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APOSTILA ANATOMIA 1 -2018 PARTE 2

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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANGELO-2018 
 
 
6. ESQUELETO AXIAL -CABEÇA ÓSSEA: 
 É a porção elevada e anterior das espécies domésticas, estando em posição 
normal. Está dividida em crânio e face. 
CRÂNIO: é a porção mais caudal, é formado por ossos planos e esses concorrem para a 
formação da cavidade craniana, que vai proteger parte do sistema nervoso central o 
encéfalo. Está dividido em porção basal e porção dorsal. 
 Porção basal: lembra a continuação da coluna vertebral, estando formado pelos 
seguintes ossos: 
 1 - Occipital 
 1 - Esfenóide 
 1 - Etmóide 
2 - Temporais 
 
 Porção dorsal: forma o teto e parte das paredes laterais da cavidade craniana, 
compreendendo os ossos: 
 2 - Parietais 
 1 - Interparietal 
 2 - Frontais 
 
A FACE forma a porção oral e restante da cabeça, é constituída pelos seguintes ossos: 
2 - Nasais 2 - Zigomáticos 
2 - Lacrimais 2 - Incisivos 
2 - Maxilares 4 - Cornetos 
1 - Vômer 2 - Palatinos 
2 - Pterigóides 1 - Mandíbula 
1 - Hióide 
 
 
 
 
6.1. OSSOS DO CRÂNIO 
6.1.1. OCCIPITAL 
 É o mais caudal dos ossos do crânio. Apresenta para descrição duas faces uma 
exocraniana (externa) e uma endocraniana (interna). A face exocraniana apresenta os 
seguintes acidentes ósseos: 
- Côndilos do occipital  se articulam com o atlas (1ª vértebra cervical) 
- Forame magno  localizado entre os côndilos serve de entrada para a medula 
espinhal. Importante local de coleta do líquido cérebro espinhal (líquor). 
- Protuberância occipital externa  situada na linha média. 
- Crista nucal  se estendem lateralmente para cada lado, a partir da protuberância. 
- Fossa condilar ventral  depressão localizada próximo aos côndilos na porção 
basal do osso. 
- Canal do hipoglosso  situado na fossa condilar, por onde emerge do crânio o 
nervo hipoglosso (XII par craniano) 
- Processos paracondilares (jugulares)  projeções pares localizados próximos aos 
côndilos que servem para fixação de músculos. 
- Hiato rasgado-. situado na junção do occipital com os ossos temporal e esfenóide. 
Os referidos forames estão unidos no eqüino ( 
- Base do occipital (porção basilar) em contato com o esfenóide, apresenta 
pequenos Tubérculos musculares. 
 
A face endocraniana apresenta: 
- Protuberância occipital interna – processo tentório 
- Impressões digitais 
OCCIPITAL - EQUINO
VISTA: _____________________________________
 
 
BOVINOS: 
- forma parte ventral somente da superfície caudal do crânio 
- crista occipital externa  estende-se ventralmentre na protuberância occipital 
externa; 
- côndilos mais afastados, processos paracondilares curtos e largos; 
- na fossa condilar ventral encontramos 2 ou + forames o mais ventral é o canal do 
hipoglosso os demais forames são paras as veias do canal condíleo; 
- forame mastóide de cada lado na junção do occipital e temporal 
- a base do occipital é curta e apresenta 2 grandes tubérculos musculares localizados 
na junção com o esfenóide; 
- não tem forame lacero, somente o forame jugular; 
- não possui crista nucal no local uma linha nucal. 
 
BOVINO
VISTA: __________________________________
 
SUÍNOS: 
- forma a superfície caudal do crânio, achatado e alongado; 
- processo paracondilar alongado; 
- canal do hipoglosso localiza-se caudal ao forame jugular; 
- apresenta linha temporal e linhas oblíquas; 
- presença de forame lacero e jugular; 
- tubérculos nucais 
CANINOS: 
- côndilos achados; 
- presença de forame mastoide; 
- processos paracondilares curtos; 
- parte basilar larga e se une a bula timpânica; 
- presença do forame jugular; 
- canal do hipoglosso pequeno. 
 
6.1.2 ESFENÓIDE 
 Tem o formato semelhante a uma borboleta. Forma 2/3 rostrais do crânio entre o 
occipital caudalmente e etmoíde rostralmente. Encontra-se dividido em três partes: 
corpo, asas temporais e asas orbitais. 
 Corpo 
O corpo é externamente liso. Internamente encontramos os seguintes acidentes ósseos: 
- Sela túrcica 
- Fossa hipofisária  onde se acomoda a glândula hipófise. 
- Sulco óptico ou sulco do quiasma 
- Seio esfenoidal 
- Impressões digitais 
 Asas temporais 
Externamente encontra-se o forame alar caudal e a crista pterigoide e internamente 
impressões digitais. 
 Asas orbitais 
Externamente as asas orbitais encontra-se: 
- Forame etmoidal (na transição entre o osso frontal e esfenóide) 
- Forame óptico 
- Fissura orbitária (espaço ósseo) 
- Forame redondo  se abre dentro da fissura 
- Forame alar rostral 
- Forame alar parvo 
 
Os forames dão passagem a vasos e nervos. 
Internamente encontram-se impressões digitais. 
ESFENOIDE EQUINO – ASAS ORBITARIAS
 ETMOIDE -EQUINO
 
BOVINOS: 
- crista pterigoide; 
- forame órbito-redondo (união da fissura orbitaria e o forame redondo) 
- forame oval; 
- não apresenta canal alar e nenhum dos forames alares. 
 
ESFENOIDE -BOVINO
 
SUÍNOS: 
- corpo mais triangular; 
- forame órbito-redondo semelhante aos ruminantes; 
- crista pterigóide; 
- não apresenta forame alar. 
 
CANINOS: 
- forame oval; 
- forame alar rostral e caudal; 
- forame etmoidal duplo 
 
6.1.3 ETMÓIDE 
 Está localizado no interior da cabeça no limite entre o crânio e a face. Está 
subdividido em três partes: 
 Lâmina perpendicular 
Coloca-se medianamente entre as massa laterais e as lâminas crivadas. Na crista 
perpendicular localiza-se a crista galli. 
 Massas laterais (labirinto etmoidal) 
Massas ósseas enroladas de forma espiralada envolvidas por uma lâmina óssea chamada 
lâmina papirácea. 
 Lâminas crivadas 
São lâminas ósseas colocadas transversalmente e de cada lado da lâmina perpendicular. 
 
