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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA/MG
CURSO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
JEAN CARLOS DA SILVA MARCELINO
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDE REGULAR DE ENSINO MÉDIO 
 
 Jean Carlos Da Silva Marcelino
Uberlândia/MG
2019
	JEAN CARLOS DA SILVA MARCELINO	
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDE REGULAR DE ENSINO MÉDIO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora, promovida pelo Curso de Educação Física da Fundação Presidente Antônio Carlos, como requisito para obtenção da aprovação Disciplina Pesquisa em Educação Física II.
 
Orientador: Maria helena candelori vidal
Área de Concentração: Educação Física Escolar 
Uberlândia/MG
2019
Banca examinadora:
___________________________________________________________ 
Em primeiro lugar, vem o nome do seu orientador – ex: 
Prof. Dra. Maria Helena Candelori Vidal (Orientadora) UNIPAC-UBERLANDIA/MG
___________________________________________________________ 
Prof. 
Colocar nome do professor convidado UNIPAC para a sua banca (não esquecer a sua titulação e local de trabalho)
 ____________________________________________________________
Prof. 
Colocar nome do segundo professor convidado EXTERNO para a sua banca (não esquecer a sua titulação e local de trabalho)
DATA DA DEFESA: dia /mês/ano
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meus pais Moacir e Clair, por importância em minha vida, pelo exemplo de amor, união, carinho, sentimentos tão maravilhosos que foram fortalecedores em todos os momentos destes quatro anos de faculdade. Esta vitória não é só minha, é nossa. Aqui é um espaço para você dedicar o seu trabalho a quem quiser.
AGRADECIMENTOS
A educação é o grande sustentáculo no processo de formação e transformação da sociedade. Ao longo de muito tempo, a educação foi tida com muitos padrões, mas Hoje, notamos o quão relevante é ter uma formação acadêmica, uma vez que a cada dia o cenário profissional demanda pessoas qualificadas. Uma admirável formação acadêmica e profissional deve ser pautada no cuidado com o ser humano.
Agradeço aos meus pais Moacir e Clair, pelo incentivo a minha formação, pela compressão e apoio. A presença de vocês foi fundamental em todo processo. Agradeço e dedico a vocês essa conquista.
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes profissionais. Turma da qual tive orgulho de fazer parte.
Agradeço ao coordenador do Curso de Educação Física, e também a todos os funcionários e colaboradores da instituição Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia por seu trabalho e dedicação e contribuição num sonho que agora é de todos.
 Aos professores que desempenharam com dedicação as aulas ministradas por ter me mostrado o caminho com dedicação, presteza e competência conduz sua profissão.
Agradeço a banca examinadora, todos os membros que compartilharam comigo momento tão importante.
Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso lutar, conquistar e o principal, viver e agradecer sempre.
“Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem.” (Karl Kraus)
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REDE REGULAR DE ENSINO MÉDIO 
Jean Carlos Da Silva Marcelino 
RESUMO: A Educação Física está inserida no currículo escolar e junto com as demais disciplinas procura atingir o desenvolvimento integral do aluno. Baseando-se nessa afirmação, este estudo tem como temática dificuldades enfrentadas pelo professor de Educação Física na Rede Regular de Ensino Médio. Onde nossa questão central é responder como o professor de Educação Física deve lidar com as dificuldades na hora de ensinar alunos que nem sempre querem participar das atividades propostas. O objetivo geral será analisar as dificuldades que os professores de Educação Física Enfrentam na Rede Regular de Ensino Médio. Utilizando como metodologia pesquisa bibliográfica, através de revisão de literatura.
Palavras-chave: Educação Física; Dificuldades; Professor;
ABSTRACT: The Physical Education is inserted in the school curriculum and along with the other disciplines seeks to achieve the integral development of the student. Based on this assertion, this study has as its theme the difficulties faced by the Physical Education teacher in the Regular High School Network. Where our central question is to answer how the Physical Education teacher must deal with difficulties in teaching students who do not always want to participate in the proposed activities. The general objective will be to analyze the difficulties that Physical Education teachers face in the Regular High School Network. Using as a bibliographical research methodology, through a literature review.
Key Words: Physical Education; Difficulties; Teacher;
RESUMEN: La Educación Física está inserta en el currículo escolar y junto con las demás disciplinas busca alcanzar el desarrollo integral del alumno. En base a esta afirmación, este estudio tiene como temática dificultades enfrentadas por el profesor de Educación Física en la Red Regular de Enseñanza Media. Donde nuestra cuestión central es responder como el profesor de Educación Física debe lidiar con las dificultades a la hora de enseñar alumnos que no siempre quieren participar de las actividades propuestas. El objetivo general será analizar las dificultades que los profesores de Educación Física Enfrentan en la Red Regular de Enseñanza Media. Utilizando como metodología investigación bibliográfica, a través de revisión de literatura.
Palabras clave: Educación Física; dificultades; maestro;
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................9
2. DESCRIÇÃO HISTÓRICA DO SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COMO DISCIPLINA................................................................................................................................12
2.1. A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO..........................................................................................................................................12
2.2. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO FRENTE À SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.........................................................................................13
2.3. DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS............................................................................................................................15
2.3.1. A importância das estruturas físicas e materiais didático-pedagógicos adequados nas aulas de Educação Física..............................................................................................................16
2.3.2. Baixa remuneração dos professores de Educação Física.................................................18
2.3.3. Falta de motivações dos alunos nas aulas de Educação Física.........................................19
2.3.4. Importância dos incentivos e subsídios por parte dos nossos idealizadores políticos com intuito de fomentar as práticas de Educação Física...................................................................21
2.3.5.Fatores que Favorecem o afastamento dos alunos das aulas de Educação Física...........22
2.4. A IMPORTÂNCIA DO COMPROMETIMENTO PROFISSIONAL E QUALIDADE DE ENSINO..................................................................................................................................23
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................25
REFERENCIAS...........................................................................................................................271. INTRODUÇÃO
A educação é o alicerce da sociedade. É através dela que um país se desenvolve e, no Brasil, como na maioria dos países em desenvolvimento, encontra-se ainda muito defasada (GUIMARÃES et al, 2001). A Educação Física escolar é parte do componente curricular e também enfrenta dificuldades semelhantes com o agravante de encontrar-se marginalizada, com professores cada vez mais insatisfeitos. Isso reflete diretamente na qualidade de sua prática e na qualidade de vida do profissional de Educação Física. 
