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Cuidado Farmacêutico no SUS - CFF HAS 10 09 18

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Cuidado Farmacêutico Aplicado a 
Hipertensão Arterial Sistêmica
Objetivos de Aprendizagem
Compreender a prevalência e a importância da hipertensão
como fator de risco para doenças cardiovasculares
Reconhecer as diferentes estratégias terapêuticas para o
tratamento da hipertensão
Analisar as diferentes ferramentas utilizadas no processo de
cuidado e acompanhamento do paciente hipertenso
Desenvolver habilidades para aplicação do método clínico de
cuidado farmacêutico em pacientes hipertensos
Joana, 68 anos, negra, do lar, ex-tabagista,
obesa e sedentária. Histórico de AVE em
2008, que resultou em pequena sequela
motora em hemicorpo esquerdo. Relata que
parou de utilizar os medicamentos anti-
hipertensivos, pois se sentia bem. Após
aconselhamento intenso, paciente melhorou
a adesão, porém não atingiu níveis
pressóricos adequados. Na anamnese
farmacêutica, a filha relata que a paciente
não faz restrição de sal ou dieta específica.
Joana, 68 anos
PRESCRIÇÃO MÉDICA SACOLA DE MEDICAMENTOS 
- Hidroclorotiazida 25 mg 1-0-0 
- Captopril 50 mg 1-1-1 
- AAS 100 mg 1-0-0 
- Sinvastatina 20 mg 1-0-1 
- Hidroclorotiazida 25 mg (1 cpr pela manhã); 
- Captopril 50 mg (toma 1 cpr de manhã, à tarde 
e à noite); 
- AAS 100 mg (toma 1 cpr pela manhã); 
- Sinvastatina 20mg (toma 1 cpr pela manhã e 
outro à noite) 
EXAME FÍSICO 
Medida da pressão arterial em ambulatório: 
1- 173/120 mmHg FC: 60 bpm 
2- 169/110 mmHg FC: 52 bpm 
3- 167/110 mmHg FC: 52 bpm 
 Peso: 88 kg Altura: 1,62m IMC:_______ 
EXAMES LABORATORIAIS 01/03/2016 
Glicose jejum: 89 mg/dL Creatinina: 1,9 mg/dL 
Uréia: 49 mg/dL Triglicerídeos: 163 mg/dL 
Colesterol total: 278 mg/dL HDL: 38 mg/dL 
LDL: 207 mg/dL 
 
Joana, 68 anos
“Uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis 
elevados da PA, de maneira sustentada”
Entendendo a condição
O que é a HAS?
Se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais/estruturais de órgãos-alvo, 
sendo agravada pela presença de outros fatores de risco
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) 
Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121-139 81-89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Se PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, classificar pela maior medida
Hipertensão Sistólica Isolada se PAS ≥ 140 mmHg e PAD ≤ 90 mmHg, devendo a mesma 
ser classificada em estágio 1,2 e 3
FONTE: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2016).
Como é classificada a PA?
Idade
Gênero e etnia
Excesso de peso e obesidade
Ingestão de sal
Álcool
Sedentarismo
Genética
Outros fatores de risco cardiovascular
Entendendo a condição
Quais são os Fatores de Risco?
AINES, principalmente em uso crônico
Corticosteroides
Descongestionante (feniledrina e pseudoefedrina)
Vasoconstritores e ergotamina
Contraceptivos orais, principalmente os que contem estrogênio
Antidepressivos (IMAO e tricíclicos)
Imunossupressores (ciclosporina, tacrolimus)
Anorexígenos (sibutramina)
Eritropoietina humana
Drogas ilícitas (anfetaminas, cocaína)
Quais substâncias que podem elevar a 
PA?
Alta prevalência e baixa taxa de controle
Entendendo a condição
Qual a sua importância?
Principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares
Morbimortalidade, aumenta progressivamente, com elevações a 
partir de 110/75 mmHg
Entendendo a condição
Quais são as complicações da HAS?
47% das doenças 
cardíaca 
isquêmicas no 
mundo
54% de todos 
os derrames 
no mundo 
• Redução de morbimortalidade
– 20-25% no risco de IC e IAM;
– 30-40% no risco de AVC.
PA NÃO CONTROLADA
Entendendo a condição
Por que é preciso controlar a PA?
Como mensurar o risco CV do paciente 
hipertenso?
Identifique se existem condições clínicas associadas à hipertensão
História de derrame (acidente cerebrovascular isquêmico ou hemorrágico); 
Doença cardíaca (infarto, angina, insuficiência cardíaca, revascularização); 
Doença renal (nefropatia diabética, redução importante da filtração 
glomerular); 
Retinopatia avançada (hemorragias ou exsudatos, papiledema)
Doença vascular periférica
Diabetes Mellitus
Pacientes com qualquer dessas condições são classificados 
como “risco alto”
Como mensurar o risco CV do paciente 
hipertenso?
