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Biossegurança em Centros de Estética

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2015
Biossegurança, urgência 
e emergência em centros 
de estética
Prof.ª Dayane Cristina Vieira
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profª. Dayane Cristina Vieira
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
620.8
V657b Vieira, Dayane Cristina
Biossegurança, urgência e emergência em centros de estética/ 
Dayane Cristina Vieira. Indaial : UNIASSELVI, 2015.
170 p. : il 
 
ISBN 978-85-7830-912-1
1. Biossegurança.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
III
apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
A disciplina de Biossegurança visa esclarecer questões pertinentes ao dia a 
dia de cada um dos indivíduos. O tema irá submeter você ao entendimento 
das relações entre a sua futura profissão e as questões importantes de segu-
rança que nos remeterá à análise da nossa própria rotina.
As questões abordadas daqui em diante estarão alocadas em três unidades. A 
Unidade 1 objetiva fazer com que você possa conhecer os aspectos relaciona-
dos à base em biossegurança, sua regulamentação, bem como diretrizes para 
uma excelente atuação no mercado de trabalho. Outro ponto relevante é a 
clareza de quais procedimentos de medidas preventivas e educativas devem 
ser adotadas para diminuir o risco de transmissão de doenças e acidentes de 
trabalho. Você terá acesso, também, ao conteúdo de impacto ambiental gera-
dos em estabelecimentos de beleza, assim como os procedimentos que devem 
ser realizados para gerenciar estes resíduos.
Uma das maneiras de manter um bom relacionamento com os clientes é ter 
excelência no atendimento, isso em todas as atividades. Portanto, para me-
lhor explorar o tema, iremos trabalhar, na Unidade 2, as questões referentes 
às definições, conceitos, gestão e ferramentas operacionais de qualidade. Ain-
da nessa unidade, abordaremos a importância do conhecimento das emer-
gências que poderão ocorrer nos centros de estética e imagem pessoal, pois 
entendemos ser de suma importância o domínio dos procedimentos em caso 
de emergência hipertensiva, diabética, neurológica e cardiológica.
A partir do estudo da Unidade 3 você terá acesso às características que vi-
sam facilitar a identificação da abordagem primária e secundária à vítima, 
auxiliando você no reconhecimento de situações-problema, como traumas, 
hemorragias e sangramento. Outro aspecto abordado são os traumas a partir 
de contato com substâncias químicas, o que facilitará o reconhecimento de 
choque anafilático e alergias, bem como em lesões oculares.
Enfim, você será capaz de identificar os programas na área de Biossegurança 
e também os processos empregados no controle das ações nessa área.
Desejo uma boa jornada neste caminho!
Profª. Dayane Cristina Vieira
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
VI
VII
sumário
UNIDADE 1: BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 EM CENTROS DE ESTÉTICA ..................................................................................... 1
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA ............................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 PRINCÍPIOS E CONCEITOS EM BIOSSEGURANÇA ................................................................ 3
 2.1 BIOSSEGURANÇA .......................................................................................................................... 4
 2.2 REGULAMENTAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA ......................................................................... 7
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 11
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 12
TÓPICO 2: PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA .................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 13
2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ...................................................................... 13
3 RISCOS EM AMBIENTE DE SAÚDE .............................................................................................. 16
 3.1 RISCOS PROFISSIONAIS ............................................................................................................... 17
 3.1.1 Riscos de acidentes ................................................................................................................. 17
 3.1.2 Riscos ergonômicos ................................................................................................................. 17
 3.1.3 Riscos físicos ............................................................................................................................ 18
 3.1.4 Riscos químicos ....................................................................................................................... 18
 3.1.5 Riscos biológicos ..................................................................................................................... 18
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 18
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 22
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 23
TÓPICO 3: HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO .......................................... 25
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 25
2 PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO ................ 25
 2.1 CONCEITUAÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA ............................................................. 26
 2.2 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS ........................................................................................... 273 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS ........................................................................... 27
 3.1 MEDIDAS PREVENTIVAS NO AMBIENTE PROFISSIONAL ................................................. 28
 3.1.1 Programa de controle médico de saúde ocupacional ........................................................ 28
 3.1.2 Equipamentos de Proteção Individual ................................................................................ 28
 3.1.3 Higiene ambiental ................................................................................................................... 29
 3.1.4 Higiene pessoal ....................................................................................................................... 31
4 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS ARTIGO ................................. 32
 4.1 LIMPEZA .......................................................................................................................................... 32
 4.1.1 Limpeza manual ...................................................................................................................... 33
 4.1.2 Limpeza mecânica ................................................................................................................... 33
 4.2 TRATAMENTO DOS ARTIGOS - UTENSÍLIOS E INSTRUMENTOS .................................... 35
5 ÁREA FÍSICA ........................................................................................................................................ 39
6 PRODUTOS ........................................................................................................................................... 42
7 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................. 42
VIII
8 IMPACTO AMBIENTAL DOS RESÍDUOS GERADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE 
BELEZA E GERENCIAMENTO DESTES RESÍDUOS..................................................................... 44
 8.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................... 46
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 49
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 59
UNIDADE 2: BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 EM CENTROS DE ESTÉTICA ..................................................................................... 61
TÓPICO 1: GESTÃO E QUALIDADE ................................................................................................. 63
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 63
2 CONCEITOS DE QUALIDADE ........................................................................................................ 63
3 QUALIDADE DE ATENDIMENTO DURANTE AS AÇÕES
 NA CLÍNICA DE ESTÉTICA ............................................................................................................. 65
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 69
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 71
TÓPICO 2: CUIDADOS NO ATENDIMENTO EM CLÍNICA ESTÉTICA ................................. 73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
2 CUIDADOS NO ATENDIMENTO EM CLÍNICA ESTÉTICA .................................................... 73
3 ASSEPSIA, DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO ........................................................................... 74
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 76
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 84
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 85
TÓPICO 3: EMERGÊNCIAS.................................................................................................................. 87
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87
2 EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS ................................................................................................. 87
3 EMERGÊNCIAS DIABÉTICAS ......................................................................................................... 91
4 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS ................................................................................................. 95
5 EMERGÊNCIAS CARDIOLÓGICAS ............................................................................................... 95
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 105
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 118
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 120
UNIDADE 3: BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
 EM CENTROS DE ESTÉTICA ..................................................................................... 121
TÓPICO 1: INTRODUÇÃO À DISCIPLINA E ABORDAGEM PRIMÁRIA
 E SECUNDÁRIA À VÍTIMA ............................................................................................ 123
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 123
2 PRIMEIROS SOCORROS ................................................................................................................... 123
3 ABORDAGEM PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA À VÍTIMA .......................................................... 124
 3.1 ABORDAGEM PRIMÁRIA RÁPIDA ............................................................................................ 126
 3.2 ABORDAGEM PRIMÁRIA COMPLETA ..................................................................................... 127
4 HEMORRAGIAS E SANGRAMENTOS ......................................................................................... 130
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 132
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 137
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 138
TÓPICO 2: CHOQUE ANAFILÁTICO, ALERGIAS E QUEIMADURAS .................................... 139
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 139
IX
2 CHOQUE ANAFILÁTICO E ALERGIAS ........................................................................................ 139
 2.1 CAUSAS DE ANAFILAXIA ........................................................................................................... 139
 2.2 SINTOMAS DO CHOQUE ANAFILÁTICO ................................................................................140
 2.3 TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILÁTICO ......................................................................... 140
3 ALERGIAS E TOXIDEZ ...................................................................................................................... 141
 3.1 HIPERSENSIBILIDADE AOS COSMÉTICOS ............................................................................. 142
 3.2 COMO PROCEDER EM CASO DE REAÇÕES ALÉRGICAS ................................................... 145
4 QUEIMADURAS E LESÕES OCULARES ....................................................................................... 145
 4.1 PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS ......................................................................... 146
 4.2 LESÕES OCULARES ....................................................................................................................... 150
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 152
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 154
TÓPICO 3: INTOXICAÇÃO EXÓGENA E HIPOTERMIA ............................................................. 155
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 155
2 INTOXICAÇÃO EXÓGENA .............................................................................................................. 155
3 MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO .......................................................................................... 157
4 HIPOTERMIA ....................................................................................................................................... 158
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 159
LEITURA COMPLEMENTAR II ........................................................................................................... 161
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 164
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 165
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 167
X
1
UNIDADE 1
BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E 
EMERGÊNCIA EM CENTROS DE 
ESTÉTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• conhecer os aspectos relacionados à base em biossegurança, sua regula-
mentação, bem como diretrizes;
• observar equipamentos de proteção individual;
• conhecer assuntos relacionados ao risco eminente em estabelecimentos de 
embelezamento;
• conhecer os deveres do profissional, manter o Manual de Rotinas e Proce-
dimento disponível a todos os profissionais do estabelecimento;
• ter clareza de quais procedimentos de medidas preventivas e educativas 
devem ser adotadas para diminuir o risco de transmissão de doenças e 
acidentes de trabalho;
• verificar o método correto de limpeza e esterilização específica, de am-
biente físico, bem como pentes, escovas e utensílios instrumentais;
• ter acesso ao conteúdo de impacto ambiental gerados em estabelecimentos 
de beleza, assim como, os procedimentos que devem ser realizados para 
gerenciar estes resíduos.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você 
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
TÓPICO 2 – PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
TÓPICO 3 – HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
1 INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar em todos os riscos expostos nas diversas ações 
em nosso dia a dia? Muitas vezes essas situações passam despercebidas e não nos 
damos conta de que estamos cercados de riscos para a nossa saúde. Basta uma 
pequena ação, como ingerir um lanche ou fazer as unhas para que esses riscos 
possam causar graves doenças.
