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MATERIAL_PENTATEUCO (UNINTA)

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3 
 
PROF.GERSON PIRES DE ARAUJO 
 
 
 
PENTATEUCO 
 
 
 
 
SOBRAL – CE 
2018 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
Palavra do Professor autor 
Sobre o autor 
Ambientação 
Trocando ideias com os autores 
Problematização 
 UNIDADE DE ESTUDO 1 - Gênesis 
 Conteúdo 
 Introdução 
 Teologia 
 Panorama 
 A semana da criação 
 Dias literais ou tempos? 
 
UNIDADE DE ESTUDO 2 - Êxodo e Levítico 
 Conteúdo 
 Introdução 
 Teologia 
 Panorama 
 
UNIDADE DE ESTUDO 3 - Números e Deuteronômio 
 Estudo do livro 
 Introdução 
 Teologia 
 Panorama 
 
6 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Leitura Obrigatória 
Saiba mais 
Pesquisando com a Internet 
Vendo com os olhos de ver 
Revisando 
Auto avaliação 
Bibliografia 
 
 
7 
 
PALAVRAS DO AUTOR 
 
Prezado aluno, 
 
 Você tem em mãos uma apostila destinada a introduzi-lo ao estudo do 
problema das origens da humanidade, que tanto atrai como excita a inteligência 
do homem em sua sede de conhecimento e busca de um propósito para sua 
existência no planeta, dando significado à vida que lhe seja satisfatório e válido. 
 Estudando o Pentateuco você poderá saber como o homem veio à 
existência, qual o propósito pelo qual foi criado, que condições lhe foram 
determinadas para que cumprisse esse propósito, como o homem recebeu 
esse plano de vida, a introdução do mal e suas consequências. 
 Poderá ainda conhecer como Deus relata o problema da existência, e 
também o desenvolvimento e aumento da maldade quando ela ultrapassa os 
limites pré-estabelecidos pelo Criador e como Ele revela Seu amor, 
misericórdia e compaixão para resgatar o homem da situação de jazer na 
miséria, dor, sofrimento e morte, causados pela desobediência aos ditames 
perfeitos de Deus. 
 Finalmente você vai se familiarizar com a aplicação desse processo de 
redenção do homem na história do povo hebreu como nação escolhida por 
Deus para, através dela, alcançar toda família humana e como a nação falhou 
em sua tarefa havendo Deus implantado uma nova estratégia para cumprir seu 
propósito, exposto no Novo Testamento. 
 O Pentateuco, além de tornar conhecida a questão das origens passa a 
expor a constituição da nação dos hebreus, ou povo de Israel, e seu vaguear 
pelo deserto após o êxodo do Egito até chegar aos limites da terra prometida 
em que seriam estabelecidos como nação organizada, terminando com o relato 
da morte de seu líder que os conduzira até a fronteira de Canaã, a terra dos 
8 
 
sonhos. Desse momento em diante a história do povo hebreu continua no relato 
do primeiro dos livros históricos desse povo, o livro de Josué. 
O estudo desta disciplina, o Pentateuco, tem como objetivo esclarecer 
ao aluno o problema das origens que tanto tem intrigado o ser humano que 
procura encontrar sua própria gênese, em especulações da mente, e faz isso 
de modo simples e claro. 
 
Bom estudo. 
9 
 
Biografia do Autor 
Gerson Pires de Araújo é pastor e professor, 
exercendo suas atividades como educador por mais 
de meio século, especialmente nas áreas de 
Filosofia e Psicologia. Destaca-se também em 
outras atividades como tradutor, palestrante, 
maestro e conselheiro matrimonial. 
Bacharel em Teologia e Letras, licenciado em Letras 
e Pedagogia, Mestre em Educação pela Andrews 
University, USA, e pela Universidade de São Paulo 
(USP). É doutorando em Liderança pela Andrews University, tendo 
trabalhado no UNASP (Centro Universitário Adventistas de São Paulo) 
por 37 anos. Atua na área de educação de jovens, procurando 
proporcionar-lhes uma cosmovisão de acordo com a realidade presente 
e preparando-os para um futuro mais promissor. Membro fundador da 
Sociedade Criacionista Brasileira, também se dedica a apresentar o 
criacionismo como a alternativa mais lógica e coerente para explicar a 
origem da vida humana e do mundo. 
Atualmente exerce suas atividades como capelão e professor nas 
Faculdades INTA, em Sobral, Ceará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Ambientação 
O Pentateuco (do grego penta - cinco) constitui a parte inicial das 
Escrituras Sagradas, ou seja, a Bíblia, que é o livro fundamental de todas as 
religiões chamadas cristãs, embora muitas delas não ensinem tudo o que a 
Bíblia contém. A Bíblia está dividida em duas partes: o Antigo Testamento e o 
Novo Testamento. 
 O Antigo Testamento se refere ao que foi escrito e aconteceu antes que 
Jesus Cristo viesse a este mundo pessoalmente, e já o Novo Testamento foi 
escrito depois que Cristo passou por sofrimento e morte na cruz do Calvário, 
como creem os cristãos. 
 As Escrituras Sagradas, quanto ao tempo de sua produção, cobrem um 
período de mais de 15 séculos e quanto a sua autoria, foi produzida por cerca 
de 40 pessoas que foram escrevendo o que acontecia e o que esses autores 
(profetas e apóstolos) recebiam de Deus em Suas revelações aos homens, por 
meio desses enviados de Deus. 
 O Pentateuco abarca um período da história, que vai desde o início em 
no planeta, por ocasião da criação até o final do relato da história do Êxodo 
antes de entrarem em Canaã atravessando o rio Jordão, isto é, desde cerca de 
4000 a.C. até cerca de 1405 a.C. ou 1407 a.C. 
 Desse modo, a figura de uma pessoa chamada Jesus Cristo marca o 
divisor de águas da história humana, e as Escrituras Sagradas são uma 
exposição do que Deus, o Criador do Universo, pensa, sente, quer e faz, como 
realiza isso ao se comunicar com esse ser inteligente que Ele criou, capaz de 
compreendê-lo e com ele se comunicar, estabelecendo desse modo um 
relacionamento pessoal, do Criador com Sua criatura. 
 À semelhança de uma criança que quer saber como ela veio ao mundo, 
perguntando a seus pais, Deus, o Criador, revela através da Bíblia, de uma 
maneira simples e linguagem concisa e clara, como se originou o Universo, o 
11 
 
nosso planeta e o homem, expondo quais eram as condições materiais 
existentes ao ser criado, o homem. As condições da natureza do homem são 
expressas em linguagem simples, mas compreensiva. 
 Apresenta, de igual modo, como entrou o mal em nosso planeta, quais 
as consequências resultantes num processo de entropia, decadência e 
degradação e como o Criador procura resolver o problema com que Ele se 
deparou dentro de um plano pré-estabelecido e de condições dadas pelo 
próprio Deus em Sua perfeição absoluta. Esse plano de restabelecimento do 
homem para tornar a colocá-lo em sua perfeição pristina anulando assim a 
degradação e decadência resultantes da desobediência do homem, precisava 
assim ser coerente com a perfeição de Deus e respeitando o livre arbítrio 
concedido ao homem no ato da criação. 
 O fundamento, o relato do início da história humana e como Deus 
implantou Sua maneira de agir com o homem em seu estado inicial e pós 
queda, encontramos nos primeiros 5 livros das Escrituras Sagradas, o 
Pentateuco. 
 
12 
 
Trocando ideias com os autores 
O livro Merece Confiança o Antigo Testamento? É uma 
leitura essencial voltada para aqueles que estão em busca 
de um conhecimento maior da Palavra de Deus, bem como 
estudantes de teologia, para estes, a obra servirá como um 
livro didático. Trata-se de uma leitura crítica, com ela você 
poderá levantar excelentes discussões. A escolha do autor 
vincula-se a um ponto de vista mais conservador, sob uma 
perspectiva ortodoxa. No entanto são apresentadas, de forma imparcial, teorias 
distintas – liberal. 
 
O livro Conheça melhor o Antigo Testamento (Stanley 
Ellisen), da Editora Vida, traz estudos para uma melhor 
compreensão do Velho Testamento. Algumas perguntas 
para você: Porque o livro de Deuteronômio foi considerado 
o livro preferido de Cristo? O livro traz esboços e gráficos 
de fácil compreensão para aqueles que desejam aprender 
mais sobre o Velho Testamento.Sugerimos que acesse o link do livro Introdução a Leitura 
do Pentateuco para estudar o Pentateuco, o autor serve-
se do método histórico-crítico. Com esse instrumento, 
descreve-o em sua forma canônica atual. Percorre fontes, 
redações e autores a fim de saber dos elementos que o 
compõem. Apresenta um resumo da história da pesquisa, 
posiciona-se quanto aos problemas referidos, propondo 
soluções. Situa a formação do livro pós-exílio em seu quadro histórico e 
comenta sua relação com o Novo Testamento. 
 
 
https://pt.slideshare.net/MARCOSKROMENBERGER/gleason-l-archer-jr-merece-confiana-o-antigo-testamento
https://pt.scribd.com/doc/97587627/Stanley-A-Ellisen-Conheca-Melhor-o-Antigo-Testamento
https://books.google.com.br/books?id=YBDCr-lxH_kC&printsec=frontcover&dq=Introdu%C3%A7%C3%A3o+a+LEITURA+DO+Pentateuco&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjm5KKCsKPaAhWLE5AKHbiSBvsQ6AEIJzAA#v=onepage&q=Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20LEITURA%20DO%20Pentateuco&f=false
https://books.google.com.br/books?id=YBDCr-lxH_kC&printsec=frontcover&dq=Introdu%C3%A7%C3%A3o+a+LEITURA+DO+Pentateuco&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjm5KKCsKPaAhWLE5AKHbiSBvsQ6AEIJzAA#v=onepage&q=Introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20LEITURA%20DO%20Pentateuco&f=false
13 
 
Problematização 
O Pentateuco é o conjunto dos cinco primeiros livros atribuídos a Moises 
pela tradição. No entanto estudiosos modernos tem criticado, desde Spinosa, 
a autoria do Pentateuco. Esse campo de estudo tem sido comumente 
classificado de alta crítica. Uma das teorias mais bem aceitas nesse ciclo de 
pesquisadores é a chamada teoria documental, onde se afirma que o 
Pentateuco não foi escrito por um único autor, mas por alguns autores. Ele é 
fruto de uma composição feita muito tardiamente. Teriam esses pesquisadores 
razão? O que os teólogos conservadores têm a dizer a esse respeito? É justa 
essa crítica? Qual a implicação para o estudo teológico caso essas teorias 
estejam corretas: Há algum prejuízo para as doutrinas fundamentais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1 
GÊNESIS 
 
 HABILIDADE 
Saber interpretar textos sobre o tema bem como ser capaz de fazer 
exposição escrita, pública em eventos, palestras, seminário em ambiente 
acadêmico acerca do tema. 
 
