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TRABALHO HIPERTENSÃO ALTERAÇÃO MAYCON CORRETO

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI
PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO
TEOFILO OTONI-MG
MARÇO/2020
ADRIANA NUNES DE OLIVEIRA
FABIANO WILLIS DE SOUZA
IVANA SANDRA
MAYCON DOMINGOS SILVA
NILVA ALVES
SILVIO VINICIUS LOPES
UESRONDENE PEREIRA DOS SANTOS
PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO
Trabalho de pesquisa sobre Prevenção da hipertensão. Disciplina de Prática Integradas de Saúde sob supervisão do professor Isac Henrique da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni – MG.
TEOFILO OTONI-MG
MARÇO/2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.	.	.	.	.	.	.	.	.	.	04
1.1 JUSTIFICATIVA	.	.	.	.	.	.	.	.	05
1.2 OBJETIVO GERAL	.	.	.	.	.	.	.	.	05
1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO	.	.	.	.	.	.	.	05
2. METODOLOGIA	.	.	.	.	.	.	.	.	.	06
3. HIPERTENSÃO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	07
4. CAUSAS	.	.	.	.		.	.	.	.	.	08
4.1 NO ENVELHECIMENTO	.	.	.	.	.	.	.	08
4.2 NA OBESIDADE	.	.	.	.	.	.	.	.	08
4.3 NO ALCOOLISMO E TABAGISMO	.	.	.	.	.	.	09
4.4 NA GRAVIDEZ	.	.	.	.	.	.	.	.	.	10
5. SINTOMAS	.	.	.	.	.	.	.	.	.	11
6. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO	.	.	.	.	.	.	11
6.1 DIAGNÓSTICO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	11
6.2 TRATAMENTO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	12
6.2.1 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO	.	.	.	.	.	12
7. PREVENÇÃO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	15
7.1 ASPECTOS NUTRICIONAIS	.	.	.	.	.	.	.	15
8. RESULTADO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	18
9. CONCLUSÃO	.	.	.	.	.	.	.	.	.	20
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	.	.	.	.	.	.	21
1. INTRODUÇÃO
	A hipertensão arterial (HA) é uma doença que nas últimas décadas tem sido abordada na saúde pública de forma intensiva para o cuidado na prevenção ou postergação da mesma, oferecendo uma qualidade de vida. (MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2020)
	A HA é uma doença crônico-degenerativa, atingindo jovens adultos e idosos, o surgimento pode estar ligeiramente ou intimamente ligados a fatores como sexo, idade, peso, histórico familiar ou raça/cor. 
	A prevenção é um grande desafio para o setor público de saúde, onde a prevenção está atrelada totalmente ao individuo querer ter um hábito de vida saudável, por ser uma doença silenciosa, as pessoas só tomam conhecimento quando apresentam um sintoma ou um agravo da doença.
	A mudança de hábito para uma vida salubre vem sendo afetado nas últimas décadas com a crescente de alimentos industrializados, mercado imobiliário aumentando onde se vê mais prédios ao passo que, não vemos mais parques ou espaços para o lazer, a velocidade da tecnologia levando pessoas a estarem ligadas ou interligadas diariamente, mas sem levantar do lugar onde estão, no trabalho com o estresse e má alimentação, poderemos citar diversos fatores que contribuem para o sedentarismo, gerando várias doenças como hipertensão, obesidade, diabetes e outras doenças.
	A prática regular de exercícios, controle de peso, alimentação saudável, consumo moderado de álcool, gerenciamento de estresse e abolição do tabagismo, resulta num equilíbrio de qualidade ou até mesmo o prolongamento de vida, já que pelo descuidado das pessoas elas podem até vir a óbito por tabu ou mesmo achar que isso não poderá acontecer com ela ou algum familiar.
	Podemos ver que existem vários tratamentos com fármacos somente prescritos para tratamento a pacientes diagnosticados com HA, mas unido a prevenção sendo a última a mais eficiente para que esta doença não se desperte ou se agrave na população.
1.1 JUSTIFICATIVA 
O propósito esse trabalho está voltado à agregar conhecimento parar assim indicarmos aos pesquisados hábitos saudáveis de vida pra prevenção da HA, durante o dia a dia, com intuito de esclarecer e contribuir com a implementação desses hábitos no decorrer da vida.
