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GERADORES DE VAPOR: CALDEIRAS – NR 13 Gustavo Kalkmann Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Santo Ângelo, Brasil, E-mail: gutok_gk@hotmail.com RESUMO: As NR são normas regulamentadoras que visam estipular critérios a serem seguidos para o uso de diversos equipamentos. A NR 13 por sua vez, trata do uso de caldeiras, vasos de pressão, tubulações, inspeção, operação e manutenção desses equipamentos. As caldeiras são equipamentos com a função de produzir e acumular vapor em uma pressão superior à atmosférica. Elas são classificadas em categorias A e B, e a norma descreve os procedimentos relacionados à esse equipamento, tais como, instalação, manutenção e inspeção. PALAVRAS-CHAVE: Vapor, caldeiras, energia; 1. INTRODUÇÃO Cada vez mais, nos dias atuais, observam-se acidentes em equipamentos industriais. A partir disso, a Norma Regulamentadora (NR) de número treze é a responsável por estabelecer os requisitos mínimos necessários para a gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão, tubulações, tanques metálicos, e demais itens que dizem respeito à instalação, inspeção, operação e manutenção desses equipamentos, tendo como objetivo promover segurança e saúde aos trabalhadores desses setores. Ainda, de acordo com a NR 13, as caldeiras podem ser definidas como equipamentos que têm como função produzir e acumular vapor em uma pressão superior à atmosférica, podendo utilizar qualquer fonte de energia, desde que projetados de acordo com os códigos pertinentes, com exceção de refervedores e similares. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Esta NR classifica as caldeiras em duas categorias principais: Categoria A: as caldeiras da categoria A, são as caldeiras que possuem pressão de operação igual ou superior a 1960 kPa, com volume superior a 100L; Categoria B: já as caldeiras de categoria B, são aquelas onde a pressão de operação fica entre 60kPa e 1.960 kPa, com um volume interno maior que 100L, e um produto entre a pressão de operação (kPa) e o volume interno (m³) maior que 6. Ainda, segundo a normativa, todas as caldeiras devem possuir os seguintes itens: Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada com valor igual ou menor que a pressão máxima de trabalho admissível; Equipamento que mostre o valor da pressão do vapor acumulado; Injetor ou sistema de alimentação de água que não estejam interligados ao sistema principal, evitando o superaquecimento por alimentação deficiente em caldeiras de combustível sólido não automatizado ou com queima de suspensão; Sistema exclusivo para realizar de forma rápida a drenagem da água nas caldeiras de recuperação de álcalis, com sistema automático quando acionado pelo operador; E ainda, um sistema automático que controle o nível da água, possuindo intertravamento, visando evitar o superaquecimento quando ocorrer alimentação deficiente; 2.2 Elementos técnicos Todas as caldeiras devem possuir em seu corpo, em um local visível e com fácil acesso, uma placa de identificação constando os seguintes itens: Nome do fabricante; Número de ordem fornecido pelo fabricante; Ano em que a caldeira foi fabricada; Pressão máxima de trabalho admissível; Pressão de teste hidrostático de fabricação; Capacidade de produzir vapor; Área de superfície de aquecimento; Código de projeto e ano de edição; E ainda, a categoria da caldeira, bem como seu número e código de identificação. Ainda, o estabelecimento onde a caldeira estiver instalada deve possuir, de forma atualizada, a seguinte documentação: Prontuário da caldeira, fornecido pelo fabricante, contendo: código de projeto e ano de edição, especificações dos materiais, procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final, metodologia para estabelecimento da pressão máxima de trabalho admissível, registros da execução do teste hidrostático de fabricação, conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira, características funcionais, dados dos dispositivos de segurança, ano da fabricação e categoria da caldeira; Registro de segurança; Projeto de instalação; Projeto de alteração ou reparo; Relatórios de inspeção de segurança; Certificados de calibração dos dispositivos de segurança. 2.3 Instalação das caldeiras As caldeiras devem possuir um projeto de instalação, que devem seguir a NR, e é de responsabilidade de PH, e deve atender as normas de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas normas regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis. Todas as instalações de caldeiras devem ser feitas em casa de caldeiras ou em locais específicos para esse fim, chamado de área de caldeiras. Sendo assim, dependendo do local onde forem instaladas as caldeiras, deve-se seguir alguns itens. - Quando instaladas em locais abertos, as caldeiras devem seguir os requisitos abaixo: Estar afastada pelo menos três metros de outras instalações do estabelecimento, de depósitos de combustíveis, do limite de propriedade de terceiros