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FACULDADE UNIÃO BANDEIRANTE/ANHANGUERA FISIOTERAPIA NEONATAL PROF. DANIELA SIMONI DAVID DA SILVA, KAMILLI B. DA SILVA, LISSANDRA C. SANTOS DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA 1. Diagnóstico nosológico: Doença da membrana hialina (síndrome da angústia respiratória no recém-nascido): é a deficiência de surfactante devido ao nascimento prematuro da criança. 2. Função: 3. Definição: É uma patologia que acomete o pulmão, devido a sua imaturidade não pode se desenvolver corretamente pela falta de surfactante. Essa patologia acomete frequentemente os recém-nascidos pré-termo (RNTP), principalmente do sexo masculino com peso inferior a 1500g. Se manifesta nas primeiras semanas de vida com sintomas de taquipnéia, bradpnéia, gemido expiratório, batimento da asa de nariz, retração da caixa torácica, cianose e edema de extremidades. 4. Anatomia: 5. Fisiopatologia: O surfactante é uma substância produzida pelos pneumócitos tipo II, que recobrem os espaços alveolares, e tem como propriedade diminuir a tensão superficial na interface ar-liquido alveolar e nos bronquíolos distais, promovendo a expansão pulmonar durante a inspiração, e evitar o colabamento dos mesmos no momento da expiração. Nos pulmões do recém-nascido pré-termo, a concentração dessa substância é significantemente menor quando comparada à concentração do recém-nascido. 6. Critérios e instrumentos avaliativos: Radiografias do tórax: revela a opacidade total do campo pulmonar, devido a deposição de um material granuloso. Grau I – aspecto retículo-granular leve, pequena quantidade de broncogramas aéreos e imagem cardíaca normal. Grau II – aspecto retículo-granular moderado, broncogramas estendendo-se fora do mediastino e imagem cardíaca normal. Grau III – aspecto retículo-granular importante, broncogramas até a periferia, imagem cardíaca borrada. Grau IV – opacificação total dos campos pulmonares e imagem cardíaca invisível. Exames laboratoriais: gasometria arterial: mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue. 7. Diagnóstico cinético-funcional: · Taquipnéia; · Bradpnéia; · Gemido expiratório; · Batimento da asa do nariz; · Retração da caixa torácica; · Cianose; · Edema de extremidades. 8. Objetivo do tratamento: · Melhorar o mecanismo de purificação mucociliar; · Prevenir e corrigir complicações decorrentes do acúmulo de secreções; · Auxiliar no processo de depuração; · Prevenir o acumulo de secreções; · Minimizar as obstruções do trato respiratório e da cânula traqueal; · Proporcionar uma estabilidade de variáveis hemodinâmicas. 9. Condutas/tratamento: · administração de surfactante exógeno sintético ou natural; · As medidas terapêuticas visam fundamentalmente conservar uma oxigenação adequada (PaO² >ou= 50mmHg); · ventilação adequada (PaCO²< 50mmHg); · medidas gerais de manutenção térmica, calórica e hídrica. · manuseio da parte motora e pulmonar do recém-nascido (remoção de secreções brônquicas em excesso). · manutenção funcional da circulação cerebral do recém-nascido; · manutenção das vias aéreas com fluxo menos turbulento possível e com o mínimo de secreção, permitindo um aumento na permeabilidade e redução do número de fatores intrínsecos das vias aéreas que contribuem para o aumento da resistência pulmonar e diminuição nos eventos fisiológicos de trocas gasosas. 10. Referências: · Clara Bretas, Nascimento Júnior, Edson Francisco, CARLOS, Sheila Santa Bárbara Coelho, Nico, Patrícia Barreto Costa. Doença da membrana hialina: aspectos clínicos e abordagem fisioterapêutica. Acesso em 10 de setembro de 2019. · Bibiana Wanderlei FLORES, Gabriela Heinemann SEVERO, Daniela Rático de QUADROS, Luana PISON. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PREMATURO COM SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Acesso em 10 de setembro de 2019. · Luiz Carlos de Abreu, Juliana Mendes Moura Angheben, Patrícia Ferraz Braz, Adriana Gonçalves de Oliveira, Mário Cícero Falcão, Paulo Hilário Nascimento Saldiva. EFEITOS DA FISIOTERAPIA NEONATAL SOBRE A FREQUÊNCIA CARDÍACA EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMOS COM DOENÇA PULMONAR DAS MEMBRANAS HIALINAS PÓS-REPOSIÇÃO DE SURFACTANTE EXÓGENO. Acesso em 10 de setembro de 2019. · Imagens: GOOGLE IMAGENS,2019 O pulmão no término da gestação tem as paredes alveolares finas, constituídas por capilares com pouco tecido intersticial em nível alveolar. As células alveolares estão estreitamente aderidas à parede epitelial do capilar. Nas células alveolares do tipo II , possuem citoplasma onde se produz e se armazena o surfactante pulmonar.
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