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Sistema Financeiro Nacional

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1. Explique como era o mercado financeiro brasileiro antes da criação da 
SUMOC. 
Antes da criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) o Banco do 
Brasil tinha papel de banco central, banco de fomento, agente do Tesouro e banco 
comercial. 
 
2. Quando foi criada a SUMOC e quais eram os seus objetivos? 
A SUMOC foi um órgão governamental criado em 1945 para ser a autoridade 
monetária da economia brasileira. De certa forma, a Superintendência da Moeda e 
do Crédito tinha o objetivo de começar a estruturação de um banco central no país 
— algo que viria a se tornar realidade a partir de 1954, com a criação Banco Central 
do Brasil. A criação da SUMOC foi motivada principalmente pelas exigências dos 
recém-criados Banco Mundial e FMI, que visavam estabelecer uma organização 
melhor dos mercados monetários ao redor do mundo. Além de servir organizar a 
emissão e oferta de moeda no mercado, a SUMOC também teve grande importância 
na reestruturação econômica do Brasil no período do pós-guerra — agindo a favor 
da industrialização e organizando a atividade bancária. 
 
3. Explique a reforma bancária de 1964, quando foi criado o Banco Central do 
Brasil. 
A SUMOC foi de essencial importância para modernizar a estrutura monetária da 
economia brasileira. Por isso, pode-se dizer que o órgão funcionou como uma 
espécie de “embrião” para a formação do Banco Central do Brasil (BACEN), que 
seria criado quase 20 anos mais tarde. 
Após criada, a SUMOC se uniu ao Banco do Brasil (BB) e passou a ser responsável 
pelas funções deste. Naquela época, cabia ao BB fazer a emissão e o controle da 
moeda corrente. Portanto, houve um tipo de fusão parcial entre as duas instituições. 
Além disso, a SUMOC passou a regulamentar o Tesouro Nacional e a Caixa de 
Amortização — ao passo que o BB deixou de acumular as atividades de autoridade 
monetária e de fiscalização bancária. Assim, esta instituição inicialmente era 
subordinada ao Ministro da Fazenda e contava com um conselho e um componente 
executivo operacional. Entretanto, no ano de 1964, a Lei n. 4.595 transformou a 
superintendência no Banco Central. Em 31 de março de 1965 a Superintendência da 
Moeda e do Crédito foi definitivamente extinta. Logo, a partir dessa data, o Banco 
Central do Brasil iniciou suas atividades e assumiu todas as funções da SUMOC. 
 
4. Explique o surgimento e os objetivos dos bancos múltiplos. 
É instituição financeira privada ou pública que realiza as mesmas operações de 
diferentes tipos de instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: 
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de 
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações 
estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições 
singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento 
somente poderá ser operada por banco público, ao passo que a de investimento o 
pode ser por banco público ou privado. O banco múltiplo deve ser constituído com, 
no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de 
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. 
 
5. Fale sobre a internacionalização e os efeitos da globalização no mercado 
financeiro brasileiro. 
Existe uma grande confusão entre globalização e internacionalização. Mesmo para 
experientes observadores das relações internacionais e do mercado financeiro. 
Muitos confundem globalização com fluxo de investimentos e abertura da economia. 
Globalização é, sobretudo, a intensificação das relações sociais além das fronteiras 
geográficas. O que envolve não apenas economia, mas pessoas, hábitos, costumes 
e culturas. Assim, a globalização representa muito mais do que investimentos diretos 
e especulativos em determinado país. Até mesmo porque tais investimentos podem 
não significar que o país seja verdadeiramente globalizado. O Brasil é, no campo da 
globalização, paradoxal. Somos altamente globalizados, mas não temos uma 
economia internacionalizada. 
É evidente que os aspectos econômicos da globalização aprofundaram a inserção - 
antes incipiente - do Brasil nas relações econômicas mundiais. Apesar da relevância 
das empresas multinacionais, seu papel na economia não é central. Ainda viajamos 
pouco para o exterior e recebemos poucos turistas em comparação a outros 
destinos. Paradoxalmente à baixa internacionalização do país, que apenas 
recentemente se descobriu sul-americano, somos um país altamente globalizado no 
que tange à cultura e às comunicações. Na prática, ainda estamos na adolescência 
da globalização e na infância da internacionalização de nosso país. 
 
6. Explique os objetivos do subsistema normativo e do subsistema de 
intermediação do sistema financeiro nacional. 
Como as entidades supervisoras de alguma forma podem emitir normas definindo 
parâmetros de atuação dos operadores, sempre com anuência dos órgãos 
normativos, alguns autores consideram que elas integrariam um subsistema 
normativo, que na verdade englobaria os órgãos normativos e as entidades 
supervisoras. Os operadores têm como função operacionalizar a transferência de 
recursos entre fornecedores de fundos e os tomadores de recursos, a partir das 
regras, diretrizes e parâmetros definidos pelo subsistema normativo. Em sua 
composição estão as instituições que atuam na intermediação financeira. Fazem 
parte desse grupo as instituiçães financeiras bancárias e não bancárias, bolsas, 
administradores de recursos de terceiros, fundos de pensão, entidades abertas de 
previdência complementar, sociedades seguradoras, resseguradoras e de 
capitalização. Alguns autores consideram que esses operadores compõem o 
subsistema de intermediação, ou operativo. A atuação das instituições do 
subsistema operativo é limitada pela regulamentação oriunda do subsistema 
normativo, e sofre fiscalização das entidades supervisoras. As instituições podem 
sofrer penalidades caso não cumpram as normas, tais como multas pecuniárias ou 
até mesmo a própria suspensão da autorização de funcionamento. 
 