Identifique se existe lesão de órgãos-alvos (LOA)
Considerando o relato do paciente, exames realizados previamente e 
evoluções de outros profissionais, procurando identificar:
Presença de déficits motores ou sensoriais
Lesões na retina;
Ausência de pulso, sopros, arritmias, edema periférico, crepitações 
pulmonares, hipertrofia ventricular esquerda, placa de ateroma 
detectado em carótida, diferença de PA nos braços, pulsos femorais 
diminuídos; 
Rins aumentados, depuração de creatinina inferior a 60 mL/min/1,72 
m2, microalbuminúria entre 30 a 300 mg em urina de 24 h.
Pacientes com LOA são classificados como “risco alto”
Como mensurar o risco CV do paciente 
hipertenso?
Identifique os fatores de risco cardiovascular adicionais à hipertensão
Sexo masculino
Idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos)
Tabagismo
Dislipidemias (triglicérides >150 mg/dL; LDL colesterol >115 mg/dL; HDL <40 
mg/dL nos homens ou <46 mg/dL nas mulheres)
História familiar prematura de doença cardiovascular (homens < 55 anos e 
mulheres < 65 anos). 
Resistência à insulina: glicemia de jejum 100-125mg/dl; TOTG: 140-199mg/dl em 
2 h; HbA1C 5,7-6,4%
Obesidade: IMC ≥ 30kg/m2; CA ≥102cm nos homens e ≥ 88cm nas mulheres
Considere a tabela de risco para estratificação, conforme o nº de 
fatores presentes
Entendendo a condição
Como estratificar o risco do paciente 
com hipertensão? - 2016
PAS 130-139 ou
PAD 85-89
HAS Estágio 1
PAS 140-159 ou 
PAD 90-99
HAS Estágio 2
PAS 160-179 ou 
PAD 100-109
HAS Estágio 3
PAS ≥ 180 ou 
PAD ≥ 110
Sem fator de
risco
Sem Risco 
Adicional Risco Baixo Risco Moderado Risco Alto
1-2 fatores de
risco Risco Baixo Risco Moderado Risco Alto Risco Alto
≥ 3 fatores de
risco Risco Moderado Risco Alto Risco Alto Risco Alto
Presença de
LOA, DCV, DRC
ou DM
Risco Alto Risco Alto Risco Alto Risco Alto
FONTE: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016).
Legenda: PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; HAS: hipertensão arterial 
sistêmica; DCV: doença cardiovascular; DRC: doença renal crônica; DM: diabetes mellitus: LOA: lesão 
em órgão-alvo.
Entendendo a condição
Como estratificar o risco cardiovascular 
do paciente
Quais são as metas terapêuticas?
Quais são as metas terapêuticas?
Categoria Meta 
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular baixo ou 
moderado e hipertensos estágio 3
<140/90 mmHg 
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular alto <130/80 mmHg 
FONTE: VII Diretriz Brasileiro de Hipertensão (2016).
TRATAMENTO 
NÃO FARMACOLÓGICO
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
Redução da ingestão de sal
OMS define em 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (igual a
2 g de sódio) a quantidade considerada máxima saudável para
ingestão alimentar diária
Recomendar o consumo de, no máximo, 3 colheres rasas de café
(3 g) por dia, que somados aos 2 g de sal já existentes nos
próprios alimentos contemplariam 5 g
Entendendo a condição
Medidas não farmacológicas
Redução do peso
Declínio de 0,5 a 2 mmHg da PAS para cada 1 kg de peso reduzido
A participação do paciente em programas específicos para perda de
peso deve ser estimulada
Entendendo a condição
Medidas não farmacológicas
RECOMENDAÇÕES 
 Manter IMC < 25 kg/m2 até 65 anos;
 Manter IMC < 27 kg/m2 após 65 anos;
 Manter CA < 80 cm nas mulheres e < 94 cm nos homens 
Redução do consumo de álcool
Diminuir a ingestão de álcool em indivíduos que bebem
excessivamente, reduz significativamente a PA
Ingestão moderada de álcool parece reduzir o risco de doenças
cardiovasculares
Entendendo a condição
Medidas não farmacológicas
Cerveja Limitar o consumo diário de 
álcool a 1 dose nasmulheres 
e pessoas com baixo peso e 2 
doses nos homens
1 dose = 1 lata (350 mL)
Vinho 1 dose = 1 taça (150 mL) 
Uísque, vodca, 
aguardente
1 dose = 45 mL
Máx: 30 g/dia 
de etanol para 
homens e 15 
g/dia para 
mulheres
Atividades físicas
Exercícios aeróbios, que devem ser complementados pelos
resistidos, promovem reduções de PA
Para manter uma boa saúde cardiovascular e qualidade de vida, todo
adulto deve realizar, pelo menos três vezes por semana, 30 min de
atividade física moderada de forma contínua ou acumulada
A maioria das recomendações preconiza que os pacientes devem
iniciar com atividades leves a moderadas, mantendo entre 70% e
80% da FC máxima  SENTIR-SE ENTRE LIGEIRAMENTE CANSADO A
CANSADO
FC MÁXIMA = 220 - IDADE
Entendendo a condição
Medidas não farmacológicas
Atividades físicas
Níveis recomendados de exercício físico para promoção e manutenção da
saúde
Características do exercício Benefícios à saúde
< 150 min/semanais de intensidade leve a 
moderada
Algum
150-300 min/semanais de intensidade 
moderada
Substancial
> 300 min/semanais de intensidade 
moderada a alta
Adicional
Entendendo a condição
Medidas não farmacológicas
Entendendo a condição
Quando não recomendar exercícios físicos?