1.2 OBJETIVO GERAL
Realizarmos pesquisa no abito acadêmica e da saúde local para compreendermos melhor o tema proposto, bem como propor aos envolvidos informações uteis e indispensáveis para prevenir hipertensão arterial. 
1.3 OBJETIVO ESPECIFICO
	Após a coleta de dados dos alunos do 3º período de Farmácia feitos a partir de um questionário idealizado pela equipe, apresentar seus respectivos valores, com o foco em identificar possíveis hipertensos, orientar a todos os meios de se prevenir a HA, e quando necessário sugerir ao mesmo que procurem o auxilio de um médico.
2. METODOLOGIA
	Trata-se do estudo onde é observado e explorado como o comportamento e hábitos tendem a influenciar na saúde do indivíduo, tendo como referência a prevenção da hipertensão, onde os assuntos abordados são analisados através de pesquisa baseado em artigos e revistas científicas. 
	Todos os dados foram baseados nas informações contidas no Ministério da Saúde e doutores da área.
3. 
HIPERTENSÃO
	A Hipertensão arterial é uma doença acometida por vários fatores contribuintes para sua existência e permanência na saúde, segundo SANTOS (2008) a hipertensão é uma síndrome multifatorial, caracterizada pelo aumento das cifras pressóricas arteriais, que possibilitando anormalidades cardiovasculares e metabólicas que podem levar a alterações funcionais e/ou estruturais de vários órgãos, principalmente coração, cérebro, rins e vasos periféricos, podem ser causadas em jovens já na fase adulta e idosos.
	Segundo o Ministério da Saúde essa doença acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
	Apesar do seu surgimento esteja associado aos fatores de risco constitucionais – idade, sexo, raça/cor e história familiar -, a prevenção da HA pode ser obtida através da redução de fatores de cisco coadjuvantes e promotores, como estilo de vida adequado que, por sua vez, inclui prática de exercício físico, controle de peso, da ingestão reduzida de sal e do álcool , o abandono do hábito de fumar e entre outros. (SANTOS, et al., 2008)
	A pressão arterial é determinada pelo produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular periférica (RVP). Nos indivíduos normais e nos portadores de hipertensão arterial essencial existe um espectro de variação do DC com respostas concomitantes da RVP para um determinado nível de PA. Essa heterogeneidade existe em condições de repouso e mesmo em situações de estímulo. A contratilidade e o relaxamento do miocárdio, o volume sanguíneo circulante, o retorno venoso e a frequência cardíaca podem influenciar o DC. Assim como, a RVP é determinada por vários mecanismos vasoconstrictores e vasodilatadores como o sistema nervoso simpático, o sistema renina angiotensina e a modulação endotelial. (SANJULIANI, et al., 2002)
A RVP depende também da espessura da parede das artérias, existindo uma potencialização ao estímulo vasoconstrictor nos vasos nos quais há espessamento de suas paredes. Em muitos pacientes portadores de HA a elevação da PA é decorrente do aumento da RVP enquanto em alguns, a elevação do DC é o responsável pela HA . (SANJULIANI, et al., 2002)
4. CAUSAS
	São várias as causas que tem como o diagnóstico da Hipertensão, o Ministério da saúde informa que a alimentação fortemente baseada em sal, gorduras, sedentarismo, consumo desacerbada de bebida alcoólica, o hábito de fumar, estresse. A incidência da pressão alta é maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade.