CONHECIMENTO 
Conhecer a introdução, data, autoria, estrutura dos livros, esboço, 
conteúdo, e teologia dos livros. 
 
 
ATITUDE 
Exercer capacidade reflexiva crítica acerca do objeto estudado e 
incorporá-la na sua práxis. 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
1 CONTEÚDO DO LIVRO DE GÊNESIS 
 O primeiro livro desse conjunto de cinco, é chamado de Gênesis (origem, 
começo, início, princípio) também denominado “Primeiro Livro de Moisés”, 
indicando seu autor. Esse livro apresenta-nos a criação de um ambiente 
apropriado para que o homem fosse formado e tivesse condições de viver e 
realizar as atividades para as quais fora criado e pudesse desenvolver um 
caráter ético, podendo manter estreita comunhão com Deus, seu Autor. 
O relato da criação 
 O primeiro capítulo do Gênesis relata a origem da organização de nossa 
terra mediante a criação em seis dias do ambiente natural que constitui o meio 
em que o homem foi inserido. Nenhuma preocupação se nota em que o autor 
quisesse provar a existência de um Deus Criador. Isso é assumido, 
pressuposto como algo certo, um fato assumido. O planeta, aparentemente 
pelo relato, já existia como um astro sem forma e vazio e em seis dias literais 
(formados de tarde e manhã) Deus, o Criador ordenou o aparecimento da luz 
(primeiro dia) e fez separação entre dia e noite. No segundo dia estabeleceu o 
ar atmosférico bem como a capacidade deste ar conter água em estado gasoso 
a fim de que a vida fosse possível nesse ambiente. 
 Prosseguindo, no terceiro dia Deus fez separação entre as águas e a 
terra seca constituindo-se os mares e a porção de terra seca em que a 
vegetação começou a medrar e todo o reino vegetal teve sua origem com os 
milhares de espécies de plantas diferentes e com grande capacidade de 
mutação. Estava assim providenciada a maneira de os animas e os homens 
poderem ter seu sustento e nutrição. 
 No quarto dia foram estabelecidos os astros para que houvesse a 
sucessão de tempo em dias e anos marcando a regularidade e sequência de 
fatos e acontecimentos bem como a sequência de tempo em que esses fatos 
fossem inseridos. 
18 
 
 No quinto dia a criação de seres viventes que povoassem os mares ou 
os ambientes aquáticos bem como o ar atmosférico com as aves, peixes e 
grandes animais marinhos e sua capacidade de reprodução a fim de encherem 
esses ambientes de vida e constituindo-se de elementos que fossem 
gerenciados pela coroa da criação a ser criada no dia seguinte. 
 No sexto dia Deus ainda criou os animais terrestres selvagens e os 
domésticos que poderiam servir ao homem, todos de acordo com suas 
respectivas espécies bem como répteis e outros animais que rastejam pela 
terra. Então, para completar a obra da Criação, Deus criou um ser vivo que 
tivesse atributos que fossem semelhantes aos atributos do Criador: vontade 
própria, capacidade de inteligência que pudesse ter relação de comunhão com 
Deus, entendesse os fatos da natureza bem como ter a capacidade afetiva 
própria do Autor da natureza em suas emoções e seus sentimentos. 
 Outra capacidade semelhante ao Criador foi a de reprodução assim 
como Deus tem a capacidade de criar seres semelhantes a si mesmo, dando-
lhes as capacidades que Deus possui, também ao homem foi concedida a 
capacidade de procriar produzindo seres semelhantes. É um privilégio e uma 
responsabilidade, a da procriação. Para que isso fosse possível Deus formou 
uma mulher a fim de que fosse companheira de Adão. Criou Eva, constituída 
de capacidades semelhantes a Adão que, através de um processo de 
conjugação de homem e mulher essa procriação fosse possível. Criou o 
dimorfismo sexual pelo qual a personalidade do ser humano se completaria. 
 Determinou Deus então a dieta pela qual o homem deveria manter a sua 
vida: frutas, cereais, sementes e nozes. A conclusão a que o Criador chegou e 
disse foi que estava tudo muito bom. Para concluir a obra da semana da 
criação, Deus estabeleceu um dia para comemorar a fantástica obra da criação: 
um dia de descanso. O Criador separou um dia de 24 horas em que o homem 
cessaria suas atividades diárias e dedicaria tempo para a guarda desse dia, em 
que gozaria de um período para um relacionamento com o Criador, 
regozijando-se nesse relacionamento. Além de descansar nesse dia, o Criador 
19 
 
o abençoou e santificou. Passa então esse dia de descanso a ser uma bênção 
e dádiva divina ao homem a fim de que, após seis dias de atividades a fim de 
buscar sua subsistência, a criatura humana teria tempo para ter um descanso 
e gozar de comunhão com Seu Criador. (Gênesis1 e 2:1-3). 
A criação do homem 
O capítulo 2 do Livro Genesis irá detalhar mais a criação do homem e a 
formação da mulher. Iniciaremos relatando que o homem foi formado do pó da 
terra e recebeu de Deus o dom da vida e passou a se constituir um ser vivente, 
sendo semelhante a Deus em sua personalidade global. Ao colocar o homem 
no ambiente que havia preparado, deu também a este as regras pelas quais o 
homem deveria se conduzir a fim de que soubesse usar de maneira correta sua 
capacidade de livre arbítrio bem como deixou claro ao homem quais seriam as 
consequências se este desobedecesse às ordens divinas. 
A mulher foi dada ao homem como uma adjutora ou ajudadora de modo 
que o homem não precisaria labutar sozinho, mas com a mulher formariam um 
par que seria o núcleo de uma nova unidade: o lar. 
Também explica como Deus formou a mulher de uma parte do corpo de 
Adão demonstrando assim a relação íntima do homem com a sua esposa ao 
se constituírem na célula de um lar, estabelecendo assim essa instituiçãoque 
chega até nós hoje e a maneira de viverem de acordo com os ditames divinos 
cumprindo como propósito para o qual foi estabelecido o matrimônio. Um 
relacionamento de amor e respeito mútuo deveria se caracterizar a relação do 
homem e sua mulher não havendo nenhuma maldade nem malícia em sua 
relação. 
A entrada do pecado 
A seguir o capítulo 3 do livro Genesis relata a maneira pela qual a 
maldade entrou neste mundo e quais foram as consequências em que se 
estabeleceu um processo de entropia ou decadência não só envolvendo o 
homem, mas também o ambiente em que este se encontrava. Narra desta 
20 
 
maneira como foi que o diabo conseguiu enganar a Eva e por meio dela levar 
Adão à desobediência às ordens divinas, acarretando o mal, a maldição, a este 
planeta e seus habitantes: por meio da mediunidade usando uma serpente e 
proferindo a primeira mentira, dizendo que o homem não morreria. Os capítulos 
4 e 5 relatam as consequências da transgressão com o primeiro homicídio e 
posterior morte de todos os descendentes de Adão, como que desmentindo a 
primeira mentira. Entre as consequências da entrada do pecado relatam-se a 
perda da inocência, medo de encontrar-se com Deus, surgimento da dor e 
doenças, a natureza sofre as consequências da desobediência humana uma 
vez que essa natureza estava sujeita ao homem, aparecimento de pragas e 
doenças na agricultura. Finalmente também tiveram que sair do Jardim do 
Éden, devendo sofrer para a produção de alimentos, e suportar a consequência 
final: a morte. 
A ideia de que o homem não morreria que foi apresentada pela serpente 
(o diabo), alcançou a humanidade até os dias de hoje. Deus dissera que não 
deveriam comer de uma árvore específica, chamada árvore da ciência do bem 
e do mal, pois se comessem da árvore o fim deles seria a morte, isto é, 
cessação da vida. O fôlego de vida que fora soprado por Deus no homem 
tornando-o um “ser vivente”, ou “alma vivente”, seria retirado e esse mesmo 
homem, criado à imagem e semelhança de Deus, tornaria “pó da terra”. A 
morte, que é a cessação da vida, seria a consequência final para o homem se 
esse comesse do fruto, desobedecendo às ordens divinas. 
O relato do capítulo três nos narra “a queda”: o homem resolveu 
desobedecer às ordens divinas e comeu do fruto proibido. Houve 
consequências imediatas e uma consequência final, a morte. 
O mal logo começou a proliferar e logo a geração seguinte, isto é, os 
filhos de Adão sofreram as consequências do ato de seu pai: o assassinato de 
um dos filhos, por seu irmão. O filho mais velho de Adão assassina seu irmão 
porque este trouxe como oferta para Deus um animal do rebanho como Deus 
ordenara e Caim, desobedecendo a Deus, trouxera do fruto da terra como 
21 
 
oferta, pois era lavrador e julgava que Deus aceitaria sua oferta. Dessa 
maneira, Caim destruiu todo o significado da oferta de um animalzinho e 
quando Deus não aceitou sua oferta, ele se encoleriza contra seu irmão e o 
mata. Desde então o ser humano tem decaído em sua conduta. Ainda hoje a 
vida humana está perdendo seu valor à vista do que os homens valorizam de 
bens materiais, posição, honra, renome, fama, posição social, etc. 
O capítulo cinco enumera a vida dos que se seguiram como patriarcas 
dos descendentes de Adão dizendo quantos anos de vida cada um teve e 
terminando o relato com a expressão “tantos anos” e morreu”. O final da vida 
de cada um foi: e morreu, exceto um deles que o relato diz: Andou Enoque com 
Deus, e já não era, porque Deus o tomou para si” Gênesis 5:24. 
A maldade humana 
O capítulo seis nos apresenta o que aconteceu com o mundo e seus 
habitantes à medida que as gerações se sucediam. A maldade, isto é, a 
desobediência aos reclamos divinos foi crescendo e se multiplicando de tal 
maneira que Deus resolveu intervir na vida do planeta Terra. Diz o relato: “Viu 
o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era 
continuamente mau todo desígnio do seu coração; então se arrependeu o 
Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 
 O desenvolvimento e aumento da maldade foi de tal ordem que mais ou 
menos 1650 anos após a criação, Deus resolveu intervir na história humana 
destruindo o mundo de então com a catástrofe do dilúvio universal, salvando 
apenas Noé e sua família. (Gênesis 6 – 9). 
 O aumento da maldade é descrito nas seguintes expressões: “a maldade 
do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo 
desígnio do seu coração...” “ à terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia 
de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser 
vivente havia corrompido o seu caminho...” 
 
