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Estrutura e formacao de palavras

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Prévia do material em texto

· MORFEMAS
Unidades mínimas e significativas que compões uma palavra. Todavia, note que em termos semânticos e morfológicos, há flagrantes diferentes entre eles, que implicam a existência de grupos distintos de morfemas. Observe alguns critérios para a decomposição da palavras.
 Decomposição em grafemas ou letras
m – e – n – i – n – i – n – h – a – s (10 letras)
r – e – m – o –ç – á – s – s – e – m – o – s (12 letras)
 Decomposição em fonemas (som de cada letra)
/m/ /e/ /n/ /i/ /n/ /i/ /n/ /h/ /a/ /s/ (9 fonemas)
/r/ /e/ /m/ /o/ /s/ /á/ /s/ /e/ /m/ /o/ /s/ (11 fonemas)
 Decomposição em sílabas
me – ni – ni – nhas (5 sílabas)
1o grupo:
 Radicais – “núcleos significativos” podem dar origem a outros vocábulos.
menin- (menino, meninice, meninada)
moç- (moça, moçada, mocidade
Os morfemas que não geram outras palavras são “estéreis”
2o grupo:
 Flexões de gênero e número – substantivo “terminações” –a e –s em menininhas
 Flexões de tempo e modo, e número e pessoa – verbo “terminações” –sse e –mos em remoçassemos
3o grupo:
 Elementos opostos:
a menin– agrega-lhe sentido novo: –inh– (a noção de diminutivo)
a moç– agrega-lhe sentido novo –re (a noção de repetição ou processo retroativo)
4o grupo:
 O morfema –a– indica primeira conjugação verbal remoçar
1a conjugação – ar (vogal temática –a– )
Os morfemas:
 primeiro grupo são radicais;  segundo grupo, desinências; 
 terceiro grupo, afixos: PREFIXO e SUFIXO;  o morfema –a– , chamado de vogal temática.
Radical – núcleo mais significativo de uma palavra, o radical é a base sobre a qual se cria uma família de vocábulos, os cognatos. É o radical que se agregam os demais morfemas (unidades mínimas e significativas que compões uma palavra).
Afixo é o morfema que, anteposto (prefixo) ou posposto (sufixo) ao radical, modifica-lhe o significado, acrescentando-lhe nuanças de sentido. Além disso, pode acarretar mudanças de classe gramatical no caso do sufixo.
Desinência é o morfema indicador das flexões. Subclassifica-se como verbal e nominal.
Desinências verbais indicam tempo e modo (desinência número-pessoal) do verbo:
Desinências nominais indicam o gênero e o número de substantivos, adjetivos, pronomes e numerais (além do particípio, forma nominal do verbo).
Vogal temática é o morfema que liga o radical às desinências. Adicionada ao radical, constitui o tema – base sobre o qual se agregam as desinências.
Vogais temáticas: nominais –a–, –e–, –o– (sílabas átonas finais);
Exemplos: –a– casa, carta, luta, dentista
–e– alegre, fase, embarque, mote
–o– choro, livro, disco, muro
Vogais temáticas verbais
–a– (1a conjugação) estudava, chegará, viajássemos
–e– (2a conjugação) vendera, pões, escrevesse
–i– (3a conjugação) definiria, sentisse, pedimos
Vogais e consoantes de ligação – em muitos vocábulos certas vogais e consoantes não se enquadram nessas categorias, pois são unidades não significativas que se acrescem por motivo de eufonia “som agradável”.
Exemplos:
Vogais de ligação: gasômetro, gasoduto, gaseificar, cacauicultor (aquele que cultiva cacau), raticida.
Consoantes de ligação: cafeteria, pezinho, chaleira, paulada, capinzal, cafezal.
Radicais
 Radicais latinos e sua relação com os vocábulos cognatos usados por mais de 200 milhões de falantes.
 crux-, cruci- – cruz – cruz, crucifixo
 caut-, cau- – ter – cuidado, cautela
 dic-, dit-, diz-, – dizer – dizer, dicionário, fatídico
 Radicais gregos: entre os radicais gregos, há os que mais frequentemente os elementos iniciais de um vocábulo composto e outros que tendem a ser o segundo.
