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Introdução à Radiologia

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1 
 
 
CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA 
 2 
 
 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
As diversas técnicas de obtenção e análise de imagem, assim como a análise 
quantitativa dos chamados "sinais biológicos", são elementos essenciais dos cuidados de 
saúde. Particularmente dirigida aos domínios do diagnóstico e da terapêutica, esta é uma 
área de forte componente tecnológica, exigindo uma atualização permanente dos 
conhecimentos dos sistemas que progressivamente se desenvolvem como reflexo da 
evolução da Ciência e da Tecnologia. 
Contudo, a rápida evolução dos meios tecnológicos progressivamente colocados ao 
serviço da saúde, sobretudo no âmbito do diagnóstico e da terapêutica, exige um 
igualmente rápido acompanhamento dos conhecimentos em cada uma das áreas 
implicadas e, mais do que isso, uma aposta formativa baseada na identificação das 
competências de futuro que, também nesta área, deverão proporcionar o acesso a 
diversas realidades profissionais de elevado perfil técnico e humano. 
OBJETIVOS 
 
 
1. Geral: 
Formar Técnicos em Radiologia Médica com a qualificação para atuar em clínicas, 
hospitais e outras Instituições afins, monitorando as tecnologias próprias da área. 
 
2. Específicos: 
 
 Preparar profissionais capazes de: 
 
a) Identificar os equipamentos e dominar as técnicas de produção de imagens em 
Diagnóstico por Imagem; 
 
b) Conhecer os efeitos biológicos provocados pelas radiações ionizantes e os princípios 
e técnicas de proteção radiológica; 
 
c) Gerenciar o setor quanto aos recursos físicos, materiais, humanos e procedimentos de 
operação. 
 
3. PERFIL DO TÉCNICO 
 
Atualmente alguns requisitos básicos são indispensáveis na atuação profissional. O 
mercado exige do profissional, competências, tais como a capacidade de comunicação, 
oralmente ou não, realizadas no ambiente de trabalho – no trato com clientes, no 
relacionamento entre colegas, superiores ou subordinados. 
Também exige a capacidade de trabalhar em equipe promovendo um ambiente amigável 
e cooperativo. Isso sem falar na capacidade de aprofundamento de conhecimentos seja 
daqueles relativos à qualificação profissional, seja dos conhecimentos exigidos pela 
 3 
evolução tecnológica do trabalho: manuseio de computadores, domínio de outros 
idiomas, etc. 
Com os grandes avanços do Diagnóstico por Imagem, com a utilização de aparelhos que 
fazem uso de tecnologia avançada objetivando a aquisição de imagens cada vez 
melhores, é notória a necessidade de atualização constante dos profissionais que os 
manipulam, adquirindo conhecimentos apropriados para a realização de tais tarefas. 
De acordo com a pesquisa realizada no mercado de trabalho, pode-se deduzir que o 
setor de diagnóstico por imagem e, de radioterapia também, estão interessados em 
profissionais com um preparo adequado e sistematizado, que buscam aprofundar seu 
conhecimento teórico e visam uma formação humana mais ampla. 
Essas exigências mercadológicas imputam ao Técnico em Radiologia 
Médica um perfil básico que relaciona funções e habilidades descritas a seguir: 
 
 
 Conhecer as estruturas e manuseio do aparelho de Raios-X, os seus princípios 
físicos, fatores de exposição e suas limitações, formação e interpretação de 
imagens. 
 Dominar as técnicas para a produção de imagens nos diversos equipamentos da 
área de Radiologia; 
 Manter atualizado o conhecimento sobre radioproteção e os efeitos biológicos 
das radiações; 
 Avaliar a qualidade das imagens obtidas; 
 Controlar o funcionamento dos equipamentos e os procedimentos realizados; 
 Gerenciar o setor de radiologia com relação aos recursos físicos, materiais, 
recursos humanos e procedimentos operacionais; 
 Manter diálogo técnico com a equipe médica, com técnicos responsáveis pela 
realização dos exames e com técnicos da equipe de engenharia específica; 
 Ter uma percepção crítica da situação de saúde regional, do país e do mundo; 
 Realizar atendimento ao cliente de maneira competente e mantendo a ética; 
 Na ausência do médico, tomar decisões administrativas seguras do setor, desde 
que estas não envolvam procedimentos médicos. 
 
Deste modo, o perfil do Técnico em Radiologia Médica é o do profissional que realiza e 
gerencia as aplicações de radiações ionizantes para fins de diagnóstico médico e que 
atua em empresas que utilizam procedimentos radiológicos. 
 
NATUREZA DO TRABALHO 
Os técnicos de radiologia são profissionais de saúde que efetuam exames na área da 
radiologia, ou seja, atuam ao nível da produção de imagens do interior do corpo que 
permitem diagnosticar situações patológicas como pneumonias, tumores ou fraturas 
ósseas, entre muitas outras. As suas principais funções consistem, assim, na 
programação, execução e avaliação de todas as técnicas radiológicas utilizadas no 
diagnóstico, na prevenção e promoção da saúde, recorrendo para esse efeito a 
equipamentos tecnologicamente avançados. 
As suas funções compreendem a preparação e posicionamento do cliente/paciente para a 
realização do exame, bem como a sua vigilância durante o mesmo. Além disso, 
planejam, programam e executam os procedimentos necessários ao esclarecimento da 
 4 
situação clínica dos doentes. Por vezes, elaboram um relatório preliminar descritivo 
daquilo que observam, no sentido de permitir uma correta decisão por parte do médico, 
na elaboração do diagnóstico e na definição da terapêutica. Pelo fato de trabalharem 
com radiações, estes profissionais devem manter um nível máximo de segurança na sua 
utilização com vista a assegurar a sua proteção e a do cliente/paciente. 
As técnicas que tradicionalmente utilizam incluem a radiologia convencional, a 
tomografia computadorizada, entre outras. O âmbito da radiologia tem vindo a aumentar 
nos últimos anos - em parte devido ao desenvolvimento tecnológico - e novas técnicas 
têm surgido como a angiografia, que permite o estudo dos vasos arteriais e venosos. 
Dada a diversificação crescente das técnicas utilizadas, a atividade destes profissionais é 
também designada por imaginologia, termo que pela sua abrangência é considerado 
mais adequado à realidade atual. 
Fazendo uso do conhecimento que tem dos equipamentos, estes técnicos tentam obter 
uma imagem de diagnóstico o mais esclarecedora possível. Os aparelhos que usam 
variam desde os mais simples - como o que é usado para o exame de raio-x - a 
equipamentos muito sofisticados, utilizadores de sistemas informáticos para a produção 
e aquisição de imagens (Tomografia e Ressonância Magnética). Os técnicos de 
radiologia necessitam, por isso, de saber usar os programas de software que integram os 
equipamentos, chegando alguns a participar, inclusive, na preparação desses mesmos 
programas. 
Além dos conhecimentos técnicos e científicos, estes profissionais devem ter a 
capacidade de trabalhar em equipe de uma forma eficaz, uma vez que trabalham em 
estreita colaboração com outros profissionais: colaboram diariamente com médicos 
radiologistas (bem como de outras especialidades, como cardiologistas, neurologistas, 
gastroenterologistas, etc.), e alguns exames têm de ser realizados por mais de um 
técnico. A capacidade de comunicação é determinante no sucesso de todo o processo, 
designadamente entre o médico que prescreve o exame e o técnico de radiologia que o 
realiza. 
Por outro lado, devem ser capazes de uma avaliação rápida do doente, tendo sempre 
presente a necessidade de estabilizar a sua ansiedade, pondo-o, tanto quanto possível, a 
par do objetivo do exame. Neste sentido, a segurança e o rigor que transmitem são 
determinantes para criar um clima de confiança, facilitador de uma realização bem 
sucedida do exame. O conhecimento imediato dos diagnósticos menos otimistas e o fato 
de trabalharem freqüentemente sob pressão implicam algum desgaste psicológico e 
exigem a estes técnicos alguma resistência emocional. 
OQUE É A RADIOLOGIA? 
Radio= Radiação, logia= estudo 
A radiologia é uma ciência que estuda as radiações e a aplicação das mesmas, tanto na 
área industrial, quanto na área médica, na área médica divide-se em Radiodiagnóstico e 
Radioterapia. 
O QUE É RADIAÇÃO? 
 5 
É um tipo de energia (tudo que irradia), que vai de um ponto ao outro, com ou sem 
energia, divide-se em eletromagnéticas e corpusculares. 
O QUE SÂO OS RAIOS-X (RX)? 
Os Raios-X é uma onda eletromagnética, como a luz visível, as ondas de rádio, os raios 
infravermelhos, e os raios ultravioletas. As ondas eletromagnéticas têm como 
características: a sua freqüência e o seu comprimento de onda, sendo estas duas 
características inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior a freqüência menor o 
comprimento de onda. A energia de uma onda é diretamente proporcional à sua 
freqüência. 
Como os Raios-X é uma onda de alta energia, o seu comprimento de onda é muito curto 
da ordem de 10–12 m (um picômetro) e sua freqüência é da ordem de 1016 Hz. Com 
este comprimento de onda muito curto, estes raios tem a capacidade de penetrar na 
matéria, o que possibilita sua utilização no estudo dos tecidos do corpo humano. 
 
