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LIVRO_TÉCNICAS PARA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO

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TÉCNICAS PARA 
UTILIZAÇÃO DE 
EQUIPAMENTOS 
DE MEDIÇÃO
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; SANTOS, Edinei Aparecido Furquim dos. 
 
 Técnicas para Utilização de Equipamentos de Medição. 
Edinei Aparecido Furquim dos Santos. 
 Reimpressão - 2018.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. 
 222 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Técnicas. 2. Segurança. 3. Equipamentos. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0342-0
CDD - 22 ed. 621
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Luciano Santana Pereira
Design Educacional
Maria Fernanda Canova Vasconcelos
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Thomas Hudson Costa
Victor Augusto Thomazini
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Pedro Afonso Barth
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Marcelo Goto
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
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TO
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Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
Possui graduação em Engenharia de Produção Agroindustrial pela União Pan-
Americana de Ensino (2007) – Cascavel - PR, Pós-Graduação Latu Sensu em 
Engenharia de Segurança do Trabalho (2008); Gerenciamento de Projetos - 
UEM (2012); Engenharia de Segurança contra Incêndio e Pânico - UEM (2016). 
Possui Curso Superior de Complementação de Estudos (SEQUENCIAL) em 
Recursos Humanos e Educação (Educação e Administração das Relações 
Humanas no trabalho) pela Faculdade “Auxilium” de Filosofia, Ciências e 
Letras - FAL (2000) – Lins – SP. Atualmente cursando Mestrado em Bioenergia 
– UEM (2016/2017), possui vasta experiência na área de Recursos Humanos 
e Segurança do Trabalho em empresas de Grande Porte, sendo que, desde 
2008 tem se dedicado aos processos das áreas “Produtivas”, atuando como 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Perito Judicial - TRT 9 - Região. 
Atualmente laborando como Engenheiro Segurança do Trabalho sênior na 
Usina Santa Terezinha - Unidade de Iguatemi – PR. Experiência na área de 
educação, com ênfase em Ensino Técnico Profissionalizante e Pós-Graduação 
nas áreas de Medicina, Enfermagem e Fisioterapia do trabalho, atuando como 
professor de ensino superior desde 2015.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) acadêmico(a), é com grande satisfação que apresentamos a você o livro que fará 
parte da disciplina Técnicas para Utilização de Equipamentos de Medição. Como amante 
da arte da segurança no trabalho nos mais diversos ambientes de trabalho, procurei 
selecionar as melhores referências em Higiene Ocupacional – Avaliação Ambiental para 
que esta disciplina venha a somar e fazer a diferença em seu conhecimento e a tudo que 
você notadamente já conhece sobre a área.
Sou o professor Edinei, minha formação é em Engenharia de Produção, com Especiali-
zações em Segurança no Trabalho, Gerenciamento de Projetos, e curso sequencial em 
Educação e Administração de Relações Humanas no Trabalho. Atualmente sou aluno do 
curso de Especialização em Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Atuante 
na área de segurança do trabalho desde 1998, quando me formei Técnico em Seguran-
ça do Trabalho. No ano de 2001 realizei formação de Higienista Ocupacional pelo SE-
NAI-PR, com especialização em Medições Ocupacionais no Meio Ambiente de Trabalho, 
desta forma, acredito em poder contribuir para sua formação e poder direcionar uma 
boa discussãosobre este tema que é de grande importância.
As propostas contidas neste módulo de estudos e pesquisa contêm um compêndio de 
elementos necessários para que se possa fazer o desenvolvimento de estudos relacio-
nados com a segurança no trabalho e a qualidade e conforto nos ambientes de tra-
balho, sendo este compêndio repleto de atualidades apresentadas de forma dinâmica, 
com conteúdo de fácil assimilação, contendo interatividade e modernidade diante de 
sua forma estrutural apresentada e que está em conformidade com as metodologias da 
Educação a Distância – EaD adotadas por esta instituição.
Pretende-se, desta forma, com o material desenvolvido, levá-lo(a) a reflexões e também 
a compreensões da pluralidade dos conhecimentos que serão aqui oferecidos, e pos-
sibilitar a total aplicação dos conceitos específicos desta área, para que possa atuar de 
forma competente e consciente, como convém a todos os profissionais que buscam 
sempre a melhor formação, de modo que a posse dos conhecimentos adquiridos pos-
sam vencer os obstáculos e desafios que a evolução técnico-científica acaba por impor 
ao mundo contemporâneo.
APRESENTAÇÃO
TÉCNICAS PARA UTILIZAÇÃO DE 
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
Este material foi desenvolvido em cinco unidades que irão proporcionar a você, co-
nhecimentos e boas práticas de uso de instrumentos de avaliação ambiental, a ser 
desenvolvido da seguinte forma:
Unidade I – Uma breve recapitulação do histórico da segurança e saúde ocupacio-
nal, higiene ocupacional (avaliação ocupacional).
Unidade II – Estudo da legislação aplicada às avaliações ocupacionais – atividades 
operações insalubres: NR 15 (critérios quantitativos).
Unidade III – Estudo da Normatização aplicada às avaliações ocupacionais – Normas 
de Higiene Ocupacional (NHO) Fundacentro.
Unidade IV – Apresentação das estratégias de amostragens.
Unidade V – Técnicas de medição – sistema de amostragens ativas e passivas.
O desenvolvimento e transcrição dos textos foram realizados com a intenção de 
tornar o material de subsídio extremamente valioso para criação de conceitos, de 
modo a facilitar a sua trajetória e o caminho a ser percorrido na carreira profissional, 
bem como oferecer subsídios para melhorar as observações no dia a dia da vida 
pessoal. Aproveite e o tenha como instrumento para seu sucesso nesta carreira es-
colhida.
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO 
OCUPACIONAL)
15 Introdução
16 Conceitos da Utilização de Equipamentos de Medição 
24 Evolução Histórica das Avaliações Ocupacionais 
28 Princípios da Necessidade de Avaliação Ocupacional 
31 Normatização Pertinente à Avaliação Ocupacional 
36 Considerações Finais 
41 Gabarito 
UNIDADE II
LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS – 
ATIVIDADES OPERAÇÕES INSALUBRES: 
45 Introdução
46 Introdução à Portaria 3214/78 – Normas Regulamentadoras 
47 NR – 15 - Atividades e Operações Insalubres – Regras Básicas 
49 NR – 15 - Anexos 1 e 2 - Ruído Contínuo, Intermitente e Impacto (Grau 
Médio)
54 NR – 15 - Anexo 3 - Calor (Grau Médio) 
58 NR – 15 - Anexo 8 - Vibrações (Localizadas ou de Corpo Inteiro), com Base 
nos Limites de Tolerância das Normas Iso 2631 - 1 e ISO/DIS 5349 - 1 (Grau 
Médio)
SUMÁRIO
10
59 NR – 15 - Anexo 9 - Frio (Grau Médio) 
63 NR – 15 - Anexo 11 - Agentes Químicos, Estabelecidos Limites de 
Tolerância (Graus Mínimo, Médio e Máximo, Conforme o Agente)
64 NR – 15 - Anexo 12 - Limites de Tolerância Para Poeiras Minerais (Grau 
Máximo)
67 Considerações Finais 
75 Gabarito 
UNIDADE III
NORMATIZAÇÃO APLICADA ÀS AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS 
79 Introdução
80 Conceitos das Normas de Higiene Ocupacional 
81 NHO 01 – Avaliação Ocupacional ao Ruído (Fundacentro, 1990) 
88 NHO 03 – Análise Gravimétrica de Aerodispersóides SólidosColetados 
Sobre Filtros Membranas (Fundacentro, 2001)
91 NHO 07 – Calibração de Bombas de Amostragem Individual Pelo Método 
da Bolha de Sabão (Fundacentro, 2002)
92 NHO 08 – Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de 
Ambientes de Trabalho (Fundacentro, 2009)
96 NHO 06 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (Fundacentro, 
2002)
104 NHO 09 e 10 – Avaliação de Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo 
Inteiro e em Mãos e Braços – (Fundacentro, 2013)
121 Considerações Finais 
127 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE IV
ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM
131 Introdução
132 Introdução à Finalidade da Amostragem 
134 Importância e o Que Deve Ser Amostrado 
139 Quantidade de Amostras e Frequência das Amostragens 
140 Regras de Onde as Amostras Devem Ser Coletadas e Identificação 
142 Quem Amostrar nos Ambientes Ocupacionais? 
145 Tempo e Duração da Amostragem em Campo 
147 Considerações Finais 
154 Gabarito 
SUMÁRIO
12
UNIDADE V
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO – SISTEMA DE AMOSTRAGENS ATIVAS E 
PASSIVAS
157 Introdução
158 Análise de Ruído (Contínuo/Intermitente e Impacto) 
171 Análise de Calor – Avaliação de Stress Térmico – Avaliação de Ibutg 
182 Análise de Frio 
185 Análise de Gases e Vapores 
194 Análise de Material Particulado - Aerodispersoides 
210 Considerações Finais 
217 Gabarito 
219 CONCLUSÃO
221 REFERÊNCIAS
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Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
INTRODUÇÃO À HIGIENE 
OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO 
OCUPACIONAL)
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar os principais conceitos da utilização de equipamentos de 
medição ocupacional.
