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UTILITARISMO E RACIOCÍNIO CATEGÓRICO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 CURSO DE DIREITO
 ALUNA: REBECA TEIXEIXA ROSA
Raciocínio Utilitarista x Raciocínio Categórico
BELÉM- PA
2020
1. INTRODUÇÃO
	O estudo da filosofia norteia diversas questões éticas que permeiam nosso cotidiano. A Ética, neste sentido, busca esclarecer, aos que se dispõem a refletir sobre o assunto, qual a coisa certa a se fazer, qual a melhor atitude a se tomar. É se baseando nestas questões que Michael Sandel introduz o seu curso de Filosofia “Justiça, qual a coisa certa a se fazer?”, apresentando-nos duas linhas de raciocínio capazes de guiar nossas escolhas, dependendo da situação. O primeiro deles é o Raciocínio Utilitarista, termo cunhado pelo filósofo Jeremy Bentham, cuja máxima consiste basicamente em afirmar que a moral de uma ação encontra-se nos efeitos que ela gera no mundo real, de outro modo, consiste em analisar se determinada ação foi capaz de evitar a dor e o sofrimento no maior número de pessoas, podendo, portanto, ser considerado um raciocínio de natureza consequencialista. O segundo raciocínio a ser apresentado por Sandel, é o Raciocínio Categórico, cuja autoria coube a Immanuel Kant. A Ética defendida por Kant propõe um estilo de análise moral totalmente diferente; propõe, pois, o autor, que a moral de uma ação seja julgada a partir dos valores e preceitos que a inspiram, sendo portanto, a Intenção, um elemento fundamental na filosofia do autor prussiano. Em outras palavras, uma ação será considerada boa se houver sido baseada em valores dignos, independentemente das consequências geradas no mundo externo. 
2. DESENVOLVIMENTO 
	O caso bastante polêmico proposto em 1949 por Lon Fuller põe em xeque a questão Ética brilhantemente analisada por Kant e Bentham. Na obra “O caso dos exploradores de cavernas”, Fuller narra a história de cinco exploradores que ao ficarem presos em uma caverna, têm de adotar medidas extremas para sobreviverem em meio à ausência de alimentos e água. Após muito pensar, os exploradores tomam a decisão de sacrificar um dos membros para que os outros pudessem se alimentar de seu corpo até que o resgate chegasse. Analisando a ação dos exploradores sob a ótica do raciocínio utilitarista, é possível dizer que a ação teria sido a mais adequada, uma vez que a consequência imediata teria sido favorável à maioria dos indivíduos, evitando-lhes o sofrimento, o que, segundo Bentham é característica fundamental de uma boa ação. De outro modo, sob a ótica do raciocínio categórico, a ação dos exploradores teria sido reprovável, pois fora baseada em valores egoístas de autopreservação, passando por cima de ideais fundamentais de valorização à vida. 
	Diante da análise exposta acima, questiona-se a legitimidade do sacrifício humano em situações extremas, e na ausência de uma resposta definitiva, é necessário que se leve em consideração qual raciocínio se quer adotar. 
	Para Bentham, a dignidade humana fica condicionada à finalidade que o humano, enquanto indivíduo, tem em relação à coletividade; o utilitarismo impõe a felicidade geral sobre a felicidade do indivíduo, sendo portanto, mais digno o indivíduo que mais proporciona a felicidade geral com suas ações. 
3. CONCLUSÃO
	Em suma, é possível notar evidentes discrepâncias entre o raciocínio ético utilitarista e o raciocínio ético categórico. No centro de tais discrepâncias encontra-se os diferentes critérios utilizados por estas linhas filosóficas para determinar se uma ação é boa e justa. Enquanto o utilitarismo julga a qualidade moral de uma ação por meio de suas consequências, o raciocínio categórico julga esta mesma moral por meio da análise de quais princípios impulsionaram a ação. 
4. BIBLIOGRAFIA
FULLER, L. L. (2018). O caso dos exploradores de cavernas. Geração Editorial.
GRASSI, A., & de Almeida, L. S. O UTILITARISMO E OS DIREITOS HUMANOS UTILITARIANISM AND HUMAN RIGHTS.
SANDEL, Michael. Justiça – qual coisa certa a fazer? Disponível em: < https://www.youtube.com/playlist?list=PLEN09sOf6M1NXe94zC4yggvhi5XYBcALx> Acesso em: 8 de março de 2020.

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