Buscar

Portfólio acadêmico

Prévia do material em texto

UNILAVRAS
Centro Universitário de Lavras
www.unilavras.edu.br
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
PORTFÓLIO ACADÊMICO
BÁRBARA DE SÁ CAPUTO
BRUNO GUALBERTO
DIEGO BENFENATTI
JOSÉ NATANAEL JAQUES
RODRIGO JESUS DE OLIVEIRA
LAVRAS-MG
2018
BÁRBARA DE SÁ CAPUTO
BRUNO GUALBERTO
DIEGO BENFENATTI
JOSÉ NATANAEL JAQUES
RODRIGO JESUS DE OLIVEIRA
PORTFÓLIO ACADÊMICO
Portfólio Acadêmico apresentado ao Centro Universitário de Lavras, como parte das exigências da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, curso de graduação em Engenharia Civil.
PROFESSOR ORIENTADOR
Prof. Ms. Heverton Henrique do Carmo Pereira
PROFESSOR CONVIDADO
Profª. Simone Mancini
PRESIDENTE DA BANCA
Profª. Dra. Luciana Aparecida Gonçalves Oliveira
LAVRAS-MG
2018
Centro Universitário de Lavras – UNILAVRAS
Portfólio intitulado “Portfólio acadêmico”, de autoria dos graduandos Bárbara de Sá Caputo, Bruno Gualberto, Diego Benfenatti, José Natanael Jaques e Rodrigo Jesus de Oliveira aprovado pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:
________________________________________
Prof. Ms. Heverton Henrique do Carmo Pereira (Orientador)
________________________________________
Prof. Simone Mancini (Convidada)
________________________________________
Profª. Drª. Luciana Aparecida Gonçalves Oliveira (Presidente da banca)
Aprovado em ___/ ___/ ___.
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus, que me ajudou a superar as dificuldades e tornou possível a realização desse sonho. À minha família e a do meu noivo, que, cоm muito carinho, apoiaram-me e nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa da minha vida. Ao meu noivo, que teve toda paciência, toda compreensão, todo carinho e todo amor. E a todas as pessoas que, de alguma forma, fizeram parte do meu percurso. 
Bárbara de Sá Caputo 
Dedico este portfólio às pessoas que sempre estiveram ao meu lado, apoiando-me. Em especial à minha família pela fé e pela confiança e por sempre contribuir para que eu chegasse a essa conquista.
Bruno Gualberto
Dedico este trabalho a todos que sempre me ampararam, em especial, a meus pais Mauro e Fátima; a meu irmão Douglas; a meu grande amigo Diego Rios, por todo apoio prestado no início dessa caminhada; aos meus professores do curso de Engenharia Civil; e também a todos que contribuíram direta e indiretamente para realização deste trabalho, a minha eterna gratidão.
Diego Benfenatti
Dedico este trabalho, primeiramente, a Deus, por ser essencial em minha vida, autor do mеυ destino, guia e refúgio na hora de angústia; а mеυ pai José Guilherme; a minha mãe Tânia; a meus irmãos; e a toda minha família. Em especial a minha esposa Luana e meu filho Ian, que estiveram sempre do meu lado. Aos meus avós Antônio e José de Andrade e ao meu primo Alexandre, saudades eternas.
José Natanael Jaques
Dedico essa conquista a todas as pessoas que estiveram comigo nesse percurso me ajudando a ser forte nas horas difíceis e cooperando para meu crescimento pessoal e, acima de tudo, a Deus, que me guiou e protegeu-me por todos esses anos.
Rodrigo Jesus de Oliveira
AGRADECIMENTOS
O sucesso é daqueles que batalham! E eu não chegaria até aqui se não tivesse em minha vida pessoas tão especiais. Agradeço, primeiramente, a Deus, por ter me dado força e confiança para acreditar no meu sonho e lutar para alcançar aquilo que acredito. 
Aos meus pais, Cézar e Clisbékia, que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ chegasse até esta etapa dе minha vida. Ao meu irmão Jonathan, que sempre foi minha maior motivação para ir atrás da realização desse sonho. 
À minha família e à do meu noivo, que sempre estiveram presentes me apoiando, incentivando e ajudando de todas as maneiras possíveis. Ao meu noivo Luiz Cláudio, que, de forma especial е carinhosa, sempre esteve ao meu lado, por ter acreditado em mim e ter me dado todo incentivo e apoio nos momentos de dificuldades e, principalmente, por não ter me deixado desistir diante dos obstáculos, sem você, eu não conseguiria. Ao engenheiro Manoel Heitor, pela oportunidade, pela paciência e pela dedicação ao me orientar no estágio e me permitir aprender a prática da Engenharia Civil; colaborando, dessa forma, para meu crescimento profissional. Aos professores, por toda paciência ao nos passar todos os seus conhecimentos sempre nos motivando. Ao nosso orientador Heverton, pela dedicação e pelo incentivo que tornaram possível a conclusão deste portfólio. Aos colegas de curso, pela amizade, pelo companheirismo e, acima de tudo, pelo respeito e pela cumplicidade que foram desenvolvidos ao longo do curso, sentirei saudades. Não poderia deixar de agradecer aos meus amigos de portfólio, sem os quais, não alcançaria, com êxito, essa vitória. Obrigada a todos que, mesmo não citados aqui, torceram por mim e contribuíram – de alguma maneira – para a realização desse sonho.
Bárbara de Sá Caputo
Agradeço primeiramente a Deus; pois, sem ele, não conseguiria ter traçado o meu caminho e ter chegado a essa conquista. Aos meus pais, que doaram seu tempo e sua paciência para que eu realizasse esse sonho, sem eles, nada disso seria possível, afinal foram pessoas fundamentais para a realização deste trabalho. Agradeço principalmente minha família e meus amigos, por terem me apoiado e ter ficado ao meu lado nos momentos mais difíceis. A todos os meus professores por exigir de mim muito mais do que eu supunha ser capaz de fazer, agradeço por ter nos passado todos seus conhecimentos e por fazer minha graduação uma experiência positiva e por ter confiado em mim. 
Bruno Gualberto
Primeiramente agradeço a Deus, por ser essencial em minha vida, pela força e pela coragem concebida durante essa longa caminhada; à minha família e aos meus amigos, por nunca deixarem de acreditar na conquista desse sonho. Agradeço as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para construção dos meus valores, especialmente aos meus pais Mauro e Fátima, pois seus cuidados е sua dedicação foram fundamentais e trouxeram, em alguns momentos difíceis, esperança e motivação para seguir em frente. Com os valores que me ensinaram, pude aprender como ser uma pessoa que os demais desejam ter por perto e principalmente como ser alguém bem-sucedido em todas as áreas da vida como a moral, a intelectual e a física. Não tenho palavras para agradecer o carinho e a atenção que dedicaram a mim todos os dias de minha vida. E também ao meu irmão Douglas, um grande companheiro que sempre se faz presente e me acompanhou nos momentos bons, alegres e principalmente, nos momentos tristes e de aflição. Agradeço também a todos os professores, que me acompanharam durante a graduação, e a todas as pessoas com as quais convivi ao longo desses anos. O conhecimento compartilhado e a conquista de grandes amizades foram a melhor experiência da minha formação acadêmica.
Diego Benfenatti
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, que me iluminou durante essa caminhada, tornando possível tudo isso. À minha esposa, Luana, pelo carinho e pelo apoio incondicional; ao meu filho Ian, que, embora não tivesse conhecimento disso, incentivou-me a buscar mais conhecimento. De forma especial, ao meu sogro Juca e minha sogra Iraci, que não mediram esforços para que eu pudesse chegar até aqui. A todos os amigos da faculdade, pela convivência, pelo companheirismo. Aos professores, que, pacientemente, passaram-nos seus conhecimentos, principalmente, meu orientador Heverton, por toda sua ajuda e seu empenho para que este trabalho fosse realizado. Aos amigos da Copasa, pela amizade, pelas experiências e pela oportunidade que foram fundamentais nesta etapa da minha vida. O que dizer de vocês, pai e mãe, que me incentivaram desde o começo, fazendo da minha conquista a realização dos seus sonhos, obrigado pelos ensinamentos de honestidade e de lealdade e por ter me dado irmãos maravilhosos aos quais estendo e também aos meus sobrinhos os mais sinceros agradecimentos, vocês são demais.
José NatanaelJaques
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me dar forças para alcançar meu objetivo e por me guiar pelo caminho correto todos os dias. Aos meus pais, por todo o carinho e toda a força; às minhas irmãs, pelo afeto; à minha esposa Dauanda, pelo amor incondicional e pelo esforço de cuidar da nossa filha para eu poder me dedicar aos estudos; à minha filha Beatriz, que foi a luz que iluminou meu caminho no meio desse percurso me dando alegrias e muitos sorrisos e a vontade de querer ser cada vez melhor. Aos meus amigos, pelos fins de semana de descontração para relaxar dos momentos mais desgastantes. Ao meu orientador Heverton, por auxiliar o meu estudo dando credibilidade a meu trabalho e transmitindo a mim seu conhecimento, e aos meus companheiros de sala que estiveram presentes ao longo desses anos. 
Rodrigo Jesus de Oliveira
UNILAVRAS
Centro Universitário de Lavras
www.unilavras.edu.br
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Logomarca da empresa MH Engenharia	19
Figura 2 - Vista da edificação	21
Figura 3 - Vigotas treliçadas	22
Figura 4 - Montagem da laje	23
Figura 5 - Armaduras de distribuição	23
Figura 6 - Eletrodutos da laje	24
Figura 7 - Escoramentos	24
Figura 8 - Edificação com as fôrmas laterais afixadas	26
Figura 9 - Laje montada	27
Figura 10 - Concretagem da laje	28
Figura 11 - Concretagem da laje	28
Figura 12 - Laje finalizada	29
Figura 13 - Vala escavada para execução da sapata	31
Figura 14 - Lastro no fundo da vala	32
Figura 15 - Sapata finalizada	33
Figura 16 - Planta baixa primeiro pavimento	34
Figura 17 - Planta baixa primeiro pavimento	35
Figura 18 - Corte longitudinal	36
Figura 19 - Corte transversal	37
Figura 20 - Fachada da edificação	38
Figura 21 - Diagrama de cobertura	39
Figura 22 - Planta de situação/locação	40
Figura 23 - Projeto em 3D	40
Figura 24 - Locação dos pontos de água fria	43
Figura 25 - Projeto do reservatório	44
Figura 26 - Barrilete e distribuição de água fria	45
Figura 27 - Distribuição de água fria dos banheiros	45
Figura 28 - Distribuição de água fria da cozinha	46
Figura 29 - Distribuição de água fria da lavanderia	46
Figura 30 - Locação dos pontos de água quente	48
Figura 31 - Distribuição de água quente dos banheiros	49
Figura 32 - Distribuição de água quente da cozinha	49
Figura 33 - Pontos de tubo de queda (TQ)	50
Figura 34 - Tubulações dos banheiros	51
Figura 35 - Tubulações e peças da cozinha	52
Figura 36 - Tubulações e peças da lavanderia	52
Figura 37 - Sede da empresa	55
Figura 38 - Fachada da escola	56
Figura 39 - Construção do prédio	57
Figura 40 - Leitura de projeto elétrico	58
Figura 41 - Medição da obra	59
Figura 42 - Chapisco da alvenaria	61
Figura 43 - Execução de taliscas na alvenaria	62
Figura 44 - Sarrafeamento da argamassa	63
Figura 45 - Reboco da alvenaria	64
Figura 46 - Revestimento de teto	66
Figura 47 - Transferência de nível	67
Figura 48 - Mestras para o contrapiso	67
Figura 49 - Execução de contrapiso	68
Figura 50 - Execução do contrapiso	69
Figura 51 - Acabamento do contrapiso	70
Figura 52 - Logotipo da Copasa.	71
Figura 53 - Tubulação com diâmetro reduzido devido ao acúmulo de materiais	72
Figura 54 - Sinalização utilizada	73
Figura 55 - Serra clipper fazendo corte prévio no asfalto.	74
Figura 56 - Entulho sendo recolhido.	75
Figura 57 - Retroescavadeira fazendo a escavação.	76
Figura 58 - Vala sendo regularizada.	77
Figura 59 - Tubo PVC DN 75 sendo colocado na vala.	78
Figura 60 - Vista superior do registro de manobra	79
Figura 61 – “Colar de tomada” acoplado à rede.	80
Figura 62 - Compactação manual.	81
Figura 63 - Compactador mecânico.	81
Figura 64 - Compactação da camada BGS	83
Figura 65 - Imprimação betuminosa ligante sendo aplicada.	84
Figura 66 - Compactação com a placa vibratória.	85
Figura 67 – Foto ilustrativa do projeto do complexo de clínicas veterinárias	86
Figura 68 - Vigotas treliçadas sendo preenchidas com o EPS.	88
Figura 69 - Disposição das escoras metálicas nas lajes do bloco C.	89
Figura 70 - Passagem dos eletodutos nas lajes	90
Figura 71 - Lajes montadas recebendo suas armaduras de distribuição	91
Figura 72 - Concretagem da laje	91
Figura 73 - Mistura das granitinas escolhidas para piso do bloco B.	93
Figura 74 - Preparação da massa do granilite.	93
Figura 75 - Argamassa pronta para ser executada no contrapiso.	94
Figura 76 - Perfil plástico da junta de dilatação.	95
Figura 77 - Execução da argamassa no contrapiso do bloco B.	96
Figura 78 - Máquina Politriz.	97
Figura 79 - Calafetagem dos poros com a massa de cimento e água.	98
Figura 80 - Limpeza da superfície após polimento com a máquina politriz.	98
Figura 81 - Polimento final do revestimento em granilite do bloco B.	99
Figura 82 - Revestimento em granilite polido resinado.	100
Figura 83 - Chapisco da platibanda bloco C.	101
Figura 84 - Taliscas com chapeamento da argamassa.	102
Figura 85 - Reboco da platibanda do bloco C.	103
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
BGS - Brita Graduada Simples
ºC - Graus Celsius
CAD - Computer aided desing
CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado à Quente
cm - centímetro
COMAG - Companhia Mineira de Água e Esgoto
Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais
DN - Diâmetro nominal
DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte
DTLV - Distrito de Lavras
EPS - Poliestireno Expandido
kgf – Quilograma-força
LTDA - Limitada
m - metro
m² - metros quadrados
MG - Minas Gerais
mm - milímetros
Mpa - Mega Pascal
NBR - Normas Brasileiras
Pead - Polietileno de Alta Densidade
PVC - Policloreto de polivinila
TV – Tubo de ventilação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	18
2 DESENVOLVIMENTO	19
2.1 Desenvolvimentos da aluna Bárbara de Sá Caputo	19
2.1.1 Apresentação da empresa	19
2.1.2 Atividades desenvolvidas	20
2.1.2.1 Acompanhamento da execução de laje treliçada com EPS	20
2.1.2.2 Acompanhamento da execução de fundação rasa com sapata isolada	29
2.1.2.3 Elaboração de projeto arquitetônico no Autocad	33
2.2 Vivências de estágio do aluno Bruno Gualberto	42
2.2.1 Apresentação do local de estágio	42
2.2.2.1 Elaboração do projeto de água fria	42
2.2.2.1.1 Dimensionamento do reservatório de água fria	44
2.2.2.1.2 Barrilete e distribuição de água fria	45
2.2.2.2 Elaboração do projeto de água quente	47
2.2.2.2.1 Distribuição de água quente	48
2.2.2.3 Esgoto sanitário	50
2.2.2.3.2 Lançamento das tubulações dos banheiros	51
2.2.2.3.1 Lançamento das tubulações e peças da cozinha	51
2.3 Vivências de estágio do aluno Diego Benfenatti	54
2.3.1 Apresentação do local de estágio	54
2.3.2 Apresentação da obra	55
2.3.2.1 Revestimento da alvenaria	57
2.3.2.1.1 Chapisco	60
2.3.2.1.2 Emboço	61
2.3.2.1.3 Reboco	64
2.3.2.2 Revestimento do teto	65
2.3.2.3. Contrapiso	66
2.4 Vivência de estágio do aluno José Natanael Jaques	71
2.4.1 Etapas do processo de substituição de rede de água	72
2.4.1.1 Abertura das valas	73
2.4.1.2 Assentamento da tubulação	77
2.4.1.3 Recomposição das valas	80
2.5 Vivência do aluno Rodrigo Jesus de Oliveira	86
2.5.1 Apresentação do local de estágio	86
2.5.2 Atividades desenvolvidas	87
2.5.2.1 Acompanhamento da laje executada em vigotas treliçadas com enchimento em EPS	87