 ■ Estudar a evolução histórica das Avaliações Ocupacionais nos 
ambientes de trabalho.
 ■ Demonstrar os princípios da necessidade de Avaliações Ocupacionais 
nos postos de trabalho.
 ■ Observar as normatizações pertinentes às Avaliações Ocupacionais, o 
que é legal.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Conceitos da utilização de equipamentos de medição 
 ■ Evolução histórica das Avaliações Ocupacionais
 ■ Princípios da necessidade de Avaliação Ocupacional
 ■ Normatização pertinente à Avaliação Ocupacional
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao estudo da disciplina de Técnicas para 
Utilização de Equipamentos de Medição – TUEM. Esta é a nossa Unidade I para 
estudos e pesquisa, material básico dirigido aos conhecimentos da Segurança 
do Trabalho – S.T., nela você compreenderá que a base de tudo está na Higiene 
do Trabalho, que é um braço forte dentro de todos os conceitos existentes na 
Segurança e Saúde do Trabalhador, e que as boas práticas da higiene do trabalho 
associadas às técnicas de medição nos ambientes laborais irão trazer resultados 
expressivos para as práticas de segurança, mantendo a salubridade dos ambien-
tes e/ou neutralizando as ações agressivas ao trabalhador.
Desta forma, cabe destacar que a Higiene do Trabalho aborda, em definições 
básicas, a gestão dos fatores de risco do meio ambiente do trabalho, as estraté-
gias de amostragem, os fundamentos ambientais e monitoramentos biológicos, 
bem como os limites de tolerância e intervenção ocupacional nos ambientes de 
trabalho. Por este motivo, ao aprofundar os conhecimentos nesses itens, discu-
te-se de forma pormenorizada, os fenômenos físicos, químicos e biológicos e 
seus desdobramentos para a saúde do trabalhador. 
Os conteúdos desta Unidade foram organizados e subdivididos em tópicos. 
Estes tópicos são recursos de aprendizagem que irão provocar e conduzi-lo(a) 
a reflexões, sínteses, leituras complementares, consultas, entre outros desejos 
na área. Assim, recomendo especial atenção a estes tópicos “analisando e prati-
cando”, pois eles farão parte das atividades avaliativas do curso. 
Desejo a você, acadêmico(a), uma leitura proveitosa sobre os temas abor-
dados nesta disciplina. 
Introdução
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15
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
CONCEITOS DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE 
MEDIÇÃO 
Figura 1: THAL-300 Termo Higro Luxímetro 
Anemômetro digital - 4x1
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)1.
Figura 2: Decibelímetro
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)2.
Figura 3: Bomba Digital Programável
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)3.
Figura 4: Detector de gases
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)4.
Figura 5: TGD-400 Termômetro de globo com 
datalogger - IBUTG
 
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)5.
Figura 6: DOS-600 Dosimetro de 
ruido digital 
Fonte: Instrutherm, (2016, on-line)6.
Conceitos da Utilização de Equipamentos de Medição 
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AS AVALIAÇÕES EM HIGIENE DO TRABALHO 
A higiene do trabalho/ocupacional é a ciência que tem como objetivo reco-
nhecer, avaliar e controlar todos os fatores ambientais de trabalho que podem 
causar doenças ou danos à saúde dos trabalhadores.
Portanto, um dos primeiros passos é a escolha de equipamentos e dispositi-
vos de amostragem. Porém, esta escolha depende de diversos fatores, incluindo 
portabilidade, facilidade de uso, eficiência do dispositivo, confiabilidade, tipo 
de análise ou de informações exigidas, adequação para um propósito específico, 
sendo que, onde o monitoramento pessoal (quando portado pelo trabalha-
dor avaliado) estiver envolvido, a aceitação do usuário se faz necessária para o 
melhor resultado possível. Os equipamentos de amostragem não devem afetar o 
desempenho dos trabalhadores de nenhuma forma, pois devem ser confortáveis 
de usar e não inibir a destreza, habilidade e/ou alterar seu modo de operação.
Outro fator importante é que o instrumento de avaliação ocupacional não 
deve proporcionar perigo ao trabalhador ou ao ambiente onde trabalha, pois em 
áreas classificadas de alto risco, o tipo de equipamento deve ser adequado, ou seja, 
intrinsecamente seguro, sendo assim, nenhum equipamento é totalmente ade-
quado para todos os tipos de amostragem e ambientes, desta forma, são vários 
os tipos e modelos que são produzidos para determinados propósitos específicos.
Já a utilização dos equipamentos certos para o trabalho certo e para as áreas 
certas visa avaliações em higiene do trabalho, as quais são realizadas para valo-
rizar a exposição dos trabalhadores em determinadas situações adversas e para 
obter informações que permitam definir o projeto ou estabelecer medidas de 
eficiência e controle. Portanto, estão presentes desde a concepção inicial de um 
novo empreendimento e/ou atividade/serviço, até as atividades/serviços e/ou 
empreendimentos já existentes. 
Os objetivos de uma avaliação ocupacional nos ambientes são: 
 ■ Proporcionar ambientes de trabalho salubres.
 ■ Proteger e promover a saúde dos trabalhadores.
 ■ Proteger o meio ambiente.
 ■ Contribuir para um desenvolvimento socioeconômico e sustentável.
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
 ■ Descobrir o que está causando determinados sinais ou sintomas nos 
funcionários. 
 ■ Atender uma reclamação trabalhista, ou notificação de um agente de 
fiscalização. 
 ■ Caracterizar a insalubridade do ponto de vista legal. 
Desta forma, avaliar implica em medir alguma coisa para que se possa com-
parar com uma unidade de referência pré-existente. Assim, definimos que a 
Higiene do Trabalho nada mais é do que a avaliação ocupacional do ambiente 
de trabalho, ou seja, é a avaliação da exposição ocupacional em que se encontra 
o trabalhador exposto a agentes químicos, agentes físicos e biológicos, portanto, 
consiste na qualificação e quantificação destes agentes nos ambientes, ativida-
des e na atmosfera ocupacional e a comparação com os Limites de Exposição 
Ocupacional – LEO existentes no meio ambiente de trabalho. 
RISCOS AMBIENTAIS
Consideram-se riscos ambientais, segundo a NR 9, os agentes físicos, químicos 
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natu-
reza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar 
danos à saúde do trabalhador.
Para alguns autores, os agentes ergonômicos e os agentes mecânicos, ape-
sar de não estarem contemplados na NR 9 como riscos ambientais, devem ser 
avaliados num ambiente de trabalho, pois também são considerados agentes cau-
sadores de danos à saúde do trabalhador.
Agentes físicos
São representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como 
ruído, calor, frio, vibração e radiações que, de acordo com as características do 
posto de trabalho, podem causar danos à saúde do trabalhador. Os agentes físi-
cos têm seus limites de tolerância estabelecidos pela NR 15.
©shutterstock ©shutterstock
Conceitos da Utilização de Equipamentos de Medição 
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São considerados agentes ou riscos físicos: 
Ruído 
O ruído é considerado um som capaz de causar uma sensação indesejável e desa-
gradável para o trabalhador, já o nível sonoro, quando acima da intensidade, 
conforme legislação específica, pode causar inúmeros danos à saúde do trabalha-
dor, sendo o primeiro sintoma/efeito fisiológico apresentado devido à exposição 
a níveis altos de ruído a perda de audição na banda de frequência de 4 a 6 kHz.
Calor
 É o trabalho desempenhado sobre “sobrecarga térmica”, que nada mais é do que 
a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o equilíbrio 
térmico e, devido a estas exposições, os trabalhadores estão propensos a pro-
blemas, como desidratação, cãibras, choques térmicos, catarata e outros. Estes 
problemas geralmente aparecem devido à exposição contínua e excessiva a situ-
ações térmicas extremas com desgaste físico que poderá se tornar irreparável.
Frio 
Se a temperatura interior do corpo baixar de 36°C, ocorrerá redução das ativi-
dades fisiológicas, diminuição da taxa metabólica, queda de pressão arterial e a 
consequente queda dos batimentos cardíacos, podendo chegar a um estado de 
sonolência, redução da atividade mental, redução da capacidade de tomar deci-
sões, perda da consciência, coma, e até a morte, sendo assim, o corpo humano, 
quando exposto a baixas temperaturas, perde calor para o meio ambiente.
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Se as perdas de calor forem superiores ao calor produzido pelo metabolismo do 
trabalhador, haverá a vasoconstrição na tentativa de evitar a perda excessiva do 
calor corporal, e o fluxo sanguíneo será reduzido em razão direta da queda de 
temperatura sofrida. 
Vibrações 
As exposições às vibrações podem ocasionar baixo rendimento durante a execução 
do trabalho, afetando a eficiência do trabalhador e gerando efeitos adversos à sua 
saúde. As vibrações localizadas nos braços e mãos provocam deficiências circulatórias 
e articulatórias. As ferramentas vibratórias manuais podem causar uma doença cha-
mada “dedos brancos”, ou seja, a perda da sensibilidade na ponta dos dedos das mãos. 
