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Psicologia Analítica de Carl Jung

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Carl Gustav JUNG (1875-1961)
Psicologia Analítica
Os anos com Freud
Cena do filme “Um método perigoso” que retrata a amizade entre Freud e Jung
Os anos com Freud
1900: Jung leu a “A Interpretação dos Sonhos” de Freud.
1907: Jung visita Freud em Viena.
Freud via Jung como um filho e um sucessor.
 Jung continuou em Zurique (Suíça) mas visitava Freud.
1909: Jung viaja com Freud Freud para os EUA. Palestras na Clark University (Massachusetts): “Cinco conferências sobre a psicanálise” (Imago editora, vol. XI).
Jung foi o primeiro presidente da Associação Psicanalítica Internacional (API), desde a sua criação, em 1910, por Freud.
1913: findaram sua correspondência pessoal e mais tarde profissional. 
1914: Jung renunciou a presidência da API e se retirou como membro.
Divergências Teóricas entre Jung e Freud
Papel da sexualidade: Jung não concordava que a libido era basicamente energia sexual; inclui a sexualidade mas não só isso.
Forças que influenciam a personalidade: Freud via as pessoas influenciadas pelo passado; Jung: somos afetados pelo passado e pelo que queremos fazer no futuro (metas).
Inconsciente coletivo: Freud enfatiza as origens infantis da personalidade adulta; Jung enfatiza as origens ancestrais (povos primitivos) da personalidade adulta (personalidade ancestral pré-formada).
Estrutura de Personalidade
EGO 
1.1. Atitudes do Ego: Extroversão e Introversão.
1.2. Funções psicológicas do Ego: Pensamento, sentimento, sensação e intuição.
2. INCONSCIENTE PESSOAL
3. INCONSCIENTE COLETIVO
3.1 Arquétipos: persona, anima e animus, sombra e self.
 
Estrutura de Personalidade
EGO: mente consciente; constituído por: percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes.
 - O funcionamento do Ego ocorre através das atitudes e das funções.
1.1. Atitudes mentais do Ego: Extroversão e Introversão 
 - O Ego é orientado por atitudes opostas (extroversão e introversão). A energia psíquica pode ser canalizada para o mundo exterior ou interior
 - Atitude extrovertida orienta o individuo para o mundo exterior.
 - Atitude introvertida orienta o indivíduo para o mundo interior.
1.2. Funções Psicológicas do Ego:
 - Pensamento, sentimento, sensação e intuição.
 
 
Estrutura de Personalidade
1.2. Funções Psicológicas do Ego:
 
O Pensamento e o Sentimento
- São funções racionais que envolvem avaliar e generalizar nossas experiências. 
- Embora sejam opostas, ambas tratam da organização e classificação de experiências.
- O pensamento permite avaliar se uma experiência é verdadeira ou falsa.
- A avaliação feita pelo sentimento é expressa em termos de valor subjetivo positivo ou negativo: prazer ou dor, alegria ou tristeza, etc.
 
Estrutura de Personalidade
1.2. Funções Psicológicas do Ego:
 
A Sensação e a Intuição
- São funções não racionais, pois se baseiam na percepção.
- Estas funções constatam experiências e não as avaliam.
- A sensação transmite os fatos da realidade. 
- A intuição é a percepção inconsciente, além dos fatos e dos sentimentos.
 
 Oito Tipos Psicológicos 
(Funções combinadas com as Atitudes)
PENSAMENTO (função racional)
Pensamento introvertido: interessados em idéias.
Pensamento extrovertido: lógico, objetivo, dogmático. 
SENTIMENTO (função racional)
Sentimento introvertido: reservados, capazes de emoções profundas.
Sentimento extrovertido: emotivo, sensível, sociável.
 
Oito Tipos Psicológicos
 (Funções combinadas com as Atitudes)
INTUIÇÃO (função não racional)
Intuição introvertida: mais preocupado com o inconsciente do que com a realidade cotidiana.
Intuição extrovertida: criativo, capaz de motivar os outros e aproveitar oportunidades.
SENSAÇÃO (função não racional)
Sensação introvertida: sem interesse pelo exterior, expressa-se em buscas estéticas.
Sensação extrovertida: extrovertido, busca o prazer, adaptável. 
 
