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Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário

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jusbrasil.com.br
16 de Junho de 2019
Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário
1. Suspensão da Exigibilidade do
Crédito Tributário
 
A Suspensão do Crédito Tributário é descrita no artigo 151 do
Código Tributário Nacional. Conforme já aludido se o fato gerador
ocorreu, a exigibilidade do crédito é legitima e de fato cabe ao
contribuinte a obrigação de arcar com o tributo advindo da
obrigação tributária, entretanto, por força da suspensão, esta
exigibilidade fica paralisada, não surtindo mais seus efeitos
enquanto a causa que a gerou não for integralmente resolvida.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras
do processo tributário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571538/artigo-151-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
V – a concessão de medida liminar ou tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
De forma simples, o fato gerador constitui a obrigação tributária,
tendo esta a exigibilidade conferida através do lançamento, sendo
assim passível de cobrança pelo sujeito ativo, sendo previsto pelo
artigo 141 do CTN que o crédito tributário regularmente
constituído poderá ser suspenso somente nos casos previstos no
artigo 151 do mesmo código, se tratando as hipóteses de um rol
taxativo, ou seja, somente as possibilidades contidas em tal
dispositivo podem gerar sua suspensão do crédito tributário,
impedindo o sujeito ativo de cobrar o sujeito passivo
temporariamente.
As hipóteses previstas dispostas no artigo aludido podem ser
plenamente compreendidas através da leitura de um elucidativo
estudo disponibilizado pela EBRADI disposto no próprio site da
jusbrasil[1]:
“1. Moratória: versa sobre a dilação do prazo para pagamento do
tributo. Logo, uma vez concedida, tem-se a extensão do prazo
para adimplemento da obrigação tributária.
A moratória é dada em circunstâncias excepcionais, como
calamidade pública e desastres naturais. É excepcional, pois – em
regra – o ente público de respeitar o princípio da
indisponibilidade dos bens públicos, ainda que não esteja
renunciando ao pagamento, a retardamento deste impacta no
orçamento.

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10572681/artigo-141-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571538/artigo-151-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
2. Parcelamento: é a hipótese de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário incluída ao CTN em 2001. Constitui instituto
que visa à recuperação do crédito vencido.
Deve ser instituído, exclusivamente, por meio de lei, a fim de
tentar recuperar os tributos que foram deixados de pagar. A lei
dá benefício para incentivar o pagamento, como desconto na
multa e juros e pagamentos em longo prazo.
É diferente da moratória, pois no parcelamento o crédito já está
vencido e, por isso, além da correção monetária, há a incidência
de juros e multa.
3. Depósito de seu montante integral: é a modalidade suspensiva
do crédito tributário em que já há em andamento uma discussão
administrativa ou judicial acerca do crédito. É um meio de
suspender a exigibilidade do crédito tributário enquanto se
discute a obrigação tributária principal.
Vale mencionar que é a única modalidade de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário do rol do art. 151 do CTN que
suspende a incidência de juros e multa. Sendo que a correção do
valor se dará na conta judicial.
4. Reclamações e recursos nos termos do processo
administrativo tributário: é a modalidade de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, em razão do processo
administrativo iniciado.
Aqui, a impugnação do lançamento feito de ofício ou por
declaração suspende a exigibilidade do crédito tributário. Já o
lançamento por homologação não permite discussão por
processo administrativo (pois, não há erro do Fisco, uma vez que
quem faz é o próprio contribuinte).

