Buscar

VERSÃO GRATUITA DA APOSTILA DE PARASITOLOGIA - @MEDVETRESUME

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ParasitologiaParasitologiaParasitologia
veterináriaveterináriaveterinária
 MONTEIRO, Silvia Gonzalez. Parasitologia na
medicina Veterinária, 2 Ed.
 TAYLOR, M.A. Parasitologia Veterinária, 4 Ed.
Feito com base nas aulas e nos livros: 
@medvetresume
-Versão gratuita--Versão gratuita--Versão gratuita-
@medvetresume 
Por exemplo, larva migrans cutânea no ser humano, 
que é causada pela forma larval de Ancylostoma 
caninum (parasito do cão). Parasitam um 
hospedeiro diferente do seu habitual. 
Parasitologia veterinária 
INTRODUÇÃO 
CONCEITOS EM PARASITOLOGIA 
Parasitologia: Ciência que estuda o 
parasitismo e sua relação com o hospedeiro. 
 É uma associação entre seres vivos, 
no qual o parasito vive à custa do hospedeiro 
e que pode parcialmente ter prejuízo. 
Na ecologia, o parasitismo é caracterizado 
por ter uma relação ecológica 
interespecífica, ou seja entre espécies 
diferentes, e sendo desarmônica, com o 
parasito beneficiado e o hospedeiro 
prejudicado. 
 
Parasito do grego, significa “ser que se 
alimenta de outro ser ” 
 No caso esse outro ser é o 
hospedeiro Organismo que 
abriga o parasito. 
Nesse sentido, parasita é um organismo que 
necessita de outro ser para ter abrigo e 
alimento, para reproduzir e perpetuar a 
espécie e não raro causando-lhe dano. 
Unilateralidade de benefícios: 
 
O parasito é sempre beneficiado, e o 
hospedeiro, prejudicado. Podendo haver 
dependência metabólica; 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS 
 
LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO 
Endoparasitos: Vivem dentro do 
hospedeiro. 
Por exemplo, helmintos e protozoários 
Endoparasitas infectam!! 
→ Infecção: É a invasão de um 
hospedeiro por organismos (vírus, 
bactérias, protozoários, helmintos) 
Ectoparasitos: Vivem na superfície ou em 
cavidades do hospedeiro. 
 
Ectoparasitas infestam!! 
→ Infestação: É o estado ou a 
condição de ser infestado, restrito à 
presença de parasitos externos. 
 
PERMANÊNCIA NO HOSPEDEIRO 
Temporário: Uma ou mais formas 
evolutivas do parasito procuram o 
hospedeiro somente para se alimentar ou 
buscar abrigo. 
Por exemplo, pulgas e mosquitos 
 
Permanente: Em todas as suas fases de 
vida, alimentam-se e reproduzem-se no 
hospedeiro. Dependem do hospedeiro para 
sobreviver. 
Por exemplo, sarnas e piolhos 
 
Periódico: Apenas em uma fase de sua vida 
alimentam-se no hospedeiro. Só são 
parasitos em uma fase de desenvolvimento. 
 
 
 
RELAÇÃO COM O HOSPEDEIRO 
Obrigatório: Organismos incapazes de 
ter vida livre e precisam de um hospedeiro 
para sobreviver. 
Por exemplo, Toxoplasma gondii 
 
Facultativo: Aqueles seres que podem ou 
não viver parasitando. 
 
Por exemplo, as moscas da família Calliphoridae 
 
Acidental: Acidentalmente entra em 
contato com o hospedeiro, porém não evolui 
nele. Aquele que vai a outro lugar que não o 
ideal e fica por acaso. 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo, carrapato, larva de Dermatobia 
hominis, larva de Cochliomyia hominivorax. 
Por exemplo, artrópodes (ácaros e insetos), como 
bernes, carrapatos, pulgas. 
@medvetresume 
Por exemplo, ciclo de Fasciola (o parasito passa 
uma parte do ciclo no interior de um molusco e a 
outra em um vertebrado 
NÚMERO DE HOSPEDEIROS 
Monóxenos (direto): Necessita somente 
de um hospedeiro. Infesta ou infecta 
diretamente seu hospedeiro definitivo, sem 
necessitar de hospedeiro intermediário. 
Por exemplo, Haemonchus 
 
 
Heteróxenos (indireto): Quando 
existem dois ou mais hospedeiros. 
→ Sendo chamados de Dioxeno, quando 
são dois hospedeiros e trioxeno, quando são 
três, e assim por diante. 
 
 
 
 
 
 
 
ESPECIFICIDADE 
Estenoxenos: Quando são muito 
específicos, só aceitam aquele hospedeiro. 
 
→ Especificidade parasitária restrita: 
Parasito restrito a uma determinada espécie 
 
Por exemplo, Babesia bovis em bovinos. 
 
