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Faculdade Metropolitana de Blumenau Uniasselvi Curso Engenharia Elétrica Disciplina: Medidas e Materiais Elétricos Professora: Aloizio Carlos Eble Vanderlei da Rosa (1308470) Cabos e Condutores Blumenau 2020 1. INTRODUÇÃO A presente trabalho tem o objetivo de apresentar os cabos e condutores de energia em seu âmbito geral. Com ele, tenta-se compreender de que forma é constituído os componentes interno obrigatório de cabos nus e isolados de Baixa, Média, Alta e Muito Alta Tensão, e o que pode influenciar o bom desempenho do cabo, no seu período de vida útil. O processo de fabricação dos cabos especialmente para os cabos isolados de média e alta tensão chamados de tripla extrusão (do semicondutor interior, isolamento e semicondutor exterior) é um processo de extrema importância na fabricação de cabos, sendo essencial minimizar a possibilidade de aparecimento de impurezas ou vacúolos, ficando as três camadas perfeitamente aderentes. 2. Cabos de Média e Alta Tensão: 2.1 Características Construtivas O transporte da energia elétrica desde a geração, seja em alta tensão compreendendo tensões acima de 36kV, geralmente transportada por cabos aéreos e Media e Baixa tensão, compreendendo tensões abaixo de 36kV, geralmente transportada com cabos isolados, este processo não seria possível se não existissem os equipamentos elétricos responsáveis pela condução da energia elétrica - Cabos de Energia - quer sejam utilizados em redes aéreas (cabos nus de alumínio ou ligas de alumínio), quer em redes subterrâneas (cabos isolados). É, portanto, evidente o papel fundamental desempenhado pelos cabos, no funcionamento normal dos sistemas de energia. A nível construtivo, um cabo de MT é muito semelhante a um cabo de AT, embora mostram diferenças a nível das espessuras do isolamento, por exemplo. É também importante referir que os materiais utilizados na construção de cabos de MT e AT são significativamente de qualidade diferente, isto é, um cabo de AT devido à elevada tensão a que irá operar é requerido que os materiais utilizados (materiais dielétricos) sejam de qualidade superior, sendo que o nível de pureza é bastante superior não podendo conter vacúolos ou impurezas acima de um determinado limite imposto por norma. Portanto a qualidade tem de ser garantida para que o cabo possa funcionar corretamente durante o seu período de vida útil. Já num cabo de MT existem parâmetros de contaminação da isolação, não tão severos uma vez que a tensão de funcionamento é muito inferior. Na figura abaixo mostra as etapas e camadas do cabo de média tensão típico. 2.2 Condutor O Condutor é o elemento constituinte responsável pela condução da energia elétrica. Os condutores são fabricados principalmente em alumínio ou cobre sendo que o cobre apresenta características elétricas e mecânicas superiores em relação ao alumínio, porém o cobre também apresenta um custo mais elevado, para a escolha entre um material e o outro deve ter uma análise técnico-económica detalhada. O cobre também permite reduzir as secções dos cabos sendo uma vantagem nas canalizações entubadas e/ou embebidas. Para a condução da mesma corrente considerando perdas iguais para cada material, o alumínio permite uma redução, de cerca de 50%, no peso dos condutores, este é um dos principais motivos para a utilização de cabos de alumínio nas linhas de transmissão aéreas apesar das características mecânicas piores relativamente ao cobre. Porém para a condução da mesma corrente, o alumínio exige cerca de 28% mais material que o cobre. Na figura abaixo podemos analisar o comparativo na densidade e na resistividade dos 1. Condutor 2. Blindagem do Condutor (semicondutora) 3. Material Isolante 4. Blindagem da isolação (semicondutora) 5. Blindagem metálica 6. Cobertura dois materiais. Material Densidade (g/cm³) Resistividade (Ohm.mm²/km) Cobre 8,890 17,241 Alumínio 2,703 