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O ASSÉDIO MORAL E OS DIREITOS HUMANOS

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O ASSÉDIO MORAL E OS DIREITOS HUMANOS. 
Leandro Miranda Cordeiro 
 
 
Centro Universitário UNIFAESP, PR 
 
 
RESUMO 
 
Com a expansão do mercado de trabalho e busca por profissionais 
profissionalizados, ampliando a competitividade que é exigida na atualidade, 
motiva e gera grande impacto na flexibilização dos direitos trabalhistas, 
infringindo assim os direitos humanos e consecutivamente atingindo o assédio 
moral do trabalhador, proporcionando assim uma alta taxa de desemprego no 
mercado atual. Consegue-se observar as relações sociais de uma forma crítica, 
onde o desrespeito e a ausência de dignidade que se deve proporcionar em um 
ambiente de trabalho. Algumas questões são impostas como prazos 
impossíveis de serem cumpridos, transferências de setor e alguns casos 
injustificáveis, remanejo para áreas onde o trabalhador irá produzir com menos 
eficácia e críticas constantes que não geram estímulos para aperfeiçoamento e 
correção de défices. Partindo de todas essas questões que resumem o assédio 
moral e suas principais manifestações e direitos alienados, deixando de garantir 
a dignidade e qualitativo empenho de abordagens e métodos importantes a qual 
procedem com aplicabilidade no ambiente profissional. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Assédio moral. Direitos humanos. Dignidade Profissional. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O impacto e a consequências do profissional que está em situação de assédio 
moral, gera muitas vezes consequências irreparáveis. Além dos superiores 
hierárquicos, é comum os pares terem atitudes de humilhar seus colegas. Por 
medo, algumas pessoas repetem a atitude do chefe, humilham aquele que é 
humilhado ou ficam em silêncio quando vêm uma situação dessas. Com tudo, 
convém ressaltar que os executivos também são alvo de pressão. A cada ano 
eles têm que atingir metas mais ousadas em menos tempo e acabam 
transmitindo essa angústia para os demais. O problema é estrutural nas 
empresas. 
Uma das principais causas do assédio é a externarão do desejo do empregador 
em demitir o empregado. Mas para não arcar com os custos de uma demissão 
sem justa causa, o empregador busca criar um ambiente insustentável na 
expectativa de que o empregado acabe pedindo demissão. 
Tais atitudes não são de exclusividade do empregador, ou seja, quando o 
empregado quer sair, mas não quer pedir demissão, muitas vezes se utiliza de 
artimanhas de modo a forçar o empregador a demiti-lo. 
Dentre as pessoas que mais sofrem humilhações estão aquelas de meia-idade 
(acima de 40 anos) e que podem ser consideradas "ultrapassadas" em alguns 
ambientes, as que têm salários altos e que podem ser substituídas a qualquer 
momento por um ou dois trabalhadores que ganhe menos, as gestantes e os 
representantes eleitos da CIPA e de Sindicatos (que possuem estabilidade 
provisória), os portadores de doenças graves que acabam ficando limitadas no 
desempenho de suas atividades, as pessoas que sofrem preconceitos pela 
opção sexual, dentre outras. 
Dentre algumas situações que o profissional, pode estar enfrentando em seu 
ambiente de trabalho são: Isolado dos demais colegas; impedido de se expressar 
sem justificativa; fragilizado, ridicularizado e menosprezado na frente dos 
colegas; chamado de incapaz; torna-se emocionalmente e profissionalmente 
abalado, o que leva a perder a autoconfiança e o interesse pelo trabalho; 
propenso a doenças e no final de toda a trama é forçado a pedir demissão. 
Com este comportamento notamos através de gestos e condutas abusivas e 
constrangedoras, onde o mesmo procura inferiorizar, amedrontar, menosprezar, 
difamar, ironizar, dar risinhos; faz brincadeiras de mau gosto; não cumprimenta 
e é indiferente à presença do outro, gerando assim insegurança e um ambiente 
totalmente em desiquilíbrio. 
Para este momento, descreve-se algumas precauções mediante orientação às 
chefias dos procedimentos para evitar quaisquer atitudes que possam 
caracterizar o assédio moral. Treinamento e conscientização são as principais 
armas contra este mal, além, é claro, do respeito constante aos trabalhadores. 
Dentre elas as medidas que o empregador poderá tomar para evitar ou coibir tais 
situações, está em criar um Regulamento Interno sobre ética que proíba todas 
as formas de discriminação e de assédio moral, que promova a dignidade e 
cidadania do empregado, proporcionando entre empresa e empregado laços de 
confiança. Para isso devemos diagnosticar o assédio, identificando o agressor, 
investigando seu objetivo e ouvindo testemunhas. Em alguns artigos notamos eu 
avaliar a situação através de ação integrada entre as áreas de Recursos 
Humanos, CIPA e SESMT, buscando modificar a situação, reeducando o 
agressor. Em certo momento, estas estratégias não funcionam imediatamente e 
tendo todos esses processos, deve-se prosseguir com novas medidas 
disciplinares contra o agressor, inclusive sua demissão, se necessário. 
Para o “ofendido” profissional, é recomendando oferecer apoio médico e 
psicológico ao empregado assediado; exigindo-se da empresa, em caso de 
abalos à saúde física e/ou psicológica do empregado decorrentes do assédio, a 
emissão da CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho. 
 