 Sala de Radiologia Convencional 
 
 
O QUE É RADIOGRAFIA? 
A radiografia é um registro/estudo duradouro de qualquer estrutura, utilizando a 
radiação x como agente principal. 
HISTÓRIA 
Ao final do século passado, mais precisamente ao cair da noite de uma sexta-feira, 8 de 
novembro de 1895, o Prof. Wilhelm Conrad Röntgen, no laboratório na Bavária, sul da 
Alemanha, descobriu os RAIOS X. 
http://bp3.blogger.com/_NjiiM_rhVvs/RvNNOac5DtI/AAAAAAAAAG4/UTSemwQqQQM/s1600-h/sb.JPG
http://bp3.blogger.com/_NjiiM_rhVvs/RvNNOac5DtI/AAAAAAAAAG4/UTSemwQqQQM/s1600-h/sb.JPG
http://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_novembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_novembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/1895
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Conrad_R%C3%B6ntgen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bav%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
 6 
 
 Laboratório de Röntgen 
Observando a fluorescência emanada de uma placa de papelão recoberta com 
platinocianeto de bário, na sala escura, este professor, aos cinquenta anos de idade, 
investigador brilhante, perfeccionista e astuto, fez uma das mais importantes 
descobertas científicas da humanidade. 
Voltando à Wurzburg em 1888, após ter lecionado física em Strassburg, matemática em 
Hohenhein, física em Giessem, sentia-se realizado, pois esta mesma Universidade que 
agora o convidava para a direção do Instituto de Física, havia lhe negado a livre 
docência 16 anos antes. 
As descargas elétricas em tubos de gás eram o grande tema das pesquisas da época e 
reservou, no novo prédio do Instituto que dirigia, duas salas ao fundo do grande saguão 
de entrada, com janelas dando para os jardins, para suas experiências neste campo. Para 
lá foram levados, em outubro de 1888, uma bobina de Rumkorff, uma bomba vácuo, 
tubos Hittorff-Crookes, tubos Lenard, enfim, o equipamento necessário para este tipo de 
pesquisa. 
A passagem da corrente de alta tensão através dos tubos Hittorff-Crokes causava uma 
luminescência muito intensa no interior do tubo e como pretendia testar a fluorescência 
do platinocianeto de bário que era muito fraca, cobriu cuidadosamente o tubo com 
papelão preto de tal maneira que a luminosidade do tubo não impedisse a visualização 
de outros fenômenos. Ao escurecer a sala para verificar se o tubo estava bem 
impermeável à luz e ligando a bobina de Rumkorff que fornecia a alta tensão para o 
tubo, notou uma tênue fluorescência sobre a bancada a quase um metro de distância. 
Como o tubo estava altamente recoberto com papel preto aquela luz não podia ser 
devida a reflexos e sim, que a placa de substância fluorescente emitia luz porque estava 
sendo atingida por algum tipo desconhecido de radiação, que originando-se no interior 
do tubo atravessava o envólucro opaco à luz e causava aquela fluorescência. Raios 
catódicos que atravessavam uma finíssima lâmina de alumínio nos tubos Lenard 
também produziam já se sabia, fluorescência no écran de platinocianeto de bário, porém 
apenas a alguns centímetros do tubo e jamais àquela distância agora notada. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Room_where_R%C3%B6ntgen_found_x-rays.jpg
 7 
 
 Wilhelm Conrad Röntgen (1845--1923) 
Fascinado por esta observação passou todo o fim de semana trancado no laboratório 
onde comia e dormia, e no qual, em experimentos com o material que dispunha à mão, 
investigou a capacidade destes raios de penetrar em corpos opacos à luz interpondo 
entre o tubo e a placa praticamente o que pudesse encontrar. 
Sabendo que os raios catódicos sensibilizavam filmes fotográficos, investigou para 
saber se estes raios, que ele agora descobria, também tinham esta propriedade. Pedaços 
de diferentes metais, livros, pesos de balança, sua espingarda de caça, foram um a um 
radiografados então. 
Havendo notando que enquanto segurava os objetos entre o tubo e écran de 
platinocianeto de bário tinha visto a imagem dos ossos de sua mão, Rontgen decidiu 
investigar sobre este assunto para isto convenceu D. Bertha, sua esposa, a colocar a mão 
sobre um filme fotográfico em chassi de papel e ligou o tubo durante 15 minutos. O 
filme revelado mostrou claramente a imagem dos ossos e uma nova era na ciência 
estava inaugurada. Sendo conciderada a primeira radiografia realizada no dia 22 de 
dezembro de 1895. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Wilhelm_Conrad_R%C3%B6ntgen_(1845--1923).jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Roentgen-x-ray-von-kollikers-hand.jpg
 8 
Ciente da importância de sua descoberta, que ele chamou de Raios X por não saber 
realmente do que es tratava, sendo X a incógnita da matemática, Prof. Röntgen passou 
os últimos dias de dezembro a redigir o artigo que submeteu ao Secretário da Sociedade 
Físico-Médica de Wurzburg, solicitando sua publicação no SITZUNGSBERICHTE da 
Sociedade, embora não tivesse o trabalho sido apresentado em uma das reuniões da 
Sociedade. Assim foi feito e no exemplar de dezembro de 1895 daquela revista saiu 
publicado o "EINE NEURE ART VON STRAHLEN" (sobre uma nova espécie de 
raios). 
Nele, o autor descreve minuciosamente suas experiências e observações e relata que: 
1. Os raios X atravessam corpos opacos à luz; 
2. Provocam fluorescência em certos materiais; 
3. A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e para aqueles de 
mesma densidade, à espessura; 
4. São invisíveis; 
5. Não são refratários, nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes; 
6. Não são defletidos por campos magnéticos; 
7. Os raios X originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do 
tubo de gás; 
8. Os Raios X propagam-se em linha reta; 
9. Não sofrem polarização. 
Por este trabalho recebeu em 1901 o primeiro Prêmio Nobel de Física. 
Mais de vinte e cinco anos se passaram antes que novas características destes raios 
fossem descobertas. 
Após a comunicação nos meios científicos, centenas de trabalhos foram publicados 
apenas no primeiro ano após a descoberta, mesmo porque os laboratórios de física da 
época estavam equipados para produzi-los. 
Cerca de 20 dias após a comunicação de Röntgen, Dr. Otto Walkhoff, de Brausnchweig, 
Alemanha, fez a primeira radiografia dental. Esta foi conseguida usando uma placa de 
vidro com emulsão fotográfica, envolvida em papel preto e lençol de borracha. A 
radiografia foi tomada de sua própria boca com um tempo de exposição de 25 minutos. 
A HISTÓRIA DA RADIOLOGIA NO BRASIL 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Brausnchweig&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boca
 9 
Passados um pouco mai de dois anos da descoberta dos Raios X, o médico brasileiroJosé Carlos Ferreira Pires, já conduzia as primeiras radiografias com finalidades 
diagnósticas da América do Sul, em Formiga, Minas Gerais. 
O primeiro equipamento de Raios X, chegou no país em 1897. Fabricado pela Siemens, 
o equipamento era rudimentar. Naquela época, a cidade de formiga, não tinha 
eletricidade e para o equipamento funcionar, era necessário usar baterias. Os resultados 
não foram satisfatórios e então Dr. Pires decidiu instalar um motor fixo de gasolina que 
funcionava como gerador elétrico. 
Com a ajuda da mulher, dos filhos, amigos e de um manual de instruções, Dr. Pires 
passou a produzir as primeiras radiografias, feita em 1898. Entre 1899 e 1912, Dr. Pires 
adquiri todos os tipos de equipamentos fabricados pela Siemens. 
O tempo necessário para radiografar o tórax, levava cerca de 30 minutos, e um crânio 
cerca de 50 minutos. O extenso período de exposição não permitia que o paciente 
ficasse sem respirar, comprometendo a boa definição da imagem. Outra inconveniência 
era a intensa radiação espalhada. 
Na década de 50, após uma exposição do Departamento de Radiologia da Associação 
Médica de Minas Gerais, o equipamento foi enviado para o exterior por falta de 
interesse dos governantes em criar um museu histórico no país, naquela ocasião. 
Atualmente, o primeiro equipamento de Raios X utilizado no Brasil, encontra-se no 
International Museum of Surgical Science, em Chicago, nos Estados Unidos. Dotado de 
privilegiada inteligência e incrível conhecimento médico, Dr. Pires contribuiu e muito 
para o progresso da ciência no Brasil e no exterior. Após seu falecimento, em 1912, 
seus familiares mantiveram intactos seus consultórios com aparelhos de Raios X e sua 
notável biblioteca. 
Considerado um dos principais nomes da medicina brasileira, recebeu diversas 
homenagens. Em 1906, Dr. Pires recebeu a medalha de 1ª classe de mérito científico e 
humanitário, no XV Congresso Internacional de Medicina em Lisboa, do qual foi 
membro. Recentemente, em 1998, em comemoração aos 100 anos da Radiologia 
Mineira, em Belo Horizonte, o Congresso Brasileiro de Radiologia foi dedicado à sua 
homenagem. 
 
. 
DIVISÃO 
A radiologia está dividida em especialidades,tais como: 
Radiologia médica Para estudos de órgãos e estruturas de humanos, como exame 
complementar de diagnóstico ou como método de intervenção terapêutica, onde 
apresenta várias especialidades, tais como: TC, RM, MN, DO, Mamografia, 
Radioterapia.. 
Radiologia odontológica Para estudos da odontologia. 
Radiologia veterinária Para estudos dos animais. 
Radioogia Industrial: Uso na industria. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Radiologia_m%C3%A9dica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Radiologia_odontol%C3%B3gica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Radiologia_veterin%C3%A1ria&action=edit&redlink=1
 10 
DENSIDADES RADIOGRÁFICAS 
 
Ar: área mais escura da radiografia (ex: pulmão) 
Gordura: área pouquíssimo mais clara que o ar e facilmente confundida com a 
densidade água 
Líquido (água)/Músculo: área mais clara que a densidade gordura (ex: fígado) 
Osso: é a área esbranquiçada da radiografia (ex: costelas)Metal: é a densidade mais 
esbranquiçada da radiografia, mais que a densidade osso (ex: corpos estranhos). 
 
