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02 - Apostila - Fundamentos da Multimidia - 2019-02-pages-57-96

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UNIDADE 3
Áudio
Objetivos de aprendizagem
 Compreender a importância do áudio em um produto 
multimídia.
 Identifi car os parâmetros físicos a serem considerados 
no som.
 Entender os mecanismos de representação digital do 
som.
 Conhecer as ferramentas mais utilizadas na compressão, 
edição e conversão de áudios.
Seções de estudo
Seção 1 Que som é este?
Seção 2 Parâmetros do som
Seção 3 Representação digital do som
Seção 4 Compressão de áudio
Seção 5 Editores de áudio
3
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de conversa
O som assume diversos papéis no audiovisual, transmitindo 
variadas sensações ao espectador. Torna-se um elemento 
fundamental na interação porque produz de forma subliminar 
sensações de prazer ou medo, angústia ou tranqüilidade. 
A qualidade do som nos leva a querer continuar ou parar uma 
apresentação, pode nos irritar ou nos instigar a continuar a 
utilização do produto. Quem não deixa ativo o som que avisa a 
chegada de um e-mail? 
Quando fazemos um projeto de multimídia, o som, dependendo 
de sua qualidade, pode torná-lo medíocre ou maravilhoso, 
provocar veracidade ou transmitir ao usuário a sensação de estar 
usando um produto de baixa qualidade. 
Dezenas de pesquisas apontam o forte apelo promovido por 
mecanismos sonoros junto ao ser humano. Se você fi zer 
um tutorial, por exemplo, que ensine o uso de 
um determinado software, pode-se afi rmar que a 
capacidade de retenção de conhecimento sem som 
será de 30%, mas ela aumenta para 50% se for 
inserido som no tutorial.
Nesta unidade você terá contato com conceitos, padrões e 
formatos relacionados ao universo dos sons. Bem-vindo!
SEÇÃO 1 – Que som é este?
Quando você acorda pela manhã, o que acorda você? O rádio-
relógio? O despertador? Ou seu vizinho barulhento? Você não 
acorda voluntariamente, mas é acordado por um fenômeno 
maravilhoso da natureza: a audição.
multimidia.indb 58multimidia.indb 58 19/4/2007 14:30:0419/4/2007 14:30:04
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Multimídia
Unidade 3
Segundo Paula (2000), a audição resulta da nossa 
capacidade de perceber as fl utuações periódicas de 
pressão em um meio. Este meio na maioria das vezes é 
o próprio ar. 
Simplifi cando: quando algo vibra no ar criam-se ondas 
de pressão; as ondas se espalham e, quando atingem 
o tímpano, provocando vibrações, o sinal recebido é 
convertido e passamos a percebê-lo como SOM. 
O som é portanto uma vibração de um meio material. 
Observe o que acontece quando você joga uma 
pedra em um lago. Formam-se as ondas, que se 
propagam. O mesmo ocorre no ar! Vamos fazer um 
teste? Experimente vibrar uma lâmina, uma régua 
de metal por exemplo. Ou mesmo vibre a corda de 
um violão. Você consegue perceber o som que ela 
produz? São as ondas se propagando a partir desta 
vibração até o seu tímpano!
O ouvido humano é sensibilizado somente quando a 
onda sonora chega com uma freqüência entre 20 Hz 
e 20.000 Hz.
Se a freqüência for superior a 20.000 Hz, as ondas são ultra-
sônicas. Se for menor do que 20 Hz, são infra-sônicas. O ser 
humano não possui a capacidade de ouvir estes dois tipos de 
ondas, mas ultra-sons podem ser ouvidos por alguns animais, 
como golfi nhos, morcegos e cães.
Você em algum momento parou para pensar na 
velocidade do som? Quanto tempo o som leva para 
chegar até você? 
Figura 4.1 – O som e as 
ondas
(www2.unime.it/weblab/
awardarchivio/ondulatoria/
images/395-3.jpg)
multimidia.indb 59multimidia.indb 59 19/4/2007 14:30:0419/4/2007 14:30:04
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais sobre o som
Se você estiver a uma temperatura de 0º C, a 
velocidade do som no ar será de 1.224 km/h; já na 
água do mar será de 5.220 km/h. Se formos medir a 
velocidade de propagação do som em um material 
sólido como o ferro, veremos que ela atinge 16.128 
km/h.
Poucos veículos conseguem ultrapassar a velocidade 
do som (mísseis, aviões etc.) . Quando isto acontece, 
provoca-se uma onda de choque que na verdade é 
um estrondo produzido no exato momento em que 
se passa pela barreira do som. Vem daí a famosa frase 
“quebrou a barreira do som”. O ruído que se escuta é 
capaz de quebrar vidros, comprometer estruturas de 
cimento ou mesmo danifi car o aparelho auditivo de 
espectadores.
Você já ouviu falar em campo sonoro?
O campo sonoro do ser humano permite uma 
amplitude auditiva que capta sons a 360 graus. Você já 
teve a sensação de estar dentro do fi lme quando está 
rodeado pelo som? Você lembra a sensação em fi lmes 
como Velozes e Furiosos, quando os carros roncam os 
motores? Bom, a teoria do campo sonoro foi o alicerce 
para a idéia do famoso sistema Dolby Surround e do 
sistema THX. Estes dois sistemas nos proporcionam a 
fantástica sensação de imersão durante uma sessão 
de cinema.
Dolby Surround se refere a 
quatro canais misturados e um 
canal para os graves. Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/
THX é a marca do sistema de 
reprodução de som de alta-
fi delidade da Lucasfi lm, a 
empresa de George Lucas. Tem 
várias aplicações, desde as 
salas de cinema e de projeção 
até os cinemas em casa (home 
cinemas) e sistemas de áudio 
dos automóveis. Fonte: http://
pt.wikipedia.org/wiki/
multimidia.indb 60multimidia.indb 60 19/4/2007 14:30:0519/4/2007 14:30:05
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Multimídia
Unidade 3
SEÇÃO 2 – Parâmetros do som
Existem parâmetros físicos determinantes que caracterizam a 
onda sonora. São eles: 
intensidade;
altura;
timbre.
Intensidade
Conforme Paula (2000), a intensidade é a qualidade que 
distingue sons fortes (de grande volume) de sons fracos (de 
pequeno volume). Observe que para produzir um som de 
intensidade duas vezes maior é necessário utilizar dez vezes mais 
potência acústica e a potência sonora é medida em decibéis (dB).
Tabela 4.1 - Sons em decibéis 
 Exemplo de som Nível (dB)
 Som audível 0
 Sala de estar 40
 Perigo de ruptura do tímpano (avião a jato a 1m) 140
Fonte: adaptação de Paula, 2000
Atenção!
Para reproduzir o som de uma música em seu 
computador com alta fi delidade (96 dB) você precisa 
de 16 bits.
Altura
É a qualidade que permite diferenciar os sons graves dos sons 
agudos. Está diretamente relacionada com a freqüência. Quanto 
mais agudo é o som, maior é a sua freqüência, e diz-se então que 
este é um som alto. Quanto mais grave é o som, menor é a sua 
freqüência, e diz-se então que o som é baixo.