Elemento inicial do composto:
 bibli- (biblion) – livro – biblioteca, bibliófilo, bíblia
 bio – (bios) – vida – biografia , biologia, micróbio
 cali- (kalli, kallós) – belo – caligrafia, calidoscópio
Radicais gregos
Elemento final do composto:
 -arquia (arché) – governo, comando – monarquia, autarquia, anarquia
 -logia, -logo (logos) – palavra, estudo – diálogo,decálogo, biologia
 -iatria (iatreia) – tratamento – pediatria, psiquiatria
Numerais:
 mon-, mono- – um – monólogo, monocultura  dodeca- doze – dodecassílabo, dodecaedro  quilo- – mil – quilômetro, quilograma  miria- – dez mil – miríade, miriápode
Prefixos
Prefixos gregos e prefixos latinos – observe que entre alguns prefixos gregos e latinos há uma identidade ou similaridade semântica entre esses prefixos.
Prefixos gregos:
 epi- – superioridade – epígrafe, epiderme, epitáfio
 hiper – superioridade, excesso – hipérbole, hipérbato, hipermetrope.
 meta-, met- – posição posterior, movimento para além, mudança sucessão – metamorfose, metáfora,metacarpo (parte da mão entre o carpo e os dedos)
Prefixos latinos:
 extra-, extro- – posição ou movimento para superioridade – extraditar, extralegal, extrovertido, extraordinário
 sobre-, super-, supra- – posição superior, excesso – sobre-humano, superpor, superlativo
 ultra- – posterioridade local, excesso – ultrarromântica, ultramarino
· Operações lexicais
Modos de formação – quatro situações distintas:
I. Adjunção (adição, acréscimo) de morfemas à forma primitiva (o sufixo –ada em molecada; os vocábulos “pé” e “de” em pé de moleque), de modo que o resultado são palavras maiores.
II. Supressão (subtração, retirada) de fonemas da forma primitiva, de modo que o resultado são vocábulos menores (cinema, cine).
III. Adjunção-supressão, ou seja, a palavra final, “você”, resulta da adjunção (vossa + mercê) e
também de sucessivas supressões de fonemas (vossemecê, vosmecê).
IV. Não adjunção-supressão nenhuma das situações anteriores, isto é, foram geradas palavras que não resultaram de nenhuma alteração mórfica ou fonológica.
Em outras palavras: os vocábulos resultantes não provieram de modificações no nível dos fonemas nem no dos morfemas, como ocorreu nas três séries anteriores. As alterações aconteceram nos campos morfológicos e semântico.
Na língua portuguesa (e em outras também), novas palavras se criam como resultado de quatro operações básicas: adjunção, supressão, adjunto-supressão e não adjunção-supressão de morfemas ou fonemas.
Cada uma dessas operações resultam os processos de formação de palavras.
Por adjunção ocorrem:
Derivação prefixal (ou prefixação) Derivação sufixal (ou sufixaçã ) Derivação parassintética
Composição por justaposição Composição erudita Composição híbrida Reduplicação (ou redobro) 
Por supressão ocorrem:
Abreviação Abreviatura Haplologia
Por supressão-adjunção ocorrem:
Derivação regressiva (ou deverbal) Composição por aglutinação Siglonimização (ou sigla)
As operações anteriores não ocorrem em:
Derivação imprópria (ou conversão) Onomatopeia
· Formação das palavras
Primitivas: não se formam a partir de nenhuma outra palavra da língua: sol, feliz, honra;
Derivadas: são as palavras que se formam a partir de palavras primitivas: solar, felicidade, honraria.
Simples: são as palavras que contêm um único radical: vinho, tempo, perna;
Compostas: as palavras que se formam com a união de duas ou mais palavras primitivas, ou de dois ou mais radicais: vinagre (vinho`+ acre), passatempo (passa + tempo), pernalta (perna + alta).
Dois processos de formação de novas palavras na língua: a derivação e a composição.
Derivação forma-se uma palavra nova a partir de outra já existente.
Composição é um processo que consiste na formação de novas palavras com base em duas ou mais primitivas.