OBJETIVO DO RAIO X 
 
Determinar o tipo de fratura e dano aos tecidos moles e articulações, demonstrar a 
posição e a relação entre os fragmentos permitindo optar pelo melhor tratamento, 
precisão da redução, progresso da consolidação. 
 
TERMOS USADOS NA PRÁTICA DA TÉCNICA RADIOLÓGICA 
 
. Apnéia: Suspensão respiratória; 
Axial: o raio central percorre o maior eixo da estrutura a ser examinada; 
Ápice: parte mais elevada de um órgão; 
Abdução: afastando do corpo (abrir); 
Adução: aproximando do corpo (fechar); 
AP: Ântero-posterior, RC penetra na região anterior do paciente e sai na posterior. 
Filme na região posterior do paciente. 
Axial = O raio central percorre o maior eixo da região a ser radiografada. 
 
Bipedestação: o mesmo que ortostática (posição ereta, em pé); 
Cifose: desvio posterior do eixo da coluna vertebral; 
Clinustática: o mesmo que deitado (decúbito); 
CH= Campo Horizontal. 
CV= Campo Vertical. 
Decúbito dorsal = Clinustática - deitado com a região posterior do tronco em contato 
com a mesa. 
Decúbito ventral = Deitado com a região anterior do tronco em contado com a mesa. 
Decúbito lateral = Deitado com uma das regiões laterais do tronco em contato com a 
mesa 
Distal = É a porção de uma estrutura mais distante do crânio. 
Depressão: um abandono, abaixamento ou movimento de uma parte para baixo; 
Escoliose: desvio lateral da coluna; 
Espessômetro: instrumento utilizado para medir a espessura do corpo a ser 
radiografado; 
Extensão: estender ou retificar uma articulação, aumentando o ângulo entre as partes; 
Estativa: suporte pertencente ao aparelho, com função de sustentar a ampola, Bucky 
vertical ou outros componentes; 
 11 
Eversão: movimento de tensão para fora; 
Flexão: fletir ou dobrar uma articulação, diminuindo o ângulo entre as partes; 
Flou Cinético: perda de detalhe radiográfico pelo movimento do objeto, filme ou foco; 
Goniômetro: instrumento com uma escala em graus, utilizado para posicionar o 
paciente nas mais diversas angulações; 
Grade bucky: é a grade antidifusora fixa; 
Grade Potter bucky: é a grade antidifusora que se movimenta durante a exposição; 
Hiperextensão: extensão de uma articulação além da posição reta ou neutra; 
Inversão: movimento de tensão para dentro; 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS 
 
Adução = Movimento de fechar, aproximar um membro ao centro do corpo. 
Abdução= Movimento de abrir, afastar o membro ao centro do corpo. 
Inversão= Descreve a curvatura da parte anatômica para dentro do centro do corpo 
(INTERNAMENTE). 
Eversão= Descreve a curvatura da parte anatômica para fora do centro do corpo 
(EXTERNAMENTE). 
Pronação = O mesmo que PA. Palma da mão para baixo. 
Supinação= O mesmo que AP. Palma da mão para cima. 
Trendelenburg= Cabeça fica mais baixo que os pés, paciente deitado. 
Fowler= Cabeça mais elevada que os pés, paciente deitado. 
Ângulo Caudal= Raio central em direção aos pés. Para baixo. 
Ângulo cefálico= Raio central em direção à cabeça. Para cima. 
Ipsilateral= Do mesmo lado do corpo. 
Contralateral= Do lado contrário do corpo. 
Flexão= O ângulo entre as partes diminui, fechar. 
Extensão neutra= É a mudança da posição fletida para uma posição reta. 
Hiperextensão= O ângulo entre as partes aumenta, abre. 
Estênico= Paciente médio. 
Hiperestênico= Paciente atarracado, a caixa torácica é larga. 
Hipostênico= Paciente magro e alto, a caixa torácica é comprida. 
 
Incidência: é o resultado de um conjunto de dados para a obtenção de uma radiografia. 
(posicionamento, fatores radiográficos e raio central); É todo o procedimento para 
obtenção da imagem. 
LVC= Linha Vertical do Colimador. 
LHC = Linha Horizontal do Colimador. 
LMM =Linha Média da Mesa de exames. 
 
Manobra de Valsava: é uma apnéia inspiratória, forçando a expulsão do ar com a glote 
fechada. 
 
Medial = É a estrutura mais próxima do plano mediano. 
 
 12 
Negatoscópio: dispositivo com luz fluorescente ou branca para visualização das 
radiografias; 
 OAD = Oblíqua anterior direita mais próxima do filme. 
OAE = Oblíqua anterior esquerda mais próxima do filme. 
OPD = Oblíqua posterior direita mais próxima do filme. 
OPE = Oblíqua posterior esquerda mais próxima do filme. 
Ortostático ou Bipedestação = De pé, apoiado sobre os pés ou firmado por suporte ou 
acompanhantes. 
 
PA= Póstero-anterior, RC penetra na região posterior e sai na anterior. Filme na região 
anterior. 
Perfil ou Lateral = Raio central penetra 90º em relação ao AP ou PA do paciente. 
Filme na lateral contrária ao raio central. 
 
Perfil Interno: região interna ou medialdo membro, mais próxima do filme; 
Perfil Externo: região externa ou lateral do membro, mais afastada do filme; 
Posição: o termo é usado para discutir a posição física do paciente, de duas formas: a 
primeira refere-se Às posições gerais do corpo, tais como decúbito dorsal, ventral, ereta 
ou Trendelenburg (30 a 45°). A Segunda é a posição específica do corpo na qual 
determina a parte mais próxima do filme (lateral ou oblíqua); 
Posição Anatômica: posição de pé, braços aduzidos (abaixados próximo do corpo), 
palmas para frente, cabeça e pés retos para frente; 
Projeção: é um termo de posicionamento anatômico usado para descrever o trajeto do 
feixe de raios X que projeta uma imagem no filme radiográfico ou outro em receptor de 
imagem (os mais usados AP e PA); 
 
Pronação: posição PA da mão; 
Protração: movimento para frente, a partir de uma posição normal (exemplo: 
movimento da mandíbula); 
Proximal = É a porção de uma estrutura mais próxima do crânio. 
 
Radiografia: representação gráfica e estática num filme de raios X de uma determinada 
região a ser examinada; 
Radiação Secundária: é o resultado da reflexão ou refração da radiação primária; 
Radiografia Cinza: geralmente é excesso de KV nos fatores radiológicos, ou filme que 
sofreu velamento químico ou físico; 
 
RC= Raio central que é o cruzamento das linhas horizontais e verticais do colimador 
 
Retração: movimento para trás; 
Supinação: posição AP da mão; 
 13 
Tangencial: o raio central tangência a estrutura a ser examinada. 
 
TR= Técnico em Radiologia. 
TNR = Tecnólogo em Radiologia. 
 
TERMOS GERAIS 
 
Os termos a seguir, comumente usados no posicionamento radiográfico, é definido em 
linguagem clara e precisa para permitir fácil compreensão. 
 
1.RADIOGRAFIA X FILME DE RAIOS X 
 
Um filme de raios X contendo ou não uma imagem de uma parte anatômica de um 
paciente (produzida pela ação dos raios X sobre o filme). 
Radiografia: é a produção de imagens radiográficas. 
 
2. EXAME OU PROCEDIMENTO RADIOGRÁFICO 
 
 Um exame radiográfico do tórax inclui cinco funções gerais, que são as seguintes: 
 (a) Posicionamento da parte do corpo, e alinhamento do RC (raio central). 
 (b) Seleção de medidas de proteção radiológica. 
 (c) Seleção de fatores de exposição (técnica radiológica) no painel de controle do 
aparelho de raios X. 
 (d) Realização da exposição. 
 (e) Processamento (revelação) do filme. 
 
3. POSIÇÃO ANATÔMICA: Uma posição de pé, braços aduzidos (abaixados), 
palmas para frente, cabeça e pés retos para frente. Esta posição específica do corpo é 
usada como referência para outros termos relativos a posições. 
 
 
PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS - SUPERFÍCIES DO CORPO 
 
4. Posterior (Dorsal): Refere-se à metade posterior do paciente, inclui a planta dos pés e 
o dorso das mãos. 
 
5. Anterior (Ventral): Refere-se à metade frontal do paciente, inclui o dorso dos pés e 
as plantas das mãos. 
 Projeções é um termo de posicionamento anatômico usado para descrever o trajeto do 
feixe de raios X que projeta uma imagem no filme radiográfico ou em outro receptor de 
imagem. 
 
 6. Projeção Póstero-anterior (PA): Uma projeção do feixe de raios X de trás para 
frente. Combina estes dois termos, posterior e anterior, em uma palavra. Refere-se à 
direção que o feixe de raios X segue, denominada uma projeção. O feixe de raios X 
entra em uma superfície posterior e sai em uma superfície anterior (projeção PA). 
 
 14 
 7. Projeção Antero- posterior (AP): Uma projeção do feixe de raios X de frente para 
trás. Combina estes dois termos, anterior e posterior, em uma palavra. Descreve a 
direção do feixe de raios X, que entra em uma superfície ant0erior e sai em uma 
superfície posterior (projeção AP). 
 
8. Axial: Axial refere-se ao eixo longitudinal de uma estrutura ou parte em torno da qual 
um corpo roda ou é disposto. O termo cefalocaudal descreve o eixo longitudinal ou a 
linha central do corpo humano desde a cabeça até os pés. 
 
 9. Tangencial: Significa tocar uma curva ou superfície apenas em um ponto. Um termo 
para descrever uma projeção que apenas toca uma parte do corpo para projetá-la distante 
de outras estruturas do corpo. 
 