Muito se tem discutido sobre as dificuldades da prática docente no âmbito escolar. Publicações da área apontam a desmotivação como um dos principais problemas da educação no Brasil. Como dificuldades encontradas apontadas em alguns estudos, destacam-se a falta de material, de infraestrutura, a desmotivação por parte dos alunos, a avaliação e a definição metodológica (TOKUYOCHI et al, 2008). 
A identificação das dificuldades dentro de seu cotidiano profissional é imprescindível para o planejamento de ações que garantam a melhoria das condições de trabalho e, consequentemente, da qualidade do ensino da Educação Física. É aqui que este trabalho se justifica. 
O intuito de identificar possíveis dificuldades no exercício da prática docente nas aulas de Educação Física nas escolas regulares de Ensino Médio, levou-nos a desenvolver este trabalho, juntamente com a necessidade de discuti-las na busca de ações concretas na determinação de seu desenlace.
Este estudo tem como temática dificuldades enfrentadas pelo professor de Educação Física em escolas, visando ressaltar as dificuldades encontradas, por professores da área da Educação Física no cotidiano escolar, que vão desde a falta de comunicação e participação dos alunos nas aulas.
Tais indagações serviram para aumentar nosso interesse em desenvolver um estudo que respondesse a seguinte questão central: Como lidar com as dificuldades na hora de ensinar alunos que nem sempre querem participar das atividades propostas?
Assim, O objetivo geral será analisar as dificuldades que os professores de Educação Física enfrentam nas escolas na Rede Regular de Ensino Médio.
Aprofundando mais um pouco, temos como objetivos específicos as seguintes questões: Identificar o que os professores de Educação Física enfrentam de problemas e dificuldades em seu ambiente de trabalho; Entender quais são as suas maiores dificuldades e o que as causam e Verificar o que o professor de Educação Física faz para que essas dificuldades sejam resolvidas da melhor maneira.
Para embasamento deste trabalho, fizemos um levantamento bibliográfico através de referências teóricas e revisão de literatura de obras e documentos com o intuito de conhecer o que já foi produzido em termos de pesquisa científica, utilizando assim de meios como a internet, revistas e outros para levantamentos dos dados.
 A opção pela abordagem qualitativa de pesquisa se deu por esta ter a preocupação com a interpretação dos significados atribuídos pelos sujeitos às suas ações, além de levar em conta todos os componentes de uma situação em suas interações e influências recíprocas, defendendo uma visão holística dos fenômenos (ANDRÉ, 2001).
Escolha realizada com objetivo de obter bom conhecimento sobre o assunto, visando clarear conceitos, ajudar no delineamento do projeto final da pesquisa e estudar pesquisas semelhantes, verificando os seus métodos e resultados.
O trabalho está dividido em 4 capítulos: Onde o Capitulo 1: Inicia com A descrição Histórica do surgimento da Educação Física como disciplina, seguindo com o levantamento da Importância das aulas de Educação Física no Ensino Médio, isso vai trazer bases sobre a trajetória do desenvolvimento da educação física no Brasil e também se constatar que é de grande importância a prática de atividades físicas durante toda a vida, e consecutivamente sua importância durante o período do Ensino Médio.
No capítulo 2: trata-se dos Desafios da Educação Física Escolar no Ensino Médio frente à Sociedade Contemporânea, que refere-se a convivência nos ambientes escolares com turmas heterogêneas, exigido assim aulas adaptadas e inclusivas e também nos leva a refletir sobre avanço tecnológico já que com ele surge um expressivo aumento do conforto, possibilitando maneiras diferentes de sociabilização, influenciando muitas vezes negativamente na vida dos seres humanos, em especial os adolescentes, contribuindo para o sedentarismo.
No Capitulo 3: Dificuldades enfrentadas pelo professor de Educação Física nas escolas, onde existe uma idealização das técnicas de ensino. Para melhor entendimento dividimos em subcapítulos para análise de alguns fatores que potencializam as dificuldades enfrentadas pelos mesmos dente eles estão: A importância das estruturas físicas e materiais didático-pedagógicos adequados nas aulas de Educação Física, Baixa remuneração dos professores de Educação Física, Falta de motivações dos alunos nas aulas de Educação Física, Importância dos incentivos e subsídios por parte dos nossos idealizadores políticos com intuito de fomentar as práticas de Educação Física, Fatores que Favorecem o afastamento dos alunos das aulas de Educação Física;
E por fim, o capitulo 4: Refere-se A importância do comprometimento profissional e qualidade de ensino, onde entra como uma melhores formas de reverter muitos dos desafios da profissão. Pois, além de motivar os alunos ele deve fazer com que os alunos compreendam o significado das atividades e a importância das mesmas. 
Sabemos da importância da atividade Física no nosso dia a dia e sua contribuição como disciplina no Ensino Médio para os adolescentes, através de incentivo à pratica em suas rotinas, como forma de contribuição para a saúde, socialização, lazer, entre outros. Com isso, estudo se justifica pois, entender quais as dificuldades enfrentadas pelo professor de educação física é muito essencial para compreendermos as limitações e possíveis soluções para dinamizar as aulas e também motivar além de alunos os professores com possíveis soluções levantadas para a pratica da profissão.