Quantos de vocês têm o costume de ir a clínicas de estética sem a preocupação 
de como é feita a limpeza e desinfecção dos materiais que serão usados nos 
procedimentos? Quantas pessoas emprestam seu alicate ou lixa de unha durante os 
atendimentos de manicure? Sobre essas questões que iremos tratar nessa unidade. 
Neste primeiro tópico você verá assuntos relacionados à base em 
biossegurança.
Em seguida, observará quais as suas origens até os processos que envolvem 
o estudo e aplicação no seu dia a dia profissional e pessoal.
Por fim terá acesso à regulamentação de Biossegurança, bem como suas 
diretrizes.
2 PRINCÍPIOS E CONCEITOS EM BIOSSEGURANÇA
Com o impacto de novas tecnologias, o avanço nas pesquisas na área 
da cosmetologia no Brasil e no mundo, além do aparente crescimento na área, 
amplifica-se também os cuidados de higiene que os profissionais devem empregar 
nos centros de beleza e estética, com a finalidade de tornar esses espaços mais 
seguros. 
Nos dias atuais, com a expansão do número de locais que oferecem serviços 
de estética, da grande rotatividade de clientes nestes espaços, faz-se necessário 
prevenir situações de risco, pois profissionais e clientes estão em constante 
exposição a riscos biológicos, por exemplo, presentes na realização de tratamentos 
faciais.
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
4
Teixeira e Valle (1996) recomendam que a prevenção seja frequente, a fim 
de minimizar e eliminar riscos que possam comprometer a saúde dos clientes e 
dos profissionais, portanto, a aplicação dos conceitos de Biossegurança torna-
se fundamental para assegurar a qualidade em todos os serviços oferecidos em 
estética facial. 
A adoção das normas de Biossegurança auxiliará na segurança dos 
serviços oferecidos pelo profissional, além de minimizar, controlar e diminuir os 
riscos de transmissão de doenças em âmbito geral da população.
2.1 BIOSSEGURANÇA
Percebendo-se a preocupação com a transmissão de doenças durante a 
rotina de trabalho, salões de beleza e clínicas de estética também vêm adotando 
condutas de biossegurança, a exemplo de hospitais e consultórios odontológicos.
Um assustador percentual, de 80% a 90%, dos acidentes ocasionados 
com agulhas são responsáveis por transmissões de doenças infecciosas entre 
trabalhadores da saúde, segundo Marziale; Nishimura e Ferreira (2004), afirmando 
a importância da aplicação de condutas de Biossegurança com o propósito de 
diminuir o contágio de doenças nesses espaços.
Portanto, biossegurança vem a ser o conjunto de ações voltadas para a 
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de 
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do 
meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, segundo a Fundação 
Oswaldo Cruz (apud TEIXEIRA; VALLE, 1996). 
Para Costa e Costa (2002), biossegurança é uma ação educativa, que 
através da agregação de conhecimentos técnicos, propicia a segurança da saúde 
do homem e do meio ambiente em âmbito geral através de um sistema de ensino-
aprendizagem. Em resumo, biossegurança são providências e normas adotadas 
para minimização de doenças ou riscos.
A biossegurança corrobora a importância de se trabalhar de forma 
segura e para isso faz-se necessário incorporar, no dia a dia, conhecimentos, 
hábitos, comportamentos e sentimentos, a fim de que se possam desenvolver 
as atividades de modo seguro. Para que este objetivo seja plenamenteatingido, 
outras áreas profissionais devem entrar em ação, pois, segundo Silveira e Brito 
(2010), a Biossegurança anda junto com a Engenharia de Segurança, a Medicina 
do Trabalho, a Saúde do Trabalhador, a Higiene Industrial, Pessoal e Ambiental e 
com a Infecção Hospitalar.
A introdução dessa ciência envolvendo ações voltadas à prevenção de 
riscos à saúde humana é recente, pois os registros históricos estão relacionados aos 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
5
assuntos que tratam sobre alguns procedimentos específicos, como a manipulação 
de organismos geneticamente modificados (conhecidos também como transgênicos, 
como exemplo, alguns alimentos) e envolviam profissionais ligados a trabalhos 
em laboratórios. (SILVEIRA; BRITO, 2010). 
Os primeiros registros sobre biossegurança com abordagem para os seres 
humanos foram feitos por estudiosos que criaram teorias para o surgimento e a 
propagação das doenças ou moléstias que afetavam a população de um modo 
geral. Algumas destas teorias explicavam a propagação das doenças devido a 
bruxarias, contato com vapores contaminados, devido ao toque ou ao contato com 
roupas e objetos contaminados, entre outros. Também, foram muitas as ideias de 
como prevenir o contágio das doenças. Têm-se aí os primeiros registros. (SILVEIRA; 
BRITO, 2010).
Ao passar do tempo, muitas dessas teorias foram aprimoradas e o homem 
foi descobrindo formas para melhorar técnicas e modo de trabalho visando à 
diminuição de riscos nos ambientes de trabalho, surgido então a Biossegurança.
A Biossegurança é utilizada também em ambientes como indústrias, 
hospitais, laboratórios, universidades, entre outros, no sentido de prevenir 
riscos/perigos gerados por agentes químicos (substâncias tóxicas), físicos (radiação 
ou temperatura), ergonômicos (posturais, excesso de peso), biológicos (agentes 
infecciosos) e psicológicos (como o estresse). Locais como academias de ginástica, 
clínicas de estética, salões de beleza, lanchonetes, consultórios odontológicos e 
diversos outros ambientes presentes em nosso cotidiano também têm aderido à 
biossegurança em suas atividades.
Você já parou para analisar hábitos comuns no dia a dia, como uso 
compartilhado de alicate de unha em salões de manicure, descuido ao usar agulhas 
nos procedimentos de pigmentação de sobrancelhas, ou outras ações? Todas estas 
envolvem riscos que podem ser considerados perigosos para a saúde da população. 
Silveira e Brito (2010) nos fazem recordar que os materiais utilizados de 
maneira incorreta pelos diversos profissionais nos serviços prestados, ao usar um 
alicate de outra pessoa nos salões de beleza, e até aqueles que usamos em casa, 
como lixas de unha, palitos, entre outros, possuem diversos micro-organismos, 
como germes e micróbios, que podem causar e/ou transmitir doenças. 
O que vale também para os aparelhos de ginástica; devendo, portanto, 
estarem sempre limpos para o uso. Em relação aos sanduíches, estes podem, 
quando “sujos”, estragados ou contaminados, causarem grandes problemas de 
saúde em quem os consome, causando desde uma diarreia até infecções mais 
graves. Outro exemplo muito importante são os consultórios odontológicos; quando 
os materiais usados pelos dentistas não se encontram em boas condições de uso ou 
são usados de maneira errada, são importantes fatores de transmissão de doenças 
para pacientes e para os próprios profissionais.
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
6
Esses momentos de reflexão são importantes, pois nos permitem analisar 
situações rotineiras que, na maioria das vezes, passam despercebidas, mas que 
podem causar grandes transtornos. Com o grande número de doenças é necessário 
pensar na importância do uso das técnicas de biossegurança e inseri-la nas rotinas 
diárias.