10. Lordótica (Projeção Ápico-lordótica): Uma projeção do tórax AP específica para 
demonstração dos ápices pulmonares sem superposição das clavículas. O termo 
lordótica vem de lordose, que designa a curvatura da coluna com convexidade para 
frente. Quando o paciente assume esta posição, a curvatura lordótica lombar é 
exagerada, tornando-se este um termo descritivo para esta projeção especial do tórax. 
 
11. Decúbito Dorsal: Uma posição do corpo. Deitado sobre o dorso com a face 
direcionada para cima (anterior-mente). 
 
12. Decúbito Ventral: Uma posição do corpo Deitado sobre o abdome, com a face para 
baixo ( a cabeça pode estar voltada para um lado). 
 
13. Ereta: Uma posição do corpo Uma posição vertical, de pé ou sentado ereto. 
 
14. Decúbito (Deitado ) Uma posição do corpo. Deitado em qualquer posição (decúbito 
ventral, decúbito dorsal, decúbito lateral, etc.). 
Decúbito dorsal, deitado sobre o dorso 
Decúbito ventral, deitado com a face para baixo 
Decúbito lateral, deitado de lado ( lateral direito ou esquerdo ). 
 
15. Trendelenburg: Uma posição do corpo. Uma posição de decúbito com o plano do 
corpo inclinado de forma que a cabeça fica mais baixa que os pés. 
 
 
POSIÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO 
 
 16. Posição Lateral (LAT): Uma posição do corpo. Refere-se ao lado de, uma vista 
lateral. Uma lateral verdadeira sempre estará rodada 90° em relação a uma AP ou PA 
verdadeira. Uma lateral verdadeira é perpendicular ou forma ângulos retos com uma AP 
ou PA verdadeira. 
 
17. Posição Oblíqua (OBL): Uma posição do corpo. Uma posição na qual o plano 
coronal ou frontal do corpo não é perpendicular ou forma ângulo reto (LAT) ou não é 
paralelo (PA ou AP) ao filme ou meio de registro, mas está entre uma PA (AP) e LAT. 
O grau de obliqüidade ou o grau de rotação do corpo em uma posição oblíqua pode 
variar desde que esteja entre uma lateral verdadeira e uma PA ou AP verdadeira. 
 
 15 
18. Posição Oblíqua Posterior Esquerda (OPE) descreve aquela posição na qual a face 
posterior esquerda do corpo está mais próxima do filme. Este pode estar na posição 
corporal ereta (vertical) ou em decúbito 
 
19. Posição Oblíqua Posterior Direita (OPD) Descreve aquela posição na qual a parte 
posterior direita do corpo está mais próxima do filme. Este pode estar em posição ereta 
ou decúbito. 
 
20. Posição Oblíqua Anterior Direita (OAD). Aquela posição na qual a face anterior 
direita do corpo está mais próxima do filme. Este pode estar ereto ou em decúbito. 
 
 21. Posição Oblíqua Anterior Esquerda (OAE). Aquela posição na qual a parte 
anterior esquerda do corpo está mais próxima do filme. Também ereta ou em decúbito. 
 
22. Decúbito: Uma posição do corpo que significa deitar sobre uma superfície 
horizontal, designada de acordo com aquela superfície sobre a qual o corpo está 
repousando. Portanto, refere-se ao paciente deitado sobre uma das seguintes superfícies 
corporais: posterior ( dorsal ), anterior ( ventral ), lateral (lateral direita ou esquerda ). 
Em posicionamento radiográfico, o decúbito é sempre usado com um feixe de raios X 
horizontal. 
 
23. Posição de Decúbito Lateral Esquerdo: Aquela posição do corpo na qual o 
paciente deita-se sobre o lado esquerdo e os feixes de raios X são direcionados 
horizontalmente, e o paciente está deitado sobre o lado esquerdo. Portanto, a descrição 
correta para esta posição é um decúbito lateral esquerdo (AP). 
 
 24. Posição de Decúbito Lateral Direita: Aquela posição do corpo na qual o paciente 
deita-se sobre o lado direito e o feixe de raios X são direcionados horizontalmente. A 
descrição correta para esta posiçãoé decúbito lateral direito (PA). 
 
25. Posição de Decúbito Dorsal: Aquela posição do corpo descrita como deitado sobre 
a superfície dorsal (posterior) com o feixe de raios X horizontal. É corretamente descrita 
como posição de decúbito dorsal (LATE). 
 
26. Posição de Decúbito Ventral: Aquela posição do corpo descrita como deitado sobre 
a superfície ventral (anterior) com o feixe de raios X direcionado horizontalmente. 
A descrição correta é uma posição de decúbito ventral (LATD). 
 
TERMOS DE RELAÇÃO 
 
27. Lateral: Fora do centro, ou fora do plano mediano ou da linha média do corpo. 
Exemplo: Na posição anatômica, o polegar está na face lateral da mão. 
 
28. Medial: Em direção ao centro, ou em direção ao plano mediano ou linha média. 
Exemplo: Na posição anatômica, a face medial da articulação do tornozelo é a parte 
interna mais próxima do plano mediano. 
 
29. Proximal: Próximo da origem ou início. Em relação aos membros superiores e 
inferiores, seria aquela parte mais próxima do tronco, a origem ou o início daquele 
membro. Exemplo: O cotovelo é proximal ao punho e o joelho é proximal ao tornozelo. 
 16 
 
30. Distal: Distante da origem ou início ou distante do tronco. Exemplo: O tornozelo é 
distal ao joelho, e o punho é distal ao cotovelo. 
 
31. Cranial adv. Cefálico adj., ou Superior: Em direção à cabeça .Um ângulo cranial é 
um ângulo em direção à cabeça. O termo superior significa maior ou acima e algumas 
vezes, é usado no lugar de cranial para designar um ângulo em direção à cabeça. 
 
32. Caudal, adv., Podálico adj., ou Inferior: Distante da cabeça, em direção aos pés. O 
termo inferior significa em local ou posição mais baixa e pode ser usado como sinônimo 
de caudal para designar um ângulo em direção aos pés. 
 
33. Superficial: Mais próximo da superfície cutânea. 
 
34. Profundo: Mais distante da superfície cutânea que outras estruturas comparadas. 
 
35. Interno: Dentro de algo, mais próximo de centro. 
 
36. Externo: Situado do lado externo ou próximo deste. O sistema circulatório, no qual 
a artéria carótida interna passa dentro do crânio até o cérebro e a artéria carótida externa 
até as partes externas da cabeça. 
 
37. Ipsilateral: Do mesmo lado do corpo ou de parte do corpo. 
 
38. Contralateral: Do lado oposto do corpo ou de parte do corpo. Exemplo: O polegar 
direito e o hálux direito são ipsilaterais; o pé direito e a mão esquerda são contralaterais. 
 
PLANOS E CORTES DO CORPO 
 
39. Plano Mediano ou Mediossagital: O plano vertical que divide o corpo em metades 
direita e esquerda. O plano mediano também é denominado plano mediossagital por 
que atravessa a sutura sagital do crânio. Portanto, qualquer plano paralelo a ele é 
denominado plano sagital ou parasagital. Estes também podem ser descritos como 
planos Ântero-Posteriores que são paralelos ao eixo longitudinal do corpo. 
 
40. Plano Coronal ou Frontal: Qualquer plano que divide o corpo em porções anterior 
e posterior. Como um dos planos frontais atravessa a sutura coronal do crânio, estes 
denominados planos coronais. Estes planos também podem ser descritos como planos 
laterais que são paralelos ao eixo longitudinal do corpo e perpendiculares ao plano 
mediano ou mediossagital. Mediocoronal ou Medioaxilar são termos algumas vezes 
usados para designar um plano que divide o corpo nas metades anterior e posterior. 
 
41. Plano Transversal ou Horizontal: Qualquer plano que atravessa o corpo formando 
ângulos retos com planos sagitais ou coronais, dividindo o corpo em porções superior e 
inferior. Portanto, um plano transversal ou horizontal é um corte que atravessa a parte 
ou o corpo. 
 
42. Cortes Longitudinais: Aqueles cortes longitudinais na direção do eixo longitudinal 
do corpo ou de qualquer de suas partes, independentemente da posição do corpo ( ereto 
ou decúbito ).Os cortes longitudinais podem ser feitos nos planos sagital ou coronal. 
 17 
Cortes Verticais: Iguais aos cortes longitudinais, exceto que estes cortes designam que 
foram feitos na posição anatômica (ereta ). 
 
43. Cortes Transversais: São feitos em ângulos retos com o eixo longitudinal do corpo 
ou de suas partes. 
 
44. Cortes Oblíquos: Aqueles cortes que não são feitos em um dos principais planos do 
corpo ou de qualquer de suas partes. Estes cortes oblíquas inclinam-se ou deviam-se do 
perpendicular ou do horizontal, do longitudinal ou do transversal. 
 
SUPERFÍCIES DOS MEMBROS 
 
45. Plantar: Refere-se à sola ou superfície posterior do pé. 
 
46. Dorso: Refere-se ao topo ou superfície anterior do pé. Deve-se observar que o termo 
dorso ou dorsal refere-se, em geral, à parte vertebral ou posterior do corpo. Entretanto, 
quando usado em relação ao pé ou aos dedos do pé, o termo dorso refere-se 
especificamente à parte anterior do pé. Dorsoplantar: A projeção dorsoplantar é igual à 
projeção AP do pé O feixe de raios X entra no dorso (anterior) do pé e sai na superfície 
plantar ( posterior ). Plantodorsal: A projeção plantodorsal do pé ou dos dedos do pé é 
igual a uma projeção PA porque os raios X entram na superfície plantar 
(posterior) e saem na superfície do dorso ( anterior ) 
 
47. Palmar (Volar). Refere-se à palma da mão. Na posição anatômica, este seria igual à 
superfície anterior da mão. 
 
TERMOS RELACIONADOS AOS MOVIMENTOS 
 
48. Flexão: Ao fletir ou dobrar uma articulação, o ângulo entre as partes é diminuído. 
 
49. Extensão: Ao estender ou retificar uma articulação, o ângulo entre as partes é 
aumentado. 
A extensão é a mudança de uma posição fletida para uma posição reta. A passagem 
desta posição reta é denominada hiperextensão. 
 
