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Aulas 7 e 8 - Direito do trabalho 1

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Aula 7 
 
TERCEIRIZAÇÃO 
 
A terceirização pode ser dividida em: 
 
�Permanente e Temporária 
 
TEMPORÁRIA é aquela adotada por curto período, para atender demanda transitória, como 
por exemplo a lei 6.019/74. 
 
Já a PERMANENTE è aquela realizada de forma contìnua, para necessidade permanente da 
empresa, como por exemplo os vigilantes (Lei 7102/83) e dos arts. 4o-A e 5o-A, Lei 6019. 
 
 �De Atividade-fim e atividade-meio. 
 
�Lícita e Ilícita 
LÍCITA è aquela que está autorizada por lei ou não viola as regras e princípios do direito (ex. 
art. 455, CLT, Lei 7102/83, lei 6019). 
As que não atenderem os requisitos impostos por estas leis, a terceirização será ILEGAL, ou, 
quando fora desses casos, for praticado com fraude a CLT ou com subordinação ao tomador 
(art. 9) c/c art. 2o e 3o, CLT), ensejando o vínculo com o tomador. 
 
OBS: Administração pública � Art. 37. II CRFB 
 
� Obrigatória e voluntária 
 
OBRIGATÓRIA É a terceirização que a lei impõe a contratação do trabalhador por pessoa 
interposta. Isso ocorrerá toda vez que o tomador não puder, por imposição legal, contratar 
diretamente trabalhador. 
 
Há 2 hipóteses 
� Administração pública quanto às atividades-meio e especializadas, ou 
excepcionalmente, as urgentes. 
� Serviço de vigilância (L. 7102/83) 
 
VOLUNTÁRIAS são aquelas que o empresário escolhe se quer terceirizar ou não. 
 
 
 
 
Os casos mais comuns de terceirização são: 
 
* Art. 455, CCT (subempreitada) 
* Lei 6019/74 (trabalho temporário) 
* Lei 7102/83 (vigilante) 
* Administração pública (art. 37, II, CRFB 
* Art. 442, p. único, CLT (sociedades cooperativadas) 
� Há 2 espécies de cooperativa 
* de serviços 
* de produção 
 
Obs- Não há formação de vínculo entre a cooperativa seus associados. 
Obs- Administração pública (art. 37, II, CRFB/88) 
 
Obs: Sùmula 331, TST 
 I- 
 II- 
 III-.... subordinação direta, .... 
 
Obs: a doutrina entende que com a autorização da terceirização da atividade-fim, 
ocorrerá uma subordinação estrutural, já que o trabalhador integra o processo produtivo. 
 
Da responsabilidade 
● Ilícita - solidária (formando-se vínculo com o tomador) 
● Lícita – subsidiária 
 
 
CONTRATO TEMPORÀRIO (LEI 6019) 
 
É uma das espécies de contrato por prazo determinado, sob a modalidade termo 
incerto como regra. 
Termo incerto 
� substituição de pessoal permanente do tomador (salvo art. 2º, §1º). 
� demanda complementar de serviços complementar - art. 2º, §2º. 
 
Obs - pode ocorrer sob a modalidade termo certo, quando o empregado por 30 dias for 
substituir outro (do tomador) que saiu de férias. 
 
Requisitos 
� vínculo jurídico com a empresa fornecedora de mão-de-obra 
� contrato escrito entre empregado e empregador (empresa intermediadora de mão-de-
obra) 
�Contrato escrito entre empresa intermediadora de mão-de-obra e a tomadora de serviço. 
� duração máxima de 270 dias (art. 10, §§1º e 2º, lei 6019). 
 
Obs - Pode haver sucessão de contratos a termo sem respeito ao prazo do art. 452, CLT, desde 
que para. 
� tomadores distintos 
�atribuições técnicas absolutamente diferentes 
 
Obs - art. 10, §§ 5º e 6º, lei 6.019 � caso o trabalhador cumpra período estipulado no art. 10, 
$$1o e 2o, lei 6019, deve ser respeitado o período de 90 dias. 
 
 
Após a reforma trabalhista houve a possibilidade da terceirização da atividade 
principal (art. 4º -a, caput, lei 6019) 
 
A empresa prestadora de serviços é quem 
� contrata 
�remunera 
� dirige 
 
* Direitos do Trabalhador Temporário (Art. 12, Lei 6019/74) 
� remuneração equivalente à recebida pelos empregados da mesma categoria 
 Obs - art 4º - C, §1º, Lei 6019 
� ... 50% (art. 7o, XVI, CRFB) 
 
Da responsabilidade 
● Art. 5o -a , $5, lei 6019 
● Art. 10, $47o, lei 6019 
 
OBS� O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma 
empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviço antes do decurso do 
prazo de 18 meses, contados a partir da demissão do empregado. 
 
 
 
 
SOCIEDADE COOPERATIVADA (Art. 442, p.ùnico, CLT) 
NÃO HÀ VINCULO NA LNHA ENTRE SOCIEDADE COOPERATIVA E TRABALHADOR COOPERADO. 
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Aula 8 
 
ALTERAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO 
 
São as alterações das condições inicialmente avençadas entre as partes. Estas 
alterações viabilizam a continuidade da relação de emprego de forma a não "onerar" 
excessivamente nenhum dos contra entes 
 
� Obrigatória e Voluntária 
 
OBRIGATÓRIA é aquela que a vontade individual das partes não concorre, vez que a 
alteração será decorrente de fonte formal heterônoma de direito que obrigará e vinculará o 
empregador. 
 
