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1 MANUAL DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Docente Alessandra Fortes Almeida Menezes 2 Sumário Apresentação ...................................................................................................................................... 5 Sinais e sintomas clínicos ................................................................................................................... 6 Quadro 01. Sinais e sintomas relativos a alterações no estado nutricional ........................................7 Quadro 02. Sinais físicos indicativos ou sugestivos de alterações nutricionais...............................11 Avaliação do Consumo Alimentar ................................................................................................... 15 Quadro 03. Instruções para preenchimento do consumo alimentar............................................ 17 Exemplos de formulários do consumo alimentar ............................. ............................................ 21 Recordatório alimentar de 24 horas ............................................................................................. 21 Questionário de frequência alimentar (QFA): formato qualitativo ............................................. 22 Questionário de frequência alimentar (QFA): formato semi-quantitativo ................................... 22 Questionário de frequência alimentar (QFA): formato quantitativo ........................................... 22 Medidas utilizadas na avaliação do crescimento / desenvolvimento ................................................ 24 Medidas de composição corporal ..................................................................................................... 30 Espessura da prega na região do tríceps ................................................................................. 30 Espessura da prega bicipital ................................................................................................... 31 Prega subescapular ................................................................................................................. 31 Espessura da prega suprailíaca: .............................................................................................. 32 Circunferências ...................................................................................................................... 32 Variações intra e intermedidor para as circunferências (Lohman, 1989) .......................................33 Quadro 04. Erros mais comuns e medidas que visam minimizá-las .............................................. 34 Fórmulas de Avaliação Antropométrica ........................................................................................... 35 Índice de Massa Corporal ............................................................................................................ 36 Cálculo do peso ideal através do IMC médio .............................................................................. 36 Adequação de peso ...................................................................................................................... 37 Significado do percentual de perda de peso ................................................................................ 37 Mudança de Peso ........................................................................................................................ 37 Estimativas de peso com edema .................................................................................................. 37 Estimativa do peso (adulto) – (Silveira et. al., 1994) .................................................................. 38 Estimativa do peso (idoso) – (Chumlea et. al., 1987) .................................................................. 38 Paciente amputado ...................................................................................................................... 39 Percentual de peso relativo a cada parte do corpo ....................................................................... 40 Estimativa da altura: idosos Americanos - (Chumlea et al., 1985) – equação mais utilizada ..... 41 Americanos brancos e negros de 60 a 80 anos: (Chumlea & Guo, 1992) ................................... 41 Composição Corporal ....................................................................................................................... 41 Tecido Muscular ......................................................................................................................... 41 Circunferência Muscular do Braço (CMB) ........................................................................................ 41 Área muscular do braço corrigida para o tecido ósseo – AMBc (Heymsfield et al., 1982) ............... 41 Tecido Adiposo ........................................................................................................................... 41 Área de Gordura Do Braço (AGB) ..................................................................................................... 42 3 Somatório ( ) de pregas cutâneas .......................................................................................... 42 Avaliação da composição corporal (adultos) ............................................................................... 42 Guia para interpretação de AMB, AMBc / AGB / PCT + PCSE (adultos) ............................ 42 Interpretação da Porcentagem Estimada de Gordura Corporal .............................................. 42 Concentração de Gordura Abdominal .................................................................................... 42 Aplicação do somatório das 4 pregas cutâneas ...................................................................... 43 Quadro 05. Terminologia referente aos estudos da composição corporal ................................... 43 Avaliação Nutricional de Gestantes ................................................................................................. 44 Avaliação do estado nutricional da gestante acima de 19 anos segundo Índice de Massa Corporal (IMC) por semana gestacional. ......................................................................................... 46 Programação de ganho ponderal com base no Estado Nutricional pré-gravídico ....................... 47 Avaliação Nutricional Na Infância e Adolescência .......................................................................... 48 Conceitos Importantes: ................................................................................................................ 49 Avaliação Antropométrica na Infância: ....................................................................................... 50 Situações Especiais: .................................................................................................................... 50 Exames Bioquímicos: Valores de Referência ............................................................................. 54 Exame Físico ............................................................................................................................... 58 Maturação Sexual ........................................................................................................................ 60 Critérios para diagnóstico de maturação sexual: ......................................................................... 65 Bioimpedância: BIA .................................................................................................................... 66 Interpretação das curvas e tabelas de crescimento (OMS, 2006; 2007) ...................................... 68 Avaliação Antropométrica de Idosos ...............................................................................................69 Quadro de Percentis ......................................................................................................................... 72 Quadro 06. Circunferência do braço em centímetros para pessoas de 3 meses a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ........................................................................................................................................ 73 Quadro 07. Circunferência do braço em centímetros para pessoas de 3 meses a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ........................................................................................................................................ 74 Quadro 08. Circunferência do braço em centímetros de homens com mais de 20 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ........................................................................................................................................ 76 Q u a d r o 0 9 . Prega cutânea tricipital em milímetros de indivíduos com 3 meses a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ....................................................................................................................77 Quadro 10. Prega cutânea subescapular em milímetros de indivíduos com 3 meses a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 .............................................................................................................................. 