4.1	 NO ENVELHECIMENTO
	O diâmetro aórtico aumenta em 15% a 35% dos 20 aos 80 anos de idade. Histologicamente ocorre uma distorção da orientação laminar das fibras murais, fragmentação da elastina e aumento do conteúdo de colágeno, ocasionando uma diminuição da elasticidade do tecido conjuntivo, que somada à arteriosclerose determina um aumento da resistência vascular periférica e da impedância da aorta. Existe forte correlação entre o envelhecimento normal e a diminuição da complacência aórtica, através de vários parâmetros de medição. Idosos com maior nível de condicionamento físico possuem menor intensidade de enrijecimento aórtico. (MIRANDA,et al., 2002)
4.2 NA OBESIDADE
	A obesidade, definida como índice de massa corpórea (IMC) > 30 kg/m², é um importante fator de risco para HA. Estudos transversais demonstram que obesidade é associada a níveis mais elevados de PA e investigações prospectivas confirmam que o ganho de peso, ao longo da vida, é um importante preditor para o desenvolvimento de hipertensão arterial. (BARRETO, et al., 2002)
	Como contraprova da importância da obesidade na fisiopatogênese da hipertensão arterial, a perda de peso é freqüentemente associada à diminuição dos níveis de PA. Neste contexto, do ponto de vista conceitual, podemos assumir que obesidade é causa de hipertensão arterial. Portanto, hipertensão arterial associada à obesidade poderia ser interpretada como modelo de hipertensão arterial secundária. (BARRETO, et al., 2002)
	O índice de massa corpórea (IMC) é uma forma prática de avaliar obesidade na população geral. Existe uma relação direta do IMC e a pressão arterial. Segundo estimativas do estudo Barreto et a.l 2002, a hipertensão pode ser diretamente atribuida à obesidade em aproximadamente 78% dos homens e 65% das mulheres. 
	Em modelos experimentais de obesidade e hipertensão já foi demonstrado uma possível participação do sistema nervoso simpático como importante mediador da hipertensão. (BARRETO, et al., 2002)
4.3 NO ALCOOLISMO E TABAGISMO
	O consumo de álcool eleva indiscutivelmente a pressão arterial e é dependente da intensidade do consumo, sendo que doses acima de 3 a 5 drinques aumentam tanto a pressão arterial sistólica quando a diastólica. Este efeito é observado tanto em homens quanto em mulheres, fumantes ou não fumantes. (SOUZA, et al., 2014)
	Estudos de intervenção têm confirmado que a redução do consumo está ligada a uma queda significativa da pressão arterial. Geralmente a diminuição da ingestão alcoólica é seguida por redução significativa dos níveis pressóricos. O hábito de beber também está relacionado com o aumento matinal da pressão arterial, fato relacionado com outro fator de risco cardiovascular. Os mecanismos pelo qual o álcool eleva a pressão ainda não são conhecidos, mas a atividade simpática participa de algum modo no complexo mecanismo de elevação pressórica. (SOUZA, et al., 2014)
Figura 1
Comportamento da PA sistólica e diastólica em bebedores pesados com a manutenção do álcool e com a suspensão. Modificado de Soardo G et al.
4.4 NA GRAVIDEZ
	Segundo Pascoal et al, as doenças hipertensivas da gravidez, que complicam 5% a 8% de todas as gestações, contribuem significativamente tanto para a morbimortalidade materna quanto fetal. Uma importante distinção deve ser feita entre a síndrome préeclâmpsia/eclâmpsia, reconhecida quando há elevação da pressão arterial pela primeira vez durante a gravidez, e a hipertensão preexistente (crônica. 2002)
	As duas situações, embora ambas caracterizadas por hipertensão sejam fisiopatologicamente diversas e têm diferentes implicações agudas e a longo prazo para a mãe e para o feto. Pré-eclâmpsia ocorre mais frequentemente e é mais grave em mulheres com hipertensão crônica do que em mulheres normotensas antes da gravidez. Complicações fetais incluem crescimento fetal restrito, prematuridade e mortalidade fetal e neonatal. (PASCOAL, et al., 2002) 
	O diagnóstico de hipertensão na gravidez é feito quando os níveis pressóricos são iguais ou superiores a 140/90 mmHg. (PASCOAL. et al., 2002)
	A pré-eclâmpsia é uma doença de etiologia desconhecida, que envolve virtualmente cada órgão e sistema do organismo. Há grande aumento na resistência vascular periférica e hiper-reatividade a vasoconstritores, negando a vasodilatação e refratariedade vascular próprias da gravidez normal. O caráter sistêmico da pré-eclâmpsia pode ser causado por extensa disfunção endotelial, vasoespasmo e ativação variável dos mecanismos de coagulação. (PASCOAL. et al., 2002)
	Efetivamente, existem evidências bioquímicas e morfológicas de que a pré-eclâmpsia é precedida e/ou acompanhada por lesão endotelial. O endotélio vascular elabora uma miríade de moléculas vasoativas, que contribuem criticamente para a regulação do tônus, permeabilidade e coagulação vasculares, e cujas ações ou concentrações tendem a se alterar em direções opostas durante a gravidez normal ou pré-eclâmpsia. (PASCOAL. et al., 2002)
	Há também evidências de que fatores imunológicos relacionados a antígenos do esperma paterno são importantes na gênese da pré-eclâmpsia. (PASCOAL; ISTENIO F et al., 2002)
	Alguns eventos fisiopatológicos, incluindo placentação anormal e hipersensibilidade vascular, podem ocorrer semanas ou meses antes do reconhecimento clínico da doença. (PASCOAL. et al., 2002)
5. SINTOMAS
	Segundo o Wille Oigman, 2014, o sintoma que seria o mais frequente e específico observado num indivíduo hipertenso é a cefaleia. A cefaleia suboccipital, pulsátil, que ocorre nas primeiras horas da manhã e vai desaparecendo com o passar do dia, é dita como característica, porém qualquer tipo de cefaleia pode ocorrer no indivíduo hipertenso. 
