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AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROCIÊNCIA EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Wagner Allan Cagliumi 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 
“As pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer 
guerra. Quando educarmos para cooperarmos e formos solidários uns 
com os outros, nesse dia estaremos educando para a paz.” 
Maria Montessori 
 
Em nosso primeiro capítulo, pudemos conhecer um pouco da mágica 
anatomia do sistema nervoso e suas relações funcionais gerais, fornecendo uma 
base para que possamos conhecer agora como todas essas estruturas 
convergem para as várias formas em que nos relacionamos com o meio ambiente. 
Pudemos perceber o quanto essas estruturas se desenvolveram com nossa 
evolução e, consequentemente, como são importantes em nosso cotidiano. 
Iniciaremos, então, o estudo das funções nervosas superiores, começando pelos 
sentidos. Falaremos um pouco de visão, audição, tato, gustação, olfato e sistema 
vestibular, um importante sentido pouco comentado. 
Os sentidos fundamentais do corpo humano (visão, audição, tato, 
gustação, olfato e sistema vestibular) constituem as funções que propiciam o 
nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo 
pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa 
sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. 
CONTEXTUALIZANDO 
Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de 
captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são 
formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos 
em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em 
centros específicos do sistema nervoso central, onde será produzida uma 
resposta voluntária ou involuntária. 
Com o conhecimento adquirido das percepções, poderemos estudar as 
bases da memória, que, por sua vez, dependem das percepções, incluindo aí a 
atenção. 
A memória, imenso arquivo humano de experiências, impressões e 
conhecimentos, como base da aprendizagem, será tratada pelo ponto de vista 
neuroanatomofisiológico, ou seja, sua anatomia, seus sistemas e sua formação. 
 
 
 
3 
TEMA 1 – BASES NEURONAIS DA PERCEPÇÃO 
1.1 Percepção visual 
O sentido da visão é um dos principais sentidos utilizados neste momento 
de nossa evolução. A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos 
é chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do 
espaçamento dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho. 
Para se ter uma ideia da utilização desse sentido, sabe-se que hoje cerca 
de 65% de todas as informações que chegam ao sistema nervoso central são 
informações visuais, o que, para nós, educadores, tem importância significativa, 
pois se para nosso aluno essa não for a melhor maneira de apreender o meio, 
corremos o risco de sobrecarregar esse sentido em detrimento de outras 
possibilidades sensoriais que também podem resultar em aprendizagem. 
A percepção visual é a identificação, organização e interpretação dos 
dados sensoriais recebidos pelos olhos. Subdivide-se em discriminação, 
fechamento, figura – fundo, memória visual, planejamento motor e sequência. 
A discriminação visual pode ser definida como a habilidade de perceber 
diferenças e semelhanças, o que nos permite distinguir as variadas formas, cores 
e tamanhos daquilo que vemos e dar-lhes significados diferentes. 
Quando falamos em fechamento, na percepção visual, estamos nos 
referindo a habilidade de perceber estímulos visuais e identificar uma figura 
incompleta. 
A habilidade de perceber objetos misturados a outros e canalizá-los é 
denominada figura-fundo. 
A memória visual é a habilidade de guardar estímulos visuais e de usá-los 
quando solicitado. 
Podemos definir como planejamento motor a habilidade de reproduzir, de 
memória, atividades que já tenham sido previamente demonstradas, como 
desenhos e letras. 
Finalmente, sequência é a reprodução da informação em uma determinada 
ordem. 
 
 
 