81 Quadro 11. Prega cutânea subescapular de mulheres com mais de 20 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ..... 84 Quadro 12. Prega cutânea supra-ilíaca em milímetros de indivíduos com 2 a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ........................................................................................................................................ 85 4 Quadro 13. Prega cutânea supra-ilíaca de homens com mais de 20 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ..... 87 Quadro 14. Prega cutânea supra-ilíaca de mulheres com mais de 20 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ..... 88 Quadro 15. Circunferência da cabeça em centímetros para meninos de 3 meses a 7 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988-1994 ................................................................................................................................89 Quadro 16. Circunferência da cintura em centímetros para meninos de 2 a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idades: EUA, 1988- 1994 .................................................................................................................................................. 91 Quadro 17. Circunferência da cintura em centímetros para meninas de 2 a 19 anos e número de pessoas examinadas, média e erro padrão estratificadas por percentis, sexo e idade: EUA, 1988- 1994 .................................................................................................................................................. 92 Quadro 18. Percentis da área muscular do braço corrigida (cm²) por ......................................... 93 Quadro 19. Percentis da área muscular do braço (cm²) por idade para mulheres (01 a 74 anos). ........................................................................................................................................................... 94 Quadro 20. Percentis da área muscular do braço corrigida (cm²) por idade para homens (01 a 74 anos). ........................................................................................................................................... 95 Quadro 21. Percentis da área muscular do braço corrigida (cm²) por idade para mulheres (01 a 74 anos). ........................................................................................................................................... 96 Quadro 22. Percentis da área de gordura do braço (cm²) por idade para homens (01 a 74 anos). ........................................................................................................................................................... 97 Quadro 23. Percentis da área de gordura do braço (cm²) por idade para mulheres (01 a 74 anos). ................................................................................................................................................ 98 Quadro 24. Estimativa da gordura corporal de homens através do somatório das pregas cutâneas tricipital e subescapular (PCT+PCSE). .............................................................................. 99 Quadro 25. Estimativa da gordura corporal de mulheres através do somatório das pregas cutâneas tricipital e subescapular (PCT+PCSE). ............................................................................ 100 Quadro 26. Porcentagem de Gordura Corporal Total em Relação ao Peso Determinação da gordura corporal através do somatório das pregas cutâneas (PCT+ PCSE+ PCB+ PCSI) ............. 101 Curvas para avaliação antropométrica na infância e adolescência (OMS, 2006; 2007) ................. 102 Curvas de crescimento (estatura, peso e perímetros cefálico) de crianças com síndrome de Down ......................................................................................................................................................... 134 Curvas de crescimento para crianças com paralisia cerebral .......................................................... 145 Rastreamento Nutricional e Formulários de Avaliação Nutricional ............................................... 182 MUST (Malnutrition Universal Screening Tool) ...................................................................... 183 NRS (Nutritional Risk Screenig) ............................................................................................... 184 Mini Avaliação Nutricional do Idoso ........................................................................................ 185 Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) ........................................................................ 186 7 Apresentação A avaliação do estado nutricional auxilia na identificação de características relacionadas a problemas nutricionais e o seu propósito é apontar indivíduos que estejam malnutridos ou em risco nutricional. Portanto, orienta o profissional nutricionista na condução do diagnóstico nutricional e na intervenção dietoterápica. Este manual prático de avaliação nutricional reúne aspectos cl ínico - nutr icionais importantes de todos os grupos populacionais específ icos , dentro das pecul iar idades relacionadas ao estado nutr icional . Este material auxi l ia na interpretação dos indicadores e de informações obt idas por invest igações dietét icas , bioquímicas , antropométricas e cl ínica s contr ibuindo com o aprendizado dos assuntos abordados na disciplina Avaliação Nutricional, servindo como um guia rápido de consulta. 8 SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS QUADRO 01. Alguns sinais e sintomas relativosa alterações no estado nutricional Cabelos Despigmentação da parte proximal do cabelo: Um visível descoramento do cabelo de sua cor normal, a qual pode variar em diferentes populações. Tonalidades várias como cinzento, vermelho (ruivo) ou até marrom esbranquiçado podem ser encontradas. Mudanças leves na cor das pontas dos cabelos podem não ser causadas ou relacionadas a problemas nutricionais. Sinal da bandeira: Caracterizada por zonas alternadas de cabelo escuro Cabelos fáceis de arrancar: Uma mecha de cabelo pode ser facilmente arrancada com força moderada e sem dor. Isto é tido por alguns como sinal de fragilidade (o cabelo nunca se torna tão frágil a ponto de se quebrar na raiz). Cabelo escasso: O cabelo bem espesso pode ser tornar fino e leve, com distribuição escassa. As mudanças de cor podem estar presentes simultaneamente. Cabelos opacos, quebradiço, seco, com queda podem ser indicativos de malnutrição proteico-energética. Rosto Pálido, descamado, pele quebradiça pode ser achado de malnutrição proteico-energética, estado nutricional relativo a ferro ou vitamina A. Olhos Em geral, os achados de malnutrição caracterizam-se por membranas pálidas, manchas, vermelhidão, dificuldade de ajustar à luz. Essas constatações podem refletir deficiências em vitamina A, vitaminas do complexo B, zinco ou ferro. Conjuntiva: É caracterizada por inchação, perda de brilho e secura da conjuntiva. Manchas de Bitot: Lesões bem demarcadas, secas, acinzentadas ou esbranquiçadas, esponjosas, de forma triangular ou irregular. Notadas om mais frequência nas regiões laterais da córnea. Xeroftalmia (queratomalácia): Divida a extensão do processo de necrose e queratinização do epitélio da córnea, esta se torna opaca, macia e até necrótica. O termo queratomalácia é aplicado à condição avançada. Conjuntivite angular: A lesão é caracterizada pela escoriação e fissura do canto do olho Lábios Estomatite angular – O termo é usado para descrever lesões úmidas, associadas com fissuras no ângulo da boca. As fissuras podem ser profundas ou leves e podem ser vistas nos ângulos ou podem se estender para dentro da boca ou alguns milímetros para a pele externa. As lesões mais graves são vistas com maior facilidade com a boca meio aberta. Ambos os lados da boca devem ser atingidos. Cicatrizes angulares – Lesões cicatriciais da condição anterior (estomatite angular) podem aparecer rosadas ou esbranquiçadas dependendo do tempo decorrido. Queilose – Esta lesão é caracterizada por uma fissura vertical acompanhada de vermelhidão, inchação e ulceração das áreas dos lábios, além dos ângulos. Deve ser distinguida da rachadura que pode ser causada pelo tempo frio. Língua Em geral, os achados de malnutrição caracterizam-se por língua descolorida, lisa e inchada. Essas constatações podem refletir alterações no estado nutricional em vitamina C. Escarlate ou áspera: a língua tem uma cor vermelho brilhante, usualmente de tamanho normal ou ligeiramente atrófica, desnuda e muito dolorida. Língua púrpura e inchada: não há descamação epitelial e a superfície pode apresentar-se achatada. As margens podem apresentar as impressões dos dentes. Papilas hiperêmicas e hipertróficas: As papilas hipertróficas e vermelhas ou rosadas dão à língua uma aparência granulosa e áspera. Papilas atróficas: as papilas podem desaparecer dando a língua uma aparência macia. As papilas hipertróficas e atróficas são consideradas lesões crônicas; a hipertrofia