Atitudes e Funções predominantes
Todos indivíduos possuem capacidade para ambas as atitudes (introversão ou extroversão), mas somente uma predomina na personalidade.
A atitude não predominante continua influente e se torna parte do inconsciente pessoal.
Da mesma forma que temos só uma atitude dominante, apenas uma função psicológica predomina. As outras ficam guardadas no inconsciente pessoal. 
Jung observou que haviam tipos diferentes de extrovertidos e introvertidos.
Concluiu que essas diferenças dependiam da função psicológica que o indivíduo usava preferentemente para se orientar ao mundo exterior. 
 
Funções Psicológicas
Exemplo: pessoa diante das Cataratas do Iguaçu
 - Se predominar a função sentimento: vivenciará a admiração, a beleza grandiosa do volume das águas.
 - Se predominar a função sensação: verá o rio como ele é.
 - Se predominar a função pensamento: explicará o rio em termos geológicos.
 - Se predominar a função intuição: verá o rio como um mistério da natureza.
 
Estrutura de Personalidade
2. O inconsciente pessoal
 Semelhante ao conceito de pré-consciente de Freud: material que já foi consciente, mas foi recalcado porque causava desprazer.
 Acessível a consciência.
 Passagem entre o Ego e o Inconsciente Pessoal.
Estrutura de Personalidade
2. O inconsciente pessoal
 Complexos: centro ou padrão de pensamentos, sentimentos, lembranças que existem no inconsciente pessoal organizados em torno de um tema comum.
 Ex.: Indivíduo cuja personalidade é dominada pela mãe possui um forte complexo materno. Seus pensamentos e ações são orientados pela concepção de mãe.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
Definição: É a memória das experiências ancestrais universais repetidas por todas as gerações que influencia nosso comportamento presente;
Assim como cada pessoa arquiva suas experiências no inconsciente pessoal, a espécie humana faz o mesmo no inconsciente coletivo;
 A personalidade está ligada à infância e à história da espécie;
Nível mais profundo, menos acessível do psiquismo e mais influente.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
Experiências ancestrais universais que caracterizaram todas as gerações na história da humanidade: o nascimento, a morte, o medo do desconhecido, o divino, o mal.
As experiências ancestrais universais através das gerações deixam marcas e determinam o modo como percebemos e reagimos. 
Jung fundamentou seu conceito de Inconsciente Coletivo através das culturas antigas (mitos e símbolos universais).
Sem que tenhamos conhecimento de uma determinada história mitológica, lenda ou experiência religiosa sonhamos, fantasiamos, vivenciamos elementos parecidos.
O mito possibilita a ampliação da situação vivida pelo paciente, possibilitando sua melhor compreensão, uma vez que seus sonhos e fantasias têm a mesma raiz dos mitos arcaicos.
Deusa-Mãe
Mãe Terra
Vênus Deusa do Amor 
mitologia grega
(pintura de Botticelli séc. XV)
Arquétipo do Sagrado Feminino
Relato de sonho com o Arquétipo Materno
Sonhei que estava diante de uma caverna. Ao entrar deparei-me com várias galerias. Segui pelo caminho que pensei ser o correto.  Apesar de não haver luz, a caverna era um pouco iluminada. Conforme ia adentrando, a caverna parecia ganhar estrutura. O teto tornou-se alto, as paredes organizadas em amplos corredores. De repente, parecia que eu andava pela nave de uma igreja, mas ainda estava na caverna. Caminhei até chegar a uma ampla galeria. Nela havia um altar. Em cada lado do altar haviam duas esculturas femininas, como se fossem esculturas primitivas de Deusas. Foram esculpidas na parede de pedra da caverna, tinham a altura de um prédio de dez andares mais ou menos, braços estendidos ao longo do corpo e seios a mostra. De repente, as estátuas começaram a ruir e dos seios delas jorrava leite. O chão ficou coberto de leite e logo toda a caverna estava com cerca de 10 cm de leite. Eu toquei no leite e fiz o sinal da cruz,como se faz com água benta na Igreja Católica. Agradeci, pedi proteção e saí da caverna. 
Tive esse sonho poucos meses antes  da gravidez da minha filha. Nele aparecem alguns símbolos relacionados ao arquétipo materno: a gruta, as imagens de Deusas primitivas, o leite jorrando dos seios das Deusas, a referência a Igreja Católica. O sonho anuncia meu contato com o arquétipo e sua ação na minha vida, o que sugere que a nível inconsciente a gestação já “se desenvolvia”. É frequente mulheres já grávidas ou prestes a engravidar terem sonhos com  simbolismos do arquétipo materno.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
Definição de mito: narrativas orais utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza.
Objetivos do mito: transmitir conhecimento e explicar fatos que o pensamento racional ainda não havia explicado.
Os mitos se utilizam de simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
A mitologia é o estudo do mito, das suas origens e significados.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
Jung: mito como expressão do inconsciente coletivo, dos arquétipos.  
 Ex.: Sonhos e desenhos dos pacientes eram muito semelhantes aos grandes temas culturais ou mitológicos universais. Ex. Mito de Dafne – caso Adelina.
Freud: mito como expressão do inconsciente individual, de ideias recalcadas e da existência de desejos do sujeito. 
 Ex.: mito de Édipo.
Adelina e o mito de Dafne
O filme “No Reino das Mães” aborda a história da paciente Adelina Gomes (1916-1984), uma mulher que vivia no campo que, na juventude, se apaixona pela primeira vez por um homem, mas sua mãe não aceita o relacionamento e a reprime veemente. Submissa, ela se afasta do amado e passa a se retrair cada vez mais até o dia que ocorre um surto psicótico e acaba estrangulando a gata de estimação da família, da qual tinha um carinho muito grande pelo animal. A mãe de Adelina sufocou sua feminilidade. Adelina repete com a gata o gesto agressor da mãe para com ela.