2.5.2.2 Acompanhamento da execução do piso em revestimento de granilite polido	92
2.5.2.3 Acompanhamento de chapisco, emboço e reboco	100
3 AUTOAVALIAÇÂO.	105
3.1 Autoavaliação da aluna Bárbara de Sá Caputo	105
3.2 Autoavaliação do aluno Bruno Gualberto	107
3.3 Autoavaliação do aluno Diego Benfenatti	108
3.4 Autoavaliação do aluno José Natanael Jaques	109
3.5 Autoavaliação do aluno Rodrigo Jesus De Oliveira	110
4 CONCLUSÃO	111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	114
UNILAVRAS
Centro Universitário de Lavras
www.unilavras.edu.br
1 INTRODUÇÃO
Quando ingressamos na faculdade, logo nos identificamos com o curso, assim tivemos a certeza de que fizemos a escolha certa. Neste portfólio serão retratadas as vivências e as experiências que tivemos durante o estágio.
Eu, Bárbara de Sá Caputo, conclui Ensino Médio no ano de 2009, a partir daí muitas dúvidas persistiram sobre qual curso de nível superior iria realizar. Diante das inúmerasofertas de graduação no mercado, busquei aquela alternativa que melhor se enquadrava no meu perfil. Sendo assim, optei por realizar o vestibular para a Engenharia Civil. Durante o curso, na disciplina de Estágio I, tive a oportunidade de realizar a vivência de estágio na empresa MH Engenharia Projetos e Construções, localizada na cidade de Bom Sucesso - MG, que atua no mercado há sete anos. Durante o estágio, tive como objetivo acompanhar a execução de uma laje, de uma fundação e montei um projeto arquitetônico no auto-cad a partir da planta baixa já executada pelo projetista. Temas os quais estão diretamente relacionados às matérias de Construção Civil, de Concreto Armado, de Materiais de Construção, de Sistemas Estruturais, de Mêcanica dos Solos e de Geologia.
Eu, Bruno Gualberto, realizei meu estágio no escritório de Engenharia Civil do autônomo Ronaldo Cesar de Assis, na cidade de Perdões - MG. O objetivo deste portfólio foi elaborar um projeto hidrossanitário de água quente, de água fria e esgoto sanitário, de acordo com as normas regulamentadoras e com as normas da concessionária de distribuição água potável local, onde obtive uma grande experiência para minha vida profissional. 
Eu, Diego Benfenatti, realizei minha vivência de estágio na empresa Promecon - Projetos Medições e Construções LTDA, cuja cede está localizada na cidade de Perdões - MG. Este portfólio tem como objetivo relatar a vivência do acompanhamento do processo de reforma e de ampliação da escola Francisco Sales, cuja obra está localizada na cidade de Lavras - MG, na Rua Santos Penoni, 344, no bairro Jardim Glória. Escolhi abordar como tema as etapas de revestimento de alvenaria, chapisco, emboço e reboco, e execução de contrapiso. Optei por esses 
temas pela afinidade com as disciplinas de Construção Civil e de Materiais de Construção Civil.
Eu, José Natanael Jaques, tive a oportunidade de realizar meu estágio na Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), empresa fundada em 1963 pelo Governo do Estado com o nome de COMAG (Companhia Mineira de Água e Esgoto). Em 1971, passou por várias transformações tornando-se Copasa, que está presente em 626 municípios, prestando com excelência serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A sede da empresa fica localizada na cidade de Belo Horizonte - MG, sendo representada em Lavras pelo Engenheiro Civil José Eli de Souza, que ocupa o cargo de Gerente do DTLV. Minha vivência foi realizada em uma obra de substituição das redes de distribuição de água na região central de Lavras – MG. Tive como objetivo nesse estágio acompanhar serviços de escavação, recomposição de valas, assentamento de tubos, recomposição do pavimento asfáltico e medição dos serviços, complementando os conteúdos lecionados nas disciplinas de Saneamento I, de Mecânica dos Solos e de Estradas. 
Eu, Rodrigo Jesus de Oliveira, desenvolvi meu estágio na construção do complexo das clínicas veterinárias realizadas pelo Centro Universitário de Lavras -UNILAVRAS. Durante a obra, tive como objetivo acompanhar a construção de três blocos, em que, um bloco se encontrava na etapa de reboco, o outro na fase de acabamento e o terceiro estava na confecção e montagem das lajes. As atividades, que desenvolvi durante minha vivência, foram a confecção e montagem do diário de obras, acompanhamento da construção dos blocos, levantamento e recebimento de materiais e verificação dos projetos de cada setor. Resolvi abordar como temas as lajes, os revestimentos e o diário de obra pela necessidade de aumentar meu conhecimento nessas áreas de enorme importância na construção civil. Esses temas estão diretamente relacionados às matérias de Concreto Armado II, de Materiais de Construção Civil, que foram estudadas durante o curso. 
A vivência de estágio nos ajudou a compreender a necessidade e a importância de cada profissional e as responsabilidades do Engenheiro Civil quanto às obras e aos empregados envolvidos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Desenvolvimentos da aluna Bárbara de Sá Caputo
2.1.1 Apresentação da empresa
Estágio realizado na empresa MH Engenharia Projetos e Construções, especializada em projetos de engenharia, gerenciamento de obras, prestação de serviços, consultoria e construtora. Possui escritório situado na Avenida Alberto Cambraia Neto, nº 469, no município de Bom Sucesso – MG, cujo engenheiro responsável e proprietário é Manoel Heitor dos Santos Trindade.
A empresa atua no mercado da construção civil desde o ano de 2011, possui equipes qualificadas e oferece a mais completa variedade de serviços aos clientes, garantindo a segurança de um serviço profissional com preços acessíveis e alto nível de qualidade, pois a satisfação dos seus clientes é a razão do seu contínuo crescimento. A Figura 1 representa a logomarca da empresa.
Figura 1- Logomarca da empresa MH Engenharia.
Fonte: MH Engenharia Projetos e Construções, 2018.
UNILAVRAS
Centro Universitário de Lavras
www.unilavras.edu.br
43
2.1.2 Atividades desenvolvidas
2.1.2.1 Acompanhamento da execução de laje treliçada com EPS
Através da realização do estágio, tive a oportunidade de acompanhar e vivenciar a execução de uma laje treliçada com EPS. Os benefícios da utilização das lajes com EPS, na construção civil, são a capacidade que tem de suportar grandes cargas e o baixo consumo de concreto na obra. São bastante empregadas em construções de pequeno a médio porte, pois suportam grandes vãos, por serem mais leves, transferem uma carga menor para as estruturas e fundações, são extremamente resistentes, de fácil transporte e rápida execução.
Destacam-se também pela economia com fôrmas e escoramentos, além da redução no consumo de materiais. O EPS é um excelente isolante térmico, acústico e também possui uma boa resistência mecânica, pois tem boa resistência aos esforços solicitantes. 
O acompanhamento foi de suma importância e bastante proveitoso, pois foi possível perceber a importância da utilização desse tipo de laje nas estruturas, bem como adquirir conhecimento prático e relacionar as matérias de Concreto Armado, de Construção Civil, de Materiais de Construção Civil e de Sistemas Estruturais estudadas em sala de aula com a prática na obra.
A obra analisada foi realizada na zona rural da cidade de Bom Sucesso – MG, sendo projetada para 02 (dois) quartos, 01 (uma) cozinha e 01 (um) banheiro social, possuindo 66 m² de área edificada. Para sua construção, foi necessária uma equipe composta por 01 (um) pedreiro e 01 (um) auxiliar, pois tratava-se de uma obra de pequeno porte. 
No período vigente de estágio, a viga de respaldo já havia sido realizada e já se encontrava finalizada em condições de receber a estrutura da laje, conforme ilustrado na Figura 2.
As lajes são estruturas que suportam as cargas verticais e acidentais que ocorrem nos edifícios, elas são planas e, na maioria das vezes, apresentam o formato retangular (BOTELHO; MARCHETTI, 2010).
Segundo Bastos (2015), a laje treliçada foi desenvolvida com o objetivo de ser uma opção mais em conta em comparação com as lajes maciças de concreto, pois possibilitam vencer grandes vãos com menor peso próprio e redução de mão de obra durante sua execução. Elas são compostas por vigotas treliçadas e por enchimentos de blocos de poliestireno expandido.
Figura 2 - Vista da edificação.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Gaspar (1997), o EPS foi desenvolvido com o objetivo de trazer reduções de custos e melhorias técnicas no sistema estrutural de edificações, contribuindo com a redução das solicitações nas vigas, pilares e fundações, proporcionando economias com aço, concreto, fôrmas e mão de obra em toda a estrutura.
Segundo Bastos (2015), as vigotas dispostas juntamente com a capa de concreto proporcionam resistência satisfatória à laje. Elas também servem de apoio para os blocos de enchimento.
As vigotas foram fabricadas pela própria empresa, foram formadas por base de concreto e armação treliçada. Seu objetivo é resistir aos esforços de tração e compressão na laje. A Figura 3 apresenta a imagem das vigotas treliçadas.Figura 3 - Vigotas treliçadas.
Fonte: Autor, 2018.
Conforme retratada na Figura 4, a laje foi montada com as vigotas dispostas no sentido de menor vão, sendo unidirecional na intenção de resistir melhor aos esforços solicitantes.
Segundo Fazzan (2011), as lajes unidirecionais são constituídas por nervuras dispostas na direção de menor vão.
Figura 4 - Montagem da laje.
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com o projeto estrutural, as armaduras de distribuição foram posicionadas de forma perpendicular às vigotas, conforme ilustrado na Figura 5, com o intuito de resistir aos esforços solicitantes.
Figura 5 - Armaduras de distribuição.
Fonte: Autor, 2018.
Após a montagem da laje, foram posicionados os eletrodutos para o devido encaminhamento dos eletrocondutores para os pontos de luz e tomadas. Durante essa etapa, puder perceber a importância da matéria Instalações Elétricas, estudada na Instituição.
De acordo com a NBR 5410 (ABNT, 2015, p.120), “as dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões devem permitir que, após montagem da linha, os condutores possam ser instalados e retirados com facilidade”. A Figura 6 apresenta os eletrodutos instalados na laje.
Figura 6 - Eletrodutos da laje.
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com o projeto, o engenheiro responsável optou por utilizar escoras metálicas pelo fato de apresentarem mais recursos e praticidade quanto à regulagem.
Os escoramentos, ilustrados na Figura 7, servem de reforço para a laje, para que suportem seu próprio peso e do concreto lançado sobre ela, mantendo a estrutura na sua posição original a qual foi calculada, evitando que as cargas externas causem deformações.
Figura 7 – Escoramentos.
Fonte: Autor, 2018.
A NBR 15696 (ABNT, 2009) retrata que os escoramentos são estruturas provisórias que têm como função resistir e transmitir para as bases de apoio da estrutura do escoramento todas as ações procedentes das cargas, resultantes do lançamento do concreto fresco sobre as fôrmas, até que o concreto se torne autoportante.
Segundo a NBR 15696 (ABNT, 2009), a retirada do escoramento deve ser feita de forma que não haja impacto na estrutura para que os esforços sejam distribuídos de forma lenta e gradual. 
Posteriormente, foi realizada afixação das fôrmas laterais para moldagem do concreto, cujo principal objetivo é conter o vazamento deste até que atinja sua resistência, conforme estipulado no projeto. A Figura 8 ilustra a edificação com as fôrmas laterais afixadas.
Figura 8 - Edificação com as fôrmas laterais afixadas.
Fonte: Autor, 2018.
A NBR 15696 (ABNT, 2009, p.02) cita que as fôrmas são “estruturas provisórias que servem para moldar o concreto fresco, resistindo a todas as ações provenientes das cargas variáveis resultantes das pressões do lançamento do concreto fresco, até que o concreto se torne autoportante”.
A Figura 9 ilustra a laje montada e pronta para receber o concreto.
Figura 9 - Laje montada.
Fonte: Autor, 2018.
A concretagem é a última etapa de execução da laje. O engenheiro responsável pela obra optou por realizar a concretagem virada, in loco, devido ao difícil acesso do caminhão à edificação, uma vez que se encontrava instalada na zona rural e, também, por se tratar de uma obra de pequeno porte. Para sua concretagem, foi necessária uma equipe composta por 01 (um) pedreiro e 07 (sete) auxiliares. 
A Figura 10 apresenta a laje em processo de concretagem. 
Figura 10 - Concretagem da laje.
Fonte: Autor, 2018.
A NBR 14859-1 (ABNT, 2016) determina que a espessura mínima da capa de concreto deve ser de 03 (três) cm. A espessura da capa de concreto da laje executada foi de 05 (cinco) cm. 
A Figura 11 apresenta a laje sendo concretada.
Figura 11 - Concretagem da laje.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Nogueira e Castro (2010), os elementos pré-fabricados para a construção das lajes pré-moldadas são produzidos fora do canteiro de obras.
A Figura 12 mostra a laje após a concretagem.
Figura 12 - Laje finalizada.
Fonte: Autor, 2018.
O processo de cura fará com que o concreto atinja a resistência desejada aos 28 dias, evitando que haja retração, o que pode ocasionar o surgimento de fissuras e até pequenas trincas na superfície do concreto. Para o processo de cura, a laje foi molhada duas vezes ao longo do dia.
2.1.2.2 Acompanhamento da execução de fundação rasa com sapata isolada
Durante a vivência, também foi oportunizado o acompanhamento e a execução de uma fundação.
As fundações são elementos estruturais que têm como função receber as cargas vindas da superestrutura de uma edificação e transmiti-la ao solo devendo ter resistência satisfatória para resistir aos esforços de solicitação. 
Através desse acompanhamento, foi possível perceber a importância de se realizar uma fundação, bem planejada e executada, para evitar futuros problemas na estrutura e correlacionar as matérias de Geologia, de Mecânica dos Solos e de Concreto Armado com a prática na obra.
A obra analisada foi a execução da fundação de uma garagem com 61,92 m², projetada para uma edificação de 03 (três) pavimentos, realizada na cidade de Bom Sucesso – MG. Para sua construção, foi necessária uma equipe composta por 01 (um) pedreiro e 03 (um) auxiliares. 
Para a escolha do tipo de fundação que seria utilizada na edificação, o engenheiro responsável teve que analisar o solo e considerar a intensidade da carga e a profundidade de sua camada resistente. Assim, pôde optar pela que lhe proporcionasse um menor custo e execução rápida.
Segundo Alonso (2011), o projetista é o responsável por escolher qual tipo de fundação irá utilizar, levando em consideração as características geotécnicas do local, a intensidade das cargas e a responsabilidade da obra.
Na obra que foi acompanhada, após a análise do solo, o engenheiro responsável optou por executar uma fundação rasa com sapata isolada. 
A NBR 6122 (ABNT, 2010, p.02) descreve a fundação rasa como 
“o elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas, sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento, em relação ao terreno adjacente à fundação, é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação”.
 