é a lesão primeira, seguida depois pela atrofia. Sulcos: Depressões lineares em interrupção de continuidade na superfície do epitélio. As papilas podem ser vistas nesses sulcos. Fissuras: Rachaduras na superfície da língua sem apresentar nenhuma papila em seus lados ou na parte de cima da língua. Língua geográfica: Língua com áreas manchadas e atrofia, distribuídas irregularmente. Dentes Edentulismo parcial ou total e/ou descoloração podem refletir alterações no estado nutricional em minerais ou vitamina C. Fluorose: dentes apresentando manchas brancas e marrons com ou sem erosão do esmalte. Cáries: Dentes estragados, arrancados ou obturados podem ser tomados como índices de cáries. Bordas estragadas: As extremidades cortantes dos incisivos e molares podem estar planadas. Gengivas Gengivas de sangramento fácil ou inchadas: Podem refletir alterações do estado nutricional em minerais ou vitamina C. Glândulas Tireóide aumentada: Quando a glândula é facilmente palpável e ao menos levemente perceptível (inchadas na região do pescoço). A inspeção á palpação no momento de deglutição pode ajudar no diagnóstico. Essa constatação pode indicar alteração no estado nutricional relativo ao iodo. Parótida aumentada: Inchação bilateral não inflamada das paróticas, escondendo os lóbulos da orelha, quando vistas de frente, sensível à palpação. Pele Achados de malnutrição: Pele seca, áspera, manchada, com sensação de lixa, ou feridas; perda de gordura subcutânea. Essas constatações podem refletir deficiência de ácidos graxos essenciais, estado de vitamina A, complexo B e C. Hiperqueratose: A lesão consiste da hiperqueratose ao redor da boca, do folículo capilar piloso e forma uma placa que se assemelha a uma espinha. É prontamente descoberta quando passamos a palma da mão sobre a lesão e sentimos um espinhamento. Tem uma característica distribuição restringida ás nádegas, coxas, e em geral, partes do músculo extensor das extremidades. A pele circundante apresenta-se seca e perde a quantidade natural de umidade e oleosidade. Foliculose: Esta é uma lesão pilosa menos dolorida, mais generalizada na distribuição e a pele nesse caso se apresenta sadia e normal, mais comum em adolescentes. Perifoliculose: Este termo é usado para determinar as lesões da obstrução capilar em volta dos folículos capilares. Elas não ficam brancas sobre pressão e são encontradas nas regiões cabeludas do corpo e são mais frequentes nas pernas. Petéquia e púrpura: Pequenas manchas hemorrágicas na pele ou membrana da mucosa. Aplicação de torniquete da pressão sanguínea pode produzir algumas vezes petéquias. Equimoses – áreas relativamente grande de hemorragias sobre a pele. Dermatite pelagrosa: São lesões pelagrosas típicas da pele, simétricas, claramente demarcadas, áreas hiperpigmentadas com ou sem esfoliação. A última, quando presente começa no centro da mancha. Elas são comuns nas partes expostas e quando aparecem ao redor do pescoço são chamadas de “colar de casal’”. Dermatose plana fendida: Lesões características da pele, hiperpigmentadas, descamadas que se assemelham a dermatite pelagrosa, com exceção que a distribuição das lesões anteriores é mais generalizada e não se limita a áreas expostas à luz do sol. Descamação seca e esfarelada: Pele seca com descamação semelhante a farelo. Engrossamento e pigmentação dos pontos de pressão, tais como joelhos, cotovelos, dorso do pé, a parte anterior e posterior dos tornozelos, etc. As juntas dos dedos também podem ser atingidas. As áreas afetadas também podem apresentar fissuras e enrugamento. Lesões intertriginosas: Lesões ásperas, vermelhas e maceradas em áreas propensas à constante fricção, tais como virilha, nádegas, dobras axilares, etc., talvez produzidas pelo calor, umidade, fricção e falta de higiene. A dermatite do excerto pode existir separadamente ou como parte dessas lesões generalizadas e infecções podem sobrevir dessas lesões. Micterosis: Lesões úmidas com desnudação do epitélio, ocorrendo nas junções mucocutâneas. A fissura palpebral, as narinas, o canal auditivo externo, o prepúcio,a vulva e o ânus. Acrocianose: Uma coloração cianótica acinzentada das porções periféricas das extremidades (mãos e pés). Unhas Coloníquea: Deformidade que faz com que as unhas tomem a forma de uma colher e deve ser anotada se presente em mais de uma extremidade. Essa constatação pode refletir alteração no estado do ferro. Unhas com enrugamento transverso ou estrias: Pode ser anotado se presente em mais de uma extremidade. Tecido subcutâneo Edemas das partes dependentes – Geralmente restrito aos tornozelos e pés podendo também serem vistos no dorso das mãos. Deduzido através da simples pressão de uns 10 segundo da parte inferior da superfície da tíbia. O sinal é tornado como positivo se á uma marca visível que pode durar alguns segundos depois que cessa a pressão. Anotar somente se presente bilateralmente. Edema generalizado – Estende-se por outras extremidades, envolve os órgãos genitais e até mesmo a face. Anasarca: Se o edema generalizado está associado com efusões nas cavidades abdominais e pleurais. Abdômen Hepatomegalia: Se a região situada abaixo da margem costal está endurecida. Ascite: Presença de líquido na cavidade abdominal. Esplenomegalia: Quando o baço é palpável. Não em sentido de nutrição, mas o sinal é útil na determinação da natureza da hepatomegalia ou na elucidação da prevalência de doenças condicionante com malária. Protuberância: O abdômen apresenta-se distanciando, tanto ao ser visto de lado como de trás. Visto de trás os flancos aparecem aumentados. Sistemas internos Ritmo e frequência cardíacos alterados, PA alterada, fígado aumentado, digestão alterada, febre, formigamento nas mãos e pés, perda do equilíbrio e coordenação pode ser indicativo de malnutrição proteico-energética e estado em minerais. Ossos e músculos Aparência de perda muscular, calombos ou inchaços nas extremidades ósseas, calombos nas costelas, deformidades nas pernas ou nos joelhos podem ser indicativos de malnutrição proteico energética, estado de minerais e vitamina D. Fonte: Modificado de Whitney, EM; Cataldo, CB; Rolfes, SR, 1998 e Jelife, D. B. OMS/OPS, 1968 QUADRO 02. Sinais físicos indicativos ou sugestivos de alterações nutricionais Região anatômica Achado clínico Doença/nutriente Diagnóstico diferencial Cabelo Perda de brilho natural/ seco Kwashiorkor / ↓ proteína Lavagem excessiva Fino /esparso /despigmentado Menos comum no marasmo Alopecia /septicemia/febre tifoide Quebradiço Sinal de bandeira Kwashiorkor Fácil de arrancar sem Dor Kwashiorkor Lavagem excessiva Face Dermatite seborreica Nasolabial Riboflavina Acne vulgar Face edemaciada (lunar) Kwashiorkor ↓ proteína Face mongoloide Palidez Face senil Marasmo Olhos Palidez conjuntival Anemia ↓Fe Falta de sono /fumo /álcool Arco córneo Riboflavina Mancha de Bittot Vitamina A (xeroftalmia) Irritação crônica Xerose conjuntival Vitamina A (xeroftalmia) Xerose da córnea (falta de vida) Vitamina A (xeroftalmia ) Dificuldade de adaptação ao escuro Vit. A ; Zn Queratomalacia Vit. A ; Zn Vermelhidão e fissura nos epicantos ↓ riboflavina, piridoxina Xantelasmas (peq. Bolsas amareladas em volta dos olhos). Hiperlipidemia Lábios Estomatite angular ↓ riboflavina Escaras do ângulo Queilose - lábios e boca avermelhado ou edemaciado. Língua Língua magenta ↓ riboflavina Língua escarlate / Inflamada ↓ ácido nicotínico Leucoplasia Edematosa ↓ niacina Papila filiforme atrofia, hipertrofia ↓ ácido fólico / Vit. ↓Fe; ↓Vit. B12 Dentes Esmalte manchado Fluorose Cáries ↑ açúcar Doença peridontal Falta de dentes ↑ açúcar Hábitos higiênicos Gengivas Esponjosas, sangramento ↓vitamina c Uso de hidantoina Gengivas vazantes / Edema Piorreia Pescoço ↑ Tireoide – bócio ↓ iodo ↑ Paratireoide Inanição Pele Xerose ↓ Vez. A; Zn Exposição ambiental Hiperqueratose Folicular ↓ vez. A Dificuldade de Cicatrização ↓Zn Petéquias ↓ Ac. Ascórbico; Vit. K Dermatose pelagrosa ↓ Ac. Nicotínico Equimoses /sangramento ↓ Vit. K Trauma físico Dermatite Generalizada ↓ Zn; Ac. Graxos Essenciais Xantomas Hiperlipidemias Palidez acentuada Anemia ferropriva Vasoconstricção Descamação fina da Pele Biotina Dermatite Ac. Pantotênico Abdome Ascite; visceromegalia ↓ proteínas ↑ Tecido adiposo ↑ gorduras/ HC Unhas Coiloníquia ↓ Fe Quebradiças, rugosas. ↓ Fe Tec. subcutâneo Diminuído ↓ tec. adiposo /muscular Aumentado ↑tec. adiposo / Muscular Edema ↓ proteína /Kwashior kor, beribéri Sistema músculo Esquelético Rosário raquítico ↓ Vit. D e Cálcio Craniotabes / alargamento epifisário ↓ Vit. D / Kwashior kor Persistência da abertura da fontanela ↓Vit. D / Kwashiorkor Frouxidão da Panturrilha ↓ Proteína / ↓ tiamina Dim. Massa muscular ↓ Hipercalcemia ↑ Ca Osteoporose ↓ Ca Osteomalácia ↓ Vit D Posição de rã (dor articular) ↓ Vit. C Fraturas constantes (adulto) Osteomalácia Retardo do Crescimento Proteína; Zn Fratura em idosos ↓ Vit. D ; osteoporose Arq. das pernas ↓ Vit. D Sist. nervoso Alterações psicomotoras (apatia) Kwashiorkor Confusão mental / Depressão ↓Niacina ; tiamina Piridoxina; Vit B12 Fraqueza motora / perda de sensibilidade ↓ Vit. B12; tiamina Formigamento de pés e mãos ↓ Vit. B1 Sistema