22 
 
O dilúvio 
Deus decidiu que havia chegado a ocasião em que deveria aplicar seus 
juízos no mundo e que os homens ímpios deveriam sofrer as consequências 
dessa maldade. Mas encontrou entre os seres humanos um homem que era 
justo. Dele foi dito que: “Noé era homem justo e íntegro entre os seus 
contemporâneos: Noé andava com Deus. ” 
 Continua o relato dizendo que Deus resolveu destruir o homem de sobre 
a face do planeta salvando apenas Noé e sua família porque dele nos é dito: 
“Noé, porém, achou graça diante do Senhor. Noé era homem justo e íntegro 
entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus” (Gênesis 6:8,9). 
 A fim de salvar Noé e sua família, Deus ordenou que Noé construísse 
uma arca ou um barco com o qual ele se salvaria e também animais com que 
poderia povoar a terra após a catástrofe que Deus disse que enviaria. O mundo 
seria destruído com água através de um dilúvio universal. Dadas as instruções, 
Noé construiu a arca levando para isso cerca de 120 anos durante os quais não 
só demonstrou sua fé em Deus como também pregou e advertiu o mundo da 
época da destruição que viria. Como ninguém mais, além de sua família, cresse 
na palavra de Noé, Deus enviou o dilúvio, salvando Noé e sua família na arca 
e destruindo os homens e animais terrestres e aves bem como alguns répteis 
aquáticos. 
 O relato do dilúvio é-nos apresentado no seguinte modo: “No ano 
seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia 
romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se 
abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta 
noites” (Gênesis 7:11, 12). 
 Na arca estavam Noé, sua família e os animais que haviam entrado 
sendo preservadas a vida de cada um. Do dilúvio lemos: “Prevaleceram as 
águas excessivamente sobre a terra, e cobriram todos os altos montes que 
havia debaixo do céu. Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e 
23 
 
os montes foram cobertos” (Gênesis 7:19,20). “Tudo o que tinha fôlego de vida 
em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim foram 
exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra, o homem e o 
animal, os répteis e as aves dos céus, foram extintos da terra; ficou somente 
Noé, e os que com ele estavam na arca (Gênesis 7:22,23). 
 Após o dilúvio Deus estabelece uma aliança com Noé ordenando que 
ele continuasse a proliferar e encher a terra e que a terra não seria mais 
destruída pela água e confirmou isso colocando no céu um arco íris como 
demonstração ou confirmação dessa aliança e promessa. 
 Um fato que ocorreu com Noé posteriormente foi relatado no capítulo 
nove de Genesis, em que este plantou uma vinha, fez vinho e embebedou-se 
ficando nu dentro de sua tenda. Então, Cão, seu filho caçula ficou observando 
a nudez do pai e contou a seus irmãos que cobriram a nudez do pai que, ao 
saber o que seu filho mais moço fizera, lançou uma maldição sobre ele. 
 Os descendentes de Noé e como estes se espalharam na terra 
povoando outra vez o planeta é-nos descrito no capítulo 10 do Gênesis. 
A torre de babel 
Outro fenômeno observado cuja origem é descrita nesse livro é a 
diversidade de línguas em suas diferentes ramificaçõesque foi estabelecida 
por ação direta de Deus (Gênesis 10, 11). Os homens decidiram construir uma 
torre tão alta que não mais pudesse ser alcançada por algum outro dilúvio e 
ficariam concentrados naquela região. Deus então decidiu que iria intervir de 
modo a alterar a língua falada de modo que não se entendessem mais e assim 
a construção da torre foi descontinuada. Em virtude de haver ali a confusão das 
línguas que o lugar passou a se chamar Babel, que quer dizer confusão. 
Nota-se que os descendentes de Noé viveram bem menos do que os 
ancestrais antediluvianos passando a viver pouco mais de duzentos anos. 
Desde então a vida média humana tem diminuído, sendo raro hoje pessoas que 
vivam mais de cem anos. 
24 
 
 Então o livro se dedica a expor o plano de Deus de chamar um homem 
de fé, Abraão, para que, através de seus descendentes se formasse uma nação 
à qual seria revelado seu plano de salvação ao mundo, constituindo seus 
representantes que seriam os instrumentos através dos quais o conhecimento 
de Deus alcançaria todas as nações da terra. 
O chamado de Abraão 
Dos capítulos doze em diante o livro de Gênesis passa a relatar a história 
de como Deus chamou a Abrão, fazendo-lhe promessas de lhe conceder 
descendência através da qual todas as nações da terra seriam abençoadas. 
Por meio dessa nação que seria constituída a partir do descendente de Abraão 
e que seria instalada na terra na qual Abrão peregrinaria por anos Deus 
pretendia que Seu nome fosse conhecido no mundo bem como seu plano de 
salvação para os homens. Abrão peregrinou pela terra de Canaã e como 
houvesse fome foi para o Egito onde havia mantimento suficiente. 
 No Egito Abrão teve uma experiência desagradável com Faraó que, por 
causa de uma mentira de Abrão dizendo que Sara não era sua esposa, mandou 
toma-la para ser sua esposa. Descoberta a verdade por causa de pragas que 
sobrevieram a Faraó e o povo, este repreende a Abraão que sai do Egito e volta 
para Canaã. 
 No capítulo treze do referido livro ocorre a experiência de que os servos 
de Abraão e os de Ló, seu sobrinho, entram em conflito porque o gado de 
ambos era tão numeroso que não havia lugar para ambos poderem habitar na 
mesma área. Abrão propõe, para que não houvesse inimizade entre ambos e 
seus servos, que se separassem dando oportunidade para o sobrinho escolher 
para onde gostaria de ir com seu gado. 
 Ló procede e escolhe então aquilo que lhe parecia o melhor da terra, 
portanto, dirigindo-se em direção a Sodoma que era uma cidade muito ímpia e 
pecadora. 
25 
 
 Depois da separação, Deus novamente fala a Abrão dizendo que toda a 
terra que seu olhar poderia alcançar ser-lhe-ia dada por herança e a sua 
descendência prometendo fazer dela uma grande nação. Abrão passa então a 
percorrer a terra mudando suas tendas de um lugar a outro, deixando em cada 
lugar por onde passava um altar construindo atestando do verdadeiro Deus a 
quem ele servia. 
Após estes acontecimentos houve guerra entre algumas cidades 
daquela região e o rei de Sodoma e de Gomorra, e outras cidades foram 
levados cativos, incluindo Ló e sua família que morava já dentro de Sodoma. 
Avisado por um fugitivo de que seu sobrinho fora levado cativo, Abrão tomou 
um grupo de homens, seus servos, e perseguiu os invasores e de noite caíram 
sobre eles e os desbaratou conseguindo livrar os reféns bem como seu 
sobrinho Ló. 
 Abrão se encontra com Melquisedeque que era sacerdote de Deus e 
abençoa a Abraão bendizendo a Deus que entregara os adversários nas mãos 
dele. Então Abrão dá ao sacerdote o dízimo de tudo o que conseguira de 
despojo. A seguir Abrão se nega a ficar com qualquer coisa que o rei de 
Sodoma queria lhe oferecer, mostrando o espírito desinteressado deste pai da 
fé, como foi chamado. 
A promessa 
Do capítulo 15 do livro de Genesis em diante começa uma nova fase na 
vida de Abrão em que Deus se revela a Abrão numa visão fazendo-lhe a 
promessa de que ele seria pai e que sua esposa, sendo estéril, teria um filho. 
Abrão pergunta a Deus como seria possível, uma vez que Sarai era estéril? Em 
geral o mordomo é que herdaria os bens e Eliezer era o mordomo de Abrão. 
Deus então promete que um filho gerado dele e de Sarai seria seu herdeiro e 
através dele haveria descendência que se tornaria em nação. É dito de Abrão: 
“Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gênesis 15:6). Deus 
então, estabelece uma aliança com Abrão dizendo que sua descendência seria 
26 
 
peregrina por quatrocentos anos antes de vir habitar na terra que Deus lhe 
havia prometido. 
 Como o tempo passava e não chegava nenhum herdeiro, Sara teve uma 
ideia para que tivessem um filho gerado por Abraão. Sarai apresenta sua 
escrava egípcia Agar a Abrão para que, através da relação dele com a escrava 
a patroa teria um filho para que Deus cumprisse a promessa. Como Agar 
desprezava sua senhora por estar esperando um filho com Abrão, Sarai passou 
a humilhar a serva e essa fugiu sendo depois enviada de retorno por um anjo e 
teve seu filho quando Abrão contava com oitenta e seis anos a quem ele deu o 
nome de Ismael. 
Treze anos se passaram quando Deus novamente se manifesta a Abrão 
e faz uma aliança com ele dizendo que ele seria pai e que Sarai seria mãe. Não 
seria Ismael o filho em quem Deus cumpriria a promessa de que Abrão teria 
uma grande nação, mas o filho de Sarai. 
 A aliança de Deus com Abrão consistia de um repto ou ordem em que 
Abrão andasse na presença de Deus e fosse perfeito. Deus então prometeu a 
Abrão que ele seria pai de numerosa nação, e mudou-lhe o nome de Abrão 
para Abraão, seria pai de numerosas nações, daria a sua descendência a terra 
de Canaã como possessão perpétua. Como evidência de que Abraão seria um 
filho de Deus e pai de nação, instituiu Deus o cerimonial da circuncisão e 
também Sarai teria seu nome mudado para Sarai, pois teria um filho aos 
noventa anos de idade. Todos os homens que viviam com Abraão foram 
circuncidados e o filho que lhe nasceria de. Sarai seria chamado Isaque. 
 Então novamente Deus se comunica com Abraão, mas agora 
pessoalmente com mais dois anjos que lhe aparecem diante de sua tenda e 
Abraão corre para receber os três hóspedes oferecendo-lhes hospedagem, 
alimento e água para lavarem os pés e descansarem à sombra das árvores. 
Estes visitantes aceitam a hospedagem de Abraão e mais uma vez o Senhor 
faz a promessa de que Abraão e Sarai teriam um filho. Como Sarai riu pois já 
era avançada em idade e impossível humanamente falando de gerar filhos, o 
27 
 