	A hipertensão arterial de evolução acelerada (hipertensão maligna) está associada com sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náusea e vômito (vasoconstrição arteriolar e edema cerebral), caracterizando a encefalopatia hipertensiva. Outros sintomas, tais como epistaxe e escotomas cintilantes, zumbidos e fadiga, também são inespecíficos, não sendo mais considerados patognomônicos para o diagnóstico de hipertensão arterial. (OIGMAN. et al., 2014)
6. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
6.1 DIAGNÓSTICO
	A maneira correta de medir a PA e a definição e classificação da hipertensão arterial no idoso são as mesmas que as utilizadas para os adultos. Porém, ao se medir a pressão arterial de um idoso, deve-se atentar para algumas peculiaridades observadas com maior frequência entre os idosos. (MIRANDA. et al., 2002)
	Tabela 01
Entre os novos métodos para a avaliação da pressão arterial, destacam-se a MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) e a MRPA (monitorização residencial da pressão arterial), que permitem o diagnóstico de hipertensão do avental branco, as avaliações da eficácia terapêutica, da hipertensão arterial resistente e da suspeita de episódios sintomáticos de hipotensão arterial. (MIRANDA. et al., 2002)
	Pesquisa de lesões em órgãos – alvo – Os idosos, seja pelo tempo mais longo de HA ou pela somação de fatores de risco, possuem uma maior prevalência destas lesões, como: alterações no fundo do olho, insuficiência renal, doença cerebrovascular, HVE e aterosclerose periférica. Dessa forma, a pesquisa das lesões em órgãos-alvo é fundamental para os hipertensos idosos. (MIRANDA. et al., 2002)
6.2 TRATAMENTO
Com os ensaios clínicos de tratamento de HA no idoso realizados na última década, tornou-se clara a necessidade do controle pressórico nesta população como forma de redução do risco cardiovascular, seja em casos de hipertensão sisto-diastólica ou hipertensão sistólica isolada. (MIRANDA. et al., 2002)
Todavia, restam ainda dúvidas em alguns pacientes especiais pouco representados nos ensaios clínicos, como aqueles com mais de 80 anos. Alguns estudos demonstraram benefícios com o tratamento desta população. Uma vez que são necessários praticamente 2 anos para surgirem os benefícios do tratamento anti-hipertensivo, deve-se instituí-lo apenas nos indivíduos com prognóstico de viver mais que este período. Em idosos com lesões estabelecidas (por exemplo, AVC), ou seja, estão em prevenção secundária, achamos que a terapêutica deve ser instituída, independentemente da idade do paciente, desde que haja sobrevida esperada de 2 anos ou mais. (MIRANDA. et al., 2002)
6.2.1 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Nos grandes ensaios clínicos com idosos a terapia medicamentosa foi instituída naqueles pacientes com PAS > 160 mmHg e PAD > 105 mmHg, com alvo de PAS < 150-160 mmHg ou redução de pelo menos 20 mmHg e PAD < 95 mmHg. Todavia, estudos realizados em outras faixas etárias, principalmente em indivíduos com outros fatores de risco cardiovascular ou com lesãode órgão-alvo, têm demonstrado maiores benefícios com o controle mais rigoroso da PA22. Vale lembrar novamente a alta prevalência de outros fatores de risco nessa população, além da própria idade avançada. Assim, mais freqüentemente que os jovens, os idosos necessitam de terapia medicamentosa associada à mudança no estilo de vida em casos de pressão normal alta e HAS estágio1. (MIRANDA. et al., 2002)
 Tabela 2 – Estratificação de risco e tratamento inicial da HAS
Diuréticos – Os tiazídicos em baixas doses são fármacos de primeira escolha como monoterapia nos idosos sem co-morbidades. Nos pacientes com insuficiência renal e clearance menor que 30 ml/minuto deve-se optar pelos diuréticos de alça. (MIRANDA., 2002)