50. Hiperextensão: Extensão de uma articulação além da posição reta ou neutra. 
Exemplo: Uma hiperextensão do cotovelo ou do joelho ocorre quando a articulação é 
estendida além da posição reta ou neutra. Este não é um movimento natural destas duas 
articulações e resulta em lesão ou traumatismo. 
 
51. Flexão Ulnar do Punho: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão e a face ulnar do 
antebraço. 
 
52. Flexão Radial do Punho: Diminuir o ângulo (fletir) entre a mão e a face radial da 
parte distal do antebraço (fletir em direção ao polegar). 
 
53. Dorsiflexão do Tornozelo: Diminuir o ângulo ( fletir ) entre o dorso do pé e a parte 
inferior da perna, movimentando o pé e os dedos para cima. 
 
54. Flexão Plantar do Tornozelo: Extensão da articulação do tornozelo, movendo o pé 
 18 
e os dedos para baixo em relação à sua posição normal. 
 
55. Eversão: Um movimento de tensão, para fora, do pé na articulação do tornozelo sem 
rotação da perna. A superfície plantar ( sola ) do pé é voltada para fora em relação ao 
plano mediano do corpo ( a planta volta-se mais lateralmente). A perna não roda, e a 
tensão é aplicada á face medial da articulação do tornozelo. 
 
56. Inversão: Um movimento de tensão, para dentro, do pé na articulação do tornozelo 
sem rotação da perna. A superfície plantar do pé ( sola ) é voltada mais medialmente. A 
perna não roda, e a tensão é aplicada à face lateral da articulação do tornozelo. 
 
57. Rotação Medial (Rotação Interna) Uma rotação de uma parte do corpo, deslocando 
a face anterior da parte em direção ao plano interno ou medial. 
 
 58. Rotação Lateral (Rotação Externa). Uma rotação de uma parte anterior do corpo 
para fora ou afastando-se do plano mediano. 
 
59. Abdução:Um movimento de afastamento do braço ou da perna em relação ao corpo, 
um movimento lateral ( afastar-se de ). Outra aplicação deste termo é a abdução dos 
dedos das mãos ou dos pés, que significa afastá-los, 
 
 60. Adução:Um movimento do braço ou da perna em direção ao corpo, movimentar em 
direção a um centro ou linha medial. A adução dos dedos das mãos ou dos pés significa 
movê-los juntando-se ouem direção uns aos outros. 
 
61. Supinação: Um movimento da rotação da mão para a posição anatômica (palma 
para cima na posição supina ou para frente na posição ereta). Este movimento roda o 
rádio do antebraço lateralmente ao longo de seu eixo longitudinal. 
 
 62. Pronação: Uma rotação da mão para a posição oposta à anatômica (palma para 
baixo ou para trás). 
 
63. Protração: Um movimento para frente a partir de uma posição normal 
 
64. Retração: Um movimento para trás, ou a condição de ser levado para trás. 
65. Elevação: Uma elevação, levantamento ou movimento de uma parte para cima. 
 
66. Depressão: Um abandono, abaixamento ou movimento de uma parte para baixo. 
 
67. Circundação: Mover na forma de um círculo. Estes envolvem movimentos 
seqüenciais da flexão, abdução, extensão e adução, resultando em um movimento do 
tipo cone em qualquer articulação onde os quatro movimentos são possíveis. 
 
68. Inclinação: Um movimento de obliqüidade ou de inclinação. Mover para uma 
posição oblíqua em relação ao eixo longitudinal. 
 
69. Rotação: Voltar ou rodar uma parte do corpo sobre seu eixo . Um movimento de 
rotação 
 
 
 19 
PROTOCOLO GERAL PARA TEC. EM RADIOLOGIA ANTES, DURANTE E 
DEPOIS DO PROCEDIMENTO COM PACIENTE. (Rotina Radiográfica) 
 
1) Ler e avaliar completamente a requisição; 
2) Determinar tamanho e número de chassis necessários; 
3) Preparar a sala de exames radiográficos; 
4) Identificar corretamente o paciente; 
5) Vestir o paciente adequadamente; 
6) Explicar ao paciente o que fará e o que espera dele; 
7) Medir (quando necessário) a parte a ser radiografada; 
8) Identificar os lados direito e esquerdo quando assim o exigir; 
9) Colocar o número na posição correta, como preconiza a técnica de raios x; 
10) Colocar o chassi na posição adequada; 
11) Determinar no painel de comando a técnica a ser usada; 
12) Ajudar o paciente a colocar-se na posição correta para a exposição; 
13) Delimitar o feixe de raios x, para apenas à área de interesse; 
14) Usar proteção para Gônadas,quando necessário; 
15) Observar o paciente enquanto realiza as exposições; 
16) Pacientes que necessitam cuidados não devem ser deixados só na sala de exames; 
17) Avisar que procederá ao processamento radiográfico, e que o paciente deverá 
aguardar para ser liberado; 
18) Observar com olhar crítico as radiografias, observando os critérios de avaliação. Se 
for necessário repetir; 
19) Auxiliar o paciente a sair da mesa de exames, se necessário; 
20) Explicar ao paciente os procedimentos que ele deve tomar a seguir; 
21) Liberar o paciente, abrindo-lhe a porta de saída; 
22) Arrumar a sala de exames, deixando-a em condições para atender o próximo 
paciente; 
23) Lavar as mãos. 
 
 
ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DE POSICIONAMENTO E TÉCNICA 
RADIOLÓGICA 
 
 Correto posicionamento, levando em consideração as relações anatômicas; 
 Contorno bem definido e bom contraste da estrutura; 
 Reprodução em tamanho real; 
 Evitar a repetição de radiografias; 
 Usar tamanho ideal de filme, escolher entre posicionamento longitudinal ou 
transversal adequadamente, do chassi; 
 Definir qual a combinação de ecram reforçadores a ser utilizada; 
 Utilização da grade antidifusora sempre que necessário; 
 Usar cone, cilindro ou delimitar o feixe de raios x sempre. 
 
 
OTIMIZAÇÃO DA IMAGEM 
 
FATORES DE EXPOSIÇÃO: kV é a força de penetração dos raios X, é diretamente 
proporcional à velocidade dos elétrons; nos dá a qualidade de um exame radiográfico. 
mA nos da a intensidade de fótons em uma exposição radiográfica, ou seja a quantidade 
 20 
de raios num feixe é diretamente proporcional à quantidade de elétrons utilizados na 
corrente. 
 
CONTRASTE: é a diferença na densidade entre duas áreas em uma radiografia. 
 
CONTRASTE DO SUJEITO: é a proporção da intensidade de raios X que emerge de 
duas regiões do sujeito. Esta relacionado com o padrão de intensidades de raios X na 
imagem aérea que atinge o detector. 
 
NITIDEZ: é a impressão subjetiva da distinção ou perceptibilidade do limite ou 
margem de uma estrutura em uma radiografia. Está relacionada com a dimensão e 
largura. É o produto de dois fatores: contraste radiográfico e borrosidade radiográfica. 
 
BORROSIDADE GEOMÉTRICA (CINÉTICA): é causada pelo movimento 
involuntário do paciente ou equipamento. 
 
RUÍDO RADIOGRÁFICO: é a flutuação indesejada na densidade radiográfica. O 
termo ruído se refere às variações de densidade que tendem a escurecer a visibilidade da 
imagem. Exemplos: Artefatos (são variações de densidade indesejáveis na forma de 
manchas na radiografia produzida pelo inadequado manuseio, exposição, revelação ou 
manutenção). 
 
DISTORÇÃO 
É a representação errada do alimento correto do objeto correto do objeto e espaços 
articulares numa radiografia. Juntamente com o detalhe espera-se uma radiografia mais 
nítida possível com a parte examinada. 
Quatro Fatores que implicam na distorção 
1 - DFoFi - Quando maior a distância foco-filme menor é a ampliação do objeto, menor 
é a exposição dos raios-x no paciente. 
2 - DOF Distância objeto-filme - Quando mais perto o objeto que está sendo 
radiografado estiver do filme, menor a ampliação e melhores os detalhes ou a definição 
da imagem. 
3 - Alinhamento do objeto-filme - Alinhar o objeto que está sendo radiografado em 
relação ao filme, isto é, posicionamento correto da parte anatômica ao filme 
principalmente nas articulações e extremidades de estruturas ósseas. 
4 - Alinhamento do raio central - Quanto mais próximo do ponto a ser radiografado o 
raio central menor a distorção. A centralização correta do raio central reduz a distorção 
da imagem porque o feixe de raios-x estará centralizado na porção de interesse, 
objetivando um ponto localizado da estrutura radiografada. 
DETALHE 
É a nitidez de estruturas na radiografia. A distância foco-filme (DFoFi) adequada a cada 
exame evita a perda de nitidez de detalhes das estruturas. O movimento voluntário e 
involuntário causa borramento e imagens distorcidas na radiografia. Para obter um bom 
detalhe na radiografia a DFoFi correta e controle sobre a respiração deve ser observado 
 
AMPLIFICAÇÃO: é o aumento proporcional de uma estrutura, esta relacionado com a 
distância e o ângulo do feixe de raios X. 
 
 21 
VÉU: é a densidade de um filme que emerge de fontes que não são a radiação usada 
para formar a imagem. 
 
RADIAÇÃO DISPERSA: é a radiação que emerge de todas as interações; esta 
radiação é dispersa em todas as direções pelos átomos do objeto na qual incidiu a 
radiação primária. 
 