Potência é a energia por 
unidade de tempo, medida 
em watts (PADUA, 2000).
multimidia.indb 61multimidia.indb 61 19/4/2007 14:30:0519/4/2007 14:30:05
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia:
Que mulheres e crianças percebem freqüências mais 
altas do que homens adultos?
A voz do homem emite sons entre 100 e 200 Hz, 
enquanto mulheres emitem sons entre 200 e 400 Hz.
Timbre
O timbre permite-nos diferenciar sons de mesma altura e 
intensidade, porém de fontes diferentes. Veja um exemplo: 
quando você toca a nota lá central do piano (emitida a 440 Hz) e 
a nota lá de um violino (440 Hz), você percebe que foram tocadas 
em instrumentos distintos. Isto é possível pelo timbre.
Você sabe qual é a diferença entre ruído e 
barulho? 
O ruído é um fenômeno audível cujas freqüências 
não podem ser discriminadas. As freqüências de um 
ruído diferem entre si por valores muito menores que 
as freqüências detectáveis pelo aparelho auditivo 
humano. Exemplos de ruído são o amassar de um 
papel, o que se escuta dentro de uma concha do mar, 
etc.
Considera-se barulho todo som indesejável, mas que 
permite um tratamento acústico. É comum ouvirmos o 
termo ruído industrial, em situações em que se têm 
muitas máquinas em um ambiente, como em uma 
fábrica de confecção de calças jeans. Mas este ruído 
apresenta um espectro que pode ser analisado, e o 
fato de ser possível sua análise permite o tratamento 
acústico adequado em cada caso. Isto não seria 
possível se ele realmente fosse um ruído. O que temos 
nesta situação é o barulho industrial.multimidia.indb 62multimidia.indb 62 19/4/2007 14:30:0519/4/2007 14:30:05
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Multimídia
Unidade 3
A captura do som
Para você poder utilizar o som em um sistema multimídia, é 
necessário capturar o som, armazená-lo e reproduzi-lo. Estas 
ações são realizadas, na maioria das vezes, por dispositivos 
eletrônicos. Mas, para tratar as vibrações sonoras por meio de 
um dispositivo eletrônico, é necessário transformá-las em sinais 
elétricos. É neste momento que entram em ação os transdutores.
Os transdutores são dispositivos capazes de 
transformar a energia de uma natureza em outra. 
O microfone é um exemplo de transdutor. Ele transforma o 
sinal acústico em sinal elétrico. O inverso também é possível, 
você pode com transdutores transformar o sinal elétrico em 
sinal acústico, por meio de alto-falantes.
SEÇÃO 3 - Representação digital do som
Você sabe o que é áudio?
Pode-se dizer que o áudio é a reprodução eletrônica 
do som. 
Quando você pensar em representação digital do som, pense que 
o que realmente está acontecendo é uma conversão de vibrações 
reais (formato analógico) para números ou pacotes de dados que 
matematicamente representam estas vibrações (formato digital). 
O seu computador possui uma interface de som, pois leitores de 
CD ou DVD são exemplos de sistemas digitais. Já amplifi cadores 
e gravadores de fi tas cassete são exemplos de dispositivos 
analógicos. Observe como o sinal analógico e o sinal digital são 
representados:
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Sinal Analógico
Sinal Digital
 
001, 010, 011, 100, 100, 100, 011, ...
Figura 4.2 - Representação do sinal analógico e do sinal digital
Ao fazer um registro digital, observa-se uma pureza, em outras 
palavras, a clareza do som. Mesmo que você faça uma reprodução 
de um sinal digital, ele terá a mesma qualidade que o original. 
Ou seja, a reprodução ocorre quase livre de impurezas ou ruídos. 
Mas e a placa de som?
A placa de som de seu computador é responsável por converter 
um sinal digital em sinal analógico, e o sinal analógico em 
digital.
Figura 4.3 - Sistema de conversão da placa de som
Na fi gura seguinte você pode perceber que o sinal elétrico 
analógico proveniente do microfone é convertido em uma 
seqüência de números. A conversão digital/analógico realiza 
a conversão numérica em sinais elétricos para que estes sejam 
amplifi cados e enviados pelos alto-falantes.
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Multimídia
Unidade 3
�
�
Figura 4.4 - Conversão de sinal analógico/digital
(POHLMAN, 1995)
Segundo Paula (2000), no processo de digitalização identifi cam-
se quatro fases:
Filtragem – com um fi ltro analógico de entrada, faz uma 
limitação da faixa de freqüências existentes no sinal;
Amostragem – com um amostrador, faz a conversão do 
sinal analógico contínuo em uma seqüência de pulsos;
Quantização – faz a conversão dos pulsos para números 
binários, sendo as amostras de som convertidas em 
números. O termo amostra refere-se a um pequeno 
número inteiro (usualmente 8 ou 16 bits);
Gravação do arquivo de áudio – é formada pela 
seqüencialização das amostras de som. 
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais um pouco sobre amostras ou samples
Você pode representar o som digital como pedaços 
de som (amostras), em que a cada fração de segundo 
um pedaço do som é armazenado no formato digital. 
Assim, a informação é representada na forma de bits e 
bytes. 
A quantidade de valores numéricos que essa 
informação pode assumir é chamada de razão de 
amostragem (bits per sample). A razão de amostragem 
costuma ser de 8 bits, 16 bits ou 32 bits. Quando você 
faz uma razão de amostragem de 8 bits, signifi ca 
que é possível representar até 256 valores de tensão 
elétrica (sinal analógico) diferentes. Quando você 
usa 16 bits, é possível representar até cerca de 65 mil 
valores diferentes. Quanto maiores forem a taxa e 
a razão de amostragem, mais alta será a qualidade 
do sinal digitalizado com relação ao sinal analógico 
original. 
Fonte: Indymedia, 2007
No processo de digitalização, utilizam-se diferentes esquemas 
para a codifi cação das informações de áudio. Isto ocorre por 
diferenças em atributos, como o número de amostras por 
segundo, a resolução e mesmo o número de canais utilizados na 
digitalização.
Observe no quadro seguinte os padrões de amostra apontados 
como adequados para diferentes tipos de tecnologia:
multimidia.indb 66multimidia.indb 66 19/4/2007 14:30:2119/4/2007 14:30:21
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Multimídia
Unidade 3
Amostras/segundo Descrição
 5500 Um quarto dos padrões amostrados Macintosh.
7333 Um terço dos padrões amostrados Macintosh.
8000
Exatamente 8.000 amostras por segundo é um padrão de telefonia que se 
une com a codifi cação m-law. Alguns sistemas usam padrões diferentes; 
em particular estações NeXT usam 8012.8210513, que aparentemente é o 
padrão usado pelo Telco CODECs.
11000/11025 Um quarto dos padrões de amostras de CDs, ou metade dos padrões amostrados Macintosh.
16000 Usado, por exemplo, pelo padrão de compressão G.722.
18900 Padrão CD-ROM/XA.
22000/22050 Metade dos padrões amostrados em CD, ou o padrão Mac.