28,264 No que diz respeito à composição do condutor este pode ser: • Maciço ou Sólido: constituída por um único condutor sólido (solução adotada para secções inferiores, ou seja, níveis de tensão mais baixos). • Multifilar: constituída por vários fios cableados entre si. Nesta opção os fios das várias camadas são encordas concentricamente, caso exista mais do que uma camada são cableados em hélice em sentidos alternados para aumentar a resistência mecânica do cabo. A construção do condutor segue determinadas especificações normatizadas, porém, os encordoamentos mais utilizados para fabricação de condutores são, concêntricos, compostos e compactos; Condutores Redondos com encordoamento concêntricos: Este encordoamento é amplamente utilizado em cabos de energia singelos ou múltiplos, com qualquer tipo de isolamento. Este formato oferece uma melhor flexibilidade para o cabo, permitindo aplicação em locais com algum obstáculo. Condutores Redondos com encordoamento compostos: O encordoamento Composto é formado por fios previamente encordoados Cochas. Aplicação geralmente para cabos de baixa tensão ou cabos com uso móvel, devido sua resistência mecânica a fadiga; Condutores Redondos com encordoamento compactos O encordoamento compacto, confere aos cabos uma redução no seu diâmetro, também, oferece uma redução nos matérias de fabricação, e ganhos no acondicionamento em bobinas e lançamento; Condutores setoriais Compactos Condutor segmentado (Milliken): Geralmente aplicado em cabos com uma seção acima de 1000mm², os mesmos são constituídos em quadros de seis segmentos com um núcleo circular. Condutor Conci: Geralmente aplicado em cabos isolados a óleo OF (óleo fluído), com núcleo oco com canal para circulação do óleo impregante 2.3 Condutor de Cobre As ligas de cobre geralmente aplicados na fabricação de condutores de energia elétrica, são classificadas em; Têmpera mole – Oferece uma menor resistividade, com isso menores perdas dielétricas, porém, por ser um material mole no seu âmbito ele oferece uma menor capacidade de tração, exigindo controles mais precisos no seu manuseio e instalação, geralmente aplicados em condutores isolados. Têmpera meio duro e duro – oferece uma maior resistividade, porém tem uma alta capacidade de tração, permitindo lançamentos mais longos. Esta liga geralmente é utilizada em cabos para malha de terra, aterramento de equipamentos e SPDA. 2.4 Condutor de Alumínio É importante referir que as ligas de alumínio permitem obter cabos nus com uma resistência mecânica bastante superior à que o alumínio oferece, sendo a percentagem de Ferro, Magnésio e Silício, criteriosamente controlada através da análise espectrométrica efetuada, pois essa percentagem é específica de cada fabricante. No que diz respeito à composição do condutor também como os condutores de cobre, as ligas mais utilizadas são as classificadas como Têmpera H19, H16, H14 e O: Têmpera H19 – Oferece uma maior resistência a tração, geralmente aplicada em redes aéreas. Têmpera H14 e H16 – Aplicado em cabos isolados, devido encordoamento com resistência superior a 105MPa. Têmpera O – Oferece uma maior flexibilidade, porém muito empregado em cabos isolados. No quadro abaixo é possível analisar os valores mínimos máximos de resistência mecânica para as diferentes ligas. Têmpera Valor mínimo Valor máximo MPa Kgf/mm² MPa Kgf/mm² H16 115 11,7 150 15,3 H14 105 10,7 140 14,3 O 60 6,12 95 9,69 2.5 Blindagem do condutor Existem dois tipos de blindagem que podem ser empregadas em cabos isolados de MT e AT, a blindagem metálica ou ecrã metálico e a blindagem não metálica. A blindagem não metálica é constituída por duas camadas semicondutoras, uma no interior colocado apóso condutor e outro exterior colocada sobre o isolamento. Os semicondutores são empregues em cabos a partir de 6 kV, sendo que no processo industrial de fabricação, o semicondutor interior, o isolamento e o