Radiações ionizantes 
As radiações ionizantes são provenientes de materiais radioativos , por exemplo, 
os raios alfa, beta e gama ou produzidas artificialmente em equipamentos. Os 
raios alfa e beta possuem menor poder de penetração no organismo, portanto, 
oferecem menor risco. Os raios x e gama possuem alto poder de penetração no 
organismo, podendo produzir anemia, leucemia, câncer e alterações genéticas. 
Radiações não ionizantes 
As radiações não ionizantes são radiações eletromagnéticas cuja energia não 
é suficiente para ionizar os átomos dos meios nos quais incidem ou os quais 
atravessam. São consideradas pela legislação como não ionizantes asradiações 
infravermelhas, micro-ondas, ultravioleta e laser, porém, os efeitos das radia-
ções não ionizantes sobre o organismo humano dependem dos seguintes fatores: 
tempo de duração da exposição, intensidade da exposição, comprimento de onda 
da radiação e região do espectro em que se situam. 
Pressões anormais 
São encontradas em locais de trabalho em que o trabalhador tem de suportar 
a pressão do ambiente diferente da pressão atmosférica, e assim estas pressões 
anormais podem causar uma série de problemas de saúde, tais como embolia, 
aneurisma e derrame.
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Umidade 
A umidade está presente nos ambientes em que o trabalhador desen-
volve sua atividade, em situações que o ambiente se encontra 
alagado ou o trabalhador permanece encharcado, com umidade excessiva capaz 
de produzir danos à saúde, tais como problema de pele e fuga de calor do 
organismo. 
Agentes químicos 
São agentes químicos as substâncias compostas ou produtos que podem pene-
trar no organismo humano pela via respiratória na forma de gases, vapores, 
poeiras, fumos, névoas, neblinas ou que pela natureza da atividade de exposi-
ção possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo humano através 
da pele ou por ingestão. 
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
Considerando a legislação pertinente “Portaria 3214/78”, através do disposto nas 
NRs 9 e 15, os agentes químicos podem ser divididos em: 
a. Agentes químicos com limite de tolerância – gases e vapores: são as subs-
tâncias químicas, cujos limites de tolerância estão previstos no anexo 11 
da NR 15, que possui limite de tolerância definida e, por este motivo, 
necessitam de avaliações quantitativas. 
b. Agentes químicos de avaliação qualitativa: produtos químicos cujas ativi-
dades e operações são consideradas insalubres em decorrência de inspeção 
no local de trabalho e definidas pelo anexo 13, 13.1 da NR 15. 
c. Poeiras minerais: que são os aerodispersóides: fumos, poeiras, fibras, 
fumaças, névoas e neblinas, representadas por partículas sólidas ou líqui-
das em dispersão no ar, com limites de tolerância definidos pelo anexo 
12, da NR 15. 
Classificação dos agentes químicos:
Os agentes químicos podem ser classificados em: 
 ■ Poeiras: são partículas sólidas com diâmetros maiores que 0,5 µ (meio 
mícron), dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento.
 ■ Fumos: são partículas sólidas dispersas no ar com diâmetro inferior a 
1µm, originadas da condensação de gases provenientes de alguma queima, 
como no processo de soldagem. 
 ■ Névoas: são partículas líquidas dispersas no ar por ruptura mecânica, ou 
seja, por ação do vento, de jatos de esguicho, de “spray”, névoas de pin-
turas, névoas de ácido sulfúrico etc. Podem provocar efeitos diversos, 
conforme a natureza do líquido disperso. 
 ■ Neblinas: são partículas líquidas dispersas no ar com diâmetro menor 
que 0,5µ, originadas da condensação de gases provenientes de algum 
processo térmico.
 ■ Gases: são elementos ou substâncias que na temperatura normal estão 
em estado gasoso. 
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 ■ Vapores: são elementos ou substâncias que em temperaturas acima da 
normal estão em estado gasoso. Podem causar efeitos diversos conforme 
sua natureza (vapores da gasolina). 
 ■ Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral: seus efeitos estão 
relacionados à natureza de sua composição, podendo ser corrosivos, cáus-
ticos, irritantes, alergênicos etc. 
Penetração dos agentes químicos no organismo 
A penetração de substâncias tóxicas no organismo humano ocorre por meio de: 
 ■ Via respiratória: pois estes dispersam na atmosfera substâncias como 
gases, vapores, névoa, fumo e poeiras. É o principal meio de acesso dos 
agentes químicos para dentro do nosso organismo. 
 ■ Via cutânea (pele): por contato com a pele que absorve a substância tóxica. 
 ■ Via digestiva: normalmente a ingestão de substâncias tóxicas pode ser 
considerada um caso acidental, sendo, portanto, pouco comum. 
Agentes biológicos 
Os agentes biológicos são 
micro-organismos presen-
tes no ambiente de trabalho 
que podem penetrar no 
organismo humano pelas 
vias respiratórias através 
da pele ou por ingestão, em 
sua maioria, são invisíveis a 
olho nu e capazes de produ-
zir doenças, deterioração de 
alimentos, mau cheiro etc. 
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INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
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IU N I D A D E24
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS AVALIAÇÕES 
OCUPACIONAIS
A evolução da higiene ocupacional e das 
avaliações ocupacionais, como na maio-
ria de profissões, visa identificar a origem 
da prática de higiene ocupacional, o que 
é difícil, se não impossível. 
Diante dos aspectos históricos, 
podem-se identificar como primei-
ros profissionais a interagirem com os 
aspectos da higiene ocupacional, os pri-
meiros estudiosos que descreveram os 
riscos profissionais e as medidas de con-
trole em obras tais como De Re Metallica, 
de Georg Bauer (Georgius Agrícola) de 
1556, que faz referência a doenças pul-
monares em mineiros, fundidores e 
refinadores de metal, com descrição inte-
ressante de sintomas que hoje são atribuídos à silicose, e que Agrícola denominou 
como asma dos mineiros. Sendo este também o primeiro a sugerir implantação 
de medidas de prevenção, principalmente quanto à ventilação nos ambientes de 
trabalho. Já Paracelso, em 1567, descreveu também as doenças de mineiros da 
região da Boêmia e a intoxicação pelo mercúrio. 
Ainda no século I, o estudioso Caio Plínio Segundo (Plínio, o velho) fez sua 
contribuição para a higiene ocupacional escrevendo a seguinte observação: “no 
mínimo os refinadores [...] envolvem seus rostos com bexigas frouxas, que os possi-
bilitam enxergar, sem inalar o pó fatal” (PATTY, 1977 apud VELOSO, 2004, p. 24).
Porém, estes apenas fizeram a identificação os problemas, tal qual Hipócrates 
(460-370 a.C.), que no campo da medicina profissional em seus escritos, incluiu 
o primeiro registro de uma doença profissional: o envenenamento em mineiros 
e metalúrgicos por chumbo, e citava outras classes de doenças frequentes muito 
antes de Ramazzini (GOLDWATER, 1985). 
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Em 1713, Bernardino Ramazzini 
publicou o primeiro livro, que pode 
ser considerado um tratado completo 
sobre doenças profissionais, De Morbis 
Artificum Diatriba, e em suas obser-
vações, descreveu com precisão os 
detalhes das ocupações, seus riscos e 
as doenças resultantes. Deste levan-
tamento, ele recomendou algumas 
medidas preventivas, tanto específi-
cas como também gerais, por exemplo, 
“os trabalhadores deviam cobrir seus 
rostos para evitar respirar pó”, a maior 
parte de suas recomendações era de 
controle, de caráter terapêutico e cura-
tivo (GOLDWATER, 1985 apud VELOSO, 2004, p. 24). 
A sua grande contribuição para as avaliações ocupacionais foi a de que para 
proteger o trabalhador, qualquer médico que fosse tratar de pacientes da classe 
operária deveria formular o seguinte questionamento “Qual a sua ocupação?”, 
feito este que lhe concedeu por muitos o título de “Pai de Medicina Ocupacional”.
Mais de 100 anos depois do trabalho do Ramazzini, nenhuma adição signifi-
cante para a literatura de medicina ocupacional foi publicada. Porém, em 1831, C. 
TurnerThackrar, médico inglês, em sua obra “Os efeitos das artes, ofícios e pro-
fissões e dos estados civis e hábitos de vida sobre a saúde e a longevidade”, revelou 
as lamentáveis condições de vida e de trabalho na cidade de Leeds, Inglaterra. 
A preocupação com a força de trabalho e com as perdas econômicas suscitou a 
intervenção dos governos dentro das fábricas. E chegamos ao início do século 
XIX com a presença de médicos em fábricas (exemplo emblemático do médico 
Robert Baker, na Inglaterra, citado por Mendes [1980]) e o surgimento das pri-
meiras leis de saúde pública que marcadamente abordavam a questão da saúde 
dos trabalhadores (Act Factory, 1833, por exemplo). A Medicina do Trabalho 
tinha aí seu marco inicial (FRIAS JUNIOR, 1999).