Agora que você recebeu estas informações introdutórias sobre biossegunraça, 
convido você a procurar outros materiais sobre o assunto, como notícias, atualidades e 
reportagens na área. Quer saber um lugar ótimo para buscar estes materiais: a trilha de 
aprendizagem da disciplina.
Os institutos de beleza sem responsabilidade médica são considerados 
estabelecimentos de interesse da saúde, pois podem representar um risco para 
seus usuários se boas práticas não forem adotadas. Conhecer possibilidades e 
riscos de transmissão de doenças, noções de higiene, de processos, desinfecção 
de utensílios e instrumentos e o cuidado no uso de determinados produtos é 
fundamental na prestação desse tipo de serviço.
As boas práticas a serem adotadas pelos estabelecimentos de beleza 
consistem em um conjunto de medidas que visam garantir a qualidade sanitária. 
O risco de agravos à saúde nos Estabelecimentos de Embelezamento pode ser 
variado e cumulativo tanto para os trabalhadores como para os clientes. Portanto, 
é de vital importância que todos os profissionais conheçam e adotem o conceito 
de Biossegurança, a fim de se obter ambiente profissional livre de riscos para os 
trabalhadores e clientes.
O significado etimológico da palavra Biossegurança se dá pela união do 
prefixo bio – vida, e da palavra segurança e tem como “propósito proteger a 
saúde dos trabalhadores [...], evitando que eles contraiam doenças de pacientes, 
no local de trabalho ou de materiais biológicos provenientes deles”. (HIRATA; 
MANCINI, 2002, p. 14).
Entretanto, é ampla a visão da biossegurança, sendo ela um conjunto de 
normas e procedimentos estipulados através de Normas Regulamentadoras (NR) 
e legislações orientadas pela ANVISA, o Ministério da Saúde e do Trabalho, 
Fundação Oswaldo Cruz, entre outras instituições. Além disso, a biossegurança 
não é voltada somente para os riscos biológicos, mas também, de acordo 
com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1993), ela enfatiza sobre os riscos 
químicos, físicos, ergonômicos e de acidentes.
UNI
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
7
2.2 REGULAMENTAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA
A Biossegurança, segundo a Comissão de Biossegurança da Fundação 
Oswaldo Cruz (apud TEIXEIRA; VALLE, 1996, p. 24):
É conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou 
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam 
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente, ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
O profissional que trabalha na área de Cosmetologia, dentro do segmento 
salões de beleza, deve estar ciente da existência de uma série de riscos 
físicos, químicos e biológicos inerentes às atividades desta profissão, a que 
podem estar sujeitos, mas que os mesmos podem ser minimizados através de 
medidas de prevenções básicas. As medidas de biossegurança abrangem uma 
série de cuidados, que, segundo Garcia e Moser (2006, p.15), “incluem limpeza 
do estabelecimento e mobiliários, desinfecção, assepsia e/ou esterilização dos 
artigos, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs), o 
correto gerenciamento de resíduos gerados pelo estabelecimento e também a 
higienização das mãos”.
A arquitetura e disposição dos móveis e equipamentos em um centro 
de beleza também são quesitos importantes a serem observados como medidas 
de biossegurança, pois, através destes pode-se minimizar riscos físicos. Conforme 
RDC 50 da ANVISA (2002, p. 54) “o ambiente deve ter boa iluminação e ventilação; 
pisos e paredes devem ser lisos, laváveis e resistentes a saneantes”.
Os sanitários de pacientes e funcionários devem ser separados; deve 
haver local específico para que os funcionários guardem seus pertences, 
as superfícies fixas (pisos, paredes, tetos, portas e mobiliários) 
não representam risco significativo de transmissão de doenças. 
É imprescindível a limpeza destas áreas, porém é desnecessária 
a desinfecção, a menos que haja respingos de matéria orgânica 
contaminada, quandoé recomendada a desinfecção localizada. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004, p. 54).
Quanto à limpeza do estabelecimento (assoalho, paredes, bancadas) deve-
se proceder ao uso de detergentes (sabão) que têm a ação de diminuir a tensão 
superficial e carrear as partículas de sujidades através da formação de micelas. 
No processo de desinfecção do ambiente, deve-se utilizar um agente químico 
adequado, usualmente um saneador que elimine 99,9% dos microrganismos 
contaminantes de uma área. Os compostos clorados são os principais produtos 
utilizados para estes procedimentos, especialmente o hipoclorito de sódio. Este 
composto, quando adicionado à água sofre hidrólise, dando origem ao ácido 
hipocloroso, que, por sua vez, em uma nova reação, origina o oxigênio nascente, 
constituindo-se em um poderoso oxidante capaz de destruir substâncias celulares 
vitais. O cloro também pode combinar-se diretamente com proteínas celulares e 
destruir suas atividades biológicas. (PELCZAR et al., 1996).
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
8
Segundo Guandalini (1997), o sucesso do resultado da limpeza e desinfecção 
do ambiente e dos artigos depende dos produtos químicos utilizados. Entretanto, 
para Teixeira e Valle (1996, p. 108) “não existe um desinfetante que atenda a todas 
as situações e necessidades encontradas, sendo preciso conhecer as características 
de cada um para se ter subsídios suficientes que permitam a escolha correta do 
produto, evitando custos excessivos e uso inadequado”.
A desinfecção ou assepsia dos artigos pode ser definida como a redução da 
maioria ou eliminação dos microrganismos patogênicos em uma superfície ou 
objeto, tornando este objeto incapaz de transmitir doenças. No caso de assepsia 
e desinfecção de artigos, o principal agente utilizado é o álcool etílico (etanol) que, 
segundo o Ministério da Saúde (2004), tem sua concentração ideal recomendada 
a 70% em peso. Assim, “o etanol absoluto é menos ativo do que suas soluções 
aquosas, sendo assim, tem como ação principal a capacidade de desnaturar 
proteínas, ou seja, age na membrana celular, lesando as estruturas lipídicas das 
células microbianas” (PELCZAR et al., 1996, p. 112). Existe, nos salões de beleza, o 
risco de contaminação de algumas doenças causadas por fungos, bactérias e vírus 
através do uso de alicates, pinças, lixas, palitos e outros artigos que possam estar 
contaminados.
É recomendado aos profissionais que atuam na área da Cosmetologia e 
Estética fazer uso de Equipamentos Individuais de proteção (EPIs) durante 
alguns procedimentos específicos como: limpeza de pele, depilação, manicure 
e pedicure, podologia, aplicação de produtos, quando estão expostos a uma 
grande variedade de microrganismos causadores de doenças infectocontagiosas 
e também a produtos que exalam odores tóxicos como amônia e outros. 
(HINRICHSEN, 2004).
Essa exposição acaba sendo facilitada devido à proximidade profissional-
cliente, que durante o seu atendimento pode aumentar as chances de contato 
com esses agentes patológicos e químicos, provenientes de pequenas lesões de 
pele, fluidos orgânicos do cliente, tinturas para cabelos, produtos para alisamento 
etc. Também a alta rotatividade no atendimento e a omissão, e até mesmo o 
desconhecimento de alguma doença infectocontagiosa, por parte do cliente, 
podem contribuir com o risco de contágio do profissional. (HINRICHSEN, 2004).
O Ministério do Trabalho e Emprego em sua NR 06 – da Portaria no 
3.214/1978, considera Equipamento de Proteção Individual – EPI: “todo dispositivo 
ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador”. 
Os profissionais devem evitar contato direto com matéria orgânica, 
através de barreiras protetoras, como luvas, gorros, aventais, óculos de proteção 
e máscaras (EPIs).
Conforme Resolução Normativa (NR 23) do Ministério do Trabalho e do 
Emprego (2004), deve haver extintores de incêndio para produtos químicos 
(extintores PQS de pó), eletricidade (extintores a gás CO2) e para papéis (extintores 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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de água comprimida) devem estar disponíveis. Em ambientes que utilizam muitos 
equipamentos elétricos deve-se ter maior número de extintores para eletricidade, 
enquanto aqueles em que o número de produtos químicos for muito grande 
devem conter extintores PQS em número suficiente. Os dois podem ser utilizados 
em ambos os casos e os mesmos devem ser guardados em local livre e não distante 
mais do que a um metro do piso e devidamente sinalizados. Os extintores devem 
estar com a carga válida e à disposição em local acessível a todos. Recomenda-se 
que em locais com maior periculosidade haja um extintor a cada dez metros.