OBJETIVO 
 
Conceito de Direitos Humanos; 
Conceito e aspectos aplicados ao assédio moral; 
Responsabilidade Social – Métodos de Execução Pedagógicas. 
Promoção da Conscientização – Direitos Humanos; 
Conscientização do uso legal dos direitos constitucionais; 
Aplicabilidade para conduta do profissional e empregador. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Quando se encontra profissionais que declaram-se passar por assédio moral, 
entende-se que é a exposição de alguém as situações humilhantes e 
constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no 
exercício de suas funções. Tão antigo quanto o trabalho, o assédio moral 
caracteriza-se por condutas que evidenciam violência psicológica contra o 
empregado. Na prática o ato de expor o empregado a situações humilhantes 
(como xingamentos em frente dos outros empregados), exigir metas inatingíveis, 
negar folgas e emendas de feriado quando outros empregados são dispensados, 
agir com rigor excessivo ou colocar "apelidos" constrangedores no empregado, 
são alguns exemplos que podem configurar o assédio moral. 
São atitudes que, repetidas com frequência, tornam insustentável a permanência 
do empregado no emprego, podendo causar danos psicológicos e até físicos, 
como doenças devido ao estresse causado pelo assédio. 
 
Os distúrbios mentais relacionados com as condições de trabalho são hoje 
considerados um dos males da modernidade. Algumas das novas políticas de 
gestão exigem que as pessoas assumam várias funções, tenham jornadas 
prolongadas, metas cada vez mais acirradas, entre outras situações que por si 
só, causam fadigas mentais e físicas. Para o empregado, não aceitar tais 
imposições é correr o risco de ser demitido, já que dificilmente faltam substitutos. 
 
Ressalte-se que a configuração do assédio moral é o ato repetitivo, ou seja, é 
caracterizado por ações reiteradas do assediador. Portanto, devem-se 
diferenciar acontecimentos comuns e isolados que ocorrem nas relações de 
trabalho (como uma "bronca" eventual do chefe) das situações que caracterizam 
assédio moral. Se constantemente a pessoa sofre humilhações ou é explorada, 
aí sim temos assédio moral. 
A dignidade da pessoa humana está no artigo 
1º da Constituição como um dos fundamentos 
da República brasileira. A dignidade é um 
valor, mas não é uma abstração. Tem um 
conteúdo materializado na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e na 
própria Constituição, em especial no artigo 5º. 
 
