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Direitos Humanos
Aula 2 - Os Direitos Humanos – questões gerais
INTRODUÇÃO
Nesta aula, analisaremos questões gerais que envolvem o estudo dos DH. Em especial, discutiremos a questão terminológica, apontando as diferenças conceituais
entre Direitos Humanos, Direitos Humanitários, Direitos Fundamentais e Garantias. Em seguida, de�niremos que a nomenclatura utilizada na ordem interna é “direitos
fundamentais”, ao passo que, na ordem internacional, usa-se a expressão “direitos humanos”. Distinguiremos DH de garantias.
Explicaremos que os direitos humanos são resultado de um processo histórico e que podem ser compreendidos em gerações ou dimensões, propostas a partir dos
valores que animam esses direitos. Examinaremos as características dos DH: imprescritibilidade, inalienabilidade, irrenunciabilidade, inviolabilidade, universalidade,
interdependência, complementaridade, historicidade e essencialidade.
Por �m, determinaremos as limitações e colisões entre direitos humanos, apontando os princípios que orientam a solução dos con�itos: princípio da proporcionalidade
e princípio da ponderação de valores. Discutiremos, ainda, a proibição do retrocesso e a proteção ao núcleo essencial consideradas balizas interpretativas.
OBJETIVOS
Identi�car a diferença terminológica entre direitos humanos, direitos humanitários, direitos fundamentais e garantias;
Examinar a dimensão histórica dos direitos humanos;
Identi�car as características dos direitos humanos;
Analisar as limitações e colisões entre direitos humanos.
RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS
No Fim da Era do Gelo em algum lugar na Bósnia Central, Ivan Ramadan nos conta uma história...
Antes de começarmos nossos estudos, assista ao �lme indicado e re�ita: Qual é o grande tema do enredo?
VÍDEO
, Essa animação do ano de 2008, nos leva a re�etir sobre as relações entre as pessoas e, por �m, se não há um profundo exercício de tolerância para com o outro, com respeito mútuo
aos direitos, estaremos fadados ao perecimento., , Os Direitos Humanos, para nós chamados daqui para frente de DH, são o antídoto contra este �m trágico.
A DIFICULDADE TERMINOLÓGICA E AS DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS HUMANOS V. DIREITOS
HUMANITÁRIOS V. DIREITOS FUNDAMENTAIS V. GARANTIAS
O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS?
Todos parecem saber, mas têm muita di�culdade em determinar um conceito que dê conta de transmitir o sentido dos direitos humanos. Assista ao vídeo que tem a
intenção de esclarecer um pouco o assunto:
VÍDEO
Con�ra o que Vicente Barreto diz a respeito:
Fonte: sumkinn / Shutterstock
Ainda assim, podemos associar os direitos humanos de um lado a uma ideia de vulnerabilidade do ser humano e de outro à ideia de proteção.
Assista a Fugindo das Maldades, premiado �lme em animação da Anistia Internacional, Seção França:
VÍDEO
Carlos Nino, um professor argentino, ao pensar sobre DH, chama atenção para o fato de que muitas vezes é o próprio homem que ameaça e põe em risco o outro.
“Esta importância dos Direitos Humanos está dada, como é evidente, pelo fato de que eles constituem uma ferramenta imprescindível para evitar um tipo de catástrofe
que com frequência ameaça a vida humana. Sabemos, embora pre�ramos não recordá-lo a todo o tempo, que nossa vida é permanentemente espreitada por infortúnios
que podem aniquilar nossos planos mais �rmes, nossas aspirações de maior alento, o objeto de nossos afetos mais profundos. Não é por ser óbvio que deixa de ser
motivo de perplexidade o fato de que este caráter trágico da condição humana esteja dado pela fragilidade de nossa constituição biológica e pela instabilidade de nosso
habitat ecológico, por obra de nós mesmos.” (1989:01)
Apesar da ausência de um conceito único, no mundo atual,
podemos ao menos concordar que os
Direitos Humanos são
direitos de TODAS as pessoas humanas
– HOMENS, MULHERES e CRIANÇAS -
em TODOS OS LUGARES,
sustentam-se na dignidade do ser humano
e obrigam os Estados e agentes públicos,
protegendo indivíduos e grupos.