• Pacientes com DAC estabelecida, com sintomas de angina,
ou com arritmias prévias devem ser submetidos a avaliação
médica e teste funcional para mensurar sua capacidade para
exercícios e seu risco de eventos cardiovasculares associados
antes de iniciar programa de exercícios
• Pacientes com algum grau de IC, também devem ser
submetidos a avaliação médica e teste funcional antes de
iniciar programa de atividade física.
Medidas não farmacológicas
Atividades físicas
Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension)
Padrão alimentar rico em frutas, hortaliças, fibras, minerais e
laticínios com baixos teores de gordura, tem importante
impacto na redução da PA
Os benefícios sobre a PA têm sido associados ao alto consumo
de potássio, magnésio e cálcio nesse padrão nutricional
A dieta DASH potencializa ainda o efeito de orientações
nutricionais para emagrecimento, reduzindo também
biomarcadores de risco cardiovascular
Entendendo a condição
↓ 8-14mmHg PAS
Medidas não farmacológicas
Dieta DASH 
Entendendo a condição
Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura total. Por 
exemplo, carne magra, aves e peixes, utilizando-os em pequena quantidade.
Comer frutas e hortaliças, aproximadamente de oito a dez porções por dia (uma porção 
é igual a uma concha média).
Incluir 2 ou 3 porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia.
Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos, de quatro a cinco porções por semana 
(uma porção é igual a 1/3 de xícara ou 40 gramas de castanhas, duas colheres de sopa ou 
14 gramas de sementes, ou 1/2 xícara de feijões ou ervilhas cozidas e secas.
Medidas não farmacológicas
Entendendo a condição
Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral.
Reduzir a adição de gorduras aos alimentos. Utilizar margarina light e óleos vegetais 
ricos em gorduras poli-insaturadas (como óleo de oliva, canola, girassol).
Evitar a adição de sal aos alimentos. Evitar também molhos e caldos prontos, além de 
produtos industrializados ricos em sódio.
Diminuir ou evitar o consumo de doces e bebidas com açúcar.
Medidas não farmacológicas
Dieta DASH 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Inibidores da ECA
Bloqueadores AT1
Bloqueadores de Canais de Cálcio
Betabloqueadores
1
ª 
L
IN
H
A
SOMENTE EM CASOS 
ESPECÍFICOS
- Arritmias
- Pós IAM
- Angina 
- ICC
Redução de Morbimortalidade;
Efeito importante sobre a PA
Diuréticos
Agem inicialmente pela redução de sódio e água, mas em 
longo prazo induzem a redução da resistência vascular 
periférica.
Tiazídicos reduzem morbimortalidade cardiovascular 
em longo prazo
Entendendo a condição
Tiazídicos Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida
Alça Bumetamida, Furosemida, Piretanida
Poupadores de potássio Amilorida, Espironolactona, Triantereno
Medidas farmacológicas
Entendendo a condição
Mais utilizados para 
HAS
Tiazídicos
Reservados para 
casos específicos 
(Insuficiência renal e 
cardíaca)
De alça
Em associação com 
tiazídicos ou 
diuréticos de alça
Poupadores 
de Potássio
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Tiazídico Posologia RAM Comentários
Hidroclorotiazida*
12,5-25mg/d 
(50mg) Hipotensão;
Aumento de TG, 
glicemia e ácido 
úrico;
Redução de K+
Representam uma das 
primeiras escolhas. 
Úteis no controle de 
edema
Clortazlidona 12,5-25mg/d
Indapamida 2,5-5mg/d
Indapamida XR 1,5-5mg/d
Entendendo a condição
* Disponível no SUS
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Entendendo a condição
Diurético Posologia RAM Comentários
Furosemida* 
(alça)
20mg-
40mg 1-
2x/d
Hipotensão, ↑ de 
TG, glicemia e ác. 