Eurixenos: Quando apresentam 
especificidade parasitária, tendo uma 
variedade de hospedeiros. 
→ Parasita hospedeiros de diferentes 
grupos de animais; 
 
Por exemplo, Toxoplasma gondii ou Fasciola hepatica, 
que podem parasitar várias espécies animais 
 
Oligoxenos: Têm uma especificidade 
limitada, porém maior que os estenoxenos e 
menor que os eurixenos. 
→ Os hospedeiros têm que ter 
Parentes, normalmente estão na mesma 
família ou no mesmo gênero; 
 
 
Por exemplo, Echinococcus granulosus pode ser 
encontrado no cão e no lobo, ambos mamíferos 
agrupados na família Canidae. 
 
TIPOS DE HOSPEDEIROS 
Definitivo (HD): É aquele em que o 
parasito é encontrado na sua forma adulta, 
em que ele alcança sua maturidade sexual. 
 
 
 
Por exemplo, no ciclo da Taenia saginata, o ser 
humano é o HD, pois tem o parasito adulto no seu 
intestino delgado. Para isso acontecer, o indivíduo 
ingeriu a forma larval da Taenia que estava na carne 
de bovino malcozida, ou seja, o ruminante é o 
hospedeiro intermediário (HI). 
 
No ciclo de vida do Toxoplasma, um protozoário que 
apresenta mais de um hospedeiro, o HD é o felino, 
pois é nele que ocorre a reprodução sexuada; já os 
animais domésticos e o ser humano vão ser os HI, 
pois, nestes, só ocorre a reprodução assexuada. 
 
Intermediário (HI): É aquele no qual se 
encontra a forma imatura do parasito, ele 
não consegue alcançar sua maturidade 
sexual nesse hospedeiro. 
 
 
 
Por exemplo, no ciclo do protozoário Plasmodium, o 
ser humano é o HI, ocorrendo apenas a reprodução 
assexuada e o mosquito Anopheles é o HD, onde 
ocorre a reprodução sexuada. 
 
Paratênico (de transporte): É um ser 
vivo que serve de refúgio temporário e de 
veículo até que o parasita atinja o 
hospedeiro definitivo. 
→ O Parasita apresenta-se na sua fase 
não adulta; 
→ Esse hospedeiro entra no ciclo por 
acidente e não são essenciais para a 
continuação do ciclo, mas facilitam a 
transmissão do parasito para seus 
hospedeiros. 
 
Por exemplo, os ratos no ciclo de Toxocara canis 
ingerem ovos no ambiente e albergam as larvas do 
verme nos seus tecidos. Se o rato for ingerido por um 
cão (HD do T. canis), o parasito se desenvolve até a 
forma adulta no intestino delgado do canino. 
Não necessariamente são dois 
ou três hospedeiros diferentes
No caso de protozoários, eles 
se encontram na fase sexuada 
No caso dos protozoários, é no 
HI que se dá a fase assexuada 
@medvetresume 
Reservatório: É o ser vivo responsável 
pela sobrevivência do parasito. O parasito 
dificilmente causa doença nesse hospedeiro. 
 
Por exemplo, a capivara é um reservatório do 
T. evansi 
 
VETORES 
 São veículos que transmitem o 
parasito entre um hospedeiro e outro; 
→ Termo usado para artrópodes. 
→ São essenciais para a sobrevivência 
do parasito. Se o vetor for eliminado, o 
parasito é erradicado. Por exemplo, na 
malária, o Plasmodium é disseminado pelos 
mosquitos, que são os vetores biológicos; se 
os mosquitos fossem extintos, não existiria 
mais a doença. 
 
Podem ser divididos em: 
• Vetores mecânicos: meros 
transportadores. Não há desenvolvimento 
do parasito. 
 
Por exemplo, o ácaro Macrocheles usa um besouro 
para se transportar 
 
• Vetores biológicos: Funcionam como 
HI, pois haverá desenvolvimento do 
parasito. 
Por exemplo, a Dermatobia hominis pode ovipor na 
mosca Stomoxys, e o desenvolvimento da larva (L1) 
do berne ocorre nessa mosca. 
 
• Vetores inanimados (Fômites): 
Quando o parasito é transportado por 
objetos. 
Por exemplo, agulhas, espéculos, etc. 
 
ACÃO DO PARASITO NO HOSPEDEIRO 
Ação mecânica: 
• Obstrução: como a de Toxocara, 
esse parasito forma bolos de vermes no 
intestino e o obstrui; 
• Compressão: como a do Coenurus 
cerebralis, que, conforme cresce, comprime 
o cérebro, causando perturbações 
neurológicas e funcionais. 
Ação espoliadora: É quando o parasito 
absorve nutrientes e fluidos do hospedeiro, 
tornando-o abatido, apático, magro e alvo 
fácil de outras doenças. 
 
 
Por exemplo, Haemonchus ao sugar sangue no 
abomaso de ovelhasAção inflamatória/irritante: Ocorre 
pela penetração ativa de larvas na pele. 
 
Por exemplo, Strongyloides papillosus 
 
Ação de transmissão: Hospedeiros 
transmitem agentes patogênicos. 
 