Obs. Todas as alterações determinadas pelo estado ou intervenção dele (constituição, leis, 
decretos,...) são consideradas obrigatórias e substituem automaticamente a cláusula 
contratual anterior, ressalvando o direito adquirido do trabalhador, quando a alteração lhe for 
prejudicial (art. 468, CLT). 
 
VOLUNTÁRIAS são aquelas que as partes concorrem para a alteração diretamente ou 
através das normas coletivas. 
 
Essas podem ser unilaterais ou bilaterais. 
 
*Unilaterais (Quando apenas uma das partes promove a alteração) 
 
*Bilaterais (Quando patrão e o empregado ajustam a alteração). 
 
 
Obs1. Deve ser respeitado o disposto no Art. 468, CLT. 
 
Obs2. Caso a alteração unilateral ou bilateral seja prejudicial ao trabalhador, haverá a 
substituição automática da cláusula contratual nula pela norma legal mínima ou anterior. 
 
� Qualitativa e Quantitativa 
 
QUANTITATIVA - é a mudança contratual que acarreta aumento ou diminuição do 
salário, da jornada, da quantidade de afazeres. 
 
QUALITATIVA - será quando importar mudança na qualidade ou na natureza do 
trabalho. Ocorre quando há promoção, alteração de função, atribuição, horário e turno (não 
alterando jornada), local da prestação de serviço. 
 
�Lícitas ou Ilícitas 
 
A regra do direito do trabalho é a autonomia de vontade entre as partes, sendo 
"livres" para ajustarem as cláusulas contratuais, desde que respeitadas as garantias mínimas 
legais. Ou seja, as partes poderão estipular cláusulas iguais ou melhores (para o empregado) 
que a lei, mas nunca contra a lei ou normal coletiva vigente. 
 
OBS:. Após a reforma trabalhista tem-se várias exceções à regra da inalterabilidade "in pejus" 
(Art. 468, CLT) 
Ex. Art. 75-C, CLT 
Art. 444, P. único, CLT 
Art. 468, $2º, CLT 
 
 
ALTERAÇÕES CONTRATUAIS 
 
 Supressão do Trabalho Noturno 
 É uma alteração contratual benéfica (sum. 265, TST), assim como insalubre, perigoso 
transferência e do trabalho extra (súm. 291, TST) pois elimina a nocividade do Trabalho. 
 
 Mudança do Local de Trabalho 
Que não importe em transferência é possível e lícita, pois faz parte do "jus variandi" do 
empregador. 
 Caso o novo local de trabalho seja mais distante, o empregador estará obrigado a 
complementar os gastos com transporte (529, TST). 
 
Determinação do uso de uniforme 
○ Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta do empregado no ambiente de trabalho 
(art. 456-a, CLT), fazendo parte do "jus variandi". 
 
 Alteração da Jornada 
○ Em princípio não poderá aumentar a jornada do empregado, salvo quando a lei permitir. 
○ Já a alteração do horário do empregado, desde que não importe em majoração da jornada, e 
desde que não invada o turno noturno (pois é prejudicial ao empregado) é lícita. 
 
 
 
TRANSFERÊNCIA 
 
É a mudança do empregado para local diverso daquele inicialmente contratado, desde 
que importe necessariamente em mudança de domicílio (art. 469, CLT). 
 
Requisitos 
� Determinação pelo empregador 
� Localidade diversa 
� Mudança de domicílio 
�Necessidade de serviço 
 
Transferência 
● Unilateral 
* Empregados de confiança 
* Previsão contratual expressa ou tácita 
* Extinção do estabelecimento na localidade 
 
● Bilateral 
 
 
 
 
OBS: 
 
� É vedada a transferência do empregado, sem sua anuência, para localidade diversa que 
resultar o contrato�Não estão compreendidos na proibição do art. 469, CLT os empregados do art. 469, CLT os 
empregados que exerçam cargos de confiança ou contratos que contenham condição implícita 
ou explícita a transferência, quando decorra de real necessidade de serviço. 
 
� Nesses casos o empregador ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 
25% dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto perdurar a situação. 
 
� É lícita a transferência quando ocorrer a extinção do estabelecimento que trabalha o 
empregado (transferência unilateral) 
 
� As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. 
 
"Jus Resistentiae" (art. 659, IX, CLT) 
 
No caso de transferência que não decorra da real necessidade do serviço (súm. 43, TST). 
 
Obs. Empregados que exercem cargo de confiança também têm direito ao adicional de 
transferência, desde que preencham os requisitos da transferência provisória (OJ. 113 da SDI-1 
TST). 
 
REBAIXAMENTO E REVERSÃO 
 
� Rebaixamento (ou retrocesso) é quando o empregador transfere o empregado de um cargo 
superior, que ocupava definitivamente para um cargo ou função inferior. 
Obs. Vedado no ordenamento brasileiro. 
 
�Reversão é quando o empregado estava ocupando o cargo interinamente (provisoriamente) 
outro cargo ou investido na função de confiança é revertido (recolocado), a qualquer 
momento ao efetivo. 
 
Obs. Se o empregado foi contratado diretamente para o cargo de confiança, não poderá 
ocorrer a reversão, devendo ser dispensado se quiser retirá-lo.

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