Úrico, 
nefrotóxicidade, ↓
K+
HAS associada à insuficiência 
renal com taxa de filtração 
glomerular abaixo de 30 
ml/min/1,73 m2 e em ICC com 
retenção de volume
Espironolactona* 
(poupador de K+)
25-
100mg/d
↑ K+, sonolência, 
ginecomastia; CI: 
anúria, IRA
Eficácia diurética e anti-
hipertensiva limitada. Podem ser 
associados a diuréticos tiazídicos 
e de alça para prevenção e 
tratamento de hipocalemia
* Disponível no SUS
CI: contraindicado
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Entendendo a condição
Fique atento às alterações metabólicas que podem ser produzidas pelos diuréticos:
Diminuição ou aumento do potássio sérico (valores abaixo de 3,5 mEq/L 
ou acima de 5,5 mEq/L)
Aumento do ácido úrico (valores acima de 6,6 mg/dl mulheres ou 8,5 
mg/dl homens)
Aumento da glicemia em jejum (valores acima de 100 mg/dl)
Aumento dos triglicerídeos (valores acima de 150 mg/dl)
Medidas farmacológicas
Diuréticos
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
Inibidores da Enzima conversora de angiotensina
Estão relacionados à reduções significativas da PA e na
morbimortalidade por doenças cardiovasculares
Uma das primeiras linhas de tratamento → pacientes com ICC,
disfunção ventricular assintomática, pós-IAM, diabetes e DRC
Cardioprotetores independente da redução da PA
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Enalapril
Captopril
Ramipril
Benazepril
Lisinopril
Perindopril
Trandolapril
Quinapril
Cilazapril
Delapril
Fosinopril
iECA Posologia RAM Considerações
Captopril*
25mg-150mg 
2-3x/d
Usual: 50-
100mg 2x/d
Tosse (0.5-2%), hipotensão 
(1-3%), ↑ K+(11%), IRA (1-
10%), rash (4-7%)
Ajuste de dose para 
disfunção renal
Biodisponibilidade 
reduzida na com 
alimentos (30-40%)
Enalapril*
5-40mg/d 
(dividida em 1 
ou 2 doses)
IRA (<20%), Hipotensão (1-
7%), Tontura (4-8%), Tosse 
(1-2%), Cefaleia (2-5%)
Ajuste de dose para 
disfunção renal. Absorção 
não influenciada por 
alimentos
Lisinopril 5-40mg 1x/d
Tontura (12-19%), 
hipotensão (7-11%), IRA (2-
11%), Tosse (4-9%)
Entendendo a condição
Obs: Suspender iECA se K+>5,5mEq/L; elevação de 30-35% na Cr é considerada aceitável 
* Disponível no SUS
Medidas farmacológicas
Tosse em pacientes utilizando IECA
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II
Antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio 
específico de seus receptores
Apresentam eficácia semelhante aos IECA, e são 
recomendados em casos de intolerância a esta classe 
Entendendo a condição
Candesartana
Irbersartana
Losartana
Olmesartana
Telmisartana
Valsartana
Medidas farmacológicas
Entendendo a condição
BRA Posologia RAM Considerações
Losartana
25-100mg 
1x/d (ou 
dividido em 2 
doses)
Hipotensão (1-10%)*, 
tosse, ↑ K+ (1-10%), IRA
Não há ajuste de dose 
para disfunção renal. 
Diminuiu relativamente a 
absorção com alimentos.
Valsartana 80-320mg/d
Tontura (>10%)*, ↑ K+, 
hipotensão, tosse e IRA 
Obs: Suspender BRAse K+>5,5mEq/L; elevação de 30-35% na Cr é considerada aceitável 
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio
Inibe a entrada de Ca 2+ nas células do músculo liso 
↑ Tempo de contração muscular
↓ Resistência vascular
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbimortalidade
cardiovascular
Preferência é dada aos bloqueadores dos canais de cálcio de longa
duração, seja por meia-vida longa ou por liberação controlada
Entendendo a condição
Fenilalquilaminas Verapamil
Benzotiazepinas Diltiazem
Diidropiridinas Anlodipino, Felodipino, Isradipina, Lacidipina, 
Lercarnidipino, Manidipino, Nifedipino, Nisoldipino, 
Nitrendipino
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
Diidropiridinas possuem mais afinidade pelos canais de Ca2+ do
vaso → mais útil para a HAS
Não-diidropiridínicos possuem mais afinidade pelos canais de
Ca2+ do miocárdio → efeito antiarrítmico, cronotrópico e
inotrópico negativo
Entendendo a condição
Anlodipino
5-10mg 
1x/d
Caso o paciente esqueça de tomar, instruí-lo a tomar uma 
dose logo que possível, mas, se já tiver passado mais de 12 
horas desde a dose foi perdida, não tomar a dose. 
Administrar com ou sem alimentos
Disponível no SUS
Medidas farmacológicas
Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
Entendendo a condição
Reações adversas
A cefaleia e o rubor facial costumam ser resultado direto da vasodilatação, induzida
principalmente pela família do nifedipino (diidropiridinas).
No uso de apresentações de liberação imediata, esses efeitos adversos costumam
surgir principalmente 1 a 3 horas após administração.
Tontura, principalmente ao se levantar, pode ser resultado de hipotensão postural.
Permanecer sentado por 5-10 minutos antes de se levantar pode ajudar. Cuidado
redobrado em idosos, pois há risco de quedas.
O edema de extremidades ocorre principalmente em pernas e tornozelo e pode
ser tratado pela redução da dose. Outra alternativa é a adição de diurético ao
tratamento, principalmente nos casos em que a pressão arterial não esteja bem
controlada.