A preocupação com o descarte dos resíduos gerados em estabelecimentos 
de beleza, como o lixo tóxico, o lixo contaminado com fluidos orgânicos, o lixo 
comum e o reciclável também faz parte da biossegurança. A ANVISA, através da 
RDC 306 (2004), dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde. Este gerenciamento constitui em um conjunto de 
procedimentos planejados e implementados a partir de bases científicas técnicas 
e normativas legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos 
gerados, estabelecer um encaminhamento seguro aos resíduos de forma eficiente, 
visando à proteção dos trabalhadores e do meio ambiente. 
O manejo dos resíduos é entendido como a ação de gerenciar os mesmos 
em todas as etapas, como segregação, acondicionamento, identificação, transporte 
interno, armazenamento, coleta e transporte externo. A identificação destes 
resíduos deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes 
de coleta interna e externa e no local de armazenamento, em local de fácil 
visualização, utilizando-se de símbolo e frase de acordo com o tipo de lixo gerado. 
Deve-se lembrar de que todas as lixeiras devem ser acionadas por pedal para que 
não haja contato manual com o mesmo.
As medidas de biossegurança norteiam as ações que podem ser tomadas 
para a minimização dos riscos aos quais, diariamente, tanto profissionais 
quanto clientes dos salões de beleza estão expostos. Os profissionais da área 
de cosmetologia e estética estão cada vez mais interessados na conscientização 
da classe em relação às medidas de biossegurança, cujo principal objetivo é a 
preservação da saúde dos indivíduos e do meio ambiente.
A resistência dos profissionais em se atualizarem e colocarem em prática 
as medidas de prevenção contra riscos biológicos (doenças transmissíveis por 
objetos contaminados) ainda é muito grande. Segundo a pesquisa de Garcia e Moser 
(2006), observa-se ainda que em sua maioria os profissionais não saibam o que é 
biossegurança e qual a sua importância para a minimização e prevenção de riscos. 
Ressaltam ainda a importância das universidades, órgãos públicos e empresas 
ligadas à área de Cosmetologia e Estética elaborarem material informativo e 
esclarecedor enfocando as corretas condutas de Biossegurança. 
Informações sobre biossegurança devem ser amplamente divulgadas 
através da promoção de palestras informativas, folhetos, programas de prevenção 
de doenças e utilização de meios de comunicação, a fim de que os estabelecimentos 
(salões de beleza) possam esclarecer suas dúvidas e aplicar, efetivamente, as 
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
10
medidas de biossegurança, trazendo, como consequência a melhoria dos/nos 
serviços oferecidos.
Para complementar este estudo inicial você pode conferir o livro: Biossegurança: 
Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde, da Editora Atheneu, escrito por Marco Fabio 
Mastroeni.
DICAS
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Neste tópico você estudou que:
• Biossegurança é o conjunto de medidas e ações que visamà prevenção e/ou 
a diminuição de riscos em nosso ambiente de trabalho e em nossas atividades 
diárias.
• A Biossegurança busca o bem-estar do homem, dos animais e do meio ambiente.
• A atuação da biossegurança está presente desde o trabalho em uma instituição 
de saúde (hospitais, postos de saúde, laboratórios) até ambientes de uso diário, 
como salões de beleza.
• A história da biossegurança passou por muitas mudanças, focalizando, no início, 
a manipulação genética de alimentos, até o foco nos seres humanos, animais e 
meio ambiente, como é nos dias atuais.
• Para adaptar-se a essas mudanças, foram criadas as leis relacionadas à 
biossegurança.
• No Brasil, a legislação de maior importância na biossegurança em relação ao 
trabalho em instituições de saúde está representada pela NR-32.
• A NR-32 destaca a prevenção dos riscos presentes nos serviços de saúde.
RESUMO DO TÓPICO 1
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Para compreender melhor este tópico responda às seguintes questões:
1 Conceitue Biossegurança.
2 O profissional de Estética deve estar ciente dos riscos existentes em seu 
ambiente de trabalho, quais seriam?
3 Cite algumas medidas de Biossegurança.
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 2
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste segundo tópico você verá assuntos relacionados aos equipamentos 
de proteção individual.
Em seguida, verá que o que são os riscos em ambiente de saúde, que podem 
trazer aos trabalhadores e usuários.
Terá acesso à classificação dos riscos profissionais, riscos de acidentes, 
riscos físicos, químicos, ergonômicos e biológicos.
Por fim, terá acesso a um artigo abordando a ação da biossegurança em 
centros de estética e embelezamento.
2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Ministério do trabalho e do emprego (1978) conceitua os Equipamentos 
de Proteção Individual (EPIs) como: “é todo dispositivo ou produto, de uso 
individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.
Desta forma, os equipamentos de proteção individual atuam como barreiras 
protetoras, a fim de evitar o contato do profissional com o material biológico.
Observe, na Figura 1, os principais EPIs para centros de estética e imagem 
pessoal. E na sequência vamos conferir qual a importância dos EPIs para a prática 
na estética facial.
14
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
FIGURA 1 - PRINCIPAIS EPIS PARA CENTROS DE ESTÉTICA E IMAGEM PESSOAL
FONTE: A autora
• Caracterizam-se por promover uma boa barreira mecânica para as mãos 
do profissional e para a pele do cliente. Devem ser usadas quando houver a 
possibilidade do profissional se contaminar ou entrar em contato com sangue, 
secreções, mucosas, tecidos e lesões sobre a pele. (RAMOS, 2009, p. 89).
De acordo com Guandalini et al. (1997) e Andrade et al. (2008), as 
luvas devem ser usadas quando houver a manipulação de artigos ou superfícies 
contaminadas, ressalta-se ainda que as mesmas não devem ser reutilizadas 
por perderem sua efetividade na proteção, devendo, posteriormente, serem 
descartadas em lixo para contaminados. Já relacionando com a estética facial, o 
uso de luvas se faz necessário, pois o profissional está sempre em contato com a 
pele do cliente, estando ela íntegra ou não. Observa-se ainda que o uso de luvas 
nos procedimentos de estética facial deve ser desde o início dos tratamentos até 
a finalização dos mesmos, salvo quando a pele esteja íntegra, retirando-a após a 
higienização (extração) para a aplicação de produtos cosméticos e finalização 
do procedimento.
15
TÓPICO 2 | PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
• Usa-se quando houver risco de respingo em mucosa oral e nasal, protegendo 
as vias aéreas superiores de micro-organismos contidos nas partículas de 
aerossóis, quando há um acesso de tosse, espirro ou fala. (GUANDALINI et 
al., 1997).
Em vista disso, nos procedimentos de estética facial, o uso desse EPI é 
de suma importância devido à proximidade entre cliente e profissional, evitando 
a contaminação cruzada. Visa acrescentar que, durante o procedimento não se 
deve puxar a máscara para a região do pescoço (pois esta região é considerada 
contaminada), além de trocar a mesma quando ficar úmida, no intervalo de cada 
cliente, e não ser reutilizada. (GUANDALINI et al., 1997).
• O uso da touca pelo profissional previne contaminação cruzada de paciente/
profissional (por micro-organismos ou até mesmo piolhos). A touca pode ser 
utilizada tanto por profissionais como clientes, devendo cobrir todo o cabelo. 
(GUANDALINI et al.,1997).
Vale acrescentar que, tanto a touca como as máscaras faciais, devem ser 
descartadas em lixo infectante após o uso das mesmas.
• O uso do jaleco protege o profissional da exposição a sangue e fluídos 
corpóreos e de respingos de material infectado.
Nos procedimentos de estética facial utiliza-se o jaleco, pois poderá ocorrer 
risco de respingos de material orgânico ou o contato com líquidos. Baseado 
nisso, a sua utilização evita a transmissão de doenças não fazendo o transporte 
de microrganismos para outras partes do corpo. Ainda assim, aconselha-se não 
utilizar o jaleco em locais que não sejam do ambiente profissional, e estes devem 
ser trocados sempre que apresentarem sujidades.
16
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
 O calçado fechado e a calça comprida são utensílios de segurança adotados 
com o intuito de evitar que secreções orgânicas ou materiais de trabalho sejam 
lançadas sobre os pés do profissional, evitando acidentes e a transmissão de 
doenças. (GUANDALINI et al., 1997).
