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História - A fase superior do capitalismo Segunda Revolução Industrial e Imperialismo

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Semana 19 
 
Professores: William Gabriel 
Renato Pellizzari 
Monitor: Leonardo Machado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Segunda Revolução Indus-
trial 
Costumamos chamar de Segunda Revolução In-
dustrial os fenômenos industriais que aconteceram 
a partir de meados do século XIX. Se compararmos 
a Primeira com Segunda Revolução, perceberemos 
que aquela se deu segunda metade do século XVIII 
e teve como o grande país de referência foi a Ingla-
terra, no setor têxtil; enquanto esta, a Segunda, 
ocorreu quase cem anos depois e o país principal 
foi a Alemanha, mas contou com outros como os 
Estados Unidos e o Japão, com ênfase no setor au-
tomobilístico. 
Para entender o que possibilitou a eclosão da Se-
gunda Revolução Industrial, precisamos atentar 
para seus antecedentes. Os principais anteceden-
tes dessa nova fase industrial foram as Revoluções 
Liberais do século XIX. Questionando as estruturas 
do Antigo Regime, essas revoluções fortaleceram 
a burguesia e a ideologia liberal possibilitando o 
desenvolvimento do modelo capitalista. Além 
disso, as unificações também foram essenciais 
para impulsionar esse processo de industrializa-
ção, como foi o caso alemão, italiano e estaduni-
dense. 
Esse período foi marcado por inovações, como o 
surgimento do cinema, do telefone e do principal 
símbolo da Segunda Revolução Industrial, o auto-
móvel. Tal fato só foi possível devido ao forte in-
vestimento em pesquisa e tecnologia. Diferente-
mente da Primeira Revolução, esta nos mostra uma 
nova realidade. Vemos o surgimento de uma nova 
fase capitalista, o capitalismo financeiro, mar-
cando pela fusão do capital bancário com o capital 
industrial possibilitando todas essas inovações. Os 
vultuosos investimentos marcaram o surgimentos 
da chamadas “mega empresas” e a ascensão do ca-
pitalismo monopolista. Nesse momento, começam 
a surgir alianças/acordos entre empresas visando 
monopolizar o mercado, como é o caso das hol-
dings, cartéis e trustes. 
 
Com o crescimento dessas empresas e as políticas 
protecionistas, as nações que ingressaram nessa 
segunda fase industrial iniciaram um processo de 
expansão de seus mercados para regiões como a 
África e a Ásia, visando buscar matérias-primas, 
mão de obra barata, mercado consumidor, mas 
também investir em novas indústrias. A esse pro-
cesso de expansão do capitalismo, damos o nome 
de imperialismo, uma das principais consequên-
cias da Segunda Revolução Industrial. 
 
O Imperialismo 
De acordo com Lênin, o imperialismo representa a 
fase superior do capitalismo. Veremos agora como 
se caracteriza esse processo imperialista fruto da 
Segunda Revolução Industrial. 
Como dissemos, com o crescimento da produção 
e dos investimentos, em determinado momento 
que isso começa a superar o mercado interno e ini-
cia-se um processo de expansão da produção para 
outras regiões visando manter os lucros altos.Além 
de da busca de novas áreas para desenvolvimento 
industrial, o imperialismo tinha outras motivações 
como a busca por mercado consumidor, mão de 
obra barata e matérias-primas. 
O Imperialismo apresentou vários tipos de domina-
ção, como a dominação cultural, de caráter ideoló-
gico visando expandir principalmente o mercado 
consumidor, mas houve também formas de domi-
nação mais incisivas, como o estabelecimentos de 
áreas de influência, protetorados e colônias, que 
podem ser de enquadramento ou de enraizamento. 
Apesar de ser bastante lucrativo para as potências 
europeias, o processo imperialista gerou conflitos 
com as populações nativas na África e na Ásia, de-
vido a intensa exploração e desrespeito ao territó-
rio e às etnias que coexistiam na região. No entanto 
havia justificativas europeias para esse expansio-
nismo, a principal delas ficou conhecida como o 
“darwinismo social” ou “fardo do homem branco” 
 
RESUMO 
 
“A fase superior do capita-
lismo”: 2ª Rev. Industrial e 
Imperialismo 
 
 
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que, com um forte caráter etnocêntrico, conside-
rava que os europeus, por serem mais evoluídos, 
tinham um dever moral de civilizar o continente 
africano e o asiático.
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE AULA 
 
1. A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da ne-
ocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências euro-
peias para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que: 
 
a) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação con-
tribuiria para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos 
países asiáticos. 
b) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que de-
fendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso 
e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora. 
c) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asi-
áticos, o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos. 
d) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse 
fardo consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e 
asiáticos, gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvol-
vidos tivessem suas próprias indústrias. 
 