EFEITO ANÓDIO: descreve o fenômeno no qual a intensidade da radiação emitida da 
extremidade do cátodo, do feixe de raios X é maior que aquela da extremidade do 
ânodo, de forma que há maior atenuação ou absorção dos raios X na extremidade do 
ânodo. Este efeito é mais acentuado em menor distância foco filme porque a medida que 
a DFoFi é reduzida, aumenta o ângulo ou a difusão do feixe que deve ser usado para 
cobrir um determinado tamanho de campo 
 
 
 
 
 
O EQUIPAMENTO DE RAIOS-X 
 
FORMAS E TAMANHO 
Quando os elétrons acelerados se chocam com um objeto metálico com número atômico 
significativo, são produzidos raios-x. A energia cinética do elétron se transforma em 
energia eletromagnética. A função do equipamento de raios-X consiste em proporcionar 
uma intensidade suficiente e controlada do fluxo de elétrons para produzir um feixe de 
raios-x de qualidade desejada. Os diversos tipos de equipamentos de raios-x podem ser 
identificados de acordo com a energia dos raios-x que produzem ou segundo a 
finalidade a que são dedicados. 
As tensões dos equipamentos variam de entre 25 a 150 kV, e as correntes nos tubos de 
25 a 1200 MA. 
Independente do fabricante, o equipamento consta de três partes principais: o tubo de 
raios-x, o console de comendo e gerador de alta tensão (os aparelhosmais modernos, os 
geradores, estão grupos no painel de comando). Aparelhos móveis ou odontológicos, os 
três componentes se encontram juntos com uma carcaça compacta: 
 
TUBOS DE RAIOS-X 
O tubo de raios-x é instalado em uma carcaça protetora e por tanto inacessível. 
 22 
 
 
CABEÇOTE - CARCAÇA PROTETORA 
O tubo está sempre instalado em uma carcaça protetora envolta de chumbo de forma a 
controlar a exposição excessiva de radiação, e a configuração também protege de 
descargas elétricas. 
Os raios-x não produzidos de forma isotrópica, ou seja, com a mesma intensidade em 
todas as direções (utilizam-se somente os que passem pela janela e que se chamam feixe 
útil). Alguns raios-x podem atravessar a carcaça; estes denominaram radiação de fuga. 
Estes não contribuem para a formação de imagem e ainda produzem exposição 
indesejada ao paciente e operador. 
A portaria 453/98-MS afirma que a “blindagem no cabeçote deve garantir um nível 
mínimo de radiação de fuga”. A carcaça contém óleo que funciona como isolante 
térmico e elétrico (alguns aparelhos possuem na carcaça ventilação para refrigerar o 
tubo ou o óleo). 
 
INVÓLUCRO DE CRISTAL 
O tubo de raios-x é um tubo similar a tubo de televisão. O vácuo é necessário para a 
produção eficaz de raios-x e um prolongamento da vida útil do tubo. Caso o invólucro 
fosse cheio de gás, diminuiria o fluxo de elétrons do cátodo para o ânodo. O cristal 
utilizado é o pirex. Quando os tubos com pirex envelhecem, uma parte do tungstênio se 
evapora e recobre o interior do invólucro, isto altera o potencial elétrico do tubo e 
danifica o tubo. Alguns equipamentos como tubo de raios-x de tomografia 
computadorizada, por exemplo, possuem invólucros metálicos. 
A janela do invólucro que mede aproximadamente 5 cm² e contém uma seção fina de 
cristal, através do qual é emitido o feixe útil de raios-x. Esta janela permite máxima 
emissão com mínima absorção. 
 
CÁTODO 
É o lado negativo do tubo e tem duas partes principais: o filamento e uma capa 
focalizadora. 
 
FILAMENTO 
http://2.bp.blogspot.com/_whD90BdRBV0/SlPT4SVbHvI/AAAAAAAAACg/yadG5bg2kOE/s1600-h/Fisrad1.JPG
 23 
É um aspiral de fio metálico similar ao resistor de um chuveiro, porém, muito menor. 
Pode medir 2 mm de diâmetro e 1-2 cm de largura. Ele emite elétrons ao ser conduzida 
uma corrente de filamentos, são conhecidos como fenômeno da emissão termiônica. 
Os filamentos são construídos de tungstênio e enriquecidos com tório. 
 
CAPA FOCALIZADORA 
O filamento está inserido em um reforço metálico denominado capa focalizadora. Ela 
está carregada negativamente de forma a condensar o feixe de elétrons a uma pequena 
área do ânodo. 
 
TUBO DE FOCO DUPLO 
Quase todos os tubos de raios-x diagnóstico possuem dois pontos focais, o foco grosso e 
o foco fino. O foco fino é utilizado quando são áreas necessárias imagens de alta 
resolução e o grosso é empregado quando são necessárias técnicas que produzem grande 
quantidade de fótons. A seleção de focos é feita no controle (ou painel) de comando. Os 
pontos focais finos oscilam entre 0,1 a 0,5 mm e os grossos 1R 1,5 mm. 
 
ÂNODO 
Lado positivo do tubo. Existem dois tipos: estacionários e os rotatórios. O estacionário 
ainda é utilizado em radiologia odontológica, equipamentos portáteis e unidades com 
fins especiais (baixa intensidade e baixa potência). O mais utilizado é o rotatório, já que 
devem ser capazes de produzir raios-x de alta intensidade em pouco tempo. Três 
funções do ânodo: 
 
1 Receber os elétrons emitidos pelo cátodo; 
2 É um condutor elétrico térmico; 
3 Também proporciona suporte mecânico ao alvo. 
 
Quando os elétrons da corrente do tubo chocam-se com o ânodo, mais de 99% da sua 
energia é convertida em calor, que deve ser eliminado. O cobre é o material mais 
utilizado na construção do ânodo. Sobra apenas 1% de Radiação X. 
 
O ALVO 
É a área do ânodo com a qual se chocam os elétrons vindos do cátodo. No estacionário, 
o alvo consiste de uma liga de metal e tungstênio (w) embebida no ânodo de cobre. No 
rotatório todo o disco é alvo. Porque tungstênio? 
 
Alto número atômico (Z=79) - proporciona maior eficiência e maior energia dos raios-
X; 
Condutor térmico - quase igual ao cobre, por isso dissipa melhor o calor; 
Alto ponto de fusão – (+ ou – 3.380C°) – permite suportar alta intensidade de corrente 
do tubo sem que sejam produzidas rachaduras. 
 
 
 
MOTOR DE INDUÇÃO 
O ânodo rotatório é acionado por motor de indução eletromagnética, que consiste em 
duas partes principais separadas entre si por um invólucro de cristal denominado estator, 
consiste em uma série de eletroímãs espaçados igualmente ao redor do suporte do tubo. 
 24 
Dentro do invólucro encontra-se um eixo compacto de barras de cobre e ferro doce, 
chamado rotor. No motor de indução a corrente flui no estator e cria um campo 
magnético que faz guiar o motor. Os rolamentos do estator recebem energia, fazendo 
com que o campo magnético gire sobre o eixo do estator. Este campo interage com a 
atividade de rolamentos. 
 
EFEITO ANÓDICO 
Energia que sai do lado do cátodo é mais intensa. 
 
CONSOLE DE COMANDO 
Parte do equipamento de raios-x que permite selecionar a corrente e a tensão do tubo, de 
modo que o feixe tenha a intensidade e a capacidade de penetração apropriada para 
realização das radiografias. Nele selecionamos KV, Ma, e S (tempo), além do foco. 
 
GERADOR DE ALTA TENSÃO 
Tem por objetivo converter a baixa tensão fornecida pela rede elétrica em kilovoltagem 
com forma de onda apropriada. Esta parte do equipamento geralmente encontra-se 
dentro do próprio equipamento. Os mais antigos ficavam nas salas de máquina. O 
gerador de alta tensão possui três partes principais, embebidos em óleo para evitar 
descargas elétricas: 
 
Transformador de alta tensão – que converte a tensão da rede elétrica (poucas centenas 
de volts) para a tensão desejada (dezenas de kilovolts); 
 
 
FILTROS 
Os equipamentos de raios-X possuem filtros metálicos, geralmente alumínio (Al) de 1 a 
3 mm de espessura colocados na trajetória do feixe de raios-X. A finalidade consiste, 
sobretudo em reduzir o número de raios-X de baixa energia que chegam ao paciente, 
pois estes não contribuem para a qualidade da imagem, além de serem absorvidos pelo 
tecido, submetendo o paciente a uma dose desejada. 
 
DISPOSITIVOS PARA RESTRIÇÃO DO FEIXE 
A adequada colimação do feixe tem o efeito primário de reduzir a dose do paciente ao 
volume do tecido irradiado. Três dispositivos são injetados para reduzir a passagem dos 
raios-X: 
 
 Diafragma de abertura – é o mais simples, de chumbo ou forrado com chumbo, 
conectado à cabeça do tubo. Normalmente se projeta um pouco menor que o filme, e é 
usado em exames como de odontologia. 
Cones ou cilindros– podem ser considerados modificações do diafragma. Em ambos 
uma estrutura metálica estendida limita o feixe útil ao tamanho desejado. Será sempre 
circular (diafragma, a forma é quadrada). 
Colimador de abertura variável e luz focalizadora – dispositivo mais comum, vem de 
fábrica e limita o feixe. 
 
MESA DE EXAMES POTTER- BUCKY 
Mesa horizontal, fixa, equipada com Potter- Bucky (grade) que se desloca sob o tampo 
em sentido horizontal. Algumas mesas possuem tampo flutuante o que facilita o 
posicionamento do paciente em relação ao raio central. 
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DISPOSITIVO POTTER- BUCKY VERTICAL 
Dispositivo equipado com um Potter- Bucky que se desloca em sentido vertical. Usos: 
radiografias em posição ortostática, em especial para tórax e costelas. 
 