 
 
Por exemplo, carrapato transmitindo Babesia 
 
Ação Tóxica: É quando o parasito produz 
enzimas ou metabólitos que podem lesar o 
hospedeiro. 
 
 
Por exemplo, reações alérgicas aos metabólitos 
produzidos por Anaplasma marginale 
 
Ação Traumática: Provocada por formas 
larvais de helmintos, apesar de parasitos 
adultos também possuírem essa ação. 
 
Por exemplo, larvas de Haemonchus 
 
PERÍODO DE PARATISMO 
 
Período pré-patente (PPP): É o 
período entre o momento da infecção até a 
maturidade sexual, quando se inicia a 
eliminação de ovos, cistos, oocistos ou 
larvas. 
→ Corresponde ao período de incubação 
da doença no animal. 
 
 Tempo decorrido entre a exposição de um 
 animal a um organismo patogénico e a 
 manifestação dos primeiros sintomas da 
 doença. 
 
Período patente (PP): 
A partir da fase adulta até o fim da vida 
dos parasitos ou fim da infecção. 
→ No caso dos protozoários, é a fase 
de reprodução sexuada. 
 
@medvetresume 
É o período em que os parasitos são 
facilmente diagnosticados por meio dos seus 
ovos, cistos, oocistos ou larvas. Geralmente 
coincide com o período de sintomas da 
doença no animal. 
Termina quando as fases citadas 
anteriormente não são mais encontradas nos 
exames. 
 
CURIOSIDADES NA PARASITOLOGIA 
→ A maioria dos parasitos se reproduz 
rapidamente e tem um ciclo de vida 
simples, como por exemplo a giárdia. 
→ Parasitos de animais podem levar ao 
abortamento. 
→ Não existe cura parasitológica para a 
Leishmaniose em cães (protozoário 
hemoparasita), mas existe um 
tratamento para que proporcione uma 
melhor qualidade de vida ao animal. 
→ A Doença de Chagas pode ser 
contraída pela ingestão de açaí 
contaminado com fezes do barbeiro. 
→ Picada pelo mosquito conhecido como 
barbeiro não é mais a principal causa 
da enfermidade, capaz de trazer 
graves abalos ao coração. 
→ Existe um parasito (toxoplasma 
gondi) que faz o rato perder medo do 
gato. 
→ Doenças parasitárias trazem 
prejuízos econômicos. 
→ O número de algumas doenças 
parasitárias aumenta no verão, por 
conta da alta temperatura. Como, por 
exemplo, carrapatos, pulgas, 
leishmaniose, (...). 
→ Suínos pode ter a cisticercose e não 
teníase. 
→ O animal precisa ser vermifugado 
independente se o animal sai na rua ou 
não. 
 
 
 
 
 
 
@medvetresume 
 
Os protozoa/protozoários são organismos 
unicelulares, eucarióticos e que apresentam 
nutrição heterotrófica. 
Os protozoários, em sua grande maioria, 
apresentam-se em: 
✓ Vida livre sendo encontrados em 
diferentes ambientes aquáticos e úmidos. 
✓ Espécies que vivem em associação 
com outros organismos, como é o caso 
dos parasitas. 
 
Reprodução 
 
Assexuada 
 
✓ Divisão binária: 
 
 
 
 
 
 
✓ Brotamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Merogonia(esquizogonia): Várias 
divisões do núcleo celular sem que haja 
divisão imediata do citoplasma. 
 
 
 
 
 
 
 
Sexuada 
 
✓ Gametogonia: Formação de gametas 
✓ Esporogonia: Formação dos 
esporozoítos 
 
 
Alguns protozoários possuem fase sexuada e 
assexuada. 
 
Classificação 
 
Por locomoção 
 
 
 
 
 
 
✓ Protozoários ciliados se locomovem 
por auxílio de estruturas denominadas de 
cílios, cada cílio se origina em um corpo 
basal; 
✓ Flagelados: Utilizam flagelos para se 
locomover, no qual pode ser originado no 
corpo basal ou aderido ao corpo do 
protozoário (membrana ondulante); 
 
Reino Protozoa 
@medvetresume 
✓ Pseudópodes: movimentam com a 
ajuda de pseudópodes, que são 
prolongamentos citoplasmáticos que 
modificam a forma do corpo do organismo e 
promovem a locomoção. 
O seu citoplasma flui pelos prolongamentos 
Capacidade fagocítica 
 
Alimentação 
 
✓ Fagocitose: Englobam pequenas 
estruturas macromoleculares 
✓ Pinocitose: Englobam gotículas 
líquidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns filos do Reino Protozoa 
 
Os protozoários possuem uma 
classificação complexa e que estão sempre 
em revisão 
Atualmente, alguns pesquisadores 
classificam esses seres em 13 filos 
 
Apenas 9 filos são considerados de 
importância veterinária, são eles: 
✓ Amoebozoa 
✓ Percolozoa 
✓ Euglenozoa 
✓ Parabasalia 
✓ Formicata 
✓ Metamonada 
✓ Preaxostyla 
✓ Apicomplexa 
✓ Cilophora 
 
 
 
 
 
@medvetresume 
 
É importante saber o reino, a ordem, o 
gênero e a espécie! 
 