 
4 
1.2 Percepção auditiva 
A audição e a visão podem ser consideradas os sentidos mais utilizados 
pelo ser humano moderno por este motivo iniciarão com um texto que gostaria 
que lessem e refletissem, pois o considero um dos melhores textos relativos aos 
sentidos. Na verdade, este depoimento trata da privação dos sentidos da visão, 
que já estudamos, e da audição que iniciamos. 
Quero aproveitar esta oportunidade para lembrar que estes estudos que 
estamos fazendo, convergem para a ilimitada potencialidade humana, a 
adaptação e a sobrevivência da espécie. Desta forma, veremos um ser humano 
que supera a desvantagem da dificuldade em comunicar-se após a perda de seus 
sentidos visual e auditivo. 
O texto seguinte é um impressionante depoimento de Helen Keller a 
respeito da descoberta da linguagem: 
Ela me trouxe o chapéu e eu sabia que iria sair para o sol quente. Este 
pensamento, se é que uma sensação sem palavras pode chamar-se um 
pensamento, fez que eu pulasse e saltasse de prazer. 
Andamos pelo caminho do poço, atraídas pela fragrância das 
madressilvas que o cobriam. Alguém estava tirando água e a professora 
colocou minha mão debaixo da bica. Quando a corrente fria jorrou sobre 
minha mão, ela soletrou, na outra, a palavra água, primeiro devagar, 
depois rapidamente. Fiquei parada, toda a minha atenção fixa no 
movimento de seus dedos. De repente, senti uma obscura consciência 
como de algo esquecido – uma emoção de pensamento que retornava; 
e, de algum modo, o mistério da linguagem me foi revelado. Soube então 
que á-g-u-a significava o algo maravilhoso e frio que escorria sobre 
minha mão. Aquela palavra viva despertou-me a alma, deu-lhe luz, 
esperança, alegria, libertou-a! Ainda existiam barreiras, é verdade, mas 
barreiras que com o tempo poderiam ser removidas. 
Deixei o poço ansiosa por aprender. Tudo tinha um nome, e cada nome 
deu à luz um pensamento. Quando voltamos para casa, todo objeto que 
eu tocava parecia tremer de vida. Isto porque eu via tudo com a estranha 
e nova visão que sobreviera. (Langer, 1971) 
Após tão belo depoimento de Hellen Keller, seguimos nossa jornada 
buscando entender melhor o ser humano para que nosso trabalho seja o de 
propiciar o desenvolvimento e a qualidade de vida para pessoas que, com ou sem 
deficiências, incapacidades funcionais, ou quaisquer desvantagens que possam 
permear seu universo, são cidadãos e sobretudo seres humanos em busca de seu 
lugar. 
Comecemos pelo som, o qual é produzido por ondas que se propagam no 
ar de maneira semelhante às ondas na superfície da água. Essas ondas sonoras 
vão avançando até alcançar nossa orelha. 
 
 
5 
A orelha humana é um órgão cuja sensibilidade possibilita a percepção e 
interpretação de ondas sonoras de frequências entre 16 e 20.000 Hertz (ondas 
por segundo). 
Da captação do som até sua percepção e interpretação, há uma sequência 
de transformações da energia: 
 Sonora Mecânica Hidráulica Elétrica 
 O pavilhão auditivo capta e canaliza as ondas sonoras para o canal 
auditivo e para o tímpano. Este transforma as vibrações sonoras em vibrações 
mecânicas que são comunicadas aos ossículos (martelo, bigorna e estribo), que 
funcionam como alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e 
agindo como amplificadores das vibrações da onda sonora. 
Na orelha interna, denominada labirinto, existem escavações no osso 
temporal, que são revestidas por uma membrana e preenchidas com líquido. A 
parte anterior do labirinto é chamada de cóclea e, à medida em que a vibração 
sonora penetra na cóclea, o líquido mencionado é lançado mais profundamente – 
energia hidráulica, e o movimento deste líquido provoca a vibração de uma 
membrana, denominada basilar, que, por sua vez, flexiona células ciliares. 
A flexão desses cílios excita células sensoriaise gera impulsos nas 
terminações nervosas da cóclea. Assim a energia hidráulica é convertida em 
energia elétrica. Esses impulsos são transmitidos através do nervo coclear até os 
centros auditivos do tronco encefálico e córtex cerebral. 
Os centros auditivos do tronco encefálico relacionam-se com a localização 
da direção da qual o som emana e com a produção reflexa de movimentos rápidos 
da cabeça, dos olhos ou mesmo de todo o corpo, em resposta a estímulos 
auditivos. 
O córtex auditivo, localizado na porção média do giro superior do lobo 
temporal, recebe os estímulos auditivos e os interpreta como sons diferentes. 
Após a compreensão do mecanismo básico da audição, vamos entender a 
percepção auditiva, que, a exemplo da percepção visual, pode ser definida como 
a identificação, a organização e a interpretação do som. Divide-se em atenção, 
habilidade de reagir a um som, discriminação auditiva, a habilidade de distinguir 
sons de ruídos e figura-fundo, habilidade de selecionar sons específicos. 
 