 
6.1.4 TEMPORAIS 
 Localizados de cada lado da cavidade craniana. Está subdividido em porção 
escamosa e porção petrosa. 
 Porção escamosa 
Externamente: 
- Processo zigomático do temporal: se une ao processo temporal do zigomático e 
forma o arco ou ponte zigomática. 
- Tubérculo articular: articulam-se com os côndilos da mandíbula. 
- Fossa mandibular 
- Processo retroarticular situados caudalmente ao tubérculo articular 
- Forame retroarticular  situado caudalmente ao processo retroarticular. 
A face externa da porção escamosa contribui para formação da fossa temporal. 
Internamente: 
- Impressões digitais 
 Porção petrosa 
Tem a forma de uma pirâmide, esta dividida em quatro faces, uma base e um vértice. 
 Faces: 
Externamente: 
- Processo acústico externo 
- Meato acústico externo 
- Processo mastóide 
Internamente: 
- Meato acústico interno 
- Crista petrosa 
A face caudal (aboral) relaciona-se diretamente com o occipital. 
 Base: 
- Processo muscular 
- Processo estilóide  local onde se articula com o osso hióide. 
- Forame estilomastoide  dá passagem ao nervo facial. 
- Bolha ou bula timpânica  aloja a orelha interna. 
 Vértice: 
Porção mais dorsal, está relacionada com a porção escamosa do temporal e com 
o osso occipital. 
 
TEMPORAIS – EQUINO
 
TEMPORAIS - EQUINO
TEMPORAL -EQUINO
 
 
 
 
BOVINOS: 
- processo retroarticular menos proeminente; 
- processo muscular é grande; 
- não possui processo mastóide; 
- meato temporal. 
 
BOVINO
VISTA: ____________________________________
 
SUÍNOS: 
- processo retroarticular reduzido; 
- bula timpânica alongada; 
- processo muscular; 
- processo mastóide de reduzido; 
- processo estiloide fundido à bula timpânica; 
- forame estilomastóide. 
 
CANINOS: 
- não apresenta tubérculo articular; 
- processo retroarticular grande; 
- processo mastóide; 
- forame estilomastóide; 
- processo muscular; 
- processo estilóide. 
 
6.1.5 PARIETAIS 
 Os parietais formam as partes do teto da cavidade craniana, contorno rombóide 
fortemente curvo. 
 
Externamente: 
- Crista parietal externa 
A face externa do parietal, juntamente com a porção escamosa do temporal, contribui 
para a formaçãoda fossa temporal. 
Internamente: 
- Crista parietal interna 
- Impressões digitais 
 
BOVINOS 
- não entram na formação do teto da cavidade craniana, constitui parte dorsal da 
parede caudal do crânio. É marcado pela crista sagital externa que se continua com a 
crista temporal; 
 
SUÍNOS: 
- crista parietal mais lateral. 
CANINOS: 
- fortemente curvo, crista sagital externa distinta. 
 
6.1.6 FRONTAIS 
 São ossos pares que formam a porção oral do teto da cavidade craniana. Estão no 
limite entre o crânio e a face. 
Externamente: 
- Processo zigomático do frontal 
- Forame supra orbital 
Internamente: 
- Impressões digitais 
- Seio do frontal 
 
PARIETAIS
FRONTAIS - EQUINO
 
 
BOVINOS: 
- forma metade do comprimento total do crânio, as bordas formam com o parietal 
uma grande protuberância intercornual ponto mais alto do crânio; 
- processo cornual ( animais aspados); 
- processo zigomático curto e se une ao processo frontal do zigomático; 
- forame supraorbital apresenta o sulco supra-orbital. 
 
SUÍNOS: 
- processo zigomático é incompleto naõ alcança o arco zigomático. 
 
CANINOS 
- processo zigomático curto; 
- não apresenta forame supraorbitário. 
 
6.1.7 INTERPARIETAL 
 Osso temporário que aparece durante o período fetal até os primeiros dias de 
vida. Posteriormente é reabsorvido pelo occipital e pelo parietal. 
CANINO
CANINO
 
 
 
6.2. OSSOS DA FACE: 
 
6.2.1. MAXILAR OU MAXILAS: 
 Situam-se na porção lateral da face e se articulam com quase todos os ossos da 
face, bem como os temporais e frontais. Para sua descrição dividem-se em um corpo e 
dois processos: Alveolar e palatino. O corpo apresenta 4 faces: 
Face facial: é convexa no animal jovem e côncava no animal adulto. Apresenta 
caudalmente uma crista horizontal denominada de crista facial. Aproximadamente 5 
cm dorso-rostralmente a crista situa-se o forame infra-orbitário que é a abertura do 
canal infra-orbitário. 
Face nasal: forma a maior parte da parede lateral da cavidade nasal. Apresenta o raso 
sulco naso-lacrimal e ventralmente a este a crista conchal que suporta a concha nasal 
ventral. 
Face pterigopalatina: apresenta uma proeminência denominada de tuberosidade maxilar. 
Medial a essa tuberosidade situa-se um profundo recesso (nicho pterigopalatino) onde 
localizam-se três orifícios que são dorsoventralmente: 
1. Forame maxilar: que é o início do canal infra-orbitário. 
2. Forame esfeno-palatino: que abre-se na cavidade nasal. 
3. Forame palatino maior caudal: entrada do canal palatino maior. 
Face orbital: forma uma pequena porção da parede ventral da órbita. 
Processo alveolar: apresentam seis grandes cavidades ou alvéolos para os dentes pré-
molares e molares superiores. Rostralmente ao primeiro grande molar freqüentemente 
existe um 
 
alvéolo para o primeiro pré-molar chamado de dente de lobo. Rostralmente aos 
alvéolos dentários na borda alveolar situa-se o espaço interalveolar ou interdental. 
Junto ao osso incisivo existe um alvéolo para o dente canino que só está presente nos 
machos adultos. 
Processo palatino: projeta-se medialmente formando a maior parte do palato duro. 
Apresenta lateralmente o sulco palatino. Une-se ao processo palatino do lado oposto 
pela sutura palatina média, sobre a qual dorsalmente na cavidade nasal situa-se o osso 
vômer. A borda caudal junta-se com a porção horizontal do osso palatino na sutura 
palatina transversa. 
Seios do maxilar: são espaços entre duas lâminas ósseas, cobertas por mucosa e 
preenchidos por ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAXILAR- EQUINO – NICHO PTERIGOPALATINO
 
BOVINOS: 
- O maxilar é mais curto. 
- O forame infra-orbitário pode ser duplo, principalmente na espécie ovina. 
- Não apresenta crista facial, apresentando no seu lugar a tuberosidade facial. 
- Forame maxilar se transforma em fissura maxilar. 
 
