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Guia de orientações sobre a AVE
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como Acidente Vascular Encefálico (AVE), ou ainda, popularmente como “derrame” se caracteriza principalmente pela perda de função neurológica, decorrente de uma interrupção do fornecimento de oxigênio e sangue numa parte do cérebro.
 Causada por um entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo. Podem ser de dois tipos:
- O Hemorrágico: quando um vaso sanguíneo se rompe, causando um sangramento numa área do cérebro.
- O Isquêmico: quando há uma obstrução (por coágulo ou placa de gordura) ou uma diminuição do fluxo sanguíneo numa determinada área do cérebro. 
O As pessoas acometidas por derrame tendem a perder movimentos no lado do corpo, contrário ao da lesão cerebral.
 Por exemplo: Se a lesão foi do lado esquerdo do cérebro, esta pessoa perderá função de todo o lado direito do corpo
 FASE AGUDA/FLÁCIDA 
Logo após o AVC, a pessoa fica com uma fraqueza muscular, não conseguindo movimentar o lado do corpo acometido, também chamado de fase flácida.
 O que acontece?
 Os músculos responsáveis por sustentar o ombro enfraquecem, fazendo com que o braço se desloque para baixo, gerando muita dor, inchaço, comprometendo a vascularização e podendo gerar mão fria. Já na parte inferior do lado do corpo acometido também há fraqueza e flacidez.
 PADRÃO HIPOTÔNICO
 
- O lado afetado fica flácido, onde a pessoa não consegue movimentar o corpo por conta própria. 
Estudo de prevalência do AVE
O AVE é uma das principais doenças causadoras de morte no mundo, segundo o artigo de Dayana Priscila Maia Mejia e Thayanne Brandão Oliveira ( pós graduação em fisioterapia neurofuncional – Faculdade Ávila ) , estima-se que cerce de 20 milhões de casos de AVE são registrados anualmente , dessa forma podemos realizar o cálculo de prevalência dessa doença no mundo a cada 1000 pessoas.
Divide-se o número de casos pelo número da população , em seguida multiplica-se o resultado por 1000.
20.000.000./8.000.000.000=0,0025 x 1000= 2,5% 
Então temos que a prevalência do AVE é 2,5% a cada 1000 pessoas no mundo.
No Brasil:
No Brasil estimula-se que por ano 400 mil pessoas acometem a doença, dessa forma temos :
400.000/210.000.000=0,0019x1000=1,9% 
1,9% de prevalência do AVE a cada 1000 brasileiros.
Fatores de risco
Idade e Sexo
Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, sua incidência cresce à medida que avança a idade. Quanto mais velha uma pessoa, maior a chance de ela ter um AVC. Pessoas do sexo masculino e a raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento de AVC.
História de doença vascular prévia
Quem já teve um AVC, ou uma “ameaça de derrame”, ou outra doença vascular como o infarto (no coração) e a doença vascular obstrutiva periférica (estreitamento das artérias que alimentam as pernas diminuindo o fluxo de sangue), tem maior probabilidade de ter um AVC.
Doenças do coração
As doenças do coração, especialmente as que produzem arritmias (batimentos cardíacos desregulados), aumentam o risco de AVC. As arritmias provocam uma corrente sanguínea irregular e facilitam a formação de coágulos sanguíneos dentro do coração, que podem chegar pela circulação nos vasos do cérebro, diminuindo o fluxo sanguíneo e causando um AVC.
Alguns exemplos de doenças do coração que aumentam o risco de AVC: infarto, fibrilação atrial, doença nas válvulas, cardiopatia chagásica (Doença de Chagas).
Tabagismo
Já está amplamente difundido que fumar é prejudicial à saúde. O hábito de fumar é fortemente relacionado com o risco para AVC. Mesmo o uso de pequeno número de cigarros (ou de cachimbo ou de charuto) associa-se ao risco aumentado. As substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório. O fumo deve ser evitado sempre! Os benefícios de se parar de fumar são reais e estão presentes desde o dia em que você interrompe o uso.
Hipertensão Arterial
Conhecida como “pressão alta”. O termo pressão arterial se refere à pressão nas artérias que levam o sangue do coração para o resto do corpo. A pressão média de uma pessoa saudável é de 120/80 mmHg (“12 por 8”). Quando a pressão está elevada, ela acaba lesionando os vasos sanguíneos do cérebro e pode causar um AVC. O tratamento da hipertensão arterial é muito importante, pois reduz tanto o risco de AVC como de ataques do coração! Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão só um pouco elevada é preciso consultar um médico para começar o tratamento adequado.