Nesse sentido, não podem ser suprimidos, nem negados. São iguais e interdependentes: isto é, nenhum deles é mais importante que os demais e o gozo de qualquer
um afeta o gozo dos demais.
Por exemplo, duvidamos que alguém com fome (vítima de violação do direito humano a uma alimentação adequada) possa exercer seu direito de voto de forma
adequada, em igualdade de condições com alguém que não passe fome.
, Desse modo, os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. Todos merecem
esses direitos, sem discriminação.
Há um uso de outros termos que podem ser, em um primeiro momento, confundidos como sinônimos. Entretanto, cada um deles é reservado para um contexto
diferente.
Vejamos:
Direitos Humanos
A ONU de�ne os direitos humanos como “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões
dos governos que atentem contra a dignidade humana”.
Os direitos humanos são garantidos internacionalmente, juridicamente protegidos e universais. É a expressão que tem uso
predominante na ordem jurídica internacional, especialmente nos tratados internacionais.
Em nossa disciplina, privilegiaremos o uso de “direitos humanos”, já que estamos focando nossos estudos na projeção dos direitos
humanos na ordem internacional.
Direitos Humanitários
Dizem respeito aos direitos humanos considerados em contextos de guerra. Fazem parte do chamado Direito Internacional
Humanitário. Alguns autores consideram que os direitos humanitários são desdobramentos dos direitos humanos.
Direitos Fundamentais
Quando os direitos humanos se encontram inseridos na ordem jurídica interna são chamados de direitos fundamentais. Eles podem
estar previstos na Constituição ou mesmo em leis esparsas. No Brasil, se encontram previstos no texto da Constituição Federal,
especialmente no art. 5º. da Constituição de 1988.
“Art. 5º, caput da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes [...]”
Normalmente, são estudados como parte temática do Direito Constitucional e a doutrina contemporânea tem se esforçado em
identi�car uma “teoria dos direitos fundamentais”.
Podemos dizer que os direitos fundamentais são o núcleo inviolável de uma sociedade, voltados para assegurar e proteger a dignidade
da pessoa humana, com o que não basta apenas seu reconhecimento formal nos instrumentos normativos, mas devem ser
materialmente efetivados pelo Poder Público.
Garantias
A expressão “garantias” muitas vezes acompanha os direitos humanos e fundamentais, inclusive na Constituição de 1988 são tratados
em conjunto. Contudo, a ideia de garantia propõe a noção de instrumentos, de proteção.
Para continuar lendo, clique aqui (galeria/aula2/docs/garantias.pdf).
AS GERAÇÕES OU DIMENSÕES DOS DH
Assista ao vídeo sobre os Antecedentes Históricos e Atualidade dos Direitos Humanos, por Giuseppe Tosi, que integra o Curso de Agentes da Cidadania da DHnet e
CDHMP:
VÍDEO
Percebemos que os direitos humanos, como hoje são compreendidos, são resultado de um processo histórico que, ao longo do tempo, vai se sedimentando em
avanços e retrocessos nesse tema.
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/dp0268/galeria/aula2/docs/garantias.pdf
Embora a proposta de geração de direitos tenha sido feita por Karel Vasak em 1979, em uma conferência no Instituto Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo
(França), entre nós, a ideia de geração de direitos se tornou muito popular a partir da obra de Norberto Bobbio (1992).
Os direitos humanos (ou fundamentais) são organizados a partir de gerações. Esses direitos são associados a um núcleo de valores comuns, em geral referenciados ao
lema da Revolução Francesa:
Atenção!