SUÍNOS: 
- O maxilar é alongado. 
- Forame infra-orbitário geralmente é duplo. 
- Apresenta junto com os ossos lacrimal e zigomático na face facial a fossa muscular ou 
canina. 
 
CANINOS: 
- Não apresenta crista nem tuberosidade facial. 
 
 
6.2.2 VÔMER 
 Está localizado na cavidade nasal, fixado dorsalmente na sutura palatina média. 
É contituida por uma lâmina que forma rostralmente uma canaleta onde se encaixa a 
cartilagem do septo nasal. Caudalmente se expande lateralmente como se fossem 
orelhas de gato se articulando com os ossos palatino, esfenóide e pterigóide. 
Caudalmente divide as coanas em duas partes. 
 
Comparada: 
- Nos bovinos o sulco para o septo é bem mais alargado. 
 
 
6.2.3 PALATINOS 
 Estão situados em ambos os lados das coanas e formam a porção caudal do 
palato duro. Apresentam duas lâminas: horizontal e perpendicular. 
 
Lâmina horizontal: é plana e forma a porção caudal do palato duro. Possui a forma de 
uma ferradura quando unida a lâmina do lado oposto. Une-se com o processo palatino 
do maxilar pela sutura palatina transversa e forma com este o forame palatino 
maior oral que é a saída do canal palatino. 
Lâmina perpendicular: forma a parede lateral das coanas. São côncavas e lisas. Forma 
com o osso pterigóide o processo piramidal ou pterigoideo. 
BOVINOS: 
- A lâmina horizontal forma 1/3 do palato duro. 
- O forame palatino maior oral está situado mais medialmente. 
SUINOS: 
- A lâmina horizontal tem formato de cunha. 
- Os forames palatinos maior oral situam-se nos processos palatinos dos maxilares. 
CANINOS: 
- A lâmina horizontal forma 1/3 do palato duro. 
 
 
 
6.2.4 PTERIGÓIDES 
 É o menor osso da face. São lâminas ósseas encurvadas que articulam-se com os 
ossos palatino, esfenóide e vômer. Formam parte das paredes laterais das coanas. A 
extremidade ventral é livre e forma o processo ganchoso do pterigóide ou hâmulo do 
pterigóide. 
Comparada: 
- Nas demais espécies o processo ganchoso é menor. 
- Nos suínos localiza-se caudal ao processo piramidal do osso palatino. 
EQUINO
 
BOVINO
 
6.2.5 INCISIVOS 
 São os ossos mais rostrais da face, se articulam com os ossos nasais, maxilares e 
vômer. É composto de um corpo e três processos: alveolar, palatino e nasal. 
Corpo: A face labial é lisa e relaciona-se com o lábio superior e a face palatina é 
côncava. O corpo acha-se perfurado pelo canal inter-incisivo, onde penetram artéria, 
veia e nervo incisivo. 
Processos alveolares: apresentam três alvéolos profundos para os dentes incisivos 
superiores. 
Processos nasais: projetam-se caudal e dorsalmente formando parte da parede lateral da 
cavidade nasal. Formam juntamente com o osso nasal a incisura naso-incisiva. 
Ventralmente, na junção com o maxilar forma no macho adulto o alvéolo para o dente 
canino. 
Processos palatinos: são duas lâminas ósseas que formam a porção rostral do palato 
duro. Está separada lateralmente do maxilar pela fissura palatina. 
 
BOVINOS: 
- Não apresentam processos alveolares. 
- O canal inter-incisivo se transforma numa incisura 
SUÍNOS: 
- Fissura palatina é alargada. 
- O canal inter-incisivo se transforma em incisura 
CANINOS: 
- Não possui incisura naso-incisiva. 
 
 
6.2.6 ZIGOMÁTICOS 
 Articulam-se com os ossos lacrimal dorsalmente, com o maxilares rostral e 
ventralmente, e com o temporal caudalmente. 
 A face lateral (facial) é lisa e ligeiramente convexa. Apresenta na sua porção 
ventral a crista facial, que se prolonga rostralmente com a crista facial do maxilar e 
caudalmente com o processo temporal, que juntamente com o processo zigomático do 
temporal forma o arco zigomático. O processo frontal não existe no eqüino. 
 A face orbitaria é muito menor que a facial e forma parte da parede ventral e 
rostral da órbita. 
 A face nasal é côncava e dirige-se para o seio maxilar. 
 
 
 
BOVINOS: 
- Apresenta o processo bifurcado em duas porções: uma é o processo frontal do 
zigomático que se articula com o processo zigomático do frontal e a outra é o processo 
temporal do zigomático.SUINOS: 
- Forma parte da fossa muscular ou canina. 
- Não se articula com o frontal. 
- Processo temporal bastante robusto e também é bifurcado. 
 
CANINOS: 
- O processo temporal é a maior parte do osso zigomático. É muito longo e fortemente 
curvo. 
- Entre os processos temporal e zigomático existe uma pequena eminência denominada 
de processo frontal, no qual se insere o ligamento orbitario. 
 
 
6.2.7 LACRIMAIS 
 Estão localizados na porção rostral da órbita e se estendem rostralmente sobre a 
face até o maxilar. Articulam-se com os ossos frontal e nasal dorsalmente e com o 
zigomático e maxilar ventralmente. Apresenta 2 faces: orbitaria e facial. 
 A face orbitaria é de contorno triangular, lisa e côncava. Próxima a margem 
orbitaria apresenta uma fossa afunilada que representa a entrada do canal lacrimal. 
Esta fossa é ocupada no animal vivo pelo saco lacrimal que é a origem do ducto naso-
lacrimal. 
 A face facial é mais extensa e lisa. Apresenta a uns 2 cm da margem orbital o 
pequeno processo lacrimal. 
 
BOVINOS: 
- Face facial extensa e côncava. Não apresenta o processo lacrimal. 
- A fossa para o saco lacrimal é pequena e bem próxima do contorno da órbita. 
- Ovino: a face facial apresenta uma fossa lacrimal externa ou infraorbitaria que é 
ocupada no animal vivo pela bolsa infra-orbitaria, onde se localizam grandes glândulas 
sebáceas. 
 
SUÍNOS: 
- Apresenta dois orifícios lacrimais no contorno da órbita. 
- Forma junto com o maxilar e zigomático a fossa canina ou muscular. 
 
CANINOS: 
- É um osso muito pequeno, quase não existe porção facial. 
 