Família Trichomonadidae 
 
Inclui diversos gêneros de interesse médico 
e veterinário: Tritrichomonas, Trichomonas, 
Tetra-trichomonas, Trichomitus e 
Pentatrichomonas. 
 
Identificação das espécies e relação 
parasito x hospedeiro ainda não são 
conhecidas; 
✓ Em bovinos, causa a tricomonose 
bovina, doença que pode levar à infertilidade 
e aborto; 
✓ Pode estar associada a doenças 
intestinais em gatos; 
 
O patógeno mais importante desta família é 
o gênero Tritrichomonas foetus 
 
Tritrichomonas foetus 
 
Aspectos gerais 
 
Protozoário transmitido classicamente por 
via sexual; 
Hospedeiros 
✓ Bovinos e gatos 
Localização 
✓ Prepúcio dos machos e útero e vagina 
das fêmeas; 
✓ Intestino delgado de gatos; 
 
 
 
Forma evolutiva 
✓ Trofozoíto 
✓ Alguns autores descrevem um 
pseudocisto. 
Um pseudocisto pode aparentar ser 
um cisto verdadeiro. Entretanto, ele não é 
tecnicamente um cisto. A parede de um cisto 
verdadeiro consiste de uma camada de células 
epiteliais claramente definida. A parede de um 
pseudocisto consiste de tecido fibroso e/ou 
de granulação. 
 
Distribuição 
✓ Em todo o mundo, embora a 
prevalência venha diminuindo. 
 
Morfologia 
 
✓ Formato piriforme ou fusiforme; 
✓ Axóstilo, estrutura de sustentação, 
tem uma parte livre e se localiza no centro 
do corpo; 
✓ Um núcleo ovalado grande e 
deslocado; 
✓ Sem simetria bilateral; 
✓ Blefaroplasto localizado 
anteriormente ao axóstilo; 
✓ Presença de quatro flagelos, sendo 
três anteriores e um recorrente, os quais 
formam a membrana ondulante que percorre 
todo o corpo do 
parasito, tendo a 
extremidade 
posterior livre 
 
 
 
 
Ciclo biológico 
 
✓ A transmissão é puramente mecânica 
e se dá por meio do coito; 
Por isso não apresenta forma cística, pois 
não necessita de resistência no ambiente. 
Tritrichomonas foetus 
Reino: Protozoa 
 Filo: Parabasalia 
 Classe: Trichomonadea 
 Ordem: Trichomonadida 
 Família: Trichomonadidae 
 Gênero: Tritrichomonas 
 Espécie: Tritrichomonas foetus 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cisto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_fibroso
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tecido_de_granula%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
 
@medvetresume 
✓ O macho, uma vez infectado, passa a 
ser o agente transmissor; 
✓ Pode ocorrer contaminação também 
por fômites e sêmen contaminado. 
 Refere-se aos objetos inanimados 
que podem levar e espalhar a doença e 
agentes infecciosos, como os espéculos; 
✓ Nas vacas, o parasito passa da vagina 
para a parede uterina, onde se fixa às 
células epiteliais, induzindo a liberação de 
substâncias tóxicas, o que causa morte 
celular; 
✓ Antes do estro, os tricomonas vão 
para a vagina e contaminam o touro durante 
a monta natural; 
✓ Reproduzem-se por divisão 
Binária longitudinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância na Medicina Veterinária 
 
✓ Infecção seguida de aborto precoce 
(pouco detectado devido ao pequeno 
tamanho do feto) 
✓ Repetição de cio, vaginite, 
endometrite, piometra, infertilidade e 
consequente redução na produção de carne 
e leite. 
✓ Propicia o aparecimento de infecções 
oportunistas, principalmente se ocorrer 
retençãode placenta. 
 
 
✓ O macho, muitas vezes, não apresenta 
sintomatologia, mas passa o parasito para 
outras vacas por meio do coito, sendo 
inviabilizado para a reprodução (o 
tratamento no macho não é seguro). 
✓ As vacas, por sua vez, adquirem 
resistência com o tempo. 
✓ Não causa patogenia no ser humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patogenia 
 
No touro 
✓ Corrimento prepucial com nódulos na 
membrana prepucial e peniana 
Na vaca 
✓ Abortamento antes do quarto mês 
✓ Pode haver retenção das membranas 
fetais em desenvolvimento, levando à 
endometrite purulenta, corrimento 
purulento, ausência de estro, piometra 
fechada; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inflamação na vagina Cérvix Útero 
 
Vaginite Descolamento da placenta 
 
Corrimento mucopurulento Abortamento precoce 
 
 
Placentas e membranas Não expulsão da placenta 
Fetais eliminadas e membranas 
 
 
Endometrite catarral 
 Cura espontânea crônica 
 
 
 Esterilidade 
 
 
 
@medvetresume 
Diagnóstico 
 
✓ É realizado por meio da lavagem do 
trato reprodutivo (prepúcio ou diretamente 
do muco vaginal) com soro fisiológico para 
observação do conteúdo em microscópio e 
cultura do material; 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Reação em cadeia da polimerase (PCR) 
e Ensaio imunoenzimático (ELISA) 
É necessário repetir os exames várias 
vezes, pois o parasita nem sempre está na 
região. 
 