, Assim, teríamos as três primeiras gerações de direitos da seguinte maneira:, ,
1ª Geração – direitos individuais(liberdades públicas) e direitos políticos;
2ª geração – direitos sociais, econômicos e culturais;
3ª geração – direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
, , Em seguida, de forma controvertida, alguns autores, capitaneados por Paulo Bonavides (1998), sustentam já termos, também, os direitos da 4ª geração que seriam, por exemplo,
direito à informação, à democracia, ao pluralismo. Outros até falam em quinta e sexta gerações, surgidas com a globalização, com os avanços tecnológicos (cibernética) e com as
descobertas da genética (bioética)...
Apesar de simbólica e de seu valor pedagógico, a teoria da geração tem sido criticada uma vez que implica uma sucessão no tempo, como um movimento evolutivo,
que não tem comprovação histórica, além de sugerir que uma geração possa vir a substituir outra – o que igualmente não é verdade.
, Há ainda muito a ser conquistado, no mundo atual. Entre algumas questões de dé�cit de efetividade de direitos, por exemplo, nos chamados países periféricos, os relatórios
internacionais apontam para problemas envolvendo os direitos de liberdade (que seriam direitos ainda da primeira geração), veja o caso de Cuba ou da Coreia do Norte., ,
Os direitos sociais, nos Estados Unidos, não são paci�camente reconhecidos como direitos fundamentais, além existir o problema da adoção da pena de morte em
muitos estados membros da Federação norte-americana.
Desse modo, ao invés de gerações, tem sido proposta a sistematização pela noção de dimensões. As dimensões melhor se articulam com a ideia de indivisibilidade,
conforme reconhecido pela ONU na Carta de 1948. As dimensões de direitos permitem uma compreensão de interdependência estrutural dos direitos humanos,
implicando em uma teia de relações e complementariedade.
Fonte da Imagem: svinka / Shutterstock
Nesse sentido, como alinhado por Lima (2003), note-se, por exemplo, como é difícil desvincular:
o direito à vida (1ª geração) do direito à saúde (2ª geração),
a liberdade de expressão (1ª geração) do direito à educação (2º geração),
o direito de voto (1ª geração) do direito à informação (4ª geração),
o direito de reunião (1ª geração) do direito de sindicalização (2ª geração),
o direito à propriedade (1ª geração) do direito ao meio ambiente sadio (3ª geração)
E assim por diante...
Por �m, “o ideal é considerar que todos os direitos fundamentais podem ser analisados e compreendidos em múltiplas dimensões, ou seja, na dimensão individual-
liberal (primeira dimensão), na dimensão social (segunda dimensão), na dimensão de solidariedade (terceira dimensão) e na dimensão democrática (quarta dimensão).
Não há qualquer hierarquia entre essas dimensões. Na verdade, elas fazem parte de uma mesma realidade dinâmica. Essa é a única forma de salvar a teoria das
dimensões dos direitos fundamentais”. (LIMA, 2003)
AS CARACTERÍSTICAS DOS DH
Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa, sendo certo que entre eles não há hierarquia.
No que tange as características dos DH, em geral, são apontadas:
A IMPRESCRITIBILIDADE
O decurso do tempo ou a inércia do seu titular não levam a perda do direito em si (ainda que nos casos de direitos patrimoniais o tempo seja um fator importante, como
por exemplo, o usucapião (glossário). Mesmo que se perda a propriedade de determinado bem imóvel, não se perde, em tese, o direito de ser proprietário em relação a
outros bens).
A INALIENABILIDADE
Não se pode alienar a condição humana, logo os direitos que dela decorrem também não o podem. Ainda que se possa alienar direitos patrimoniais, o direito a ter
direitos patrimoniais é inalienável.
A IRRENUNCIABILIDADE
São irrenunciáveis pois não se pode abrir mão de sua própria natureza.
A INVIOLABILIDADE
Não podem ser violados pela ordem jurídica, especialmente no plano interno, por leis infraconstitucionais, nem por atos administrativos de agente do Poder Público, sob
pena de responsabilidade civil, penal e administrativa.
A UNIVERSALIDADE
Alcançam a todos os seres humanos sem distinções.
A INTERDEPENDÊNCIA
Um direito depende de outro para sua realização, logo estão inter-relacionados, interligados.