32000 Usado em rádio digital e outros trabalhos de TV, no mínimo UK.
37800 Padrões para CD-ROM/XA para mais alta qualidade.
44056 Este padrão não usual é usado pelos equipamentos profi ssionais de áudio para integrar um número substancial de amostras em um quadro de vídeo.
44100 Padrões amostrados de CD.
48000 Padrões amostrados DAT para uso doméstico.
Quadro 4.1 - Padrões de amostragem 
Fonte: Barros, 2005
Atenção!
Se você está pensando em transportar dados de som 
e voz, faça uso dos padrões amostrados 8000 e 22050.
Mas se o transporte exige fi delidade, como é o caso de 
músicas, o padrão 44100 é o mais recomendado.
A amostragem e quantização do sinal de áudio é chamada de 
codifi cação PCM – Modulação por Código de Pulsos.
Apesar das indiscutíveis vantagens do uso da digitalização do 
som, tem-se ainda alguns problemas não resolvidos: 
a faixa de freqüência digital é limitada a uma freqüência 
de no máximo de 20KHz;
M-law: as regras 
de codifi cação são 
referenciadas como A-law 
(utilizado na Europa) 
e m-law (utilizado na 
América). Na codifi cação 
m-law o áudio de entrada 
é dividido em segmentos, 
boa parte dos segmentos 
contém 16 intervalos e o 
tamanho dos intervalos 
dobra de segmento a 
segmento (TAROUCO, 
2003).
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Universidade do Sul de Santa Catarina
os registros digitais trazem formas de onda lineares 
suaves que são divididas em amostras (quantização) que 
nunca serão inteiramente exatas. Isto provoca erros, pois 
os dados são divididos em porções (de acordo com o 
tamanho da amostra).
Mesmo com esta taxa de erros, percebe-se que os mesmos não 
são identifi cados pelos usuários. Um forte exemplo se refere aos 
CDs de música utilizados pelos usuários.
Formatos de arquivos de áudio
Segundo Barros (2006), existem dois tipos de formatos de 
arquivo de áudio:
os formatos auto-descritivos - os parâmetros de dados 
de áudio e codifi cação são feitos explicitamente em 
alguma forma de cabeçalho;
os formatos "novos" - os parâmetros de dados de áudio e 
codifi cação são fi xos.
Os padrões mais populares são:
RIFF
Waveform Format
Usado para o sistema de som Windows. A extensão do arquivo é 
WAV, e o áudio deve ser de 8 bits ou 16.
Formato de voz Creative Formato de som da Sound Blaster. A extensão do arquivo é VOC. 
Formato de Som Sun/Next Formato padrão de arquivos de som para estações Sun e NeXT. A extensão do arquivo é AU. Estes arquivos podem conter 8 ou 16 bits.
Formato AIFF É o equivalente WAV desenvolvido pela Apple. Também é usado pela Silicon Graphics. 
Formato
Sounde DesignerII
Utilizado somente em computadores Macintosh e numa grande 
parte de ambientes Protools. É uma solução de edição e gravação de 
áudio de nível profi ssional. Este formato armazena seus dados de 
áudio no conjunto de dados e a informação de formato, como taxa 
de amostragem, resolução de bits e a opção mono/stereo, em outro 
conjunto. 
O Protools foi um dos 
softwares precursores para 
gravação de áudio multipistas. 
É utilizado na produção 
musical e de áudio para 
cinema, DVD e fi lmes.
multimidia.indb 68multimidia.indb 68 19/4/2007 14:30:2219/4/2007 14:30:22
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Multimídia
Unidade 3
SEÇÃO 4 – Compressão de áudio
Quando se inicia um trabalho de armazenamento de áudio, um 
fator importante a se considerar é o espaço de armazenamento 
necessário. Se você armazenar um segundo de voz vai precisar de 
aproximadamente 8.000 bytes em seu hard disk (HD); para um 
segundo de música estereofônica de qualidade, aproximadamente 
176.400 bytes.
Observe que as informações de áudio tem portanto um alto 
custo de armazenagem, que pode ser minimizado pelo uso de 
compressores de áudio.
Segundo Barros (2005), compressão é o processo de 
representar dados mais efi cientemente, reduzindo seu 
tamanho. Para dados de áudio, a forma mais básica de 
compressar/reduzir envolve a redução do número de 
bits e padrões de amostras de áudio.
Compressão Adaptive Delta Pulse Code Modulation (ADPCM)
O algoritmo DPCM (modulação diferencial por códigos de 
pulsos) faz uma previsão do valor da próxima amostra de áudio 
a partir do valor das amostras anteriores, e fi nalmente codifi ca 
apenas a diferença entre o valor previsto e o real. No algoritmo 
ADPCM utiliza-se da modulação diferencial adaptativa por 
código de pulsos. Neste caso o sinal é analisado durante a 
codifi cação para adaptar o método de previsão a natureza do 
material (PAULA, 2000).
Linear Predictive Coding (LPC)
Ramos (2006) descreve a codifi cação preditiva linear como 
sendo usada para compressar áudio abaixo de 16 kbit/s. Neste 
método o codifi cador ajusta a velocidade para uma amostra, 
modelo analítico da região vocal. Apenas os parâmetros descritos 
no modelo sintético são transmitidos ao decodifi cador. Um 
decodifi cador LPC usa estes parâmetros para gerar velocidades 
similares à original. 
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Code Excited Linear Predictor (CELP)
O Code Excited Linear Predictor é similar ao LPC. O codifi cador 
CELP faz o mesmo modelamento LPC, mas computa os erros 
entre a velocidade original e o modelo sintético e transmite 
tanto os modelos de parâmetros quanto uma representação 
compressada dos erros. O resultado do CELP é uma qualidade 
muito mais alta de velocidade em padrões de dados baixos.
MPEG Áudio Layer-3 (MP3)
Em 1987, o Institut Integrierte Schaltungen (IIS), na Alemanha, 
juntamente com a Universidade de Erlangen, começou a 
trabalhar numa codifi cação perceptual de áudio para Digital 
Audio Broadcasting (Transmissão Digital de Áudio).
O trabalho resultou no algoritmo de compressão de áudio 
chamado MPEG Audio Layer-3, MP3. Hoje, 
o MP3 é popularmente conhecido como um 
formato eletrônico que permite ouvir músicas em 
computadores.
O sucesso do MP3 foi galgado a partir dos arquivos 
de som de formato WAV. O formato WAV ocupa 
para um minuto de música 10 MB, para uma 
gravação de som de 16 bits stereo. Estes valores são 
limitadores se o objetivo for o uso de músicas na 
internet, por exemplo. No formato MP3, um minuto de música 
corresponde a cerca de 1 MB em MP3. O MP3 é um formato de 
áudio comprimido.
O MP3 utiliza as freqüências sonoras que são captadas pelo 
ouvido humano. Uma vez que um padrão de freqüência tenha 
sido defi nido para a audição humana, as demais freqüências (que 
não são captadas pelo homem) são descartadas. Isto signifi ca que 
as músicas originais são diferentes das canções convertidas para o 
formato MP3.