Tratamento 
 
✓ Dimetridazol (5 dias de tratamento) 
✓ Ipronidazol 
✓ Metroniadazol 
Único licenciado aqui no Brasil 
✓ Tripaflavina 
✓ Acriflavina 
 
Controle 
 
✓ Inseminação artificial 
✓ Touro positivo deve ser retirado do 
plantel 
✓ Descanso sexual para fêmeas (3 a 4 
meses) 
✓ Utilizar touro negativo e de boa 
procedência 
✓ Exames periódicos no macho para 
✓ comprovar que são negativos para a 
doença 
✓ Descarte de plantel: deve ser 
periódico e de touros velhos (acima de 
5-6 anos); 
✓ Vacina? Ela existe, mas tem apenas 
45% de eficácia. 
Tritrichomonas foetus em 
gatos 
 
Geneticamente diferente do T. foetus 
isolado de bovinos; 
 Alguns autores propões uma nova 
espécie Tritichomonas blagburni (WALDEN 
et al., 2013); 
Nos gatos, parasitam o trato 
gastrointestinal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas 
 
✓ Diarreia de intestino grosso crônica 
ou intermitente; 
✓ Proctite; 
✓ Incontinência fecal. 
 
Tratamento 
 
✓ Ronidazol 
✓ Metronidazol 
 
 
 
 
 
Ingestão 
Eliminação 
das fezes 
Divisão 
Intestino grosso 
 
@medvetresume 
 
 
É importante saber o reino, a ordem, o 
gênero e a espécie! 
 
Giardia duodenalis 
 
O gênero Giardia inclui protozoários 
flagelados que parasitam o intestino delgado 
de mamíferos, aves, répteis e anfíbios; 
Engloba, provavelmente o primeiro 
protozoário intestinal humano conhecido; 
Leeuwenjoek (1681) teria descrito esse 
parasito como “animálculos” ao observar 
suas próprias fezes 
 
Aspectos gerais 
 
Causa a Giardíase, que é uma zoonose. 
É a principal causa de diarreia crônica 
em humanos. 
Protozoário flagelado parasita cavitário 
Adaptado ao parasitismo monoxênico 
Hospedeiros 
✓ Humanos, cães, caprinos, bovinos e 
outros. 
Localização 
✓ Intestino delgado. 
Forma evolutivas 
✓ Trofozoíta; 
✓ Cisto. 
Distribuição 
✓ Em todo o mundo; 
 
 
 
✓ Cães jovens imunossuprimidos 
apresentam maior incidência para a 
doença. 
 
 
 
 
 
 
Morfologia 
 
Trofozoíto da Giardia 
✓ Forma ativa (causa a doença) e móvel; 
✓ Formato piriforme (de pera) e com 
simetria bilateral; 
✓ Essa forma é pouco resistente ao 
meio ambiente. 
 
Externamente 
✓ Face dorsal lisa e convexa; 
✓ Face ventral côncava 
o Disco ventral (Discos suctórios 
ou adesivos, são ventosas que mantêm o 
parasito fixo na mucosa para que se 
alimente.) 
o Corpos medianos 
Internamente 
✓ Dois núcleos 
✓ Dois axóstilos (“linha que passa 
dividindo o protozoário”) 
✓ Quatro pares de flagelos 
o Anteriores, posteriores, 
ventrais e caudais 
 
Outras estruturas 
✓ Corpos basais (de onde saem os 
flagelos) 
 
 
 
 
 
 
Giardia duodenalis 
Reino: Protozoa 
 Filo: Metamonada 
 Classe: Trepomanadea 
 Ordem: Giardiida 
 Família: Giardiidae 
 Gênero: Giardia 
 Espécie: Giardia duodenalis 
 (sin. Giardia intestinalis, Giardia lamblia) 
 
 
 
@medvetresume 
 
Cisto da Giardia 
 
✓ Forma resistente ao meio ambiente 
que, a depender das condições de 
temperatura e umidade, pode sobreviver até 
dois meses no meio externo; 
✓ Tem forma ovoide e elipsoide; 
✓ Membrana delicada; 
✓ Caracterizada pela presença de 
quatro núcleos. 
 