Antagonistas do canal de cálcio – Os antagonistas de cálcio diidropiridínicos são fármacos seguros, já tiveram seus benefícios documentados, porém seu perfil de efeitos colaterais pode limitar o uso em alguns idosos por piorar sintomas relativamente frequentes, como obstipação intestinal, edema de membros inferiores e aumento do volume urinário. (MIRANDA. et al., 2002)
	Inibidores da ECA – Diminuem eventos cardiovasculares, principalmente em pacientes de alto risco. Idosos portadores de insuficiência cardíaca ou disfunção ventricular esquerda assintomática têm indicação absoluta de receber um inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA) em dose adequada. Eles mantêm sua eficácia nos idosos, apesar da diminuição fisiológica da reninemia com o envelhecimento. Atenção deve ser dada ao risco de hiperpotassemia, especialmente se associado a um diurético poupador de potássio ou em pacientes com IRC. Tosse e alteração do paladar são eventos adversos que podem limitar seu uso em idosos. (MIRANDA. et al., 2002)
Betabloqueadores – Devem ser usados em todos os idosos portadores de insuficiência coronariana (principalmente após infarto) ou insuficiência cardíaca, exceto nos casos com real contra-indicação (como no broncoespasmo, insuficiência arterial periférica grave ou ICC descompensada). Não são indicados como monoterapia inicial em idosos sem co-morbidades, visto que falharam em mostrar benefícios cardioprotetores nesta população. Porém, em associação aos diuréticos os resultados estão bem demonstrados30. Os betabloqueadores menos lipossolúveis, como atenolol, metoprolol e bisoprolol, devem ser preferidos pelo menor risco de efeito colateral no sistema nervoso central (depressão, sonolência, confusão, distúrbio do sono). (MIRANDA. et al., 2002)
Antagonistas da angiotensina II – Entre as classes de anti-hipertensivos são os que apresentam menor risco de efeitos colaterais. Estudos clínicos recentes, que incluíram grande número de idosos, demonstraram alguns benefícios desta nova classe, como retardo na progressão da lesão renal em diabéticos e redução de eventos CV em hipertensos com HVE. Como regra prática, podemos dizer que devem ser usados em todos os casos em que há indicação de um inibidor da ECA, porém houve intolerância. (MIRANDA. et al., 2002)
Outros – Os simpatolíticos têm seu uso restrito em idosos pelo alto risco de efeitos colaterais. Os agentes de ação central podem causar sonolência, déficit de memória, depressão e alucinações, enquanto os de ação periférica apresentam alto risco de hipotensão ortostática. Além disso, em uma análise interina de um grande estudo, o alfabloqueador doxazosin apresentou um maior risco de insuficiência cardíaca que a hidroclorotiazida. Portanto, devem ser usados em casos em que há contra-indicação aos outros fármacos ou em hipertensos severos, nos quais a associação das outras classes não foi suficiente. Os medicamentos desta classe devem ser utilizados com cuidado, iniciando com doses baixas e ajuste lento até a menor dose eficaz ou maior dose tolerada. (MIRANDA. et al., 2002)
Terapia combinada – Nos grandes ensaios de tratamento da hipertensão em idosos aproximadamente 60% dos pacientes necessitaram de terapia combinada. Os diuréticos podem melhorar a eficácia dos outros anti-hipertensivos, praticamente sem aumentar o custo. Achamos que a terapia combinada com doses baixas de dois ou mais medicamentos reduz a PA de forma mais eficaz com menos eventos adversos que a monoterapia em doses altas. Muitas vezes um fármaco reduz a incidência de determinado evento adverso do outro. Como exemplos podem citar que os inibidores da ECA reduzem o edema periférico dos antagonistas do cálcio e os efeitos metabólicos dos diuréticos. Hoje já existem diversas associações em uma mesma apresentação galênica, com custo menor que estes fármacos em separado e com melhor aderência. (MIRANDA. et al., 2002)
		
7. PREVENÇÃO
7.1 ASPECTOS NUTRICIONAIS