O artigo VI da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que toda pessoa 
tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida perante a lei. Um desses 
lugares é o ambiente de trabalho, onde se passa grande parte da vida. É preciso 
cuidar em especial do reconhecimento da dignidade no ambiente de trabalho, 
porque neste há uma relação de poder entre empregador e empregado, que 
precisaser delimitada por regras, para não se degenerar em abuso e exploração. 
A violência praticada no ambiente de trabalho como ameaça à dignidade do ser 
humano é denominada assédio moral. O assédio moral é um conjunto de 
condutas abusivas, de qualquer natureza, exercido de forma sistemática durante 
certo tempo, em decorrência de uma relação de trabalho, e que resulta em 
vexame, humilhação ou constrangimento de uma ou mais vítimas. Tem a 
finalidade de se obter o engajamento subjetivo de todo o grupo às políticas e 
metas da administração, por meio da ofensa aos direitos fundamentais. Pode, 
mas não necessariamente, resultar em danos morais, físicos e psíquicos. 
Se o assédio moral ameaça a dignidade do ser humano, precisa ser combatido. 
O Ministério Público do Trabalho (MPT) é um dos instrumentos que a sociedade 
brasileira criou para defender a dignidade no ambiente de trabalho e, em 
especial, os direitos sociais dos trabalhadores. Os membros do MPT têm se 
esforçado para cumprir esta obrigação constitucional. Foram, assim, propostas 
inúmeras ações civis públicas visando concretizar o direito de todo trabalhador 
de ser tratado dignamente e reconhecido como pessoa. Mas a atuação 
ministerial não se esgota na esfera judicial. 
 Ministério Público do Trabalho também participa ativamente de iniciativas de 
esclarecimento de empregadores e empregados sobre os limites a serem 
observados para manter intacta a dignidade do ser humano no ambiente de 
trabalho. Apesar dos recursos extremamente escassos, têm sido viabilizadas 
campanhas de conscientização, que se somam ao esforço pessoal dos membros 
do Ministério Público, frequentemente convidados para proferir palestras sobre 
o tema e para escrever artigos doutrinários, o que fazem voluntariamente. 
Contudo, alguns não se conformam com esta atuação, pois ainda possuem uma 
mentalidade arcaica que não reconhece o valor do ser humano. Não percebem 
que o trabalho existe para o benefício de todos e não somente para aferição do 
lucro. Não se dão conta de que a produção pode ser alcançada sem 
desumanizar o trabalhador, sem tratá-lo como uma máquina ou como uma mera 
peça de engrenagem. 
No entanto, nas modernas relações de trabalho, pautadas pela ética e 
responsabilidade social, essa cultura não tem mais lugar. Os que ainda pensam 
de forma contrária logo perceberão que o lucro é possível sem afrontar a 
dignidade do ser humano e que a produção é maior se o trabalhador estiver num 
ambiente de trabalho sadio e equilibrado, em que ele é tratado como uma 
pessoa. A missão de um verdadeiro empreendedor vai muito além do 
enriquecimento. Sua responsabilidade é ajudar na construção de um mundo 
mais humano. 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
Nesse sentido, consegue-se observar o percurso a qual o empregado assediado 
enfrente e quais medidas a empresa ou empregador deve tomar para atuar a 
lidar com o conflito citado durante toda a pesquisa. Com este paper, pode-se 
ampliar e aguçar um novo olhar para com a equipe escolar pedagógica, onde 
essa situação é decorrente e diária no âmbito educacional. 
Assim, considera-se relevante o trabalho de constante conscientização e 
observação do empregados contratados e colaboradores da instituição ou 
empresa; pois somente assim, conseguiremos mapear e nortear estratégias para 
corrigir os problemas enfrentados. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRANDÃO, Adelino (org.). Os direitos humanos: antologia de textos históricos. 
São Paulo: Landy, 2001. 
BRASIL, Tribunal Superior do Trabalho. Recurso de Revista n. 69178/2002-900-
04-00.7. 5ª Turma. Rel. Min. João Batista Brito Pereira. Brasília, 11 de maio de 
2007. 
BRASIL, Tribunal Superior do Trabalho. Recurso de Revista n. 641571/2000.3. 
Pleno. Rel. Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi. Brasília, 13 de agosto de 2004. 
GUEDES, Márcia Novaes. Terror Psicológico no Trabalho. São Paulo: LTr, 2003. 
HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-Estar no Trabalho: redefinindo o assédio moral. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. 
Nações Unidas. Disponível em: <http://www.mobbing.nu> Acesso em: 05 nov 
2019.

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