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Multimídia
Unidade 3
A sua defi nição é baseada em um modelo psico-acústico. Ou seja, 
o ouvido humano não é capaz de ouvir todas as freqüências, uma 
vez que há um limite entre 20 Hz e 20 kHz e ele é mais sensitivo 
entre 2 kHz e 4 kHz. O algoritmo de compressão elimina parte 
destas freqüências que o ouvido humano não escuta, e, além 
disto, também retirada algumas freqüências que não interferem 
na qualidade sonora.
OGG Vorbis
O formato MP3 é efi ciente mas não é um código livre. O 
OGG é um formato de áudio comprimido totalmente aberto. O 
compactador é apresentado em versões para diferentes sistemas 
operacionais como o Windows e o Linux. É na verdade de 
propósito geral para média e alta qualidade (8 kHz - 48.0 kHz, 
16+ bit, polifônico), com áudio e música em taxas de bit fi xas e 
variáveis de 16 a 128 kbps por canal. 
Os formatos MP3 e OGG fazem uso de metadados.
Metadados ou etiquetas são informações sobre 
o áudio, como nome da música, nome do artista, 
data da gravação, entre outras. Os metadados são 
guardados dentro do arquivo de áudio e não em seu 
nome de arquivo. Quando você transmite áudio pela 
internet, o envio do nome da música para o ouvinte é 
possibilitado pelos metadados.
Você está curioso sobre o formato OGG?
Você pode testar o formato com alguns programas 
que reproduzem o formato Ogg:
xmms - no site http://www.xmms.org/
ogg123 - no site http://www.xiph.org/ogg/vorbis/
winamp - no site http://www.winamp.com/
Se você quiser instalar o decodifi cador do Vorbis, 
então acesse o site http://www.winamp.com/plugins/
detail.jhtml?componentId=60647, e faça o download 
do arquivo “Nullsoft_Vorbis_Decoder.exe”.
multimidia.indb 71multimidia.indb 71 19/4/2007 14:30:2319/4/2007 14:30:23
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Perceba, na tabela seguinte, o poder de compressão do formato 
MP3 para uma amostra gravada em mono e uma amostra 
gravada em stereo. O teste foi realizado com um trecho de 
aproximadamente 30 segundos, de uma canção de Robert Wyatt, 
no qual se utiliza os formatos WAV e MP3, mono e stereo 
(RAMOS, 2006):
Arquivo amostra 1 (5.1 Mb) amostra 2 (336 Kb) amostra 1 (488 Kb) amostra 2 (76 Kb)
Extensão .wav .wav .mp3 .mp3
Tamanho (kb) 5.380,244Kb 336,306Kb 488,923Kb 76,791Kb
Amostras/seg 44.100Hz 11.025Hz 44.100Hz 11.025Hz
N-bit format 16 bit 8 bit 16 bit 8 bit
Canais Stereo Mono Stereo Mono
Bit rate 128 kbps 64 kpbs 128 kbps 64 kpbs
Observe que a qualidade da gravação depende do software, do 
hardware e da confi guração escolhida. O padrão MP3 possui 
uma taxa padrão de gravação de 128 kbps e cada minuto de 
música corresponde a 1 MB em disco. Quando você aumenta a 
taxa de gravação, aumenta a qualidade do som mas também o 
espaço necessário para armazenagem.
Você pode acessar alguns programas interessantes para gravar, 
ouvir ou mesmo fazer um álbum no seu computador usando 
MP3:
Winamp
Possui versões gratuitas e pode ser baixado em www.winamp.com. Após a instalação 
você deve clicar no menu principal, depois em Open Location e em seguida deve digitar 
o endereço da transmissão. Se for apresentada uma playlist, clique sobre o link que você 
deseja. O Winamp, neste momento, inicia o processo para baixar a transmissão a partir 
do endereço informado no arquivo.
XMMS Versão aproximada do Winamp para o sistema operacional Linux. Pode ser baixado no site www.xmms.org.
FreeRIP Permite a conversão de um CD de músicas normais para MP3. O programa pode ser baixado em www.mgshareware.com.
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Multimídia
Unidade 3
SEÇÃO 5 – Editores de áudio
Os editores de áudio permitem que você copie, corte, recorte, cole 
e converta arquivos de áudio. Veja, na seqüência, três exemplos de 
editores disponíveis no mercado.
Sound Forge 
(32-bit)
O Sound Forge é considerado um editor profi ssional de áudio, para a plataforma Windows. 
Permite equalizaçãográfi ca, compressão, conversão de canais e sampling, execução de 
efeitos, entre outros inúmeros recursos. Permite utilizar os formatos: .avi, .asf, .smp, .sv, .iff , .v8, 
.voc, .vox, .pat, .ivc, .aif, .snd, .sds, .au, .sfr, .dig, .sd e .wav.
Cool Edit Pro Desenvolvido pela Sytreilium Software Corporation para plataforma Windows, o Cool Edit Pro é um gravador, editor e mixer digital. 
Audacity
Audacity é um editor de áudio de código livre gratuito. O editor é o que se chama de plataforma 
cruzada, pois pode ser usado nos sistemas Windows, Linux/Unix e MacOs. Permite que você 
grave, reproduza, importe e exporte sons em formato WAVE, AIFF, MP3 e OGG. Permite também 
a edição de sons e a aplicação de efeitos especiais. Você pode fazer o download do Audacity 
no endereço http://audacity.sourceforge.net/.
O Audacity é uma ferramenta muito simples para edição de 
áudio. Veja alguns pontos básicos para se iniciar um projeto.
O primeiro passo é criar um Novo Projeto. Antes de qualquer 
próximo passo, salve o projeto em uma pasta escolhida por você, 
para evitar que ele seja salvo em uma pasta temporária defi nida 
em Preferências.
Antes de iniciar é importante verifi car e confi gurar as 
Preferências. Para acessar, abra a opção File Preferences ou 
utilize a tecla de atalho CTRL+P. Observe na fi gura 4.5 a janela 
principal da ferramenta Audacity.
Figura 4.5 – Ferramenta Audacity
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Observe os seguintes itens:
Na aba Audio I/O Settings, verifi que se os dispositivos de 
entrada e saída estão corretamente selecionados;
Na aba Sample Rates, ajuste a taxa de amostragem; o 
padrão usual é 44.1 kHz;
A aba File Formats apresenta questões relacionadas ao 
formato dos arquivos. No primeiro agrupamento as 
opções são relacionadas à importação de um áudio não 
comprimido, e você pode fazer isto copiando o arquivo 
para uma pasta de dados do projeto. Se você optar 
pela segunda opção apresentada, irá utilizar o áudio 
importado original. Neste caso, a ferramenta lerá o que 
foi importado e gravará os arquivos para a apresentação 
gráfi ca na pasta de dados, e também gravará toda edição 
e todas as operações de alteração de qualquer parte do 
áudio. Nesta opção, o que não foi alterado no áudio será 
reproduzido a partir do arquivo original.
Na fi gura seguinte é possível observar a aba File Formats, onde 
você irá confi gurar questões relacionadas aos formatos dos 
arquivos.
Figura 4.6 – File Formats da ferramenta Audacity
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Multimídia
Unidade 3
Observe, ainda, se o formato para exportação não 
comprimido está corretamente selecionado.