gastrointestinal Hepatomegalia ↓ Proteína Constipação intestinal ↓ Vit B1 Sistema gastrointestinal Cálculo de oxalato de cálcio ↑ Vit. C (interfere na absorção Vit. B12) Diarréia ↓Zn Sist. cardiovascular ↑ coração (cardiomegalia) ↓Vit. B1 - Beriberi- cardíaco IC Taquicardia / HÁ ↓Na ? Sopro ↓ Fe Sopro funcional AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR Tipos de instrumentos para avaliar o consumo alimentar: • Recordatório de 24 horas: Descreve o consumo de alimentos e bebidas nas últimas 24 horas, ou do dia anterior. As quantidades consumidas são estimadas em medidas, usuais, unidades ou porções de alimentos e transformadas, posteriormente, em gramas. • Diário Alimentar (DA) ou Registro Alimentar: Consumo de alimentos e bebidas realizado ao longo do dia. Pode ser feito pela estimativa do tamanho da porção em medidas usuais, unidades e porções OU pela pesagem dos alimentos e bebidas utilizando balança apropriada. Comum em estudos que avaliam consumo atual ou usual de indivíduos ou grupos populacionais. Se houver necessidade de avaliar 03 dias, estes devem ser: 02 dias durante a semana e 01 dia do final de semana. - O instrumento utilizado para o DA ou registro alimentar é semelhante ao Recordatório de 24 horas. • Questionário de Frequência Alimentar (QFA): Consiste em uma lista de alimentos/preparações previamente definida, para os quais o entrevistado deve indicar a frequência do consumo em um determinado período de tempo. • História Alimentar: Avalia o consumo habitual de um indivíduo durante um período longo (último mês ou ano). Inclui número de refeições por dia, apetite, preferências e restrições alimentares, presença ou ausência de náuseas e vômitos, uso de suplementos alimentares, tabagismo, hábitos relacionados ao sono, descanso, trabalho e atividade física. Em geral, no momento daentrevista com o paciente, frases do tipo: “gostaríamos de conhecer seu hábito alimentar (horários, alimentos tipo de preparações, quantidade, local de realização das refeições, etc.)”, podem ajudar a obter as informações necessárias sobre a alimentação dos indivíduos. 19 QUADRO 03. Instruções para preenchimento de avaliação do consumo alimentar Preparações Consumidas Quantidade 1. CAFÉ, LEITE, CHÁ Registre a forma de preparo: se foi ingerido puro ou com leite; se o leite era desnatado ou integral, se misturou; Escreva com que foi adoçado; Se o café já é adoçado no bule, tente anotar a receita do café (quanto de água, pó, açúcar e a quantidade de pessoas que consumiram). Se for acrescentado o leite relate também a quantidade; Escreva qual o recipiente que foi utilizado: (copo, xícara, caneca ou outros) não se esqueça do tamanho e quantas vezes foi ingerido; Quantidade do alimento usado como adoçante; quanto foi utilizado de café e leite. No item quantidade relate quantos copos ou xícaras tomou. Exemplo: Café com leite - 2 copos café = ½ copo americano Leite = ½ copo americano Açúcar = 1 colher de sopa não cheia 2. SUCOS Suco de fruta fresca (registrar o nome da fruta se utilizou ou não açúcar); Suco artificial (registrar a adição de açúcar ou não) Se o suco foi preparado para mais de uma pessoa anotar também a quantidade de água e de açúcar. Registrar o tamanho da fruta (pequena, média, grande), e qual a quantidade utilizada. Registrar a quantidade Não se esqueça de anotar qual o recipiente foi utilizado (copo, xícara, caneco, etc.) Exemplo: Suco em pó: metade de um copo tipo "requeijão" - 1 envelope pequeno de suco de abacaxi - 1 litro de água - 8 colheres de sopa (cheia) de açúcar - quantas pessoas tomaram o suco. 3. REFRIGERANTES E BEBIDAS ALCOÓLICAS 19 Tipo de refrigerante ou bebida Registre quanto foi ingerido, se for garrafa marcar se é grande ou pequena, e se for em copo, qual o tamanho, o número de copos ingerido além da quantidade que continha no copo. 4. VEGETAIS E LEGUMES Anote o nome do alimento e o modo que foi preparado (cru, cozido, etc.) Registre a quantidade e o utensílio que usou para servir: Exemplo: colher (qual o tamanho, se estava cheia, rasa ou nivelada), garfo, outros 5. FRUTAS Anote o nome da fruta e o tipo Exemplo: banana nanica Anote a quantidade consumida (unidade, fatia, etc., e o tamanho pequena, média, grande). 6. FEIJÃO, ERVILHA Anote o nome do alimento e se foi acrescentado carnes (tipo), toucinho, outros alimentos . Anote a quantidade ingerida e o utensílio utilizado: se for concha (tamanho), colher (qual o tipo) ou outro. Deve ser registrado se a concha ou colher estava cheia, rasa ou nivelada Se você estiver acostumado a comer só caldo ou só o grão, anote também. 7. ARROZ, MACARRÃO E FARINHAS Anote o nome do alimento, e se necessário, a preparação (macarrão com molho, arroz com cenoura) Registre a quantidade consumida e o utensílio utilizado: se foi escumadeira, colher, concha, garfo, pegador, outro. Não se esqueça de marcar o tamanho dos utensílios, e a quantidade existente nas colheres. 7. BATATA, MANDIOCA, INHAME ou CARÁ Anote o nome do alimento e o modo de preparação (cozido, frito, purê...). Anote o quanto você comeu e o utensílio que usou. Caso tenha sido em unidade, marcar o tamanho (pequeno médio ou grande). Não se esqueça de registrar de forma detalhada todos os ingredientes que fazem parte das preparações. 8. CARNES 19 Anote o nome do alimento e o modo de preparação (cozida, refogada, assada, frita, moída, picada, desfiada, etc.) Frango: marque que pedaço foi utilizado, a quantidade e se tinha pele ou não. Vaca: qual o corte, a quantidade, e se tinha ou não gordura aparente. Peixe: Qual o tipo e quantidade. Porco: qual a parte e quantidade. Detalhar as preparações e a quantidade dos ingredientes. 9. PÃES Anote o tipo de pão: francês, bengala, de forma, doce (com ou sem recheio), etc. Se foi passado alguma coisa no pão (manteiga, margarina, etc.). Registre a quantidade e se passou algo no pão. Exemplo: Pão com margarina - 1/2 pão francês com margarina com sal - 02 pontas de faca. 10. DOCES Anote a preparação (pudim, sorvete,gelatina, bolo com ou sem recheio, doce de bar, balas chocolates, etc.). Anote a quantidade ingerida e o tamanho da porção. Exemplo: pudim - 1 xícara de chá Bolo com recheio - 2 fatias grandes. 11. SOPAS Anote todos os alimentos que foram utilizados na sopa. Registre a quantidade ingerida da sopa. Não se esqueça de marcar o recipiente que foi utilizado e a quantidade de macarrão, legumes, etc., colocadas na sopa. Exemplo: Sopa de batata com macarrão - 1 prato fundo 21 Exemplos de formulários para avaliação do consumo alimentar Recordatório alimentar de 24 horas Refeição/ Horário Alimentos / preparações Quantidades (medidas caseiras) Desjejum (Café da manhã) Colação (Lanche 10 h) Almoço Lanche Jantar Ceia * Para análise através da pirâmide alimentar 22 Questionário de frequência alimentar: formato qualitativo Alimento Frequência de consumo Nunca < 1x/mês 1-3x/mês 1x/semana 2- 4x/semana 1x/dia Leite Pão francês Banana Questionário de frequência alimentar: formato semi-quantitativo Alimento Frequência de consumo Nunca < 1x/mês 1-3x/mês 1x/semana 2-4x/semana 1x/dia Leite (1 xícara de chá) Pão francês (1 unidade) Banana (1 unidade) Questionário de frequência alimentar: formato quantitativo Alimento Quantas vezes você come Unidade Porção média Sua porção N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A P M G Leite 1 xícara de chá Pão 1 unidade Banana 1 unidade N = Nunca; D = dia; S = semana; M = mês; A = ano; P = pequena; M = média; G = grande 23 24 TÉCNICAS DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 25 Qual lado medir? América do Norte: lado direito (padrões de referência americano lado direito). Europa: lado esquerdo. Brasil: lado não dominante. Estudos evidenciam que na prática clínica a diferença existente não é suficiente para interferir no diagnóstico. No entanto cuidados estatísticos devem ser tomados quando da realização de alguns estudos epidemiológicos quando há a necessidade de obter dados muito precisos. Nesse caso a solução pode ser encontrada na análise estatística ou na utilização do lado utilizado na referência a ser utilizada. CUIDADOS COM AS MEDIDAS: Todas as medidas deverão ser realizadas pelo menos duas vezes (ideal 3 vezes). Na segunda medida deve-se adotar o seguinte processo: Peso: o individuo deverá ser convidado a se afastar da balança para ser, posteriormente, posicionado pelo medidor. Altura: o individuo deverá ser convidado a se afastar do estadiômetro para ser, posteriormente, posicionado pelo medidor. Pregas: o medidor deverá soltá-la e segurá-la novamente. Circunferências: o medidor deverá folgar bastante a fita e posicioná-la novamente. O examinador deverá estar familiarizado com o uso do instrumento. Medidas utilizadas na avaliação do crescimento / desenvolvimento PESO: Instrumentos Balança pediátrica Balança antropométrica ou de plataforma Balança acoplada à cama Balança acoplada a um suporte PESO (em pé) Deve ser observada a calibração da balança sempre que se fizer necessário. A medida deverá ser realizada antes das refeições principais. O indivíduo deverá permanecer em pé, descalço no centro da balança.26 O indivíduo deverá estar usando o mínimo de roupa possível, de preferência leve, e uniforme padrão no caso de coleta de dados para pesquisa. As crianças devem estar nuas ou com o mínimo de roupas possíveis. O medidor deverá se posicionar em frente à escala e as medidas deverão ser anotadas e registradas com exatidão imediatamente após a leitura. PESO (deitado) Criança: O medidor deve seguir as recomendações quanto à calibração, refeições e posicionamento para a leitura, especificadas para a medição em pé. A criança deverá ser posicionada deitada ou sentada na balança com o mínimo de roupa possível de preferência nua. A fralda deverá ser retirada. ESTATURA Estatura: Em pé Deitado Sentado Instrumento Antropômetro fixo à balança (menos acurado que o estadiômetro), Estadiômetro fixo na parede ou móvel e infantômetro mais recomendado. Técnica (em pé) O indivíduo deverá estar descalço ou usando meias finas, sem nenhum adereço na cabeça que possibilite alteração da medida. Usar roupas leves de forma a visualizar a posição do corpo. O peso deverá estar bem distribuído em ambos os pés. O indivíduo deverá permanecer em pé, sobre a plataforma - no caso do antropômetro fixo à balança - com os calcanhares juntos. Panturrilha, glúteos, ombros e cabeça deverão tocar a parede ou superfície vertical do dispositivo de medida. A cabeça deve está posicionada no plano horizontal de Frankfurt (olhando em linha reta). 