Esse tipo de fundação é utilizado quando se tem uma camada de solo resistente a menos de 03 (metros) de profundidade, com pouca deformação e sem saturação. 
Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010, p.02), a sapata é definida como um “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente dispostas para esse fim”. Elas são responsáveis por distribuir as cargas dos pilares com segurança para o solo de apoio através de suas bases e também devem suportar o carregamento dos elementos verticais da estrutura (pilares).
Ao iniciar o acompanhamento dessa obra, estavam sendo realizadas as escavações das valas onde seriam exultadas as sapatas. Essas escavações foram realizadas de forma manual, e suas dimensões foram de acordo com o projeto de fundação. A Figura 13 apresenta a vala escavada e pronta para a execução da sapata.
Figura 13 - Vala escavada para execução da sapata.
Fonte: Autor, 2018.	
Para se iniciar a execução da sapata, o solo foi compactado e, posteriormente, foi aplicada uma camada de 10 (dez) cm de lastro no fundo da escavação do terreno, conforme Figura 14. O lastro é um concreto magro, que apresenta pouca resistência, por essa razão, não apresenta função estrutural, possuindo baixo teor de cimento, muito agregado e pouca água, tem por objetivo fornecer uma superfície uniforme e proteger toda a armadura da sapata contra umidade do solo. 
A NBR 6122 (ABNT, 2010) estabelece que todas as partes da fundação que podem ter contato direto com o solo devem ser concretadas com um lastro, de concreto, de no mínimo 05 (cinco) cm de espessura.
Figura 14 - Lastro no fundo da vala.
Fonte: Autor, 2018.
Em seguida, foi posicionada a armadura da sapata sobre a superfície do lastro com finalidade de evitar o contato da armadura com o solo, poisesse contato poderia corroer as armaduras e influenciar na resistência da estrutura.
 A Figura 15 apresenta a sapata finalizada.
Figura 15 - Sapata finalizada.
Autor, 2018.
A última etapa acompanhada foi a concretagem das sapatas. A armadura foi posicionada no centro da vala, foi devidamente amarrada com a do arranque, evitando que ela se movesse durante a concretagem.
2.1.2.3 Elaboração de projeto arquitetônico no Autocad
Uma das principais funções da empresa em que foi realizada a atividade de vivência de estágio é a realização de projetos arquitetônicos. Assim, uma das atividades propostas pelo engenheiro foi a elaboração de um projeto. Esses projetos são desenvolvidos através do software Autocad, um dos mais utilizados para criar e manipular projetos e desenhos técnicos por profissionais das áreas de Arquitetura e Engenharia.
O projeto arquitetônico é a fase inicial para a concepção da obra, é composto por planta baixa, cortes, fachada, planta de cobertura, planta de situação e locação.
Durante a graduação, foi oportunizado o aprendizado de manuseio do software AutoCAD e suas ferramentas de edição de desenhos na disciplina de Desenho Arquitetônico. Dessa maneira, não houve muitas dificuldades em operar o sistema durante a elaboração dos projetos.
Ao iniciar a atividade de vivência, o engenheiro solicitou que fosse dada continuidade à elaboração de um projeto arquitetônico no qual o projetista já havia realizado a planta baixa, conforme requisitos do cliente, e seguindo as exigências do código de obras do município de Bom Sucesso – MG.
A obra em questão tratava de uma edificação de médio porte, composta por 02 (dois) pavimentos. A área do terreno em que seria construída a edificação possuía 462m², e a área edificada foi de 305,4m², que seria executada no município de Bom Sucesso – MG. A edificação foi dimensionada para que, no seu primeiro pavimento, constasse uma garagem para 02 (dois) carros, sala de estar, copa, sala de jantar, cozinha, área de serviço, lavabo, área gourmet e escada para acesso ao segundo pavimento. O segundo pavimento era composto por uma suíte máster com closet e sacada, uma suíte com closet e sacada, um dormitório, sala de TV, banheiro social e sacada frontal.
A Figura 16 ilustra a planta baixa do primeiro pavimento, elaborada pelo projetista.
Figura 16 - Planta baixa primeiro pavimento.
Fonte: Autor, 2018.
A NBR 6492 (ABNT, 1994, p.01) cita que a planta de edificação ou planta baixa é a “vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 1,50 m do piso, em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários”.
	A Figura 17 ilustra a planta baixa do segundo pavimento, elaborada pelo projetista.
Figura 17 - Planta baixa segundo pavimento.
Fonte: Autor, 2018.
Assim que o projetista me enviou a planta baixa, foi iniciada a elaboração dos cortes longitudinal (realizado na maior dimensão da edificação) e transversal (realizado na menor dimensão da edificação).
A NBR 6492 (ABNT, 1994, p.01) define que o corte é um “plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal”.
Os cortes são representados a partir das vistas ortogonais, têm como objetivo ilustrar a altura do pé direito e quantidade de pavimentos, logo devem mostrar o maior número de detalhes que não são representados na planta baixa.
O corte BB (longitudinal) passa entre a construção de frente e os fundos. A Figura 18 apresenta o corte longitudinal.
Figura 18 - Corte longitudinal.
Fonte: Autor, 2018.
O corte AA (transversal) passa de uma lateral à outra. A Figura 19 ilustra o corte transversal.
Figura 19 - Corte transversal.
Fonte: Autor, 2018.
A fachada é a visão externa da edificação, sendo definida pela NBR 6492 (ABNT, 1994, p.02) como “representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas”. É ela que mostrará ao cliente como será a estética final da edificação.
A Figura 20 apresenta a fachada da edificação.
Figura 20 - Fachada da edificação.
Fonte: Autor, 2018.
O diagrama de cobertura deve apresentar todas as informações necessárias para a elaboração do telhado. Ele permite visualizar a vista superior da edificação, onde é possível representar o tipo de material que será utilizado para seu fechamento, seu caimento, escoamento da água pluvial, número de águas e beirais. Através das informações obtidas com o projetista, foi executado o diagrama de cobertura conforme Figura 21.
Figura 21 - Diagrama de cobertura.
Fonte: Autor, 2018.
A última etapa realizada foi a planta de situação e locação. Nela é possível representar a situação do terreno em relação à rua, devendo conter as dimensões do terreno, os afastamentos frontal e laterais, recuos, nome dos logradouros e a locação da posição da edificação dentro do lote.
A NBR 6492 (ABNT, 1994, p.01) cita que a planta de situação é a “planta que compreende o partido arquitetônico como um todo, em seus múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e porte do programa, assim como para a finalidade a que se destina”.
A Figura 22 representa a planta de situação/locação.
Figura 22 - Planta de situação/locação.
Fonte: Autor, 2018.
A Figura 23 representa o projeto, em 3D, realizado pelo projetista que me auxiliou durante a elaboração do projeto.
Figura 23 - Projeto em 3D.
Fonte: MH Engenharia Projetos e Construções, 2018.
		