Partindo desse princípio, na estética facial, o uso de EPI se faz necessário 
a fim de que materiais (vidros quebrados, agulhas) ou substâncias (ácidos 
esfoliantes) e também secreções orgânicas não sejam responsáveis por acidentes 
ou transmissões de doenças em ambientes de trabalho.
É indicado o uso de óculos de proteção a fim de evitar que respingos de sangue 
ou secreções atinjam os olhos do profissional. (GUANDALINI et al., 1997).
Outro meio de proteção ocular é o uso da lâmpada lupa durante os 
procedimentos de extração e drenagem das lesões da acne, esta não sendo apenas 
uma ferramenta de trabalho, mas consequentemente auxiliando na proteção do 
profissional. Em face do exposto, considera-se que os EPIs são de suma importância 
na prática da estética facial, pois os mesmos agem como barreiras mecânicas 
contra micro-organismos. Entretanto, apenas o emprego dos EPIs não é suficiente 
para evitar as transmissões de doenças no ambiente de trabalho, mas também, 
faz-se necessário o emprego de procedimentos de higienização dos utensílios 
utilizados, bem como entre outras ações citadas ao longo deste trabalho.
3 RISCOS EM AMBIENTE DE SAÚDE
Para começar, você sabe o que são os ambientes ou serviços de saúde?
Os ambientes de saúde ou serviços de saúde são locais que prestam 
serviços específicos de saúde à população em geral e onde essa população busca 
se recuperar e/ou prevenir doenças. Alguns exemplos desses serviços são os 
hospitais, os postos de saúde, os Programas de Saúde da Família, os laboratórios, 
as clínicas, entre outros.
Os ambientes de saúde, além de prevenir ou tratar doenças, podem, também, 
representar perigo a seus trabalhadores e às pessoas que usam seus serviços, ou 
seja, os pacientes/usuários. Isso acontece porque os serviços de saúde, além de 
possuírem uma grande variedade de ações desenvolvidas, possuem também um 
17
TÓPICO 2 | PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
grande fluxo de pessoas (sadias e doentes), diferentes tipos de microrganismos 
causadores de doenças e um grande número de problemas (riscos).
Os serviços de saúde podem ser caracterizados pelo risco de contato com 
materiais e objetos contaminados (como agulhas com sangue);manuseio ou descarte 
inadequado de substâncias contaminantes (como o lixo hospitalar); a limpeza feita 
de forma incorreta ou não feita, e até mesmo a falta de equipamentos necessários 
para se prevenir os riscos e acidentes, com o uso de EPIs, que estudamos no item 
anterior.
Esses riscos que os ambientes de saúde podem trazer aos trabalhadores 
e usuários são classificados em: riscos profissionais, riscos de acidentes, riscos 
físicos, químicos, ergonômicos e biológicos.
3.1 RISCOS PROFISSIONAIS
Os serviços de saúde possuem muitas áreas de insalubridade, que variam 
de acordo com o tipo de ambiente (laboratório, lavanderia, pronto-socorro) ou tipo 
de trabalho realizado (atendimento a doentes, limpeza, trabalho administrativo).
Os riscos profissionais são caracterizados ou exemplificados por todos os 
riscos aos quais os trabalhadores estão sujeitos em seu ambiente de trabalho, como 
os citados anteriormente. Tais riscos, como, por exemplo, os de acidentes, podem 
ser agravados por problemas administrativos e financeiros, devido, entre outros, à 
falta de manutenção de equipamentos.
3.1.1 Riscos de acidentes
Esses riscos existem quando o trabalhador e/ou usuários ficam expostos a 
qualquer situação de perigo que possa afetar sua integridade e bem-estar físico e 
moral. Como exemplos desses riscos existem o uso de máquinas e equipamentos 
sem proteção adequada, a estrutura física inadequada, riscos de incêndio, entre 
outros.
3.1.2 Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão presentes quando o trabalhador e/ou usuários 
ficam expostos a situações que possam afetar suas características psicofisiológicas, 
ou seja, situações que possam afetar seu corpo e sua mente. Como exemplos 
podemos citar o trabalho excessivo, a cobrança excessiva, o levantamento excessivo 
de peso, a má postura, os movimentos repetitivos, entre outros.
18
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
3.1.3 Riscos físicos
Quando o trabalhador e/ou usuários ficam expostos a diversas formas 
de energia que possam causar danos em diversas funções do corpo, então 
falamos que eles estão sujeitos aos riscos físicos. Os exemplos desse tipo de risco 
são a exposição aos Raios X, a altas temperaturas, a materiais cortantes, ao ruído 
excessivo, entre outros.
3.1.4 Riscos químicos
Os riscos químicos existem quando o trabalhador e/ou usuários entram em 
contato (através da respiração, ingestão ou contato com a pele) com substâncias, 
como poeiras, gases, medicamentos, venenos, entre outros, que possam causar 
algum dano ao seu organismo. Alguns exemplos são os profissionais que trabalham 
em laboratórios de análises clínicas ou de manipulação de medicamentos, entre 
outros.
3.1.5 Riscos biológicos
Quando, nos ambientes de saúde estão presentes microrganismos, como 
bactérias, fungos, parasitas e vírus (causadores de doenças infectocontagiosas), 
dissemos que o trabalhador e/ou usuários estão em contato com riscos biológicos.
Concluindo, independente da função que exercemos, a adoção de normas e 
padrões de biossegurança é essencial para a existência de um ambiente seguro e 
para a saúde de todos os envolvidos na área da saúde (trabalhadores e usuários).
LEITURA COMPLEMENTAR
BIOSSEGURANÇA AÇÕES EM CENTROS DE ESTÉTICA E 
EMBELEZAMENTO
Thyago Cardozo de Oliveira
Maria do Socorro Batista Santos 
João Armindo Oliveira Silva Rogério 
Américo da Silva Brasil
André Henriques Medeiros
Sônia Maria Silva de Souza
Resumo: O mercado da beleza e estética tem crescido nas últimas décadas, 
impulsionado pelos meios de comunicação, que trouxeram consigo padrões de imagem e 
estilo atingindo todas as camadas sociais e faixas etárias. Ao prescrever e divulgar técnicas 
para o embelezamento um profissional de Estética estimula a autoestima, mas é de valor 
19
TÓPICO 2 | PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
fundamental que este profissional conheça e saiba aplicar as medidas de ações biosseguras, 
não promovendo o risco para si e para o seu cliente. Sendo assim, o presente trabalho 
teve por objetivo realizar atividades de Educação em Biossegurança entre profissionais de 
alguns centros de embelezamento nos municípios de Niterói e São Gonçalo. 
Palavras-chaves: Biossegurança. Estética. Embelezamento.
INTRODUÇÃO
Os estabelecimentos que prestam serviços na área de beleza e estética, 
definidos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (CNAE-2.0-IBGE), como serviços de cabeleireiros e outras 
atividades de tratamento de beleza fazem parte do cenário atual e contam com 
um grande número de consumidores. As ocupações profissionais desse segmento 
compreendem cabeleireiros, manicures, barbeiros, massagistas, esteticistas, 
pedicures, calistas, trabalhadores de clínicas de estética, institutos de beleza, 
tratamento capilar e depilação (OLIVEIRA; FOCACCIA, 2010). O aspecto cultural 
de se dar importância ao atributo da beleza, e a facilidade de acesso entre todas 
as camadas sociais para usufruir de serviços voltados para cuidados da aparência 
física em compasso com os padrões de estética corporal atuais, é uma realidade 
em todo mundo. Tal comportamento se reflete na economia, no crescimento 
da indústria de perfumaria e cosméticos e, sobretudo, nos serviços para o 
embelezamento, cuja prerrogativa é a da beleza pessoal como uma apresentação 
de maior impacto (GIR; GESSOLO,1998). Desta forma a procura por profissionais 
da beleza vem aumentando, sendo assim, é de suma importância a conscientização 
desses profissionais quanto aos riscos existentes no exercício desta profissão, tanto 
para ele quanto para os clientes (CORDEIRO; HEMMI; RIBEIRO, 2013).