Magalhães et al., afirma que um alimentação saudável deve ser parte de programas de prevenção de doenças. A dieta dash e o o estudo DASH-sodio demonstraram que o consumo de alimentos com baixo teor de gordura, com enfase na ingestão de frutas, legumes e vegetais, fibras solúveis, grãos e proteínas de origem vegetal, reduziu significativamente a PA. Outras medidas, entretanto, como a suplementação de cálcio, magnésio, óleo de peixe e fitoterápicos, ainda carecem de comprovacao30. O consumo de laticínios e o desenvolvimento de hipertensão tem despertado muito interesse. Dados de uma coorte transversal do estudo de Framingham sugeriram que pré-escolares que consumiam duas ou mais porções de produtos derivados do leite durante a infância apresentaram aumento na pressão arterial sistólica (PAS) na adolescência. Outros estudos, entretanto, sugeriram uma relação inversa entre o consumo desses produtos e o surgimento da síndrome metabólica, diabetes mellitus e DCV. (MAGALHAES. et al., 2010)
I. Ingestão de Sódio
Deve ser restrita a menos de 2.300 mg (100 mmol)/dia em não hipertensos e 1.500 mg a 2.300 mg/dia em hipertensos (65 mmol to 100 mmol/dia)2,7,8. A ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com a elevação da PA. Em contrapartida, não foram encontrados casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) entre índios brasileiros Yanomami, que tem dieta pobre em sal. (MAGALHAES. et al., 2010)
II. Ingestão de Álcool
A ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode elevar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral, e a redução no consumo de etanol promove redução media de 3,3 mmHg e 2,0 mmHg na PAS e PAD, respectivamente. Por isso, recomenda-se restringir a ingestão de álcool para reduzir a PA. (MAGALHAES. et al., 2010)
III. Peso corporal
A manutenção do peso corporal normal e de grande importância na prevenção da HA, e todos os indivíduos com excesso devem ser estimulados a perder peso. O excesso de peso se associa com maior prevalência de HAS, mesmo em idades jovens, e, de forma contraria, a perda de peso promove redução da PA, além de também reduzir outros FR associados com a elevação da PA, como a resistência a insulina e a dislipidemia31. Uma perda de peso da ordem de 10% e capaz de reduzir a PA em 8 a 12 mmHg. E também recomendada a perda de peso em não hipertensos como forma de prevenir a hipertensão. (MAGALHAES. et al., 2010)
IV. Atividade física
A mortalidade e o risco de DCV sao duas vezes maiores nas pessoas sedentárias; em contrapartida, o exercício aeróbico foi capaz de reduzir a PAS em 7 mmHg e a PAD em 5 mmHg nos hipertensos versus PAS em 2 mmHg e PAD em 1,5 mmHg nos normotenso. Digno de nota e que a atividade física reduz a incidência de HAS em indivíduos pre-hipertensor. Exercícios de alta intensidade não se mostraram mais efetivos e o exercício resistido não confirmou efeito hipotensor. Já entre as crianças e os adolescentes a relação entre PA e atividade física não esta completamente estabelecida. (MAGALHAES. et al., 2010)
Deve ser considerado, ainda, o controle do estresse em indivíduos selecionados por meio de intervenções cognitivo comportamentais, técnicas de relaxamento e religiosidade. (MAGALHAES. et al., 2010)
A cessação do tabaco deve ser sempre estimulada e encorajada para todos os pacientes.	 (MAGALHAES. et al., 2010)
	Quadro 1. Medidas não medicamentosas para prevenção primáriade HAS
	Medida
	Recomendação
	Alimentação saudável
	Deve conter frutas, verduras, legumes, laticínios desnatados, cereais integrais, carnes magras, óleos vegetais insaturados (oliva, canola, girassol, milho e soja) e margarinas cremosas light com ate 40% de lipídeos e sem sal. Recomenda-se evitar os alimentos que contenham gorduras trans, saturadas e colesterol
	Consumo de Sódio
	100 mmol ou 2.400 miligramas por dia ou 6 gramas de sal
	Ingestão de Potássio
	Suplementação: não e recomendada; manter ingestão normal de 75 mmol (4,7 gramas/dia) por meio da alimentação