Medidas farmacológicas
Inibidores adrenérgicos
Entendendo a condição
Beta bloqueadores Atenolol, Bisoprolol, Carvedilol, Metoprolol, Nadolol, 
Nebivolol, Propranolol, Pindolol
Ação central Alfametildopa, Clonidina, Guanabenzo, Moxonidina, 
Rilmenidina, Reserpina
Alfabloqueadores Doxazosina, Prazosina, Terazosina
Medidas farmacológicas
Betabloqueadores
Redução inicial do débito cardíaco e da secreção de renina,
readaptação dos barorreceptores e diminuição das
catecolaminas nas sinapses nervosas
Redução da morbimortalidade por eventos cardiovasculares
(*pacientes com idade inferior a 60 anos)
Uso cauteloso em pacientes com idade superior a 60 anos. Deve
ser reservado para situações especiais, como a presença
concomitante de coronariopatia (disfunção sistólica, arritmias
cardíacas ou IAM prévio)
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
BB Posologia Considerações
Atenolol* 25-100mg 1-2x/d
Doses >100mg não demonstram maiores 
benefícios. Ajuste de dose para disfunção 
renal. Absorção não alterada com 
alimentos
Metoprolol
Succinato: 25-400mg/d 
Tartarato: 50-450mg/d (2-3x)
Administrar juntamente com as refeições 
(tartarato)
Propranolol*
LI: 40-160mg 2-3x/d (máx: 
640mg/d)
LC: 80-160mg 1x/d (máx: 
640mg/d)
Dieta rica em proteína aumenta a 
biodisponibilidade em 25%
Carvedilol* 6,25-25mg 2x/d
Administrar com alimentos minimiza o 
risco de hipotensão ortostática. 
Atividade em receptores (vasodilatação 
periférica). Hipotensão mais importante 
no 1º mês
Entendendo a condição
* Disponível no SUS
Medidas farmacológicas
Betabloqueadores
Entendendo a condição
Reações adversas
São contraindicados para tratamento da hipertensão em pacientes com asma
brônquica. A troca por bb cardiosseletivos não demonstrou redução importante no
risco de broncoespasmo.
Cuidado em diabéticos. BB podem mascarar sintomas de hipoglicemia (taquicardia,
sudorese e tremor nas mãos), especialmente em idosos.
A redução da atividade cardíaca pode produzir cansaço, que pode impactar em
atividades físicas e domésticas mais pesadas. O paciente deve ser aconselhado a ir
mais devagar.
Pessoas que utilizam betabloqueadores por longos períodos (principalmente os
menos lipossolúveis) não devem interromper o tratamento de forma súbita.
Medidas farmacológicas
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Inibidores diretos de renina 
Alfa-agonistas de ação central
Alfabloqueadores 
Vasodilatadores diretos
2
ª 
L
IN
H
A
Inibidores diretos de renina
Alisquireno
Promove uma inibição direta da ação da renina, com 
consequente redução da formação de angiotensina II
Tem efeito na redução da pressão arterial semelhante a outras 
classes
RAM: Rash cutâneo, diarreia, tosse, ↑CK e creatinina
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Alfa-agonistas de ação central
Clonidina e metildopa
Estímulo dos receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no
sistema nervoso central, reduzindo o tônus simpático
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Alfa-agonista de ação central
Efeito hipotensor como monoterapia é discreto. Podem ser úteis
em associação com medicamentos de outros grupos,
particularmente quando há evidência de hiperatividade simpática
Entendendo a condição
Alfa-agonista de 
ação central
Posologia RAM Considerações
Metildopa
500-1500mg 2-
3x/d 
Sonolência, xerostomia 
disfunção sexual, 
insuficiência hepática
De escolha para 
gestantes
Clonidina
0,1-0,6mg 2-3x/d 
(máx: 2,4mg/d)
Sonolência xerostomia, 
constipação, bradicardia
Hipertensão rebote: 
cuidado com a 
descontinuação do 
medicamento
Medidas farmacológicas
Alfabloqueadores
Inibem competitivamente os receptores adrenérgicos alfa-1,
resultando em vasodilatação das veias e arteríolas
Apresentam efeito hipotensor discreto como monoterapia,
devendo, portanto, ser associados com outros anti-
hipertensivos. Podem induzir o aparecimento de tolerância, o
que exige o uso de doses gradativamente crescentes
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Alfabloqueadores
Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo
lipídico e glicídico e nos sintomas de pacientes com hipertrofia
prostática benigna
Entendendo a condição
Alfabloqueador Posologia Considerações
Doxazosina 1-16mg 1x/d Hipotensão sintomática na 
1ª dose (10%). A prazosina
apresenta maior 
seletividade alfa1
Prazosina
LI: 1-20mg 2-3x/d
XL: 4-8mg 1x/d
Medidas farmacológicas
Vasodilatadores diretos
Atuam na musculatura da parede vascular, promovendo
relaxamento, com consequente vasodilatação e redução da
resistência vascular periférica
Devido aos seus efeitos em receptores prostáticos e uretrais,
atuam reduzindo o tônus simpático induzido pela hiperplasia
prostática benigna e portanto aliviam os sintomas desta condição,
da mesma forma que os alfabloqueadores
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Vasodilatadores diretos
São utilizados em associação com diuréticos e/ou betabloqueadores para o
tratamento da hipertensão
Entendendo a condição
Vasodilatador Posologia Considerações
Hidralazina
50-150mg 2-
3x/d (máx: 
300mg/d)
Utilizado na emergência hipertensiva 
(EV); tratamento crônico de HAS em 
gestantes. Pode promover cefaleia, 
rubor facial, taquicardia reflexa e 
reação dose-dependente.