Senhor repreendeu Sarai dizendo que para Deus não coisas difíceis nem 
impossíveis. 
 Deus então revela a Abraão seu plano de destruir Sodoma e Gomorra, 
duas cidades ímpias e que o pecado já havia chegado ao limite da tolerância 
divina. Abraão passa a interceder pelos justos que, porventura, houvesse 
naquela cidade. Imaginava ele que, pelo menos Ló, seu sobrinho e sua família 
e mais alguns fossem justos e não merecessem ser destruídos com a cidade. 
Começando com cinquenta justos, Abraão pergunta a Deus se Ele destruiria a 
cidade e não pouparia os justos. Deus promete que não destruiria a cidade se 
houvesse cinquenta justos. Abraão, receoso que talvez não houvesse 
cinquenta, baixou o número para quarenta e cinco, depois para quarenta, trinta, 
vinte e finalmente para dez, e Deus disse que não destruiria por amor aos dez. 
Abraão se deu por satisfeito e o Senhor deixou Abraão e este voltou para sua 
tenda. 
Os juízos sobre cidades ímpias 
Entrementes os dois anjos chegam a Sodoma para destruir a cidade e 
Ló que estava à entrada da cidade se dirige aos estranhos e insta para que 
aceitem sua hospitalidade e faz-lhes um banquete e depois insta para que 
aceitem pousada. Os homens daquela cidade, no entanto, vieram à porta da 
casa de Ló e queriam abusar dos dois estranhos e diante da negativa de Ló os 
habitantes de Sodoma decidem atacar aLó que fechou a porta de sua casa e 
como o povo quisesse arrombar a porta, os dois anjos feriram de cegueira os 
atacantes de modo que não podiam encontrar a porta. Então os anjos revelam 
a Ló a que haviam vindo e pediram que Ló falasse a seus familiares, filhas e 
genros que viessem e saíssem da cidade com Ló e suas duas filhas que ainda 
estavam em casa bem como sua esposa. Riram de Ló e não acreditaram que 
isso pudesse acontecer com a cidade. 
 Ao amanhecer os anjos instaram com Ló para que saísse da cidade e 
como ele estivesse demorando, os anjos tomaram-lhe pela mão e a esposa e 
duas filhas e tiraram da cidade dizendo que fugissem e não olhassem para trás 
28 
 
porque Deus destruiria a cidade com fogo. Ao saírem da cidade e chegarem a 
uma cidadezinha próxima, desceu fogo dos céus e consumiu as cidades de 
Sodoma e Gomorra. A esposa de Ló, ainda não crendo no que acontecia, 
voltou-se para olhar para trás e tornou-se uma estátua de sal. 
 Mais uma vez Deus demonstra Sua justiça com as ímpias cidades de 
Sodoma e Gomorra enviando fogo do céu e subvertendo essas duas cidades 
por causa dos pecados de seus habitantes. 
 Havendo fugido de Sodoma, Ló passa a habitar numa caverna com as 
duas filhas, e estas para continuarem com descendência mantém relação com 
o próprio pai e dão à luz a Moabe e a Bem-Ami que deram origem aos moabitas 
e amonitas. 
 O Gênesis continua relatando a vida de Abraão em suas peregrinações 
e como Deus continuou fazendo-lhe promessas de que se tornaria uma grande 
nação para que fossem as testemunhas da verdade promovendo a nação como 
representantes de Deus e Sua verdade neste mundo. Tais promessas 
dependiam da fidelidade com que a nação executasse os princípios expressos 
por Deus. 
 Aos cem anos de idade Abraão e Sarai com noventa anos, tiveram o filho 
da promessa: Isaque. Seguindo a ordenação divina, aos oito dias de nascido, 
Isaque foi circuncidado. Havendo dificuldades entre Ismael e Isaque, Sarai diz 
a Abraão que despedisse o filho Ismael no que foi também ordenado por Deus, 
uma vez que Isaque seria o pai da nação prometida a Abraão. Agar então é 
despedida com seu filho. No entanto, Deus não abandonou o rapaz mas fê-lo 
também pai de uma nação. O povo árabe, hoje, é descendente de Ismael. 
Abraão logo depois foi peregrinar na terra dos filisteus havendo feito 
aliança com Abimeleque. 
Mediante o cumprimento da promessa de que Abraão teria um filho 
mesmo em idade avançada, Isaque, já homem feito, passa com seu pai pela 
experiência em que Deus prova Abraão ordenando-lhe que sacrifique o filho 
29 
 
em holocausto demonstrando fidelidade total ao Deus que ele adorava por onde 
quer que passasse. 
Prova da fé 
Deus experimenta a fé de Abraão submetendo-o à maior prova de sua 
vida: pede que Abraão sacrifique seu filho sobre um altar, em holocausto ao 
Senhor. Abraão obedece e no momento extremo, quando este levanta o braço 
para imolar o filho, Deus brada dos céus ordenando que seu fiel servo não 
execute o ato uma vez que este já havia demonstrado confiar inteiramente em 
Deus. Deus então mais uma vez reitera sua promessa de abençoar a Abraão 
fazendo dele uma grande nação e, através de sua descendência, todas as 
nações da terra seriam abençoadas. Esta promessa seria cumprida séculos 
mais tarde com a vinda do Messias prometido por Deus que morreria salvando 
o homem da condenação e morte eterna. 
 Ao atingir a idade de cento e vinte e sete anos, Sarai faleceu em Hebrom 
tendo Abraão sepultado sua esposa depois de comprar a sepultura por 
quatrocentos síclos de prata, numa caverna. 
 Quando Isaque contava com quarenta anos, Abraão envia seu mordomo 
à terra de seus pais para que este lhe traga uma esposa para Isaque, seu filho, 
uma vez que não desejava que ele se casasse com alguém que não fizesse 
parte dos adoradores do verdadeiro Deus. 
Depois de uma longa viagem encontra à beira do poço do lugar, uma 
jovem que se prontifica a dar-lhe de beber e também aos camelos. O servo de 
Abraão conta ao pai e irmão da jovem a que viera e ela se dispõe a acompanhar 
o homem para ser esposa de Isaque. Na viagem de volta, ao se aproximarem 
da tenda de Abraão, encontram-se no campo e Isaque a conduz para a tenda 
que era de Sarai e a aceita como sua esposa, amando-a e sendo consolado 
depois da morte da mãe. 
 Abraão ainda casa com outra esposa após a morte de Sarai, tendo vários 
filhos com ela e falece ao atingir a idade de cento e setenta e cinco anos, e 
30 
 
seus filhos Isaque e Ismael o sepultaram na sepultura em que estava enterrado 
também Sarai. 
 Ismael teve doze filhos e faleceu com cento e trinta e sete anos, dando 
origem a vários povos. 
 Como a esposa de Isaque era estéril, este orou pedindo a Deus que lhe 
concedesse filhos; Rebeca concebeu e teve filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Deus 
predisse que o mais moço, Jacó, seria o que teria o direito da primogenitura, 
recebendo assim a bênção do Senhor, aquele que daria origem ao povo que 
Deus prometera a Abraão. 
 Os meninos cresceram e cada um deles era o preferido de um dos pais: 
Esaú era preferido de Isaque e Jacó, da mãe. Certa ocasião, havendo Jacó 
feito um cozinhado de lentilhas vermelhas, e Esaú, chegando do campo, pede 
ao irmão um bocado daquelas lentilhas. Vendo nessa ocasião, oportunidade de 
conseguir, com astúcia, o direito da primogenitura, propõe ao irmão a compra 
desse direito pelo prato de lentilhas. Como Esaú estivesse faminto e não dando 
muito valor à bênção da primogenitura, aceitou a proposta do irmão, 
desprezando assim sua primogenitura. 
 Por haver fome em Canaã, Isaque vai à terra dos filisteus peregrinar e, 
impedido por Deus de ir para o Egito, Isaque permanece entre os filisteus e 
também faz aliança com Abimeleque, rei dos filisteus. 
 O relato Bíblico do Gênesis ainda expõe evidências sobrenaturais 
indicando a direção divina na história da nação dos hebreus e mostrando não 
só as virtudes, mas também os defeitos e ocasiões em que houve falhas de 
caráter e como foram conduzidos num processo de amadurecimento e 
consolidação de princípios morais. 
 Chegando a velhice, Isaque pede que seu filho Esaú preparasse um 
guisado saboroso para que ele desse a bênção da primogenitura a Esaú, mas 
mediante um estratagema e engano, Rebeca e Jacó enganam a Isaque e este 
dá a bênção a Jacó. Quando Esaú soube do que acontecera, decidiu matar a 
31 
 
Jacó depois da morte de Isaque. Alertado por sua mãe, Jacó foge para a terra 
de seus parentes também para buscar uma esposa para si. No caminho para 
Padã-Arã teve um sonho em que via uma escada que tocava o céu e anjos 
desciam e subiam pela escada e Deus se apresenta dizendo que aquela terra 
toda seria dada a seus descendentes e repete a ele a promessa que fizera a 
Abraão e a Isaque que pela descendência dele seriam “abençoadas todas as 
famílias da terra” (Gênesis 28:14). 
 Jacó, então, ergue uma coluna e derramando azeite sobre a pedra, fez 
um voto a Deus de ser fiel. 
 Chegando a Harã, Jacó encontra seus parentes e se apaixona por 
Raquel, sua prima, filha de Labão e propõe casamento. Recebe como resposta 
que deveria trabalhar por sete anos para recebe-la como esposa. Depois de 
sete anos de trabalho, em vez de lhe darem Raquel, recebe como esposa a 
Lia, a irmã mais velha. Trabalha então mais sete anos pela amada e, com as 
duas esposas, recebe ainda mais duas servas que, também, lhe foram por 
esposas. 
O patriarca Jacó 
 Na história de Jacó pode-se observar a maneira pela qual Deus conduziu 
este patriarca em sua vida para dar início a este povo preconizado por Deus e 
que seria o povo peculiar de Deus. 
 Jacó passa um tempo de sua vida em Harã onde constituiu família com 
quatro esposas, tendo com elas 12 filhos, cuja descendência foi o núcleo da 
nação hebraica ou israelita. Sua vida de altos e baixos, pecados e 
arrependimentos, em que buscava a bênção divina mas sofria as 
consequênciasde seus erros é relatado pelas Escrituras de uma maneira 
imparcial, mas mostrando a maneira pela qual Deus conduzia a vida deste 
patriarca no sentido de cumprir com Seu plano de estabelecer uma nação que 
fosse a depositária das verdades divinas. 
32 
 