27 Os braços deverão estar caídos ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para as coxas. O suporte deverá ser posicionado sobre a cabeça de tal forma que pressione apenas o cabelo. O medidor deverá se posicionar em frente à escala e as medidas deverão ser registradas cuidadosamente no cm mais próximo. Caso a parede seja utilizada como suporte de medida, esta deve ser lisa. O instrumento e/ou o indivíduo não deverão ser posicionados sobre tapete, carpete ou piso irregular. COMPRIMENTO (deitado) A criança deverá estar deitada com a face voltada para cima, no plano de Frankfurt, e a cabeça encostada na parte fixa do infantômetro. Os joelhos retos e encostados sobre a superfície da mesa ou tábua, a parte móvel do infantômetro deverá ser deslocada e pressionada sobre a região plantar. Registra-se o comprimento no milímetro mais próximo. COMPRIMENTO DA PERNA (Knee Height) - estimativa da estatura Instrumento: antropômetro com haste de metal Técnica (deitado): (CHUMLEA et al., 1985). O indivíduo deverá estar deitado com a perna flexionada formando um ângulo de 90° no joelho. O calibrador deve ser posicionado de tal forma que a parte fixa do suporte esteja na parte inferior dos pés, no calcâneo, e a outra na superfície anterior do joelho acima dos côndilos do fêmur e próximo à rótula. Manter a régua do calibrador paralelo à tíbia e exercer uma pressão suave nos suportes do calibrador em contato com o joelho. Técnica (sentado): O indivíduo deverá estar sentado, o mais próximo possível da extremidade da cadeira, com a perna flexionada formando um ângulo de 90° no joelho (caso a altura da cadeira não seja compatível com o comprimento da tíbia utilizar sob os pés um apoio). 28 O calibrador deve ser posicionado de tal forma que um dos suportes esteja na parte inferior dos pés, no calcâneo, e a outra na superfície anterior do joelho acima dos côndilos do fêmur e próximo à rótula. Manter a régua do calibrador paralelo à tíbia e exercer uma pressão suave no suporte do calibrador em contato com o joelho. CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA - estimativa do peso Instrumento: fita inelástica de 0,5cm de largura Técnica (deitado /sentado): O indivíduo deverá estar deitado ou sentado na mesma posição utilizada para medir o comprimento da perna. A fita deverá ser posicionada, horizontalmente, em volta da panturrilha na circunferência máxima. ENVERGADURA DO BRAÇO – ESTIMATIVA DA ESTATURA Instrumento fita inelástica de 0,5cm de largura Técnica: O indivíduo deverá ficar em pé de costas para a parede, com os braços estendidos lateralmente e mantidos na altura dos ombros durante a medida. A medida deverá ser feita com uma fita de pelo menos 02 metros, com um observador em cada extremidade. Registra a leitura no 0,1 cm mais próximo. PERÍMETROS CEFÁLICO E TORÁCICO CEFÁLICO Instrumento: fita inelástica de 0,5cm de largura Técnica A criança deverá estar em pé ou sentado com o lado esquerdo da face voltada para o medidor. Se em pé, estes deverão estar juntos e os braços relaxados, caídos ao longo do corpo. 29 A criança deverá olhar em linha reta (plano de Frankfurt - linha imaginária que passa acima do ouvido externo). A fita deve circundar a cabeça acima da cavidade supraorbital e sobre o occipital na circunferência máxima. Deve-se tomar cuidado para que a fita esteja no mesmo nível em ambos os lados da cabeça, pressionada o suficiente para comprimir apenas o cabelo. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. TORÁCICO Instrumento: fita de fibra de vidro com 5cm de largura Circunferência do tórax tem sido medida em vários locais e em várias fases da respiração Técnica: Mais utilizada em crianças menores de 5 anos. A criança poderá ficar em pé ereta ou sentada, os braços levantados levemente de tal forma que permita a passagem da fita em volta do tórax na altura dos mamilos. Após a fita ser posicionada em volta do tórax a criança deverá deixar os braços caírem relaxados ao longo do corpo. A leitura deverá ser realizada ao final da expiração, com o medidor em frente ao indivíduo desviando-se levemente para o lado. CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO Instrumento: fita de fibra de vidro com 5 cm de largura Técnica (em pé): O indivíduo deverá se posicionar em pé de forma ereta, de lado para o medidor, com a cabeça no plano de Frankfurt, braços relaxados e peso apoiado em ambos os pés. Com o braço flexionado em direção ao tórax, formando um angulo de 90 graus, no cotovelo, localizar e marcar o ponto médio entre o processo do acrômio e a ponta ou extremidade do olécrano. Após marcar o ponto médio, o indivíduo deverá estender o braço ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. A fita deverá contornar o braço no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão da pele. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. Para a criança que não pode ainda ficar em pé, a medida poderá ser realizada com a mesma sentada sobre uma mesa ou no "colo" da mãe. 30 Técnica (deitado) - (Lee & Nieman, 1993): O indivíduo deverá estar deitado, olhando para cima com cabeça apoiada no travesseiro. A localização do ponto médio deverá ser realizada da mesma forma utilizada para a posição em pé. Antes de posicionar a fita em volta do braço, este deverá estar estendido sobre a cama, com a palma da mão voltada para cima, devendo ser colocado um apoio sob o cotovelo com o objetivo de afastar o braço da mesa ou cama, possibilitando a realização da medida. Medidas de compleição física /estrutura óssea Largura do cotovelo Instrumento: Frameter / calibrador móvel Técnica (Lohman et al., 1988) O indivíduo deverá se posicionar em frente ao medidor e flexionar o braço em direção ao tórax, até formar um ângulo de 90° com o cotovelo. Localizar os epicôndilos lateral e medial do úmero. Aplicar o calibrador entre os epicôndilos de forma que a parte móvel fique em contato com o epicôndilo medial, mantendo-se uma pressão firme para minimizar a influencia do tecido sobre os ossos. Registrar a medida no milímetro mais próximo. CIRCUNFERÊNCIA DO PULSO (LOHMAN ET AL., 1988) O medidor deverá se posicionar em frente ao indivíduo, que deverá estar em pé, com o braçoligeiramente levantado na altura do cotovelo, os músculos da mão relaxados e a palma voltada para cima. A fita deverá circundar o pulso exatamente na parte distal do processo estiloide do radio e ulna, perpendicular ao antebraço, e no mesmo plano, sobre a face anterior e posterior do pulso ao nível das depressões medial e lateral. A leitura deverá ser realizada no 0.1cm mais próximo. 30 Medidas de composição corporal PREGAS CUTÂNEAS: Instrumento: calibradores de pregas ou plicômetro (Lange, Halperden e Holtain, McGaw, Cescorf). INSTRUÇÕES GERAIS Manter a prega entre os dedos enquanto a medida é tomada. A leitura deverá ser realizada 2 a 3 (Lee & Neeman, 1993 ; Gibson, 1993) ou 4 (Lohman, 1988) segundos após o pinçamento. Marcar o local após a identificação do mesmo. Segurar a prega formada pela pele e tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado. Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local marcado a 1 cm dos dedos. A prega deve ser mantida elevada enquanto a leitura é realizada. Leitura no milímetro mais próximo. Nos obesos utilizar as duas mãos para segurar a prega (com esta técnica produz-se valor levemente maior). Deve ser registrada no 0.2 mm mais próximo com calibrador de Harpenden e Holtain; no 0.5mm com calibrador de Lange e 1.0mm com o calibrador de McGaw. Medidas não podem ser tomadas imediatamente após exercícios ou com a pessoa muito agitada pela mudança do liquido corporal para a pele o que inflaciona o valor da medida. Para a obtenção da habilidade prática são necessárias aproximadamente 20 a 50 sessões de treinamento. Os olhos do medidor e o relógio deverão estar posicionados de forma a evitar erro de leitura. Espessura da prega na região do tríceps Técnica (em pé): Indivíduo deverá estar em pé, com o braço esquerdo dobrado em direção ao tórax formando um angulo de 90° no cotovelo. 