 
 
6 
1.3 Percepção gustativa e paladar 
Quando conhecemos o funcionamento de nosso corpo, acabamos por 
atentar para as sensações de forma mais acentuada. 
Sentimos o sabor das coisas que comemos, e com uma riqueza e variação 
enorme, graças ao paladar, que, se não o possuíssemos, nossas refeições seriam 
totalmente insípidas, servindo somente para repor a energia gasta e alimentar o 
corpo. 
A gustação é primariamente uma função da língua, embora regiões da 
faringe, palato e epiglote tenham alguma sensibilidade. Os aromas da comida 
passam pela faringe, onde podem ser detectados pelos receptores olfativos. 
Nossa língua possui em sua superfície dezenas de papilas gustativas, cujas 
células sensoriais percebem os quatro sabores primários, aos quais chamamos 
sensações gustativas primárias: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. De sua 
combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro 
tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. 
Cada tipo de comida em sua combinação de sabores básicos ajuda a torná-
la única. Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu 
gosto e cheiro, percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades 
sensoriais também contribuem com a experiência gustativa, como a textura e a 
temperatura dos alimentos. A sensação de dor também é essencial para 
sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas. 
Pois bem, então temos na língua as papilas gustativas de onde serão 
transmitidos os estímulos via nervo lingual para o tracto solitário, localizado no 
bulbo, que, por sua vez, se localiza no tronco encefálico. Em seguida, os estímulos 
são transmitidos ao tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, 
subsequentemente, às áreas associativas gustativas circundantes e à região 
integrativa comum, que é responsável pela integração de todas as sensações. 
E não nos esqueçamos de que este fabuloso sentido do paladar como 
todos os outros deve ser explorado, sentido, preservado. 
1.4 Percepção tátil 
Sentimos tantas sensações importantes através de nossa pele, pressão, 
dor, frio, calor entre outras, graças ao sentido do tato. 
 
 
7 
Pois bem, para que possamos processar essas sensações aferidas do 
ambiente, contamos com o maior órgão do corpo humano: a pele, que chega a 
dois metros quadrados, e pesar até 4 kg em um adulto. Constitui-se basicamente 
por duas camadas unidas entre si: uma mais externa denominada epiderme e 
outra mais interna, a derme. 
Também é a pele nosso maior órgão sensorial, pois toda sua superfície é 
provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, 
mecânicos ou dolorosos. 
Globalmente conhecido como sentido do tato, na verdade a pele tem 
diferentes receptores especializados para percepções separadas: dor, 
temperatura, pressão e tato propriamente dito. Sua sensibilidade é tamanha que 
podemos discriminar um ponto em relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 
mm de largura quando tateado com a ponta do dedo. 
A polpa dos dedos percebe, em média, cerca de seis impressões táteis de 
uma só vez. O alfabeto Braile, que permite aos cegos ler, foi criado levando em 
conta essa característica. Nesse alfabeto, cada letra é uma combinação de até 
seis pontos. 
As terminações nervosas encontradas na pele são especializadas na 
recepção de estímulos específicos. Cada receptor tem um axônio com exceção 
das terminações nervosas livres. Nas regiões da pele providas de pelo, existem 
terminações nervosas específicas nos folículos capilares formadas por axônios 
que envolvem o folículo piloso e recebem forças mecânicas que são aplicadas 
contra o pelo; e outras chamadas receptores de Ruffini, que são receptores 
térmicos de calor. 
Temos ainda receptores que são comuns às regiões cobertas ou não por 
pelos. São os corpúsculos de Paccini, responsáveis pelos estímulos vibratórios e 
táteis; os corpúsculos de Meissner são táteis, e os discos de Merkel são 
relacionados com sensibilidade tátil e pressão. As terminações nervosas livres são 
sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e dolorosos e os bulbos terminais 
de Krause, receptores térmicos do frio. 
Pois é, amigos neuroleitores, não se esqueçam de que mais que células, 
neurônios, terminações nervosas, o tato é sobretudo um sentido que compõe 
nossas emoções. Tocar outra pessoa pode ser fonte de sensações que remetem 
a valores como confiança e carinho. Não é à toa que o mais tradicional 
cumprimento é o aperto de mãos. 
 
 
8 
TEMA 2 – BASES NEURONAIS DA ATENÇÃO 
“O cérebro escaneia o ambiente selecionando por meio de mensagens 
sensoriais para encontrar algo em que prestar atenção.” 
Sprenger 
 