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571538/artigo-151-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
Ademais, não é possível discutir em processo administrativo a
inconstitucionalidade de lei, pois é prerrogativa do Poder
Judiciário.
5. Concessão de medida liminar ou tutela antecipada em
mandado de segurança e outras espécies de ação judicial: a
concessão da liminar, igualmente, suspende a exigibilidade do
crédito tributário, mas não cessa a correção monetária.
Vale notar que no direito tributário, é utilizado o termo “liminar”
para qualquer decisão de cognição sumária.” 
2. Extinção do Crédito Tributário
 
A extinção do crédito tributário faz com que ocorra seu
desaparecimento, podendo este ser arrazoado por inúmeros
motivos, sendo normalmente extinto pelo seu mero pagamento.
Todas as causas que acarretam tal fim ao crédito tributário
encontram-se previstas no artigo 156 do CTN, ao ser tal ônus
extinto, não mais poderá o sujeito ativo cobra-lo novamente. É
importante ressaltar que tal extinção quando arrazoada por vício
presente no lançamento, esta estritamente ligada ao crédito
tributário que ela é ligada, não extinguindo a obrigação
tributária, podendo esta ser objeto de um novo lançamento.
Dispõe o art. 156 do Código Tributário Nacional que:
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I – o pagamento;

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10570420/artigo-156-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10570420/artigo-156-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
II – a compensação;
III – a transação;
IV – a remissão;
V – a prescrição e a decadência;
VI – a conversão do depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
nos termos do disposto no art. 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto
de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado;
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total
ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da
irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos arts.
144 e 149.
O rol previsto no art. 156 do CTN é taxativo, somente as situações
nele previstas extinguem o crédito tributário, sendo cada uma
delas entendida da seguinte forma:
2.1. Pagamento

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673132/artigo-144-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670874/artigo-149-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10570420/artigo-156-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
O Pagamento éo efetivo cumprimento da prestação tributária. É
um fenômeno jurídico que relaciona o tempo, o lugar e o modo,
sendo o tempo o período em que a obrigação será cumprida,
podendo ser dividida em prestações, perdendo sua validade com
o inadimplemento de qualquer uma delas. O lugar é o domicilio
ou sede do polo passivo e o modo o meio que será efetuado o
pagamento, se será em cheque ou dinheiro.
2.2. Remissão
A remissão é o perdão legal da dívida tributária, podendo o
mesmo ser dado de forma total ou parcial. A remissão só poderá
ser concedida mediante lei, não sendo aceita por meio de
qualquer outra forma, como decreto, por exemplo, em razão do
princípio legalidade. Somente lei específica de remissão tributária
tributante pode conceder a remissão, dada previsão legal do
artigo 150, § 6.º, da CF/88.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto
no art. 155, § 2.º, XII, g.
2.3. Transação
A Transação se trata de um acordo celebrado embasado na lei,
entre o contribuinte e o Fisco, pelo qual a obrigação tributária
desaparece dando lugar para uma ou mais novas obrigações

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670067/par%C3%A1grafo-6-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
tributárias. É um meio de extinção da obrigação tributária não
muito utilizado.
2.4. Compensação
Se trata de um meio no qual o contribuinte possui um crédito
perante ao fisco, se utilizando dele para compensar valores
devidos, devendo ser prevista em lei, devendo ser as partes as
mesmas, como no caso a mesma fazenda pública, o valor dos
créditos já liquidados e conhecidos e por fim a existência de uma
lei que possibilite a ocorrência de tal ato.
2.5 Prescrição e Decadência
A decadência está prevista nos artigos 150, § 4º e 173 do Código
Tributário Nacional, relatando sobre a incidência da mesma
dispõem sobre a decadência do direito de efetuar o lançamento.
Conforme disposto no dicionário jurídico a decadência é a
extinção de um direito por não ter sido exercido no prazo legal,
ou seja, quando o sujeito não respeita o prazo fixado por lei para
o exercício de seu direito, perde o direito de exercê-lo. Desta
forma, nada mais é que a perda do próprio direito pela inércia de
seu titular.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571726/artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571574/par%C3%A1grafo-4-artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10568442/artigo-173-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da
data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito
tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.
Já a prescrição, faz com que o direito de pleitear perante o
judiciário desapareça, vez que o direito subjetivo protegido não
foi utilizado. É previsto a prescrição da ação de cobrança no
artigo 174 do Código Tributário Nacional, ocorrendo, sendo que a
prescrição somente ocorre após o lançamento, diferentemente da
decadência que acontece antes do efetivo lançamento.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve
em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução
fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que
importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
2.6. Conversão do Depósito em Renda
Ocorre após alguma decisão administrativa ou judicial que seja
favorável ao sujeito ativo, deverá ser efeituado o depósito integral
do feito e este ser convertido em renda em favor da Fazenda
Pública, acarretando a extinção do crédito tributário
anteriormente constituído