	Com essa etapa finalizada, o projeto estava pronto para ser encaminhado à Prefeitura do município para sua devida aprovação.
2.2 Vivências de estágio do aluno Bruno Gualberto
Ingressei no Unilavras no primeiro semestre de 2014 após ter trabalhado 3 anos na área da construção civil, em que fui me adaptando à nova experiência e adquirindo cada vez mais o gosto pela profissão. Assim, optei por fazer o curso de Engenharia Civil.
 2.2.1 Apresentação do local de estágio
Iniciei meu estágio no escritório do engenheiro autônomo Ronaldo Cesar de Assis, localizada na Rua José Pereira de Carvalho, 93, bairro São Dimas, na cidade de Perdões-MG. Durante o estágio, elaborei um projeto hidrossanitário água quente, água fria e esgoto sanitário, de uma residência com pavimento térreo constituído por 2 suítes, 1 quarto, 1 banheiro, sala, cozinha lavanderia, lavabo e a garagem no subsolo, que terá 5 moradores e está sendo construída na cidade de Perdões-MG.
2.2.2.1 Elaboração do projeto de água fria 
Antes de começar a elaborar o projeto, analisei por completo toda a planta baixa para que eu pudesse obter todas as informações de onde seriam locados os pontos de água fria e o medidor, utilizando o auxilio do software Autocad. E também pude colocar em prática todo aprendizado que tive dentro de sala de aula, através das matérias de instalações hidráulicas e desenho arquitetônico. A Figura 24 mostra os pontos já locados na planta baixa e com suas cotas mostrando os respectivos diâmetros.
Figura 24 - Locação dos pontos de água fria.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Carvalho (2010, p.02), “o desenvolvimento do projeto das instalações de água fria deve ser conduzido concomitantemente com os projetos de arquitetura, de estrutura, de fundações e de outros pertinentes ao edifício, de modo que consiga a mais perfeita compatibilização entre todos os requisitos técnicos econômicos envolvidos”.
De acordo com Macintyre (2013, p.30), “no projeto, o dimensionamento deverá ser feito levando-se em contas os valores limites estabelecido nas normas da ABNT, ao menos para os seguintes itens: vazão das peças de utilização, simultaneidade de uso, pressão mínima de cargas e velocidades máximas”.
2.2.2.1.1 Dimensionamento do reservatório de água fria
Em razão do número de moradores, dimensionei o reservatório de água, multiplicando o número de moradores pelo consumo per capito. Como o projeto é de uma residência, o consumo per capito será de 150L/Pessoa.Logo o consumo diário será 5 vezes 150L/Pessoa= 750 L, mas foi adotado um reservatório de 1000 L, por ser um tamanho comercial. A Figura 25 mostra projeto do reservatório com suas respectivas cotas.
Figura 25 - Projeto do reservatório.
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com a NBR 5626 (ABNT, 1996, p.10), “o reservatório (inclusive tampa e porta de acesso) deve ser projetado de modo a ter resistência mecânica suficiente para atender sua função, sem apresentar deformações que comprometam seu funcionamento ou o funcionamento dos componentes nele instalados”.
Segundo Ribeiro (2016, p.14), “nas residências, sem bombeamento, em que o sistema mais comum, é necessário apenas o reservatório superior”.
2.2.2.1.2 Barrilete e distribuição de água fria
Após locar os pontos de água fria e dimensionar o reservatório, utilizei o barrilete ramificado que é mais econômico, por possibilitar uma quantidade menor de tubulações junto ao reservatório. Assim fizeram-se todas as distribuições de água fria. A Figura 26 mostra o barrilhete dimensionado para atender todos os pontos de água fria.
Figura 26 - Barrilete e distribuição de água fria.
Fonte: Autor, 2018.
A Figura 27 mostra a distribuição de água fria dos banheiros, com todas as suas especificações e respectivo diâmetro através do desenho isométrico.
Figura 27 - Distribuição de água fria dos banheiros.
 Fonte: Autor, 2018.
A Figura 28 mostra a distribuição de água fria da cozinha, especificando o ponto de descida até a locação da torneira da pia de acordo com o layout.
Figura 28 - Distribuição de água fria da cozinha.
Fonte: Autor, 2018.
 