2.DESCRIÇÃO HISTÓRICA DO SURGIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COMO DISCIPLINA
 No ano de 1851 a Educação Física começa sua trajetória no Brasil com a reforma Couto Ferraz, mais só em 1920 chega nas escolas em alguns estados sobre o nome de ginástica. Com uma visão médica e militar que se prolongou até a metade do século XX.
 Já na segunda metade do século XX a Educação Física passa a ter aspecto mais voltado para o esporte numa tentativa de tornar o Brasil uma potência olímpica juntando com o regime político da época contribuiu para mudanças no modelo pedagógico.
 As aulas de Educação Física eram voltadas para o alto rendimento na intenção de produzir atletas. Como uma maneira de compensação usada pelo governo na tentativa de fazer a sociedade esquecer dos problemas que o Brasil enfrentava. Na década de 80 como o Brasil não se tornou uma potência esportiva houve uma perda de identidade na disciplina.
 O foco foi direcionado para o desenvolvimento psicomotor do estudante, passando a vê-lo como seres humanos com sua complexidade e não mais como um atleta de alto rendimento em potencial. Os professores começam a ter um novo pensamento em relação ao conteúdo a ser aplicado nas aulas de Educação Física deixando a aula mais inclusiva.3Enquanto isso, no meio acadêmico começa a ter investimentos no campo de pesquisa relacionado à área, aumentando os números de publicações científicas. Surgem novos cursos e os profissionais da área passam a dar continuidade nos estudos com programas de pós-graduação, mestrado e doutorado.
 Na atualidade com a evolução das pesquisas, os conceitos também se evoluíram dando uma nova concepção pedagógica, mais voltada para a saúde aproximando o humano do biológico com uma visão de vários ângulos. Levando em consideração as individualidades de cada um dentro do coletivo e do meio onde vive.
 A Educação Física tem um papel de suma importância na matriz curricular para o desenvolvimento físico, mentale social dos estudantes. Com diversidades de conteúdo trabalhado valorizando a aprendizagem em movimento, levando os alunos ao entendimento do seu corpo e aprimorando as relações com os outros.
2.1. A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
A Educação Física escolar como componente curricular deve promover condições para que os alunos em sua totalidade venham a provar, experimentar e vivenciar a mais diversificada quantidade de práticas corporal, esportes, lutas, brincadeiras, danças, para que encontre em alguma o prazer de praticá-la e que esta pratica esteja presente em sua vida após a fase escolar. Pois a prática regular de atividade física auxilia no controle do peso, ajuda a controlar e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas como a diabetes, pressão alta, doenças cardíacas entre outras e é essencial para uma vida saudável. 
A atividade física no meio educacional não está restrita somente a conteúdo a serem trabalhados de forma prática ou teórica, sabe-se que dentro das formas de aula os dois métodos estão ligados e são inseparáveis, em apenas um conteúdo, vários objetivos podem ser trabalhados, em dimensões amplas de conhecimentos, como a dimensão histórica e técnica do conteúdo, a dimensão da atividade física, as habilidades motoras, a dimensão de valores e atitudes que serão apresentadas aos alunos e por eles deverão ser assimiladas e levadas para sua vida social junto à comunidade. 
 Darido et al. (1999) reafirma esse conceito quando diz que a EF (Educação Física) no ensino médio deve promover “discussões sobre as manifestações dessas práticas corporais como reflexo da sociedade em que vive, pensando criticamente seus valores o que levará os alunos a compreenderem as possibilidades e necessidades de transformar ou não esses valores”.
Por fim a de se constatar que é de grande importância a prática de atividades físicas durante toda a vida, e de suma importância para as crianças e adolescentes, pois os mesmos estão em pleno desenvolvimento de suas valências físicas e psicomotoras, atividades que estão diretamente inseridas nas aulas de Educação Física, mesmo que talvez não em sua suficiência.
2.2. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO FRENTE À SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
A Educação Física nos ambientes escolares sempre foi desenvolvida como momento de aulas recreativas e práticas esportivas. Mesmo sendo disciplina regular integrante do projeto político pedagógico da escola está, concepção ainda continua sendo realizada pelos alunos e por alguns professores.
O maior desafio da Educação Física no Ensino Médio, neste mundo contemporâneo, é a convivência nos ambientes escolares com turmas heterogêneas quanto aos aspectos antropométricos, físicos, afetivos, cognitivos e motores, distribuídas muitas vezes com número acima de cinquenta alunos. Torna-se cada vez mais difícil fornecer uma Educação Física com participação universal, e verifica-se a utilização desenfreada da prática esportiva nos ambientes escolares, supervalorizando o espetáculo através da fala da mídia, o que influi significativamente no comportamento dos alunos dentro e fora do ambiente escolar (MONTAGNER e RODRIGUES, 2003). 
Muitas vezes, os alunos, pelo comodismo ou falta de competência e habilidade dos professores e gestores, e até influenciados por políticas públicas onde as questões tecnológicas e competitivas são priorizadas, tendo como exemplo jogos escolares sem oferta de aulas especializadas (COLETIVO DE AUTORES, 2005) e (CASTELANI FILHO, 2002).
(...) existe uma forma onde o rendimento e as competições tenham um outro papel, um outro sentido, diverso daquele que possui no âmbito do esporte de rendimento ou alta competição? Entendemos que sim. Portanto, o esporte tratado e privilegiado na escola pode ser aquele que atribui um significado menos central ao rendimento máximo e à competição, e procura permitir aos educandos vivenciar também formas de prática esportiva que privilegiem antes o rendimento possível e a cooperação (BRACHT, 1997, p. 19).