 
 
6.2.8 NASAIS 
 Formam a maior parte do teto da cavidade nasal. Articulam-se com os ossos 
incisivo, maxilar, lacrimal e frontal. Possui um contorno triangular alongado, com a 
extremidade caudal alargada e a extremidade rostral pontiaguda. 
Face externa: é lisa e convexa transversalmente. 
Face interna (nasal): é lisa e côncava. Aproximadamente no seu centro apresenta a 
crista etmoidal que serve de sustentação da concha nasal dorsal. 
 Forma juntamente com o processo nasal do osso incisivo a chanfradura naso-
incisiva. 
BOVINOS: 
- É bem menor, não se funde com os ossos adjacentes mesmo na idade avançada. 
- Extremidade caudal é pontiaguda. 
- A extremidade rostral é alargada e apresenta uma chanfradura. 
 
OVINOS: 
- semelhante ao eqüino. 
 
SUÍNOS: 
- Nesta espécie na extremidade rostral da cartilagem do septo nasal entre os ossos nasal 
e incisivo apresenta o osso rostral (osso do focinho do porco). 
 
CANINO: 
- É mais largo rostralmente que caudalmente. 
- Não formam com os processos nasais do osso incisivo a chanfradura naso-incisiva. 
BOVINO
 
6.2.9 CONCHAS NASAIS 
 São ossos em forma de cartuchos localizados no interior da cavidade nasal, são 
em número de 2 pares (ventral e dorsal) que estão separados pelo septo nasal. As 
conchas nasais dorsais estão fixadas nas cristas etmoidais dos ossos nasais e as 
ventrais nas cristas conchais dos maxilares. 
 Meatos são os espaços existentes entre os cornetos e são: 
Meato nasal dorsal: é o espaço entre a concha nasal dorsal e o teto da cavidade nasal. 
Meato nasal médio: é o espaço entre as conchas nasais dorsal e ventral. 
Meato nasal ventral: é o espaço entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade 
nasal. 
Meato comum: é o espaço entre as conchas e o septo nasal. 
 
 
 
 
Corte transversal da cabeça de equino na altura do quarto 
dente pré molar superior. 38 – concha nasal dorsal, 39 – 
concha nasal ventral, 33 – meato nasal comum, 34 – 
meato nasal ventral, 35 – meato nasal médio, 36 – meato 
nasal dorsal. 
 
 
 
 
-Corte mediano da cabeça de eqüino. 5 – concha nasal dorsal, 6 – concha 
nasal média, 8 – concha nasal ventral, 13 – meato nasal dorsal, 14 – meato 
nasal médio, 15 – meato nasal ventral 
 
 
 
 
CANINOS: 
- Os cornetos apresentam forma arborizante com lâminas secundárias e terceiras que se 
espiralizam apresentando a extremidade livre. 
 
CANINO
 
CANINO
 
 
6.2.10 MANDÍBULA 
 É o maior osso da face e é ímpar pois as duas metades se fundem quando o 
animal apresenta ao redor de dois meses de idade. Para descrição consiste em um corpo 
e dois ramos verticais. 
 
Corpo: 
 É a porção horizontal espessa que apresenta os dentes. É composta de uma 
porção incisiva e outra porção molar. 
 A porção incisiva apresenta duas faces e uma borda. A face lingual é lisa e 
côncava onde repousa a ponta da língua (superfície geniana). A face labial é convexa, e 
está marcada por um sulco mediano que corresponde a sínfise mandibular. A borda 
alveolar apresenta seis alvéolos para os dentes incisivos inferiores e um pouco mais 
caudal, dois alvéolos para os dentes caninos no macho. 
 A porção molar (ramo horizontal) estende-se caudalmente da porção incisiva. 
Suporta os dentes molares (pré-molares e molares) inferiores. Apresenta duas faces e 
duas bordas. A face lateral (labial) é lisa e apresenta na junção com a porção incisiva o 
forame mental ou mentoniano que é a abertura rostral do canal mandibular. A face 
medial (lingual) é lisa e apresenta a frágil linha milohioidea onde se, insere o músculo 
milohioideo. A borda dorsal ou alveolar rostralmente forma o espaço interalveolar, que 
é delgado. Caudalmente é espessa e escavada por seis alvéolos pares para os dentes pré-
molares e molares inferiores. Também existe no potro jovem o alvéolo para o dente de 
lobo (primeiro pré-molar). A borda ventral é 
 
arredondada no cavalo jovem, tornando-se estreita e cortante nos animais idosos. Na sua 
porção caudal existe pequena depressão denominada de incisura vasorum facialum 
(incisura dos vasos faciais) onde os vasos faciais e o ducto parotídeo contornam o osso e 
é local de tomada de pulso no eqüino. 
 
Ramo: 
 É a porção vertical do osso, alargada e onde se inserem músculos poderosos. A 
face lateral é côncava e apresenta linhas rugosas para inserção do músculo masseter. A 
face medial é côncava e apresenta linhas de inserção para o músculo pterigoideo medial. 
Apresenta o forame mandibular que é o forame de entrada do canal mandibular. A 
extremidade articular é composta pelo processo coronóide rostralmente, processo 
condilar caudalmente e entre estes a incisura mandibular. 
 O processo condilar se articula com a porção escamosa do temporal por meio 
de um disco ou menisco articular. 
 A união da porção molar (ramo horizontal) com o ramo vertical é espessa é 
denominada de ângulo da mandíbula. 
 
 
 Desenho da mandíbula de um equino demonstrando seus acidentes ósseos 
 
BOVINOS: 
- As duas metades não se fundem completamente mesmo na idade avançada, portando 
existe sínfise mandibular. 
- O corpo é mais curto e mais largo, e apresenta 8 alvéolos para os dentes incisivos 
inferiores. Não há alvéolos para os dentes caninos. Apresenta 6 alvéolos para os dentes 
molares. 
- O processo coronóide é mais extenso e se projeta caudalmente. 
- O ramo é menor que o do eqüino. 
 
SUÍNOS: 
- Mandíbula bastante volumosa. 
- Existe um par de forames mentonianos mediais. Na face lateral há vários forames 
mentonianos laterais. 
- Apresenta alvéolos para os dentes caninos dirigidos lateralmente. 
- O processo coronóide é pequeno e a chanfradura mandibular é larga. 
 
CANINOS: 
- Apresenta sínfise mandibular. 
- Apresenta alvéolos para os dentes caninos. 
- Existem dois ou três forames mentonianos. 
- O processo coronóide é muito extenso. 
- No ângulo entre o corpo e o ramo vertical da mandíbula existe o processo angular 
que se projeta caudalmente. 
MANDÍBULA EQUINO
MANDÍBULA BOVINO
 
 
 
6.2.11 HIÓIDE 
 É conhecido vulgarmente por osso da língua. Está situado entre os ramos da 
mandíbula caudalmente. É constituído por diversas peças ósseas que se articulam entre 
si. Está inserido no processo estilóide da parte petrosa do temporal através da 
cartilagemtimpano-hióide. Projeta-se rostralmente através de uma lâmina óssea 
denominada de estilo-hióide, forma um ângulo de 90° e se continua com o cerato-
hióide, este último se articula com uma peça transversal denominada de basi-hióide. As 
extremidades laterais do basi-hióide se projetam caudalmente constituindo os tiro-
hióides. Medianamente projeta-se rostralmente em um longo processo lingual. 
 Os ossos do hióide são pares, com exceção do basi-hióide e do processo lingual. 
 