	A Figura 29 mostra a distribuição de água fria da lavanderia, especificando suas respectivas reduções de diâmetro, para atender de modo satisfatório os três pontos de água fria. 
Figura 29 - Distribuição de água fria da lavanderia.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Macintyre (2013, p.46) “o barrilete de distribuição trata-se que liga entre si as duas seções do reservatório superior, ou dois reservatórios superiores, e do qual partem ramificações para as colunas de distribuição”.
De acordo com Carvalho (2010), o ponto de descarga deve ser exclusivo para que não ocorra interferência na vazão dos demais aparelhos sanitários.
2.2.2.2 Elaboração do projeto de água quente
A utilização de água quente representa uma necessidade nas instalações de determinados aparelhos, para que o ocupante tenha melhor conforto e higienização de acordo com sua necessidade. Então fiz o projeto de água quente tomando como referência os postos de água fria. A Figura 31 mostra os pontos de água fria locados.
Figura 30 - Locação dos pontos de água quente.
Fonte: Autor, 2018.
Conforme a NBR 7198 (ABNT, 1992, p.03), “o projeto deve conter todas as informações necessárias à sua perfeita compreensão e materialização”.
Segundo Carvalho (2010, p.58), “o projeto e as especificações de materiais, aparelhos, equipamentos e dispositivos de qualquer uma das partes constituintes das instalações devem ser feitos de acordo com as normas brasileiras”.
2.2.2.2.1 Distribuição de água quente
Após definir quais os pontos de água quente, fiz todas as distribuições com seus respectivos diâmetros, mostrando através do desenho isométrico. A Figura 32 mostra a distribuição de água quente através do desenho isométrico.
Figura 31 - Distribuição de água quente dos banheiros
Fonte: Autor, 2018.
A Figura 32 mostra a distribuição de água quente na cozinha, especificando o ponto de descida até a locação da torneira da pia de acordo com o layout.
Figura 32 - Distribuição de água quente da cozinha
Fonte: Autor, 2018.
Segundo a NBR 7198 (ABNT, 1992, p.03), “qualquer modificação na execução das instalações projetadas deve ter a aprovação prévia do autor do projeto”.
“O método usado para elaboração do projeto de água quente é o mesmo usado para o de água fria, que é baseado no consumo máximo conforme Macintyre” (2013, p.46).
2.2.2.3 Esgoto sanitário
O projeto de esgoto sanitário deve ser elaborado de acordo com as normas, e atender às necessidades do local e do usuário, cujo objetivo é coletar e descartar as águas utilizadas para fins higiênicos para o destino adequado. 
Antes de elaborar o projeto de esgoto sanitário, fiz uma avaliação na planta baixa juntamente com os cortes e defini onde seriam os pontos de passagem, que é chamado de tubo de queda (TQ), já que a residência conta com a garagem no subsolo. A Figura 35 mostra os pontos de passagem do tubo de queda.
Figura 33 - Pontos de tubo de queda (TQ).
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com a norma NBR 8160 (ABNT, 1997, p.03), “sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado”.
2.2.2.3.2 Lançamento das tubulações dos banheiros
Após definir onde seriam os pontos de tubo de queda (TQ), fiz o lançamento das tubulações com saídas do lavatório e ralos ligando na caixa sifonada e, em seguida, deixei uma saída de tubo de ventilação (TV), para evitar que o mal cheiro do esgoto volte ao ambiente e assim sendo ligado ao ramal de esgoto, juntamente com a saída da descarga, definida como tubulação primária de esgoto. A Figura 34 mostra o desenho das tubulações de esgoto primário dos banheiros.
Figura 34 - Tubulações dos banheiros.
Fonte: Autor, 2018.
2.2.2.3.1 Lançamento das tubulações e peças da cozinha
Pelo layout, defini o ponto de saída da pia e o local onde será instalada a caixa de gordura. Em seguida, fiz o lançamento da tubulação com uma saída de tubo de ventilação (TV), antes de ligar a caixa de gordura, a qual direcionada ao tubo de queda (TQ). A Figura 35 mostra as tubulações e as peças da cozinha com seus respectivos diâmetros.
Figura 35 - Tubulações e peças da cozinha.
Fonte: Autor, 2018.
A Figura 36 mostra as tubulações e peças da lavandeira, com seus respectivos diâmetros. 
Figura 36 - Tubulações e peças da lavanderia.
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com a NBR 8160 (ABNT, 1997, p.03) “o sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado”.
Segundo Carvalho (2010, p.93), “o destino final dos esgotos sanitários pode ser a rede pública coletora de esgotos ou um sistema particular de recebimento e pré-tratamento em regiões (locais) que não dispõem de sistema de coleta e transporte de esgotos”.
2.3 Vivências de estágio do aluno Diego Benfenatti
Em 2011, após ter concluído o ensino médio, ingressei em um curso técnico de Mecânica de Manutenção, na instituição de ensino Senai, unidade localizada na cidade de São João del-Rei - MG. Como parte das disciplinas do curso, tive meu primeiro contato com o software AutoCad, no qual eram desenvolvidos projetos de peças mecânicas. Além disso, eram feitos alguns cálculos básicos para dimensionamento de estruturas metálicas, cálculos de circuitos elétricos e hidráulica.
Foi quando começou a surgir um grande interesse na área da engenharia, após concluir o curso em julho de 2013, comecei a buscar informações sobre as instituições de ensino que ofereciam curso de engenharia. Então, encontrei o Centro Universitário de Lavras, prestei o vestibular e, em janeiro de 2014, iniciei meus estudos na instituição.
Minhas perspectivas futuras em relação à profissão são bastante positivas, após a conclusão do curso, continuarei em busca de novos conhecimentos, visando adquirir habilidades e experiência para desenvolver uma carreira de sucesso na qual possa me sentir realizado pessoal e profissionalmente.
Como parte das exigências da disciplina de Estágios Supervisionado I, desenvolvi meu estágio na empresa Promecon - projetos, medições e construções, onde tive como objetivo alinhar todo o conhecimento teórico adquirido ao longo do curso com as situações práticas do cotidiano, além de desenvolver competências e habilidades que me ajudarão em minha futura carreira como Engenheiro Civil.
2.3.1 Apresentação do local de estágio
A empresa Promecon- projetos, medições e construções – foi fundada no ano de 1989, inicialmente prestava serviços em fabricação de lajes pré-moldadas. Com o passar dos anos, a empresa passou a prestar serviços em construções e reformas de obras públicas, principal atividade desenvolvida pela empresa nos dias atuais. A Figura 37 mostra a fachada do escritório da empresa.
Figura 37 - Sede da empresa.
Fonte: Autor, 2018.
A empresa conta com um total de 31 (trinta e um) funcionários e está localizada na cidade de Perdões-MG, ademais atua em diversas obras das cidades da região.
2.3.2 Apresentação da obra
Em cumprimento às exigências da disciplina de Estágio Supervisionado, desenvolvi as atividades em uma obra de ampliação e reforma da Escola Municipal Francisco Sales, localizada no bairro Jardim Glória, na cidade de Lavras-MG, como mostra a Figura 38. 
Figura 38 - Fachada da escola.
Fonte: Autor, 2018.
A obra teve início em dezembro de 2017, e o prazo de conclusão foi de 8 meses, os custos totalizaram R$1.118.782,88 (Um milhão, cento e dezoito mil setecentos e oitenta e dois reais e oitenta e oito centavos). O empreendimento estava sob responsabilidade técnica do Engenheiro Evandro Ribeiro, o qual coordenava uma equipe de 10 (dez) funcionários, que são: 01 (um) encarregado de obras, 4 (quatro) pedreiros e 5 (cinco) ajudantes de pedreiro.
Ao iniciar minha vivência, a obra já estava em andamento, e a construção desse prédio, em suas fases finais de execução da estrutura, como mostra a Figura 39. 
Figura 39 - Construção do prédio.
Fonte: Autor, 2018.
Como parte da ampliação da escola, foi construído um novo prédio que dispunha de 3 (três) pavimentos, e o sistema estrutural era de concreto armado. A última laje havia acabado de ser concretada no dia anterior, dessa forma pude desenvolver atividades como leitura de projetos e acompanhar a execução de revestimento de alvenaria, revestimento em lajes de EPS e contrapiso.
 2.3.2.1 Revestimento da alvenaria
Após 14 (quatorze) dias da concretagem da laje, foram removidas as escoras dos andares inferiores para dar início ao revestimento das alvenarias e da parte interna da laje. Nessa etapa da obra, fiquei encarregado de conferir o projeto elétrico e fazer as marcações dos pontos de tomada e interruptores, conforme as medidas previstas em projeto, para que fossem feitos os cortes nas alvenarias e a passagem dos conduítes, como mostra a Figura 40. 
Figura 40 - Leitura de projeto elétrico.
Fonte: Autor, 2018.
Faroldi (1997) afirma que os erros envolvendo as atividades de projeto e de execução da obra são decorrentes da complexidade dos projetos e dos métodos construtivos e, como consequência, a interpretação errada possibilita a ocorrência de inconformidades entre o projeto e a obra, gerando improvisações no canteiro de obra que levam à perda de produtividade no processo de execução.
Como o projeto elétrico não apresentava cotas, os colaboradores tiveram algumas dificuldades para fazer a leitura, já que a escala prevista em projeto era de 1:75; porém, ao fazer as marcações, deparei-me com inconformidades na compatibilidade entre o projeto e as dimensões reais da obra. Para fazer as verificações, tive a oportunidade de aplicar meus conhecimentos adquiridos na disciplina de Topográfica I, na qual fiz a utilização de uma fórmula para determinar em qual escala o projeto estava. Para isso, aferi a medida real do comprimento de uma parede com uma trena, como mostra a Figura 41.
Figura 41 - Medição da obra.
Fonte: Autor, 2018.	
	