Após o episódio do estrangulamento, Adelina é diagnosticada com esquizofrenia e internada em 1937, aos 21 anos, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro. Após quase dez anos de internação, sem nenhuma melhora, passa a frequentar o Ateliê de Pintura e Modelagem, criado por Nise da Silveira, em 1946, que seria mais tarde, o Museu de Imagens do Inconsciente. Através das pinturas, ocorre a melhora da paciente.
Adelina pinta figuras de mulheres transformadas em vegetal.
 A ninfa Dafne se esquiva do amor de Apolo (Deus da beleza viril). Ele não desiste e a persegue. Dafne busca refúgio na mãe terra que a acolhe e a transforma em loureiro. 
Adelina revive o mito de Dafne, ou seja, da filha que se identifica tão fortemente com a mãe, a ponto dela não conseguir se desenvolver.
Museu Imagens do Inconsciente
O Museu de Imagens do Inconsciente participou do II Congresso Internacional de Psiquiatria, Zurique, 1957. 
A exposição foi aberta por C. G. Jung
http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/
O Museu de Imagens do Inconsciente fica no Instituto Municipal Nise da Silveira (antigo Centro Psiquiátrico Pedro II).
Rua Ramiro Magalhães, 521 - Engenho de Dentro 
CEP 20730-460 - Rio de Janeiro. 
Visitas: 2ª. a 6ª. das 9 às 16 horas - Entrada Franca 
Visitas orientadas para grupos mediante agendamento. 
Tel: 3111 7469 (educativo@mii.org.br)
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
3.1 – Arquétipos
- São os componentes estruturais do inconsciente coletivo;
São pensamentos que possuem imagens de experiências ancestrais contidas no inconsciente coletivo que são repetidas através das gerações e gravados na nossa psique e expressos nos nossos sonhos e fantasias.
Nossas experiências individuais são moldadas, em parte, pelos arquétipos. Os arquétipos são ativados quando passamos por experiências relacionadas com eles (exemplo: mãe, herói, criança etc.).
Arquétipos que mais influenciam nossa psique: persona, anima e animus, sombra e self.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
3.1.1 - Persona
Palavra significa máscara que o ator usa para representar vários papéis. Jung usou o termo com o mesmo sentido;
Personalidade pública que usamos para apresentar alguém diferente de quem realmente somos. Útil porque somos forçados a representar papéis;
Prejudicial se o ego acredita que a persona reflete toda a sua personalidade, ocasionando a alienação de si mesmo. Pessoa engana a si mesma.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
3.1 - Arquétipos
3.1.2 – Anima e Animus
Psicologicamente, os indivíduos são na sua essência bissexuais: cada pessoa expressa características do outro sexo.
Animus: arquétipo da mulher que contém aspectos masculinos.
Anima: arquétipo do homem que contém aspectos femininos.
As características do sexo oposto ajudam na adaptação e compreensão, pois permitem que um sexo entenda o outro.
 Ex.: Feminicídio. 
Estrutura de Personalidade
Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino...
 Masculino e Feminino – Pepeu Gomes
Yin-Yang
Yin e Yang são dois conceitos básicos do Taoismo que expõem a dualidade de tudo que existe no universo. Descrevem as duas forças fundamentais opostas e complementares que se encontram em todas as coisas: o yin é o princípio feminino, a água, a passividade, escuridão e absorção; o yang é o princípio masculino, o fogo, a luz e atividade.
Yin-Yang
Lado direito escuro representa o arquétipo anima (Yin)
Lado esquerdo claro representa o arquétipo animus (Yang)
 Pontos de cores opostas representam a expressão das características do sexo oposto
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
3.1 - Arquétipos
3.1.3 – Sombra
Arquétipo obscuro da personalidade; contém os impulsos animais básicos primitivos; emoções exageradas.
Sombra: escondida pela persona e/ou recalcada pelo inconsciente pessoal.
A sombra precisa ser domada, senão a sociedade nos punirá;
A sombra não é só a fonte de destrutividade; é também fonte de potencialidade; se for totalmente reprimida a psique se tornará sem vida;
É função do ego reprimir a sombra e ao mesmo tempo liberar uma parte dela.
- Possui semelhança com o conceito freudiano de Id.
Estrutura de Personalidade
3. Inconsciente coletivo
3.1 - Arquétipos
3.1.4 - Self
Arquétipo que representa a unidade, reunião e o equilíbrio de todas as partes da personalidade total (ego, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo);
O aparecimento do self ocorre na meia-idade, pois não pode surgir enquanto o ego e o inconsciente pessoal e coletivo não tiverem se desenvolvido;
O desenvolvimento do self depende do autoconhecimento por isso é difícil e requer persistência.
Estrutura de Personalidade
Quadro Geral
1. Ego
2. Inconsciente Pessoal
3. Inconsciente Coletivo
 - Arquétipos:
 Persona
 Anima /Animus
 Sombra
 Self
Dinâmica da Personalidade
 Natureza da Libido: Jung não concordava com Freud que a libido era só energia sexual. 
Jung usou o termo libido de 2 modos:
 - energia de vida ampla e geral
 - energia psíquica que alimenta a personalidade (psique) 
Jung usou idéias da Física para explicar o funcionamento da energia psíquica. 
Três princípios: Opostos, Equivalência e Entropia.
Dinâmica da Personalidade
 Princípio dos opostos: 
 - Assim como a energia física (calor x frio) do universo, a energia psíquica tem o seu oposto;
 - Todo desejo tem seu oposto. A oposição (conflito) é o motivador do comportamento e gerador de energia.
 