Qual é o procedimento para gravar e importar o 
áudio, utilizando o Audacity?
Para gravar simplesmente você clica no botão vermelho 
Para interromper a gravação você clica no botão amarelo .
Você pode solicitar a importação arrastando o arquivo para a 
janela da ferramenta Audacity ou selecionando a opção Project e 
posteriormente, a opção Import.
Se você deseja conhecer mais sobre esta ferramenta 
leia o Saiba Mais, pois nele há endereços que 
oferecem manuais sobre o Audacity.
Você sabe o que é um CD Ripper?
Um CD Ripper captura a informação de CDs de 
áudio e as converte em arquivos de computador, 
normalmente no formato WAVE (CAOSMOS, 2007).
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabe como inserir som em uma página? 
É bastante simples. Para inserir o arquivo de som 
como objeto, coloque em seu código a linha abaixo:
<EMBED SRC=”audio.som”>
Você pode vincular o arquivo de som a um link que, 
ao ser clicado, inicia o processo de download. Após 
fi nalizado, o som roda a partir de um plug-in do 
navegador de áudio. 
Mas se você pretende que sua página apresente um 
som de fundo, então insira no código a seguinte linha:
<BGSOUND SRC=”audio.som”>
O BGSOUND funcionará para o Internet Explorer 
(Microsoft). Para que funcione no Netscape Navigator, 
adicione o EMBED:
<EMBED SRC=”áudio.mp3” autostart=thrue 
hidden=thrue> </EMBED> <NOEMBED> 
<BGSOUND SRC=”audio.som”> </NOEMBED>
Síntese
Nesta unidade você leu e conheceu os princípios sobre o som, 
e percebeu que um fator fundamental em sua utilização é a 
veracidade da informação que transmite e que esta veracidade 
está diretamente ligada à perfeição na sua reprodução e na 
capacidade de armazenamento. 
Observou que existem diferenças entre um áudio digital e um 
áudio analógico. A tecnologia desenvolvida nos últimos anos fez 
com que a transmissão e a recepção de mensagens e as perdas 
de sinal do áudio digital se tornassem praticamente nulas. Mas, 
apesar de toda a tecnologia, ocorre a perda de informações ao se 
digitalizar o sinal analógico.
Foi possível observar que fatores relacionados a compressão 
e o tipo de áudio que se deseja transmitir são intimamente 
relacionados, e a inserção do som deve, portanto, considerar 
perdas inerentes aos processos de conversão.
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Multimídia
Unidade 3
Nesta unidade você também conheceu diferentes ferramentas 
com diferentes objetivos, como gravação, conversão ou 
simplesmente reprodução de áudios digitais.
Na próxima unidade você vai estudar um pouco sobre o conceito 
Musical Instrument Digital Interface (MIDI) - Interface Digital 
para Instrumentos Musicais -, que permite recursos de exibição 
de sons de instrumentos musicais.
Atividades de auto-avaliação
Ao fi nal de cada unidade, você realizará atividades de auto-
avaliação. O gabarito está disponível no fi nal do livro didático. 
Mas esforce-se para resolver as atividades sem a ajuda do 
gabarito, pois assim você estará promovendo (estimulando) a sua 
aprendizagem.
1) Qual a diferença entre o sinal digital e o sinal analógico?
2) Assinale Verdadeiro ou Falso:
a) ( ) A velocidade do som em materiais sólidos é maior do que no ar.
b) ( ) O ouvido humano é sensibilizado por ondas sonoras com 
 freqüências entre 20 Hz e 20.000 Hz.
c) ( ) Freqüências superiores a 20.000 Hz são conhecidas como infra-
 sônicas. 
d) ( ) Ondas infra-sônicas são emitidas quando ocorrem abalos sísmicos.
e) ( ) Metadados referem-se ao número de freqüências existentes em 
 uma gravação.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
3) Identifi que as fases existentes no processo de digitalização.
4) O que signifi ca sample rate no processo de transmissão de áudio?
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade 
consultando as seguintes referências:
http://www.musicaudio.net/gratis/audacity/tutorials.
html (site que apresenta um tutorial bastante interessante 
sobre a utilização do Audacity para edições. O tutorial 
apresenta um passo-a-passo para realizar edição, 
alteração de áudio, inclusão de efeitos e mixagem).
Cool_Edit.pdf (Na midiateca você irá encontrar um 
tutorial passo-a-passo das opções existentes para a 
ferramenta Cool Edit Pro sob este link).
http://www.midiaindependente.org (Centro de Mídia 
Independente Brasil - site interessante sobre áudio).
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UNIDADE 4
MIDI
Objetivos de aprendizagem
 Identifi car características do protocolo MIDI e os critérios 
necessários para sua utilização.
 Reconhecer ferramentas de edição MIDI.
Seções de estudo
Seção 1 O que é MIDI?
Seção 2 Mensagens MIDI
Seção 3 Falando sobre ferramentas
4
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Para início de conversa
O som de uma orquestra sinfônica é esplêndido e eleva nosso 
espírito e pensamento, relaxa e engrandeceo ser humano. Mas há 
vinte anos, escutar uma orquestra sinfônica dependia da reunião 
de diferentes músicos, tocando diferentes instrumentos em um 
mesmo ambiente. A partir da década de 80 isto mudou, porque 
foi possível o controle remoto de instrumentos e sua integração 
a partir de apenas um músico, que em muitos casos não conhece 
absolutamente nada sobre teoria musical.
Como isto foi possível? Desprezando as mudanças tecnológicas, 
você estudará apenas um tópico desta evolução: o protocolo 
MIDI - as características, utilização, ferramentas e hardware que 
permitem seu uso. Bem-vindo à unidade MIDI.
SEÇÃO 1 – O que é MIDI?
Para iniciarmos a conversa é importante entender o que 
exatamente é MIDI.
MIDI é a sigla para Musical Instrument Digital 
Interface. É um padrão de comunicação para 
instrumentos musicais eletrônicos (teclados, guitarras, 
sintetizadores, computadores etc.). 
Dados MIDI não são sons, mas uma representação de 
música armazenada de forma numérica (VAUGHAN, 
1994).
Trocando em miúdos: você pode dizer que MIDI é um protocolo 
de comunicação utilizado para enviar e receber informações 
musicais, como a nota a ser tocada, a força com que deve ser 
tocada, sua duração e o timbre.
Você já participou de uma festa em 
que havia somente um músico, mas 
incrivelmente o som do teclado parecia o de 
uma banda com diversos instrumentos? Isto 
é possível pelo uso do protocolo MIDI.
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Multimídia
Unidade 4
Atenção!
É importante lembrar que um arquivo MIDI é 
altamente dependente do dispositivo.
Mas você pode se perguntar: de onde surgiu a necessidade para 
este tipo de arquivo?
Compositores e músicos tinham a necessidade de tocar um 
instrumento e este instrumento apresentar a possibilidade de 
controlar remotamente um ou vários instrumentos musicais. 
A partir desta necessidade, iniciaram-se as pesquisas que em 
1983 culminaram na determinação dos padrões para Musical 
Instrument Digital Interface.