	Em seguida, apliquei as medidas obtidas na seguinte fórmula:
Onde: 
E = Escala 
C = Medida em campo (m)
P = Medida do papel (cm)
Cálculo para verificação de escala
Dados:
Comprimento da parede (real) = 5,0 metros
Comprimento da parede (projeto) = 9,90 centímetros 
Após efetuar os cálculos, obtive como resultado uma escala de 1:50. Com o auxílio de uma régua convencional, fiz a locação dos pontos de tomada e interruptores, assim aferia a medida no projeto e aplicava na fórmula citada anteriormente. Segundo a NBR 5410 (ABNT, 2004), para a locação das caixas de passagem, deve-se respeitar uma altura mínima de 0,30 metros para tomadas baixas, 1,20 metros para as tomadas médias e 2,10 metros para tomadas altas, entre a face inferior do espelho do interruptor e o piso acabado. 
2.3.2.1.1 Chapisco
Com todos os pontos das instalações elétricas devidamente executadas, o próximo passo foi dar início às etapas de revestimento das paredes e do teto. “A primeira camada é chamada de chapisco, e normalmente é aplicada projetando-se a argamassa sobre a parede ou teto, formando uma camada fina e aberta” (GUIMARÃES, 2004, p18). Ainda segundo Guimarães (2004), a primeira camada do revestimento é projetada sobre a alvenaria ou teto formando uma superfície que garante uma melhor rugosidade para a aplicação da camada posterior. O traço utilizado para a preparação do chapisco foi de 1:3, ou seja, uma porção de cimento para 3 porções de areia. Para a execução desse serviço, o colaborador arremessava a mistura contra a parede, utilizando uma colher de pedreiro com uma certa força de modo que a argamassa fosse fixada no substrato, como mostra a Figura 42.
Figura 42 - Chapisco da alvenaria.
Fonte: Autor, 2018.
2.3.2.1.2 Emboço 
Após concluir a execução do chapisco na alvenaria, foi necessário esperar um período de 24 (vinte e quatro) horas para a aplicação da camada posterior. Conforme Salgado (2013), a segunda camada de revestimento deve ser aplicada 24 horas após a execução do chapisco. A aplicação do emboço tem a finalidade de corrigir as irregularidades, preenchendo os espaços vazios e as distorções encontradas no prumo na execução da alvenaria.
Guimarães (2004) afirma que o emboço é uma argamassa aplicada sobre a alvenaria com espessura entre 2 a 2,5 centímetros, podendo variar de acordo com as imperfeições da superfície. Antes da aplicação do emboço, foi necessário taliscar e fazer as mestras na superfície para ter uma referência e garantir à alvenaria um alinhamento mais preciso, como mostra a Figura 43. De acordo com Salgado (2013), as taliscas promovem no revestimento acabado uma grande precisão no prumo e no alinhamento da alvenaria.
Figura 43 - Execução de taliscas na alvenaria.
Fonte: Autor, 2018.
Para a execução do emboço, o traço utilizado foi de 1:2:8, isto é, uma porção de cimento, duas porções de cal hidratada e 8 porções de areia média. Como afirma Salgado (2013), o traço para o emboço pode variar de acordo com os componentes utilizados em sua composição, o cimento e a areia são elementos constates na medida do traço, apresentando variação apenas nos componentes que conferem maior plasticidade à argamassa, como a cal hidratada. Com o auxílio de uma colher de pedreiro, o colaborador promovia na alvenaria um chapeamento da argamassa para preencher os espaços, em seguida foi feito um sarrafeamento, utilizando uma régua de alumínio. O emboço de massa única foi feito em uma area total de 90 m² para o ambiente que dispunha das dimensões de 5 metros de largura por 10 metros de comprimento, como mostra a Figura 44.
Figura 44 - Sarrafeamento da argamassa.
Fonte: Autor, 2018.
	O sarrafeamento é feito na superfície para que fique regular e no mesmo prumo em que se tiveram como referência as taliscas.
2.3.2.1.3 Reboco
Faria (2011) afirma que, após o sarrafeamento, deve-se utilizar uma desempenadeira lisa para desempenar a superfície e proporcionar um acabamento melhor. Segundo Salgado (2013), o reboco consiste em uma mistura de cimento, cal hidratada e areia fina que deve ser aplicado em uma espessura de 5 (cinco) milímetros sobre o emboço, para corrigir as distorções e dar o acabamento na alvenaria, porém, de acordo com Faria (2011), a utilização de apenas duas camadas de revestimento é cada vez mais comum, em que a primeira camada de chapisco é indispensável para proporcionar maior aderência à superfície. O emboço é preparado com areia média peneirada e, após ser sarrafeada, é dado um acabamento com a espuma. 
Com o sarrafeamentoconcluído e a remoção dos excessos de argamassa, o próximo passo foi dar acabamento ao revestimento, utilizando uma desempenadeira e uma espuma, conforme a Figura 45.
Figura 45 - Reboco da alvenaria.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Faria (2011), é recomendado esperar um período de 14 (quatorze) dias para o assentamento dos revestimentos cerâmicos e 28 (vinte e oito) dias para a aplicação de impermeabilizantes e pintura.
2.3.2.2 Revestimento do teto
Como previsto em projeto, as lajes da estrutura eram pré-moldadas com poliestireno expandido, mais conhecido no mercado como isopor. De acordo com Salgado (2013), a utilização do poliestireno expandido na construção civil é cada vez mais comum pela simplificação na execução, a qual apresenta diversas vantagens quando comparadas a outros métodos de execução de lajes. De acordo com Faria (2011), as lajes de poliestireno expandido possibilitam diminuir o peso próprio da estrutura, o que ocasiona uma redução nos custos da obra, além de apresentar uma simplificação no processo de escoramento e das formas da estrutura, também conferem propriedades físicas, isolantes térmicas e acústicas.
Para a execução do revestimento do teto, foi utilizado um traço de 1:3, ou seja, 1 porção de cimento para 3 porções de areias com acréscimo de aditivo Bianco, promovendo melhor fixação da argamassa no poliestireno. Segundo Salgado (2013), para que sejam feitas mudanças nas características e propriedades de argamassas e do concreto, são utilizados produtos químicos chamados de aditivos. A técnica utilizada para execução do chapisco de teto foi a mesma citada anteriormente para as alvenarias; já para a execução da segunda camada, deve-se atentar à força com que a argamassa é lançada; pois, segundo Bauer (2008), o processo de expansão do poliestireno passa por uma moldagem onde adquire diferentes densidades, possibilitando ao material ser leve composto de 98% de ar, porém apresentando uma elevada resistência à compressão. Dessa forma, ao lançar a argamassa em um ponto, o impacto causado no poliestireno expandido fazia com que a argamassa já aplicada despencasse do teto. 	Assim, com o auxílio de uma desempenadeira, o colaborador colocava a argamassa e passava no teto espalhando o emboço em toda área do teto; evitando, dessa maneira, os impactos no poliestireno expandido. Após a execução do emboço, o processo de acabamento foi igual ao das alvenarias, primeiramente o sarrafeamento e a utilização da desempenadeira para corrigir as imperfeições e, por último, a espuma para o acabamento. Se comparado ao processo de execução em lajotas, o processo de revestimento no poliestireno expandido apresenta uma dificuldade maior quanto a sua execução, já que o material possui uma superfície menos rugosa. como mostra a Figura 46.
Figura 46 - Revestimento de teto.
Fonte: Autor, 2018.
2.3.2.3. Contrapiso 
Após remover as escoras das lajes do novo prédio, deu-se início a execução do contrapiso no segundo pavimento, que possuía uma área total de 14,4 m². Segundo Cozza (2009), o contrapiso é uma camada lançada sobre uma superfície para corrigir as imperfeições e promover a regularização do piso. Nessa etapa foram removidos todos os entulhos e efetuada a limpeza do local; em seguida, foi feita a transferência de nível com auxílio de uma mangueira de nível, como mostra a Figura 47.
Figura 47 - Transferência de nível
.
Fonte: Autor, 2018. 
Com as medidas dos níveis aferidos, foram colocadas as taliscas sobre a superfície, atentando-se às medidas para o caimento do piso, conforme a Figura 48.
Figura 48 - Mestras para o contrapiso.
Fonte: Autor, 2018.
De acordo com Salgado (2013), ao executar o contrapiso, é recomendado que se utilizem as mestras como guia para garantir a espessura desejada e promover ao substrato o nivelamento adequado.
O passo posterior foi polvilhar o cimento sobre o piso para promover uma melhor aderência com a massa, de acordo com a Figura 49.
Figura 49 - Execução de contrapiso.
Fonte: Autor, 2018.
Em seguida, a mistura de cimento e areia – chamada de farofa – foi feita no traço de 1:5, ou seja, 1 porção de cimento para 5 porções de areia, foi despejada no local e espalhada com o auxílio de uma colher de pedreiro. Então, o colaborador espalhava a massa e compactava-a, tendo como referência as taliscas executadas anteriormente, como mostra a Figura 50.
Figura 50 - Execução do contrapiso.
Fonte: Autor, 2018.
‘’A camada de regularização é de argamassa no traço mínimo de 1:4, normalmente de 2 cm de espessura executada sobre o contrapiso com finalidade de dar a regularização final ao piso a ser executado’’ (SALGADO, 2013, p.189).
Tendo como referência as mestras, o colaborador promovia na superfície o sarrafeamento da massa com o auxílio de uma régua de alumínio, e o último procedimento foi alisar a superfície com o auxílio da desempenadeira, promovendo ao contrapiso o acabamento, segundo a Figura 51.
Figura 51 - Acabamento do contrapiso.
Fonte: Autor, 2018.
Conforme Guimarães (2004), o acabamento garante à superfície uma rugosidade suficiente para receber a argamassa e assentar a cerâmica. Deve ser aguardado o período de 7 dias para a cura da argamassa antes da execução do assentamento das cerâmicas.
2.4 Vivência de estágio do aluno José Natanael Jaques
No ano de 2005, prestei concurso público para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), empresa de economia mista, fundada em 1963 e presente em 621 municípios mineiros. A principal atividade da empresa é a prestação de serviços em abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos. A Figura 52 mostra o logotipo da empresa.
Figura 52 - Logotipo da Copasa.
 