31 Marcar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano (ponto marcado para medir a circunferência do braço). Separar levemente a prega desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um ângulo reto, exatamente no ponto marcado, a 1 cm dos dedos. Técnica - deitado ( LEE & NIEMAN, 1993 ): O indivíduo deverá se posicionar deitado, com as costas voltadas para o medidor, o tronco em linha reta, os ombros perpendiculares à espinha e à mesa de exame, as pernas levemente flexionadas nos joelhos, a cabeça e o braço não utilizado para a medida apoiados no travesseiro. O ponto médio é marcado, seguindo a mesma orientação para circunferência do braço, quando deitado, e a prega deverá ser desprendida do tecido muscular 1 cm abaixo do ponto médio no sentido vertical. Espessura da prega bicipital: Técnica: Indivíduo deverá estar em pé, de frente para o medidor, com os braços caídos ao longo do corpo e a palma da mão voltada para fora. Marcar o local da medida 1 cm acima do local marcado para a prega tricipital. Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no local marcado. Prega subescapular: Técnica (em pé): O indivíduo deverá estar em pé, com os pés juntos. Deve-se solicitar ao mesmo que vire o braço para trás, formando um ângulo de 90° graus com o cotovelo, para identificar o lugar a ser marcado. Marcar o local imediatamente abaixo do angulo inferior da escápula. A pele é levantada 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula, de tal forma que se possa observar um ângulo de 450 entre esta e a coluna vertebral. 32 O calibrador deverá ser aplicado no local marcado, estando o indivíduo com os braços relaxados ao longo do corpo. Técnica - deitado ( Lee & Nieman, 1993 ): O indivíduo deverá se posicionar deitado, na mesma posição utilizada para medir a prega tricipital, devendo ser utilizado o mesmo local de medida da prega subescapular em pé. A prega deverá ser desprendida do tecido muscular, 1 cm abaixo, do ponto marcado formando um angulo de 45° com a coluna. Espessura da prega suprailíaca: corpo. Técnica: O indivíduo deverá estar ereto com os pés juntos e os braços mantidos ao lado do Deverá ser visualizada pelo medidor a linha média axilar. A prega deverá ser formada exatamente na linha média axilar, com o dedo indicador imediatamente acima da crista ilíaca, na posição diagonal, ou seja, seguindo a linha de clivagem natural da pele. Distribuição de gordura corporal Circunferências Instrumento: fita de fibra de vidro de 0.5cm de espessura CINTURA: Técnica: O indivíduo deverá estar em posição ereta com os pés juntos e o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés, os braços caídos ao longo do corpo. A fita deverá circundar o indivíduo ao nível da linha natural da cintura, na parte mais estreita entre o tórax e o quadril ou na altura da cicatriz umbilical, em contato com a pele, devendo-se cuidar para que a mesma esteja ajustada ao corpo de forma a evitar folga ou compressão da pele. 33 O medidor deverá posicionar-se agachado, em frente ao indivíduo, para que a leitura possa ser realizada. A leitura deverá ser realizada no mm mais próximo, no momento da expiração com o indivíduo respirando suavemente. É imprescindível a ajuda de outro medidor para que a fita circunde toda a cintura de forma horizontal. QUADRIL: Técnica: O indivíduo deverá estar em pé, com os pés juntos, o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés e os braços caídos ao longo do corpo. O medidor deverá posicionar-se agachado ao lado do indivíduo para que possa visualizar melhor a parte mais saliente do quadril. A fita deverá circundar o quadril na parte mais saliente entre a cintura e a coxa com o indivíduo usando roupas leves, devendo-se cuidar para que a mesma esteja ajustada à roupa de forma a evitar folga ou compressão da pele. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. É imprescindível a ajuda de outro medidor para que a fita circunde todo o quadril de forma horizontal. Variações intra e intermedidor para as circunferências (Lohman, 1989) MEDIDAS CIRCUNFERÊNCIAS VARIAÇÃO MÁXIMA (cm) Cabeça 0.2 Pescoço 0.3 Tórax 1.0 Cintura 1.0 Abdome 1.0 Quadril 1.0 Panturrilha 0.2 Braço 0.2 Pulso 0.2 Pregas 0,5mm Altura 0,5mm COMPRIMENTO 0,2mm COMPRIMENTO DA PERNA 0,5cm PESO (adulto) 100 g PESO (criança até 16 kg) 10 g Tabela 4. Erros mais comuns e medidas que visam minimizá-las: Medidas Erros Soluções Todas Instrumento inadequado Adequação dos métodos aos recursos Leitura Treinamento exaustivo e supervisão constante Registro Registrar imediatamente os resultados e ter os resultados checados por outra pessoa Inquietude da criança Solicitar ajuda dos pais e utilizar procedimentos culturalmente Apropriados Comprimento Uso de sapatos Remoção dos sapatos Método incorreto para a idade Apenas p/ crianças < 2 anos Posição do corpo e cabeça Ajuda dos pais Posição do suporte na cabeça ou nos pés (criança deitada) Ter um assistente, além de um dos pais apenas p/ crianças maiores ou iguais a 2 anos Altura Posição do corpo, joelhos dobrados, pernas afastadas e pés não posicionados firmemente sobre o solo. Cabeça fora do plano de Frankfurt Ter um assistente e estar atento para corrigir a posição do corpo. Ter bastante calma no caso de crianças agitadas ou que não querem colaborar Posição do suporte na cabeça Suporte deve comprimir o cabelo Peso Privacidade para retirada do vestuário Local apropriado ou padronizar vestimenta e subtrair do peso Balança não calibrada Usar se possível microeletrônica ou calibrar a balança antes de cada Pesada Inquietude do indivíduo Esperar até o indivíduo se acalmar Circunferência do braço(CB) Posição do indivíduo/pressão exercida pela fita Treinamento, supervisão Marcação correta do ponto médio Constante levar em consideração questões culturais Posição da fita /tipo de fita Usar sempre o mesmo braço/fita adequada Perímetro cefálico Marcador da protuberância occipital pobremente definido Fita corretamente posicionada exercitar bastante a técnica Tensão exercida na fita na hora da leitura Remover qualquer enfeite que altere o resultado Prega cutânea tricipital (PCT) Momento da leitura Padronizar tempo Posição do braço Relaxamento do braço Posição do examinador em relação ao instrumento Treinamento sistemático Posição calibrador/profundidade do pinçamento Treinamento Local da medida Cuidado ao medir ponto médio 34 35 FÓRMULAS DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 36 Índice de Massa Corporal IMC = Peso (Kg) /Altura² (m) Classificação: IMC: (OMS, 1998) ADULTO < 16 kg/m² Magreza grau 3 16- 16.99 kg/m² Magreza grau 2 17-18.49 kg/m² Magreza grau 1 18.5 - 24.9 kg/m² EUTRÓFICO /Normal 25 - 29.9 kg/m² Sobrepeso ou Pré-obeso 30- 34.9 kg/m² Obesidade grau 1 35- 39,9 kg/m² Obesidade grau 2 ≥ 40,0 kg/m² Obesidade grau 3 Cálculo do peso ideal através do IMC médio Peso ideal = Alt² (m) x IMC médio IMC médio para Homens = 22kg/m2 IMC médio para Mulheres = 20,8kg/m2 Outra forma de calcular... Biótipo Homens Variação Mulheres Variação Brevilíneo h -100 a (h-100) – 5% h -100 – 5% a (h-100) – 10% Normolíneo h -100 – 5% a (h-100) – 10% h -100 – 10% a (h-100) – 15% Longilíneo h -100 – 10% a (h-100) – 15% h -100 – 15% a (h-100) – 20% Fonte: Augusto ALP e cols., 1999, onde h = altura em cm Ajuste de peso ideal = (PA – PI) x 0,25 + PI PA = peso atual; PI = Peso ideal ASPEN (1998) para IMC > 27 kg/m² 37 PERCENTUAL CLASSIFICAÇÃO 90 – 110% Eutrófico 80 – 90% Desnutrição Leve 70 – 79% Desnutrição Moderada < 69% Desnutrição grave Tempo Perda significativa de peso (%) Perda severa de peso (%) 1 Semana 1-2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7.5 >7.5 6 meses 10 >10 Adequação de peso Adeq. de peso % = peso atual x 100 peso ideal Mudança de Peso % Perda de Peso = PU - PA x 100 PU PU = Peso usual; PA = Peso atual Significado do percentual de perda de peso Fonte: Blackburn, G.L.