 
 
2. Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a consequências da Revolução Industrial: 
a) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo ur-
bano. 
b) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo 
como modo de produção dominante. 
c) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e ma-
nufaturas. 
d) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas "trade 
unions", que promoveram a conciliação entre patrões e empregados. 
e) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena 
dos direitos dos arrendatários agrícolas. 
 
 
3. No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao 
indígena, ele afirmou: 
 
"Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o 
altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo 
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(...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassa-
rem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cida-
dão satisfeito e feliz." 
 
Carl Von Martius. "O estado do direito entre os autóctones do Brasil". Belo Horizonte/São Paulo: Ita-
tiaia/EDUSP, 1982. 
 
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius 
a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fa-
zia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país. 
b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermí-
nio dos índios. 
c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e 
feliz. 
d) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das popu-
lações originárias da América. 
e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedadesindígenas e reforçava a missão 
"civilizadora europeia", típica do século XIX. 
 
 
 
4. "(...) quando a Inglaterra fez empréstimos à Argentina para a construção de ferrovias, a maioria dos trilhos, material rolante, etc. foi comprada à Inglaterra com lucros para os fabricantes ingleses. A 
exportação de capital excedente trouxe, nesse caso, também, lucro para os industriais ingleses." 
 
(Leo Huberman, "A História da Riqueza do Homem", Rio de Janeiro: Zahar, 1974, p.263.). 
 
A prática indicada pelo historiador americano é típica do processo de monopolização e expansão 
capitalistas (imperialismo) a partir da segunda metade do século XIX. Neste processo ocorre tam-
bém 
 
a) o aumento pela disputa de áreas coloniais afro-asiáticas que levarão à guerra potências tradicio-
nais, como a Inglaterra, e novas, como a Alemanha. 
b) a perda de poder de burguesias tradicionais europeias, como a italiana e a alemã, e a ascensão 
do moderno capitalismo inglês. 
c) a recolonização de vastas áreas da América Latina, já agora dividida por Inglaterra e Estados 
Unidos da América. 
d) a superação do capitalismo bancário, predominante na Europa desde a Era das Revoluções, pelo 
industrial, marcado pelo aparecimento de milhares de empresas. 
e) a descolonização de amplos territórios até então dominados pelas potências europeias na Amé-
rica Latina. 
 
 
 
5. A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorân-
cia lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâ-
mides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder. 
 
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado). 
 
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Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revo-
lução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX? 
 
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privi-
legiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. 
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho in-
dustrial. 
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento 
dos trabalhadores das periferias até as fábricas. 
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia 
e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e ar-
tística. 
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomera-
dos urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS PARA CASA 
 
1. Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da eletrici-dade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da economia mun-
dial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a aceleração da produ-
ção de mercadorias e grande concentração de capitais para investimento. 
 
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que: 
 
a) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril, con-
centrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno. 
b) demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes corpora-
ções, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência. 
c) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição das pe-
quenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção mais sofisticados e 
pela concentração maciça de capital para os investimentos de base. 
d) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se industrializaram a 
partir do período pós-guerras. 
e) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matérias-primas, em vista das transfor-
mações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Europa. 
 
 
2. A expansão imperialista das potências europeias sobre o continente africano, entre a segunda me-tade do século XIX e o início do século XX, alterou as estruturas das várias nações e territórios nos 
quais se manifestou. Sobre o imperialismo europeu na África, nesse contexto, é correto afirmar que: 
 
a) justificou sua dominação na ideologia que defendia a ação europeia como uma missão civilizadora 
capaz de conduzir os povos do continente a melhores condições de vida sob a tutela europeia; 
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b) buscou a integração econômica das áreas dominadas como produtoras de manufaturados e expor-
tadoras de capitais excedentes que atendessem às demandas de consumo geradas pela expansão de-
mográfica europeia; 
c) Instituiu a dominação política e territorial sobre as áreas litorâneas e as antigas feitorias coloniais, 
tendo em vista o desenvolvimento do rico comércio das rotas marítimas da África oriental; 
d) promoveu os conflitos culturais no continente, ao privilegiar as culturas tradicionais nas funções 
administrativas locais em detrimento das etnias europeizadas; 
e) fortaleceu as lideranças tribais e o provincianismo como forma de controle social dos contingentes 
demográficos nativos majoritários frente aos europeus. 
 