Figura 7: Busto de Bernardino Ramazzini
Fonte: Wikipédia, (on-line, 2016)7.
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
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IU N I D A D E26
O real divisor de águas na medicina e higiene ocupacional veio com o British 
Factories Act de 1901, que promoveu a criação de regulamentos para controlar 
as ocupações perigosas. O desenvolvimento de regulamentos deu um impulso 
na investigação dos riscos no ambiente de trabalho e na execução de medidas 
de controle. Nos Estados Unidos, em 1905, o Massachusetts Health Department 
designou inspetores de saúde para avaliar os riscos das ocupações, estabele-
cendo papel do governo nascente no campo da saúde profissional (ROSE, 1997). 
Em 1910, Dra. Alice Hamilton, pioneira no campo da doença ocupacio-
nal nos Estados Unidos, constatou que as exposições de trabalhadores a muitos 
agentes de riscos, por exemplo, chumbo e sílica, eram tão excessivas e as doenças 
resultantes tão agudas e óbvias, que a etapa da avaliação de higiene ocupacional, 
na prática, só exigiu senso de visão e uma compreensão do conceito de causa e 
efeito. No campo de responsabilidade social para a saúde e o bem-estar do tra-
balhador, seus estudos apresentaram não só a evidência de significativa relação 
entre exposição às toxinas e à saúde dos doentes, mas também propunha soluções 
concretas para os problemas que encontrou (CLAYTON, 1991 apud VELOSO, 
2004). O seu trabalho individual, que compreendia não só o reconhecimento 
da doença, mas a avaliação e o controle dos agentes causadores, foi considerado 
como o início da prática da higiene industrial, pelo menos nos Estados Unidos 
(ROSE, 1997). 
Deve ser considerado que muitos dos praticantes iniciais da higiene ocu-
pacional eram médicos que não estavam interessados apenas na diagnose e 
tratamento da doença, mas também no controle dos riscos para prevenir casos 
futuros. Esses médicos trabalhavam com engenheiros e outros cientistas interes-
sados em saúde pública e riscos ambientais. Dessa forma, iniciaram um processo 
incubado desde Hipócrates, visando deliberadamente modificar os ambientes 
de trabalho com o objetivo de prevenir doenças ocupacionais (ROSE, 1997). 
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Em 1919, foi criada a Organização Internacional do Trabalho em função da 
necessidade de expansão e consolidação do modelo iniciado com a revolução indus-
trial. Com a transnacionalização da economia surgiu a necessidade de medidas e 
parâmetros comuns, como regulamentação e organização do processo de trabalho, 
que uniformizassem os países produtores de bens industrializados. Esta entidade 
já reconhecia, em suas primeiras reuniões, a existência de doenças profissionais.
Desenvolviam-se então os primeiros conceitos de Higiene Industrial, de Ergonomia 
e fortalecia-se a Engenharia de Segurança do Trabalho.
Diante desses aspectos históricos, entende-se como uma filosofia base da 
segurança e saúde do trabalho a proteção da saúde e do bem-estar dos traba-
lhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos 
provenientes do ambiente de trabalho, sendo assim, entende-se que tudo come-
çou quando uma pessoa reconheceu um risco e tomou providências não só para 
si, mas também para os demais que se expunham ao mesmo tipo de trabalho. 
Conclui-se, desta forma, que essa deve ser a base da origem e a essência dos pro-
fissionais que irão atuar nas avaliações ocupacionais. 
Você sabia que Bernardino Ramazzini foi um médico e que o seu trabalho 
sobre doenças ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doen-
ças do Trabalho) relacionou os riscos à saúde ocasionados por produtos 
(químicos, poeira, metais e outros agentes) que foram encontrados em tra-
balhadores de 54 ocupações? 
Fonte: Fernandes (2016, on-line)8.
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INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
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IU N I D A D E28
PRINCÍPIOS DA NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO 
OCUPACIONAL
FASE DE RECONHECIMENTO E ANTECIPAÇÃO 
O reconhecimento e a anteci-
pação de um risco potencial à 
saúde do trabalhador, é uma 
condição prévia para a imple-
mentação de atividades de 
avaliação ocupacional. 
Na década de 60, a 
Division of Industrial Hygiene 
of United States Public Health 
Service (USPHS), que mais 
tarde se tornou o National 
Institute for Occupational 
Safety and Health (NIOSH), 
desenvolveu pesquisas com 
o propósito de identificar a 
extensão da exposição dos 
trabalhadores e os riscos à 
saúde. Os resultados destes estu-
dos eram usados para determinar a necessidade para os especialistas de saúde 
nas agências governamentais e para fixar as prioridades na inspeção e nos pro-
gramas governamentais (NIOSH). 
Hoje em dia, os esforços da Higiene Ocupacional nos EUA são guiados 
pela consideração dos riscos, mais do que pelas doenças. Consequentemente, a 
ênfase na antecipação e no reconhecimento de problemas de saúde ocupacio-
nal envolve a prática da higiene industrial através das avaliações ocupacionais 
na determinação do risco e/ou a combinação dos riscos inerentes dos agentes e 
a probabilidade de exposição. 
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Princípios da Necessidade de Avaliação Ocupacional
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FASE DE AVALIAÇÃO 
Embora o uso dos sentidos (visão, cheiro e 
gosto) tenha muita importância no início da 
prática das avaliações ocupacionais, a tran-
sição para um conceito científico exigiu o 
desenvolvimento de métodos de amostragem 
mais sofisticados para ajudar na avaliação de 
problemas. Um dos primeiros métodos de 
amostragem foi desenvolvido por pesquisa-
dores na Universidade de Harvard em 1917, 
que foi o tubo de detector colorimétrico (dis-
positivo de indicação colorimétrica) para a 
avaliação ambiental de monóxido de carbono 
(LAMB, 1919 apud VELOSO, 2004). 
Já em 1922, Greenber e Smith desenvolveram o impinger e em 1938 Littlefield 
e Schrenk modificaram o projeto e desenvolveram o impinger miniaturizado 
(midget impinger) (BROWN, 1965 apud VELOSO, 2004). Com esta evolução, 
posteriormente com auxílio do uso de bombas manuais, os impingers criaram 
as primeiras avaliações ambientais de zona respiratória do trabalhador. 
O método analítico de contar partículas com um microscópio e avaliar as 
concentrações de milhões de partículas por pé cúbico era o método normal, carac-
terizando exposições a particulados, até a aplicação do filtro de membrana em 
1953, que permitiu avaliar as exposições em massa por base de volume (GOETZ, 
1953 apud VELOSO, 2004). 
Em 1970, uma importante inovação na metodologia de amostragem aconteceu 
quando NIOSH desenvolveu o tubo de carvão ativo para amostragem e proveu o desen-
volvimento da bomba de amostragem pessoal (WHITE, 1970 apud VELOSO, 2004). 
Em 1973, simultaneamente com o desenvolvimento destes dispositivos de 
amostragem ativos, desenvolveu-se um monitor passivopara dióxido de nitro-
gênio. Esses desenvolvimentos tecnológicos facilitaram a amostragem pessoal e 
permitiram ao higienista maior flexibilidade na caracterização da exposição do 
trabalhador em condições arriscadas.
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INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
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IU N I D A D E30
Diante do fato do desenvolvimento dos instrumentos de avaliação ambiental, 
houve a necessidade de serem estabelecidos parâmetros que indicassem a superex-
posição dos trabalhadores aos agentes de risco. Portanto, em 1929, alguns higienistas 
recomendaram limites superiores para exposição à poeira de quartzo, baseados em 
estudos na indústria de granito de Vermont (NIOSH, 1975 apud VELOSO, 2004). 
Em 1939, a primeira lista de valores permissíveis (MACs) é desenvolvida pela 
ACGIH em conjunto com a ASA (ANSI). Essa lista foi publicada em obras médi-
cas, chegando a ter 140 substâncias e indicava as razões dos valores adotados. 
Em 1947, ACGIH começou a publicação de sua lista de MAC, que foi trans-
formada em Term Threshold Limit Values (TLVs®) em 1948 (BEATZER, 1980 apud 
VELOSO, 2004). Estes parâmetros são atualizados anualmente e são, inclusive, referen-
ciados na atual legislação brasileira, tanto trabalhista, NR - 9, quanto previdenciária. 
FASE DE CONTROLE 
Em paralelo com todo este desenvolvimento dos dis-
positivos de amostragem e análise, para o controle 
dos riscos a serem executados pelos profissionais 
de Segurança do Trabalho, estes necessitavam de 
algumas abordagens tecnológicas, ou seja, medidas 
de engenharia tais como meios de substituição com 
substâncias menos arriscadas ou o uso de ventila-
ção local exautora. Caso estas medidas não fossem 
suficientes para eliminar os riscos, deveriam ser 
adotadas medidas administrativas ou de proteção individual até que fossem 
encontradas soluções para eliminação e/ou neutralização dos risco encontrados.