 A narração da vida desta família numerosa a partir de 4 esposas e 
consequentes dissenções entre as esposas e os filhos demonstram que era 
uma família comum (no oriente próximo), com suas formas de comportamento 
que se pode observar ainda hoje, contudo, tendo uma direção em que 
buscavam as bênçãos divinas, para consequentemente receberem a promessa 
divina de se tornarem uma grande nação. 
 Durante o tempo em que esteve com seu sogro, Jacó tornou-se 
proprietário de grande rebanho de gado o que causou a Labão uma mudança 
de consideração por Jacó. Decidiu Jacó a voltar para a terra de seu pai e 
continuar a peregrinação por Canaã. Saindo sem que seu sogro soubesse, 
fugiu com tudo o que lhe pertencia incluindo suas esposas e filhos. Sabendo 
Labão, saiu ao encalço do genro e havendo-o alcançado estava disposto a 
causar problema quando Deus lhe diz em sonhos que não dissesse nem bem 
nem mal a Jacó. Fazem então aliança e Labão volta para sua terra e Jacó 
continua seu caminho para a terra de Canaã. 
 Quando Esaú soube que Jacó voltava para a terra de Canaã, saiu para 
se encontrar com o irmão em companhia de quatrocentos homens, disposto a 
se vingar do engano que seu irmão lhe causara. Jacó então se angustia e à 
noite, se encontra com um homem e, pensando ser um inimigo ou enviado do 
irmão, luta incansavelmente até que, em dado momento, o homem revela seu 
poder sobrenatural e Jacó percebe que estivera lutando contra Deus e 
apegando-se ao estranho pede uma bênção. Deus, então, muda o nome de 
Jacó (enganador) para Israel (vencedor) e lhe concede a bênção. 
 Acontece então, o encontro entre Jacó e seu irmão Esaú, num clima de 
paz e tranquilidade, uma vez que Deus dirigia a vida de Jacó. Ao chegar a 
Canaã, Jacó se estabelece em Siquém onde houve um incidente com os 
siquemitas. Siquém, filho de Hamor, vendo a Diná, uma filha de Jacó, se afeiçoa 
a ela e a possui pedindo posteriormente que a concedam como sua esposa, 
mas dois irmãos, filhos de Jacó, se vingam do ultraje, matando os homens 
daquela cidade, trazendo opróbrio à família de Jacó. 
33 
 
Deus ordena então a Jacó que vá habitar em Betel, e ali ele ergueu um 
altar, fez uma purificação entre os membros da família, ordenando que tirassem 
todos os deuses que, porventura, tivessem, e renovando sua relação com Deus 
e Este lhe apareceu dando-lhe uma bênção e renovando a promessa de que 
seriam uma grande nação. 
 A seguir, Raquel ainda tem mais um filho a que chamaram de Benjamim, 
mas ela morreu na ocasião do parto. Jacó então se dirige para Hebrom onde 
se encontra com seu pai, Isaque que morre aos cento e oitenta anos, sendo 
sepultado por Esaú e Jacó. 
 O livro ainda apresenta os descendentes de Esaú mostrando que 
também eles deram origem a um povo que fez parte dos habitantes do oriente 
próximo. 
José no Egito 
Pela direção de Deus, um dos filhos de Jacó, José, que era protegido 
por seu pai e odiado pelos irmãos, teve dois sonhos que tinham um significado 
predizendo o futuro da família no sentido de que iriam depender da ação deste 
filho para a salvação ou sobrevivência da família. Ao ouvirem sobre o sonho, 
seus irmãos ainda mais o odiaram e para se vingarem dele, venderam-no para 
ismaelitas como escravo os quais o venderam no Egito. José, como escravo, 
serve na casa de Potifar, comandante da guarda de faraó e por se manter puro 
e casto, acusado injustamente pela esposa de Potifar, que queria ter relação 
sexual com ele tendo ele se negado a fazê-lo e fugido do local, José acaba 
sendo preso e por um tempo permaneceu na prisão até que, por providência 
divina, ele é conduzido a ser o vice-governador do Egito para que resolvesse o 
problema da seca que se abateria sobre o Egito pela previsão e provisão de 
alimentos para a nação. 
 Esse fato aconteceu quando faraó teve dois sonhos e, ficando 
perturbado e inquieto quanto ao significado dos sonhos, seu copeiro se lembra 
de que José já havia interpretado um sonho que ele tivera enquanto na prisão; 
34 
 
ao conta-lo a faraó, este manda buscar a José que, dizendo que Deus é que 
pode predizer o futuro e dando a Ele a honra, pôde interpretar os dois sonhos 
a faraó e aconselhou ao rei o que deveria fazer para enfrentar a situação de 
seca. 
 Reconhecendo a capacidade de José e por providência divina, faraó 
nomeia José como vice-governador do Egito dando-lhe amplos poderes para 
executar o que ele havia recomendado a faraó. Desse modo, José coloca em 
execução um plano pelo qual armazenou suficiente quantidade de alimentos 
nos anos de fartura e quando se abateu o tempo de seca e fome José forneceu 
alimento para os egípcios e praticamente conquistou para faraó todo o Egito. 
 Como a seca e fome também afetaram a Palestina, os irmãos de José 
se dirigiram para o Egito em busca de alimento dependendo assim da ação de 
José para a sobrevivência da família. 
 Ao chegarem ao Egito, José reconhece seus irmãos, mas estes não o 
reconheceram. Usando de um estratagema, José ameaça seus irmãos que se 
humilham diante dele fazendo-o lembrar dos dois sonhos que tivera 
relacionados à preponderância e domínio que ele exerceria sobre seus irmãos. 
Quando da segunda vez que chegaram ao Egito para comprar alimento, 
ameaçando-os, para provar-lhes, José então se revela a seus irmãos e ordena-
lhes que venham morar no Egito. José ordena a seus irmãos que voltem a 
Canaã e tragam toda a família de seu pais, seus irmãos e suas famílias pois 
ainda haveria cinco anos de fome, segundo o sonho de faraó. 
 Por revelação de Deus a Jacó, este desce ao Egito com toda sua casa, 
cerca de setenta pessoas e vivem no Egito cumprindo-se a profecia que Deus 
fizera a Abraão que sua descendência seria peregrina antes de se estabelecer 
como nação em Canaã. 
 Durante o restante de sua vida, Jacó permaneceu no Egito até sua morte 
aos 147 anos. Antes da morte, Jacó reúne seus filhos, dá-lhes a bênção paterna 
35 
 
e lhes faz jurar que o sepultariam na terra de Canaã, uma vez que Deus havia 
lhes prometido aquela terra. 
 Após a morte de Jacó, receosos de que José agora se vingaria de seus 
irmãos, pedem eles perdão a José que lhes afirma que, embora eles tivessem 
intentado o mal contra ele, Deus havia transformado em bênção para que 
pudessem continuar em vida apesar da seca e fome, demonstrando a seus 
irmãos sua magnanimidade e bondade. 
 Finalmente, o relato do primeiro livro da Bíblia termina com o relato da 
morte de José aos cento e dez anos, não antes de fazer seus irmãos jurarem 
que não deixariam seus ossos no Egito quando voltassem para a terra de 
Canaã, quando Deus cumprisse Sua promessa de dar-lhes aquela terra como 
herança. 
 
ESTUDOS DIRIGIDOS POR HIPERLINKS 
 
Estudaremos alguns artigos que fazem parte integrante do conteúdo desse 
capítulo. Para entendimento complementar do capítulo estudado faz 
necessário a leitura dos hiperlinks abaixo. 
 
A SEMANA DA CRIAÇÃO: OS CINCO PRIMEIROS DIAS DA 
CRIAÇÃO. FRANK LEWIS MARSH 
Ph. D. em Biologia pela Universidade de Nebraska, foi um dos fundadores do 
Geoscience Research Institute. Residia em Berrien Springs, Michigan até seu 
falecimento no ano passado. Este artigo corresponde ao capítulo 13 do seu 
livro “Estudos sobre Criacionismo”, página 194 a 217, edição sem data, da 
Casa Publicadora Brasileira, Santo André, S. P. 
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC52_Asemana.asp 
 
 
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC52_Asemana.asp
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC52_Asemana.asp
36 
 
DIAS LITERAIS OU PERÍODOS DE TEMPO FIGURADOS? 
Gerhard F. Hasel 
A natureza do relato da criação com os seus seis “dias” (Gênesis 1:5-31)seguidos do “sétimo dia” (Gênesis 2:2-3) é de interesse especial, porque 
costumeiramente esse período é entendido como significando o curto lapso de 
uma semana literal. Com base na moderna teoria da evolução natural, tem sido 
questionado esse curto intervalo de tempo apresentado no relato bíblico da 
criação. Há um contraste entre o curto período de tempo do relato da criação e 
as longas eras exigida pela evolução natural. 
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC53_diasLiterais.asp 
 
ESTUDOS DO LIVRO DE GÊNESIS 
Quem Escreveu Gênesis?; Propósito do Livro de Gênesis; Valor Moral e 
Espiritual; Por Que é Importante Estudar Gênesis?; Problemas do Estudo de 
Gênesis. 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/estudo-do-livro-de-genesis.html 
 
INTRODUÇÃO AO LIVRO DO GÊNESIS 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/06/introducao-biblica-livro-de-
genesis.html 
 
O QUE DIZ O LIVRO DE GÊNESIS? 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/o-que-o-livro-de-genesis-
realmente-diz.html 
 
PANORAMA DO LIVRO DE GÊNESIS 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/panorama-do-livro-de-
genesis.html 
 
TEOLOGIA DO LIVRO DO GÊNESIS. 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/teologia-do-livro-de-genesis.html 
 
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC53_diasLiterais.asp
http://www.revistacriacionista.org.br/artigos/FC53_diasLiterais.asp
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/estudo-do-livro-de-genesis.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/06/introducao-biblica-livro-de-genesis.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/06/introducao-biblica-livro-de-genesis.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/o-que-o-livro-de-genesis-realmente-diz.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/o-que-o-livro-de-genesis-realmente-diz.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/panorama-do-livro-de-genesis.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/panorama-do-livro-de-genesis.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/teologia-do-livro-de-genesis.html
37 
 
 
 
 
 
 
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2 
ÊXODO E LEVÍTICO 
 
 HABILIDADE 
Saber interpretar textos sobre o tema bem como ser capaz de fazer 
exposição escrita, pública em eventos, palestras, seminários em 
ambiente acadêmicos acerca do tema. 
CONHECIMENTO 
Conhecer a introdução, data, autoria, estrutura dos livros, esboço, 
conteúdo, e teologia dos livros. 
 