Osso hióide de eqüino: g – ângulo articular; f’ – ângulo 
muscular; f – estilóide (estiloióide); e – epióide (fundido no 
estilóide - vermelho); d – ceratoióide; a – basióide; b – 
processo lingual; c – processo tiroióide; c’ – catilagem de c. 
 
 
BOVINOS: 
- Entre o estilo-hióide e o cerato-hióide existe o epi-hióide. 
- O processo lingual é curto e tuberoso. 
 
 
-Osso hióide de bovino: 1 – ângulo articular; 2’ - 
ângulo muscular; 2 – estilóide; 3 – epióide; 4 – 
ceratoióide; 5 - processo tiroióide; 6 - catilagem de 
5; 7 – basióide; 8 - processo lingual. 
 
 
CANINOS: 
- Apresenta epi-hióide bem desenvolvido. 
- Não tem apófise lingual. 
 
SUÍNOS 
- Apresenta apófise lingual curta e pontiaguda. 
- Apresenta epi-hióide. 
 
 
6.2.12 SEIOS PARANASAIS 
 São cavidades dentro de alguns ossos da cabeça preenchidas por ar. Elas são 
revestidas internamente por uma membrana mucosa e se comunicam com a cavidade 
nasal. Os seios frontal e maxilar são os mais conhecidos, mas muitos outros estão 
presentes, incluindo o esfenóide, palatino, lacrimal e seios conchais. 
 
1. Seios frontais: são os seios paranasais encontrados nos ossos frontais de todas as 
espécies domésticas. 
2. Seios maxilares: são os seios paranasais dos ossos maxilares. Este se abre dentro da 
cavidade nasal através da abertura nasomaxilar. 
 
Comparada: 
BOVINOS: Divertículo cornual: Continuação direta do seio frontal para dentro do 
processo cornual em ruminantes aspados. 
 
7. ANATOMIA DO DENTE 
 
7.1 Dentes: 
 
 A dentição dos mamíferos domésticos consiste de duas arcadas dentárias, 
superior e inferior, mas a forma, o arranjo e o número de dentes variam com a espécie. 
Nos mamíferos de uma forma geral, a dentição de grupos é altamente característico e 
assim importante critério de identificação e classificação. Também devido a sua 
permanência são os mais importantes achados paleontológicos. 
 São os principais órgãos da mastigação e atuam junto com a mandíbula, 
músculos mastigatórios, lábios e língua na preensão e mastigação do alimento. Em 
algumas espécies constituem armas formidáveis. 
Os dentes são destinados a colher, reter, cortar, perfurar, dilacerar, esmagar, 
moer ou triturar os alimentos, funcionando como intermediários indispensáveis entre as 
substâncias alimentares e os órgãos da nutrição. 
 A maioria dos não-mamíferos utiliza os dentes apenas para pegar e segurar o 
alimento, que é rapidamente engolido, função esta relacionada com a presença de um 
único tipo dentário nestas espécies (homodontia). Os mamíferos além de segurar o 
alimento, normalmente o cortam, esmagam e trituram. Estas funções são importantes 
porque aceleram a digestão e aumentam a diversidade de itens alimentares, 
particularmente vegetais. Estas características levam a heterodontia, com 
reconhecimento de diferentes grupos dentários com funções específicas. Para ser 
cortado ou triturado é desejável que o alimento seja retido na boca e mastigado. 
 Os dentes são estruturas rígidas, duras, de cor branca ou amarelada que se acham 
implantadas nos alvéolos dos ossos maxilar, incisivo e da mandíbula. 
 
 As espécies domésticas apresentam dois tipos de dentes: braquiodonte e 
hipsodonte. 
 
7.2 Estrutura do dente: 
 
 O dente é composto de três substâncias: cemento, esmalte e dentina. 
1. Esmalte: é a substância mais dura do corpo, material branco, levemente opalino, 
calcificado e muito resistente. No dente braquiodonte cobre somente a coroa e 
no hipsodonte envolve o corpo, mas não a raiz. 
2. Dentina (marfim): substância dura similar ao osso por apresentar uma matriz 
rica em colágeno, calcificada. Forma grande parte do dente e envolve a polpa 
dentária. 
3. Cemento: Tecido semelhante ao osso, sem os canais haversianos, menos rijo e 
imune a erosão por pressão. Tecido amarelado, menos brilhante e mais flexível. 
No dente braquiodonte cobre somente a raiz e no hipsodonte cobre inteiramente 
o dente por cima do esmalte. É relativamente resistente a pressão. 
4. Cavidade pulpar: é o espaço central do dente que contém um tecido gelatinoso 
que é a polpa dentária A polpa contém vasos e nervos que entram ou deixam o 
forame apical localizado no ápice da raiz. 
 
 
7.3Estrutura de um dente simples ou braquiodonte (brachys – curto, odous - dente): 
 
 São os dentes de coroa baixa e de crescimento limitado. Estes dentes completam 
seu curto crescimento após sua erupção. Durante o desenvolvimento possuem maior 
amplitude de cavidade dentária e canal radicular, ambos preenchidos com uma polpa 
rica em vasos e nervos. Com a parada do desenvolvimento dentário a deposição de 
dentina secundária diminui primeiro o forame apical e depois, gradualmente toda a 
cavidade dentária da coroa para a raiz. É o dente simples do homem, dos carnívoros, dos 
suínos, incisivos dos ruminantes e incisivos decíduos dos eqüinos. Possui três porções: a 
coroa que a porção exposta do dente, inserida na gengiva e coberta por esmalte; a raiz, 
que é a porção embebida, inserida no alvéolo dentário e, o colo que é a demarcação 
entre essas duas partes que se situa na margem da gengiva. O esmalte cobre o dente 
simples do colo até a coroa. O cemento cobre a dentina ao nível da raiz. A raiz do dente 
é inserida no alvéolo pela membrana do tecido conjuntivo periodontal. O esmalte é 
coberto por uma fina cutícula na coroa. 
 