Diabetes
A diabetes é causada por uma deficiência do hormônio chamado insulina ou por uma resistência a ele. Esse hormônio é essencial no metabolismo da glicose (açúcar) no corpo. Por isso pessoas com diabetes possuem um excesso de “açúcar no sangue”. O objetivo do tratamento da diabetes é manter o nível de glicose no sangue o mais próximo do normal. Um bom controle da diabetes com dieta adequada e medicamentos torna os problemas circulatórios menos comuns. Pessoas com diabetes devem cuidar atentamente os níveis da pressão arterial.
Sedentarismo
A atividade física confere redução do risco de doença vascular. O sedentarismo leva ao aumento de peso, predispondo à hipertensão, diabetes, níveis inadequados de colesterol no sangue, todos fatores de risco para AVC já comentados. Começar uma atividade física regular, por exemplo caminhadas três vezes por semana, traz benefícios à saúde.
A Dieta e o Colesterol
O excesso de gordura no sangue (dislipidemias), especialmente de colesterol, leva à formação de placas nas paredes das artérias. Isto as torna mais estreitas e reduz o fluxo sanguíneo, aumentando a chance da pessoa ter um AVC. Você pode diminuir este risco mudando a sua dieta, principalmente reduzindo o consumo de gordura animal.
A obesidade deve ser controlada, principalmente por sua associação com a diabetes, inatividade física, hipertensão arterial e dislipidemias. Para controlar adequadamente o peso e diminuir os riscos de desenvolver um AVC consulte o seu médico e um nutricionista.
Álcool e Drogas
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas associa-se a grande aumento na incidência de AVC. O consumo rotineiro de álcool leva a hipertensão e níveis inadequados de colesterol no sangue – fatores de risco já citados.
O uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos, sendo associado ao desenvolvimento de AVC.
Anticoncepcional
O uso de pílulas anticoncepcionais pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes, ou com hipertensão arterial, ou com enxaqueca. É muito importante que você consulte o seu médico para que ele avalie a sua condição clínica e oriente da melhor maneira possível. Não tome nenhuma decisão sem antes consultar o seu médico.
O que fazer para evitar;
· Diminua a quantidade de gordura na sua dieta.
· Adotar uma dieta saudável melhora a sua forma física e diminue o risco para doenças vasculares (derrame, infarto).
· Parar de fumar diminui ainda mais o risco e é imediatamente eficaz.
· Exercícios físicos regulares melhoram a circulação e ajudam a diminuir os outros fatores de risco para AVC.
· Se você tem pressão alta, faça um grande esforço para tomar os seus remédios conforme orientado pelo médico, mesmo que você não tenha sintomas.
· Se você tem diabetes, preste bastante atenção na sua dieta e tome os seus remédios adequadamente para manter o nível de glicose no sangue dentro do normal.
· Se você possui qualquer fator de risco citado neste texto, consulte o seu médico.
· Quanto maior o número de fatores de risco acumulados, mais elevada é a probabilidade de ter um AVC.
· Prevenir o AVC é muito mais fácil do que tratá-lo depois que ele acontecer
· Não exagere no sal.
· Capriche no consumo de vegetais.
· Verifique a pressão de tempos em tempos.
· Se for diagnosticado com hipertensão, tome direitinho os medicamentos prescritos.
· Escolha um esporte quelhe dê prazer.
· Crie uma programação semanal de treinos.
· Busque suporte de profissionais de educação física para ter orientações.
· Se persistência for seu fraco, forme grupos para suar a camisa. Assim um anima o outro.
· Maneire nos alimentos gordurosos ou cheios de açúcar.
· Faça checkups para ver a quantas anda o seu colesterol todos os anos.
· Se o médico decidir lançar mão de remédios como as estatinas para abaixar os níveis, siga rigorosamente o tratamento.
 Sinais e Sintomas.
 Os sinais e sintomas dos AVEs são os mais variados, Qualquer alteração neurológica que apareça de maneira súbita pode ser consequência de um AVE.
 Os sintomas mais comuns são: fraqueza de membros, dificuldade para caminhar, alterações na fala, alterações visuais, formigamentos pelo corpo, tonteiras e/ou vertigens, em alguns casos ocorre rebaixamento do nível de consciência, podendo o paciente entrar em coma, no caso particular das hemorragias intracranianas, a única manifestação clínica pode ser uma forte dor de cabeça, de início agudo. 
 Diagnóstico: 
O diagnóstico do AVE baseia-se na história clínica. Porém, isto não é suficiente para diferenciar uma isquemia de uma hemorragia cerebral. Logo, é indispensável a realização de uma tomografia computadorizada de crânio, que é fiel nesta diferenciação.
Referências bibliográficas : 
http://www.anm.org.br/conteudo_view.asp?id=2389&descricao=ACIDENTE+VASCULAR+ENCEF%C3%81LICO

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