Então, se você tocar uma nota em um teclado, a porta de 
comunicação MIDI vai enviar a informação (tais como nota, 
duração, instrumento etc.) para um sintetizador, ou computador 
que deve estar conectado a ela.
Atenção!
A extensão dos arquivos MIDI é MID. O arquivo MID 
é organizado em trilhas, e as trilhas representam 
as vozes. Cada uma das vozes representa um 
instrumento monofônico. As trilhas são organizadas 
em seqüências de eventos, e os eventos são 
mensagens MIDI carimbadas com os instantes de 
tempo associados a sua interpretação ou emissão 
(PAULA, 2000).
Um sintetizador é um 
equipamento que permite 
a criação de sons a partir 
de cálculos matemáticos.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Neste momento, você pode estar se perguntando quais são os 
componentes necessários para compor um estúdio MIDI. O 
texto publicado por Sergio Izecksohn esclarecerá esta dúvida:
Eles não sabem o que é MIDI
Sérgio Izecksohn
“Os componentes fundamentais do estúdio MIDI são 
três: o controlador, o seqüenciador e o gerador de som. O 
controlador é o teclado ou a guitarra MIDI que o músico 
efetivamente toca. Podemos adicionar as notas até 
com o mouse e o teclado do computador, mas também 
temos violinos MIDI da Zeta, saxofones MIDI da Yamaha e 
captadores/conversores MIDI da Roland para a sua guitarra. 
Cada músico usa os controladores mais adequados à sua 
técnica instrumental. 
O seqüenciador é o “gravador” das informações MIDI. 
Ele registra o que é tocado, edita e executa o material no 
gerador de som. Podemos usar os seqüenciadores físicos, 
as groove boxes e as baterias eletrônicas. Os programas de 
computador são mais confortáveis e completos e menos 
portáteis. O Cakewalk Sonar, o Steinberg Cubase, o Logic e 
o Digital Performer são os mais usados. 
O gerador de som é o sintetizador ou o sampler. É o 
próprio som do sistema MIDI. Além de todos os modelos já 
citados, em forma de teclados ou racks, contamos hoje em 
dia com excelentes programas sintetizadores e samplers 
virtuais. Com uma placa de som de qualidade, dispomos do 
GigaSampler ou do GigaStudio da Tascam/Nemesys e de 
inúmeros sintetizadores que, efetivamente, transformam 
nossos computadores em estúdios completos. 
O estúdio MIDI pode, ainda, ser todo concentrado num 
teclado do tipo workstation. Essas estações de trabalho 
agregam teclado, seqüenciador e sintetizador/sampler/
bateria numa única peça de hardware”.
Fonte: http://www.homestudio.com.br/Artigos/Art056.htm - Acesso em: fev. 
2007
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Multimídia
Unidade 4
Seqüenciador
O seqüenciador registra ao longo do tempo os comandos MIDI 
executados pelo músico num instrumento controlador. 
Ele não grava os sons, apenas comandos 
musicais. O seqüenciador registra os 
movimentos do músico no instrumento, 
como notas, dinâmica, pedais e outros 
controles. Os comandos são armazenados 
em pistas MIDI. Cada pista costuma ser 
associada a um canal MIDI. Tocando a 
pista, o seqüenciador executa a música no 
sintetizador que estiver recebendo aquele 
canal (IZECKSOHN, 2007).
Veja um exemplo:
Talvez você queira fazer uma combinação de teclado 
tocando em quatro timbres diferentes. O músico não 
poderia fazer isto por uma limitação física (pois só 
tem duas mãos). Com o controle remoto isto se torna 
possível.
Se você tocar uma música em um teclado com uma saída 
MIDI conectado a um computador ou a um seqüenciador, será 
possível armazenar toda a informação musical e posteriormente 
reproduzi-la, editá-la e colocar efeitos como uma segunda voz.
Neste ponto você pode se perguntar: devo usar áudio 
digital ou MIDI no meu projeto?
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Para tomar esta decisão é fundamental considerar as vantagens 
e desvantagens de cada uma das soluções. Veja o quadro 
comparativo proposto por Vaughan (1994):
Meio Vantagens Desvantagens
MIDI
Os arquivos são menores.
O arquivo é independente da 
qualidade da reprodução.
O uso do processador é 
reduzido.
Permite a edição da composição 
inclusive notas individuais.
Os softwares poderão rotear os 
canais MIDI por diversos canais 
ou por softwares diferentes.
Tem reprodução inferior.
Requer conhecimento de teoria 
musical.
Não há a possibilidade de se gravar 
vozes ou efeitos sonoros.
Áudio 
digital
Tem bons aplicativos disponíveis 
para diferentes arquiteturas 
e conseqüentemente bom 
suporte.
Não exige conhecimento de 
teoria musical.
Não permite a edição da 
composição em detalhes como no 
MIDI.
Tem arquivos grandes.
O uso do processador é acentuado.
Conexões de hardware MIDI
Os conectores MIDI que são visíveis do instrumento são do 
padrão 5-pin DIN fêmea. Os pinos para entrada de sinais são 
separados dos pinos de saída. Os pinos de entrada recebem sinais 
de outro instrumento que está enviando sinais MIDI, e os pinos 
de saída enviam para outro dispositivo sinais MIDI criados pelo 
instrumento.
MIDI In MIDI Out
Figura 5.1 - Tipos de pino MIDI
(WHATMIDI, 2007)
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Multimídia
Unidade 4
Você vai conectar o MIDI Out de um instrumento ao MIDI 
In de outro. Veja, no exemplo seguinte, como ocorre a conexão 
entre um pino MIDI no PC e a interface MIDI do teclado. 
Figura 5.2 - Conexão MIDI
(WHATMIDI, 2007)
Você ainda pode ter uma saída MIDI Th ru, um repetidor de 
entrada que repassa os dados recebidos por um equipamento 
através da entrada MIDI In. Na saída MIDI Th ru você só 
retransmite dados que entram no pino MIDI In.
Atenção!
A rede MIDI usa cabos e conectores padronizados. 
Cada conector de interface MIDI suporta uma rede 
e cada rede suporta 16 canais (timbres diferentes 
simultâneos). Isto signifi ca que você vai pode usar 16 
instrumentos diferentes.Mas isto signifi ca que você pode usar somente 16 instrumentos? 
Não! Você pode usar um sistema de portas MIDI dentro do 
software. Veja: o software vai comportar mais de uma porta, assim 
você vai ter mais do que os 16 canais.
Todo instrumento MIDI possui microcontroladores, que 
possibilitam a interpretação dos códigos MIDI e permitem a 
execução de algoritmos de síntese. Os instrumentos podem 
ou devem permitir sua conexão em série, o que dá sentido ao 
formato de rede.
E quais são os componentes de uma rede MIDI?
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Universidade do Sul de Santa Catarina
O componente mais conhecido de uma rede MIDI deve ser 
o teclado sintetizador. O teclado sintetizador de um bom 
instrumento tem a acústica e o tato de um piano. O teclado 
mudo (usado como controlador de rede) é usado apenas para 
gerar uma mensagem MIDI. 
Os módulos sintetizadores produzem respostas às mensagens 
MIDI produzidas pelos controladores. Os módulos 
seqüenciadores que armazenam as mensagens as reproduzem. 