CABOS DE ALTA TENSÃO 
São cabos de borracha especial de alto poder de isolação com cerca de uma polegada de 
diâmetro, tendo no seu núcleo central fios de cobre para condução da corrente elétrica. 
Filme = Folha de poliéster com uma emulsão de sal de prata e gelatina. 
Écran Intensificador = Folha de papelão com um sal que apresenta a finalidade de 
intensificar e impregnara radiação. 
. 
Acessórios de Proteção Individual = Biombo de chumbo, luvas de chumbo, protetor 
de tireóide, óculos plumbífero, saia e avental plumbífero, cilindro e colimador do 
aparelho. 
 
Dosímetro = Aparelho individual que mede a radiação recebida pelo profissional da 
radiologia. Não é de proteção. 
 
Cátodo = Pólo negativo da ampola onde partem os elétrons para chocarem no ânodo. 
 
Ânodo = Pólo positivo da ampola onde se chocam os elétrons para produção de raios-x. 
 
Mesa de exame = Local onde se posiciona o paciente para a realização da radiografia. 
O mesmo serve para mural Bucky. 
 
Mesa de comando = Onde se liga o aparelho, se faz o disparo e gradua os fatores 
radiológicos (mA, Tempo, (mAs) e kV). 
mA = É o fator radiológico que representa a miliamperagem que é formado na ampola 
de raios-x. O mA é responsável pelo grau de aquecimento do filamento e pela 
quantidade de elétrons liberados pelo cátodo. 
 
mAs = Densidade 
É o fator radiológico que representa a quantidade de raios X. É o resultado da 
multiplicação do mA pelo tempo de exposição. É responsável pelos contrastes fortes, 
isto é, pela densidade e enegrecimento do filme. 
 
kV = Contraste 
É o fator radiológico responsável pela penetração dos raios-X. É responsável pela 
velocidade de impacto dos elétrons negativos (cátodo). Quanto maior o kV maior a 
energia, menor o comprimento de onda e maior a penetração dos raios-X. Objetivo: 
tornar mais visíveis os detalhes anatômicos de uma parte ou objeto na radiografia. 
 
CÁLCULOS DE MUDANÇAS DE FATORES DE EXPOSIÇÃO: 
 
(Fórmula da constante) 
 
kV = E x 2 + K 
 26 
 
Onde: 
 
kV= quilovolt 
E= espessura do paciente 
K=constante do equipamento 
Ex: 
kV = ? kV = ? 
Espess. = 22 cm kV = 22 x 2 + 30 
K = 30 kV = 74 
 
Matemática da Radiação: 
mAs = mA x tempo 
 
Ex.: 
mAs = ?, mA = 300, T = 0,5 seg. 
mAs = 300 x 0,5 
mAs = 150 
 
 
Obs.: Para achar a constante: 
mA = 300, mAs = 150, T = 0,5 seg., kV = 80, E = 25 cm. 
kV = 2 x E +K 
80 = 2 x 25 + K 
80 = 50 + K 
K = 30 
 
Então a constante do aparelho é de 30. 
Conclusão 1: 
Numa mesma unidade de tempo, quanto maior o mA maior a quantidade de raios-X. 
 
Conclusão 2: 
 
Com alta mA, podemos conseguir grande quantidade de raios-X com tempo curto. 
Ex.: 
100 mA x 0,5 seg. = 50 mAs 
200 mA x 0,5 seg. = 100 mAs 
300 mA x 0,5 seg. = 150 mAs 
500 mA x 0,5 seg. = 250 mAs 
 
 
RADIAÇÃO 
O termo radiação vem do latim RADIARE, que indica um fenômeno básico em que a 
energia se propaga através do espaço, ainda que interceptada pela matéria. 
 
 
 
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IRRADIAÇÃO 
O termo Irradiação vem do latim IN e RADIARE, que é empregado para indicar o 
tratamento da matéria pela energia radiante. 
 
Os termos radiação e irradiação são, todavia, na maioria das vezes confundidos e usados 
indistintamente como sinônimos. 
 
Distinguem-se dois tipos de radiações: 
 
 CORPUSCULARES: feitas por intermédio de elétrons (raios beta), núcleos de 
hélio (raios alfa), núcleos de hidrogênio (prótons; p. ou H1) ou nêutrons (n ou 
n1); 
 
 ELETROMAGNÉTICAS: constituídas pelos raios de comprimento de onda 
muito curto, os raios - X e os raios gama. Admite-se que a energia radiante emita 
partículas ínfimas denominadas Fótons. Estas são absorvidas pela matéria e 
determinam os seguintes fenômenos: 
 
 
1) Fazem vibrar os átomos das moléculas em seu eixo de conecção; 
2) Fazem-nos rodar em torno desse mesmo eixo; 
3) Produzem modificações dos níveis energéticos dos elétrons. O mecanismo de ação 
dos prótons em resumo é o seguinte: 
 
A - EFEITO FOTOELÉTRICO: Absorção completa do Fóton com ejeção de um 
elétron (ionização). 
 
B- EFEITO COMPTON (irradiação secundária): Arrancamento de um elétron que 
continua a se propagar mas com maior comprimento de onda do que a radiação 
incidente; 
 
C - PRODUÇÃO DE IONS PARES: O fóton vai de encontro ao núcleo, criando e 
emitindo um par de elétrons. 
 
A absorção da luz ultravioleta e da infravermelha depende em geral da estrutura 
molecular do material absorvente e, indiretamente da composição atômica do mesmo. 
Pelo contrário as energias dos Raios X são quase inteiramente absorvida pelos elétrons 
que se ejeta do átomo pelo qual eles passaram. Este processo independe completamente 
da maneira porque os átomos estão combinados dentro das moléculas. Assim o átomo 
que recebe um certo quantum de raios X para ejetar um elétron perde energia 
(ionização) e esta é armazenada no elétron ejetado como energia cinética, capaz de 
produzir ionização de outros átomos por que passa. 
 
Quase toda a ionização em radiologia, é produzida pelo elétron ejetado e muito pouco 
ou despercebida é a ionização pela absorção inicial do Quantum de raios X aplicados. 
Em conseqüência desse fenômeno, os íons produzidos não se distribuem ao acaso nas 
soluções ou nos tecidos, mas sim ao longo do trajeto do elétron ejetado. Enquanto os 
raios X são produzidos por geradores especiais, os raios Gama saem espontaneamente 
de substâncias radioativas como Radium, Tório, Actínio etc. Estes emitem em maior 
proporção, as partículas Alfa e Beta. 
 28 
 
O que é a radiografia? 
A radiografia é a imagem fotográfica produzida através do uso de radiações ionizantes, 
que interagem com os tecidos por absorção fotoelétrica, causando diferentes graus de 
enegrecimento em um filme radiográfico ou em uma tela fluoroscopia, A análise da 
imagem obtida, por sua vez, permite a verificação de estruturas anatomicamente 
responsáveis por cada sombra, bem como a existência da qualquer anormalidade. 
As mais variadas técnicas, os mais diversos corpos a radiografar, com diferentes 
volumes, posição e constituição, necessitam de raios X de diferentes comprimentos de 
onda e exigem também tipos de filmes diversos. Todos os fatores tecnicamente 
selecionados para radiografar determinado corpo não obterão sucesso se o filme e o 
processamento não forem adequados para o caso. 
Os filmes radiográficos são fabricados em diversos tamanhos, formatos e qualidade para 
diferentes trabalhos e são dotados de maior ou menor sensibilidade, variando também o 
seu poder de definição, ou seja, a capacidade de produzir imagens mais nítidas. 
A sensibilidade de um filme diz respeito à sua capacidade de gravar as imagens, sendo 
medida pelo tempo de exposição requerido para a tomada de uma radiografia com maior 
ou menos quantidade de radiação. Atualmente, com a necessidade de se expor menos os 
pacientes, os fabricantes de filmes estão se empenhando em obter filmes de maiores 
velocidades, muito sensíveis. 
 
Como são formados os Raios X? Quais são as suas características? 
 
Os raios X são uma forma de energia, parte do Espectro Eletromagnético. Em 
alguns aspectos, eles lembram a luz visível, uma forma de radiação 
eletromagnética. Ambas existem naturalmente e viaja na mesma velocidade. (300 
000 Km/s). 
 
Os raios X são diferentes de outras formas de radiação, têm seu próprio caráter. 
Embora sejam algumas vezes similares à luz, eles não são facilmente refratados, ou 
curvados e uma lente não irá focalizá-los, Eles excitam a fluorescência em muitas 
substâncias, como o Tungstato de Cálcio. Muitos dos fatores que fazem deles 
únicos é uma função do seu pequeno comprimento de onda. De fato, o 
comprimento de onda dos raios X é de cerca de um décimo de milésimo do 
comprimento de onda visível. 
 
A radiação eletromagnética constitui o deslocamento de energia através do espaço, 
através das forças dos campos elétrico e magnético. Qualquer carga, ao ser 
acelerada, emite radiação eletromagnética. 
Raios X são produzidos quando elétrons de alta energia são subitamentedesacelerados. Os elétrons são expulsos de seus átomos – como “fervidos”—e então 
acelerados por altas voltagens. Focalizados em um alvo, em um ambiente de vácuo 
(o interior da ampola), os elétrons interagem com os átomos estáveis. O resultado, 
no momento em que o fluxo de elétrons em alta velocidade é desacelerado pelo 
alvo, é uma conversão de energia. Cerca de 99,9% do resultado da conversão de 
energia surge na forma de calor, com os 0,1% restantes surgindo na forma de raios 
X. O dispositivo usado para produzir raios X consiste de um tubo de vidro 
blindado – a ampola—(capa de suportar altas temperaturas), que tenha sido 
evacuado do maior número possível de átomos. No interior do tubo selado existem 
dois elementos chamados de cátodo (o pólo negativo e fonte do fluxo de elétrons) e 
 29 
o ânodo ( o pólo positivo e alvo do jato de elétrons). Mais comumente, o cátodo é 
feito de tungstênio e o ânodo de uma liga de tungstênio, que ajuda a resistir às altas 
temperaturas. 
 