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10568330/artigo-174-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
2.7. Pagamento Antecipado e a
Homologação do Lançamento
Trata-se de um meio antecipatório do pagamento, visto que nos
lançamentos efetuados por homologação, o sujeito passivo apura
o valor e por si só já efetua o pagamento, há de se ressaltar que o
crédito tributário não se extingue com o pagamento, mas sim com
a ulterior homologação por parte do fisco. Portanto, para haver a
extinção do crédito tributário deve o contribuinte calcular o
montante devido , efetuar o pagamento e aguardar por cinco anos
para ocorrer a homologação tácita por parte do fisco. Em suma,
apesar da denominação equivocada do disposto no Código
Tributário Nacional, o simples pagamento relativo aos tributos
devidos não acarreta a extinção da obrigação.
2.8 Consignação em Pagamento
É um meio que possibilita ao sujeito passivo exercer seu direito
de arcar com o pagamento do tributo, sendo a ação de
consignação em pagamento procedente, acarretará extinção ao
crédito tributário, ressalta-se que o mero depósito judicial
autorizado no início do processo somente causa suspenção do
crédito tributário, havendo previsão para incidência do mesmo
no artigo 164.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
exigências administrativas sem fundamento legal;

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito
público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o
consignante se propõe pagar.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa
efetuado e a importância consignada é convertida em renda;
julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-
se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.
2.9. Decisão Administrativa
Irreformável
É uma causa que acarreta a extinção ao crédito tributária em
razão de a uma decisão administrativa favorável ao contribuinte.
Se transitar em julgado não poderá ser alteradapelo fisco.
2.10. Decisão Judicial Passada em
Julgado
Quando julgado o processo, a decisão judicial passada em julgado
gera a extinção do crédito tributário, é o ultimo pronunciamento
emitido pela autoridade incumbida de julgar, tendo a coisa
julgada efeito absoluto.
2.11. Dação em Pagamento
A dação em pagamento é uma modalidade indireta que encerra a
obrigação tributária através de uma entrega voluntária de um
bem imóvel por parte do contribuinte, prevista nos artigos 356 e

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707724/artigo-356-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
359 do Código Civil, o direito tributário aceitou exclusivamente a
realização desta se for realizada por bem imóvel.
3. Exclusão do Crédito Tributário
 
O crédito tributário é excluído por meio de duas normas
desonerativas de deveres patrimoniais do contribuinte, isto
ocorre por meio da isenção e anistia, são meios que inviabilizam
a constituição do tributo, mesmo com a realização do fato gerador
e o nascimento da obrigação tributária o lançamento não é
efetuado, portanto, o crédito tributário não se consuma.
Como na suspensão e na extinção do crédito tributário, as
hipóteses previstas em lei relativas à exclusão do crédito
tributário também são taxativas, sendo a isenção voltada ao
tributo e a anistia voltada à multa, previstas nos incisos do artigo
175 do CTN.
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o
cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela
consequente.
O disposto “excluem o crédito tributário”, tem a função de
impossibilitar a sua devida constituição por meio das hipóteses
previstas na lei, impedem o surgimento do mesmo através de:

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707604/artigo-359-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10568156/artigo-175-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
3.1. Isenção
Conforme determina a lei, é a isenção uma forma de exclusão do
credito tributário, após a ocorrência do fato gerador e o
nascimento da obrigação tributária, a isenção impede surge e
impede o efetivo lançamento, impossibilitando a constituição do
crédito tributário, sendo a mesmo um meio que causa a dispensa
do pagamento do tributo.
Para a doutrina, a isenção trata de uma hipótese de não
incidência do tributo. A obrigação não chega nem a ser
constituída, dado que tal fato ocorrido não é um fato gerador para
acarretar a incidência de uma obrigação tributária, vez que não
corresponde a alguma hipótese de incidência capaz de acarretar a
obrigação e seu pagamento.
Tal entendimento diferenciado pela doutrina e pelo entendimento
legal tem relevância na busca de saber se, ao ser a lei de isenção
revogada, acarretando fim da isenção para o que era disposto em
tal norma, o princípio da anterioridade será ou não respeitado
Conforme determina o CTN, se a lei que determine a isenção for
revogada, poderá o lançamento logo após tal ato, ser efetuado
pela autoridade coatora de forma imediata, tornando a obrigação
liquida e exigível através da constituição do crédito tributário.
Já a doutrina, conforme entendimento diferenciado relatado
acima, entende a isenção como uma hipótese de não incidência,
ou seja, não há nem mesmo a ocorrência do fato gerador para o
nascimento da obrigação, de forma simples, a obrigação
tributária nunca existiu, portanto, se a isenção se der por
revogada, possibilitaria a instituição de uma nova hipótese,
criação de um tributo em razão de um fato gerador que antes não
era tributado, assim só poderá ser cobrado no exercício
financeiro seguinte em que foi instituído.

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
Dentre os preceitos dispostos na Constituição federal sobre
isenção, determinam que o ICMS terá sua isenção concedida na
forma estabelecida do artigo 155, § 2º, XII, g, na forma
estabelecida em convênios firmados pelos Estados e o Distrito
Federal. É vedado a União a concessão de isenção nos tributos
estaduais e municiais, com exceção do ICMS nas importações de
serviços para o exterior e do ISS nas exportações de serviços para
o exterior, devendo nestes casos a isenção. ser concedida por lei
complementar, conforme artigo 151, III, artigo 155,§ 2º, XII, e, e
artigo 156,§ 3º, II da Constituição Federal.
3.2. Anistia
Diferente da Isenção que afeta a obrigação tributária principal, a
anistia se trata da exclusão do crédito tributário relativo a
penalidades pecuniárias, atinge as multas impostas em razão de
infração à lei tributária.
A anistia tem como característica, a não aplicação aos atos
compreendidos como crimes ou contravenções, assim como
também aos atos praticados com dolo, fraude, simulação e
infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas.
Somente será concedido através de lei, podendo ter caráter geral
ou limitado as infrações de algum referido tributo, montante,
região do território tributante ou a condição de pagamento
correto dentro do prazo fixado pela autoridade administrativa.
Só será anistia caso o crédito tributário ainda não tenha sido
constituído, se o lançamento já foi efetuado e concretizou a
incidência do crédito, se a multa for dispensada, não se tratará de
anistia, mas sim de remissão, esta já tratada acima.
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10669992/artigo-151-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10669872/inciso-iii-do-artigo-151-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668550/artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668094/par%C3%A1grafo-2-artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10666279/artigo-156-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10665826/par%C3%A1grafo-3-artigo-156-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10665748/inciso-ii-do-par%C3%A1grafo-3-do-artigo-156-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo
[1] EBRADI, Entenda as cinco hipóteses de suspensão do crédito
tributário, 2017. Disponível em:
<https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/448301005/entenda-as-
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outubro 2017.
BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. 11. Ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2007.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário : 21. ed.
São Paulo : Saraiva, 2009.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 21. Ed. Saraiva,
2012.
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário, 8. Ed.
São Paulo: Dialética, 2008.
SABBAG, Eduardo, Manual de Direito Tributário / Eduardo
Sabbag, 9. Ed. São Paulo: Saraiva,2017.
 
Disponível em: https://wallluiz1.jusbrasil.com.br/artigos/534566836/suspensao-extincao-e-
exclusao-do-credito-tributario
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https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/448301005/entenda-as-cinco-hipoteses-de-suspensao-do-credito-tributario
https://www.jusbrasil.com.br/?ref=logo

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