Comparando as formas evolutivas 
Trofozoíto e Cisto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A contaminação se dá pela ingestão de 
alimentos ou água contaminados com a forma 
cística. 
Segundo Beck et al., a transmissão também 
pode ocorrer de modo direto (pois não 
precisa de um H.I., principalmente em áreas 
onde os animais ficam aglomerados (canis, 
gatis). 
→ Após ingerido, o cisto chega ao 
duodeno onde se “desencista” e origina dois 
trofozoítos. 
→ Os trofozoítos se fixam na mucosa 
intestinal, reproduzem-se por fissão binária 
e amadurecem. 
 Divisão binária longitudinal: 
✓ Primeiro ocorre a nucleotomia: 
divisão do núcleo; 
✓ Depois ocorre plasmotomia: 
divisão do citoplasma. 
 
→ O ciclo se completa quando alguns 
trofozoítos voltam a se encistar e esses 
novos cistos são eliminados para a luz do 
intestino, por onde vão ao meio exterior com 
as fezes. 
Provavelmente isso se dá devido ao pH 
intestinal e ao desprendimento do 
trofozoíto da mucosa 
 
 
 
 
 
 
Os cistos podem sobreviver por vários 
meses no meio ambiente 
 
 
Importância na Medicina Veterinária 
 
Um dos principais parasitos intestinais de 
humanos e animais; 
Alta prevalência, porém nem todos os 
infectados desenvolvem sintomas 
(assintomáticos); 
 
Acomete principalmente animais jovens 
(risco zoonótico), mas depende da cepa do 
parasito e da imunidade do hospedeiro; 
 
✓ Ribossomos 
✓ Aparelho de Golgi 
✓ Vacúolos 
o Pinocitose 
✓ Retículos endo plasmáticos 
✓ Disco ventral 
o Formado por microtúbulos 
o Permite a adesão do 
parasito à mucosa 
 
✓ Mesmas estruturas, 
mas de maneira 
desorganizada. 
Axóstilos 
Axóstilos 
Corpos basais 
 
@medvetresume 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Vet Smart 
 
Sintomas 
 
✓ Sintomas moderados a graves; 
✓ Diarreia intermitente. 
✓ Diarreia pode alternar com fezes 
normais; 
✓ Comprometimento da digestão e 
absorção dos alimentos; 
✓ Fezes com sangue e/ou muco; 
✓ Náusea; 
✓ Vômitos; 
✓ Perda ou diminuição de apetite; 
✓ Apatia; 
✓ Dores abdominais; 
✓ Pelos fracos; 
✓ Gases. 
 
→ Em animais jovens pode ocasionar a 
Síndrome da má absorção (condição que 
impede a absorção de nutrientes pelo 
intestino delgado), o que irá retardar o seu 
crescimento. 
 
Diagnóstico 
 
✓ Identificação de cistos nas fezes 
formadas; 
o Centrífugo-flutuação com 
Sulfato de Zinco 
✓ Identificação de trofozoítos nas 
fezes diarreicas frescas 
 
Os cistos só podem ser encontrados em fezes 
formadas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas císticas (1) e trofozoíta (2) de Giardia 
sp. em exame direto de fezes corado com lugol. 
 
Tratamento 
 
✓ Fenbedazol; 
✓ Albendazol; 
✓ Metronidazol. 
 
O sucesso do tratamento 
depende não apenas dos 
medicamentos, mas também da 
higiene e manejo do ambiente. 
 
Controle 
 
✓ Recolher fezes imediatamente e 
desinfetar o local (hipoclorito no local 
por 20 minutos); 
✓ Manter a limpeza do ambiente; 
✓ Lavar bem os alimentos e beber água 
filtrada 
✓ Vacinas disponíveis. 
o Reinfecções frequentes 
Há, no mercado, vacina contra Giardia 
para cães, mas as medidas de controle 
devemser mantidas. 
 
@medvetresume 
 
 
É importante saber o reino, a ordem, o 
gênero e a espécie! 
 
Gênero Leishmania 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos gerais 
 
Parasitas intracelulares de macrófagos; 
Doenças 
✓ Leishmaniose cutânea e visceral 
Hospedeiros Vertebrados 
✓ Homem, cão e roedores 
✓ Hábitat: Células do sistema 
mononuclear fagocitário(SMF), 
principalmente macrófagos. 
Hospedeiros Invertebrados 
✓ Flebotomíneos hematófagos 
✓ Hábitat: Lúmen do trato digestório 
 
 
 
Morfologia 
 
Polimórficos 
No inseto 
✓ Promastigota 
o Corpo alongado; 
o Sem membrana ondulante 
o Kinetoplasto (cinetoplasto) 
anterior: Estrutura parecida 
com a mitocôndria 
o Possuem flagelo livre e longo na 
porção anterior 
 
 
 
 
 
 
No mamífero 
✓ Amastigota 
o Na microscopia aparecem como 
ovais, esféricas ou fusiformes 
o Núcleo grande e arredondado 
o Kinetoplasto visível 
o Sem flagelo externo 
 
 
 
 
 
 
 
Formas clínicas 
 
Leishmaniose visceral ou calazar 
Formas viscerais (baço, fígado, 
medula óssea e tecidos linfoides). 
 