ATITUDE 
Exercer capacidade reflexiva crítica acerca do objeto estudado e 
incorporá-la na sua práxis. 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 ESTUDO DO LIVRO DE ÊXODO 
 O segundo livro de Moisés chamado Êxodo teve seu nome em virtude 
do relato da “saída” do povo hebreu em direção à terra de Canaã, atualmente 
a Palestina. Deus havia prometido a Abraão, pai da nação hebreia que a nação 
se multiplicaria. Isso se deu pela presença dos filhos de Jacó ou Israel, que 
haviam migrado de Canaã para o Egito em virtude da seca que se abatera 
sobre o oriente próximo. Um dos filhos de Jacó, José, se tornara governador 
do Egito como vimos no Gênesis, e ali no Egito o povo se multiplicou. O relato 
do livro se inicia por ocasião da 18ª dinastia (cerca de séc. XVI a.C.) em que os 
egípcios reassumiram o controle do governo do Egito que havia sido governado 
pelos hicsos, portanto, desconhecendo a José, (Êxodo 1:8). Na ocasião do 
Êxodo, (por volta de 1445 ou 1447 a.C.), o povo de Israel já contava com cerca 
de 2 a 3 milhões de pessoas, pois haviam crescido e se fortalecido como um 
povo (Êxodo 1:7), dentro do Egito. 
 O relato inicial deste livro refere-se ao fato dos hebreus se tornarem 
escravos dos egípcios que os afligiam com receio de que se tornassem mais 
poderosos do que os próprios egípcios e assim se apoderassem do controle do 
Egito. Desse modo faraó implantou uma escravidão impondo um regime de 
trabalhos árduos, afligindo-os com tarefas penosas na construção de cidades-
celeiros (Êxodo 1:11). 
 Contudo, a despeito da escravidão e da ordem de faraó para que as 
parteiras matassem as crianças nascidas dos hebreus que fossem meninos, os 
hebreus cresciam e se fortaleciam em número. Os hebreus então clamaram a 
Deus por livramento e Deus os ouviu. Por meio de um estratagema a mãe de 
um garoto, Joquebede, conseguiu que a filha de faraó adotasse o menino e 
este passou a morar no palácio e ser educado em todo o conhecimento do 
Egito. Moisés, ao chegar à idade de 40 anos pensou que poderia libertar seu 
povo, matando um egípcio, mas o plano falhou e então teve que fugir para a 
terra de Midiã onde passou 40 anos cuidando dos rebanhos de seu sogro. 
41 
 
Sofrendo muita opressão e maus tratos o povo de Israel clama e geme 
a Deus que ouve o clamor e decide que era tempo de libertar Seu povo da 
escravidão do Egito. 
 Então Deus se manifestou de um modo sobrenatural a Moisés, em que 
um arbusto queimava e não se consumia; ordena-lhe que voltasse ao Egito 
para tirar o Seu povo do sofrimento conforme promessa de Deus a Abrão, 
Isaque e Jacó. Ordena então a Moisés que volte ao Egito e de lá tire seu povo 
para conduzi-lo até a terra prometida. Diante da resistência de Moisés que não 
queria aceitar a incumbência, Deus concede a ele poderes e autoridade a fim 
de, com forte mão, tire o povo de Deus do Egito e os leve até Canaã. 
 Como Moisés alega que não saberia mais falar a língua egípcia, Deus 
nomeia Arão, irmão de Moisés que fosse seu porta voz diante de faraó. Os dois 
apresentam-se diante do monarca e em nome de Deus pede que faraó deixe o 
povo sair para adorar a Deus no deserto. 
 Diante do perigo de perder seus escravos, faraó se enfurece e ordena 
que os capatazes fossem mais rigorosos, obrigando o povo a trabalhar mais 
arduamente, rejeitando assim a ordem divina. 
 Como o trabalho do povo de Israel se tornasse mais pesado e difícil, o 
povo de Israel então se volta contra Moisés e Arão, uma vez que, em virtude 
de sua apresentação diante de faraó para deixar o povo sair, o rei do Egito 
aumenta a aflição e sofrimento do povo. 
 Deus então promete que irá libertar Seu povo com mãos forte e muitas 
maravilhas, castigando faraó e a terra do Egito com pragas ou catástrofes que 
se abateriam sobre a população egípcia e sobre faraó. 
 Novamente Moisés se apresenta diante de faraó e executa alguns atos 
demonstrando poderes sobrenaturais dizendo ao monarca que deixasse o povo 
sair do Egito. Faraó então endurece seu coração e nega a saída do povo hebreu 
do Egito. Diante da negativa de faraó Deus ordena a Moisés que ferisse as 
águas do rio Nilo com sua vara ou cajado e estas se transformam em sangue. 
42 
 
Diantedo que aconteceu na realidade, também os magos do Egito fizeram o 
mesmo e faraó endurece mais uma vez seu coração e não deixa o povo sair. 
 Mais uma vez Moisés se dirige diante de faraó e lhe ordena que, se não 
deixasse o povo sair, Deus enviaria a segunda praga. Esta seria em que Deus 
enviaria à terra do Egito muitas rãs que invadiriam as casas, aposentos reais, 
lagos, rios, e toda terra do Egito. Faraó então pede a Moisés que rogue a Deus 
pedindo que as rãs fossem removidas da terra ficando somente nos rios e 
lagos. Diante do pedido de Moisés a Deus, as rãs foram retiradas e amontoadas 
mortas cheirando mal. Quando faraó viu que as rãs haviam sido removidas, 
endureceu mais uma vez seu coração e não deixou o povo ir. 
 Deus então ordena a Moisés que ferisse a terra com seu cajado e ao 
fazê-lo o pó da terra se tornou em piolhos que invadiram todo o Egito nos 
homens e no gado e como os magos não conseguissem fazer o mesmo 
reconheceram que era o dedo de Deus nessa praga, mas faraó ainda não 
permitiu ao povo sair endurecendo mais uma vez seu coração. 
 Novamente Deus ordena a Moisés que se apresente diante de faraó e 
ordena que deixe o povo ir, pois se não o permitisse Deus enviaria ao Egito 
moscas que encheriam as casas dos egípcios, dos oficias de faraó e que as 
casas dos hebreus não sofreriam essa praga fazendo Deus distinção entre os 
egípcios e Seu povo, Israel. 
Quando faraó percebe que isso aconteceu mandou chamar a Moisés 
dizendo: podem oferecer sacrifício a vosso Deus. Queria ele que ficassem no 
Egito para oferecerem sacrifício, mas Moisés se nega dizendo que precisavam 
ir caminho de três dias para chegarem ao lugar em que deveriam sacrificar ao 
Senhor. Faraó então diz que poderiam ir conquanto que não fossem muito 
longe e que orassem também por ele. Moisés alerta faraó que não enganasse 
mais uma vez o povo de Israel e pede a Deus que retire as moscas e quando 
essas saíram, faraó endurece seu coração e não deixa o povo sair. 
43 
 
 A quinta praga que sobreveio ao Egito foi a de pestes nos animais 
resultando em morte dos rebanhos egípcios. Nem isso fez com que faraó 
permitisse a saída do povo. 
 A sexta praga enviada foi ordenada por Deus em que Moisés lançasse 
ao ar cinzas e essas se tornaram em úlceras, tumores nos homens e nos 
animais e até os magos foram afetados pelas úlceras. Faraó continuou com o 
coração endurecido. 
 Mais uma vez Deus ordena que Moisés se apresente diante de Faraó e 
lhe diga que Deus havia poupado a faraó até então para que este presenciasse 
o poder de Deus ao sofrerem as pragas. Moisés então se apresenta a Faraó 
dizendo que no dia seguinte haveria uma chuva de pedras sobre o Egito e que 
faraó mandasse recolher o gado e todos os pertences do campo pois as pedras 
iriam destruir e matar tudo. 
Os que acreditavam na palavra de Moisés recolheram seu gado, mas os 
outros deixaram no campo e no dia seguinte Moisés estendeu a vara para os 
céus e sobrevieram pedras, relâmpagos, raios e fogo como nunca antes 
houvera no Egito matando os animais e destruindo as árvores no campo. Então 
Faraó manda chamar a Moisés e reconhece: “Desta vez pequei, o Senhor é 
justo, porém, eu e meu povo, ímpios. ” Prometeu então que deixaria o povo ir. 
Moisés diz então que estenderia suas mãos a Deus e que Ele faria cessar a 
saraiva. Quando Faraó viu que a chuva cessara, mais uma vez endureceu o 
coração. 
 Deus mais uma vez ordena a Moisés que se apresente diante de Faraó 
e pergunte até quando ele iria se recusar a se humilhar diante de Deus. Moisés 
deveria ordenar: deixa ir o meu povo. Se não o fizesse Deus enviaria 
gafanhotos que comeriam tudo o que havia ficado de resto das pragas 
anteriores e encheriam as casas como nunca houvera antes no Egito. Moisés 
então estendeu sua vara ao céu e sobreveio uma praga de gafanhotos que 
encheu o Egito que a nuvem de gafanhotos escureceu o céu e comeram tudo 
o que havia sobrado. Faraó mais uma vez chama a Moisés e Arão e pede 
44 
 