Através destes conceitos de controle na fonte, no ambiente e no trabalhador, 
foram introduzidos pela primeira vez de forma abrangente, por Ulrich Ellenborg 
em 1473, três métodos de controle que são usados até hoje: o uso de carvão seco 
em vez do molhado para evitar a produção de fumo tóxico; o trabalho a ser rea-
lizado com janelas abertas; e que os trabalhadores fizessem a cobertura da boca 
para prevenir inalação de fumo nocivo (BROWN, 1965 apud VELOSO, 2004). 
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Normatização Pertinente à Avaliação Ocupacional
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Em 1951, a ACGIH publica a primeira edição do “Industrial Ventilation: 
A Manual of Recommended Practice”, sendo que este manual, após diversas 
revisões, é o mais atual e o mais completo quanto aos sistemas de ventilação e 
exaustão, sendo usado como guia e referência pelos profissionais da segurança 
do trabalho (ACGIH). 
Quanto ao uso de respiradores, existem registros da utilização, desde 50 
d.C., de bexigas de animais para proteção respiratória. Leonardo da Vinci (1452-
1519), considerando os problemas respiratórios, recomendava o uso de tecidos 
umedecidos contra os agentes químicos de guerra. Ele também criou dois dis-
positivos de respiração subaquática, sendo que era um snorkel com o elemento 
flutuante de bloqueio (NIOSH, 1976 apud VELOSO, 2004). 
Ramazzini escreveu um estudo sobre a ineficiência dos protetores respi-
ratórios de sua época. Nos anos de 1800, a compreensão das separações entre 
partículas e gases permitiu avanços nos respiradores. Em 1814 desenvolveu-se o 
precursor do filtro de partículas dentro de um invólucro rígido. A propriedade 
de absorção de vapores do carvão ativo foi descoberta em 1854 e quase imedia-
tamente utilizada em respiradores (ROSE, 1997). 
NORMATIZAÇÃO PERTINENTE À AVALIAÇÃO 
OCUPACIONAL
A base legal para avaliação ocupacional está 
amparada pelo conjunto de leis, que seguem 
a seguinte hierarquia: 
1. Constituição. 
2. Emenda à constituição.
3. Lei complementar.
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
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4. Lei ordinária ou código ou consolidação. 
5. Lei delegada.
6. Decreto legislativo. 
7. Resolução.
8. Decreto.
9. Instrução normativa.
10. Instrução administrativa.
11. Ato normativo.
12. Ato administrativo.
13. Portaria.
14. Aviso.
O principal documento que regulamenta a avaliação ocupacional é a Portaria 
MTB Nº 3.214, de 08 de junho de 1978. A portaria 
aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, 
da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medi-
cina do Trabalho. O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas 
atribuições legais, considerando o disposto no art. 200 da Consolida-
ção das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de 
dezembro de 1977, resolve: Art. 1º - Aprovar as Normas Regulamen-
tadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do 
Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. (PORTARIA 
3214, 1978). 
Dentre as normas regulamentadoras, a número 15, 
cujo título é Atividades e Operações Insalubres, 
defi ne, em seus anexos, os agentes insalubres, os limi-
tes de tolerância e os critérios técnicos e legais para 
avaliar e caracterizar as atividades e operações insa-
lubres e o adicional devido para cada caso.
Fonte: Saraiva (on-line, 2016)9.
Normatização Pertinente à Avaliação Ocupacional
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Documentos complementares
 ■ ABNT NBR 5413 – Iluminância de Interiores.
 ■ ABNT NBR 14725 – Ficha de Informações de Segurança de Produtos 
Químicos.
 ■ CLT – Título II – Capítulo V – Seção XIII – Das Atividades Insalubres 
ou Perigosas.
 ■ Decreto no 157, de 02/07/91 – Decreta a Convenção OIT n. 139 – 
Prevenção e o controle de riscos profissionais causados pelas substâncias 
ou agentes cancerígenos.
 ■ Decreto no 1.253, de 27/09/94 – Decreta a Convenção OIT n. 136 – 
Proteção contra os riscos de intoxicação provocados pelo benzeno.
 ■ Decreto no 2.657, de 03/07/98 – Decreta a Convenção OIT n. 170 – 
Segurança na utilização de produtos químicos.
 ■ Decreto no 4.882, de 18/11/03 – Altera dispositivos do Regulamento da 
Previdência Social, validando legal a utilização das Normas de Higiene 
Ocupacional da FUNDACENTRO (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho) como referência legal a ser utilizada.
 ■ Instrução Normativa INSS/DC no 78, de 16/07/02 – Estabelece critérios 
a serem adotados pelas áreas de Arrecadação e de Benefícios.
 ■ Instrução Normativa INSS/PRES n. 11, de 20/09/2006 (e suas atualiza-
ções) – Estabelece critérios a serem adotados pelas áreas de Arrecadação e 
de Benefícios. Trata de assuntos relacionados à emissão da Comunicação 
de Acidente de Trabalho (CAT), Perfil Profissiográfico Previdenciário 
(PPP) e Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT).
 ■ Instrução Normativa MTb/SSMT nº 01, 20/12/95 – Dispõe sobre a 
“Avaliação das concentrações de Benzeno em ambientes de trabalho”.
 ■ Instrução Normativa MTb/SSMT nº 02, 20/12/95 – Dispõe sobre a 
“Vigilância da Saúde dos Trabalhadores na Prevenção da Exposição 
Ocupacional ao Benzeno”.
 ■ Lei no 9.032, de 28/04/95 – Apresenta os critérios legais para a reforma 
da previdência em especial a caracterização da Aposentadoria Especial.
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E34
 ■ Manual de Limites de Exposição ACGIH (American Conference of 
Governmental Industrial Hygienists).
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 01 – 2001 – Norma de Higiene 
Ocupacional: procedimento técnico: avaliação da exposição ocupacio-nal ao ruído contínuo ou intermitente e impacto (Substituiu a NHT 07 
e NHT 09).
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 02 – 1999 – Norma de Higiene 
Ocupacional: método de ensaio: análise qualitativa da fração volátil (vapo-
res orgânicos) em colas, tintas e vernizes por cromatografia gasosa/detector 
de ionização de chama.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 03 – 2001 – Norma de Higiene 
Ocupacional: método de ensaio: análise gravimétrica de aerodispersó-
ides sólidos coletados sobre filtros de membrana.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 04 – 2001 – Norma de Higiene 
Ocupacional: método de ensaio: método de coleta e análise de fibras em 
locais de trabalho: análise por microscopia ótica de contraste de fase.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 05 – 2001 – Norma de Higiene 
Ocupacional: procedimento técnico – avaliação da exposição ocupacio-
nal aos raios x nos serviços de radiologia.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 06 - 2002 – Norma de Higiene 
Ocupacional: procedimento técnico: avaliação da exposição ocupacio-
nal ao calor.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 07 – 2002 – Norma de Higiene 
Ocupacional: procedimento técnico: calibração de bombas de amostra-
gem individual pelo método da bolha de sabão.
Normatização Pertinente à Avaliação Ocupacional
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 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 08 – 2009 – Norma de Higiene 
Ocupacional: Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de 
Ambientes de Trabalho.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 09 – 2013 – Norma de Higiene 
Ocupacional: Critérios e procedimentos para avaliação da exposição 
ocupacional em vibrações de corpo inteiro tendo como principal foco 
a prevenção e o controle dos riscos. Apresenta elementos para a análise 
preliminar e o enquadramento das situações abordadas, sendo que as 
avaliações quantitativas são realizadas somente quando há incerteza em 
relação à aceitabilidade das situações de exposição.
 ■ Norma FUNDACENTRO NHO 10 – 2013 – Norma de Higiene 
Ocupacional: critérios e procedimentos para avaliação da exposição 
ocupacional a vibrações em mãos e braços tendo como principal foco 
a prevenção e o controle dos riscos. Apresenta elementos para a análise 
preliminar e o enquadramento das situações abordadas, sendo que as 
avaliações quantitativas são realizadas somente quando há incerteza em 
relação à aceitabilidade das situações de exposição.
Diz-se que a capacidade auditiva deficiente não pode ser curada nem corri-
gida devido ao fato de que a perda da audição produzida pelo ruído é sem-
pre permanente.
Fonte: INFOSEG, (on-line).10
INTRODUÇÃO À HIGIENE OCUPACIONAL (AVALIAÇÃO OCUPACIONAL)
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) estudante, esta unidade serviu para uma breve descrição das inter-
venções quanto aos aspectos históricos da higiene ocupacional, origens das quais 
tiramos a base para as atuais metodologias de avaliação ocupacionais presentes 
nos dias de hoje. O estudo deste, como pode perceber, o levará a questionamen-
tos gerais para estimular o pensamento. Na prática, essas disposições contidas nos 
textos da unidade, mesmo que sendo referências passadas, acabam por se tor-
nar muito complexas e têm implicações muitas vezes importantes para a saúde 
dos trabalhadores e da empresa no cotidiano atual.
Sendo assim, o entendimento pretendido é para que seja possível perceber 
as definições básicas da Higiene Ocupacional no que tange as avaliações ocupa-
cionais, ao passo que se abordou criticamente a inserção da Higiene do Trabalho 
como meio de avaliação e reconhecimento de riscos nos ambientes de trabalho. 