Faz-se necessário afastar as metodologias tradicionais em detrimento aos objetivos da Educação Física no Ensino Médio, proposto pela LDB nº 9.394/96, a qual em seu Art. 27, Inciso IV mostra o valor do esporte educacional, deixando de lado o “esporte da escola” pelo “esporte na escola”, bloqueando a formação de um sujeito crítico construtivo, embasado na compreensão científica e tecnológica, relacionando e discutindo a teoria e prática dos conteúdos, valorizando a Interdisciplinaridade entre as disciplinas do Ensino Médio. (BRASIL,1996).
Com o avanço tecnológico veio um expressivo aumento do conforto, possibilitando maneiras diferentes de sociabilização, influenciando muitas vezes negativamente na vida dos seres humanos, em especial os adolescentes, contribuindo para o sedentarismo e consequentemente no surgimento de patologias contemporâneas, advindas principalmente pelo aumento da obesidade da população.
Percebe-se hoje uma mudança significativa dos nossos adolescentes, influenciados pela mídia e avanço tecnológico, o que afeta todo seguimento escolar que muitas vezes ainda é regido por metodologias tradicionais. Neste sentido, verifica-se a importância de se repensar quais os objetivos da Educação Física escolar para o Ensino Médio nesse novo milênio e como lidar com esta transformação pedagógica.
As aulas de Educação Física no Ensino Médio, tem influência na transformação da vida do estudante, como ele se vê em sua individualidade e na sociedade. É preciso ter um cuidado maior para que os alunos não percam o interesse trazendo uma abordagem dinâmica, estimulante e interessante. Os conteúdos devem estar de acordo com a série e acompanhar o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo do estudante. Deve também haver uma coerência entre teoria e pratica no método de ensino 
A Educação Física no ambiente escolar deve cumprir seu papel na escola, contribuindo na formação de um cidadão crítico e consciente, onde através dos conteúdos trabalhados, possa contribuir para que o cidadão crie, recrie e transforme, dando subsídios para a participação das atividades físicas, sempre respeitando a individualidade humana. 
2.3. DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS
Dentro do contexto da Educação Física Escolar, tem-se a necessidade de se discutir as dificuldades existentes no ensino público, dentre elas, a estrutura que as instituições de ensino disponibilizam para as aulas de Educação Física, tanto as estruturas físicas, quanto os recursos didático-pedagógicos a serem ofertados no âmbito de exercício docente, estão inclusos nessa mesma demanda. 
Oliveira (2011), diz que as estruturas físicas e materiais didático-pedagógicos adequados, são de extrema importância não somente para a Educação Física. 
A baixa remuneração dos professores de Educação Física é um importante fator que acaba por desmotivar os docentes, levando-os muitas vezes, a lecionarem em três instituições diferentes, ampliando assim, a carga horária do trabalho, o que de certa maneira, subtrai o tempo de engajamento no planejamento semanal, nas reuniões escolares, na elaboração do projeto político-pedagógico e nas demais atividades que se efetivam na escola. Sobre esse quadro, ressalta-se que a valorização social e real de uma área profissional se reflete nas estruturas de carreira e nos salários, considerando fatores que provocam insatisfação dos docentes diante de muitas dificuldades vivenciadas na escola (MACHADO et al, 2010). 
Em meio aos desafios existentes dentro da Educação Física Escolar, os profissionais desta área do conhecimento, almejam exercer a profissão com métodos e técnicas pedagógicas idealizadas.
 Oliveira; Sartori e Laurindo (2014, p. 19), ressaltam que a disciplina de Educação Física Escolar tem uma necessidade de ser efetivada de forma mais atrativa, alegre e agradável pelos alunos, com aulas realizadas em ambientes abertos e cobertos, e com a utilização de diferentes materiais, possibilitando um contato mais direto com o professore colegas, permitindo assim, a utilização do próprio corpo para a aprendizagem global por meio de atividades e exercícios respeitando a sua individualidade biológica. 
No entanto, para que a Educação Física efetive esse patamar de forma permanente, são necessários incentivos e subsídios por parte dos nossos idealizadores políticos com intuito de fomentar essas práticas, valorizando cada vez mais, a profissão no âmbito escolar, ultrapassando quaisquer barreiras impostas (BARROS; SCARAUSI, 2014).
As ações pedagógicas da Educação Física Escolar sendo percebidas pela sociedade como práticas significativas, motivadoras de valores, encontrando-se reconhecidas por constituir uma ferramenta primordial no âmbito dos outros meios educacionais (FIGUEIRA; PEREIRA e SOARES, 2015). 
2.3.1. A importância das estruturas físicas e materiais didático-pedagógicos adequados nas aulas de Educação Física
Para que as aulas de Educação Física possam ser ministradas, o colégio deve possuir um profissional com formação superior de licenciatura em Educação Física, cujo exercício da profissão requer algumas especificidades, tais como, espaço físico e materiais adequados para a aplicação e desenvolvimento dos conteúdos propostos pelo projeto pedagógico.
Aguiar (2009) destaca que se a disponibilidade de materiais for diferente das necessidades adequadas para a realização da atividade planejada pelo professor, a qualidade e a dinâmica das aulas podem ser influenciadas.
Muitas vezes um fator que limita o professor de Educação Física a um número específico de atividades a serem trabalhadas nas aulas é a falta ou a inadequação dos espaços. A dificuldade em adequar a atividade proposta ao espaço disponível, acaba reduzindo a qualidade das aulas de Educação Física conforme ressaltado por Rodrigues e Darido (2008).
Farias Filho e Vago (2001) apontam que para o professor de Educação Física desenvolver com excelência sua prática pedagógica, se tornam necessárias condições de trabalho adequadas. Pois a falta de local e materiais disponíveis para realização das atividades é um dos fatores que podem interferir, modificar e até prejudicar o planejamento e a execução das atividades propostas, por outro lado está escassez de materiais e locais pode estimular a criatividade do professor na elaboração das suas aulas. 