Minoxidil 2,5-80mg 1x/d
Pode promover taquicardia reflexa e 
retenção hídrica, além de hirsutismo
(80%)
Medidas farmacológicas
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Fluxograma para o tratamento da hipertensão.
Fonte: Adaptado da VII Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016).
Pacientes mais jovens respondem melhor aos inibidores da
IECA, BRA e betabloqueadores
Pacientes negros e pacientes idosos, na maioria das vezes,
respondem melhor a diurético tiazídico ou bloqueador do
canal de cálcio
Considere que muitos idosos hipertensos apresentam
indicação específicapara IECA ou BRA, incluindo
insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio prévio, e doença
renal crônica com proteinúria
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Combinações
Entendendo a condição
Medidas farmacológicas
Entendendo a condição
O tratamento não funciona!
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Fatores a serem avaliados que dificultam o controle da pressão arterial
Ingestão excessiva de sal
Ingestão excessiva de álcool
Obesidade
Uso de fármacos com potencial de elevar a pressão arterial
Síndrome de apneia obstrutiva do sono 
Formas secundárias de hipertensão arterial
Pacientes considerados com boa adesão ao tratamento e não-
responsivos a terapia tríplice em doses altas caracterizam a
situação clínica de hipertensão resistente
Hipertensão resistente
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Os fatores presentes devem ser corrigidos e o
acompanhamento do farmacêutico deve estar focado na
conscientização sobre a mudança no estilo de vida
A adição de espironolactona, de simpatolíticos centrais e
betabloqueadores ao esquema terapêutico tem-se mostrado
útil
Para pacientes que não responderam adequadamente a esta
estratégia, a adição de vasodilatadores diretos, como
hidralazina e minoxidil, podem ser usados em combinação
Hipertensão resistente
João, 58 anos, com história prévia de tabagismo (2 maços/20
anos), procura a farmácia pois está com muitas dúvidas sobre seus
medicamentos. Ele conta que infartou recentemente (2 meses), e
que depois disso o médico prescreveu um monte de
medicamentos, mas que ele não entende isso...
João, 58 anos
Enalapril 20 mg 12/12h
Carvedilol 6,25 mg 12/12h
AAS 100 mg 24h
Clopidogrel 75 mg 24h
Atorvastatina 40 mg 24h
A minha esposa usa esse enalapril 
para pressão... Mas eu não sou 
hipertenso, por que preciso dele?
Depois que comecei esse remédios não estou 
me sentindo muito bem, me sinto tonto, 
desanimado... Acho que vou parar, pois eles 
estão me fazendo mais mal do que bem!
João, 58 anos
IECA ou BRA
Histórico de doença arterial coronária (DAC), em especial em
pacientes com fração de ejeção reduzida
Insuficiência cardíaca (IC), independente da presença de
hipertensão
Nefropatia diabética ou de outras etiologias
Prevenção secundária de acidente vascular encefálico
Entendendo a condição
Situações Especiais
Na intolerância e/ou 
contraindicação de IECA
IECA/BRA: Diminuem remodelamento cardíaco, hospitalização e mortalidade no 
pós-IAM e ICC
Betabloqueadores
Pós-IAM (↓ mortalidade e reincidência de infarto): principalmente na
presença de disfunção sistólica ou arritmias cardíacas (1-3 anos).