7. Em relação ao subsistema normativo, explique cada instituição abaixo e as 
principais características de cada uma: 
a. CMN 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), é o órgão máximo do Sistema Financeiro 
Nacional, criado em 1964 pela Lei Federal nº 4.595 – mas a sua instituição se deu 
apenas em 31 de março de 1965, já que a lei que o cria só entrava em vigor 60 dias 
após a publicação –, substituindo a autoridade monetária da época, que era a 
Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) com a finalidade de formular a 
política da moeda e do crédito. 
O Conselho Monetário Nacional é normativo. Ele define as diretrizes do Sistema 
Financeiro Nacional, é responsável pela Política do Moeda e crédito econômico. São 
competências do CMN: 1. Autorizar as emissões de papel-moeda 2. Fixar as 
diretrizes e normas da política cambial 3. Disciplinar o crédito em todas as suas 
modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas 4. Regular a 
constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras 5. Limitar,sempre que necessário, as taxas de juros, descontos e comissões, e qualquer outra 
forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive 
os prestados pelo Banco Central e 6. Determinar a percentagem máxima dos 
recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou 
grupo de empresas. 
 
b. BACEN 
O Banco Central do Brasil conhecido pelas siglas BCB ou BACEN foi criado criado 
pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é uma autarquia federal vinculada ao 
Ministério da Fazenda, com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o 
território nacional. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário 
Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. 
Suas principais atribuições são: 
- Emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante 
(função de único banco emissor); 
- Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras 
bancárias; 
- Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras (função 
de emprestador de última instância ou banco dos bancos); 
- Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; 
- Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais para efeitos de 
política monetária; 
- Administração das reservas internacionais do País (função de banqueiro do 
governo); 
- Exercer o controle do crédito; 
- Exercer a fiscalização das instituiçoões financeiras; 
- Autorizar o funcionamento das instituições financeiras; 
- Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas 
instituições financeiras; 
- Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e 
controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. 
Em resumo as suas finalidades são: 
1. Formulação, execução, acompanhamento e controle das políticas monetária, 
cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior; 
2. Fazer a gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do 
meio circulante e; 
3. Organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do 
Sistema de Consórcio. 
Além de fiscalizar o SFN, o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de 
capitais junto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mesmo com a 
instituição da CVM por meio da Lei Federal nº 6.385/76, parte do mercado de 
capitais, que envolve basicamente os títulos públicos federais, estaduais e 
municipais, continuam sob a supervisão do BCB. 
 
c. CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 7 de dezembro de 1976 pela 
Lei nº 6.385 para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. 
A criação da CVM, mais de dez anos depois, foi justificada pelo crescimento do 
mercado, o que acabou sobrecarregando o Banco Central do Brasil (BCB ou 
BACEN) na função de fiscalizador. 
Atualmente o mercado de capitais (mercado que envolve a negociação de títulos e 
valores mobiliários) é fiscalizado pela CVM e pelo BCB de forma compartilhada, 
sendo que a maioria dos títulos negociados nesse mercado são de responsabilidade 
da CVM, enquanto os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal e os 
títulos cambiais são de responsabilidade das instituições financeiras, exceto as 
debêntures. 
 
d. Instituições especiais 
i. BB 
O Banco do Brasil (BB) é o principal executor das políticas voltadas para o 
agronegócio e é executor do serviço de compensação bancária. É o agente 
financeiro do governo federal, na execução de sua política creditícia e 
financeira sob supervisão do CMN. É o Banco Comercial e Banco de 
Investimento e Desenvolvimento. 
 
ii. BNDES 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é 
executor das políticas de investimentos de médio e longo prazo e auxilia as 
empresas no fomento e desenvolvimento. 
 
iii. CEF 
O que caracteriza a Caixa Ecocômica Federal (CEF) como agente especial no 
SFN é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a 
programas e projetos nas áreas de setores como habitação, saneamento 
básico e infraestrutura. Tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens 
pessoais e tem o monopólio de loteria federal. Além disso, é responsável pelo 
recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de operar o Programa de 
Integração Social (PIS) e Seguro-Desemprego. 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
ABREU, EDGAR E SILVA, LUCAS. Sistema Financeiro Nacional. 1. ed. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo, MÉTODO, 2017. 
ARAGÃO, MURILLO DE. Globalização avançou mais no Brasil que a 
internacionalização. Publicado em: 08/11/11. Acesso:23 de março de 2020. 
Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/murillo-de-aragao/globalizacao- 
avancou -mais-no-brasil-que-a-internacionalizacao-1.210531 
CORAZZA, GENTIL. O Banco Central do Brasil: evolução histórica e institucional. 
PERSPECTIVA ECONÔMICA; v.2, n, 1: 1 - 23, jan./jun. 2006. Acesso em: 23 de 
março de 2020. Disponível em: 
http://revistas.unisinos.br/index.php/perspectiva_economica/article/view/4372 
FARIAS, AQUILES ROCHA DE E ORNELAS, JOSÉ RENATO HAAS. Finanças e 
sistema financeiro nacional para concursos: questões resolvidas de concursos do 
Banco Central, Tesouro Nacional, BNDES, CVM, CEF e BB, dentre outros. São 
Paulo: Atlas, 2015. 
REIS, TIAGO Economia SUMOC: entenda o que foi a Superintendência da Moeda e 
do Crédito. Suno Research. Publicado em: 23.02.19. Acesso: 22 de março de 2020. 
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/sumoc/">SUMOC: entenda 
o que foi a Superintendência da Moeda e do Crédito.

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