O tema atenção está presente em nossa vida pessoal e profissional todo o 
tempo e frequentemente nos leva à reflexão do que significa essa habilidade. 
Quando estamos em um ambiente cheio de estímulos visuais, sonoros, 
táteis dentre outros, conseguimos estar atentos à conversa com nossos amigos e 
sequer percebemos a quantidade de luzes, cores ou sons que nos rodeia. Não 
percebemos a pressão do calçado em nossos pés ou a camisa sobre nossa pele, 
no entanto, todos esses estímulos estão chegando de alguma forma até nosso 
sistema nervoso central e sendo processados. Mas nossa atenção continua na 
conversa com nossos amigos. Então, que habilidade é essa que consegue ao 
mesmo tempo levar várias informações ao nosso cérebro e somente o que é 
“relevante” chega à nossa consciência? 
Primeiramente devemos entender que não se trata de uma única habilidade 
ou sentido, mas sim um conjunto de habilidades que envolvem grau de alerta, 
concentração, orientação, seleção e exploração e que o desempenho dessas 
funções depende da atividade conjunta de diversas estruturas situadas em 
diferentes níveis do sistema nervoso central, conforme relata Schwartzman 
(2001). Estruturas nervosas corticais e subcorticais, formação reticular, tálamo e 
sistema límbico, dentre outras, parecem estar envolvidas com funções sensitivo-
sensoriais e motoras, incluindo aí a atenção. 
2.1 O que é a atenção? 
A atenção desempenha um papel importante em diferentes aspectos da 
vida das pessoas, tanto que têm sido muitos os esforços por pesquisadores de 
diversas áreas do conhecimento a estudá-la e na tentativa de definir seu status 
entre os processos neuropsicobiológicos. 
Embora não haja um consenso, os estudos científicos tentam definir o 
processo de atenção e localizar áreas do sistema nervoso central envolvidas 
nessas habilidades. Vários autores definem a atenção como um processo, 
relatando que a atenção possui fases, dentre as quais se destacam a sua 
orientação, seleção e manutenção. 
 
 
9 
Assim, podemos dizer que a atenção é um processo discriminativo e 
complexo que acompanha todo o processamento cognitivo. Também é 
responsável pela filtragem da informação bem comopela evocação de recursos 
para permitir a adaptação interna do organismo em relação às demandas 
externas. 
Alguns autores definem ainda a atenção como um processo pelo qual 
dirigimos nossos recursos mentais sobre aspectos mais relevantes do ambiente, 
ou na execução de certas ações que consideramos mais apropriadas entre as 
possíveis. Refere-se ao estado de observação alerta e nos permite ter consciência 
do que está ocorrendo ao nosso redor. Em outras palavras, a atenção é a 
capacidade de gerar, gerir e manter um estado de ativação para o processamento 
das informações. 
Para a psicologia, a atenção é uma qualidade de percepção que funciona 
como uma espécie de filtro de estímulos, avaliando quais são os mais relevantes 
e os priorizando para um processamento mais profundo. Obviamente esse 
processo neuropsicológico é básico para o processamento de qualquer 
modalidade de informação externa ou interna para a realização de qualquer 
atividade. 
Dentre todas as tentativas de definir a atenção ou localizar as áreas 
neuroanatômicas envolvidas, realizadas por diversos estudos; a atenção pode ser 
definida como a capacidade de selecionar e se concentrar em estímulos 
relevantes. 
2.2 Desenvolvimento da atenção 
Como pudemos perceber no tema anterior, embora não tenhamos 
alcançado ainda um consenso para definir com sucesso a atenção, devido à 
diversidade de critérios, estudos e atividades envolvidas e sistemas 
neuroanatômicos relacionados, a maioria dos autores em suas tentativas de 
consegui-lo, fornecem uma descrição de suas características. 
Podemos observar, dentre os vários aspectos envolvidos com a atenção, 
que algumas características emergem como base desse processo. Dentre as 
características, podemos citar a amplitude, ou seja, a quantidade de informações 
ou tarefas que podem ser realizadas simultaneamente: a seletividade, ou atenção 
seletiva, e a concentração. 
 
 
 
10 
2.3 Classificação da atenção 
Para entendermos melhor esse processo de atenção, destacamos alguns 
dos principais tipos: 
 Atenção seletiva: ocorre a seleção das informações, evidenciando o foco 
principal. Algumas vezes o cérebro não consegue assimilar todos esses 
sinais, e usa como saída a atenção seletiva para omitir informações 
irrelevantes. 
 Atenção alternada: alternar o foco sem perdê-lo. Ajudando em tarefas que 
requerem mais de um nível de compreensão, por exemplo, no trânsito, 
permanecer atento às placas, sinais, pedestres, entre outras das muitas 
informações enquanto se dirige, sem perder a concentração no todo. 
 Atenção sustentada: habilidade de se manter focado durante uma mesma 
atividade extensa e contínua. Por exemplo, manter-se atento durante 
reuniões longas, sustentando o foco da atenção nesse período. 
 Atenção concentrada: capacidade de direcionar a atenção para apenas 
uma atividade. Em casos específicos pode se relacionar com o estado flow. 
Em entrevista à Revista Wired, Mihaly Csikszentmihalyi (criador do 
conceito) descreve esse estado como “estar completamente envolvido em 
uma atividade em si. O ego desaparece. O tempo voa. Toda ação, 
movimento e pensamento segue naturalmente. Todo o seu ser está 
envolvido, e você está usando o máximo de suas habilidades” 
(Csikszentmihalyi, 1990). 
TEMA 3 – MEMÓRIA: BASES DA APRENDIZAGEM 
Aprendizagem e memória são funções abrangentes e específicas que são 
ativadas por estímulos ambientais e capazes de modificar o comportamento. Além 
dos estímulos, o comportamento também é influenciado pela interação do 
programa genético individual, ou seja, nosso comportamento final está 
relacionado aos fatores genéticos e epigenéticos. 
Podemos definir que a aprendizagem é um processo pelo qual adquirimos 
informação que se traduz em conhecimento. A memória é um termo amplo que se 
refere a uma série de funções nervosas distintas. A característica comum entre 
elas é a capacidade de recriar experiências pelo disparo sincrônico dos neurônios 
envolvidos na situação original. 
 