Melhora dos sintomas de angina (1ª ESCOLHA)
ICC: em associação aos IECA/BRA, independente da presença de
hipertensão (benefícios clínicos na mortalidade global, melhora dos
sintomas e redução de reinternamento por ICC)
Tremor essencial, cefaleia de origem vascular, enxaqueca, hipertensão
portal (propranolol)
Entendendo a condição
Situações Especiais
Entendendo a condição
Monitorar Potássio e Creatinina
Não recomendado se ClCr <30ml/min e 
contraindicado se K=5,5mEq/L
Situações Especiais
Diuréticos Poupadores de Potássio
Espironolactona em associação a IECA + BB é usada
em IC classe funcional II ou IV com fração de
ejeção ≤ 35%
BLOQUEADORES DE CANAIS DE CA++ (DIIDRO E NÃO-DIIDRO)
ANGINA:
A vasodilatação das coronárias (bloqueio do influxo de Ca2+ e
aumento dos níveis de NO e bradicinina) promove:
diminuição da RVP e do espasmo coronariano
aumento do fluxo sanguíneo coronariano
aumento do desenvolvimento de coronárias colaterais
melhora da sintomatologia anginosa
Entendendo a condição
Situações Especiais
Entendendo a condição
Hipertensão do Avental Branco
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
A hipertensão do avental branco ocorre quando valores 
anormais de PA são evidenciados no consultório (≥ 
140/90 mmHg), no entanto valores normais são 
demonstrados no MAPA ou MRPA (≤ 130/85 mmHg)
A hipertensão do avental branco não implica na 
necessidade de intervenções farmacológicas, mas deve ser 
acompanhada e monitorada pela equipe de saúde
Hipertensão do Avental Branco
Entendendo a condição
Hipertensão Mascarada
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Na hipertensão mascarada, os valores de PA durante a 
consulta estão dentro da meta (<140/90 mmHg), contudo 
os valores demonstrados no MAPA e no MRPA são 
considerados alterados
Tais pacientes têm maior prevalência de lesões de órgãos-
alvo do que indivíduos normotensos, mas ainda existem 
divergências a esse respeito
Hipertensão Mascarada
Entendendo a condição
Urgência e Emergência
Elevação crítica da PA, em geral pressão arterial diastólica
(PAD) ≥ 120 mmHg, porém com estabilidade clínica, sem
comprometimento de órgãos-alvo
A PA, nesses casos, deverá ser tratada com medicamentos por
via oral, buscando-se redução da PA em até 24 horas
Nifedipino de curta duração não recomendável → risco de
estimulação simpática secundária; acidentes vasculares
encefálicos e coronarianos
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Urgência Hipertensiva
Condição em que há elevação crítica da PA com quadro clínico grave,
progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata redução
da PA com agentes aplicados por via parenteral
Sintomas que o farmacêutico pode verificar para o encaminhamento:
Sistema cardiovascular: dor ou desconforto no tórax, abdome ou dorso; 
dispneia, fadiga e tosse, alteração de pulso.
Sistema nervoso: tontura, cefaleia, alteração de visão, audição ou fala, 
agitação, delírio ou confusão, déficits focais, rigidez de nuca, convulsão. 
Sistema renal e geniturinário: alterações no volume ou na frequência 
miccional ou no aspecto da urina, hematúria, edema, desidratação. 
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Emergência Hipertensiva
De maneira prática, a pressão arterial “boa” para cada paciente pode 
variar, e consequentemente episódios de hipotensão também. 
Entendendo a condição
Por definição:
PAS < 90 mmHg 
Pressão Arterial Média (PAM) < 60 mmHg [PAM = PAS + (PAS-PAD)/3]
Diminuição de mais de 40 mmHg abaixo da linha pressórica basal do 
indivíduo
Hipotensão
Deve ser preocupante nos seguintes casos:
Pacientes com PAS ≤100 mmHg, se os valores basais da 
pessoa não sejam normalmente baixos
PAM ≤ 60 mmHg
Redução ≥40 mmHg em relação aos níveis pressóricos basais
Sintomas de hipoperfusão, como fadiga e tontura
Entendendo a condição
Hipotensão
Deitar
Ingestão de 
líquidos
Comer algo 
salgado
Investigar causas
+
Orientações
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Quando os reflexos autonômicos são prejudicados ou o volume
intravascular é reduzido, uma redução significativa da pressão
arterial ocorre ao levantar-se
Os sintomas resultam da hipoperfusão cerebral e incluem:
fraqueza generalizada, tonturas ou vertigens, visão turva ou
escurecimento dos campos visuais e, em casos graves, perda de
consciência (síncope)
Mais comum no idoso
Hipotensão postural ou ortostática
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
A Hipotensão postural deve ser avaliada através da medida dos
valores pressóricos em decúbito dorsal (posição deitada), após
repouso de 5 a 30 minutos. Fazer pelo menos duas medidas, e
sequencialmente na posição sentada ou em pé (medidas
sequenciais do 2º minuto até o 4º minuto).
O diagnóstico é provável na presença de uma ou mais das
seguintes alterações :
* Queda ≥ 20 mmHg na pressão arterial sistólica;
* Queda ≥ 10 mmHg na pressão arterial diastólica;
* Sintomas de hipoperfusão cerebral
Hipotensão postural ou ortostática
Hipertensão na gravidez
Entendendo a condição
Opções durante a gravidez
Metildopa
BB (exceto atenolol)
BCC (nifedipino, anlodipino e 
verapamil)
Diuréticos tiazídicos
Clonidina
A decisão de tratar a hipertensão 
durante a gravidez deve considerar os 
riscos e benefícios para a mãe e o feto
Hipertensão na gestação
Opções durante a amamentação
BCC (nifedipino, verapamil)
BB (propranolol, metoprolol,labetalol)
IECA (captopril, enalapril)
Diuréticos (hidroclorotiazida e 
espironolactona)
A escolha do medicamento depende da 
gravidade da hipertensão.
Cuidado Farmacêutico
O que o farmacêutico pode fazer pelo 
paciente hipertenso???