Contudo, é necessário que fique clara a extensa fronteira e o leque de opções à 
escolha do profissional de Segurança do Trabalho, conforme o desenvolvimento 
que buscar para as suas oportunidades profissionais ou vocação, possibilitando 
ao mesmo, ainda, pré-classificar e identificar os agentes de risco ambiental, com-
preendendo a relação entre higiene do trabalho, avaliação e gestão de riscos. Por 
meio dessa compreensão será possível alcançar conhecimento suficiente para defi-
nir as estratégias de amostragem relacionadas ao controle ambiental e biológico, 
e assim, apropriar-se dos mecanismos de controle para intervenção ambiental. 
Por último, é válido salientar que as avaliações ocupacionais são o principal ins-
trumento do SST para fazer diferença nesse sistema produtivo pragmático, muito 
pouco emotivo e muitas vezes deliberadamente mórbido, mas que tem solução. 
37 
1. Relacione as colunas: 
(1) Risco físico ( ) Poeiras
(2) Risco químico ( ) Raios ultravioleta 
(3) Risco biológico ( ) Bactérias
 ( ) Frio
 ( ) Vibrações 
 ( ) Névoas de pinturas
2. Foi considerado o “Pai da medicina do trabalho”:
a. Georgius Agrícola.
b. Plinius Secundos.
c. Bernardino Ramazzini.
d. Hipócrates.
e. Paracelso
3. De acordo com o texto da Unidade I, as avaliações ambientais servem para:
I. Proporcionar ambientes de trabalho salubres.
II. Proteger e promover a saúde dos trabalhadores.
III. Proteger o meio ambiente e a natureza.
IV. Contribuir para um desenvolvimento socioeconômico e sustentável da comunidade.
V. Descobrir o que está causando determinados sinais ou sintomas nos funcionários. 
VI. Atender uma reclamação trabalhista, ou notificação de um agente de fiscalização. 
VII. Caracterizar a insalubridade do ponto de vista legal. 
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas III e IV estão incorretas.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
4. Partindo do item “Princípios da necessidade de avaliação ocupacional”, quantas e 
quais são as fases necessárias para avaliação dos riscos ocupacionais?
38 
UMA VISÃO SOBRE RISCO OCUPACIONAL 
Roberto Jaques
Aqueles profi ssionais dedicados a executar as atribuições 
preconizadas para a função HO1 têm como missão principal 
a preservação da saúde dos trabalhadores, no tocante ao 
não surgimento de doenças ocupacionais provocadas por 
exposições às energias, aos contaminantes químicos e aos 
microrganismos patológicos naquilo que diz respeito aos 
contatos crônicos. Além disso, existem também ações da 
responsabilidade desses profi ssionais no que concerne 
aos danos imediatos provocados por exposições agudas 
que redundam em acidentes de trabalho. Ao contratar 
profi ssionais de HO, os empregadores estão preocupados 
em atender a legislação a fi m de não serem autuados e de 
não criarem trabalhistas e previdenciários passivos, além de 
utilizar essas ações na gestão de segurança e saúde ocupacional visando, por exemplo, 
a respectiva certifi cação. Conforme a Portaria 3.214/78 em sua NR-09, item 9.1.1, o PPRA 
(Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) visa à preservação da saúde e da inte-
gridade dos trabalhadores, por meio de ações de “antecipação”, “reconhecimento”, “ava-
liação” e o consequente “controle” da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que 
venham a existir no ambiente de trabalho. É necessário compreender quais riscos am-
bientais estamos falando. Para a NR–09 são considerados riscos ambientais os agentes 
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, devido a sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar 
danos à saúde do trabalhador. Adiante faremos um destaque para os riscos biológicos, 
cuja caracterização do risco ambiental leva em conta sua natureza patogênica, dissemi-
nação para a coletividade e poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Por 
esta mesma NR, cabe a aquele que for “designado” pelo empregador como sendo capaz 
de desenvolver o disposto nesta Norma, a obrigação de informar primeiro aos trabalha-
dores sobre os riscos ambientais e depois ao Médico Coordenador do Programa de Con-
trole Médico e SaúdeOcupacional (PCMSO), disposto na NR – 07 (também da Portaria 
3.214/78), que obriga a integração entre esse par de programas.
Para downloads, acesse: <http://www.abho.org.br/revistas/>. Acesso em: 9 abr. 2016.
1 Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Higiene Ocupacional (HO) é a ciência e a arte dedicada à 
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente 
de trabalho, visando a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA
Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA 
Editora: LTr
Sinopse: Este livro aborda, de maneira objetiva, os proce-
dimentos e a metodologia do reconhecimento, avaliação e 
controle dos agentes ambientais, bem como os programas 
normalizados sobre o tema, especialmente o PPRA.
Comentário: Livro contemporâneo, que possui linguagem 
simples, clara e objetiva, proporcionando um aprendizado 
didático e efi ciente, proporciona uma visão geral sobre 
defi nição e avaliação dos riscos ocupacionais a serem 
avaliados nos ambientes de trabalho.
Higiene e Segurança Industrial
Sinopse: Apresenta os aspectos históricos do início da Higiene Ocupacional. 
Comentário: Vídeo em língua Espanhola de fácil entendimento, que traz um breve resumo de 
todo o início da história da higiene ocupacional e seus aspectos em que se deu a origem para 
avaliarmos os ambientes.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ew9qNDz93dk>. Acesso em: 9 abr. 2016.
REFERÊNCIAS
Citação de Links
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template_id=60&partner_id=&tu=b2c&dept%5Fid=100&pf%5Fid=03964&nome=-
Termo%2DHigro%2DAnem%F4metro+Lux%EDmetro+Digital&dept%5Fname=Se-
guran%E7a+e+Medicina+do+Trabalho>. Acesso em: 26 abr. 2016.
2<http://www.instrutherm.com.br/instrutherm/product.asp?template_id=60&old_
template_id=60&partner_id=&tu=b2c&dept%5Fid=100&pf%5Fid=04207&nome=-
Termo%2DHigro%2DDecibel%EDmetro%2DLux%EDmetro&dept%5Fname=Segu-
ran%E7a+e+Medicina+do+Trabalho>. Acesso em: 26 abr. 2016.
3<http://www.instrutherm.com.br/instrutherm/product.asp?template_id=60&old_
template_id=60&partner_id=&tu=b2c&dept%5Fid=100&pf%5Fid=04239&no-
me=Bomba+Digital+Program%E1vel+de+Amostragem+de+Poeira+e+Gases+-
com+Display&dept%5Fname=Seguran%E7a+e+Medicina+do+Trabalho>. Acesso 
em: 26 abr. 2016.
4<http://www.instrutherm.com.br/instrutherm/product.asp?template_id=60&old_
template_id=60&partner_id=&tu=b2c&dept%5Fid=100&pf%5Fid=05546&no-
me=Detector+de+4+Gases+Port%E1til+com+software%2C+cabo+USB%2C+es-
tojo+e+carregador&dept%5Fname=Seguran%E7a+e+Medicina+do+Trabalho>. 
Acesso em: 26 abr. 2016.
5<http://www.instrutherm.com.br/instrutherm/product.asp?template_id=60&old_
template_id=60&partner_id=&tu=b2c&dept%5Fid=100&pf%5Fid=05911&nome=-
Medidor+de+Stress+T%E9rmico+Digital+com+fun%E7%E3o+de+Anem%F4me-
tro&dept%5Fname=Seguran%E7a+e+Medicina+do+Trabalho>. Acesso em: 26 abr. 
2016.
6<http://www.instrutherm.com.br/instrutherm/product.asp?template_id=60&old_
template_id=60&partner_id=2&tu=b2c&dept_id=180&pf_id=06590&nome=-
Dos%EDmetro+de+Ru%EDdo+mod.+DOS-600+(com+Certificado+de+Ca-
libra%E7%E3o+rastre%E1vel+RBC%2FInmetro)+com+Interface+USB%2C+-
fun%E7%E3o+decibel%EDmetro+e+pondera%E7%E3o+A%2C+C+e+Z+com+in-
dica%E7%E3o+de+LS+e+LF%2C+Max+e+Min..&dept_name=Decibel%EDmetro>. 
Acesso em: 26 abr. 2016.
7<https://fr.wikipedia.org/wiki/Bernardino_Ramazzini>. Acesso em: 9 abr. 2016.
8<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/BernRamz.html>. Acesso em: 9 abr. 2016>.
9<http://www.saraiva.com.br/seguranca-e-medicina-do-trabalho-manuais-de-le-
gislacao-75-ed-2015-8583091.html>. Acesso em 26 abr. 2016.
10<http://issuu.com/racconet/docs/infoseg_edicao13_declaracao_de_
guer/1?e=16538984/12093996>. Acesso em: 9 abr. 2016.
GABARITO
41
UNIDADE I 
1. 