 
11 
Podemos dizer que a formação da memória envolve o aprendizado e a 
reconstrução parcial ou total de uma experiência passada. Durante o evento, as 
informações são levadas até o cérebro, onde células nervosas são acionadas em 
conjunto. Estas células são alteradas e tendem a disparar juntas novamente 
reconstruindo a experiência original, o que produzira a “lembrança”. A repetição 
do evento aumenta a probabilidade dessas células dispararem novamente em 
conjunto facilitando a evocação da lembrança. 
Assim, a formação da memória é dependente de vários estágios 
espontâneos, como seleção, consolidação, recordação, mudança e 
esquecimento. 
Definiremos o estágio de seleção da memória pela utilidade da informação 
que chega ao sistema nervoso central. O ser humano é neurologicamente 
programado para armazenar informações que serão úteis no futuro, o restante das 
informações passa sem registro. Eventualmente experiências importantes são 
negligenciadas e informações irrelevantes são retidas. 
No estágio da consolidação, as experiências selecionadas para a 
memorização são armazenadas, associadas a memórias relevantes preexistentes 
e retidas por um período apropriado. 
Para que possamos definir o estágio da recordação, devemos compreender 
que os acontecimentos vigentes devem evocar memórias úteis como nomes, 
eventos e palavras, acessando a informação de forma adequada. 
Pequenas modificações ocorrem quando a memória é evocada. Para que 
haja a acomodação de nova informação (que pode ser definida como o estágio da 
mudança), no estágio do esquecimento, as informações desnecessárias serão 
apagadas. 
TEMA 4 – ANATOMIA E SISTEMAS DE MEMÓRIA 
Atenção leitores neurocuriosos, para que possamos entender a formação 
da memória, precisaremos estudar sua anatomia, ou seja, precisamos conhecer 
estruturas nervosas envolvidas nessa função. 
Podemos afirmar que, de alguma forma, todo o encéfalo está envolvido nos 
processos de memória, no entanto algumas estruturas, à luz da neurociência, têm 
destaque nessa função que protagoniza a evolução do ser humano. 
O sistema límbico responde pelos comportamentos primitivos, por emoções 
profundas e impulsos relacionados à sobrevivência, como medo, prazer, impulso 
 
 
12 
sexual e ira. Esse importante sistema forma uma ponte entre o córtex cerebral, 
área de consciências superiores e o tronco encefálico, regulador das funções 
corporais. Esse complexo sistema tem importantes relações com a memória, por 
meio de estruturas como hipocampo, amígdalas e corpos mamilares. Outras 
estruturas corticais e subcorticais também estão implicadas na memória. 
Uma dessas estruturas é o hipocampo. Não podemos pensar na anatomia 
da memória sem destacar essa estrutura. 
O hipocampo está localizado no sistema límbico, possui entre uma e três 
camadas de células nervosa e seleciona informações provisórias para 
memorização, para depois passá-las para áreas de memória de maior duração. 
Podemos afirmar que o hipocampo transforma experiências em memórias. 
 As amígdalas também estão localizadas no sistema límbico e possuem 
forma de amêndoas, formando um conglomerado de neurônios que estão 
relacionadas com a memória emocional, 
Os corpos mamilares são pequenos blocos de células nervosas que 
retransmitem sinais ao tálamo, contribuindo para a prontidão e a formação da 
memória. 
Também relacionados à memória, temos os núcleos da base, denominados 
assim, por estarem na base do cérebro. São agrupamentos de corpos de 
neurônios com fibras que se projetam para várias áreas do encéfalo. Essas 
estruturas são como ilhas de substância cinzenta em meio à substância branca 
das fibras neuronais. Os núcleos da base estão localizados no interior dos 
hemisférios cerebrais: lateralmente ao tálamo, temos os núcleos caudado, 
putâmen e globo pálido; e abaixo do tálamo, temos o núcleo subtalâmico e a 
substância negra, importante áreade produção de dopamina. 
O putâmen é um núcleo localizado lateralmente ao tálamo, recebendo 
fibras aferentes do córtex pré-motor, da área motora suplementar e do córtex 
somatossensorial primário. Essa estrutura está relacionada com o planejamento 
de padrões motores aprendidos. 
Já o núcleo caudado está localizado lateralmente ao tálamo, recebe 
aferências de todo o córtex cerebral, mas principalmente de áreas associativas, 
como o córtex pré-frontal, pré-motor e parietal posterior. Relaciona-se mais com 
aspectos cognitivos da atividade motora – com a escolha de padrões motores 
adequados à situação percebida sensorialmente e às informações armazenadas 
na memória de longo prazo. 
 