perdão e que Deus retirasse essa praga deles. Moisés ora a Deus que atende 
e retira os gafanhotos. 
 Depois da praga dos gafanhotos, Deus ordena a Moisés que estenda a 
sua mão para o céu e haveria trevas sobre a face da terra por três dias em que 
não se poderia ver nada. Somente na terra de Gosen, onde habitavam os filhos 
de Israel havia luz. Faraó chama mais uma vez a Moisés e lhe diz que poderiam 
ir e servir ao Senhor. Deveriam deixar os rebanhos, mas poderiam levar as 
crianças. Moisés então diz que não ficaria nada no Egito e que todos sairiam 
com tudo o que tivessem. Então Faraó ordena que Moisés se retirasse diante 
dele e que nunca mais voltasse a ver sua face. Moisés então concorda e diz 
que não mais veria a face do monarca. 
 Finalmente Deus diz a Moisés que enviaria mais uma última praga, e 
com essa, Faraó deixaria o povo sair. O povo egípcio iria doar aos hebreus o 
que eles pedissem para vê-los sair daquela terra. A última praga consistiria na 
morte de todo o primogênito em toda a terra do Egito, desde o filho de Faraó 
até o primogênito da mais humilde serva e de todos os animais. Grande clamor 
haveria e reconheceriam a soberania e o poder de Deus sobre o Egito e os 
egípcios. 
 Na noite em que essa praga deveria ser executada, Deus ordenou ao 
povo de Israel que fizesse uma comemoração da libertação que resultaria da 
morte dos primogênitos: a páscoa. O povo de Israel, a fim de que a praga não 
os atingisse, deveria sacrificar um cordeiro e tomando de seu sangue, deveriam 
passar o sangue nas ombreiras e verga da porta de suas casas. Naquela noite 
deveriam comer do cordeiro assado, estando prontos e preparados para a 
viagem. Um profundo significado foi atribuído a essa cerimônia que 
representaria a libertação da escravidão do Egito e da escravidão do pecado, 
na nova dispensação ou Novo Testamento. 
 Ao ver o sangue na porta o anjo destruidor que receberia o encargo da 
morte dos primogênitos, passaria por alto da casa dos hebreus que ficariam 
45 
 
livres da morte de seus primogênitos. Quando Moisés e Arão terminaram de 
dar as instruções ao povo, este se inclinou e adorou ao Deus dos hebreus. 
 Naquela noite, ao se completar o período profetizado por Deus a Abraão 
de quatrocentos e trinta anos, Deus feriu de morte os primogênitos dos egípcios 
e Faraó, em meio da noite, chamou a Moisés e Arão e lhes ordenou que 
saíssem do Egito e realizassem o plano de sair para adorar a Deus como lhe 
havia mandado por Deus. 
 Deus ordena a Moisés que, a partir daquela data, cada ano deveriam 
comemorar a páscoa para se lembrarem da libertação da escravatura do Egito 
e que os pais contassem aos filhos a história da libertação. Também Deus 
ordenou a Moisés que consagrasse todos os primogênitos ao Senhor. 
 Ao saírem do Egito, Deus os guiou pelo deserto aparecendo numa 
nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite, não deixando de guia-los 
até quando mais tarde entraram na terra prometida. 
Desse modo ao se completarem os anos previstos por Deus, por meio 
de fatos sobrenaturais, (as dez pragas) o povo hebreu saiu do Egito em direção 
à terra prometida por Deus, através de desertos e, durante 40 anos vaguearam 
pelo deserto até entrarem na Terra de Canaã por volta de 1405 ou 1407 a.C. 
Mas muitos acontecimentos ocorreram durante esses 40 anos. Logo 
após a saída de Israel, faraó se arrepende de deixar o povo ir, saiu atrás deles 
com carros, cavalos e um exército o que fez com que o povo, quando viram os 
exércitos de Faraó atrás deles, temesse e clamaram ao Senhor. Moisés então, 
sob as ordens de Deus, diz ao povo que não temesse pois Deus os livraria, se 
tão somente seguissem as instruções divinas. 
Deus ordena que marchassem em direção ao mar Vermelho e quando 
os pés do povo pisaram no mar, este se abriu e Israel passou em seco pelo 
meio do mar, numa clara demonstração do poder de Deus. Ao alcançarem o 
lado oposto, por uma ordem de Moisésque estendeu a mão em direção ao mar, 
46 
 
este se fechou, matando os egípcios que haviam seguido a Israel procurando 
alcança-los em perseguição. 
Esta foi uma demonstração do poder de Deus sobre a natureza 
demonstrando ao povo hebreu que o Deus a quem serviam era poderoso para 
livrá-los e levar a termo a promessa de guia-los à terra prometida. 
Moisés então celebra o livramento num cântico exaltando o poder divino 
para a salvação de seu povo, numa bela página de poesia hebraica. De modo 
semelhante, Miriam, a irmã de Moisés celebra em cântico a libertação dos 
exércitos egípcios. 
Dali em diante, diariamente Deus se manifestava em fenômenos 
sobrenaturais providenciando água e alimento para o Seu povo no deserto, 
fazendo águas amargas se tornarem doces, alimento enviado cada manhã em 
forma de flocos brancos a que deram o nome de maná; fato este que ocorreu 
durante os 40 anos de peregrinação no deserto até a entrada em Canaã. 
Ao chegarem a um local onde não havia água, o povo murmurou contra 
Moisés e Deus ordena-lhe que ferisse a rocha e ela daria água para o povo 
beber, o que Moisés fez e o povo teve água para beber. 
A seguir o povo amalequita veio para combater a Israel e Deus concedeu 
vitória sobre os inimigos numa demonstração de proteção a Seu povo e poder 
sobre os adversários, demonstrando que, os que se voltassem contra o povo 
de Deus, Deus os salvaria dos inimigos. 
A certa altura da viagem, Jetro, sogro de Moisés veio trazendo-lhe a 
esposa e os dois filhos e ao ver o genro durante o dia inteiro decidindo 
problemas que havia entre o povo, deu-lhe o conselho de divisão do trabalho e 
assim Moisés não ficaria exausto nem o povo cansado de esperar por 
atendimento. 
Ao chegarem diante do monte Sinai, e acamparem, Deus ordena a 
Moisés que prepare o povo, pois receberiam demonstração da presença de 
Deus que lhes daria Sua lei que deveria ser de parâmetro, de padrão de 
47 
 
conduta para o ser humano, não somente aos hebreus, mas toda a 
humanidade. 
Numa demonstração de poder e fenômenos visuais, Deus desce ao 
monte e entrega a Moisés duas tábuas de pedra em que escrevera com Seu 
dedo os mandamentos de Sua santa lei. Essa lei prescreve o dever de cada 
ser humano para com Deus, seu Criador e para com o próximo, seu 
semelhante. Os primeiros quatro mandamentos tratam da relação de Israel 
para com Deus, e os seis restantes, de Israel com seu próximo. Enquanto o 
povo de Israel obedecesse aos mandamentos, tudo lhe iria bem, mas se 
desobedecessem, haveria consequências funestas e causadoras de 
sofrimento. 
 Durante este período de 40 anos vagueando pelo deserto sob a direção 
e ação de Deus por meios naturais e, sobretudo sobrenaturais, o povo de Israel 
recebeu ordens divinas preparando-os a existirem como nação. Para tanto, por 
meio da liderança de Moisés, que recebia instruções diretamente de Deus, o 
povo de Israel foi organizado como nação. 
 Como em toda organização humana, para que possa existir e alcançar 
os objetivos, há que se haver normas e regras que regulamentem as ações dos 
homens. Leis e estatutos foram dados ao povo a fim de que houvesse uma 
harmonia entre as pessoas, famílias, tribos e um relacionamento com outros 
povos. 
Classificação das leis 
 Podemos classificar essas leis ou mandamentos em 4 classes: leis 
cerimoniais, leis sanitárias, leis civis e lei moral. 
a) Leis cerimoniais - As leis cerimoniais foram dadas com o objetivo de ensinar, 
implantar um sistema em que se valorizava a compreensão da malignidade do 
pecado e a necessidade de se estabelecer uma relação de dependência do 
cuidado de Deus para com Seu povo mediante uma série de ritos e cerimônias 
48 
 
que expressavam fé num plano que Deus elaborara para salvar o povo dos 
pecados deles. 
 Esses ritos e cerimônias eram uma figura ou símbolo do plano de 
salvação que Deus procurava estabelecer com Seu povo. O indivíduo que 
pecasse e que sentisse arrependimento por seu mau feito, deveria sacrificar 
um animal depois de confessar sua falta e mediante a aspersão do sangue 
sobre o altar, o pecado seria, simbolicamente transferido para o tabernáculo, lá 
permanecendo até o dia da expiação anual. Este seria então um dia de juízo 
em que cada israelita fazia profunda análise de sua vida anual pregressa 
verificando se não havia nenhum pecado do qual não se arrependera, havendo 
ainda a oportunidade, nesse dia, de se arrepender e pedir perdão trazendo um 
sacrifício pelo pecado. 
A vida de um cidadão era centralizada em Deus e visualmente no 
tabernáculo que abrigava a presença de Deus, no segundo compartimento 
sobre a arca do concerto, que continha as duas tábuas de pedra, contendo os 
mandamentos da santa lei de Deus, a lei moral. 
 Todas as cerimônias giravam em torno de Deus, Sua perfeita vontade e 
Seu relacionamento com Seu povo. (Êxodo 19:5,6). 
b) Leis sanitárias- o segundo conjunto de leis referem-se ao cuidado com a 
saúde do povo para que ficasse livre de males e doenças, sendo uma nação 
que se contrastasse com outras que, em virtude de uma vida de transgressão 
às leis que regulam o bom funcionamento do organismo, sofriam de 
enfermidades que resultavam em decadência e morte. 
 Essas leis se referem às regulamentações sobre alimentação, cuidados 
higiênicos a serem observados, bem como deixarem uma pessoa doente em 
quarentena para que não contaminasse outros, e assim por diante. 
c) Leis civis – As leis civis diziam respeito às relações interpessoais, 
casamentos, comportamento e atitudes adequados, relações comerciais, 
49 
 