(1) Risco físico (1) Poeiras
(2) Risco químico (2) Raios ultravioleta 
(3) Risco biológico (3) Bactérias
 (1) Frio
 (1) Vibrações 
 (2) Névoas de pinturas
2. c
3. c
4. 3 fases
Fase de Reconhecimento e antecipação 
Fase de Avaliação 
Fase de Controle 
U
N
ID
A
D
E II
Professor Esp. Edinei Aparecido Furquim dos Santos
LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS 
AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS – 
ATIVIDADES OPERAÇÕES INSALUBRES:
NR 15 (CRITÉRIOS QUANTITATIVOS) 
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Demonstrar como o gerenciamento das avaliações ambientais do trabalho 
podem dar subsídios para se atingir as metas em Segurança e Saúde 
Ocupacional, observados os padrões da NR15.
 ■ Verificar os aspectos quantitativos e quais anexos os compreendem dentro 
da NR 15.
 ■ Compreender a conceituação básica de cada anexo.
 ■ Observar os pontos principais de cada anexo e as formas de avaliação dos 
riscos segundo a legislação vigente.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Introdução à portaria 3214/78 – Normas Regulamentadoras
 ■ NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – Regras Básicas 
 ■ NR 15 – Anexos 1 e 2 - Ruído Contínuo, Intermitente e Impacto (Grau Médio)
 ■ NR 15 – Anexo 3 - Calor (Grau Médio) 
 ■ NR 15 – Anexo 8 - Vibrações (Localizadas ou de Corpo Inteiro), com Base nos 
Limites de Tolerância das Normas ISO 2631 - 1 e ISO/DIS 5349 - 1 (Grau Médio)
 ■ NR 15 – Anexo 9 - Frio (Grau Médio)
 ■ NR 15 – Anexo 11 - Agentes Químicos, Estabelecidos Limites de Tolerância 
(Graus Mínimo, Médio e Máximo, conforme o Agente)
 ■ NR 15 – Anexo 12 - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais (Grau Máximo)
Introdução
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, você será direcionado(a) ao estudo das bases 
para a aplicação de técnicas de utilização de equipamentos de medição – TUEM. 
Nesta Unidade, no material constante, você poderá formar ideias e conceitos para 
os seus conhecimentos da Segurança do Trabalho – ST. Nela você compreenderá 
que a base de tudo está no entendimento da atividade executada nos ambientes 
de trabalho, e que todo o conhecimento para uma boa avaliação ocupacional 
consiste em saber aplicar os conceitos em atividades conhecidas, portanto, é 
necessário empenho e dedicação no estudo que será apresentado, pois somente 
assim você poderá compreender e fazer o bom uso das normas a favor da boa 
avaliação de campo, além de que ao seguir as boas práticas da higiene do tra-
balho associadas às técnicas de medição nos ambientes laborais, os resultados 
serão expressivos e confiáveis.
Desta forma, é extremamente importante compreender que rever os conceitos 
básicos da NR 15 e os conceitos básicos de cada anexo, permitirá compreender 
melhor o contexto de aplicação de cada um, e assim, facilitar o seu dia a dia no 
tocante ao levantamento preliminar e no monitoramento constante para controle 
dos riscos ocupacionais; posterior ao estudo da Norma, sua base para definir as 
estratégias de amostragem ficará mais afinada.
Os conteúdos desta Unidade foram organizados e subdivididos em tópicos. 
Estes tópicos, por sua vez, são recursos de aprendizagem que irão provocá-lo e 
conduzi-lo às reflexões, sínteses, leituras complementares, consultas, entre outros 
desejos na área. Assim, recomendo especial atenção aos tópicos, “analisando e 
praticando”, pois eles farão parte das atividades avaliativas do curso. 
Desejo a você, acadêmico (a), uma leitura proveitosa sobre os temas abordados 
nesta disciplina. E lembre-se que, apesar de distantes, estamos muito próximos.
LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS – ATIVIDADES OPERAÇÕES INSALUBRES:
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E46
INTRODUÇÃO À PORTARIA 3214/78 – NORMAS 
REGULAMENTADORAS 
Quando pensamos e/ou falamos em Segurança e Medicina do Trabalho, e come-
çamos a verificar todas as exigências legais sobre esse tema, estamos falando 
combase em uma Portaria do Ministério do trabalho e emprego, que entrou 
em vigor em 08 de junho de 1978 traçando novos caminhos e diretrizes para a 
Segurança e Medicina do trabalho no Brasil. Estas diretrizes e Normas devem 
ser observadas e seguidas por todas as organizações que admitam funcionários 
como empregados e cujos contratos sejam regidos pela CLT – Consolidação das 
Leis Trabalhistas.
Se vão quase 30 anos, e essa Portaria vem sofrendo alterações significativas 
ao longo do tempo, sendo incluídas e/ou alteradas as Normativas nela constantes. 
Hoje são um total de 36 Normas Regulamentadoras, na qual cada uma aborda e 
define as diretrizes mínimas que devem ser implantadas e seguidas por emprega-
dos e empregadores, para se evitar acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
A consulta a esta portaria, bem como todas as Normas nela contidas, pode 
ser feita pelo site do MTE1. 
©shutterstock
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NR – 15 - Atividades e Operações Insalubres – Regras Básicas 
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NR – 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES – 
REGRAS BÁSICAS 
A Norma Regulamentadora 15 é o marco das instruções relativas às avaliações 
ocupacionais, nela constam 14 anexos distribuídos da seguinte forma:
 ■ Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12, que possuem limites de tolerância, desta 
forma necessitam de avaliações quantitativas para a devida caracterização.
 ■ Anexos n.º 6, 13 e 14, que têm o critério qualitativo, necessitam da verifica-
ção da atividade, e devido ao enquadramento nos critérios preestabelecidos 
para sua caracterização.
 ■ Anexos n.º 7, 8, 9 e 10, que em primeiro lugar necessitam ser comprova-
dos através de laudo de inspeção do local de trabalho para averiguação 
das condições de realização das atividades. 
Por meio das disposições constantes neste anexo é que podemos partir para as 
avaliações ocupacionais nos ambientes de trabalho, que irão proporcionar aos 
avaliadores dados concretos e objetivos para definir situações de insalubridade 
decorrentes da exposição aos agentes prejudiciais à saúde dos trabalhadores, 
sendo estas disposições regidas e disciplinadas pelos artigos 189 a 192 da CLT.
Um fato extremamente relevante no tocante à legislação e que deve ser obser-
vado é que para algumas profissões regulamentadas existe também a definição 
LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS – ATIVIDADES OPERAÇÕES INSALUBRES:
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E48
de que se deve pagar o adicional de insalubridade, sendo assim, é extremamente 
importante a correta e minuciosa avaliação do ambiente de trabalho para o enqua-
dramento adequado. Outro fator importante é que nem todos os agentes físicos, 
químicos ou biológicos nocivos à saúde podem ser considerados como agentes 
insalubres, pois, de acordo com o artigo 190 da CLT, apenas os agentes listados 
no quadro de atividades e operações considerados insalubres (aprovado pelo 
Ministério do Trabalho) podem ser considerados. Essa relação encontra-se nos 
conteúdos explícitos nos 14 anexos da NR 15 (Portaria 3214/77).
Os valores determinados nas avaliações ambientais, seguindo os critérios 
legais estabelecidos nos anexos, também serão balizadores da confecção do 
LTCAT, Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho, documento este, 
que tem uso e finalidade exclusiva da Previdência Social para fins de enquadra-
mento do direito à aposentadoria especial por trabalho efetivo, em condições de 
risco com exposição a agentes nocivos.
Para tanto, caro(a) aluno(a), a partir deste ponto, você irá estudar os crité-
rios legais – e a base da legislação referente aos anexos mais relevantes para uma 
boa avaliação ocupacional.
O que você sabe sobre as doenças ocupacionais? Saiba que as doenças pro-
fissionais continuam sendo as principais causas das mortes relacionadas 
com o trabalho. 2,02 milhões de mortes são causadas por diversos tipos de 
enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média di-
ária de mais de 5.500 mortes. 
O que você pode fazer para mudar este contexto? (Organização Internacio-
nal do Trabalho)2
Ruído
Impacto
NR 15, anexo 2NR 15, anexo 1
Contínuo ou 
intermitente
Risco grave e 
iminente**
115 dB(A)
Limite de tolerância 
130 dB linear; 130 
dB(C) Fast
Risco grave e 
iminente**
140 dB (linear); 130 
dB(C)
Limite de tolerância*
85 dB(A)
NR – 15 - Anexos 1 e 2 - Ruído Contínuo, Intermitente e Impacto (Grau Médio)
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NR – 15 - ANEXOS 1 E 2 - RUÍDO CONTÍNUO, 
INTERMITENTE E IMPACTO (GRAU MÉDIO)
Figura 01: Sistema de avaliação de Ruídos (Continuo ou intermitente e impacto)
* Para uma exposição de 8 horas/diárias sem proteção auditiva.
** Sem proteção adequada.
Fonte: NR 15, anexo 01 e 02.
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU 
INTERMITENTE
Segundo a Lei 6514 – Portaria 3214/78, Norma Regulamentadora NR-15 – 
Anexo 1, são definidos tempos máximos de exposição de acordo com o nível 
de ruído em dB (A).