Os instrumentos acústicos podem ser controladores MIDI, 
mas para isto devem possuir transdutores para a geração de 
mensagens. Hoje existem violinos, instrumentos de sopro e 
pianos que possuem transdutores. As baterias eletrônicas fazem a 
função de sintetizadores na rede.
SEÇÃO 2 – Mensagens MIDI
O MIDI pode ser visto como uma série de comandos de 
parâmetros.
Uma mensagem MIDI é formada normalmente por 2 
ou 3 bytes: 1 byte de status que codifi ca os comandos 
seguido de 0 a 2 bytes de dados.
As mensagens são responsáveis por eventos 
relacionados a notas musicais, operação de controles 
dos instrumentos e da rede. O transmissor origina 
mensagens e o receptor realiza a ação desejada, que 
pode ser sintetizar, processar, ligar etc. O protocolo 
MIDI é a representação digital de eventos musicais.
multimidia.indb 86multimidia.indb 86 19/4/2007 14:30:4419/4/2007 14:30:44
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Multimídia
Unidade 4
As mensagens de rede preocupam-se com questões relacionadas 
a sincronização, enquanto as mensagens de instrumento irão 
enviar mensagens para instrumentos individuais.
Paula (2002) descreve as seguintes mensagens de instrumento:
Mensagens de nota – comandam o início e o fi m da 
síntese de notas musicais por parte dos instrumentos;
Mensagens de programa – comandam as mudanças de 
programa dos instrumentos;
Mensagens de controle – reproduzem funções 
de controle normalmente disponíveis no painel de 
instrumentos, como volume, sustentação e divisão do 
som entre canais estereofônicos;
Mensagens exclusivas – são reservas para funções 
dependentes de modelos, como parâmetros dos métodos 
de síntese e tabelas de forma de onda.
Nas mensagens MIDI, o conteúdo irá variar de acordo com o 
tipo de mensagem. Na mensagem de nota o conteúdo apresenta 
os seguintes parâmetros: 
tipo da mensagem (código de operação); 
número do canal que indicará o grupo de instrumentos 
que receberá a mensagem;
código da nota que representa sua posição na escala 
musical;
velocidade que representa a intensidade sonora.
Modos MIDI
A mensagem MIDI pode ser transmitida em diferentes canais e 
de dois modos básicos:
polifônico ou
monofônico. 
No modo polifônico, é possível reproduzir notas sobrepostas. 
No modo monofônico, quando se emite una nota, se apaga a que 
estava reproduzindo, não sendo possível sobrepor notas. 
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Os instrumentos de sopro, nos quais somente uma nota pode 
ser emitida por vez, são exemplos típicos de modo monofônico. 
Logo, um sintetizador polifônico é capaz de tocar mais de uma 
nota ao mesmo tempo, enquanto o monofônico toca apenas uma 
nota por vez.
Pense rápido e diga qual dos instrumentos abaixo é 
polifônico e qual é monofônico?
Os modos são dependentes do receptor das mensagens, mas 
podem ser resumidos em:
Modo Nome Descrição
1 Omni on / poly
Funcionamento polifônico sem informação de canal. As mensagens 
de voz são recebidas em todos os canais. O receptor toca qualquer canal MIDI, 
polifonicamente. É comumente usado para testar a conexão.
2 Omni on / mono Funcionamento monofônico sem informação de canal. As mensagens de voz são recebidas em qualquer canal. Não é mais utilizado.
3 Omni off / poly
Funcionamento polifônico com múltiplos canais. Este é o modo utilizado 
para que um mesmo teclado seja usado em conjunto com um seqüenciador ou 
computador. Cada parte responde a um único canal MIDI, polifonicamente. Ex.:
* sintetizador 1 = piano;
* sintetizador 2 = guitarra;
* sintetizador 3 = bateria, etc.
4 Omni off / mono
Funcionamento monofônico com múltiplos canais. É usado em 
instrumentos como guitarras MIDI. Nessas guitarras, cada corda usa um canal 
MIDI distinto, e o aparelho receptor - que está no modo 4 - irá produzir o som. 
Modos de funcionamento MIDI 
Adaptação de Pinto (2007)
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Multimídia
Unidade 4
Observe que os dois primeiros modos são Omni on. Nestes, a 
informação do canal está desativada. São normalmente usados 
quando há um instrumento apenas.
Saiba mais sobre o termo General MIDI
Quando se iniciou o desenvolvimento MIDI, cada 
fabricante de instrumentos concebeu seu sistema de 
troca de informações, ou seja, o número do programa 
que controla o timbre do instrumento. Este fator, 
com o passar dos anos, tornou-se um crítico para os 
músicos, que muitas vezes possuíam equipamentos 
de diferentes fabricantes, mas que no entanto 
não tinham um mecanismo fácil de produzir esta 
interação, pois os padrões (número do programa) de 
cada um deles era diferente. 
Esta difi culdade deu força à corrente que pleiteava 
um padrão internacional para o MIDI. O padrão 
foi batizado de General MIDI (GM) e possibilitou a 
integração de diferentes equipamentos de diferentes 
fabricantes que, a partir de então, fazem uso de 
comandos e programações padronizadas. 
Segundo Schoroeter (2007), há várias características 
que um instrumento MIDI deve possuir para
qualifi car-se como um aparelho compatível GM. Por 
exemplo: um instrumento General MIDI deve fornecer 
polifonia de pelo menos 24 notas, deve responder 
aos 16 canais MIDI, deve ter o canal 10 reservado 
para partes de percussão, deve tratar o C médio (Dó 
central) como a nota MIDI no.60, etc. 
Resumindo: a partir da padronização, o número de 
programa do arquivo MIDI é relacionado para os 
arquivos do sintetizador por meio do que podemos 
chamar de uma tradução. Observe este recorte da lista 
padrão de instrumentos para os sintetizadores General 
MIDI:
01 = piano acústico
27 = guitarra de jazz
53 = coral “ah”
70 = corne inglês
109 = kalimba
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Universidade do Sul de Santa Catarina
Que tal relaxar e escutar uma boa música? Acesse 
o site AcidPlanet, http://www.acidplanet.com/, 
especializado em música e vídeo, onde você encontra 
arquivos MIDI espetaculares.
Falando um pouco mais sobre síntese 
Se você olhar atentamente, vai perceber que os sintetizadores 
disponíveis no mercado já possuem um conector MIDI (que vai 
lhe permitir controlar a música que você criou por meio de um 
computador).
As placas de som de seu computador, por sua vez, possuem 
sintetizadores concebidos internamente. Então, na maioria das 
vezes, você não precisa se preocupar em adquirir um sintetizador 
externo.
Mas como é criado o som sintetizado?
A criação de sons sintetizados é feita por meio de diferentes 
técnicas, mas ao pesquisar você vai perceber que existem duas 
amplamente utilizadas:
a modulação de freqüência (FM) e
a Wavetable.
Síntese FM
Na unidade sobre áudio você estudou que o som é formado por 
ondas. Então, em tese, você pode sintetizar novos sons calculando 
e somando as ondas sonoras que o compõem, baseando-se em 
ondas de freqüências diferentes.Isto signifi ca que você pode 
criar novos sons a partir da mistura de ondas de freqüência 
conhecidas!