e do limite com vias públicas; Dispor de pelo menos duas saídas amplas, desobstruídas, sinalizadas e dispostas em diferentes direções; Possuir um acesso fácil e seguro para a operação e manutenção da caldeira, e quando houver guarda-corpos os vãos devem ter dimensões que evitem a queda de pessoas; Ter um sistema de captação e lançamento dos gases e materiais particulados, vindos da combustão, para fora da área de operação, seguindo as normas ambientais; Possuir iluminação de acordo com as normas oficiais; Dispor de sistema de iluminação de emergência. - Por outro lado, quando instaladas em locais fechados, a casa de caldeiras deve: Ser construída em prédio separado, de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, com as demais paredes afastadas de no mínimo três metros de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com vias públicas e depósitos de combustíveis; Possuir no mínimo duas saídas amplas, desobstruídas, sinalizadas e ainda em direções diferentes; Ter ventilação com entradas de ar que não possam ser bloqueadas; Dispor de sensor de detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível gasoso; Não deve ser usada para outra finalidade; Deve possuir acesso fácil e seguro para operação e manutenção e quando tiver guarda-corpos vazados deve possuir vãos com dimensões que impeçam a queda de pessoas; Dispor de um sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação, de acordo com as normas ambientais; E por fim, ter um sistema de iluminação e iluminação de emergência de acordo com as normas regulamentadoras. Segurança na operação das caldeiras Visando a segurança na hora de operar e realizar a manutenção das caldeiras é necessário que todas possuam um manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil aos operadores, onde constem os procedimentos de partidas e paradas, parâmetros operacionais de rotina, de situações de emergências e ainda gerais de segurança, saúde e preservação do meio ambiente. Ainda, os instrumentos e controles das caldeiras devem estar sempre calibrados e em boas condições para operação. A água por sua vez, deve ter uma qualidade controlada, com tratamentos quando necessário, para que siga os parâmetros de operação definidos pelo fabricante. 2.4 Inspeção de segurança das caldeiras As caldeiras devem ser inspecionadas de forma inicial, periódica e extraordinária. Sendo assim, a inspeção inicial deveser feita em todas as caldeiras novas, antes do início do funcionamento, no local em que será instalada, sendo realizado um exame interno, seguido de um teste de estanqueidade e por fim um exame externo. Ainda, na fase de fabricação, deve ser realizado um teste hidrostático, comprovado por meio de um laudo técnico, e a partir disso, ter seu valor fixado em sua placa de identificação. A inspeção periódica por sua vez, é constituída de exames internos e externos e deve ser executada em prazos máximos, conforme descrição a seguir: 12 meses para caldeiras de categoria A e B; 15 meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria; 24 meses para caldeiras da categoria A. desde que aos 12 meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança. Ainda, a inspeção de segurança extraordinária é realizada nos seguintes casos: Sempre que a caldeira estiver danificada por conta de acidente ou outro motivo e que comprometa sua segurança; Quando a caldeira for submetida á alterações ou reparos que possam alterar suas condições de segurança; Antes dela ser relocada em funcionamento ou quando estiver inativa por mais de 6 meses; Ou ainda, quando houver mudança de local da instalação da caldeira. Por fim, toda inspeção deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH, e imediatamente após o processo deve ser anotado no Registro de Segurança, e posteriormente deve ser emitido um relatório, que vai fazer parte da documentação, contendo os seguintes dados: dados constantes na placa de identificação da caldeira; categoria da caldeira; tipo da caldeira; tipo de inspeção executada; data de início e término da inspeção; descrição das inspeções, exames e testes executados; registros fotográficos do exame interno da caldeira; resultado das inspeções e providências; relação dos itens desta NR, relativos a caldeiras, que não estão sendo atendidos; recomendações e providências necessárias; parecer conclusivo quanto à integridade da caldeira até a próxima inspeção; data prevista para a nova inspeção de segurança da caldeira; nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH. nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção. 4. CONCLUSÃO Dado o exposto, o presente artigo os principais tópicos expostos na NR 13. A partir disso, mostrou sua importância, classificações, critérios de instalação e manutenção. Diante disso, observou-se a necessidade da instalação e manutenção adequadas desse tipo de equipamento com o objetivo de promover a saúde e segurança de seus operadores. 5. REFERÊNCIAS NR 13
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