Em alguns casos específicos, os colégios até possuem materiais didáticos porém, não em quantidade e diversidade. Desta forma alguns professores acabam optando por adaptar a aplicação dos conteúdos previstos no Currículo Mínimo, não respeitando as faixas etárias sugeridas pela proposta pedagógica do Estado. Pode-se mencionar que o professor que não dispõe de infraestrutura e materiais didáticos, inclui nas suas aulas o ensino dos valores ligados a determinada modalidade, ou seja, acaba realizando uma serie de adaptações a fim de manter a qualidade de sua aula.
Pelo caráter diferenciado da Educação Física é válido ressaltar a relação direta dos materiais didáticos com a qualidade de ensino-aprendizagem nas aulas, pela relevância que os mesmos possuem na organização dos processos de ensino. Para Martinez Bonafé (2002) os materiais servem para ordenar a vida da aula, podendo ser até um dispositivo privilegiado das políticas de controle.
Sabendo que a disciplina possui aspectos diferentes das demais, torna-se responsabilidade do Estado prover espaços e materiais adequados que favoreçam aplicação dos conteúdos pelo professor de modo que os alunos alcancem os objetivos curriculares propostos, porém não existem projetos de lei que regulamentem de forma clara qual o tamanho ideal para os espaços destinados a aplicação das aulas e nem a quantidade de materiais didáticos que o professor deve possuir para lecionar a disciplina.
Desta maneira as escolas ficam desprovidas de um padrão de estrutura e materiais para as aulas de Educação Física.
"[...] as prescrições oriundas de órgãos oficiais, que abordam a preocupação com espaço físico escolar, estão atreladas diretamente à relação custo benefício. Ou seja, atender mais alunos com custos cada vez menores, sem investir em condições humanas para este atendimento." (Damazio; Paiva, 2005, p.193)
O espaço físico condiciona nossos gestos diários, habitua nossa visão, estimula elementos simbólicos e estabelece pontos de referência. Se a escola não oferece espaço com áreas verdes e agradáveis aos sentidos, a criança se sentirá desestimulada a desenvolver relações saudáveis e equilibradas com o ambiente. Essa deficiência de instalações apropriadas nas escolas pode ser um indício da pouca qualidade do espaço físico e das instalações para o ensino da Educação Física, podendo comprometer está disciplina escolar sobre dois aspectos: a não valorização social desta disciplina dentro do ambiente escolar, sendo marginalizada e colocada como algo secundário ou complementar, assim como, resultar no descaso dos gestores e autoridades para com a educação destinada às camadas populares. Freire (1989) lembra que os espaços destinados por lei (LDB 5.692/71, Dec. 69.450/71) para as aulas de educação física nas escolas, não permitiriam que a criança desse um giro com os braços abertos. Seguindo a lei na íntegra poderíamos colocar 50 crianças ao mesmo tempo em 100 metros quadrados. Não seria possível às crianças saltar, girar ou correr.
2.3.2. Baixa remuneração dos professores de Educação Física
Os professores no contexto atual também são diferentes do clássico professor do passado: a maioria deles, principalmente os da rede pública, além de trabalhar com alunos de camadas populares, também pertence às camadas populares, vivem em bairros populares, seus familiares pertencem à classe trabalhadora, seu salário é igual ou até menor do que outros profissionais que possuem o mesmo nível de escolarização. Ou seja, os professores hoje não compõem a elite socioeconômica do país (HYPÓLITO, 1999). 
Este é um fator que repercute concretamente sobre sua vida profissional, pois a pauperização social atrelada à baixa remuneração prejudica o acesso aos bens culturais – imprescindíveis no trabalho docente e a falta desses bens culturais pode significar comprometimento do trabalho desenvolvido em sala de aula. (GATTI; BARRETTO; ANDRÉ, 2011). 
Vários autores são unânimes em afirmar que os professores vivem em seu trabalho um processo de proletarização (CUNHA, 1999; ENGUITA, 1991; HYPÓLITO, 1999; OLIVEIRA, 2003). Enguita foi um dos primeiros autores a demonstrar como esse processo estava ocorrendo, interpretando o professor como um trabalhador que produz mais do que recebe. 
Oliveira (2003) afirma que, no fundo, nessa problemática da proletarização e da perda do controle e da autonomia, o professor perde a noção de integridade do processo e passa a apenas executar uma parte do trabalho, afastando-se da concepção global deste. Esta seria uma característica do trabalho docente hoje, que reduz os professores a técnicos executores. 
Desta forma, os professores têm apresentado alguns sintomas do Mal Estar Docente tais como o estresse, a sensação de frustração física e emocional (ESTEVE, 1995). 
Isso se deve às condições precárias de trabalho, ao contexto que cada vez mais faz exigências ao professor e lhe impõe uma sobrecarga de trabalho. A baixa remuneração recebida pelos professores é, sem dúvida, uma das maiores fontes de descontentamento da categoria. O aparecimento recorrente dos salários dos professores nessas discussões se deve à percepção generalizada de que os professores brasileiros são mal remunerados (BARBOSA, 2011).
 De acordo com Alves e Pinto (2011) a remuneração é um aspecto fundamental em qualquer profissão, principalmente na sociedade capitalista. Implícitos na discussão da remuneração docente estão aspectos decisivos para a garantia de uma escola pública de qualidade, tais como: atratividade de bons profissionais para a carreira e de alunos bem preparados para os cursos de licenciatura, valorização social e financeira do professor num contexto de precarização, complexidade e intensificação. A precarização do trabalhodocente é pior entre os professores especialistas – aqueles que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio porque, em geral, eles ministram aulas em várias escolas e para várias turmas. Esses professores podem ter concomitantemente 400-500 alunos, dependendo da grade curricular. 