& Bistrian, B.R., 1977. Estimativas de peso com edema Edema Localização Excesso de Peso Hídrico + Tornozelo 1 kg + + Joelho 3 a 4 Kg + + + Raiz de coxa 5 a 6 Kg + + + + Anasarca 10 a 12 Kg Martins, C; 2000 Estimativas de peso com edema Grau da ascite Peso ascítico Edema periférico Leve 2,2 Kg 1 Kg Moderada 6,0Kg 5,0Kg Grave 14 Kg 10 Kg James, 1989. Compleição Física – CF - com base na razão entre a altura e circunferência do pulso 38 Classificação Homens Mulheres Pequena R >10,4 R >11,0 Média R= 9,6 a 10,4 R = 10.1 a 11,0 Grande R <9,6 R<10,1 Razão = altura (cm) . Circunf. do pulso(cm) Estimativa do peso (adulto) – (Silveira et. al., 1994) Brancos Negros Gênero masculino 19 – 59 (CJ x 1,19) + (CB x 3,14) – 86,82 (CJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 60 - 80 (CJ x 1,1) + (CB x 3,07) – 75,81 (CJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 Gênero feminino 19 – 59 (CJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 (CJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 60 - 80 (CJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 (CJ x 1,5) + (CB x 2,58) – 84,22 CJ = comprimento do joelho; CB = circunferência do braço Estimativa do peso (idoso) – (Chumlea et. al., 1987) Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x KH) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x KH) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] CP – Circunferência da panturrilha (cm); KH – Knee Height ou Comprimento da perna (cm) CB – Circunferência do braço (cm); PCSE – Prega cutânea subescapular (mm) 39 PACIENTE AMPUTADO Correção do peso pós-amputação Peso corrigido = PAAMP (100 - % AMP) 100 PAAMP = peso antes da amputação AMP = amputação Correção da altura pós-amputação Alt. corrigida = (AAMP)2 x (100-% AMP) 100 AAMP = altura antes da amputação OBS.: a altura só deverá ser corrigida quando houver comprometimento da mesma IMC pós- amputação (IMCPAMP) (Izamaloukas et. al. 1994) IMCPAMP = Peso corrigido (PPAMP) Altura corrigida (APAMP) Peso esperado antes da amputação (PEAAMP) PEAAMP= (AAMP)2 x IMC esperado Peso esperado pós-amputação (PEPAMP) PEPAMP = PEAAMP X (100-%AMP) 100 40 Percentual de peso relativo a cada parte do corpo Modelo proposto por Osterkamp. J. Am. Diet. Assoc. 95: 215 - 218, (1995) 41 Estimativa da altura: idosos Americanos - (Chumlea et al., 1985) – equação mais utilizada Homens = 64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x CJ) Mulheres = 84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x CJ) CJ = comprimento do joelho Americanos brancos e negros de 60 a 80 anos: (Chumlea & Guo, 1992) Homem: Branco: (2,08 X CJ) +59.01 Negro: (1,37 x CJ) + 95,79 Mulher: branca: (1,91 X CJ) – (0,17 X idade) + 75,00 Negra: (1,96 X CJ) + 58,72 Composição Corporal TECIDO MUSCULAR Circunferência Muscular do Braço (CMB) CMB (cm) = CB - x (PCT 10) = 3,14 Área muscular do braço (ADIB): (Frisancho, 1990) AMB = [CB - x (PCT 10)]2 4 Área muscular do braço corrigida para o tecido ósseo – AMBc (Heymsfield et al., 1982): AMBc (cm²) = Homem = [CB - x (PCT 10)]2 - 10.0 cm 4 Mulher = [CB - x (PCT 10)]2 - 6.5cm 4 Estado Nutricional segundo a Área Muscular do Braço Corrigida: Percentil > 15 Normal Percentil entre 5 e 15 Desnutrição Leve / Moderada Percentil < 5 Desnutrição Grave 42 Percentil Tec. Adiposo Tec. Muscular 5 Magro Magro > 5 – 15 Abaixo da média (risco de depleção) Abaixo da média (risco de depleção) > 15 – 85 Média Média > 85 < 95 Acima da média Acima da média 95 Excesso de gordura Boa Nutrição Classificação Homens (%) Mulheres (%) Risco por déficit 5 8 Abaixo da Média 6-14 9-22 Média 15 23 Acima da Média 16-24 24-31 Risco por excesso 25 32 TECIDO ADIPOSO Área de Gordura do Braço (AGB) AGB (cm²) = CB x [PCT 10] _x [PCT 10] ² > Percentil 90 Obesidade 2 4 SOMATÓRIO ( ) DE PREGAS CUTÂNEAS PCT + PCB + PCSE+ PCSI : consultar tabela de porcentagem de gordura corporal em relação ao peso. AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL (ADULTOS): Guia para interpretação de AMB, AMBc / AGB / PCT + PCSE (adultos) Fonte: Frisancho (1990) Interpretação da Porcentagem Estimada de Gordura Corporal Fonte: Lohman (1992) CONCENTRAÇÃO DE GORDURA ABDOMINAL Circunferência da cintura e risco de complicações metabólicas (estudo com caucasianos) (HAN, T.S. et al. 1995 in OMS –1998) Homem > 94cm risco elevado >102 = risco muito elevado Mulher > 80cm risco elevado > 88cm = risco muito elevado 43 Idade Equação 17 – 19 D = 1,1549 – 0,06778 x (log ∑PC) 20 – 29 D = 1,1599 – 0,0717 x (log ∑PC) 30 – 39 D = 1,1423 – 0,0632 x (log ∑PC) 40 – 49 D = 1,1333 – 0,0612 x (log ∑PC) 50 + D = 1,1715 – 0,0779 x (log ∑PC) Aplicação do somatório das 4 pregas cutâneas HOMENS ♂ MULHERES ♀ Idade Equação 17 – 19 D = 1,1620 – 0,0630 x (log ∑PC) 20 – 29 D = 1,1631 – 0,0632 x (log ∑PC) 30 – 39 D = 1,1422 – 0,0544 x (log ∑PC) 40 – 49 D = 1,1620 – 0,0700 x (log ∑PC) 50 + D = 1,1715 – 0,0779 x (log ∑PC) Fonte: Durnin & Wormeslaw, 1974 Equações mais utilizadas Modelo bicompartimental: PC= MG + MLG %GC= [(4,95 /Dc)- 4,5] X 100 (Siri, 1961) %GC= [(4,57 / Dc) – 4,142] x 100 (Brozek, et al. 1963)Tabela 5. Terminologia referente aos estudos da composição corporal Termo Definição Massa gorda Todos os lipídios extraídos do tecido adiposo e outros tecidos do corpo. Massa de tecido adiposo Gordura (~83%) mais as suas estruturas de suporte (~2% de proteína e ~15% água). Massa livre de gordura Todos os tecidos e resíduos livres de lipídios, incluindo água, músculos, ossos, tecidos conjuntivos e órgãos internos. Percentual de gordura Massa gorda expressada como porcentagem de peso corporal total. Lipídios essenciais Lipídios compostos (fosfolipídios) necessários para formação da membrana celular (~10% dos lipídios corporais totais). Lipídios não essenciais Triacilgliceróis encontrados principalmente no tecido adiposo (~90% dos lipídios corporais totais) Densidade corporal total Total da massa corporal expressada em relação ao total do volume corporal Gordura subcutânea Tecido adiposo acumulado sob a pele Gordura visceral Tecido adiposo acumulado dentro e em volta dos órgãos das cavidades torácica (coração, pulmões) e abdominal (fígado, rins, etc.) Gordura intra- abdominal Gordura visceral na cavidade abdominal Gordura abdominal Gordura subcutânea e visceral na região abdominal Fonte: Heyward, et al. 2000. 44 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES 45 Avaliação Nutricional Antropométrica da gestante deve ser realizada com base no IMC pré- gravídico e em ralação ao IMC no Período Gestacional (PG) atual. O ganho de peso durante a gstação tem por referência os padrões propostos pelo Institute of Medicine, 2009 (IOM). MIC PG = Peso pré-gravídico Estatura² (m) IMC pré-gravídico (OMS, 1998) Baixo peso (<18,5 kg/m 2 ) Adequado(18,5-24,9 kg/m 2 ) Sobrepeso (25,0 kg/m 2 - 30 kg/m 2 ) Obesidade (IMC≥30,0 kg/m 2 ) 1° Passo Calcular a semana gestacional (SG), partindo da data da ultima menstruação (DUM). Casos que se desconhece a DUM... Quando necessário deve arredondar a SG. 12 semanas e dois dias = 12ª Semana 12 semanas e 5 dias = 13ª semana 2° Passo Cálculo do IMC PG. 3° Passo Fazer o diagnóstico nutricional com base na tabela proposta por Atalah, et al., 1997, descrita abaixo. 4° Passo Programar o ganho de peso gestacional utilizando a referência proposta pelo Institute of Medicine, 2009. 46 Avaliação do estado nutricional da gestante acima de 19 anos segundo Índice de Massa Corporal (IMC) por semana gestacional. Semana gestação Baixo peso IMC < Adequado IMC entre Sobrepeso IMC entre Obesidade IMC > 6 19,9 20,0 24,9 25,0 30,0 30,1 8 20,1 20,2 25,0 25,1 30,1 30,2 10 20,2 20,3 25,2 25,3 30,2 30,3 11 20,3 20,4 25,3 25,4 30,3 30,4 12 20,4 20,5 25,4 25,5 30,3 30,4 13 20,6 20,7 25,6 25,7 30,4 30,5 14 20,7 20,8 25,7 25,8 30,5 30,6 15 20,8 20,9 25,8 25,9 30,6 30,7 16 21,0 21,1 25,9 26,0 30,7 30,8 17 21,1 21,2 26,0 26,1 30,8 30,9 18 21,2 21,3 26,1 26,2 30,9 31,0 19 21,4 21,5 26,2 26,3 30,9 31,0 20 21,5 21,6 26,3 26,4 31,0 31,1 21 21,7 21,8 26,4 26,5 31,1 31,2 22 21,8 21,9 26,6 26,7 31,2 31,3 23 22,0 22,1 26,8 26,9 31,3 31,4 24 22,2 22,3 26,9 27,0 31,5 31,6 25 22,4 22,5 27,0 27,1 31,6 31,7 26 22,6 22,7 27,2 27,3 31,7 31,8 27 22,7 22,8 27,3 27,4 31,8 31,9 28 22,9 23,0 27,5 27,6 31,9 32,0 29 23,1 23,2 27,6 27,7 32,0 32,1 30 23,3 23,4 27,8 27,9 32,1 32,2 31 23,4 23,5 27,9 28,0 32,2 32,3 32 23,6 23,7 28,0 28,1 32,3 32,4 33 23,8 23,9 28,1 28,2 32,4 32,5 34 23,9 24,0 28,3 28,4 32,5 32,6 35 24,1 24,2 28,4 28,5 32,6 32,7 36 24,2 24,3 28,5 28,6 32,7 32,8 37 24,4 24,5 28,7 28,8 32,8 32,9 38 24,5 24,6 28,8 28,9 32,9 33,0 39 24,7 24,8 28,9 29,0 33,0 33,1 40 24,9 25,0 29,1 29,2 33,1 33,2 41 25,0 25,1 29,2 29,3 33,2 33,3 42 25,0 25,1 29,2 29,3 33,2 33,3 Fonte: Atalah et al, 1997. 47 Programação de ganho ponderal com base no Estado Nutricional pré-gravídico 48 Gravidez Gemelar, IOM, 2009 IMC Pré gravídico Ganho Ponderal total <18,5Kg/m² Não há recomendações até a presente data 18,5---24,9Kg/m² 16,8—24,5Kg 25,0---29,9Kg/m² 14,1--- 22,7Kg ≥ 30,0Kg/m² 11,4--- 19,1Kg 49 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 50 CONCEITOS IMPORTANTES: INFÂNCIA (< 10 anos) PERÍODO PRÉ-NATAL PERÍODO PÓS NATAL PERÍODO INFANTIL PERÍODO FETAL ANTERIOR PERÍODO FETAL POSTERIOR PERÍODO NEONAT AL PERÍODO PÓS- NEONATAL 20 SEMANAS 37 A 41 SEMANAS 0 A 28 DIAS 28 A 365 DIAS PERÍODO PERINATAL RECÉM-NASCIDO = CRIANÇA NO PRIMEIRO MÊS DE VIDA LACTENTE = CRIANÇA NOS PRIMEIROS DOIS ANOS (Primeira infância) CLASSIFICAÇÃO DO PESO AO NASCER Extremo baixo peso ao nascer < 1000g Muito baixo peso ao nascer (MBPN) <1500gr Baixo peso ao nascer (BPN) <2500gr Peso insuficiente ao nascer (PIN) 2500 a <3000gr Peso adequado ao nascer (PAN) 3000 a 4000gr Excesso de peso ao nascer (EPN) > 4000gr Fonte: Tavares & Rego, 2007 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO (AM) AM exclusivo – criança recebe exclusivamente o leite materno. Esse tipo não inclui nem água, chás, sucos. Nada além do leite materno. AM predominante – criança recebe leite materno, porém em sua alimentação são incluídos água, chás, água de coco, sucos ralos. 