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Multimídia
Unidade 4
A síntese FM produz sons que não apresentam alta fi delidade. 
Isto fez com que caísse em desuso, sendo sua utilização 
atualmente muito limitada (placas de som mais antigas). Mas 
alguns aplicativos, como jogos, utilizam o sintetizador FM 
gerando ruídos de tiros, explosões e outros efeitos sonoros que 
possuem um grau de fi delidade sufi ciente para este propósito, 
fugindo do uso de sons digitalizados que produzem arquivos 
muito grandes. 
Síntese por Wavetable
Quando voce usa a síntese Wavetable, são gravadas amostras com 
alta qualidade sonora em um sistema digital. Ela é conhecida 
popularmente como tabela de onda. Estes sons serão tocados 
posteriormente de acordo com a necessidade do usuário. 
A síntese PCM (Pulse Code Modulation) faz uso de amostras 
de sons gravados a partir de instrumentos reais posteriormente 
sintetizados, e faz, portanto, uso do Wavetable. As ondas 
sonoras armazenadas na tabela são normalmente timbres de 
instrumentos; o uso de sons reais faz com que se aumente a 
qualidade e a fi delidade do som. O trabalho do sintetizador será, 
então, a partir da adaptação dos sons gravados na tabela para uma 
determinada nota, duração e diversos efeitos.
Como isto é feito?
Você deve gravar individualmente notas de diferentes 
instrumentos. As notas são então digitalizadas e armazenadas 
na memória ROM. O sintetizador vai ler estas amostras. Na 
reprodução, você pode trabalhar a amostra modifi cando o timbre 
e outras propriedades do som.
Quando você usa um sintetizador PCM que armazena o som na 
memória RAM e não na memória ROM, você está usando um 
sintetizador PCM chamado amostrador (sampler).
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Universidade do Sul de Santa Catarina
SEÇÃO 3 – Falando sobre ferramentas
Existe um número muito grande de ferramentas gratuitas para 
tratamento MIDI no mercado. Veja, a seguir, algumas que 
disponibilizam farto material de consulta, como tutoriais e 
manuais extremamente úteis para que você se aventure por este 
novo desafi o.
Rosegarden 4 – é uma ferramenta de código aberto para criação 
musical. Atua como seqüenciador MIDI, seqüenciador de áudio 
digital e criador de partituras. O Rosengarden encontra-se 
disponível para a plataforma LINUX.
Figura 5.3 - Tela principal do Rosengarden
No endereço http://www.musicaudio.net/rosegarden/ você 
encontra um excelente manual que ensina a produzir som, 
gerenciar instrumentos na ferramenta, fazer criação de estúdio e 
gravar no Rosengarden.
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Multimídia
Unidade 4
Hydrogen – é um seqüenciador de bateria. Faz o seqüenciamento 
a partir de padrões e pode ser utilizado também com um teclado 
MIDI. Seu site ofi cial é http://www.hydrogen-music.org/.
Figura 5.4 - Tela principal do Hydrogen
No site do Estúdio Livre, http://estudiolivre.org/tiki-index.php?
page=ManualHydrogen&bl, está disponível um manual passo-a-
passo do Hydrogen.
Anvil Studio 2000.12.02 – é um software para edição de 
MIDI. Permite a gravação, composição, edição e mixagem de 
arquivos MIDI. A ferramenta está disponível para as plataformas 
Windows 2000/95/98/ME/XP. O site ofi cial é http://www.
anvilstudio.com/.
MIDIoz Arp Lite 1.1 – é um software que permite gerar por 
meio de algoritmos músicas com arpejos, sons ambientes etc. O 
software gratuito está disponível para as plataformas Windows 
2000/98/NT/XP, no link http://audioware.cifraclub.terra.com.
br/download-45-midioz-arp-lite.html. O fabricante é a MIDIoz 
Software.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
MidiPiano/Drum 1.72 – é um produto gratuito desenvolvido 
pela Pianoex. O software permite abrir arquivos de MIDI e 
gravá-los a partir do teclado do computador ou de um dispositivo 
externo. Possui gerador de ritmos de bateria e salva composições 
em MIDI. Está disponível para a plataforma Windows 
2000/2003/XP.
Figura 5.5 - Tela principal do MidiPiano/Drum 1.72
Síntese
Nesta unidade você estudou conceitos e características de 
arquivos MIDI. A grande vantagem do protocolo MIDI 
é a possibilidade de produzir sons a partir da gravação de 
instrumentos ou a partir da geração de novos sons por meio de 
cálculos matemáticos.
O uso e a concepção destes sons, no entanto, deve obedecer a um 
critério fundamental: qual é o grau de fi delidade necessário para 
o som do meu projeto multimídia? Esta resposta determina o tipo 
de síntese que será feita, FM ou PCM.
O protocolo MIDI permitiu aos compositores e músicos o uso e 
controle de diferentes instrumentos ao mesmo tempo, tornando 
ilimitadas as possibilidades de refi no e adequação do som ao seu 
projeto.
Na próxima unidade você estudará conceitos e ferramentas 
relacionadas ao projeto de vídeo.
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Multimídia
Unidade 4
Atividades de auto-avaliação
Ao fi nal de cada unidade, você realizará atividades de auto-avaliação. O 
gabarito está disponível no fi nal do livro didático. Mas esforce-se para 
resolver as atividades sem a ajuda do gabarito, pois assim você estará 
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1) Defi na três pontos que devem ser considerados na decisão de utilizar 
MIDI em seu projeto multimídia.
2) Relacione corretamente a primeira coluna com a segunda:
A) Mensagens de nota
B) Mensagens de programa
C) Mensagens de controle
D) Sintetizador
E) Mensagens exclusivas
( ) Comandam as mudanças de 
 programa dos instrumentos.
( ) Reproduzem funções de controle 
 normalmente disponíveis no painel 
 de instrumentos.
( ) Equipamento que permite a 
 criação de sons a partir de 
 cálculos matemáticos.
( ) São reservas para funções 
 dependentes de modelos.
( ) Comandam o início e o fi m da 
 síntese de notas musicais por parte 
 dos instrumentos.
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Universidade do Sul de Santa Catarina
3) O que é uma rede MIDI?
4) Por que a implementação do General MIDI foi fundamental para o 
sucesso do MIDI?
Saiba mais
Se você desejar, aprofunde os conteúdos estudados nesta unidade 
consultando as seguintes referências:
http://www.musicaudio.net/ (site com uma infi nidade de 
artigos, plugins, tutoriais e efeitos sonoros que podem ser 
muito úteis para projetos).
http://www.harmony-central.com/MIDI/fi les.html (site 
da Harmony Central com fontes de arquivos MIDI e 
arquivos MISI comerciais. Vale a pena conferir).
http://www.classicalmidiconnection.com/cmc/index.
html (Se você é um apreciador da música clássica não 
deixe de visitar o link Classical Midi Connection, onde 
você encontra composições de renomados compositores, 
como Mozart, Vivaldi e outros).
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