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RESENHA - SOCIEDADE LIMITADA

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SOCIEDADE LIMITADA
Conceito: É aquela sociedade onde o capital social é dividido em cotas, e os sócios têm responsabilidade na proporção ao valor das cotas que possuem, porém essa responsabilidade se torna solidária pelo capital a integralizar (art. 1.052, 1ª parte, do CC). Tem por finalidade a criação de uma empresa de onde os sócios são responsáveis pelo investimento realizado no capital social da organização. Até 2011, esse tipo de empresa era constituído por dois ou mais sócios responsáveis pela porcentagem que corresponde ao valor investido por cada um. Alterações foram realizadas na legislação que disciplina esse modelo de empresa. A sociedade limitada constitui uma associação que estabelece normas com base no valor investido por cada associado. O nome empresarial dessas associações é acompanhado da sigla “Ltda”, que significa “limitada”. É um dos tipos de empresa mais comuns no Brasil, e tem como base o contrato social. Tem origem está na responsabilidade limitada de companhias pertencentes a uma família e das sociedades anônimas. Esse formato de sociedade permite que a empresa possua um administrador que não pertence ao quadro societário, desde que tenha a aprovação dos mesmos. Tais sociedades podem receber investimentos iguais de seus sócios como também podem receber investimentos proporcionais à porcentagem de cada sócio na empresa, além disso, os sócios não são obrigados a desempenharem a mesma atividade profissional. Essa medida foi adotada com a finalidade de proteger o patrimônio individual dos sócios no caso de falência, afastamento ou rompimento da parceria da empresa. Já no caso de prejuízo para o capital da sociedade, é vedada a retirada ou distribuição dos lucros para os sócios, com essa medida visa-se à manutenção da estabilidade da empresa. A exclusão de um sócio pode ocorrer por dois motivos: pelo não pagamento do valor acordado no Contrato Social, ou quando expõe a empresa à risco que possa levar à falência, como no rompimento de uma cláusula contratual com a divulgação de um segredo empresarial. Outra relevante característica é que apesar de a responsabilidade individual dos sócios corresponderem ao valor de suas respectivas cotas, todos os sócios serão, igualmente, responsáveis pelo total do capital social da empresa. Outras particularidades, Nenhum dos sócios pode retirar dinheiro do caixa da empresa para custear despesas pessoais ou de qualquer natureza que não as contas da própria empresa. Assim, estabelecida a sociedade entre os membros, todo e qualquer gasto efetuado após a criação da sociedade é de responsabilidade da empresa, não dos sócios individualmente. Por fim, A remuneração de cada um dos sócios, a exemplo da responsabilidade, varia de conforme o percentual de investimento que cada um realizou no capital social da empresa.
Requisitos do contrato social: Genéricos: Sujeito capaz, objeto lícito e possível, livre vontade das partes e forma adequada. Específicos: transferência de capital dos sócios ao Capital Social, participação nos resultados e pluralidade de agentes. Participar nos resultados sociais. Receber pró-labore (valor atribuído ao sócio mensalmente por previsão no contrato social). Participar das deliberações sociais. Fiscalizar a administração das sociedades. Retirada, recesso ou dissidência (é o direito do sócio não majoritário de se retirar da sociedade porque discorda de uma alteração no contrato social). O sócio tem direito de receber os lucros sociais, no entanto, quando tais valores forem distribuídos com prejuízo do capital, deverão ser restituídos.
Deveres dos sócios: Fidelidade á empresa; Integralizar as cotas subscritas quando não integralizadas, como já dito, o quadro societário pode: 1º) Cobrar o valor a integralizar dando-lhe um prazo fixo. 2º) Excluí-lo da sociedade, assumindo ou transferindo a terceiro as cotas e devolvendo ao excluído os valores por ele pagos, com os devidos descontos (juros de mora e prestações contratuais), art. 1.058 do CC.