 
 
3. Uma das alternativas a seguir NÃO corresponde às diferenças entre o colonialismo do século XVI e o Neocolonialismo do século XIX. 
 
a) A principal área de dominação do Colonialismo europeu foi a América e o Neocolonialismo vol-
tava-se para a África e a Ásia. 
b) O Colonialismo teve como justificativa ideológica a expansão da fé cristã, enquanto que no Neoco-
lonialismo, a missão civilizadora do homem branco foi espalhar o progresso. 
c) Os patrocinadores do Colonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa, 
América e Ásia, enquanto que os do Neocolonialismo, o Estado metropolitano europeu e sua burgue-
sia comercial. 
d) O Colonialismo buscava garantir o fornecimento de produtos tropicais e metais preciosos, en-
quanto que o Neocolonialismo, a reserva de mercados e o fornecimento de matérias-primas. 
e) A fase do capitalismo em que o Colonialismo se desenvolveu denominou-se Capitalismo Comercial 
e a do Neocolonialismo, Capitalismo Industrial e Financeiro. 
 
 
 
4. Não há livro didático, prova de vestibular ou resposta correta do Enem que não atribua a miséria e os conflitos internos da África a um fator principal: a partilha do continente africano pelos europeus. Es-
sas fronteiras teriam acotovelado no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o 
caos imperar na África. Porém, guerras entre nações rivais e disputas pela sucessão de tronos exis-
tiam muito antes de os europeus atingirem o interior da África. Graves conflitos étnicos aconteceram 
também em países que tiveram suas fronteiras mantidas pelos governos europeus. É incrível que uma 
teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente isso acontece porque ela serve 
para alimentar a condescendência de quem toma os africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-
los da responsabilidade por seus problemas. 
 
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo, 2013. Adaptado. 
 
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que: 
a) as desigualdades sociais e econômicas no mundo atual originam-se exclusivamente das contradi-
ções materiais do capitalismo. 
b) o conhecimento histórico que privilegia a “óptica dos vencidos” apresenta um grau superior de ob-
jetividade científica. 
c) na relação entre diferentes etnias, o etnocentrismo é um fenômeno antropológico exclusivo dos 
paísesocidentais modernos. 
d) para explicar a existência dos atuais conflitos étnicos na África, é necessário resgatar os pressu-
postos da ideologia colonialista. 
e) a tese filosófica sobre um “estado de natureza” livre e pacífico é insuficiente para explicar os confli-
tos étnicos atuais na África. 
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5. Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefí-
cio para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] está no 
comando e no comando deve permanecer. 
 
Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11 
 
A partir do fragmento, é correto afirmar que 
a) a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto 
da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matériasprimas estratégi-
cas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior. 
b) o velho imperialismo do século XVI foi produto da revolução comercial pela procura de novos 
produtos e mercados para Portugal e Espanha que, por meio do exclusivo metropolitano e do direito 
de colonização sobre os povos inferiores, validando os superlucros da exploração colonial. 
c) o novo imperialismo da primeira metade do século XIX, na África e Oceania, consequência do ca-
pitalismo comercial, impôs o monopólio da produção colonial, em especial, para a Grã- Bretanha 
que, de forma pacífica, defendeu o direito de colonização sobre os povos inferiores. 
d) o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, tornou essas regiões fontes de matérias primas e 
mercados para a Europa, em especial, Alemanha e França, que por meio da guerra, submeteram os 
povos inferiores e promoveram a industrialização africana. 
e) a exploração da África e da Ásia na segunda metade do século XVII, pelas grandes potências in-
dustriais, foi um instrumento eficaz para a missão colonizadora daquelas áreas atrasadas e ampliou 
o domínio europeu em nome do progresso na medida em que implantou o monopólio comercial. 
 
 
 
6. A partilha da África entre os países europeus, no final do século XIX, a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a negocia-
ção política. 
b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano. 
c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano. 
d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido colônias 
em outras partes do mundo. 
e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano. 
 