A segurança biológica deve ser aplicada em ambientes de trabalho, 
em cuidados pessoais, na manipulação de materiais biológicos, cuidados com 
equipamentos e superfícies, descarte e destino de materiais perfurocortante, 
infectantes, prevenção e manejo da exposição biológica e ocupacional. Essas 
são precauções essenciais na prática da estética e técnicas associadas (COSTA; 
GOMES, 2012). Assim, as atividades desenvolvidas nos estabelecimentos de 
beleza e estética vêm despertando a preocupação de pesquisadores. A inquietação 
está na possibilidade do desconhecimento e falta de adesão entre os profissionais 
às recomendações de biossegurança preconizadas por agências nacionais 
e internacionais (GARBACCIO, 2013). Recentemente foi publicada a Lei no 
12.595/2012, que reconhece o exercício das atividades profissionais de cabeleireiro, 
barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. A lei recomenda 
que os profissionais destas áreas sigam as normas sanitárias, realizando a 
esterilização de materiais e utensílios utilizados no atendimento aos seus clientes. 
Esta é a primeira lei federal que traz a obrigatoriedade da aplicação de normas 
sanitárias por profissionais da área de estética que estão diariamente expostos aos 
riscos biológicos e químicos, inerentes ao exercício da sua profissão (BRASIL, 2012). 
Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo realizar atividades de Educação 
em Biossegurança entre profissionais de alguns centros de embelezamento nos 
municípios de Niterói e São Gonçalo. 
20
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
METODOLOGIA 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa documental descritiva, 
realizada por meio do levantamento e análise da rotina de centros de Estética e 
Embelezamento, com foco no processo de Educação em Biossegurança, pautado 
também em dados de publicações na área em fontes indexadas.
DISCUSSÃO
 A partir do Projeto de Iniciação Científica intitulado Biossegurança Ações 
em Centros de Estética e Embelezamento, docentes e acadêmicos do Curso de 
Estética e Ciências Biológicas da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO, 
campus Niterói,estão desenvolvendo um trabalho educativo em biossegurança 
com profissionais deste seguimento econômico. A proposta do projeto inclui a 
realização de oficinas e palestras voltadas para temas em saúde e biossegurança. 
Embora as oficinas e palestras, ainda não tenham sido realizadas, é importante 
ressaltar que o levantamento inicial realizado pelos acadêmicos possibilitou traçar 
um perfil dos profissionais e suas reais necessidades, favorecendo desta forma 
o direcionamento do trabalho a ser realizado, além de propiciar aos acadêmicos 
uma troca de conhecimentos, enriquecendo sua formação, uma vez que se põe 
em prática o exercício entre o conhecimento científico e o conhecimento do senso 
comum.
CONCLUSÃO
 Pode-se perceber por meio dos levantamentos realizados pelos alunos até 
o momento, que em sua maioria, os profissionais e os próprios centros de estética e 
embelezamento necessitam de maior atenção no que tange a ações de Biossegurança 
na sua rotina de trabalho. As atividades voltadas para a educação em Biossegurança 
neste seguimento econômico tornam-se cada vez mais necessárias, uma vez que 
esses profissionais podem influenciar direta ou indiretamente na saúde dos seus 
clientes. Sendo assim, o presente projeto terá continuidade para que se faça uma 
avaliação detalhada dos levantamentos realizados com estatísticas dos dados 
coletados e discussão das oficinas realizadas, para que ocorra um processo efetivo 
de educação e que o mesmo tenha continuidade.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei no 12.595, de 19 de janeiro de 2012. Disponível em: <www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2011.../2012/Lei/L12595.HTM>. Acesso em: 24 jun. 2014.
CORDEIRO, Cláudia Aparecida Fernandes; HEMMI, Ana Paula Azevedo; 
RIBEIRO, Gabriela de Cássia. Noções de biossegurança e ergonomia no trabalho: 
uma proposta de educação em saúde para manicures e pedicures de Diamantina, 
Minas Gerais. Extramuros, Petrolina-PE. 2013.
GARBACCIO, Juliana Ladeira. Conhecimento e adesão às medidas de biossegurança 
entre manicures e pedicures. Tese de Doutorado. Belo Horizonte. 2013.
21
TÓPICO 2 | PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
GIR E.; GESSOLO F. Conhecimentos sobre AIDS e alterações nas ações profissionais 
das manicures de Ribeirão Preto. Esc Enf USP. 1998.
GOMES, Luciene Andrade Pereira; COSTA, Evanice Geralda. Biossegurança na 
Estética. Rev de Inic. Cient. da Universidade Vale do Rio Verde. 2012; v. 1, n. 1. 
OLIVEIRA, Focaccia R. Survey of hepatitis B and C infection control: procedures 
at manicure and pedicure facilities in São Paulo, Brazil. Braz J Infect Dis. 2010.
22
 
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou que:
• Os ambientes de saúde são locais reconhecidos também por apresentarem 
variados riscos a trabalhadores e usuários, ou seja, por serem locais insalubres.
• Para a redução dos diversos riscos, existem as precauções padrão, que são 
constituídas por atitudes, normas, cuidados e equipamentos que visam à 
proteção das pessoas envolvidas nos serviços de saúde de micro-organismos 
causadores de doenças.
• Uma das formas mais importantes e simples de proteção contra a transmissão 
de doenças nesse meio é a lavagem rotineira e adequada das mãos.
• Os equipamentos de proteção podem ser divididos em individual (protege o 
trabalhador durante a realização de suas atividades) e coletivo (quando tem a 
função de proteger um número maior de pessoas).
• Com o uso adequado dos EPIs e EPCs e seguindo de forma adequada as normas 
e precauções padrão, conseguiremos nos proteger da maior parte dos riscos a 
que estamos sujeitos em nosso dia a dia.
• Os ambientes de saúde são locais destinados a tratamento e prevenção de doenças 
e agravos de saúde.
• Por apresentar grande fluxo de pessoas, de trabalho e de organismos causadores 
de doenças, os ambientes de saúde representam, também, perigo à saúde de 
todos neles envolvidos.
• Os riscos em serviços de saúde podem ser classificados, basicamente, em 
profissionais, de acidentes, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
• A existência e a adoção de normas e rotinas de biossegurança tornam os 
ambientes de saúde mais seguros aos funcionários e usuários.
23
Para compreender melhor este tópico responda às seguintes questões:
1 O que são EPIs?
2 Quais os equipamentos de proteção individual que são utilizados na área de 
estética?
3 O que são considerados riscos químicos?
4 O que são considerados riscos biológicos?
AUTOATIVIDADE
24
25
TÓPICO 3
HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E 
ESTERILIZAÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste terceiro tópico você verá assuntos relacionados ao risco eminente 
em estabelecimentos de embelezamento, como AIDS, hepatites e dermatoses 
ocupacionais.
Em seguida conhecerá que é dever do profissional manter o Manual de 
Rotinas e Procedimento, disponível a todos os profissionais do estabelecimento.
Terá clareza de quais procedimentos de medidas preventivas e educativas 
devem ser adotadas para diminuir o risco de transmissão de doenças e acidentes 
de trabalho.
Verificará o método correto de limpeza e esterilização específica, de 
ambiente físico, bem como pentes, escovas e utensílios instrumentais.
Por fim, terá acesso ao conteúdo de impacto ambiental gerado em 
estabelecimentos de beleza, assim como, os procedimentos que devem ser 
realizados para gerenciar estes resíduos.
2 PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E 
ESTERILIZAÇÃO
Para melhor conhecer os procedimentos de higienização, desinfecção e 
esterilização deve-se ter em mente que os microrganismos podem ser transmitidos 
de várias formas, entre elas podemos citar de pessoa para pessoa ou através 
de superfícies e equipamentos de uso comum do serviço. Também é importante 
ressaltar que, entre as medidas de prevenção dessa transmissão, estão as mais 
importantes: a lavagem adequada e rotineira das mãos pelos profissionais de 
saúde, a limpeza, a desinfecção e a esterilização adequada do material a ser utilizado 
para os procedimentos e a limpeza e desinfecção do ambiente.
Os casos de infecções que ocorrem em ambientes de saúde, como hospitais, 
em grande parcela, podem ser associados a uma desinfecção inadequada de 
ambientes e de objetos ou artigos médicos.
26
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
Os procedimentos que são indicados estão classificados em: limpeza, 
desinfecção e esterilização. Estes procedimentos são de extrema importância para a 
prevenção da disseminação de doenças em serviços de saúde.
O risco de agravos à saúde nos estabelecimentos de estética e beleza 
pode ser variado e cumulativo tanto para os trabalhadores como para os clientes. 
Portanto, é de vital importância que todos os profissionais conheçam e adotem o 
conceito de biossegurança a fim de se obter ambiente profissional livre de riscos 
para os trabalhadores e clientes, como já fora dito nesta unidade.