Fonte: Copasa, 2018.
Em 2009 fui contratado para trabalhar na cidade de Lavras. Com o tempo, percebi a necessidade de se ter uma formação superior e, no ano de 2013, ingressei no curso de Engenharia Civil no Unilavras. 
Por trabalhar em uma empresa com atividades relacionadas à Engenharia Civil, tive a oportunidade de realizar meu estágio supervisionado na Copasa, em uma obra de substituição de rede de água na região central de Lavras. 
As redes existentes no local eram antigas e de ferro fundido e que, com o passar dos anos, criou-se uma crosta em seu interior devido à reação do cloro com o ferro, que estava comprometendo o abastecimento e a qualidade da água distribuída, como mostra a Figura 53.
Figura 53 - Tubulação com diâmetro reduzido devido ao acúmulo de materiais.
Fonte: Autor, 2018. 
A obra foi executada por uma empresa terceirizada que foi responsável por todas as etapas que serão descritas a seguir.
2.4.1 Etapas do processo de substituição de rede de água
Para que essa obra fosse iniciada, foi realizado um levantamento dos locais onde as ocorrências de falta de água eram constantes. Dessa forma, os técnicos da Copasa identificaram e catalogaram os locais mais críticos. 
Por se tratar de uma obra complexa que causaria vários transtornos à população, como poeira, barulho, alteração no trânsito; a empresa fez um trabalho de comunicação com os moradores e com os comerciantes das ruas onde as redes seriam substituídas a fim de minimizar os transtornos. Também foram realizadas reuniões com o poder executivo e responsáveis pelo trânsito para liberação da obra. 
2.4.1.1 Abertura das valas
Antes de qualquer intervenção em vias públicas, sejam elas de tráfego de veículos, seja de pedestres, a empresa responsável pela execução deve criar ações visando à integridade física da população e de seus colaboradores.
As placas de sinalização, cones e telas tapumes foram posicionadas corretamente para isolar a área de trabalho e permitir o acesso dos pedestres às residências e ao comércio próximos à obra como mostra a Figura 54.
Figura 54 - Sinalização utilizada.
Fonte: Autor, 2018.
As vias foram interditadas de acordo com o andamento da obra, por isso foi necessário o apoio dos agentes do Departamento Municipal de Trânsito. 
A sequência dos trabalhos deu-se com o início deabertura das valas. A fim de diminuir os estragos na borda das valas causados no momento da escavação, foi realizado um corte do asfalto com a Serra Clipper, conforme a Figura 55.
Figura 55 - Serra Clipper fazendo corte prévio no asfalto.
 
Fonte: Autor, 2018.
“Vala é uma abertura feita no solo que se caracteriza por apresentar largura e profundidade de pequena extensão se comparada com o comprimento” (VASCONCELOS, 2013, p.07).
As redes novas seguiram o traçado das antigas, sendo substituídas parcialmente de acordo com o andamento da abertura das valas.
A fim de facilitar a locomoção dos trabalhadores e deixar a área limpa, o material resultante da demolição do asfalto foi recolhido imediatamente e encaminhado para um bota-fora como mostra a Figura 56.
As valas foram executadas em seção retangular com utilização da retroescavadeira numa profundidade média 0,80 m e largura de 0,70 m conforme as especificações do projeto.
Figura 56 - Entulho sendo recolhido.
 
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Corsin (2013), a largura das valas varia conforme a profundidade. Para valas de até 2 m de profundidade, a largura mínima é de 0,60 m. Já para valas com profundidade entre 2 m e 4 m, deve haver no mínimo 0,80 m.
 A Figura 57 mostra a escavação da vala na profundidade determinada, não foi necessária a utilização de escoramento.
Figura 57 - Retroescavadeira fazendo a escavação.
 
Fonte: Autor, 2018. 
O material proveniente da escavação era depositado ao lado da vala e, quando se encontrava em boas condições de umidade e livre de materiais como pedras, foi utilizado para a recomposição das valas.
“O material escavado poderá ser reutilizado para o reaterro se não estiver muito saturado e nem contiver resíduos de construção” (BONAFÉ, 2016, p. 01).
Quando a escavação atingia a profundidade especificada, era necessário fazer a limpeza e a regularização do fundo da vala para receber a tubulação. Essa regularização era executada manualmente com o auxílio de enxada para a retirada de materiais que pudessem danificar os tubos como mostra a Figura 58.
Figura 58 - Vala sendo regularizada.
 
Fonte: Autor, 2018.
As atividades observadas nesse processo fazem parte da ementa ministrada nas disciplinas Fundações e Mecânica dos Solos I e II.
2.4.1.2 Assentamento da tubulação
De acordo com a NBR 12218 (ABNT, 2017, p.01), rede de distribuição pode ser caracterizada por “parte do sistema de abastecimento formada de tubulações e órgãos acessórios, destinada a colocar água potável à disposição dos consumidores, de forma contínua, em quantidade e pressão recomendadas” 
Para a escolha do material, foi necessário estudar os desníveis geométricos, a vazão, o tráfego da via, o recobrimento de solo. Na obra, os tubos de ferro foram substituídos por tubos de PVC classe 15, como mostra a Figura 59, que são utilizados em locais cuja pressão não ultrapassa os 7,5 kgf.
Figura 59 - Tubo PVC DN 75 sendo colocado na vala.
 
Fonte: Autor, 2018.
A pressão de serviço é um parâmetro fundamental, o seu descontrole pode ocasionar o aumento da frequência de rompimentos de redes, consequentemente, a vazão de água por perdas em vazamentos.
O diâmetro dos tubos pode influenciar na eficiência do sistema, pois ele determina a perda de carga, a vazão e a velocidade da água. Os diâmetros utilizados foram de 50, 75 e 100 mm de acordo com o diâmetro dos tubos existentes no local.
A norma 12218(ABNT, 2017, p.01) cita “setor de manobra é a menor subdivisão da rede de distribuição, cujo abastecimento pode ser isolado, sem afetar o abastecimento do restante da rede”.
Na obra foram instalados registros em pontos estratégicos, a fim de facilitar o fechamento da água, diminuir a área afetada pela intermitência de abastecimento e reduzir a perda de água em uma eventual descarga. A Figura 60 mostra a vista superior de um registro de manobra.
Figura 60 - Vista superior do registro de manobra.
Fonte: Autor, 2018.
O objetivo da obra foi substituir a tubulação para o fornecimento de água com qualidade, vazão e pressão que pudesse atender à demanda da população, para isso também foram substituídas as ligações prediais.
As ligações foram executadas utilizando o dispositivo chamado “colar de tomada” do tipo PVC com saída DN 15 para tubo Pead. A Figura 61 mostra o “colar de tomada” e a substituição parcial de uma ligação.
Figura 61 – “Colar de tomada” acoplado à rede.
 
Fonte: Autor, 2018.
As atividades observadas nessa etapa estão correlacionadas com teorias que foram ministradas nas disciplinas de Fenômeno dos Transportes, de Hidráulica e de Saneamento I.
2.4.1.3 Recomposição das valas
Após o assentamento dos tubos, foi feito o aterramento das valas. O processo de recomposição das valas exige uma compactação bem executada, respeitando a espessura das camadas e utilizando o material de boa qualidade para que não haja abatimentos devido ao tráfego de veículos.
 