Cuidado Farmacêutico
Medidas de PA no consultório como ferramenta no 
rastreamento em saúde e efetividade do tratamento;
Educação em saúde e outras ações direcionadas a melhoria da 
adesão ao tratamento;
Educação sobre medidas não farmacológicas que auxiliem no 
controle da PA;
Revisão da farmacoterapia, buscando a identificação e solução 
de problemas;
Solicitação de exames laboratoriais ou automonitorização de 
parâmetros, a fim de avaliar a segurança e efetividade do 
tratamento;
Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde;
Anamnese farmacêutica
Coleta de informações para identificar possíveis 
reações adversas ao tratamento prescrito, condições 
clínicas associadas para estratificação de risco CV e 
identificar causas de possíveis problemas da 
farmacoterapia
Aferição da Pressão Arterial
Cuidado Farmacêutico
Aferição da Pressão Arterial
A PA deve ser medida de acordo com a técnica descrita na VII 
Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
Não com objetivo diagnóstico ou prognóstico
Auxílio na detecção de casos suspeitos
Avaliação da efetividade e segurança da farmacoterapia em 
pacientes diagnosticados
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
Medida 1
Medida 2
Medida 3
Média dos 2 últimos valores!
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
Aferição da Pressão Arterial
Em idosos, diabéticos, disautonômicos e naqueles em 
uso de anti-hipertensivos pode ocorrer hipotensão 
ortostática. Realizar a medida para o paciente em pé e 
sentado. 
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
No MRPA, considera-se 
anormais as médias de pressão 
arterial ≥ 135/85 mmHg 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 6ª Diretriz Monitorização 
Ambulatorial da Pressão Arterial e 4ª Diretriz de Monitorização 
Residencial da Pressão Arterial. Arq Bras Cardiol. Volume 110, No 5, 
Suplemento 1, 2018.
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
Indicações do MRPA
Pacientes em uso de anti-hipertensivo
Rastrear efeito do avental branco e hipertensão mascarada
Avaliação da HAS de difícil controle
Condições clínicas que requerem controle rigoroso da PA
(diabetes, doença renal e hipertensão na gravidez)
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Em situações onde não existe indicação
ou na impossibilidade de realização do
MRPA, é uma alternativa para obter
uma estimativa mais real dos valores
de PA.
Valores ≥ 135/85 mmHg devem ser
considerados alterados.
Essa medida não apresenta a mesma
correlação com desfechos clínicos que
o MRPA.
Cuidado Farmacêutico
Registro Cronológico da Pressão Arterial
(“Carteira do hipertenso”)
Adesão ao tratamento e capacidade de gestão dos 
medicamentos
Auxílio na detecção de casos suspeitos
Casos de suspeita baixa adesão, sugere-se avaliação e 
acompanhamento com instrumentos padronizados, como 
ARMS (Adherence to Refills and Medication Scale) BMQ (Beliefs
about Medicines questionnaire) ou MedTake
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Cuidado Farmacêutico
OKUMURA, PCB, et al. Comparing medication adherence tools scores and number of controlled diseases among low literacy
patients discharged from a Brazilian cardiology ward. Int J Clin Pharm, v. 38, n. 6, pg. 1362-1366, 2016.
Rastreamento de HAS
Considerando que a hipertensão é uma condição de saúde 
usualmente assintomática, a verificação da PA na consulta 
farmacêutica é fundamental
Todos os pacientes com idade acima de 18 anos sem dados de 
verificação de PA registradas em prontuário são elegíveis para o 
rastreamento da hipertensão.
Rastreamento 
de HAS
Legenda: HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica; HM: Hipertensão Mascarada; HAB: 
Hipertensão do Avental Branco
Joana, 68 anos, negra, do lar, ex-tabagista,
obesa e sedentária. Histórico de AVE em
2008, que resultou em pequena sequela
motora em hemicorpo esquerdo. Relata que
parou de utilizar os medicamentos anti-
hipertensivos, pois se sentia bem. Após
aconselhamento intenso, paciente melhorou
a adesão, porém não atingiu níveis
pressóricos adequados. Na anamnese
farmacêutica, a filha relata que a paciente
não faz restrição de sal ou dieta específica.
Joana, 68 anos
PRESCRIÇÃO MÉDICA SACOLA DE MEDICAMENTOS 
- Hidroclorotiazida 25 mg 1-0-0 
- Captopril 50 mg 1-1-1 
- AAS 100 mg 1-0-0 
- Sinvastatina 20 mg 1-0-1 
- Hidroclorotiazida 25 mg (1 cpr pela manhã); 
- Captopril 50 mg (toma 1 cpr de manhã, à tarde 
e à noite); 
- AAS 100 mg (toma 1 cpr pela manhã); 
- Sinvastatina 20mg (toma 1 cpr pela manhã e 
outro à noite) 
EXAME FÍSICO 
Medida da pressão arterial em ambulatório: 
1- 173/120 mmHg FC: 60 bpm 
2- 169/110 mmHg FC: 52 bpm 
3- 167/110 mmHg FC: 52 bpm 
 Peso: 88 kg Altura: 1,62m IMC:_______ 
EXAMES LABORATORIAIS 01/03/2016 
Glicose jejum: 89 mg/dL Creatinina: 1,9 mg/dL 
Uréia: 49 mg/dL Triglicerídeos: 163 mg/dL 
Colesterol total: 278 mg/dL HDL: 38 mg/dL 
LDL: 207 mg/dL 
 
Joana, 68 anos

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