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a flexibilidade do tempo e a permanência de apenas uma professora podem minimizar algumas dificuldades enfrentadas – como a indisciplina, por exemplo. A partir do 6º ano, a rigidez do tempo e a troca de materiais a cada 50 minutos são aspectos que podem criar situações conflituosas e perturbadoras para os professores. 
A condição de pauperização salarial obriga a maioria dos professores a trabalhar em mais de uma escola: trabalham em escolas estaduais, nas municipais e ainda nas particulares. Não há um local único e fixo de trabalho. Professores especialistas têm essa rotina porque é muito difícil pegar todas as aulas em uma única escola e porque o valor da hora-aula é muito baixo. Isto ocorre porque a jornada de trabalho, aliada à legislação vigente de atribuição de aulas, faz com que mesmo os professores efetivos tenham que conviver com a rotatividade e a itinerância.
 Como salienta Pereira (2007), [...] quando as condições do trabalho docente são muito ruins, torna-se praticamente impossível se conceber a escola como um local de produção de conhecimentos e de saberes. O professor torna-se um mero dador de aulas. (PEREIRA, 2007, p. 90, grifo do autor).
É comprovado o poder dissuasivo exercido pelos baixos salários sobre os indivíduos mais capacitados, que acabam optando por outras profissões. Segundo reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo em 2009, o vestibular 2010 para a mais tradicional universidade do país - a Universidade de São Paulo (USP), dos 104 cursos oferecidos, 30 (cerca de 28%) tinham menos de cinco candidatos por vaga. (MAZZITELLI, 2009).
Outro tema que gera muita polêmica na análise dessa situação refere-se à jornada docente. É comum encontrarmos o argumento de que os professores ganham menos que outros profissionais porque possuem uma jornada de trabalho menor.
2.3.3. Falta de motivações dos alunos nas aulas de Educação Física
Os dados do estudo indicam também como aspectos de desmotivação dos alunos do ensino médio aulas repetitivas e conteúdo desinteressante. Santos e Piccolo (2011) afirmam que o professor em sua prática pedagógica pode ofertar elementos que favoreçam a formação dos alunos como agentes transformadores, mas é necessário também que o professor identifique os instrumentos de ação pedagógica a serem utilizados em suas aulas de Educação Física, estimulando a motivação de seus alunos, e tornando-os mais criativos na busca da sua aprendizagem.
    Darido (2003) ressalta que a prática de todo professor, mesmo que de forma pouco consciente, apoia-se em determinada concepção de aluno, ensino e aprendizagem, que é responsável pelo tipo de representação que o professor constrói sobre o seu papel, o papel do aluno, a metodologia, a função social da escola e os conteúdos a serem trabalhados.
    A desmotivação pode derivar de diversos fatores, como: limitações corporais (deficiências), timidez, carência de estrutura física e material da escola que estimulem o aluno a participar da aula (Araújo et al., 2008). As aulas de Educação Física no ensino médio são um desafio para os professores, pelo fato dos alunos encontrarem-se na fase da adolescência (Darido et al., 1999).
    Infelizmente um dos principais fatores que causam a desmotivação nas aulas de Educação Física é o fato das aulas no ensino médio serem quase sempre uma repetição mecânica dos programas de Educação Física do ensino fundamental, não apresentando características próprias e inovadoras, que considerem a fase da adolescência pela qual os alunos estão passando (Darido et al., 1999). Tal apontamento é reforçado pelos dados do presente estudo, que indica que 17,2% dos alunos relataram que se sentem desmotivados devido ao fato das aulas serem sempre as mesmas.
    Não seria correto afirmar que as aulas de Educação Física no ensino médio não possuem um objetivo claro a ser seguido. Pode-se verificar tal constatação através da análise a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), que indica que o ensino médio é o segmento da Educação Básica que tem como objetivo a preparação para o trabalho e para a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.
    Relatar também que não possui referências para trabalhar a Educação Física no ensino médio, não seria valido, levando em conta que está à disposição as Diretrizes (2008), que oferece infinitas possibilidades de trabalhar a Educação Física no ensino médio.
    Talvez a desmotivação seja reflexo de experiências negativas registradas anteriormente nas aulas de Educação Física pelos alunos (Folle; Teixeira, 2012). Darido e colaboradores (1999) confirmam que experiências ruins nos primeiros anos da Educação Física da vida do aluno, pode resultar em certo trauma e levá-lo a não ter motivação pelas aulas de Educação Física, o que pode repercutir de forma negativa durante toda a vida escolar, levando essa desmotivação para a vida toda.
 Motivar os alunos exige tempo e compromisso por parte do professor, e também do aluno. Conforme relatado por Betti (1999), a parceria nesse processo depende de ambas as partes, alunos e professores, mesmo que na situação desse nível de ensino isso possa parecer um tanto difícil.
2.3.4. Importância dos incentivos e subsídios por parte dos nossos idealizadores políticos com intuito de fomentar as práticas de Educação Física
Por esta concepção, o ensino médio deverá se estruturar em consonância com o avanço do conhecimento científico e tecnológico, fazendo da cultura um componente da formação geral, articulada com o trabalho produtivo. Isso pressupõe a vinculação dos conceitos científicos com a prática relacionada à contextualização dos fenômenos físicos, químicos e biológicos, bem como a superação das dicotomias entre humanismo e tecnologia e entre a formação teórica geral e técnica-instrumental. 
 Em resposta a esses desafios que permanecem, algumas políticas, diretrizes e ações atuais do governo federal delineiam um cenário de possibilidades que apontam para uma efetiva política pública nacional, para a educação básica, comprometida com as múltiplas necessidades sociais e culturais da população brasileira. Nesse sentido, situam-se a aprovação e implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB (Lei 11.494/2007) e a formulação e implementação do Plano de Desenvolvimento da Educação PDE. 