 
7.4 Estrutura de um dente complexo, de coroa alta ou hipsodonto (hypsos – alto, 
odous – dente): 
 
 Dentes de coroa alta e de crescimento contínuo ou prolongado. Não existe 
demarcação clara entre a coroa e a raiz nestas espécies, sem colo distinto. Encontrados 
em todos os dentes permanentes do eqüino, molares dos ruminantes e colmilhos 
(caninos) dos suínos. Com exceção dos dentes caninos do eqüino, estes dentes 
continuam a crescer por toda a vida. Apresentam meramente um corpo longo e raiz ou 
raízes muito curtas. O corpo de um dente hipsodonto apresenta uma porção livre que 
sobressai ao nível da gengiva e uma porção embebida. A raiz é usualmente curta e 
apresenta forame apical. Adicionalmente, comparando o dente simples com o 
complexo, os dentes incisivos, pré-molares e molares apresentam cemento e esmalte 
estendendo-se em toda extensão do dente. Também no dente hipsodonto o esmalte e o 
cemento se invaginam na porção central dos dentes incisivos dos eqüinos formando o 
infundíbulo. Estas invaginações se projetam verticalmente da superfície oclusal para 
dentro da dentina do corpo dental. O esmalte do lado de fora do dente é o esmalte 
externo; o esmalte do infundíbulo é o esmalte central. O infundíbulo está presente como 
infundíbulos rostral e caudal nas superfícies oclusais dos dentes pré-molares e molares. 
A partir do infundíbulo temos: cemento, esmalte, dentina, esmalte e cemento. A 
presença ou ausência de infundíbulo dos dentes incisivos inferiores dos eqüinos é usado 
como guia estimativo da idade e é conhecido como marca, pois com a idade a 
superfície oclusal desgasta e com ela também o infundíbulo. 
 
 
 
7.5 Tecidos periodontais: 
Compreendem, além do dente, todas as estruturas envolvidas em seu apoio. 
Estas estruturas compreendem os ligamentos periodontais e suas inserções, as 
gengivas e suas inserções e os processos alveolares. A gengiva formada pela mucosa 
bucal envolve o colo (cervix dentis) de cada dente. Parte da gengiva está firmementeaderida ao osso alveolar. A margem gengival que circunda o dente não se encontra 
aderida, sendo chamada gengiva livre. Forma-se assim um espaço ao redor do dente, 
conhecido como sulco gengival. Em cães, o sulco gengival normal não deve exceder de 
2 a 3 mm de profundidade. 
 
7.6 Ligamento periodontal: 
 
 É um ligamento suspensor que ancora o dente ao seu leito de osso alveolar da 
mandíbula, maxilar ou incisivo, permitindo um movimento limitado do dente no interior 
do alvéolo ósseo rígido. É composto de colágeno denso e fibrócitos. As fibras 
atravessam o intervalo entre o cemento do dente e o osso alveolar. Como as fibras 
colágenas estão imersas em na substância fundamental, este ligamento age também 
como absorvente de choques. Pela sua orientação previne o dente de ser pressionado 
dentro de sua cavidade durante a mastigação. 
 
7.7 Superfícies dentárias: 
1. Superfície vestibular: é a superfície que se encontra face para as bochechas 
(bucal) e para os lábios (labial). 
2. Superfície de contato: é a face em que os dentes de uma mesma arcada estão 
em relação. 
3. Superfície oclusal ou mastigatória: é a face entre dentes das arcadas superior e 
inferior. 
4. Superfície lingual: face interna do dente está em relação direta com a língua. 
5. Superfície mesial: é a face mais próxima da linha mediana. 
6. Superfície distal: face oposta a mesial. 
 
Cúspides: são elevações individuais na superfície oclusal. 
 
Alvéolo: cavidade óssea dos ossos incisivo, mandíbula e maxilar na qual as raízes dos 
dentes estão inseridas. A inserção do dente no alvéolo é conhecida como gonfose, não 
sendo uma articulação verdadeira porque o dente não faz parte do esqueleto. 
 
7.8 Muda de dentes: 
 Na maioria dos mamíferos e em todos os domésticos há dois tipos de 
desenvolvimento dentário (difiodontes). O primeiro tipo consiste de menos dentes que 
o segundo e aparecem cedo na vida sendo chamados dentes temporários, decíduos, 
caducos ou de leite. Estes são geralmente trocados pela dentição permanente durante 
o período de crescimento. A dentição temporária providencia ao jovem uma dentição 
inteiramente funcional, embora pequena que possa ser acomodada nas pequenas 
mandíbulas. Com o crescimento da mandíbula novos dentes são adicionados, trocando 
gradualmente os dentes temporários pelos definitivos. Incisivos, caninos e pré-molares 
com exceção dos primeiros são repostos. Os molares de todos os animais domésticos, 
assim como o primeiro pré-molar do cão e do suíno não têm predecessores nos dentes 
de leite. A reposição é gradual e segue uma seqüência definida de forma que dentes 
temporários e permanentes são usados ao mesmo tempo. Com o desenvolvimento dos 
dentes permanentes, estes vão para a superfície pressionando a raiz do dente temporário 
cortando gradualmente a sua nutrição. Os dentes de leite afrouxam, morrem e são 
substituídos. As paredes alveolares ósseas se ajustam a essas alterações seja por 
produção ou por reabsorção providenciando assim um novo alvéolo para porção 
implantada do novo dente. 
 
7.9 Tipos de dentes: 
 Os dentes estão divididos em grupos conforme sua localização e função: 
incisivos, caninos, pré-molares e molares. 
A dentadura de qualquer mamífero placentado adulto (exceto as espécies 
possuidoras de dentes simples, homodontes), estudada de um ponto de vista funcional 
exibe várias categorias de dentes. Partindo da parte mesial para a distal de cada hemi-
arcada distinguem-se: 
- Dentes preensores: são dentes curtos e achatados no sentido crânio-caudal, de borda 
livre e cortante, disposição evidentemente relacionada com a preensão, retenção e 
corte dos alimentos. 
- Dente lacerador, despedaçador ou perfurador - Um dente em geral mais volumoso 
que os anteriores, cônico, longo, pontiagudo, indicando por sua forma, a função de 
laceração. 
- Dentes mastigadores ou trituradores - dentes grandes de coroa curta e larga (pelo 
menos nos casos em que não sofrem modificações secundárias) e cuja função é 
mastigatória. 
No urso (Ursus arctos L.) tal diferenciação é extremamente nítida. 
 É hábito consignar a estes diversos tipos funcionais de dentes, nomes específicos 
que lembram sua função original. Os dentes preensores são os incisivos, os laceradores 
são os caninos e os mastigadores são os pré-molares e molares. É preciso salientar que 
os dentes preensores e laceradores estão naturalmente (em virtude de sua própria 
função), situados na parte livre da boca, enquanto os mastigadores, ao contrário, estão 
na parte jugal, isto é na porção relacionada com a parede jugal ou genal da boca, onde 
por ação dos músculos mastigatórios uma maior força é aplicada. 
 
