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EXCLUSÃO, SUSPENSÃO, EXTINÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO E RENUNCIAS FISCAIS

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EXCLUSÃO, SUSPENSÃO, EXTINÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO E RENUNCIAS FISCAIS
1. EXCLUSÃO (ART. CTN)
ISENÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1.1.1. CONCEITO
	É a dispensa de pagamento de tributos de alguns contribuintes, mediante a exclusão de incidência tributária, e pode compreender os aspectos
espacial - abrange determinada região ou território;
temporal - determinação do período de tempo de vigência;
pessoal - quando abrange um grupo de pessoas físicas ou jurídicas;
material - quando diminui o alcance do fato gerador ou reduz a base de cálculo ou a alíquota aplicável na apuração do montante do tributo devido.
1.1.2. FORMAS DE ISENÇÃO
condicionada - quando há exigências para o gozo do benefício;
incondicionada - quando a lei descreve apenas a hipótese de concessão do benefício sem estabelecer qualquer outra condição;
por prazo certo - quando há prazo para o benefício;
por prazo indeterminado - quando não há prazo para a isenção.
ANISTIA
DE PENALIDADE TRIBUTÁRIA
É a dispensa, que deve ser concedida por lei, de penalidade (multa) por ausência de recolhimento de tributo, mas o tributo continua sendo devido.
ATOS DEFINIDOS COMO CRIMES OU CONTRA- 
VENÇÕES
		A anistia não alcança as penalidades aplicáveis a esses atos.
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
MORATÓRIA (ART. 152/155 CTN)
Corresponde a concessão pelo Poder Público de prazo maior do que a lei prevê, para que o sujeito passivo efetue o pagamento e, normalmente, sem cobrança de multa, juros de mora e correção monetária, mas com pagamento em única vez. A suspensão é pelo prazo da moratória.
DEPÓSITO JUDICIAL DO MONTANTE DO TRIBUTO
A suspensão da exigência do crédito tributário até o trânsito em julgado de decisão judicial, quando poderá ser extinto ou voltar a ser cobrado.
CONCESSÃO DE LIMINAR DE MANDADO DE SEGU- 
RANÇA
É uma decisão provisória até a decisão de mérito. A suspensão do crédito ocorre enquanto não houver decisão do mérito.
CONCESSÃO DE LIMINAR EM TUETELA ANTECIPADA 
EM OUTRAS AÇÕES JUDICIAIS (INCISO V, ACRESCENTADO AO ART. 151 DO CTN PELA LC 104/01)
Igualmente suspende a exigência do crédito tributário até a decisão do mérito.
PARCELAMENTO (INCISO VI, DO ART. 151 CTN, ACRESCENTADO PELA LC 104/01)
Segundo esse inciso, o parcelamento suspende o crédito tributário até o pagamento da última prestação - o não cumprimento, implicará em cobrança judicial do crédito tributário suspenso.
3. FORMAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 3.1. PAGAMENTO
“Consiste na entrega da quantia devida (do valor do crédito tributário) que o devedor (sujeito passivo contribuinte ou responsável) faz ao credor (pessoa política competente para arrecadar o tributo ou Fazenda Pública)” - é o cumprimento da obrigação principal.
 3.2. COMPENSAÇÃO
Deve ser autorizada por lei e é possível quando o sujeito passivo e ao mesmo tempo devedor e credor do sujeito passivo, e os créditos devem atender às seguintes condições:
Tributos e contribuições administrados pela SRFB (exceto aqueles devidos no registro da Declaração de Importação);
serem créditos líquidos e certos.
A Lei Complementar nº 104/2001 e a Lei nº 8.383/91 regem a 
matéria no âmbito federal.
 3.3. TRANSAÇÃO
Corresponde a “acordo” proposto pela administração pública por meio de lei, no sentido de por fim a um litígio (demanda judicial ou administrativa), que verse sobre pagamento de crédito tributário. Exemplo: concessão de parcelamento de débitos.
 3.4. REMISSÃO
Consiste na dispensa do pagamento total ou parcial de crédito tributário vencido e sua concessão depende de lei específica. A extinção do crédito tributário é efetivada após despacho de autoridade fazendária.
 3.5. PRESCRIÇÃO
É a perda do direito de ação (art. 174) e ocorre em 5 (cinco) anos contados a partir do lançamento válido (constituição definitiva do crédito).
	Fatos que interrompem o prazo prescricional:
citação pessoal feita ao sujeito passivo pelo Poder Público, exigindo o tributo;
protesto judicial, requerido pela Fazenda Pública junto ao Judiciário para que o devedor salde a dívida;
qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor (ato judicial que prove o atraso no pagamento);
qualquer ato praticado pelo sujeito passivo, mesmo extrajudicialmente, que reconheça o débito fiscal.
 3.6. CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA (ART. 156, V)
Se perdida a ação pelo sujeito passivo, o depósito judicial que tenha efetuado será utilizado para quitação do tributo questionado.
 3.7. HOMOLOGAÇÃO DO AUTOLANÇAMENTO
Ocorrida a homologação, tácita ou explícita, fica extinto o crédito tributário.
 3.8. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Efetuado mediante depósito judicial do tributo, quando a ad-	ministração pública de forma injustificada recusa-se a receber a quantia relativa ao crédito tributário.
 3.9. DECISÕES DEFINITIVAS (TRANSITADAS EM JULGADO)
	3.9.1. DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL
Quando favorável ao contribuinte, extingue-se o crédito tributário.
	3.9.2. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
Igualmente, se a decisão for favorável ao contribuinte, extingue o crédito tributário.
4. BIBLIOGRAFIA	
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FABRETTI, Laudio Camargo - “Contabilidade Tributária” - Editora Atlas S/A.
HIGUCHI, Hiromi e HIGUCHI, Fábio H. - “Imposto de Renda das Empresas - Interpretação e Prática” - Editora Atlas SA
BORGES, Humberto Bonavides - “Gerência de Impostos - IPI, ICMS e ISS” - Editora Atlas AS
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 - Doutrina, Legislação, Jurisprudência e Modelos” - Trade- 
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f) AMARO, Luciano - “Direito Tributário Brasileiro” - Edito-
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g) MACHADO, Hugo de Brito - “Curso de Direito Tribu-
 tário” - Malheiros Editores, 27ª Edição, 2006.
h) ZAPATERO, Jose Alexandre - “Teoria e Prática de Direi-
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 buidora, 2007.
i) PAULSEN, Leandro - “Direito Tributário - Constituição
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 cia” - Livraria do Advogado Editora, 2009.
MORAES, Alexandre de - “Constituição do Brasil Interpreta-
da e Legislação Constitucional” - Editora Atlas, 6ª Edição, 2.006.
Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66) e Alterações

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