Dinâmica da Personalidade
Princípio da equivalência: 
 - Usa o princípio físico da conservaçãode energia; a energia psíquica gasta não é perdida, mas redistribuída para outra parte da personalidade igualmente importante pois o psiquismo nunca para de trabalhar. 
 - Ex.: A perda de interesse em determinada pessoa ou atividade é redistribuída para outra pessoa ou atividade. 
 - Ex.: A energia psíquica usada para atividades conscientes é redistribuída para os sonhos quando dormimos. 
Dinâmica da Personalidade
Princípio da entropia: 
Se um objeto quente e outro frio forem colocados em contato direto, o calor passará do objeto quente para o objeto frio até haver uma uniformização de temperatura através da troca de energia. 
A energia psíquica tem uma tendência ao equilíbrio na personalidade: se dois desejos diferem muito, a energia fluirá do mais forte para o mais fraco. 
Porém o equilibrio nunca é alcançado por causa do princípio de oposição que precisa de conflito para produzir energia psíquica.
Desenvolvimento da Personalidade
Ênfase no aspecto progressista do desenvolvimento da personalidade. 
Para Jung, o ser humano estão sempre tentando progredir para um estágio de desenvolvimento mais completo, assim como a humanidade.
Qual objetivo os seres humanos e a humanidade buscam? 
 Auto-realização ou Self
O presente é explicado pelo passado e pelo futuro (para onde se está indo).
Jung analisou a personalidade em um período mais longo do que Freud
Desenvolvimento da Personalidade
Etapas de desenvolvimento:
 Infância
 Puberdade à Idade Adulta
 Meia-Idade
Etapas de Desenvolvimento da Personalidade
Infância:
 - No início, a personalidade da criança é um reflexo da personalidade dos pais
- O ego começa a se desenvolver de modo primitivo porque a criança ainda não formou uma identidade
O ego só começa a se formar quando as crianças se diferenciam das outras pessoas ou objetos: dizer EU (2-3 anos)
Pais podem impedir ou ampliar o desenvolvimento da personalidade da criança
Etapas de Desenvolvimento da Personalidade
Puberdade à Idade Adulta:
Jung chama de “nascimento psíquico”
Período difícil marcado pela necessidade de se adaptar as demandas da realidade
Da adolescência até o início da Idade Adulta: atividades preparatórias (terminar os estudos, começar a trabalhar, formar uma família, etc.)
O ego e a atitude de extroversão predominam 
Objetivo é encarar desafios e atingir metas
 