Incisivos: estão localizados na porção rostral da boca e apresentam suas raízes 
embebidas nos alvéolos dos ossos incisivo e mandíbula. Possui somente uma raiz em 
todas as espécies. Estão presentes nas duas dentições, são os primeiros a trocarem. 
Recebem esta denominação advinda da palavra latina incidire que significa cortar e que 
bem caracteriza a função exercida por estes dentes. Segundo as espécies consideradas, 
os incisivos superiores apresentam-se em número de 1, 2 ou 3 para cada hemi-face, ou 
podem estar ausentes como é o caso dos ruminantes. Esta denominação, 
coincidentemente, encontra amparo ao fato de estarem implantados no osso incisivo. Os 
incisivos inferiores, em número de 1, 2 ou 3, segundo as espécies são naturalmente os 
dentes que se opõem e ocluem com os incisivos superiores. Os incisivos dos mamíferos 
eutérios são sempre 3/3, a menos que secundariamente reduzidos. Este total é 
ultrapassado por alguns marsupiais. Na maioria dos mamíferos apresenta a forma de 
formão. 
No eqüino os incisivos são conhecidos da face medial para lateral como pinças, 
médios e cantos. Nesta espécie os incisivos são dentes complexos com esmalte 
invaginado e cemento formando o infundíbulo. 
Nos BOVINOS somente os incisivos inferiores estão presentes, em número de 4. 
Apresentam um colo distinto e membrana periodontal frouxa de forma que é possível 
um pequeno movimento dentro do alvéolo. 
Os incisivos dos Suínos apresentam-se um pouco afastados uns dos outros e os 
superiores são menores que os inferiores. 
 
Caninos: Os caninos devem seu nome a palavra latina canis pela analogia que 
apresentam com os dentes pontiagudos deste animal. Seu papel é o de segurar e 
perfurar, despedaçando os alimentos (carnes, ossos, invólucro dos frutos) função que 
exige esforço especial e em combate. 
O grande desenvolvimento atingido pelos dentes caninos é apanágio do regime 
carnívoro ou frutívoro, e a sua redução volumétrica é conseqüência do regime 
herbívoro. Na maioria dos Ungulata, o canino superior desaparece e o inferior torna-se 
incisiforme. O volume do canino, extremamente variável, vai desde as defesas do 
hipopótamo, que podem atingir o volume do antebraço de uma criança até os dentes 
vestigiais dos Equidae. 
De um modo geral, os caninos são mais volumosos nos machos do que nas 
fêmeas e em espécies selvagens do que nas domésticas. Têm, algumas vezes 
crescimento limitado, como ocorre nos Carnívora, Equidae; outras de crescimento 
contínuo, como acontece nos Suidae, Centetes. 
Os caninos, aparentemente são os dentes que menos modificações sofrem na 
série animal, aproximando-se muito, por sua forma cônica, simples, dos dentes dos 
vertebrados inferiores mais primitivos (peixes e répteis). 
Vias de regra, existem 4 caninos, 2 para cada arcada dentária. O superior é o 
primeiro dente implantado no osso maxilar. O inferior é o dente que se coloca 
imediatamente adiante do superior quando a boca está fechada. Esta disposição é tanto 
mais evidente quanto mais desenvolvidos são os caninos. Estão localizados atrás dos 
incisivos no espaço interdentário ou diástema. O canino superior está situado na junção 
dos ossos maxilar e incisivo e o inferior ao nível do colo da mandíbula. Cada dente 
canino possuiuma única raiz longa. 
Eqüino: no macho há quatro dentes caninos e na fêmea estão usualmente ausentes ou 
são rudimentares. 
Ruminantes: ausentes, os caninos inferiores tornam-se incisiformes. 
Suíno: no macho os caninos ou colmilhos são grandemente desenvolvidos e se projetam 
para fora da boca, sendo menores na fêmea. 
Molares: estão localizados caudalmente aos dentes caninos e apresentam-se de forma 
mais ou menos triangular possuindo normalmente 2 a 4 raízes. Os primeiros molares 
(mais rostrais) são chamados de pré-molares e aparecem nas duas dentições. Os 
últimos são chamados de molares propriamente ditos e são permanentes. A função 
destes é a trituração do alimento. Estão inseridos no maxilar da arcada superior e na 
mandíbula da arcada inferior. Os molares atingem maior desenvolvimento nos 
herbívoros, nos quais além de seu grande volume, são ainda de crescimento contínuo. 
Situados em lugares dos maxilares onde os músculos exercem pressão máxima, os 
molares dão um rendimento mastigatório maior do que qualquer outro. Eis a razão pela 
qual se apresentam mais volumosos e robustos e se encontram solidamente implantados 
em alvéolos multiloculados. 
 
Eqüino: ocasionalmente apresentam o primeiro pré-molar superior, o qual é conhecido 
como dente de lobo. Quando apresenta é usualmente pequeno e nasce quando o animal 
é jovem. Não é reposto. O pré-molar correspondente da arcada inferior não nasce. 
 
Fórmula dentária: 
 
É a maneira resumida de expressar graficamente o número de dentes nas 
diferentes espécies domésticas. Devido à simetria bilateral, somente a metade de cada 
arcada dentária é numerada dentro de parênteses na fórmula. O número total de dentes 
é dado pela multiplicação do número de dentes dentro dos parênteses por 2. Os dentes 
permanentes são representados pela letra inicial (Incisivos – I). A fração que segue cada 
letra representa no numerador a metade dos dentes da arcada superior e o denominador 
os da arcada inferior. Os dentes decíduos são representados da mesma forma, no 
entanto, as letras iniciais de cada tipo de dente são precedidas pela letra D maiúscula. 
 
 
TABELA 1 – Fórmula dentária dos animais domésticos 
 
 
ESPÉCIE 
 
PERMANENTES 
 
 
DECÍDUOS 
 
Eqüinos 
 
M 2(I 3/3 C 1(0)/1(0) Pm 3(4)/3 M 3/3) = 36 - 42 
dentes (dente de lobo) 
F 2(I 3/3 C 0/0 Pm 3 ou 4/3 M 3/3) = 36 ou 38 
dentes 
 
2(Di 3/3 Dc 0/0 Dp 3/3) 
= 24 
Ruminante
s 
2(I 0/4 C 0/0 Pm 3/3 M 3/3) = 32 dentes 2(Di 0/4 Dp 3/3) = 20 
Suínos 2(I 3/3 C1/1 Pm 4/4 M 3/3) = 44 dentes 2(Di 3/3 Dc 1/1 Dp 3/3) = 
28 
Caninos 2(I 3/3 C1/1 Pm 4/4 M 2/3) = 42 dentes 2(Di 3/3 Dc 1/1 Dp 3/3) = 
28 
Felinos 
2(I 3/3 C1/1 Pm 3/2 M 1/1) = 30 dentes 2(Di 3/3 Dc 1/1 Dp 3/2) = 
26 
 
 
8. OSTEOLOGIA DA CAIXA TORÁCICA 
 
8.1 COSTELAS 
 
São ossos alongados dispostos em pares que formam a parede lateral do tórax. Cada 
costela se articula na região dorsal com duas vértebras e se continua na região ventral 
com as cartilagens costais. 
 