semicondutor exterior são colocados por tripla extrusão simultânea. A função do semicondutor interior é fundamentalmente, a obtenção de uma camada lisa sobre o condutor, este fato revela-se de maior interesse em cabos com condutor multifilares, dessa forma, evita que o campo elétrico existente se concentre de forma perigosa e possa gerar descargas parciais que possam danificar a isolação do cabo. 2.6 Material Isolante A camada isolante, também denominada por vários autores como "isolação", é constituída por compostos dielétricos sólidos. De forma a garantir uma maior aderência entre àquela e as camadas semicondutoras, as três camadas são aplicadas no processo de fabricação por tripla extrusão simultânea. Atualmente os materiais usados são, principalmente, isolantes sintéticos, ou secos, sendo que, no passado, os cabos de energia eram isolados com recurso a papel impregnado a óleo para níveis de tensão mais elevados. Contudo o isolamento a papel impregnado a óleo foi substituído pelos isolantes sintéticos. Os materiais mais empregados para isolação de cabos podem ser agrupados em duas classes; Materiais Termoplásticos - materiais em que se verifica uma variação reversível da plasticidade desencadeada por um aumento da temperatura. Os materiais termoplásticos mais usuais são o Policloreto de Vinilo (PVC) e o Polietileno (PE); Materiais Termofixos (Elastómeros e Polímeros Reticuláveis) - estes tipos de materiais apresentam um importante comportamento elástico bem como uma elevada aptidão para a deformação. Após a extrusão carecem de um processo de vulcanização ou reticulação para que se estabeleçam, de forma irreversível, ligações transversais entre as cadeias moleculares. São exemplos destes tipos de materiais isolantes o Polietileno Reticulado (PEX ou XLPE), Copolímeros de Etileno-Propílico (EPM e EPDM), Borracha de Silicone, entre outros. Polietileno Reticulado Qimicamente (TR XLPE). Polietileno reticulado quimicamente retardante à arborescência (tree retardant); HEPR – Borracha etilenopropileno de alto módulo ou EPR de maior dureza. Apesar de não alcançar as boas características do PE, as características elétricas do TR XLPE são boas em termos gerais, apresentando uma elevada resistência de isolamento, elevada rigidez dielétrica, valores baixos de tangente delta e permitividade dielétrica. Polietileno de baixa densidade (PE - LDPE) e polietileno de alta densidade (HDPE) PE tem qualidades elétricas excecionais, nomeadamente valores baixos de tangente delta e permitividade dielétrica e independentes da temperatura e apresenta valores bastante elevados de resistência de isolamento e rigidez dielétrica. Porém desde 1995 NBR 6251 não permite mais aplicação destes materiais em cabos de média tensão (cima 3,6/6kV), permitindo somente a aplicação em isolação de 750V e 1kV. Este material apresenta baixa performance perante ao fenômeno “Water Treeing”, também apresenta limitações térmica da isolação. Fenômeno “Treeing”: O fenômeno da arborescência ou “treeing” se dá quando, por ruptura elétrica parcial do dielétrico, inicia-se um processo de deterioração da rigidez dielétrica, com direções tais que a porção ou porções do dielétrico afetadas apresentam caminhos que se assemelham a árvores. A experiência prática operacional e simulações de laboratório em cabos modelos, tem demonstrado que a água tem um efeito prejudicial as isolações poliméricas, principalmente para os materiais LDPE e XLPE; O treeing se origina em falhas microscópicas do sistema dielétrico e segue a direção do campo elétrico; Muitos autores dividem o “treeing” em duas categorias: electrical treeing e "water trees". Electrical treeing – a arborescência elétrica (electrical treeing) é um fenómeno elétrico que antecede a ruptura dielétrica de uma material isolante, quando este é sujeito a um stress elétrico elevado, durante um longo período de tempo, o fenómeno desenvolve-se a partir das