Segundo Corsin (2013), a frequência dos problemas nos pavimentos urbanos é provocada pela má qualidade dos serviços de recomposição de valas abertas para instalação ou reparo de redes subterrâneas.
O material resultante da escavação encontrava-se compatível com o material existente, por isso foi utilizado para o preenchimento. Foi necessário acrescentar a base de BGS e posteriormente o revestimento asfáltico. Trata-se de uma camada de material constituído por solo, mistura de vários tipos de solos, mistura de solo e materiais pétreos ou produtos totais de britagem que atendem a determinadas faixas granulométricas e demais parâmetros preconizados nas especificações.
Na obra foi utilizada a compactação por camadas, que consiste em uma cobertura de 20 cm de terra em cima da tubagem. Logo após, foi usada uma compactação utilizando um compactador manual para não danificar os tubos como mostrado na Figura 62.
Figura 62 - Compactação manual.
Fonte: Autor, 2018.
Nas camadas superiores, foi utilizado o compactador mecânico, conhecido como saltitão. Esse equipamento é muito utilizado em valas estreitas e pouco profundas.
De acordo com Portela (2013), o saltitão é composto de uma base de compactação quase plana que, depois de acionado, cria movimentos fortes contra o terreno e, passado várias vezes, alcança o grau de compactação desejado. A Figura 63 mostra um compactador mecânico utilizado para a compactação das camadas superiores.
Figura 63 – Compactador mecânico.
Fonte: Autor, 2018.	
As camadas de terras foram colocadas até alcançarem um limite aproximado de 20 cm abaixo da superfície do pavimento, para assim ser completada com uma camada de BGS (Brita Graduada Simples) e CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente).
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit 2006), as bases e sub-bases granulares são camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escoria de alto forno ou mistura desses materiais, que têm a função de receber as tensões e distribuir para os pavimentos inferiores. 
A BGS (Brita Graduada Simples) foi colocada em uma única camada de aproximadamente 15 cm e, após o espalhamento e regularização desse material, foi adicionado água para auxiliar no processo de compactação. A Figura 64 mostra a utilização do compactador mecânico tipo saltitão compactando a camada de BGS.
Figura 64 - Compactação da camada BGS.
 
Fonte: Autor, 2018.
Segundo Rabêlo (2006), a função da imprimação betuminosa é promover a impermeabilização e a aderência entre a base e o revestimento, fornece coesão entre os agregados com o objetivo de chegar a uma superfície lisa e polida para receber o pavimento. 
Após a compactação da BGS (Brita Graduada Simples), foi executada a camada de imprimação betuminosa ligante de acordo com a Figura 65, na qual o material foi lançado com o auxílio de um regrador até que toda superfície fosse preenchida.
Figura 65 - Imprimação betuminosa ligante sendo aplicada.
Fonte: Autor, 2018.
“Não há uma norma ou orientação nacional quanto aos procedimentos de recomposição de pavimentos para fechamento de valas. As concessionárias costumam trabalhar com suaspróprias instruções técnicas” (CORSIN,2013, p.1).
Segundo Nakamura (2011), o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) é o mais utilizado no Brasil. É um produto da mistura de agregados de vários tamanhos e de cimento asfáltico, que são aquecidos em temperaturas determinadas, em função da característica viscosidade-temperatura do ligante.
Concluída a execução da camada de imprimação, foi executada a camada de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), lançado a 160ºC. Essa camada apresentou uma espessura de aproximadamente 3 cm e, após o espalhamento, foi feita a compactação com o auxílio da placa vibratória como mostra a Figura 66.
Figura 66 - Compactação com a placa vibratória.
 
Fonte: Autor, 2018.
Após a aplicação do CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), o local permanecia sinalizado até o seu resfriamento, evitando que o tráfego de veículos danificasse o pavimento.
Nessa etapa da obra, tive a oportunidade de aliar a prática à teoria ministrada na aula de Estradas e de Mecâni-ca dos Solos I e II. 
2.5 Vivência do aluno Rodrigo Jesus de Oliveira
2.5.1 Apresentação do local de estágio
Ingressei no Unilavras no primeiro semestre de 2012, inicialmente cursando Engenharia de Produção; contudo, com o passar do tempo, resolvi mudar meus planos e troquei de curso; passando, então, para Engenharia Civil. No nono período, iniciei meu estágio vivenciando a construção do Complexo de Clínicas Veterinárias, realizada pelo Centro Universitário, localizada na Rua João Batista Rezende, 67 – Bairro Água Limpa – Lavras - MG.
O projeto do Complexo Veterinário é constituído de uma baia de animais de grande porte, uma baia de animais de pequeno porte, a necropsia e o bloco das salas de cirurgia, além de um anfiteatro e salas de aula como demonstrado na Figura 67 da planta baixa, totalizando uma área de 4633,8m². Sua construção teve início em setembro de 2016 e tem o bloco da necropsia já finalizado e funcionando. Os demais blocos estão em fase de execução da estrutura, cada um em uma etapa diferente da construção. Ainda não há previsão para a construção das salas de aula e do anfiteatro.
Figura 67 – Foto ilustrativa do projeto do Complexo de Clínicas Veterinárias.
Fonte: Página do UNILAVRAS, 2018. 
Quando iniciei minha vivência, o bloco C estava na fase de montagem da laje, formada por vigotas pré-fabricadas treliçadas e com enchimento de EPS (Espuma de Poliuretano Expandido – isopor). No bloco B, a execução do revestimento do piso em granilite me chamou atenção pelo fato de não conhecer os métodos de execução desse material. No bloco C, estavam sendo executados o chapisco, o emboço e o reboco da parte externa da platibanda. Pelo interesse de aprofundar meu conhecimento nesses temas, optei por falar sobre eles no presente portfólio.
2.5.2 Atividades desenvolvidas
2.5.2.1 Acompanhamento da laje executada em vigotas treliçadas com enchimento em EPS
Ao iniciar meu estágio, realizei o acompanhamento da execução da laje do bloco C nas baias dos animais de pequeno porte e pude relacionar com as matérias de Construção Civil, de Materiais de Construção Civil, de Concreto Armado e de Sistemas Estruturais, onde estudei a parte teórica de quais materiais necessários na confecção do concreto, como e quais os traços necessários para diferentes tipos de execução, dimensionamento de uma estrutura em concreto e como são distribuídas as cargas e seu caminho até chegar ao solo. 
O comportamento estrutural das lajes maciças é mais bem comparado às lajes pré-moldadas, pois conseguem trabalhar nas duas direções, distribuindo melhor os carregamentos nas vigas e possibilita menores deslocamentos. Contudo, em grandes vãos, a necessidade de espessuras elevadas aumenta o seu peso, tornando-a antieconômica, pois grande parte de sua capacidade resistente é consumida para resistir aos esforços do peso próprio (MEDRANO; FIGUEIREDO FILHO;CARVALHO, 2005). Esse foi um dos fatores que fizeram com que as vigotas treliçadas fossem escolhidas nesse projeto, haja vista que oferecem grande resistência com a estrutura mais leve; tendo, então, um menor custo.
Na construção do bloco C, as vigotas treliçadas estavam sendo posicionadas na direção de menor vão e unidirecionalmente como pedia o projeto e posteriormente foram preenchidas com o EPS (Espuma de Poliuretano Expandido), conforme ilustra a Figura 68. 
Esse tipo de estrutura passou a ser bastante utilizado em obras de pequeno e médio porte pelo menor custo e pelo aumento da produtividade em relação às lajes maciças, além de utilizar menos fôrmas e escoramentos (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2004). 
Figura 68 - Vigotas treliçadas sendo preenchidas com o EPS.
Fonte: Autor, 2018.
Segundo David (2007), a armação treliçada das vigotas é uma estrutura formada por um processo de eletrofusão, resultando em duas treliças unidas pelo seu vértice, solidarizada por uma placa retangular de concreto que envolve as barras inferiores da treliça.
O escoramento da laje foi realizado utilizando-se escoras metálicas conforme mostra a Figura 69. Foram escolhidas devido a seu baixo custo, a sua alta resistência, a sua praticidade e a sua segurança. A NBR 15696 (ABNT, 2009) define o escoramento como sendo uma estrutura provisória capaz de suportar e transmitir às bases de apoio da estrutura as cargas permanentes e variáveis resultantes do lançamento do concreto fresco sobre as fôrmas horizontais e verticais.
Figura 69 - Disposição das escoras metálicas nas lajes do bloco C.
Fonte: Autor, 2018.
Com relação às fôrmas e escoramentos, Carvalho e Figueiredo Filho (2004) comentam que os elementos pré-moldados têm a capacidade de suportar o próprio peso aos elementos de enchimento, à capa de concreto e a uma pequena carga acidental durante a montagem e concretagem, para um vão de até 1,5 m, fazendo com que seja diminuído o uso de fôrmas tradicionais e escoramentos em comparação com as lajes maciças.
 Após a montagem das vigotas, como ilustrado na Figura 70, foram passados os eletrodutos para a fiação elétrica, fazendo-se sulcos no EPS para a passagem da tubulação. 
Figura 70 - Passagem dos eletodutos nas lajes.
Fonte: Autor, 2018.  
Os eletrodutos foram posicionados pelo eletricista responsável pela parte elétrica da obra.
Foram colocadas também as armaduras de distribuição, que são armaduras complementares que servem para a distribuição de tensões e para controle de fissuração sobre a laje, conforme a Figura 71. Posteriormente houve a concretagem dessa laje realizada por uma empresa terceirizada. 
Figura 71 - Lajes montadas recebendo suas armaduras de distribuição.
Fonte: Autor, 2018.   
A laje recebeu um concreto usinado e bombeado, com uma capa de 5 cm de espessura e resistência característica de 20 MPa conforme demonstra a Figura 72. 
 
Figura 72 - Concretagem da laje.
Fonte: Autor, 2018.
    
Essa laje foi molhada duas vezes ao dia, por sete dias consecutivos, através de uma mangueira para evitar o aparecimento de fissuras e a diminuição da resistência do concreto.
2.5.2.2 Acompanhamento da execução do piso em revestimento de granilite polido
O acompanhamento do revestimento do piso em granilite foi de grande importância na minha vivência, pois não conhecia o seu método de execução e pude acompanhar de perto desde o preparo do material até a resinagem que foi a etapa final. Pude relacionar essa vivência com as disciplinas de Materiais de Construção Civil pelo estudo dos materiais que formam as argamassas e o concreto e também de Geologia, onde estudamos os tipos de rocha e suas características.
 Os granilites são grãos de rochas moídas derivados de um processo de moagem seletiva por cores e granulometria. São disponíveis em tons naturais e pigmentados, cujos grãos maiores oferecem maior resistência à abrasão. Sua resistência mecânica depende dos minerais a serem empregados, sendo eles: o quartzo, que confere a maior resistência; o granito, que possui resistência intermediária; e o mármore, que possui a menor resistência entre eles (CAMARGO, 2010).
De acordo com Francelino e Libório (2011),

Continue navegando