51 AM complementado – criança recebe leite materno e nenhum outro tipo de leite. Porém, em sua alimentação já são incluídos outros tipos de alimentos que complementam o leite materno, como frutas, verduras, leguminosas, cereais. AM misto – criança recebe o leite materno associado a outro tipo de leite, como leite de vaca integral ou diluído, ou fórmulas infantis. Aleitamento artificial – criança não recebe leite materno; apenas outro tipo de leite. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA NA INFÂNCIA: 0 a 5 anos (Sigulem et al, 2000) Peso Estatura (Comprimento até 2 anos; altura a partir de 2 anos) Circunferência do braço (CB) Perímetro cefálico (PC) / Perímetro torácico (PT) – mais confiáveis até 3 anos de idade. USAR CURVAS DA OMS. • OBS.: Para pacientes neuropatas ou com Síndrome de Down, utilizar curvas específicas. > 5 ANOS (Sigulem et al, 2000) Peso Altura Circunferência do braço (CB) 2 pregas: PCT, PCSE AMB AGB Σ das 2 pregas (PCT/PCSE) ESTIMATIVA DA ESTATURA EM CRIANÇAS: Medida do segmento Estatura estimada (cm) Desvio-padrão (cm) Comprimento superior do braço (CSB) E = (4,35 x CSB) + 21,8 ±1,7 Comprimento tibial (CUT) E = (3,26 x CT) + 30,8 ±1,4 Comprimento a partir do joelho (CJ) E = (2,69xCJ) + 24,2 ±1,1 Fonte: Stevenson, 1995 SITUAÇÕES ESPECIAIS: SÍNDROME DE DOWN E NEUROPATIA Usar curvas de crescimento e desenvolvimento específicas. PREMATURIDADE IDADE CORRIGIDA = idade cronológica (meses) – meses prematuridade * 52 * Meses de prematuridade = 40 semanas (a termo) – meses de gestação que nasceu (Associação Americana de Pediatria, 2002) RN pré-termo: nascidos com < 37 SG. DESNUTRIÇÃO NA INFÂNCIA: CLASSIFICAÇÃO DE GOMEZ (Crianças de 0 a 2 anos) CLASSIFICAÇÃO DE WATERLOW (Crianças de 2 a 10 anos) CLASSIFICAÇÃO DA OMS (Crianças maiores de 2 anos) (OMS, 1999) DEP Leve DEP Moderada DEP grave Peso/Estatura -2≤ esc Z ≤-1 -3≤ esc Z ≤-2 esc Z < 3 Nanismo Leve Nanismo Moderado Nanismo grave Estatura/Idade -2≤ esc Z ≤-1 -2≤ esc Z ≤-1 esc Z < 3 Fonte: Modificado de Lopes, Sigulem e Taddei In: Welforte & Lamounier, 2009 53 META DE GANHO PONDERAL: IDADE Ganho/ mês Ganho/ dia 1º trimestre 700g 25 a 30g 2º trimestre 600g 20g 3º trimestre 500g 15g 4º trimestre 300g 10g 2 a 6 anos 2kg/ano 6 a 9 anos 3 a 3,5kg/ano Fonte: WELFORTE & LAMOUNIER, 2009 OBS.: DEPgrave: Ganho de peso > 10g/kg/dia (BRASIL, 2005) META DE GANHO ESTATURAL: IDADE Ganho/ mês 1º trimestre 3,5 cm 2º trimestre 2,0 cm 3º trimestre 1,5 cm 4º trimestre 1,2 cm 2 a 6 anos 6 a 8cm/ ano 6 a 9 anos 6cm/ ano Fonte: WELFORTE & LAMOUNIER, 2009 54 ESTATURA-ALVO (TH): Paciente do sexo feminino: TH = (estatura do pai – 13) + estatura mãe 2 Paciente do sexo masculino: TH = (estatura do pai) + (estatura mãe + 13) 2 FONTE: Manual de Avaliação Nutricional – SBP, 2009 PERÍMETRO CEFÁLICO: RN: 34 a 35cm 6 meses: 42 a 44cm 1 ano: 45 a 47cm - Crescimento no 1º ano: ~12cm 1º tri: 2cm/ mês 2º tri: 1 cm/ mês 3º tri: 0,5cm/ mês - Crescimento 1º a 3º ano: 0,25cm/mês PERÍMETRO TORÁCICO: PT RN = 32 a 34cm 0 a 6 meses: PT~ PC 6 meses a 5 anos: PT/PC>1 Fonte: SISVAN, 2008 55 Exames Bioquímicos: Valores de Referência 56 57 58 Exame Físico Observar sinais e sintomas clínicos sugestivos de deficiência ou excesso nutricional: Cabelo Face Olhos Boca Pescoço Pele Abdome Unhas Tecido Subcutâneo Sistema Musculoesquelético Sistema Nervoso Sistema Gastrointestinal Sistema Cardiovascular 59 ADOLESCÊNCIA ( > 10 anos e < 20 anos) Peso Estatura Circunferência do braço(CB) AMB Σ das pregas (PCT/PCSE) OBS.: Usar curvas da OMS para Altura por idade e IMC por idade Definição dos grupos etários Grupo etário Idade Período Neonatal 0 – 28 dias Recém Nascido Lactente 29 dias a 2 anos Primeira infância Pré – Escolar 2 a 6 anos Segunda Infância Escolar 6 a 10 anos Pré Púbere 10 – 14 anos Adolescência Púbere 14 a 16 anos Pós Púbere 16 a 20 anos Adulto >20 anos Adulto Fonte: Marcondes et al. Murahovschi. MATURAÇÃO SEXUAL (Tanner, 1976; Tanner, 1977) Sexo Estágios de Tanner Pelos pubianos (P) Genitália (G) Masculino 01 Ausentes Pré-puberal 02 Quando bordas externas púbis, pouco escurecida Início cresc. Pênis; + 5 ml testículos; escroto avermelha-se 03 Cobrem o púbis Pênis + longo; 10 ml testículos; escroto maior 04 Tipo adulto, não na coxa Pênis adulto + largo e longo; 12ml testículos, escroto + escuro 05 Tipo adulto, já na coxa Pênis adulto; 15 ml testículos Feminino 01 Nenhum Nenhuma mudança 02 Quando na porção média dos lábios Desenvolvimento mamas 60 03 Quantidade, escurece e enrola Mamas maiores s/ aréola separada 04 + abundantes e textura grossa Mamas maiores c/ elevação aréola e mamilos 05 Adulto, até coxa medial Mamas adultas SEXO MASCULINO DESENVOLVIMENTO DE GÔNADAS: 61 DESENVOLVIMENTO DE PELOS PUBIANOS: 62 SEXO FEMININO DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS: 63 DESENVOLVIMENTO DE PELOS PUBIANOS: 64 Critérios para diagnóstico de maturação sexual: SEXO MASCULINO: Voz adulta Pelo menos genitália grau 3 Não Sim Não Pré-púbere Púbere Sim Não ocorre em crianças normais Pós-púbere SEXO FEMININO: Menarca Pelo menos mama estágio M2 Não Sim Não Pré-púbere Púbere Sim Não ocorre em crianças normais Pós-púbere % DE GORDURA CORPORAL - ADOLESCENTES Equações de predição para o cálculo do % de Gordura corporal através de dobras cutâneas para crianças e adolescentes (Slaughter et al., 1998). Tríceps +Subescapular - negros e brancos de todas as idades ( DOC >35mm) Meninos %GC = 0,783 ( DOC) + 1,6 Meninas %GC = 0,546 ( DOC) + 9,7 ( DOC <35mm) Meninos %GC = 1,21( DOC) – 0,008 ( DOC)2 + 1* Meninas %GC = 1,33 ( DOC) – 0,013( DOC)2 – 2,5 Substituição baseada no estágio maturacional e etnia para meninos 65 BIOIMPEDÂNCIA: BIA BIA - para crianças e adolescente – Kushner (1992) Branco – meninos e meninas (6-10 anos) ACT*= 0,593 (AL2/R) + 0,065(PC) + 0,04 * = Para converter ACT em MLG, use as seguintes constantes de hidratação relativas à idade e sexo Idade Meninos (MLG (kg)) Meninas(MLG (kg)) 5-6 anos ACT/ 0,77 ACT/ 0,78 7-8 anos ACT/ 0,768 ACT/ 0,776 9-10 anos ACT/ 0,762 ACT/ 0,77 ACT = água corporal total BIA meninos e meninas – brancos – (10-19 anos) - Houtkooper et al.(1992) MLG: (KG) = 0,61(AL2 /R) + 0,25 (PC) + 1,31 Meninos e meninas (8-15 anos) – Lohman (1992)_ MLG(kg) = 0,62 (AL2 /R) + 0,21 (PC) + 0,10 (Xc) + 4,2 AL = altura; R = resistência; Xc = reatância; PC = peso corporal; Equações para determinação da porcentagem de gordura corporal utilizando a soma das duas dobras cutâneas (tricipital e subescapular), em ambos os sexos, de 8 a 18 anos: 66 ÍNDICE DE OBESIDADE: IO= Peso atual (Kg)/ Alt. atual (cm)=A IO = P/I P50 / A/I P50 = B IO = A/B x 100 INTERPRETAÇÕES 111% a 120% (sobrepeso) 121% a 139% (obesidade) ≥ 140% obesos mórbidos (Marcondes, 1987 in Fisberg, 2005) 120 a 130 % = Obesidade leve 130 a 150 % = Obesidade moderada ≥ 150 % = Obesidade grave (Mello et al, 2004) INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS E TABELAS DE CRESCIMENTO (OMS, 2006; 2007) 68 6 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS 7 As medidas antropométricas utilizadas para a avaliação da composição corporal de idosos são: peso, estatura, PCT, CMB e CB. DADOS DE REFERÊNCIA ANTROPOMÉTRICA- IDOSOS (> 60 ANOS) • Estimativa da altura: idosos Americanos (Chumlea et al., 1985): Homens = 64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x CJ) Mulheres = 84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x CJ) CJ = comprimento do joelho • IMC: MAGREZA: < 22 kg/m2 EUTROFIA: 22 A 27 kg/m2 EXCESSO DE PESO: > 27 kg/m2 Fonte: Screening for Nutritional status in the elderly. Primare care, 21. v.1: 55-67; 1994 Padrões de referência para prega cutânea triciptal PCT e circunferência muscular do braço para idosos CMB de acordo com o NHANES III (National Health and Nutrition Examinatiop,Survey) - 1988-1991. PERCENTIS PCT (mm) IDADE PERCENTIL PERCENTIL HOMENS MULHERES 10 50 90 10 50 90 60-69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9 70-79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1 80+ 6,6 11,2 18 9,3 18,1 28,9 PERCENTIS CMB(cm) IDADE PERCENTIL PERCENTIL HOMENS MULHERES 10 50 90 10 50 90 60-69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4 70-79 24,4 27,2 30,5 20,3 23 27 80+ 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26 8 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL ORIENTAÇÕES PARA RELIZAÇÃO DA DINAMOMETRIA 1. Posicionar o paciente de pé, com os braços não flexionados e paralelos ao longo do corpo; 2. Solicitar que o paciente segure o dinamômetro voltado para fora do corpo, com a mão do braço não dominante. Registrar no formulário de coleta de dados qual braço foi utilizado para medida; 3. Orientar ao paciente que aperte o dinamômetro e registrar a medida da força de aperto de mão; 4. Serão realizadas três medidas com intervalo mínimo de 1 minuto entre elas; 5. Deve-se registrar no formulário de coleta de dados as três medidas. O valor da força de aperto de mão corresponderá ao maior valor entre as medidas realizadas. 9 ORIENTAÇÕES PARA RELIZAÇÃO DA BIOIMPEDÂNCIA 1. LOCAL PARA O TESTE Sala com maca (com superfície não condutora) onde o paciente possa deitar-se e uma mesa ou cadeira para acomodar o aparelho de BIA. A temperatura ambiente deve estar confortável. 2. PREPARO DO PACIENTE • Certifica-se de que o paciente seguiu
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