 
13 
Importante estrutura, o tálamo está situado no centro do encéfalo. Situado 
no centro anatômico do encéfalo, o tálamo é a principal estação de retransmissão 
para os sinais nervosos provenientes de todos os sentidos, exceto o olfato. 
O tálamo seleciona, inicia o processamento das informações sensoriais e 
as envia ao córtex cerebral. Está relacionado com a seleção e a filtragem da 
atenção, importantes habilidades para o processamento da memória. 
Não podemos deixar de mencionar o cerebelo, implicado nos processos de 
memória. Alguns neurocientistas relatam que o condicionamento clássico de 
respostas da musculatura esquelética parece depender do cerebelo, sendo esta 
uma forma básica de aprendizagem associativa e memória. Também mencionam 
que o cerebelo atua na catalogação e manutenção de sequências de eventos 
necessários pra o funcionamento da memória operacional em situações que 
requeiram o ordenamento temporal das informações. Longas células nervosas 
denominadas células de Purkinje, encontradas no cerebelo, unem ações de 
diferentes partes do corpo, coordenando movimentos finos e complexos, estando, 
portanto, envolvidas na aprendizagem de movimentos novos por mudança de 
atividade sináptica. Assim, podemos dizer que o cerebelo participa da 
aprendizagem de movimentos finos e, para que ocorra tal aprendizagem, é 
necessário que se estabeleça alguma memória operacional na catalogação, no 
ordenamento temporal e no armazenamento de cada evento para que, 
posteriormente, possa haver a execução do movimento. 
Finalmente, devemos citar áreas corticais como os lobos parietais, 
relacionados com a memória espacial e o lobo frontal associado com a memória 
de trabalho. 
4.1 Sistemas de memória 
A memória, de uma maneira geral, é a retenção e o armazenamento da 
informação. Do ponto de vista estrutural, sempre se considerou que a memória 
seria uma propriedade geral do córtex cerebral como um todo. Entretanto, 
pudemos observar que existem diferentes formas e sistemas de memória que 
estão relacionados a diferentes estruturas encefálicas. 
Vejam que as formas ou tipos de memória são processos em que há o 
reconhecimento de algo, como um rosto ou um objeto, com base em um 
determinado tipo de informação (auditiva, visual, tátil, dentre outras). 
Considerando a forma em que se pode recuperar a memória e as possíveis 
 
 
14 
estruturas envolvidas, a memória pode ser diferenciada em implícita, explícita, 
declarativa e não declarativa. 
As memórias explícita e declarativa se caracterizam pela recuperação 
consciente de informações e experiências passadas e de habilidades motoras, em 
que, por exemplo, se recorda como fazer as coisas. Seu substrato 
neuroanatômico se relaciona predominantemente com o lobo temporal medial. 
Vejamos também que possuímos memórias de curto prazo, que são 
mantidas somente pelo tempo necessário; e as de longo prazo, que podem ser 
evocadas até por décadas no ser humano. Entre elas as memórias de médio 
prazo, que duram entre meses e anos ou simplesmente desaparecem. Fatores 
como conteúdo emocional, novidade e o esforço de memorização determinam se 
uma experiência ou conhecimento formará uma memória de curto ou longo prazo. 
Assim, podemos reconhecer, nos seres humanos, cinco sistemas de 
memória: memória episódica, memória de trabalho, memória semântica, memória 
procedimental e memória implícita. 
A memória episódica reconstrói experiências passadas, sensações e 
emoções. As estruturas envolvidas dependem do conteúdo da experiência 
original. No córtex frontal, as áreas de associação asseguram que a memória 
episódica não seja confundida com a realidade presente. 
Na memória de trabalho os lobos frontais acessam itens de outras áreas 
do encéfalo. Dois sistemas em forma de alças neurais para informações visuais e 
de linguagem funcionam como um rascunho, mantendo os dados 
temporariamente até que sejam apagados pela tarefa seguinte. 
A memória semântica é ativada nas áreas do lobo frontal que recorrem ao 
conhecimento armazenado para guiar o comportamento atual. No lobo temporal 
há a codificação das informações, sinalizando os fatos evocados. Os eventos que 
pertencem à memória semântica podem ter tido um contexto emocional, mas 
permanecem como simples conhecimento. 
Armazenadas em áreas subcorticais, as memórias procedimentais ou 
memória corporal permitem a execução de ações motoras comuns, de forma 
automática, após a aprendizagem. No núcleo caudado estão armazenadas 
informações de ações instintivas, como o cuidado com a aparência, por exemplo. 
No putâmen estão armazenadas as habilidades aprendidas, como dirigir ou nadar; 
e o cerebelo irá controlar a coordenação e tempo. 
 