LEGISLAÇÃO APLICADA ÀS AVALIAÇÕES OCUPACIONAIS – ATIVIDADES OPERAÇÕES INSALUBRES:
Reprodução proibida. A
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A legislação brasileira entende por Ruído Contínuo ou Intermitente, para 
os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de 
impacto. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em 
decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito 
de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser 
feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será conside-
rada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais 
elevado, não sendo permitida a exposição aos níveis de ruído acima de 115 dB 
(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites 
de tolerância fixados no Quadro I do anexo I. 
Quadro 01: Tempos de exposição permissível
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSIVEL
85
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87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
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100
102
104
105
106
108
110
112
114
115
8 horas
7 horas
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
3 horas
2 horas e 30 minutos
2 horas e 15 minutos
2 horas
1 horas e 45 minutos
1 horas e 15 minutos
1 horas
45 minutos
35 minutos
30 minutos
25 minutos
20 minutos
15 minutos
10 minutos
8 minutos
7 minutos
Fonte: Portaria 3214/78, NR 15, ANEXO 1.
NR – 15 - Anexos 1 e 2 - Ruído Contínuo, Intermitente e Impacto (Grau Médio)
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Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de 
exposição ao ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos 
combinados, de forma que se a soma das seguintes frações:
C1
T1
+
+
C2
T2
Cn
Tn
+
+
C3... 
T3...
+
+
Se exceder a unidade a exposição estará acima do limite de tolerância.
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto 
a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permis-
sível a este nível.
Sendo que nas atividades ou operações que exponham os trabalhadores a 
níveis de ruído contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB (A), sem prote-
ção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
LIMITES DE TOLERÂNCIA - RUÍDO DE IMPACTO
Segundo a Lei 6514, Portaria 3214/78, NR-15 – Anexo 2, são definidos os máxi-
mos níveis de ruído de impacto.
Entende-se por ruído de impacto, aquele que apresenta picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo e a intervalos superioresa 1 
(um) segundo. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), 
com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito 
de resposta. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O 
limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos interva-
los entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
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O MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
O instrumento para avaliação quantitativa de ruído (medição) possui regula-
mentação internacional, e apresenta a maior versatilidade e opções de modelos, 
desde as mais simples, até as mais complexas análises de níveis sonoros com dife-
rentes graus de exatidão e precisão.
Portanto, os aparelhos que são considerados de boa procedência têm que aten-
der aos padrões da IEC (Internacional Electrotechnical Commission) e do ANSI 
(American Standards Institute). Sendo assim, na hora de adquirir e utilizar um 
equipamento de medida de som, verifique se ele atende a uma dessas normas:
 ■ IEC 651 (1979) – Sound Level Meters
 ■ IEC 804 (1985) – Integrating-Averaging Sound Level Meters
 ■ ANSI S1.4 - (1983) – Specification for Sound Level Meters
 ■ ANSI S1.25 - (1991) – Specification for Personal Noise Dosimeters
 ■ ANSI S1.11 - (1986) – Specification for Oitave Filters
Em função de sua precisão nas medições (tolerâncias), os medidores são classi-
ficados pela ANSI em três padrões, e pela IEC em quatro, como mostra a tabela 
a seguir.
NR – 15 - Anexos 1 e 2 - Ruído Contínuo, Intermitente e Impacto (Grau Médio)
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Tabela 01: Comparativos padrões ANSI E IEC.
PADRÃO ANSI S1.4 PADRÃO IEC 61672 APLICAÇÃO
0 0 Referência padrão de Laboratório
1 1 Uso em Laboratório ou campo em con-dições controladas
2 2 Uso geral em campo
Não possui 3
Inspeções Rotineiras, tipo “varredura”, 
para constatar se os níveis de ruído es-
tão substancialmente acima dos limites 
de tolerância.
Fonte: o autor.
Obrigatoriamente, os equipamentos devem conter:
 ■ 2 curvas de ponderação – os circuitos de equalização devem fornecer ao 
usuário a opção de escolha para as curvas A ou C. Alguns aparelhos con-
têm as curvas B e D.
 ■ No mínimo, 2 constantes de tempo: lenta (slow) ou rápida (fast). Alguns 
aparelhos possuem as constantes ‘impulso’ e ‘pico’.
 ■ Faixa de medida de 30 a 140 dB.
 ■ Calibrador.
Calor
De�nição do tipo 
de trabalho
Quadro - 3
Regime de trabalho 
intermitente com 
períodos de descanso 
no próprio local de 
prestação de serviços
Regime de trabalho 
intermitente com 
período de descanso 
em outro local (local 
de descanso)
Quadro - 1 Quadro - 2
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NR – 15 - ANEXO 3 - CALOR (GRAU MÉDIO) 
Figura 02: Sistema de avaliação de Calor.
Fonte: NR 15, Anexo 3.
Os limites de tolerância para exposição ao calor no Brasil são definidos na Portaria 
MTe 3 214/78 - NR15 - Anexo 3, em função da taxa de metabolismo. Assim, 
para encontrar tais limites, é necessário associar os valores da tabela de ativida-
des com os das tabelas de limites de tolerância.
O método conhecido e estabelecido na legislação brasileira institui que o 
valor a ser considerado como representativo da exposição ao calor é um índice 
empírico resultante das temperaturas seca, úmida e radiante, e que é denomi-
nado de IBUTG – Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo.
Além disso, no Brasil, a legislação estabelece que a avaliação do IBUTG deve 
ser feita na pior condição da jornada e o índice calculado para 1 (uma) hora, 
sendo este o valor considerado para estabelecimento da salubridade ou insalu-
bridade da atividade. Independentemente das demais horas da jornada diária, 
semanal, mensal ou anual, os valores serem diferentes.
NR – 15 - Anexo 3 - Calor (Grau Médio) 
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As especificações são, de certa forma, genéricas contidas na Norma 
Regulamentadora Nº 15, da Portaria MTe Nº 3.214 de 08 de junho de 1.978 
(MTE, 2001). No Brasil, a referência mais difundida é a Norma da Fundacentro 
NHT 01 (FUNDACENTRO, 1985) que consiste basicamente no seguinte:
I. Temperatura de Bulbo Seco (TBS) – Medida com termômetro de mercú-
rio comum com escala de +10°C a +100°C e precisão mínima de ±0,1°C.
II. Temperatura de Globo (TG) – Medida com esfera oca de cobre com 
espessura da parede de aproximadamente 1mm, diâmetro interno de 
152,4mm, pintada externamente na cor preto fosco, com abertura de 
18mm de diâmetro e duto cilíndrico com comprimento de 25mm, para 
inserção do termômetro de mercúrio com escala de +10°C a +150°C e 
precisão de ±0,1°C. O termômetro deve ser inserido através de um ori-
fício central feito em uma rolha cônica de borracha que é encaixada na 
abertura da esfera. O bulbo do termômetro deve ficar no centro da esfera.
III. Temperatura de Bulbo Úmido Natural (TBN) – Medida com termô-
metro de mercúrio comum com escala de +10°C a +50°C e precisão de 
±0,1°C. O bulbo do termômetro deve ser totalmente revestido com um 
pavio de algodão, cuja extremidade oposta deve ficar imersa em água 
destilada contida em um frasco de 125 ml.
Os três termômetros devem ser fixados em um tripé com os sensores na mesma 
altura e, após um período de estabilização, as temperaturas podem ser lidas.
As exposições ao calor foram avaliadas através do Índice de Bulbo Úmido 
e Termômetro de Globo, para o cálculo do “IBUTG” com os equipamentos já 
especificados e definidos pelas equações que se seguem:
a. Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
b. Ambientes externos com carga solar:
IBTUG = 0,7 + 0,1 tbs + 0,2 tg
Onde:
Tbn = Temperatura de Bulbo Úmido Natural
Tg = Temperatura de Globo
Tbs = Temperatura de Bulbo Seco
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Quando das avaliações quantitativas, o instrumento de avaliação dever ser posi-
cionado para as medições nos locais onde permanecem os trabalhadores e sempre 
na mesma altura/localização em comparação a região do seu corpo onde é mais 
atingido pelo agente físico “calor”.
Dentro dos padrões e medições obtidas devem ser considerados:
Os limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de servi-
ços, utilizando-se para tanto o Quadro 02.
Quadro 02: Limites de Tolerância Regime de trabalho com descanso no próprio local de trabalho.
REGIME DE TRABALHO 
INTERMITENTE COM DESCANSO NO 
PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO (POR 
HORA)
TIPO DE ATIVIDADE
LEVE MODERADA PESADA
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
15 minutos descanso
30,1 a 30,5 36,8 a 28,0 25,1 a 25,9
30 minutos trabalho
30 minutos descanso
30,7 a 31,4 28,1 a 39,4 26,0 a 27,9
15 minutos trabalho
45 minutos descanso
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a 
adoção de medidas adequadas de 
controle
acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
Fonte: Portaria 3214/78, NR 15, ANEXO 3.
Os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermi-
tente com período de descanso em outro local (local de descanso), utilizando-se 
para tanto o Quadro 03.
NR – 15 - Anexo 3 - Calor (Grau Médio) 
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