Nesse sentido, a fim de colaborar na consolidação das políticas de fortalecimento do ensino médio, o Ministério da Educação propõe um programa de apoio para promover inovações pedagógicas das escolas públicas de modo a fomentar mudanças necessárias na organização curricular desta etapa educacional e o reconhecimento da singularidade dos sujeitos que atende. 
Trata-se, portanto, de direcionar políticas públicas por meio de um programa específico viabilizando inovações para o currículo do ensino médio, de forma articulada aos programas e ações já em desenvolvimento no âmbito federal e estadual, com linhas de ação que envolve aspectos que permeiam o contexto escolar: fortalecimento da gestão dos sistemas, fortalecimento da gestão escolar, melhoria das condições de trabalho docente e formação inicial e continuada, apoio às práticas docentes, desenvolvimento do protagonismo juvenil e apoio ao aluno jovem e adultos trabalhador, infraestrutura física e recursos pedagógicos e elaboração de pesquisas relativas ao Ensino médio e a juventude. 
O Programa Ensino Médio Inovador tem como objetivo a melhoria da qualidade do ensino médio nas escolas públicas estaduais, promovendo, ainda, os seguintes impactos e transformações: Superaçãodas desigualdades de oportunidades educacionais; Universalização do acesso e permanência dos adolescentes de 15 a 17 anos no ensino médio; Consolidação da identidade desta etapa educacional, considerando a diversidade de sujeitos; Oferta de aprendizagem significativa para jovens e adultos, reconhecimento e priorização da interlocução com as culturas juvenis; Entre outras.
2.3.5.Fatores que Favorecem o afastamento dos alunos das aulas de Educação Física
De acordo com Darido, 2002, os resultados de seu estudo podemos perceber que quase metade dos alunos do Ensino Médio consideram a Educação Física como sua matéria preferida, mas ao mesmo tempo 20% solicitam dispensas. É possível que as solicitações de dispensa ocorram principalmente nas escolas que oferecem a disciplina fora do período das demais disciplinas.
É preciso lembrar que muitas escolas brasileiras, em função de vários fatores (condições climáticas, organização curricular, condições de espaço, material e outros) optam por oferecer a disciplina em período alternado ao das demais disciplinas. Para o aluno retornar a escola, muitas vezes distante de sua casa, ou para o aluno trabalhador, a Educação Física fora do período se constitui numa dificuldade extra o que gera, como consequência, um aumento do número de alunos afastados da cultura corporal. 
Cabe à escola e ao professor de Educação Física, de acordo com a sua realidade, ponderar sobre as melhores condições para oferecimento da disciplina. Os resultados mostraram que há de fato um progressivo afastamento dos alunos da Educação Física na escola e também da atividade física realizada fora da escola.
As aulas de Educação Física no Ensino Médio são quase sempre uma repetição dos programas de Educação Física do Ensino Fundamental, ou seja, se resumem às práticas dos fundamentos e a execução dos gestos técnicos esportivos. É como se a Educação Física se restringisse a essas práticas (COSTA,1997). Não se trata, evidentemente de desprezá-las no contexto escolar, mas sim de ressignificá-las.
Na verdade, tendo em vista a formação que se pretende, há nas novas proposições para a Educação Física no Ensino Médio uma variedade enorme de aprendizagens a serem conquistada, bem como das diferentes formas de atuação do professor na condução do ensino (DARIDO, 2002).
Os alunos possuem, na maioria das vezes, opinião formada sobre a Educação Física baseados em suas experiências pessoais anteriores. Se elas foram marcadas por sucesso e prazer, o aluno terá, provavelmente, uma opinião favorável quanto a frequentar as aulas. Ao contrário, quando o aluno registrou várias situações de insucesso, e de alguma forma se excluiu ou foi excluído, sua opção será pelo afastamento das aulas ou a passividade perante as atividades, COSTA (1997). 
Transformar essas opiniões constitui um enorme desafio para os professores de Educação Física. Amenizar este afastamento. É preciso superar o histórico da disciplina, que em muitos momentos resultou numa seleção entre indivíduos aptos e inaptos. A Educação Física na escola deve oferecer oportunidades para que todos os alunos tenham acesso ao conhecimento da cultura corporal, como um conjunto articulado de informações necessárias à formação do cidadão, de forma democrática e não seletiva. Nesse contexto, também os alunos portadores de necessidades especiais não podem ser privados das aulas de Educação Física.
Muitos professores, mesmo quando alertados para a exclusão de grande parte dos alunos, em virtude do enraizamento de determinadas atividades excludentes, apresentam dificuldades em refletir e modificar tais procedimentos e atividades. A Educação Física, em função da ênfase esportiva, tem deixado de lado importantes conhecimentos produzidos ao longo da história da humanidade, como as danças, as lutas, os esportes ligados à natureza, os jogos, bem como o conhecimento sobre o próprio corpo, e que podem se constituir em objeto de ensino e aprendizagem.
As danças podem comparecer com maior frequência nas aulas de Educação Física na escola. Diferentes experiências têm mostrado que este trabalho pode ser realizado, e é bem sucedido especialmente quando se considera o conhecimento e os interesses que o jovem traz consigo a respeito dos diferentes ritmos e danças.
Na verdade, os professores podem, em conjunto com os alunos, construir outros conhecimentos que avancem e aprofundem no conhecimento relativo à cultura corporal, com auxílio de pesquisas, pessoas da comunidade e a experiência dos próprios alunos da escola.