Etapas de Desenvolvimento da Personalidade
Meia-idade:
Para Jung, as grandes mudanças de personalidade ocorrem entre 35 e 40 anos
Período de transição: a atitude da personalidade deve mudar de extroversão para introversão
A 2ª metade da vida: deve ser dedicada ao mundo interior
Foco sobre o inconsciente deve ser abrandado para uma consciência do inconsciente
Interesses devem mudar do material para o espiritual, filosófico e intuitivo (função psicológica não racional)
Devemos começar o processo de realização do self ou auto-realização, integrar o inconsciente com o consciente: individuação
Individuação
Estado de saúde psicológica resultante da integração de todas as facetas consciente e inconscientes da personalidade.
Tendência à individuação é inata, mas facilitada ou impedida pelo ambiente (educação, situação econômica, família).
Fatores ambientais, por exemplo, casamento insatisfatório ou trabalho frustrante, podem inibir a realização total do self.
Individuação
As pessoas de meia-idade devem ouvir seus sonhos e seguir suas fantasias para o self ser revelado
Admitir forças inconscientes no consciente não significa ser dominado por elas; mas equilibrá-las com o consciente
Importante na individuação a mudança dos arquétipos: destronamento da persona; devemos aceitar o self que a persona vinha encobrindo
Devemos reconhecer a sombra que era protegida pela persona: queremos ser vistos somente pelas qualidades
Conciliação com a anima e o animus.
Neurose: os arquétipos não conseguem se expressar através do ego. 
Método de Pesquisa
Os primeiros estudos de Jung empregavam o teste de associação de palavras junto com medidas fisiológicas da emoção.
Lista-padrão com palavras era lida por Jung; paciente instruído a responder com a primeira palavra que lhe vier à mente.
Jung media o tempo da resposta.
Mudanças na respiração e mudanças na condutividade elétrica da pele eram medidas.
Método de Pesquisa
Jung usou as medidas para descobrir complexos nos pacientes.
Complexos: centro ou padrão de pensamentos, sentimentos, lembranças que existem no inconsciente pessoal organizados em torno de um tema comum.
 Ex.: Indivíduo cuja personalidade é dominada pela mãe possui um forte complexo materno. Seus pensamentos e ações são orientados pela concepção de mãe.
Método de Pesquisa
Muitos fatores indicavam a presença de um complexo: respostas fisiológicas, demora para responder, dar a mesma resposta a palavras diferentes, esquecimentos, gagueira, responder com mais de uma palavra, inventar palavras ou não responder.
Teste de associação de palavras de Jung foi o primeiro exemplo de um teste clínico formal. 
Muito parecido com os atuais testes projetivos.
Método de Pesquisa
Jung como Freud usou o método Estudo de Caso.
Jung chamou de reconstrução do histórico de vida: reconstrução extensa das experiências passadas de um indivíduo para identificar padrões de desenvolvimento que podem explicar neuroses no presente.
Estudos Comparativos de Mitologia
Sonhos
Método de Pesquisa
Sonhos
 
- Além da função retrospectiva do sonho (traumas, fixações, desejos) dos problemas do sonhador, Jung também reconhecia a função prospectiva do sonho.
 - Função prospectiva do sonho: é uma antecipação, surgida no inconsciente, de futuras atividades conscientes, uma espécie de exercício preparatório ou um esboço preliminar, um plano traçado antecipadamente para a solução de um conflito. 
Método de Pesquisa
Sonhos
 
 Função compensatória dos sonhos:
 - Ajudam a estabelecer um equilíbrio entre os opostos na psique, compensando o superdesenvolvimento (hipertrofia) de qualquer aspecto da estrutura.
 Ex.: Um homem que nega sua anima sonhará com figuras
 femininas.
Método de Pesquisa
Jung usou 2 métodos para interpretar os sonhos:
1) Método de Amplificação: 
 - Diferente do método da associação livre de Freud que o paciente faz várias associações que se afastam dos trechos ou palavras iniciais do sonho. (Freud orienta que o analista não insista).
 - Jung concentrava-se no elemento original do sonho pedindo ao paciente repetidas associações para esse elemento.
 
 
 
Método de Pesquisa
2) Método da Série de Sonhos
 - Freud analisava os sonhos um de cada vez, separadamente, fazendo o paciente associar livremente a cada componente do sonho.
 - Jung ao invés de um único sonho, trabalhava com uma série de sonhos relatados pelo paciente.

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