impurezas, vacúolos ou até mesmo de defeitos que ocorram dentro do isolamento ou das camadas semicondutoras como saliências falha do sistema dielétrico sob campo elétrico intenso e são acompanhados de ionização e descargas parciais; Na figura podemos observar o fenômeno arborescência elétrica acontecendo; Water trees - são um tipo particular de electrical treeing, que surgem devido à presença de humidade, desenvolvendo-se na direção do campo elétrico e parecendo-se com um arbusto ou leque. Está demonstrado que a quantidade de água presente nas water trees é muito maior do que no resto do isolamento não afetado; Na figura podemos observar o fenômeno Water trees acontecendo; 2.7 Blindagem da Isolação e Blindagem metálica Este componente está, usualmente, presente nos cabos de energia de MT e AT. A blindagem tem as seguintes funções fundamentais. o Controle do campo elétrico, limitando-o; o Condução, à terra, das correntes capacitivas e de curto-circuito; o Proteção contra contatos diretos e indiretos. Se um cabo de energia, desprovido de blindagem, entra em contato com a terra ou com qualquer objeto que esteja em contato com a terra, o campo elétrico em torno do condutor concentrar-se-á no ponto de contato, resultando num efeito de coroa (descarga parcial) e poderá conduzir à perfuração do isolamento. Por forma a evitar esse problema, o recurso à blindagem permite uniformizar o campo elétrico em torno do condutor conduzindo qualquer corrente (quer capacitiva quer de curto-circuito) à terra. A blindagem metálica pode ser constituída por: Uma ou várias fitas, enroladas em hélice de forma a evitar que fiquem visíveis espaços livres do exterior. Uma malha, em fios de cobre ou alumínio, enrolada em hélice, eventualmente com os fios curto-circuitados por uma fita da mesma natureza disposta igualmente em hélice, permitindo majorar a secção do ecrã (isto porque se não fosse aplicada a fita, como existe um espaço livre entre os fios de cobre, a secção efetiva do ecrã seria inferior à secção desejada, nesse sentido curto-circuitando os fios a secção do ecrã corresponde à secção dimensionada). Na figura podemos observar os tipos de blindagem metálicas; 2.8 Fita hidroexpansiva de bloqueio longitudinal A entrada de água no cabo não pode ocorrer uma vez que, em contato com a camada isolante, poderá acelerar o seu envelhecimento e conduzir à falha precoce do cabo, por isso torna-se fundamental o emprego de uma fita hidroexpansiva colocada imediatamente sobre a blindagem e/ou imediatamente sobre o condutor, como bloqueio longitudinal. Esta camada é composta por materiais higroscópicos que absorvem a água, isto é, a fita em contato com a água expande e bloqueia dessa forma a passagem de água ao longo do comprimento do cabo. Uma outra forma de impedir a penetração de água no cabo, consiste no emprego de fitas de alumínio de bloqueio transversal e longitudinal, colocadas imediatamente sob a cobertura exterior. Na figura podemos observar a disposição da fita hidroexpansiva; 2.9 Cobertura A cobertura externa do cabo tem a função de proteger o cabo quimicamente e mecanicamente, existem no mercado diversos materiais que são aplicados para a fabricação desta proteção para o cabo, porém os que oferecem um melhor desempenho tanto quanto a resistência a abrasão, impermeabilidade, inflamabilidade e estabilidade térmica são os: Policloreto de Vinila (PVC) : Aplicação em cabos de potência em geral (1kV), protege o núcleo quanto a danos mecânicos, razoavelmente impermeável, boa estabilidade a agentes químicos, boa flexibilidade e não propaga fogo. Limitado de aplicação em locais de grande concentração depúblico. Coberturas não halogenadas (SHF): Substituto do PVC em aplicações com grande concentração de público. Inclusive em aplicação onde há necessidade de trabalhar em condições de incêndio. Polietileno (ST7): Devido a sua alta impermeabilidade tem aplicação larga em