direitos de propriedade, compra e venda, direitos de escravos, penalidades por 
crimes e leis afins. 
d) Lei moral - Finalmente, acima de tudo, as leis morais que podem ser 
enfeixadas nos dez mandamentos do decálogo que se referem ao dever do ser 
humano para com Deus, o Criador e para com nossos semelhantes. 
 A lei moral não foi dada apenas ao povo hebreu, mas a toda a 
humanidade. Já o sábio Salomão, centenas de anos mais tarde diria: “Teme a 
Deus e guarda os Seus mandamentos porque esse é o dever de todo homem 
porque Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, 
quer sejam boas, quer sejam más. ” Eclesiastes 12:17, 18. 
 A transgressão da lei moral divina acarretou sobre a família humana as 
consequências de perda de liberdade, desgraça, dor, miséria, sofrimento e 
finalmente a morte. 
 A única saída é a aceitação do plano de salvação elaborado e efetuado 
por Deus que, antes da vinda pessoal de Jesus Cristo, o Salvador da 
humanidade, era demonstrado pela aceitação, pela fé, em sacrificar animais 
que simbolizavam o sacrifício de Cristo, o verdadeiro Salvador do homem. O 
povo de Israel como povo escolhido de Deus para ser o instrumento para 
partilhar ao mundo das verdades divinas, deixou o Egito, de onde saíra para se 
localizar na terra de Canaã, conforme a promessa divina. 
 No início dessa jornada de 40 anos, Deus foi ordenando a Moisés que 
fosse organizando o povo de Israel ou os hebreus como uma nação. Como já 
foi dito, Deus deu ao povo uma série de leis a que o povo deveria obedecer 
para cumprir com o propósito divino para a nação incipiente. 
 Dos capítulos 20 ao 40 do livro encontramos essas séries de leis, 
relatando também como todo o sistema de sacrifícios foi estabelecido a fim de 
que o povo aprendesse como poderiam viver em paz ao enfrentarem a 
consciência de falhas e pecados cometidos e como poderiam ser perdoados 
através de atos de fé em que sacrificavam animais como símbolo da morte do 
50 
 
Salvador que um dia viria para resgatar o homem da transgressão, do pecado 
e da morte. 
 O sistema de sacrifícios era executado numa tenda com instrumentos e 
mobiliário que foi ordenado a Moisés levantarem no deserto enquanto viajavam 
rumo à terra prometida. Essa tenda denominada de tabernáculo, em seus 
constituintes deveria obedecer a instruções minuciosamente esclarecidasa 
Moisés, quando a medidas, material que deveria ser usado, móveis 
especificamente esclarecidos em sua construção, cerimônias que deveriam ser 
observadas para cada caso de transgressão. 
 Instruções foram dadas quanto ao tecido a ser usado como cobertura do 
tabernáculo ou também chamada tenda da congregação, os móveis como a 
bacia para os sacerdotes se purificarem, o altar de sacrifício ou holocausto, a 
mesa dos pães da proposição, o castiçal de ouro, o altar de incenso, a arca em 
que deveriam ser colocadas as duas tábuas de pedra contendo os Dez 
Mandamentos da santa lei de Deus, bem como os elementos a serem usados 
nas cerimônias como o óleo da unção, o incenso, o azeite para o castiçal ou 
candelabro, os pães da proposição e ainda sobre as vestimentas que deveriam 
ser usadas pelo sumo sacerdote como também os sacerdotes e seriam 
acrescentadas dos acessórios destas vestes. 
 O sistema de sacrifícios pelos pecados, por transgressões específicas, 
de ofertas de agradecimento a Deus pelas colheitas e outros mais, era símbolos 
de uma realidade de demonstração de amor de Deus, do plano de salvação 
que Deus teve para com Seu povo cuja lição o povo deveria aprender e praticar 
com todas as cerimônias efetuadas durante o período de existência da nação. 
 Cada móvel e componente do santuário, cada cerimônia realizada, cada 
sacrifício que o povo trazia, cada oferta dedicada ao Senhor tinha significado 
importante para a vida espiritual do povo de Deus. 
 O livro do Êxodo ainda relata acontecimentos que ocorreram durante 
esse período de viagem pelo deserto como a adoração ao bezerro de ouro e a 
51 
 
condenação de Deus e respectiva intercessão de Moisés pelo povo, a 
construção e ereção do tabernáculo, o estabelecimento das três ocasiões em 
que o povo se reunião para as sete festividades anuais. Finalmente termina o 
livro relatando os acontecimentos ocorridos quando o tabernáculo foi levantado 
e como Deus manifestou sua aprovação ao ser estabelecido o sistema. 
 
ESTUDOS DIRIGIDOS POR HIPERLINKS 
 
Estudaremos alguns artigos que fazem parte integrante do conteúdo desse 
capítulo. Para entendimento complementar do capítulo estudado faz 
necessário a leitura dos hiperlinks abaixo. 
 
A TEOLOGIA DO LIVRO DE ÊXODO. 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/10/teologia-do-livro-de-exodo.html 
 
ESTUDO DO LIVRO DE ÊXODO 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/estudo-do-livro-de-exodo.html 
 
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE ÊXODO 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/10/introducao-ao-livro-de-
exodo.html 
 
 
 
 
 
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/10/teologia-do-livro-de-exodo.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/07/estudo-do-livro-de-exodo.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/10/introducao-ao-livro-de-exodo.html
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/10/introducao-ao-livro-de-exodo.html
52 
 
2.2 O LIVRO DE LEVÍTICO 
 O terceiro livro do Pentateuco é denominado Levítico, nome dado em 
referência a tribo de Levi responsável pelo serviço do santuário. O livro é uma 
continuação do livro de Êxodo em que são explicadas em mais detalhes as leis 
cerimoniais ordenando o que deveria ser feito quando diferentes tipos de 
transgressões fossem cometidas por diferentes membros da comunidade 
hebraica. 
Também foram regulamentadas as diferentes ofertas que o povo traria 
para o tabernáculo demonstrando sua gratidão a Deus por bênçãos recebidas 
em espírito de louvor e agradecimento a Jeová. 
Como o livro trata sobre o assunto de regras e atividades do sacerdócio 
do povo de Israel que era efetuado pela tribo de Levi, recebeu o nome de 
Levítico. 
 Parece não haver muita dúvida quanto à autoria desse livro que é 
atribuída também a Moisés. O livro de Levítico faz parte daquilo que Jesus 
Cristo chamou de “lei de Moisés” (Lucas 24:44). 
 O relato desse livro bem como as regras e leis apresentadas abrangia 
um período de 30 dias segundo o que podemos saber de Êxodo 40:17 e 
Números 1:1. Durante esse tempo, logo após ser erigido o tabernáculo, Moisés 
recebe a mensagem de Deus dando as regras sobre holocaustos, ofertas e 
sacrifícios que deveriam ser trazidos ao tabernáculo para que o povo pudesse 
ter seu relacionamento com Deus como o povo escolhido a fim de serem 
testemunhas da vontade divina. 
 No livro de Levítico ainda encontramos relato de alguns acontecimentos 
que ocorreram durante esse período bem como regras de saúde, leis civis que 
deveriam reger o povo de Israel como nação. 
 A prática de sacrifícios de animais era conhecida desde o Éden e 
apontavam para um salvador que viria morrer em lugar do homem, sendo, 
53 
 
portanto, um ato simbólico que demonstrava fé do pecador arrependido e que 
confessava seu pecado colocando suas mãos sobre a cabeça do animal 
(Levítico 1:2-4). Sacrificava então o animal e seu sangue era espargido sobre 
o altar em redor. Tudo era feito levando em conta o simbolismo de haver um 
animal que morria em lugar do pecador apontado à realidade de alguém que 
viria no futuro para assumir a pena de morte que era a consequência da 
transgressão às ordens divinas, ou seja da lei de Deus. 
 Esse sistema de sacrifícios pelos pecados ensinava lições a respeito da 
gravidade e seriedade do pecado, da transgressão, da necessidade do 
reconhecimento por parte do transgressor e consequente confissão, da 
grandiosidade e imutabilidade da lei, da santidade de Deus e Seu amor pelo 
homem. Dessa maneira o pecador, pelo perdão e expiação dos pecados, 
poderia voltar a ter comunhão com Deus e continuar a fazer parte do Seu povo.
 Cada detalhe dos ritos e cerimonias era atribuído de profundo significado 
na vida do indivíduo e da nação como um todo. Mas as ofertas pelos pecados 
não eram as únicas cerimônias que eram realizadas no tabernáculo. 
 Quando alguém estivesse com o coração agradecido, podia expressar 
ação de graça, trazendo bolos ázimos (sem fermento) como oferta pacífica 
(Levítico 7:11-15) além do sacrifício. Oferta por ter feito voto ao Senhor era 
outro tipo de oferta apresentado (Capítulo 7:16). 
 O que chama a atenção de alguém que lê e estuda esse livro é o tema 
da santidade. Especialmente os sacerdotes deviam ter uma vida santa, acima 
de qualquer reprovação. A nação deveria ser santa como Deus é santo 
(Levítico 11:44,45). 
 Um fato que ocorreu após Adão e seus filhos terem sido consagrados ao 
ministério do tabernáculo (capítulos 8 e 9), foi o castigo de morte sofrido por 
dois filhos de Arão, Nadab e Abiú, por terem transgredido as ordens de Deus 
em trazer fogo estranho diante do altar, estando eles mentalmente afetados por 
bebida (Capítulo 10 de Levítico). 
54 
 
 Os sacerdotes seriam os intermediários entre a congregação e Deus, 
carregando simbolicamente a culpa pelo pecado até fazerem a expiação pelos 
pecados do povo. 
 Tudo deveria expressar santidade pois como povo escolhido de Deus 
para testemunhar dEle: “Sereis santos porque Eu sou santo”, dissera o Senhor 
(Levítico 11:44, 45; 19:2; 20:7,26). 
 Além das leis cerimoniais dadas à nação israelita, encontramos no livro 
de Levítico leis relacionadas à saúde do povo. Foram discriminados ao povo, 
por exemplo, que tipo de animais poderiam comer e o que era proibido por 
serem animais imundos. Dentre os animais permitidos como alimentação 
estavam os ruminantes como pata fendida; peixes de escamas e barbatanas; 
aves dos galináceos e columbiformes. Contudo animais que não fossem 
ruminantes de pata fendida em duas como camelo, porco, lebre e outros 
animais não deveriam comer. 
 Nenhum réptil, aves de rapina, ou outras espécies, deveriam servir de 
alimento por serem considerados animais imundos, por Deus, hoje a ciência 
tem descoberto razões sanitárias científicas para que esses animais deveriam 
ser eliminados como alimento. 
 Outras leis de saúde como o cuidado que se deveria ter com certas 
doenças como a lepra,