2.4. A IMPORTÂNCIA DO COMPROMETIMENTO PROFISSIONAL E QUALIDADE DE ENSINO
 Uns dos principais fatores para uma aula motivante com certeza é o comprometimento do professor, pois ele é a principal referência para uma aula bem sucedida para seus alunos. O profissional da Educação Física deve estar sempre disposto a realizar as atividades com seus alunos e sentir-se realizado com o que faz e realizar com consciência, mostrando clareza para seus alunos, e aquele bom humor indispensável (MOREIRA, 1996). 
O profissional não deve se limitar somente a sua atuação no ambiente de trabalho, mas atuando também fora dele na comunidade. Meinberg (1988) aponta que, o professor de Educação Física deveria ter uma formação que levasse para as seguintes competências como: ser transmissor, o professor não deve restringir o ensino a técnicas grosseiras, mas sim ensinar o movimento correto para o aluno que ele possa futuramente passar esses conhecimentos fora do ambiente escolar, por exemplo, para seus vizinhos e amigos. Também, ser educador, em que o professor deveria não só transmitir, mas também ser um protetor e a sua personalidade deveria estar adequada para o seu ensino, demonstrando a alegria, justiça amor ao trabalho e aos alunos. 
Além disso, deve ser avaliador, o professor age como um juiz tendo que atribuir uma nota para o rendimento do aluno, função que lhe ocupa muito tempo e da alguns problemas; o professor orientador deve assumir o papel de conselheiro do aluno, porém não se deve assumir o papel do pai, mas de um companheiro. O professor deve ser também inovador, essa característica não se restringe a ensinar só coisas novas, mas também em refletir, discutir e modificar o que já existe e também ficar atento às mudanças da sociedade (MEINBERG, 1988). 
Segundo Meinberg (1988) o professor de Educação Física Escolar tem o compromisso de ser motivado, porque além dele ser educador, ele acaba sendo na maioria das vezes o principal amigo conselheiro e companheiro dos alunos, diante aos outros professores das demais disciplinas, pois devido às aulas de Educação Física serem de certa forma diferenciada (mais dinâmica), os alunos encontram uma maior liberdade e confiança no professor. 
O professor também precisa desempenhar bem a sua profissão, conhecer primeiramente seus alunos, saber o porquê está passando as devidas atividades, para quem, e com qual propósito, não cair na sistematização e não apenas jogar a bola para seus alunos fazerem o que bem entenderem, muito pelo contrário, ele deve fazer com que os alunos compreendam o significado das atividades e a importância das mesmas (MEINBERG, 1988). 
O professor não está ali no ambiente escolar centrado para a formação de atletas (ele pode até orientar os mais habilidosos para um treinamento específico), mas seu principal propósito é a formação de pessoas que no futuro possam passar para os próximos o que aprenderam na escola, não deixando a desejar também na formação de bons cidadãos, preparando dessa forma seus alunos para a vida (SOARES, 2004).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Ao concluir o estudo constatamos que existem vários fatores como: a priorização e sistematização da aprendizagem, materiais e espaço disponíveis para a realização das atividades, o comprometimento de alunos e professores, entre outros, que geram a falta de motivação tanto para os alunos quanto para os professores para a realização das práticas das aulas de Educação Física. 
 Mesmo diante da essencialidade das aulas de educação física os profissionais aindaencontram muitos desafios e dificuldades para realizarem as atividades de maneira eficiente e adequada aos alunos. Além de existir pouca valorização da profissão, sejam por parte da sociedade, pais dos alunos e educadores das demais disciplinas, há a falta de materiais e investimentos em locais apropriados à prática de exercícios. São poucas as escolas que possuem quadras específicas a diversos jogos e disponibilidade de materiais. Em decorrência dessas precariedades os alunos sentem-se desinteressados nas aulas, sem motivos para praticarem atividades físicas e desenvolverem suas habilidades. 
Desse modo, cabe aos professores tentarem fornecer aos alunos, por meio de um planejamento, atividades que possam motivá-los a exercitar-se e a participar ativamente das aulas. Sabe-se que a Educação Física tem papel fundamental no ensino, pois ao mesmo tempo em que auxilia no desenvolvimento físico e motor das crianças, é responsável por proporcionar momento de interação, socialização e prazer aos alunos. Cabe lhe ainda, por meio de diferentes instrumentos, transmitir às crianças valores éticos e morais, e conteúdos relacionados à cultura e à convivência em sociedade
Por meio desse estudo, pode-se afirmar que o professor de Educação Física Escolar, deve manter-se atualizado, buscando sempre uma inovação na estrutura pedagógica de suas aulas, proporcionando aos alunos aulas diferenciadas, divertidas, que educam e desenvolvam o corpo e o cognitivo do aluno, a fim de despertar o interesse e ocasionar uma participação constante dos alunos.
 Os estudos mostram que os alunos participantes das aulas de educação física regularmente tem uma melhora significativa no condicionamento físico em fatores que estão ligados com saúde e qualidade de vida. As atividades nas aulas de educação física atuam também na prevenção e no auxílio do tratamento das doenças congênitas, como acidente vascular cerebral, câncer, obesidade, osteoporose, diabetes, hipertensão e as cardiovasculares entre outras.
O professor de Educação Física deve desenvolver a autonomia dos alunos para que a pratica da atividade física não fique só restrita as aulas e sim passa a fazer parte do seu dia-a-dia. Durante as aulas, os conteúdos desenvolvidos devem abranger todos os alunos da classe e trabalhar o maior número de vivencias corporais.
Há inúmeras questões a serem respondidas e analisadas em profundidade. Assim, novas pesquisas e estudos se fazem necessários para que possamos compreender melhor o trabalho que os professores realizam, apreender suas contradições e entender a trama de relações que os envolve. A pesquisa é, sem dúvida, um meio de chegarmos a algumas respostas que poderão servir de base para a construção de uma escola de qualidade para todo cidadão brasileiro.
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