-LVA e LTA são causados por diferentes grupos de espécies de Leishmania 
- 4 principais espécies nas Américas:
		1 de LVA: Leishmania chagasi (Leishmania infantum)	
		3 de LTA: Leishmania braziliensis; Leishmania guyanensis e Leishmania amazonensis 
- Existe uma diversidade de vetores:
		Os Flebotomíneos possuem diversas espécies que propiciam a infecção ao hospedeiro humano
-Para ocorrer a transmissão é necessária a presença do vetor (Flebotomíneo), pois não existe transmissão direta (por exemplo, do cão p/ o humano)
-Formas evolutivas do parasito Leishmania:	
		Amastigota:
		- Em hospedeiros vertebrados
		- Não tem flagelos visíveis na microscopia óptica 
		- O flagelo não ultrapassa o citoplasma
		- Núcleo globuloso
		- Divisão binária (assexuada)
		- Intracelular (dentro de macrófagos- ser humano, roedores, cães, etc.)
		Promastigota:
		
		- Em hospedeiros invertebrados (Flebotomíneo)
		- Flagelo fica na região anterior do corpo e emerge no corpo
		- Núcleo semi-central
		- Divisão binária (assexuada)
Amastigota: é a forma infectante para hospedeiro invertebrado (Flebotomíneo) e é encontrada nesse tipo de hospedeiro
Promastigota: é a forma infectante no hospedeiro para o hospedeiro vertebrado e é encontrada no hospedeiro invertebrado (Flebotomíneo)
OBS: Não se pode classificar a forma amastigota nem promastigota como definitiva ou intermediária porque ambas possuem reprodução assexuada tanto no invertebrado como no vertebrado.
-Transmissão: passivo cutâneo (pelo Flebotomíneo, sem gasto de energia)	
-Ciclo biológico: a fêmea do Flebotomíneo, que tem a forma promastigota do parasito, se alimenta do sangue do hospedeiro vertebrado (ex: humano). No momento da sucção do sangue, a promastigota (presente no trato digestório do Flebotomíneo) será regurgitada para o ser humano. Logo, o ciclo é heteroxeno (2 espécies: Flebotomíneo e ser humano).
- Formas clínicas: depende da espécie e genética do parasito, além da capacidade de resposta imune do hospedeiro.
· Cutânea ou tegumentar (LTA)
· Cutânea mucosa (LCM) - lesões na pele, acometendo a mucosa
· Cutânea difusa (LCD) - nódulos difusos
· Visceral ou calazar (LV) - parasito em vísceras (fígado, baço, medula óssea)
*LTA patogenia: 
-Úlceras cutâneas de borda elevada e fundo granuloso e úmido
-Período de incubação 1 a 2 meses (variável). Período de pré-patente 10 a 25 dias
 -Lesão indolor
	- Lesões muco cutâneas (LCM)
	- Lesões na pele (úlceras) (LTA)
	- Lesões difusas (LCD) – nódulos difusos
LCM= Leishmania braziliensis
LTA= 3 espécies
LCD= Leishmania amazonensis (sem resposta celular)
*LTA diagnóstico:
Laboratorial: 
- Raspada da borda (swab)
	- Biópsia
	- Esfregaço
	- PCR
	- Imunoperoxidase
Imunológico:
	- Pesquisa de anticorpos
Reação intradérmica de Montenegro: resposta celular (não funciona para LCD)
*LTA tratamento:
	- Glucantime
	- Anfotericina B
*LTA epidemiologia:
	-Ondas epidêmicas (mais que o nº esperado)
	- Presente nas 5 regiões do Brasil
	- Observa-se infecção natural em cães (não são reservatórios)
	- Ciclo inicialmente silvestre – alterações ambientais
	- Antropofilia do inseto vetor
	- Domicialização do parasito: presença de cães
*LVA patogenia:
	-Macrófagos de vísceras – aumento do órgão (fígado e baço) e comprometimento da medula óssea
	- Sintomas: alteração respiratória, febre constante, anemia, hemorragia, emagrecimento, imunodepressão e resposta humoral aumentada
*LVA diagnóstico:
Laboratorial:
	- Biópsia de fígado, baço e medula óssea
Imunológica:
	- Eliza
	- Imunofluorescência
	- DPP, Eliza (para cães)
*LVA tratamento:
	- Glucantime
	- Anfotericina B
	- Pentamidina
*LVA epidemiologia:
	- Zoonose
	- 17 dos 24 estados
	- Ambientes rurais e periurbanos
	- Centros urbanos: Palmas, 3 Lagos, RJ, Campo Grande, BH, Corumbá, Araçatuba
Cão como reservatório doméstico (ex em Maricá). Lutzomyia longipalpis principal vetor – antropofilia e zoofilia
Profilaxia: 
- Construir casas longe das regiões de mata
- Uso de repelente
- Roupas de manga comprida (barreira)
- Telas especiais (o Flebotomíneo é muito pequeno)
- Divulgar informações
- Educação em saúde
- Desinsetização das residências
- Evitar lixo, restos de fruta e/ou alimentos, reduzindo a circulação de animais silvestres
- Notificar os casos
OBS: vacinação para cães não é medida de saúde coletiva.

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