 
 
7. “A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enri-
quecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e amplia-
vam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, im-
plantado na África a partir do final do século XIX [...].” 
 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 
 
O “novo tipo de colonialismo”, mencionado no texto, tem, entre suas características, 
a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à realiza-
ção de expedições científicas de exploração do continente africano. 
b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte-americana no comércio inter-
nacional e retomar posição de liderança na economia mundial. 
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c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem hierarquia política ou prevaleci-
mento comercial de um país ou continente sobre os demais. 
d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar a mão de obra disponível nas 
colônias remanescentes na América e em ilhas do Oceano Pacífico. 
e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e africanos, que favorecessem o 
avanço militar dos países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial. 
 
 
 
8. Observe a imagem a seguir, que apresenta uma das formas de luta e resistência dos trabalhadores europeus contra a profunda exploração que sofriam nas primeiras etapas da Revolução Industrial. 
 
 
 
Analisando a imagem, é correto afirmar que a estratégia de luta apresentada é o 
a) anarquismo, no qual os trabalhadores recusam-se a trabalhar até que os patrões ofereçam melho-
rias. 
b) trotskismo, no qual os trabalhadores agridem fisicamente os patrões para negociar melhorias nas 
fábricas. 
c) ludismo, no qual os trabalhadores destroem as máquinas das fábricas, consideradas símbolos da 
opressão. 
d) vandalismo, no qual os trabalhadores destroem as fábricas com a intenção de prejudicar o go-
verno. 
e) socialismo, no qual os trabalhadores quebram a propriedade privada para construir o sindicato. 
 
 
 
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9. Três décadas – de 1884 a 1914 – separam o século XIX – que terminou com a corrida dos países eu-ropeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa – do 
século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude 
estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. 
 
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo Cia. das Letras, 2012. 
 
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que 
a) difundiu as teorias socialistas. 
b) acirrou as disputas territoriais. 
c) superou as crises econômicas. 
d) multiplicou os conflitos religiosos. 
e) conteve os sentimentos xenófobos. 
 
 
 
 
10. O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da sua vida, dia 
após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das matériasprimas, dos instrumentos de trabalho e 
dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista. 
 
MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 
2010. 
 
O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação 
do sistema capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao 
a) desenvolvimento agrário e ao regime de servidão. 
b) aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio. 
c) desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho. 
d) aumento populacional das cidades associado ao regime de servidão. 
e) desenvolvimento da produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO CONTEXTO 
 
“Precursor do rádio, Landell de Moura morreu quase anônimo há 85 anos 
 
O padre Roberto Landell de Moura faleceu de tuberculose, aos 67 anos, em 30 de junho de 1928. Em uma 
cama do Hospital Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre (RS), sua cidade natal, era quase um anônimo. 
Oitenta e cinco anos depois, no entanto, sabe-se que jazia ali não apenas um homem da fé, mas também da 
ciência: suas contribuições permeiam os avanços da telecomunicação até hoje. (...)” 
 
https://noticias.terra.com.br/ciencia/precursor-do-radio-landell-de-moura-morreu-quase-anonimo-ha-85-anos,68fe0b5ac768f310Vgn-
VCM4000009bcceb0aRCRD.html 
 
O Rádio foi uma das maiores invenções do século XIX e o Padre brasileiro Roberto Landell fez sua primeira 
transmissão ao final do século XIX no Brasil,porém, até hoje não é muito prestigiado por este feito. Co-
mente como o rádio pôde interferir na dinâmica capitalista do momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
 
 
Exercícios para aula 
1. b 
2. b 
3. e 
4. a 
5. e 
 
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Questão Contexto 
O século XIX é marcado pelo auge do capitalismo, sobretudo o Capitalismo Liberal Clássico, onde a econo-
mia se autorregulava e o trabalhador sofreu bastante. Ao final deste mesmo século foi inventado o Rádio, 
que seria uma ótima ferramenta comunicativa para o sistema durante o século XX. A comunicação é essen-
cial no capitalismo, visto a possibilidade de propaganda e expansão de suas ideias, além de outras contri-
buições logísticas. No Brasil, começa a ganhar destaque no governo de Getúlio Vargas e seu famoso diário 
“A Voz do Brasil”, existente até hoje. 
 
Exercícios para casa 
1. c 
2. a 
3. c 
4. e 
5. a 
6. c 
7. a 
8. c 
9. b 
10. c

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