COMPLEMENTARIDADE
Devem ser observados não isoladamente, mas de forma conjunta e interativa com os demais direitos e o próprio ordenamento jurídico;
HISTORICIEDADE
São construções históricas.
ESSENCIALIDADE
Os direitos humanos são inerentes ao ser humano, tendo por base sua dignidade (aspecto material), assumindo posição normativa de destaque (aspecto formal).
, Em síntese, os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas., , Os direitos humanos são inalienáveis, e
ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em situações especí�cas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é
considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal., , Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é
insu�ciente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros. Todos os direitos humanos devem, portanto, ser
vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa.
AS LIMITAÇÕES E COLISÕES DE DH
As limitações e colisões dos direitos humanos têm por pressuposto o fato dos direitos não serem absolutos, o que já se veri�ca pela existência de um em número de
seus titulares.
Como explica André de Carvalho Ramos,
Fonte: sumkinn / Shutterstock
Assim, é possível que o exercício de um direito possa gerar algum ônus para o direito alheio.
Ao se falar em limitações, em geral, estamos tratando de discutir se é possível a imposição de limites ou restrições normativas ao direitos humanos? E, se possível, em
que medida essas limitações são legítimas? As crises constitucionais, como estado de sítio (glossário) e estado de emergência (glossário), justi�cam a restrição?
Por um lado, essas limitações podem ser impostas pela própria ordem normativa, sendo aí importante levar em conta o princípio da proporcionalidade (glossário) como
parâmetro para avaliar se a restrição é justi�cável.
Por outro lado, há limitações que são impostas pela existência de outros direitos – que aqui chamaremos de con�ito ou colisão de direitos. Por exemplo, a direito de
acesso à informação em oposição à privacidade ou intimidade.
Na colisão de direitos, há que se levar em conta a questão da ponderação de valores (glossário), no sentido de determinar no caso em concreto qual será o direito que
deverá prevalecer em detrimento do outro.
Atenção!
, Não é possível que o direito que cede seja esvaziado totalmente, de modo que dele reste um simulacro (a doutrina aqui fala em respeito ao núcleo essencial do direito), já que os
direitos humanos não guardam hierarquia entre si e todos eles operam em uma lógica de concorrência, isto é, aplicam-se concomitantemente no caso em concreto, podendo ser
exercidos de forma cumulada., , Ademais, a solução de uma colisão de direitos humanos não pode implicar diminuição ou redução da proteção ao direito que vem sendo oferecida pelo
ordenamento jurídico e pelo próprio estado. É o que a doutrina chama de princípio da vedação do retrocesso., , Falando de limitações e colisões de direito, é interessante que vejamos
na vida real como essas questões podem se dar.
George Marmelstein, em seu blog “Direitos Fundamentais” traz uma coletânea de seis casos pitorescos que envolvem con�itos de direitos, mas que apesar de serem
curiosos, valem pelas discussões éticas e �losó�cas que colocam. Vamos visitar esses casos?
E lembro que um dos casos – o do “arremesso do anão” - já foi estudado na aula anterior.
Clique aqui (glossário) para acessar esse material.
Por �m, chamamos atenção para os questionamentos que André Carvalho Ramos faz:
“A visão isolada e estática de um direito é irreal e, via de regra, fruto de uma opçãoideológica do intérprete, ansioso por justi�car sua posição jurídica graças ao apelo a
um “direito fundamental”, esquecendo, propositalmente, que outros direitos seriam afetados e mereceriam também proteção.
Esse cenário de interdependência e inter-relação dos direitos nos leva à seguinte dúvida: como justi�car racionalmente a prevalência de um direito e o afastamento de
outro? Devemos, assim, estudar como evitar o recurso retórico a fundamentações vazias, como o apelo à “dignidade humana” sem maior consideração sobre a
existência, no outro polo, de direitos que serão afastados”. (RAMOS, 2012:109)
http://direitosfundamentais.net/2007/08/14/jurisprudenciando-casos-curiosos-julgamentos-pitorescos/
ATIVIDADE PROPOSTA
Assista ao vídeo da Casa do Saber, apresentando a Prof. Glenda Mezarobba. Em seguida, proponha o seu conceito de direitos humanos.