O risco mais preocupante nos estabelecimentos de embelezamento é a 
possibilidade de se contrair doenças infecciosas, como: AIDS (transmitida pelo 
Vírus HIV), Hepatite B (transmitida pelo Vírus HBV) e hepatite C (transmitida 
pelo Vírus HCV). Além das doenças infecciosas, o risco de se adquirir dermatoses 
ocupacionais, como as dermatites de contato, que podem ser causadas pelo 
manuseio inadequado de tinturas e de outros produtos químicos utilizados nesses 
estabelecimentos (tônicos capilares, loções fixadoras, produtos para rinsagens e 
permanentes) e pelo uso de toucas de banho, grampos de cabelo dentre outros 
acessórios, significa uma ameaça constante. Os abscessos purulentos e as micoses 
nas unhas causadas por bactérias e fungos decorrentes de acidentes com materiais 
perfurocortantes contaminados (alicates de cutículas, navalhas, lâminas de 
barbear, entre outros) esterilizados de forma inapropriada, também, são bastante 
frequentes nesses estabelecimentos.2.1 CONCEITUAÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA
São várias as denominações dos profissionais que trabalham na área de 
estética e imagem pessoal. Sob essa perspectiva e com o objetivo de facilitar a 
consulta, a seguir são apresentados os conceitos básicos.
• Cabeleireiro(a) ou barbeiro: refere-se à categoria profissional que trabalha com 
o cabelo humano e realiza diversas alterações no mesmo, como corte, coloração, 
entre outras.
• Manicuro(e): refere-se à categoria profissional especializada no tratamento das 
unhas das mãos. 
• Pedicuro(a): refere-se à categoria profissional que trata dos pés e unhas de seus 
clientes.
• Esteticista: responsável por procedimentos ou atividades de mesoterapia, 
dermoabrasão, depilação definitiva a laser, peeling, aplicação de botox 
e preenchimento de rugas com ácidos, só podem ser executados em 
estabelecimentos sob responsabilidade médica.
Estes profissionais utilizam vários utensílios como instrumentos de 
trabalho, tais como: tesouras, navalhas, pentes, capas, máquinas de corte e de 
acabamento. É obrigatório utilizar material descartável para proteção de macas 
e bacias de manicure e pedicure. Também são consideradas de uso único, as lixas 
27
TÓPICO 3 | HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
para unhas e pés, palitos e espátulas de madeira e esponjas para higienização ou 
esfoliação da pele. Cabeleireiro(a) ou barbeiro que identificar alteração na pele ou 
no couro cabeludo do(a) cliente, deve orientá-lo(a) a procurar um médico.
2.2 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
Para os procedimentos denominados não invasivos, como: limpeza de 
pele, drenagem linfática, estimulação russa e bronzeamento artificial a jato, é 
imprescindível: 
• ser realizado por esteticista, devendo estar afixado em local visível no 
estabelecimento, o certificado de qualificação;
• utilizar produtos que contenham no rótulo: nome do produto; marca; nº de 
lote; prazo de validade; conteúdo; país de origem; fabricante/importador; 
composição, finalidade de uso e nº de registro no órgão competente do 
Ministério da Saúde; 
• utilizar produtos manipulados em farmácias somente quando devidamente 
prescrito por médico; 
• possuir Manual de instrução dos aparelhos, notificação de isenção de registro no 
órgão competente do Ministério da Saúde e registro de manutenção preventiva 
e corretiva do aparelho, conforme orientação do fabricante.
3 MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Todo estabelecimento deve possuir Manual de Rotinas e Procedimentos 
disponível a todos os profissionais do estabelecimento. Trata-se de um roteiro 
descritivo do passo a passo de cada serviço prestado e as recomendações sobre as 
atividades executadas.
O Manual deve abordar as rotinas de trabalho, como: tingimento ou 
relaxamento de cabelos, depilação, tratamento estético, os procedimentos de 
podologia etc. É preciso constar, também, todos os cuidados com os instrumentos 
de trabalho como: toalhas, pentes, escovas, esterilização de alicates e orientações 
relativas à higienização do ambiente de trabalho.
 Na elaboração do Manual, recomenda-se enfocar procedimentos 
relacionados a (à):
• Higienização do Ambiente: pisos e paredes, mobiliários e banheiros.
• Produtos em Geral: cosméticos, toalhas, alicates, espátulas e outros.
• Processos de Esterilização: tipos e equipamentos.
• Serviços: manicure, pedicure, cabeleireiro e barbeiro, depilação e estética.
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UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
3.1 MEDIDAS PREVENTIVAS NO AMBIENTE PROFISSIONAL
Para diminuir os riscos de transmissão de doenças e acidentes de trabalho 
nos estabelecimentos de embelezamento é necessário adotar algumas medidas 
preventivas e educativas que serão descritas a seguir.
3.1.1 Programa de controle médico de saúde ocupacional
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 7 (NR) da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Portaria nº 3.214, de 08/06/1978 do 
Ministério do Trabalho, para os profissionais que trabalham nos estabelecimentos 
de embelezamento são obrigatórios os seguintes exames médicos:
a) Exame Admissional: Exame médico que deverá ser realizado antes de o 
profissional assumir suas atividades no estabelecimento.
b) Exame Periódico: Exame médico anual para profissionais acima de 45 anos e 
bianual para profissionais com idade entre 18 e 45 anos.
c) Exame de Retorno ao Trabalho: Exame médico que deverá, obrigatoriamente, 
ser realizado no 1º dia de retorno ao trabalho, no caso de o profissional ter 
sido afastado por período igual ou superior a 30 dias, por gestação, doença ou 
acidente de natureza ocupacional ou não.
d) Exames de mudanças de função: Exame médico que deverá ser realizado antes 
de qualquer mudança de função do profissional. Entende-se por mudança 
de função, qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou setor, que 
implique a exposição do profissional a risco diferente a que estava exposto.
e) Exame Demissional: Exame médico a ser realizado obrigatoriamente, dentro 
dos 15 dias que antecederem o desligamento definitivo do profissional. Para 
o profissional cabeleireiro, se o último exame (admissional ou periódico), foi 
realizado a menos de 135 dias, está dispensado do exame demissional.
3.1.2 Equipamentos de Proteção Individual
A NR nº 6 do Ministério do Trabalho define os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI) como sendo “todo dispositivo de uso individual destinado a 
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador no local de trabalho”, como 
já estudamos.
29
TÓPICO 3 | HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
3.1.3 Higiene ambiental
É importante ressaltar que em ambiente coletivo onde há convivência de 
pessoas com origem e costumes diversificados, é necessário adotar procedimentos 
de higienização diferentes dos comumente utilizados em ambientes domésticos.
São princípios que norteiam qualquer procedimento de higienização eficaz:
• Limpar no sentido da área mais limpa para a mais suja. 
• Da área menos contaminada para a mais contaminada.
• De cima para baixo (ação da gravidade).
• Remover as sujidades sempre no mesmo sentido e direção.
Os procedimentos de higienização devem ser realizados nas seguintes 
áreas e superfícies fixas:
PISO
Periodicidade: diariamente e sempre que necessário 
Procedimentos:
• varrer, retirando todos os resíduos existentes; 
• espalhar água e sabão em toda a superfície com auxílio de um pano; 
• enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; 
• diluir a solução desinfetante conforme orientação do fabricante, e aplicar em 
toda superfície com auxílio de um pano limpo; 
• deixar secar. 
Uma vez por semana e sempre que necessário deve-se:
• varrer, retirando todos os resíduos existentes; 
• esfregar com água e sabão toda a superfície; 
• enxaguar com água limpa; 
• secar com rodo e pano limpo; 
• diluir a solução desinfetante conforme orientação do fabricante, e aplicar em 
toda superfície com auxílio de um pano limpo; 
• deixar secar.
VASO SANITÁRIO
 Periodicidade: diariamente e sempre que se apresentar sujo
Procedimento:
• acionar a descarga; 
• iniciar a lavagem externa do vaso sanitário com água e sabão;
• proceder à lavagem interna, com auxílio de uma escova de cabo longo, 
esfregando todos os cantos visíveis; 
30
UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
• acionar a descarga para enxaguar; 
• colocar solução desinfetante dentro do vaso sanitário. 
MOBILIÁRIO 
Periodicidade: diariamente, sempre que houver respingo de algum produto 
Procedimento:
• limpar com água e sabão, com auxílio de um pano limpo; 
• enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; 
• aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano limpo; 
• deixar secar.