Leishmaniose cutânea 
Formas que provocam lesões 
cutâneas, ulcerosas ou não, em número 
limitado. 
Leishmania spp. 
Reino: Protozoa 
 Filo: Euglenozoa 
 Classe: Kinetoplasta 
 Ordem: Trypanosomatida 
 Família: Trypanosomatidae 
 Gênero: Leishmania 
 Espécies no Brasil: 
Leishmania (Viannia) braziliensis 
L. (Viannia) guyanensis 
L. (Leishmania) amazonenses 
L. (Leishmania) chagasi ou L. (L.) 
infantum 
 
 
@medvetresume 
Leishmaniose cutaneomucosa ou 
mucocutânea 
Formas que se complicam com lesões 
desfigurantes e destrutivas das mucosas do 
nariz, da boca e da faringe. 
Leishmaniose cutânea difusa 
Formas disseminadas; ocorre pós-
calazar e as lesões são de difícil tratamento. 
 
Leishmaniose Visceral 
 
Aspectos gerais 
 
Agente etiológico 
✓ L. (Leishmania) chagasi/ L. (L.) 
infantum); 
Hospedeiros definitivos 
✓ Humanos, cães e reservatórios 
silvestres; 
Hospedeiro intermediário 
✓ Mosquito do gênero Lutzomyia 
 Nesse caso é fêmea do mosquito 
que ingere a leishmania e a transmite para 
outros animais através da picada; 
Localização 
✓ Formas amastigotas no fígado, no 
baço e na medula óssea do hospedeiro 
vertebrado. 
✓ Formas promastigotas no canal 
alimentar do inseto. 
 
Ciclo biológico 
 
Na picada, o hospedeiro intermediário 
(Lutzomyia) se infecta com as formas 
amastigotas (que estão dentro de 
macrófagos presentes no sangue do 
hospedeiro vertebrado infectado; 
Estas, no intestino, transformam-se em 
promastigotas, que, ao se multiplicarem, 
podem até obstruir o canal alimentar do 
inseto. 
Ao se alimentar em um novo hospedeiro 
vertebrado, o mosquito inocula com a saliva 
o “bolo” de formas promastigotas, que 
penetram nos macrófagos, transformam-se 
em amastigotas, multiplicam-se e ganham a 
corrente sanguínea, indo ao baço, ao fígado, 
ou à medula óssea (sistema fagocitário 
mononuclear). 
No citoplasma das células, os parasitos 
multiplicam-se, distendendo-as até sua 
ruptura; 
Os parasitos liberados são fagocitados por 
novas células reticulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de ser reservatório, pode 
ser acometido pela doença 
 
Patogenia 
 
Patogenia Leishmaniose visceral humana 
(LVH): 
Inicialmente ocorrem quadro febril e 
aumento do volume do fígado e do baço; 
 
@medvetresume 
Em casos avançados, a infecção do trato 
digestivo se manifesta em diarreia, 
emaciação (perda de massa muscular e de 
gordura) e abdome distendido. 
A mortalidade alcança 70 a 90% dos 
casos 
Leishmaniose visceral canina (LVC): 
Patologia similar à humana; 
Provoca anemia, queda de pelo, febre, 
fraqueza, problemas renais, lesões oculares, 
perda de peso e, por fim, a morte, sendo a 
diarreia o sinal clínico terminal. 
Também, podem apresentar diátese 
hemorrágica (primariamente, epistaxe). 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento e Prevenção 
 
Não há cura para a leishmaniose, mas existe 
um medicamento para a cura clínica (não 
elimina o parasita) 
 
✓ Milteforan 
o 28 dias de tratamento 
o 2mg/kg (1ml a cada 10kg) 
o Solução de 90 ml: R$ 1.291,82( 
FEV/2020); R$ 1.892,99 
(MAR/2021) 
✓ Vacina 
o LeishTec 
o Apenas animais 
soronegativos podem ser vacinados 
o Apresenta resultados 
imprecisos. 
 
Leishmaniose Cutânea 
 
Agente etiológico 
✓ Leishmania brazilienis; 
 
Hospedeiros definitivos 
✓ Humanos, cães e reservatórios 
silvestres; 
Hospedeiro intermediário 
✓ Mosquito do gênero Lutzomyia; 
Localização 
✓ Formas amastigotas nas células 
reticuloendoteliais 
✓ Formas promastigotas no canal 
alimentar do inseto. 
 
Ciclo biológico 
 
Na picada, o hospedeiro intermediário se 
infecta com a forma amastigota, que se 
transforma em promastigota no canal 
alimentar do inseto. 
Ao picar um novo hospedeiro definitivo, 
inocula o “bolo” de formas promastigotas, 
que penetram nas células reticuloendoteliais 
e se transformam em amastigotas, as quais 
se multiplicam e ficam na pele do 
hospedeiro, provocando lesões 
características. 
 
Patogenia 
 
A denominação leishmaniose 
tegumentar americana (LTA) refere-
se à forma cutaneomucosa (LCM), e 
leishmaniose cutânea (LC) refere-se 
às formas exclusivamente cutâneas. 
 