	Controle de peso
	Perda ponderal de 5% a 10% traz benefícios para o controle da PA, da dislipidemia e da hiperglicemia. Estratégias para redução de peso deverão ser permanentes e multidisciplinares. Meta ideal: IMC ideal (18,5 a 24,9 kg/m2) e uma circunferência da cintura < 102 cm para homens e < 88 cm para mulheres
	Ingestão de álcool
	Limitada a 2 doses/dia (20 a 30 ml, que equivale a 180 ml de saque, 500 ml de cerveja, < 90 ml de whisky e 2 tacas de vinho) para homens e a metade dessa quantidade para mulheres ou indivíduos de baixo peso
	Atividade física
	Exercícios físicos mesmo de intensidade moderada já conferem benefícios substanciais e são capazes de reduzir a pressão arterial casual (-3,0/2,4 mmHg) e na MAPA (-3,3/3,5 mmHg), além de reduzir o risco cardiovascular global. Os exercícios de resistência também reduzem a PA, embora de forma menos consistente
	Tabagismo
	Redução agressiva do consumo de cigarros se acompanha de redução do numero de mortes por DCV, por isso se recomenda a completa cessação tanto do habito de fumar como da exposição passiva ao fumo
	Gerenciamento do estresse
	O impacto benéfico da redução do nível de estresse, religiosidade e/ou espiritualidade na saúde física e mental tem sido relatado em alguns estudos, entretanto ainda carece de evidencias para sua recomendação
(MAGALHAES. et al., 2010)
V. Outras prevenções
	O Estado como prevenção indireta está fazendo sua parte desta guerra para uma qualidade de vida melhor a população, onde o consumo de alimentos industrializados vem aumentando cada dia mais, trocando hábitos alimentares saudáveis por praticidade. 
	Com base nos dados do site do Ministério da Saúde possuem um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) para que seja reduzida a concentração de sódio nos alimentos industrializados. Através desta ação foram retiradas até 2017, 17 mil toneladas de sódio de vários tipos de produtos alimentícios.
	Ainda percebe pelas informações dadas que a maior redução foi em temperos, com queda com queda de 16,35% seguida pela margarina com 7,12%. Outras categoriais também registram queda: cereais matinais (5,2%), caldos e cubos em pó (4,9%), temperos em pasta (1,77%), tempero para arroz (6,03%). Caldos líquidos e em gel é a única categoria que teve aumento na concentração de sódio (8,84%). Esse índice de redução pode aumentar até esse ano, que ABIA por intermédio de outro acordo foi firmado como meta 28,5 toneladas de sódios de alimentos industrializados tendo como início os pães e massas instantâneas.
8. RESULTADO
Foi feito uma pesquisa na turma de Farmácia de 3º período, na Faculdade AlfaUnipac, através de coleta de PA de 41 pessoas (tabela 3), para serem usados como objeto de estudo, onde o público feminino consistia em 76% da turma, 37% do total de pessoas assistidas fazem o uso da prática de exercícios físicos, destas informação que podemos destacar que 73% é formado pelo público feminino. 
	ATENDIMENTO
	ATENDIDOS
	41
	GÊNERO 
	FEM
	MASC
	
	31
	10
	PRATICA ESPORTES
	SIM
	NÃO
	
	15
	26
	GÊN. PRATICA ESPORTES
	FEM
	MASC
	FEM
	MASC
	
	11
	4
	20
	6
	Sobre a predisposição a hipertensão, bons hábitos e regulares para melhorias na qualidade de vida, na tabela 4 são percebidos um número expressivo de pessoas que são predispostas pelo fator genético somando quase 81% para que em algum ponto de sua vida possa vir possivelmente apresentar um quadro hipertensivo, neste pode ser notado que ainda se mantém a média 37% de pessoas que ainda fazem a prática de exercícios físicos, aos que não se exercitam, foram ouvidas algumas de suas reclamações cotidiano corrido, finais de semana quando há tempo colocam outras tarefas em dia, deixando de lado por não ter o tempo ou fazer o tempo para se exercitar, atrelado ao fator genético, hábitos alimentares e sedentarismo fatores para desencadear ou agravamento da hipertensão. 