PORTAS E PAREDES 
Periodicidade: uma vez por semana e sempre que necessário 
Procedimento:
• limpar com água esabão, com auxílio de um pano limpo; 
• enxaguar o pano em água limpa e retirar o sabão; 
• aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano limpo; 
• deixar secar 
OBS.: A diluição do desinfetante deve seguir orientação do fabricante. 
ROUPAS
Periodicidade: diariamente 
Procedimento:
• armazenar as roupas sujas em sacos (plásticos ou de tecido);
• colocar de molho em sabão em pó; 
• esfregar manualmente ou na máquina de lavar;
• enxaguar com água limpa; 
• proceder à passagem das roupas; 
• armazenar em armário fechado específico.
OBS.: As toalhas e lençóis devem ser de uso individual ou descartável e 
devem ser trocadas a cada cliente. 
FILTROS DE AR-CONDICIONADO
 Os estabelecimentos que utilizarem o ar-condicionado para climatização 
dos ambientes, obrigatoriamente, seguirão a Portaria no 3523/GM, de 28/8/98 do 
Ministério da Saúde, que dispõe sobre a higienização dos filtros dos aparelhos de 
ar-condicionado.
 
31
TÓPICO 3 | HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Cuidados básicos: 
• retirar os filtros; 
• lavá-los com solução de detergente neutro; 
• enxaguá-los em água corrente; 
• colocá-los em imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 30’; 
• enxaguá-los e deixar escorrer; 
• recolocá-los no aparelho de ar-condicionado.
3.1.4 Higiene pessoal
A imagem corporal é condição imprescindível para a manutenção do 
perfeito estado de saúde. Os profissionais devem apresentar-se com:
 
• roupas limpas; 
• unhas aparadas; 
• cabelos limpos e presos, se forem longos;
Obs.: os objetos de uso pessoal dos profissionais devem ser guardados em 
locais separados daqueles utilizados para roupas e equipamentos de trabalho.
LAVAGEM DAS MÃOS 
A lavagem correta das mãos é uma das mais importantes medidas utilizadas 
na diminuição da propagação de doenças. Esta lavagem tem a finalidade de livrar 
as mãos da sujeira, removendo bactérias, transitórias e residentes, como também, 
células descamativas, pelos, suor, oleosidade da pele, e deverá ser feita antes e 
depois de atender cada cliente.
Os profissionais devem adotar este procedimento como um hábito e 
seguir as recomendações e etapas de desenvolvimento da seguinte técnica:
LAVAGEM BÁSICA DAS MÃOS
• Ficar em posição confortável, sem tocar a pia e abrir a torneira, de preferência, 
com a mão não dominante, isto é, com a esquerda, se for destro, e com a 
direita, se for canhoto. 
• Manter, se possível, a água em temperatura agradável, já que a água quente 
ou muito fria resseca a pele. Usar de preferência sabão líquido. 
• Ensaboar as mãos e friccioná-las em todas as suas faces, espaços interdigitais, 
articulações, unhas e extremidades dos dedos (Figura 2). 
• Enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma e resíduos de sabão. 
• Enxugá-las com papel-toalha descartável.
• Fechar a torneira utilizando papel-toalha descartável (evitar encostar na 
torneira ou na pia).
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UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
FIGURA 2 – PROCEDIMENTO DE LAVAGEM DAS MÃOS
FONTE: Disponível em: <http://www.cmqv.org/website/artigo.
asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=18041>. Acesso em: 17 maio 2015.
4 PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS 
ARTIGO
4.1 LIMPEZA
Consiste na lavagem, enxágue e secagem do material, com objetivo de 
remover totalmente os detritos e sujidade dos artigos. Os critérios de escolha dos 
produtos químicos para higienização nos estabelecimentos de embelezamento 
devem ser feitos levando-se em consideração:
 
• Superfície, equipamento e ambiente. 
• Tempo de ação. 
• Variedade dos germes sobre os quais atua. 
• Custo. 
Molhe as mão com água Aplique sabão para cobrir 
todas as superfícies das mãos
Esfregue as palmas das 
mãos, uma na outra
Palma com palma com os 
dedos entrelaçados
Seque as mãos com toalhete 
descartável
Utiliza o toalhete para fechar a 
torneira, se esta for de comando 
manual
Agora suas mãos estão 
limpas e seguras
Parte de trás dos dedos nas 
palmas opostas com os dedos 
entrelaçados
Enxague as mão com águaEsfregue o polegar esquerdo em sentido rotativo, entrelaçado na 
palma direita e vice-versa
Esfregue rotativamente para trás 
e para a frente os dedos da mão 
direita na palma da mão esquerda 
e vice-versa
Palma da mão direita no dorso 
da esquerda, com os dedos 
entrelaçados e vice-versa
33
TÓPICO 3 | HIGIENIZAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
A limpeza dos artigos pode ser feita por processo manual, utilizando-se 
as mãos ou mecânico, sendo este o mais utilizado em serviços de saúde, devido à 
complexidade e o alto custo das lavadoras mecânicas.
4.1.1 Limpeza manual
Materiais indicados para limpeza manual:
 
• detergente; 
• solução desincrostante (opcional); 
• EPI (luvas de borracha e avental); 
• escova; 
• recipiente com solução detergente (bacia, balde).
Procedimentos de lavagem manual
Procedimento Observações
1. Imergir o material em solução de 
água com substância detergente e/
ou desincrustante (para promover 
a remoção dos detritos orgânicos).
2. Proceder à lavagem do material 
através de fricção.
3. Após a lavagem do material deve-
se efetuar um cuidadoso enxágue, 
para remover completamente os 
resíduos de detergente.
4. Enxugar os artigos.
• Utilizar EPI. 
• Deixar o tempo determinado pelo 
fabricante da solução.
• Utilizar escova macia com cerdas 
de nylon, escovando no sentido das 
serrilhas.
• Utilizar água filtrada para o enxágue.
• Utilizar pano seco e limpo.
FONTE: Adaptado do Manual de Orientação para Instalação e Funcionamento de Institutos de 
Beleza sem responsabilidade médica. Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. 2012. 
Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/Manual%20est%C3%A9tica%20revisado-
11set13.pdf>. Acesso em: 17 maio 2015.
4.1.2 Limpeza mecânica
O processo de limpeza mecânica utiliza lavadoras que funcionam de 
modo semelhante ao das lavadoras de louças industriais, com uso de detergentes 
apropriados e jatos de água. Os instrumentos devem ser colocados abertos. As 
lavadoras ultrassônicas propiciam uma limpeza em profundidade. Um núcleo 
gasoso gera minúsculas bolhas que se expandem até se tornarem instáveis e 
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UNIDADE 1 | BIOSSEGURANÇA, URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM CENTROS DE ESTÉTICA
explodirem. Essa implosão produz áreas de vácuo que “puxam” as sujidades, 
desincrustando-as dos materiais.
Quando associado à ação do detergente e do calor, o ultrassom possibilita a 
remoção até das sujidades mais aderentes, em locais que a escovação manual não 
alcança.
Materiais indicados para limpeza mecânica:
• máquinas lavadoras; 
• lavadoras ultrassônicas; 
• detergentes apropriados para essas máquinas; 
• EPI (luvas, avental e protetores auriculares).
Procedimentos de lavagem mecânica
Procedimento Observações
1. Colocar os instrumentais abertos na 
lavadora.
2. Colocar detergente na máquina.
3. Ligar a lavadora conforme 
orientação do fabricante.
4. Após a lavagem do material, deve-
se efetuar um cuidadoso enxágue, 
para remover completamente os 
resíduos de detergente.
5. Enxugar cuidadosamente cada 
peça.
• Utilizar EPI.
• Deixar o tempo determinado pelo 
fabricante da solução.
• Utilizar a quantidade de detergente 
apropriada recomendado pelo 
fabricante.
• Durante o funcionamento da 
lavadora ultrassônica, o funcionário 
deve usar protetores auriculares, 
pois o som emitido pela máquina 
pode causar surdez às pessoas 
que permanecerem nas suas 
proximidades durante sua operação.
• Usar EPI. 
• Utilizar água corrente para o 
enxágue.
• Utilizar pano seco e limpo.
FONTE: Manual de Orientação para Instalação e Funcionamento de Institutos de Beleza sem 
responsabilidade médica. Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. 2012. Disponível 
em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/Manual%20est%C3%A9tica%20revisado-11set13.pdf>.

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