Nas lesões cutâneas: 
Hiperplasia histiocitária; 
Edema e infiltração celular; 
Hipertrofia do epitélio. 
Frequentemente, a inflamação cutânea 
evolui para necrose, formando uma úlcera 
rasa ou profunda, de bordos salientes e 
duros (úlcera leishmaniótica). 
Pode ocorrer contaminação bacteriana; 
 
Nas lesões mucosas: 
Metástases na mucosa nasal; 
Formação de nódulos; 
 
@medvetresume 
A úlcera pode progredir, determinando 
destruição das cartilagens e do osso do 
nariz e da região palatina, podendo acometer 
faringe e laringe; 
 
Nos cães: Onde acontece a maior 
contaminação, apresenta os sintomas abaixo. 
Lesões ulcerativas nas orelhas ou em outras 
áreas da pele; 
Lesões mucocutâneas erosivas 
 
 
Linfadenomegalia: consiste no 
aumento dos gânglios 
linfáticos, o que normalmente 
acontece quando o corpo está 
tentando combater alguma 
infecção, ou até mesmo algum 
tipo de câncer. 
Hiperqueratose de coxim com onicogrifose 
A hiperqueratose dos coxins é quando 
a pele fica grosseira por excesso de 
produção da queratina e a onicogrifose são 
unhas espessas e em formato de garras. 
 
Importância na Medicina Veterinária 
 
É uma zoonose endêmica na maioria dos 
Estados do Brasil. 
Sua importância está relacionada também à 
sua alta incidência, à ampla distribuição 
geográfica (vários outros países são 
acometidos) e ao fato de provocar lesões 
desfigurantes. 
 
 
Tratamento 
 
A leishmaniose canina é mais resistente à 
terapia do que a humana, porém alguns cães 
podem responder ao tratamento e serem 
curados da doença clínica. Isso significa que 
o cachorro não apresentará lesões ou sinais 
de estar doente 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico clínico, durante a consulta é 
complexo pela ausência de sinais 
patognomônicos (sinais específicos de uma 
doença; 
✓ Histopatologia (observação do 
parasita) 
Um pequeno fragmento do corpo é 
retirado, como por exemplo um pedaço de 
pele, e enviado ao laboratório. Lá, as células 
serão analisadas através de um 
microscópio. 
✓ Citologia aspirativa, com uma agulha, 
o veterinário aspira as células de 
determinado órgão para avaliação. 
 
Em ambas as formas, o diagnóstico de 
leishmaniose em cães é conclusivo assim que 
o parasita é visualizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas promastigotas de Leishmania sp. 
1-Cinetoplasto; 2-núcleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas amastigotas de Leishmania sp. 
1-Núcleo; 2-Cinetoplasto. 
 
 
@medvetresume 
Entretanto, pode ser que a amostra 
retirada não contenha o protozoárioda leishmaniose. Isso acontece 
principalmente quando a infecção é 
branda ou está no início, pois a 
quantidade de leishmania ainda é 
pequena. É daí que surgem os falsos 
negativos ou não se confirma a 
presença do parasita. 
 
✓ Testes sorológicos, como a imuno-
histoquímica. 
Quando um problema surge no 
organismo, o sistema de defesa entra em 
ação para lutar contra esse agente. Essa 
resposta aparece como anticorpos que se 
formam para combater o parasita. Logo, a 
detecção da leishmaniose em cães é 
realizada a partir desses anticorpos 
específicos. Quando seus níveis são altos, 
temos a comprovação; 
✓ Elisa, ensaio de imunoabsorção 
enzimática é um teste imunoenzimático que 
permite a detecção de anticorpos 
específicos; 
✓ Testes de sangue rápidos, em que 
uma gotinha de sangue é misturada a uma 
solução para checar se há ou não reação com 
o anticorpo; 
 
✓ PCR, detecção do DNA da Leishmania 
no sangue ou em um fragmento de órgão. 
Também tem chances de dar falsos 
negativos ou resultados inconclusivos. 
 
O veterinário vai avaliar o quadro clínico 
e todo o contexto do cachorro para 
escolher a técnica mais conveniente. 
 
 
 
Controle 
 
Medidas conjuntas devem ser adotadas: 
✓ Diagnóstico e tratamento precoce 
dos casos humanos; 
✓ Redução da população de mosquitos 
do gênero Lutzomyia; 
✓ Eliminação dos reservatórios 
infectados e atividades de educação 
em saúde; 
✓ Educação em saúde; 
✓ São usadas como forma de prevenção 
a coleira repelente do inseto vetor; 
✓ Vacina contra leishmaniose para os 
cães. 
A vacina pode ser tomada por filhotes acima 
dos 4 meses de idade. É administrada em 
três doses, com intervalo de 21 dias entre 
elas, e deve ser repetida todos os anos. 
Apresente bons resultados, porém não 
protege 100%.

Outros materiais