(Tabela 3)
	PREDISPOSIÇÃO FATOR GENÉTICO/PRÁTICA ATIVIDADE FÍSICA
	PREDISPOSIÇÃO
	SIM
	NÃO
	
	33
	8
	PREDISPOSIÇÃO E PRÁTICA ATIVIDADE FISICA
	12
	21
	GÊNERO PREDISPOSTO
	FEM
	MASC
	FEM
	MASC
	
	23
	10
	8
	0
	PREDISP. PRÁTICA ATIV. FÍS.
	8
	4
	15
	6
 (Tabela 4)
	Resultados na aferição de PA percebeu-se que 10% estavam no estágio de hipertensão que compreendia PAS =>140 e a PAD =>90 (tabela 5), por ser uma amostragem pequena as pessoas com predisposição, algumas destas já estavam apresentando um início ao quadro de hipertensão, mesmo por fatores de ansiedade e agitação momentânea pode ou não interferir no resultado até o final desta coleta. Público representado por sua maioria com idade mais jovem foi observado que pessoas com PA baixo estava presente em meio ao resultado que quase 15% dessa análise sendo visto como um alerta, já que a hipertensão considerada uma doença silenciosa e fatal, a hipotensão deve ser levada a sério e ser cuidada e prevenida com hábitos regulares de atividades físicas e alimentação saudável.
	RESULTADO PA
	PA
	%
	BAIXO <100/70
	12
	NORMAL 101-130/71-85
	71
	LIMITROFE 131-139/85-89
	7
	ALTO ≥140-179/≥90-109
	10
(Tabela 5)
9. CONCLUSÃO
Percebemos que em todo o trabalho feito, todo o cuidado com a prevenção é o único método de maior combate a hipertensão, vemos que a aderência a essa terapia não é satisfatória, um desafio diário do setor de saúde e o maior até hoje para que o tratamento anti-hipertensivo em toda faixa etária, ao ser jovem, o é corrido demais para se cuidar, quando idosos não conseguem, ao tabu que atividade física não se dá mais para a idade onde se encontra.
O Estado por ter avançado nas últimas décadas ainda é insuficiente ao elaborar um programa quanto à mudança de hábitos, impõe ao idoso tudo o que foi falado e deve ser feito, mas o acompanhamento é superficial, deixando a desejar uma população que necessita de cuidados e pessoal qualificado para acompanhamento. Palestras hoje ocorrem em grupos como o projeto Hiperdia, no entanto se perdem onde teoricamente parece ser fácil ser colocado no cotidiano, mas não conseguem levar a prática por não terem condições econômicas de manter essa realidade demandada.
Consideramos o fato de a hipertensão ser uma doença que se apresenta na maioria das vezes de forma silenciosa, ela sempre será de forma preventiva para ser combatida com a alimentação saudável, exercícios físicos regulares, abandono do tabaco e consumo consciente ou até mesmo a abolição de bebidas de teor alcoólico, isso já mostrará resultado na qualidade de vida.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MINSTERIO DA SAÚDE, https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao - acesso 02/03/2020.
MINISTERIO DA SAÚDE, https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45446-no-brasil-388-pessoas-morrem-por-dia-por-hipertensao - acesso 03/03/2020.
MAGALHÃES, MARIA ELIANE CAMPOS ET. AL – Prevenção da hipertensão arterial para quem e quando começar, 2010.
SOUZA, DILMA, PÓVOA RUI, Álcool e Hipertensão Arterial, 2014.
BARRETO, JOSÉ AUGUSTO SOARES FILHO, ET AL- Hipertenção arterial e obesidade: Causa secundária ou sinais independente da síndro plurimetabolica?, 2002
SOARDO G, DONNINI D, VARUTTI R, ET AL. EFFECTS OF ALCOHOL WITHDRAWAL ON BLOOD PRESSURE IN HYPERTENSIVE HEAVY DRINKERS. J HYPERTENS. 2006; 24:1493-9
ATENDIMENTO
ATENDIDOS	FEM	MASC	31	10	PREDISPOSIÇÃO E PRÁTICA ATIV. FISICA
PREDISPOSIÇÃO E PRATICA ATIVIDADE FISICA	SIM	NÃO	12	21	PREDISPOSIÇÃO HIPERTENSÃO
PREDISPOSIÇÃO	SIM	NÃO	33	8

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