 
15 
As memórias implícitas são aquelas de que não temos consciência. Porém, 
influenciam nossas ações de forma sutil. Quando associamos um sabor a uma 
aparência e não gostamos sem ao menos experimentar, pois nos remete a algo 
desagradável, estamos sendo afetados pela memória implícita. 
TEMA 5 – FORMAÇÃO DA MEMÓRIA E APRENDIZAGEM 
A percepção de uma experiência é gerada por um subgrupo de neurônios 
que disparam em conjunto. A descarga sincrônica os torna inclinados a 
dispararem juntos novamente, recriando a experiência original e, se esses 
neurônios disparam juntos com frequência, se tornam sensíveis 
permanentemente um com os outros, ou seja, quando um dispara, os outros 
também irão disparar, formando um circuito. 
Apenas as experiências intensas são codificadas como memória. As 
memórias de longo prazo incluem experiências da vida pessoal, as chamadas 
episódicas e semânticas, de fatos impessoais, formando as chamadas memórias 
declarativas, evocadas de forma consciente. As memórias procedimentais e as 
implícitas também podem ser armazenadas por longo prazo. 
5.1 Formação da memória de longo prazo 
Nem todas nossas experiências se tornam permanentes. Aquelas que, por 
inúmeras razões, alteram as estruturas neurais formando novas conexões 
poderão ser recriadas por um longo prazo. Uma memória de longo prazo poderá 
levar até anos para se formar, com estágios que duram de uma fração de 
segundos ao estágio que levará mais de dois anos para a consolidação da 
memória. Estes estágios são atenção, carga emocional, sensação, memória de 
trabalho, processamento do hipocampo e consolidação. 
Nosso sistema nervoso tem capacidade de experimentar poucos estímulos 
por vez ou focar em um único evento e extrair o máximo de informações. 
No estágio de atenção, com duração de aproximadamente 0,2 segundo, os 
neurônios que registram o evento disparam com mais frequência, tornando a 
atividade mais intensa e aumentando a possibilidade de registro na memória. 
No estágio da emoção, em aproximadamente 0,25 segundo, caso haja 
grande carga emocional na experiência, haverá aumento de atenção e maior 
probabilidade de se estabelecer a memória. O estímulo é levado por via 
 
 
16 
inconsciente à amígdala, disparando uma resposta emocional também 
inconsciente. Devemos lembrar aqui que eventos traumáticos podem ser 
armazenados permanentemente na amígdala. 
A sensação é o estágio que dura entre 0,2 e 0,5 segundo, se consideramos 
que a maior parte das memórias decorre de experiênciassensoriais, formando a 
matéria-prima da memória. Neste estágio, a intensidade do evento determinará a 
formação de memória. 
Possivelmente a memória de trabalho envolva dois circuitos neurais nos 
quais a informação é mantida pelo tempo necessário. Um circuito é destinado às 
informações visual e espacial e outro ao som. Este processo dura entre 0,5 
segundo e 10 minutos. 
Vejam que esses circuitos neurais envolvem os córtices sensoriais, visual 
e auditivo e os lobos frontais, este último permitindo a consciência da experiência. 
O processamento da memória no hipocampo dura entre 10 minutos e 2 
anos, e experiências na memória de trabalho se projetam ao hipocampo, onde 
são processadas. A informação mais significativa é codificada, sendo novamente 
projetada para áreas onde foram registradas primeiramente. 
Durante dois anos, o padrão neural que codifica a experiência oscila entre 
o hipocampo e o córtex. A repetição deste processo promove a transferência do 
padrão do hipocampo ao córtex, liberando espaço para novas informações. Esse 
processo ocorre predominantemente durante o sono, e é denominado 
consolidação. 
FINALIZANDO 
Como pudemos estudar neste capítulo, as percepções e a memória são 
habilidades apaixonantes e altamente complexas. Poderíamos estudar por muitos 
anos e sempre estaríamos aprendendo, claro, pois acabamos de ver que a 
capacidade computacional da memória é quase que infinita. Vale lembrar que as 
percepções não são apenas a aferição das informações relacionadas ao meio, e 
sim o seu processamento. Aqui estudamos as percepções visual, auditiva, 
gustativa e paladar e tátil. Com base nas percepções desenvolvemos a memória, 
a qual se forma baseada em experiências vividas e reconstituídas em nosso 
cérebro. Várias são as estruturas envolvidas na memória, destacando-se o 
sistema límbico e o córtex cerebral. 
 