O número de costelas corresponde ao de vértebras torácicas. 
 
ANIMAL PARES DE 
COSTELAS 
COSTELAS 
ESTERNAIS 
COSTELAS 
ASTERNAIS 
ESTERNEBRAS 
EQÜINO 18 8 10 7(6) 
RUMINANTE 13 8 5 7 
SUÍNO 14 7 7 6 
CARNÍVORO 13 9 4 8 
 
 
São divididas em: 
 
Costelas esternais ou verdadeiras: são aquelas que se articulam com o osso esterno por 
meio de suas cartilagens costais. Geralmente são os primeiros pares. 
 
Costelas asternais ou falsas: são aquelas que são articuladas entre si, por meio das suas 
cartilagens costais e formam o arco costal. São todas aquelas que não são verdadeiras. 
 
Costelas flutuantes: são as que sua extremidade ventral termina livremente, não aderida 
a uma cartilagem adjacente (arco costal). As duas últimas costelas no homem e 
carnívoros. 
 
Espaço intercostal: é o intervalo entre as costelas. 
 
 Características gerais das costelas: 
 
1.Corpo: é a porção média da costela que se apresenta de forma arqueada. 
Face lateral: é convexa e apresenta cranialmente um sulco longitudinal até a porção 
mediana. 
Face medial: é côncava e apresenta caudalmente uma depressão chamada de sulco 
(goteira) costal, por onde passam artéria, veia e o nervo intercostal. 
 
2.Extremidade dorsal ou vertebral: apresenta uma cabeça, colo e tubérculo. 
 
- Cabeça: apresenta duas superfícies articulares, separadas por um sulco onde se prende 
o ligamento intraarticular, que vão se articular com o corpo de duas vértebras adjacentes 
na fóvea costal. 
- Colo: É a porção estreita logo após a cabeça que une esta ao corpo. 
- Tubérculo: apresenta uma superfície articular que se articula com o processo 
transverso da vértebra de igual número de série. 
 
3.Extremidade ventral ou esternal: apresenta uma tira de cartilagem que dá 
continuação as costelas e denomina-se cartilagem costal. Pode se articular com o 
esterno (costelas esternais) 
ou com outra cartilagem adjacente por meio de tecido elástico para formar o arco costal 
(costelas asternais). 
 
A primeira costela é mais curta, sendo que seu corpo alarga grandemente na 
extremidade esternal. No terço médio do bordo cranial ocorre à presença do tubérculo 
do músculo escaleno. Sulco e goteira estão ausentes. A cabeça é grande e o tubérculo 
maior ainda. 
 
 
BOVINOS: costelas mais largas e espaço intercostal mais estreito. Cavidade torácica 
mais curta e colo longo. 
SUÍNOS: costelas acentuadamente curvas em raças melhoradas, corpo estreito. 
CANINOS: o corpo é cilíndrico e a cartilagem costal é mais longa. 
 
8.2 ESTERNO 
 
É um osso segmentário, situado na linha média, que forma o assoalho da cavidade 
torácica e articula-se lateralmente com as cartilagens das costelas esternais. 
Consta de 6-8 segmentos ósseos (esternébras) unidas por cartilagens interpostas em 
animais jovens. É conhecido vulgarmente como osso do peito. Apresenta a forma de 
uma canoa comprimida lateralmente, exceto na extremidade caudal que é achatada 
dorso ventralmente. Ventralmente apresenta a crista esternal que é palpável no animal 
vivo. 
 
Apresenta 3 porções: 
 
1. Manúbrio ou pré-esterno: extremidade mais cranial. A borda dorsal apresenta uma 
chanfradura que serve para articulação do primeiro par de costelas. No eqüino 
encontramos a cartilagem cariniforme, que é um prolongamento do manúbrio. Serve de 
inserção para músculos do peito e pescoço. 
2. Corpo ou mesoesterno: É a principal parte, apresenta lateralmente, no ponto de 
união dos segmentos, superfícies articulares côncavas para articulação das costelas 
esternais. A face dorsal é côncava, em forma de triangulo estreito com a base caudal. A 
face ventral apresenta uma crista em forma de quilha que diminui ao se aproximar da 
extremidade caudal. Pode ser palpada no animal vivo. 
3. Extremidade caudal ou metaesterno: apresenta a cartilagem xifóide que é longa e 
delgada e, presa a última esternébra, o processo xifóide. Dorsalmente, serve de inserção 
ao músculo do diafragma e ventralmente serve de inserção para o músculo transverso do 
abdome e para a linha alba. 
 
BOVINOS: não tem cartilagem do manúbrio, nem crista ventral. A cartilagem xifóide é 
pequena e o esterno é achatado no sentido dorso-ventral. 
 
SUÍNOS: não apresenta cartilagem do manúbrio e nem crista ventral. O processo 
xifóide é longo e estreito. 
CARNÍVOROS: esternébras arredondadas. Não apresenta cartilagem do manúbrio, 
apresenta uma curta cartilagem cônica. O esterno é longo, sendo que este tem quase o 
mesmo comprimento da região torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
ARAUJO, J. C. Anatomia dos animais domésticos- aparelho locomotor São 
Paulo:Manole., 270p, 2003. 
DYCE, K. M.; SACK. W.º; WENSING, C.J.G. Tratado de anatomia veterinária. 3ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010 
EVANS, HOWARDE.; DE LAHUNTA, ALEXANDER. MÜLLER. Guia para a 
dissecação do cão. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. v.1. 
 KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas 
colorido. 6a ed, Porto Alegre: Artmed, 2016. 
POPESCO, PETER. Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos. São 
Paulo:Manole. 1997. v1,2 e 3.- 
SISSON, S; GROSSMAN, J.D. Anatomia dos animais domésticos. Rio de 
Janeiro:Guanabara Koogan, 1986. v. 1-2 5ª ed 
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Association of Veterinary Anatomist, 2017. 384p.

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