Explicando: todos os corpos aquecidos emitem elétrons. Alguns elétrons tornam-se 
ativos o bastante para se moverem a uma curta distância da superfície do metal, à 
medida que o cátodo atinge certa temperatura. Uma pequena nuvem de elétrons se 
forma e se movimenta em torno do filamento, quando ocorre um balanceamento, 
com alguns elétrons retornando aos átomos do metal, à medida que outros são 
emitidos. Um dos fatores limitantes da potência de um moderno tubo de raios-X é 
o calor gerado, e muitos esquemas têm sido desenvolvidos para superar este 
problema. 
 
A carga elétrica que impele a corrente de elétrons do cátodo para o ânodo aumenta 
sua energia. Quando os elétrons atingem o alvo, eles produzem raios X de dois 
modos: 
 
1- Eles colidem com os elétrons dos átomos da liga de tungstênio, impactando com 
energia suficiente para expulsar os elétrons. Quando um elétron é arrancado de 
um átomo estável, esse átomo é dito ionizado, perdendo seu equilíbrio de cargas 
elétricas. O excesso de energia que resulta deve ser emitido pelo átomo, gerando os 
Raios X. Os raios X emitidos como resultados desta interação são chamados de 
raios X característicos, pois seu comprimento de onda preciso é determinado pelo 
tipo de átomo ionizado. Alvos de diferentes tipos de átomos produzem raios X de 
diferentes comprimentos de onda. 
 
2- Quando um elétron acelerado passa próximo do núcleo de um átomo alvo, o 
resultado é a produção de raios X gerais. Atraídos pela carga elétrica positiva do 
núcleo, o elétron negativamente carregado muda de direção. Ele é desacelerado a 
partir da velocidade da luz. A energia que ele fornece no processo é emitida na 
forma de um feixe de radiação X. 
Geralmente os elétrons participam de muitas dessas reações antes que sua energia 
seja esgotada. Ocasionalmente eles podem atingir o núcleo do átomo alvo de frente. 
Neste caso, toda a energia do elétron pode ser convertida em calor e um fóton de 
alta energia. 
 
Os raios X emitidos a partir de um tipo gerador não são bem organizados, Os raios X 
produzidos contêm muitos níveis diferentes de energia e se deslocam em todas as 
direções, o que se chama espalhamento. Uma vez que a radiação ionizante atua sobre 
células biológicas, é importante o seu controle para se obter o máximo benefício a um 
custo mínimo possível para o organismo sob exame com raios X. Apenas os raios X 
com suficiente energia para penetrar profundamente e registrar os detalhes do objeto sob 
investigação são úteis. Para controlar os raios X potencialmente danosos, foram 
desenvolvidos filtros para eliminar a radiação de baixa energia e, portanto, ineficiente. 
 
 
 
 
 30 
Como são formadas as imagens? 
 
 
 
 
 
Baseado no fato de que os raios X são capazes de atravessar materiais, é possível se 
obter imagens do interior do corpo humano. O diverso método utilizado para essa 
obtenção constitui a RADIOLOGIA. 
 
Um filme radiográfico pode ser exposto diretamente aos fótons de energia de raios X 
que atravessaram o objeto. Alguns fótons de energia são absorvidos. O número 
absorvido dependa da densidade do tecido sobre o qual eles incidem. Raios X que 
entram em um corpo são chamados de feixe primário, e os que saem são registrados no 
filme e são chamados de feixe remanescente. 
 
Em função da sua variável capacidade de absorção dos raios X, diferentes partes do 
corpo são registradas sobre o filme em tons variados de cinza ou contraste. Quanto 
maior o número atômico dos átomos de um tecido, maior a capacidade de absorver raios 
X e mais brilhante ele aparece no filme revelado, de modo geral. Alguns exemplos de 
números atômicos interessantes são: 
 
Osso: 13,8 Músculos: 7,4 Gordura: 5,9 
 
A absorção de raios X é afetada pela espessura do corpo e sua densidade. 
O FILME 
 
O filme radiográfico consiste em uma emulsão fixada em uma base de material plástico, 
que contém em suspensão cristais de Brometo de Prata em material gelatinoso. 
Após a exposição, quando o filme é revelado, os cristais expostos à radiação se reduzem 
a grãos de prata metálica. O filme é fixado através de uma solução de tios sulfito de 
sódio que dissolve a emulsão de brometo de prata preservando a prata metálica. O filme 
é então lavado para remover os demais resíduos químicos. 
Áreas que sofrerão exposição mais intensa aparecem pretas. Áreas completamente não 
expostas ficam transparentes. Áreas que sofreram exposição de intensidades 
intermediárias exibem tonalidades de cinza. Juntos, os contrastes entre tonalidades 
formam uma imagem inteligível da área radiografada, que pode ser avaliada em grande 
detalhe com treino e práticas apropriados. 
A moderna radiografia consiste de uma folha de filme radiográfico exposta em um 
chassis, que a mantém em contato com dois écrans, que são telas capazes de absorver 
muito mais raios Z que o filme, produzindo fótons de luz que tem maior eficiência na 
formação da imagem. Desta forma, pode-se usar menor quantidade de raios X para a 
mesma imagem no filme, minimizando a dose à qual o paciente se submeterá. O temo 
de exposição é relativamente curto. A imagem resultante é um negativo – isto é, o fundo 
é preto onde os raios X que a atingem passaram apenas através do ar. 
 31 
Uma radiografia moderna simples, na qual os raios X são emitidos a partir do tubo, 
atravessam o paciente e atingem o chassis com o filme em um caminho retilíneo, é 
referida como um filme plano. A fim de produzir a informação mais útil possível, o 
técnico que realiza a radiografia ajusta o gerador para produzir raios X adequados para a 
região do corpo sob estudo. Aumentando a quilovoltagen no gerador, são produzidos 
raios X de comprimento de onda menores, chamados raios X duros Raios x duros 
penetram a matéria mais facilmente e são requeridos para a obtenção de imagens de 
objetos mais densos e espessos. Raios X moles são apropriados para objetos finos e 
menos densos. O tempo da exposição também está sob controle do técnico. 
 
Fatores que influenciam na qualidade da imagem 
Para que uma radiografia seja de boa qualidade é necessário que se observem critérios 
de avaliação padronizados, A colocação da parte a ser demonstrada no chassis é feita de 
forma que toda a anatomia a ser visualizada esteja dentro das bordas colimadas. Não são 
irradiadas partes desnecessárias. 
Os três fatores de exposição: quilovoltagem, milamperagem e tempo de exposição são 
,respectivamente, os fatores de controle básico para contraste, densidade e definição ou 
ausência de nitidez. 
 
Densidade: É descrita como o grau de enegrecimento da radiografia concluída. O fator 
primário de controle da densidade é a miliamperagem, que controla a densidade via 
quantidade de raios x emitidos. 
 
Contraste: é a avaliação da densidade em áreas adjacentes de uma radiografia ou outro 
receptor de imagem. O objetivo do contraste é tornar mais visívelos detalhes 
anatômicos de uma radiografia. O fator primário de controle do contraste é a 
quilovoltagem que controla a energia ou a capacidade de penetração do feixe primário. 
Deve-se usar a maior quilovoltagem e a menor miliamperagem para proporcionar 
informação diagnóstica suficiente em cada exame radiográfico. 
 
Nitidez: é definida pela presença ou não de detalhes. O movimento é o maior empecilho 
para a nitidez da imagem relacionada ao posicionamento. Combinado a um pequeno 
ponto focal, um aumento da distância foco-filme e uma diminuição da distância objeto-
filme resultam em menor borramento geométrico, que aumentarão os detalhes. 
 
 
Radioproteção 
Os seres vivos estão constantemente submetidos às radiações existentes. A 
radioproteção entra, então, como um recurso de salvaguarda da integridade genômica do 
ser. Para estudarmos mais este assunto, é necessário que saibamos alguns conceitos tais 
como sobre a origem das radiações. 
As fontes naturais de radiação podem ser externas ou internas. Das fontes externas 
conhece-se a radiação cósmica que provém do espaço sideral. Acredita-se que outras 
galáxias e estrelas contribuam um pouco, mas o sol é realmente um grande responsável 
pela irradiação da terra. Além da radiação cósmica, temos as fontes terrestres. Todos os 
elementos com número atômico maior do que 83 apresentam radioisótopos naturais. 
Porém, alguns com menor Z também possuem essa propriedade. 
 32 
Das fontes internas que acometem os seres vivos, a maioria chega a eles 
através dos alimentos e da água. Outros são inalados ou absorvidos pela pele. 
No grupo das fontes artificiais de radiação se conhece os Raios X, os radionuclídeos 
usados na medicina nuclear, os radioativos presentes em produtos de consumo e outros. 
7.1 Principais fontes de radiação que atuam sobre o homem: 
 
 
O objetivo da proteção contra radiações é reduzir, a níveis considerados aceitáveis de 
radiação, o contato de pessoas com radiações ionizantes e também evitar o contato delas 
com pessoas que não tenham envolvimento direto com programas radioativos. Dentro 
desses limites deve-se levar em consideração que gestantes técnicos que trabalham na 
área de radiação têm diferentes valores desses limites. Em toda exposição, que deve ser 
a mínima possível, deve-se estimar os efeitos deletérios à saúde da pessoa que está 
sendo exposta. 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
 
 
DFoFi ( Distância Foco-Filme = 100 cm ou 1 mt 
 
 
FILME 
FOCO 
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 50 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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