 
17 
Seguramente, se vocês conseguiram acompanhar essas informações, 
podemos seguir adiante, conhecer um pouco mais das habilidades que tornam o 
ser humano essa complexa espécie e cada um de nós um ser único. 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Texto de abordagem teórica 
FONSECA, V. da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. CONGRESO 
INTERNACIONAL EDUCACIÓN INFANTIL Y DESARROLLO DE 
COMPETENCIAS. Asociación Mundial de Educadores Infantiles (AMEI-WAECE) 
(Org.). Anais... Madrid, 28-30 nov. 2008. Disponível em: 
<http://www.waece.org/ameicongresocompetencias/ponencias/victor_da_fonsec
a.pdf>. Acesso em: 1 set. 2018. 
Para aprimorar o conhecimento acerca do desenvolvimento psicomotor e 
de aprendizagem tão discutidos nesta aula, convido você a realizar a leitura desse 
artigo, de ninguém menos que Vitor da Fonseca, referência mundial em 
psicomotricidade. 
Texto de abordagem prática 
IZQUIERDO, I. Memórias. Estudos Avançados, v. 3, n. 6. São Paulo, maio-
ago., 1989. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0103-40141989000200006>. Acesso em: 1 set. 2018. 
Tema extremamente significativo na educação, o entendimento da 
memória poderá ser facilitado por esse texto. 
 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
CSIKSZENTMIHALYI, M. Flow: the Psychology of optimal experience. New York; 
Harper and Row, 1990. 
CUNHA, V. L. O.; CAPELLINI, S. A. Desempenho de escolares de 1ª a 4ª série 
do ensino fundamental nas provas de habilidades metafonológicas e de leitura- 
Prohmele. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v. 14, n. 1, p. 
56-68, 2009. 
FONSECA, V. da. Psicomotricidade. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 
_____. Psicomotricidade: filogênese, ontogênese e retrogênese. 2. ed. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1998 
FONSECA, V. da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. CONGRESO 
INTERNACIONAL EDUCACIÓN INFANTIL Y DESARROLLO DE 
COMPETENCIAS. Asociación Mundial de Educadores Infantiles (AMEI-WAECE) 
(Org.). Anais... Madrid, 28-30 nov. 2008. Disponível em: 
<http://www.waece.org/AMEIcongresocompetencias/ponencias/victor_da_fonsec
a.pdf>. Acesso em: 1 set. 2018. 
GINDRI, G.; KESKE-SOARES, M.; MOTA, H. B. Memória de trabalho, consciência 
fonológica e hipótese de escrita. Pró-Fono Revista Atualidades Científicas. Barueri 
(SP), v. 19, n. 3, p. 313-322, jul.-set. 2007. 
HAINES, D.E. et al. Fundamental Neuroscience. New York: Churchill 
Livingstone, 1997. 
IZQUIERDO, I. Memória. 2. ed. Porto Alegre. Artmed. 2011. 
_____. Memórias. Estudos Avançados, v. 3, n. 6. São Paulo, maio-ago., 1989. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141989000200006>. Acesso em: 1 set. 2018. 
KASTRUP, V. A aprendizagem da atenção na cognição inventiva. Rio de Janeiro: 
Ed. da UFRJ, 2004. 
LANGER, S. Filosofia em nova chave. São Paulo: Perspectiva, 1971. 
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceito fundamentais de neurociência. 2 
ed. Rio de Janeiro: Atheneu, Faperj, 2010. 
LEFREVE, B. Neuropsicologia infantil. São Paulo: Sarvier,1989. 
 
 
19 
SCHWARTZMAN, J. S. Transtorno de déficit de atenção. São Paulo: 
Mackenzie, 2001.

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