Capital social: é o montante de recursos que os sócios se comprometem a transferir do seu patrimônio individual para patrimônio da sociedade. O capital social da empresa limitada é dividido em cotas que podem ser ou não iguais. O valor investido por cada um dos sócios pode ser mediante dinheiro ou outras formas de ativos, porém não sendo autorizada a prestação de serviços como forma de integralizar o capital, como em outros modelos de sociedade. O capital subscrito é aquele que o sócio se compromete a pagar quando ingressa na sociedade, ou seja, é a obrigação assumida no ato da entrada na empresa, representa o montante total que terá que investir para receber a participação societária na empresa. Capital integralizado é aquele efetivamente pago à sociedade, o sócio já entregou à sociedade o valor que subscreveu. Desta forma, o sócio cumpriu a obrigação anteriormente assumida. Como já vimos a integralização do capital social pode se dar por dinheiro ou outros ativos financeiros. Com relação a integralização em dinheiro, não existe uma previsão legal que estabeleça um valor mínimo para participar de uma sociedade limitada, ou a fixação de um prazo mínimo para sua integralização. Já na apresentação de bens à integralização, não existe a exigência de prévia avaliação do bem por peritos especializados. No entanto, respondem solidariamente todos os sócios pela exata estimação dos bens constantes no capital social até o prazo de 5 anos da data de registro da sociedade, conforme art. 1.055, §1° do Código Civil. Conforme o exposto, contribuir financeiramente para a formação do capital social é a primeira e um das mais importantes obrigações dos sócios, assim, aquele não deixa de observá-la torna-se sócio remisso, que por deliberação do demais sócios pode ser acionado juridicamente em razão do valor devido (capital subscrito), ou ter sua participação reduzida ao valor que efetivamente integralizou, ou ser expulso da sociedade, todas essas ações são faculdades dos demais sócios, o parágrafo único do art. 1.004 e art. 1.058 do Código Civil. O Capital Social pode ser modificado, podendo ocorrer aumento ou diminuição. No aumento, é requisito indispensável que todas as cotas subscritas tenham sido integralizadas, outra condição diz respeito aos sócios, pois detém o direito de preferência na subscrição de novas cotas, independente de previsão no contrato social. Porém, esse direito tem um período definido, deve ser exercido no prazo de até 30 dias da data de deliberação que deverá aprovar o aumento de capital, observada a proporção da participação societária de que sejam titulares. O direito de preferência na subscrição das novas quotas deverá ser exercido no prazo de até trinta dias da data da deliberação social que houver aprovado o aumento do capital social. Já a redução só pode ocorre nas hipóteses previstas em lei, em quatro circunstâncias: a) após a integralização do total do capital social, no caso de perdas irreparáveis (art. 1.082, I); b) se excessivo em relação ao objeto da sociedade (art. 1.082, II); c) exercício do direito de retirada (art. 1.077); e d) exclusão ou redução da participação do sócio remisso (art. 1.004, § único), todos do Código Civil. Ocorre que há uma condição para a redução do capital social, no caso de redução por execessividade, exercício do direito de retirada e na exclusão de sócio remisso, qual seja, a não impugnação de credor quirografário no prazo de 90 dias da data de publicação da ata da assembleia de deliberação da redução do capital, sendo uma condição para a eficácia da redução (1.084), tal medida é necessária para garantir os interesses dos credores, que necessariamente terão suas garantias reduzidas. Por fim, A cessão de quotas, encerra os principais aspectos do capital social, constitui o meio pelo qual determinado sócio transfere suas cotas, legalmente, de forma total ou parcial, a sócio ou a terceiro não sócio. Assim, além da subscrição, a cessão de quotas constitui outro instrumento que permite ao terceiro não sócio ingressar na sociedade. Porém, ao contrário doque ocorre no aumento de capital com a subscrição de novas quotas, na cessão não há previsão legal que assegure aos demais sócios o direito de preferência na aquisição das quotas a serem transferidas, com isso, as regras de transferência devem ser pactuadas no contrato social, ou em acordo de quotistas devidamente arquivado na sede da sociedade. Isso porque na cessão das quotas detidas por determinado sócio, a participação societária dos demais sócios que não participam no negócio permanece inalterada, fato que não se verifica quando do aumento do capital social com a subscrição de novas quotas. Também é possível a Aquisição de cotas do capital social pela própria sociedade. Poderá adquirir suas próprias cotas desde que estejam liberadas (sem titular) e o façam com capital disponível (não comprometido). A decisão deve ser unânime entre os sócios para que a aquisição ocorra, não podendo apenas adquirir as cotas do sócio remisso. 
Administração da Sociedade Limitada: A sociedade limitada pode ser administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Tal atribuição quando em nome de todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade do quadro societário, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização. O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta será sem efeito. Nos dez dias seguintes ao da investidura, o administrador deve requerer a averbação de sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão. O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição contratual diversa. A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência. A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e publicação.
Responsabilidade dos Sócios: Neste tipo de sociedade, como já exposto, os sócios responderão limitadamente (por isso o nome da sociedade), mas há casos em que sua responsabilidade será excepcional e subsidiariamente ilimitada: a) em razão das dívidas fiscais (art. 135, III, do CTN). b) direitos trabalhistas a Justiça do Trabalho visa garantir ao empregado maior efetivação de seus direitos, deixando de limitar a responsabilidade dos sócios, com isso vem mantendo equilíbrio entre empregado e empregador. c) Pela aplicação da Desconsideração da Personalidade Jurídica da Sociedade, teoria aplicada sempre que se caracterizar que a sociedade comercial foi utilizada para fraudar interesses de terceiros, por confundirem-se os interesses da sociedade e os dos sócios. Desta forma concluímos que o sócio responderá subsidiariamente pelas obrigações sociais até o limite do valor das cotas que possui, em regra, mas, se ainda restar algum valor a ser integralizado, responderá solidariamente aos demais sócios por ele (art. 1.052, 2ª parte, do CC), mas existem situações em que a responsabilidade poderá ser ilimitada.
Outras considerações: Desde devidamente autorizadas no contrato social, é de responsabilidade dos sócios a reposição dos lucros e quantias retiradas do capital da empresa; O administrador contratado ou sócio responsável pela administração da empresa serão designados no contrato social, ou em termo separado, e deve cumprir seu papel observando as medidas legais previstas; O conselho fiscal consiste em um órgão opcional dentro para as sociedades limitadas, embora sejam comuns nas sociedades anônimas.

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