cabos de média tensão com construção bloqueada com operação em contato com a água; Policloropreno – PCP (Neoprene): Devido a ótima propriedades mecânicas aplicação em cabos alimentadores de equipamentos de minas subterrâneas; Clorosulfonado – CSP (Hypalon): Substitui o PCP quando necessário aplicação de pigmentação, mas com menor propriedade mecânica; 3. CONCLUSÃO Os cabos condutores em seu âmbito geral são constituídos por um condutor metálico sendo cobre ou alumínio. Os cabos de MT e AT isolados são constituídos por seis camadas de materiais que conferem a ele seu propósito. A primeira camada sobre o condutor é a semicondutora que tem a função de preencher espaços vazios entre o condutor e o isolamento, mantendo o campo elétrico estável evitando descargas parciais que poderiam danificar o cabo e diminuir sua vida útil. A segunda camada é o isolamento, geralmente em XLPE, com alta rigidez dielétrica que garante a isolação dielétrica para a tensão aplicada. A terceira camada é a blindagem do isolamento, também constituída por um material semicondutor, tem a função de proteger a isolação, mantendo o campo elétrico estável e auxiliar na blindagem metálica. A quarta camada é a blindagem metálica, ela pode ser constituída de fitas ou malha de fios metálicos, é de extrema importância a ligação da blindagem a malha de terra para minimizar as correntes de fugas que podem circular pela blindagem e assim minimizar uma das parcelas de perdas totais no cabo aumentando a capacidade efetiva de transporte de energia e para proteger pessoas e bens. A quinta é a proteção contra entrada de umidade, geralmente aplicada a fita higroscópica ou hidroexpansiva, este material tem a função de na presença de umidade bloquear a dissipação da água longitudinal ao cabo, isolando o dano aquele ponto específico. A ultima camada que compõem os cabos isolados é a capa externa, este item confere ao cabo resistência mecânica, a impermeabilidade de água, agentes químicos e biológicos. A fabricação de cabos elétricos, especialmente os cabos de MAT, AT e MT, é um processo que envolve tecnologia de ponta e que requer cuidados excecionais. Esta condição revela a importância na qualidade dos materiais e do processo na fabricação dos cabos isolados, já que este componente estará sujeito a níveis de tensão elevadas e a excecionais solicitações dielétricas, sendo fundamental evitar, a todo o custo, a formação de bolhas no interior do cabo, bem como a intrusão de humidade e de poeiras, pois qualquer um destes problemas poderá levar, quando em funcionamento, à perfuração do isolamento e consequentemente levar à falha precoce do cabo. O fenômeno da arborescência ou “treeing” tem sido estudado nos últimos 30 anos, entretanto não existe ainda um domínio do assunto em relação suas causas específicas, oque tem-se aprendido que a qualidade do material e do processo de fabricação dos cabos reduz significativamente este fenômeno. 4. REFERÊNCIAS DO NOSSO TRABALHO 1) http://jicable.org/Other_Events/cabos09/content/Cabos'09%20P1.3.P.pdf 2) https://core.ac.uk/download/pdf/143395824.pdf 3) https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2005/PDF/1035.pdf 4) International Electrotechnical Commission, IEC 62067 – Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages above 150 kV (Um = 170 kV) up to 500 kV (Um = 550 kV) – Test methods and requirements, edition 1.1, 2006; IEC – 3, rue de Varembé, P.O. Box 131, CH- 1211 Geneva 20, Switzerland, https://www.iec.ch http://jicable.org/Other_Events/cabos09/content/Cabos'09%20P1.3.P.pdf http://jicable.org/Other_Events/cabos09/content/Cabos'09%20P1.3.P.pdf https://core.ac.uk/download/pdf/143395824.pdf https://core.ac.uk/download/pdf/143395824.pdf https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2005/PDF/1035.pdf https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2005/PDF/1035.pdf
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