Resposta Correta
Glossário
DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO
Direito Internacional Humanitário ou Direito dos Con�itos Armado. É um ramo do Direito Internacional Público constituído por todas as normas convencionais ou de origem
consuetudinária especi�camente destinadas a regulamentar os problemas que surgem em período de con�ito armado.
Fonte: Gabinete de Documentação e Direito Comparado da Procuradoria da República do Estado de Portugal.
USUCAPIÃO
É o direito que um cidadão adquire em relação à posse de um bem móvel ou imóvel em decorrência do uso deste por um determinado tempo. Para que esse direito seja reconhecido, é
necessário que sejam atendidos determinados pré-requisitos previstos na lei, especi�camente no Código Civil e na Constituição Brasileira. Os pré-requisitos fundamentais para a
aquisição do são: a posse, por um determinado tempo do bem móvel ou imóvel, e que a posse seja ininterrupta e pací�ca.
Fonte: Signi�cados.com.br
ESTADO DE SÍTIO
“Na esfera federal, existem ‘estado de defesa’ e ‘estado de sítio’. O estado de sítio é muito mais grave que o estado de defesa, e ambos só podem ser decretados pelo presidente da
República. O estado de defesa é decretado para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O estado de sítio é decretado quando o estado de defesa não resolveu o problema, quando
o problema atinge todo o país, ou em casos de guerra”.
Fonte: DireitoFolhaUol
ESTADO DE EMERGÊNCIA
Também chamado de situação de emergência. É uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da
capacidade de resposta do poder público do ente atingido. Disciplinado pelo Decreto 7.257/10, que rege o Conselho e o Sistema Nacional de Defesa Civil. Pode ser decretado pelo
Prefeito ou/e pelo Governador.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
É um método utilizado no Direito Constitucional brasileiro para resolver a colisão de princípios jurídicos, sendo estes entendidos como valores, bens, interesses e especialmente na
colisão de direitos fundamentais. Tal princípio decorre da doutrina alemã que o apresenta em três dimensões ou subprincípios: princípio da adequação (o meio promove o �m?);
princípio da necessidade (entre os meios disponíveis e igualmente adequados para promover o �m, não há outro meio menos restritivo do direito fundamental afetado?); e princípio da
proporcionalidade em sentido estrito (as vantagens trazidas pela promoção do �m correspondem às desvantagens provocadas pela adoção do meio?).
Fonte: Wikipedia
PONDERAÇÃO DE VALORES
A ponderação é uma técnica de solução de con�itos entre valores e também utilizada quando há colisão de princípios. A ponderação consiste em atribuir pesos a interesses opostos
de�nindo por um interesse de maior importância no caso concreto.
NÚCLEO ESSENCIAL DO DIREITO
Determina que, nos casos de limitação ou colisão de direitos, o núcleo essencial do direito fundamental seja preservado sob pena de esvaziamento do direito, isto é, não é possível
haver a redução do âmbito de proteção do direito de tal forma que o mesmo reste abolido.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO RETROCESSO
Articula-se com as ideias de Estado democrático de Direito, da dignidade da pessoa humana, da e�cácia das normas constitucionais, da segurança jurídica e da proteção da con�ança
do cidadão. Para o STF, “O princípio da proibição do retrocesso impede, em tema de direitos fundamentais de caráter social, que sejam desconstituídas as conquistas já alcançadas
pelo cidadão ou pela formação social em que ele vive. “A cláusula que veda o retrocesso em matéria de direitos a prestações positivas do Estado (como o direito à educação, o direito à
saúde ou o direito à segurança pública, v.g.) traduz, no processo de efetivação desses direitos fundamentais individuais ou coletivos, obstáculo a que os níveis de concretização de tais
prerrogativas, uma vez atingidos, venham a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo Estado”. (ARE-639337- Relator: Min. CELSO DE MELLO)

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