· Derivação sem afixos
Derivação regressiva consiste na supressão do segmento final (vogal temática e desinência) de um verbo no infinitivo e na adjunção de uma das três vogais temáticas nominais ( -a, -e, -o).
ajudar – ajuda / atacar – ataque / agitar – agito
Essas palavras nomeiam, respectivamente, os atos de ajudar, atacar e agitar.
Não é o caso de “alfinete” e “pedra”, substantivos concretos e primitivos em relação a alfinetar e apedrejar.
Derivação imprópria não supõe as operações de adjunção ou supressão de morfema, de modo que a palavra primitiva e a derivada são um mesmo vocábulo, mas usado em contextos morfossintáticos e semânticos distintos.
olho azul (adj.) – o azul dos seus olhos(subst.) homem alto (adj.) – falava alto (adv.)
seja paciente (verbo) – seja ... Seja (conjunção) não iremos (adv.) – não aceito esse não (subst.)
· Derivação sem afixos
Conversões relacionadas a substantivos comuns que
se tornam próprios e vice-versa:
pereira – Pereira leão – Leão Gillette – gilete (lâmina) Maisena – maisena (amido de milho) Xerox – xérox, xerox (fotocópias)
· Derivação com afixos
Adjunção de afixos a derivação prefixal e a derivação sufixal e um caso especial, a parassintética.
Derivação prefixal (ou prefixação) – acréscimo de prefixo ao radical.
pôr: apor, antepor, dispor, indispor, repor; ter: ater-se, abster-se, conter, deter, entreter, manter,reter; ver: antever, prever, rever; vir: advir, convir, intervir, provir.
Derivação sufixal (ou sufixação) opera- pela adjunção de um ou
mais sufixos ao radical.
• prefixação: desinformar , • sufixação: nacionalizar
• agregam prefixo(s) e sufixo(s): infelizmente, descontentamento, desinformação.
Adjunção simultânea de prefixo e sufixo ao mesmo radical dá-se ao nome parassíntese (ou derivação parassintética): substantivos: apedrejar, amanhecer; adjetivos: amolecer, empalidecer, engordar, emagrecer.
· Composição
A composição gera vocábulos resultantes da simples adjunção de dois o mais radicais (composição por justaposição), ou resultantes de adjunção e supressão (composição por aglutinação).
Composição por justaposição consiste na união deduas ou mais palavras primitivas que apenas se justapõem, sem que haja alteração ou supressão em qualquer dos elementos. Nem sempre implica o uso de hífen.
guarda-civil, pé de moleque, bem-me-quer, vaivém
Composição por aglutinação :Caracteriza-se pela adjunção de duas ou mais palavras primitivas, mas com alguma supressão ou alteração fônica numa delas.
aguardente (água + ardente) embora (em + boa + hora) planalto (plano + alto)
pernalta (perna + alta) fidalgo (filho + de + algo) você (vossa + mercê)
Casos especiais
Hibridismo – chama-se híbrido o vocábulo resultantes da adjunção de morfemas provenientes de distintas línguas.
desconfiômetro (português e grego) dostoieviskiano (russo e português)
goiabeira (tupi e português) sambódromo ( quimbundo e grego)
surfista (inglês e português)
· Abreviação
Consiste na supressão de fonemas de um vocábulo (em geral polissílabo) de largo uso na linguagem oral.
extra (extraordinário) pneu (pneumático) psico (psicologia) quilo (quilograma)
rebu (rebuliço)
Quando ocorre a supressão da maioria dos fonemas,
o resultado fica tão desprovido de autonomia fonética
que se torna um símbolo gráfico da palavra primitiva.
Dr (doutor) GO (Goiás) TO (Tocantins) RR (Roraima) qto (quanto)
Sigla
Diferentemente da abreviação e abreviatura, a siglonimização ocorre a partir de duas ou mais palavras primitivas; porém, além dessa adjunção, suprimem-se grandes segmentos dessas primitivas.
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
USP (Universidade de São Paulo)
RJ (Rio de janeiro)
Na representação reduzida do nome dos estados brasileiros usam-se siglas (SP, RJ, MG, RN etc. ) ou abreviaturas (PR,PE, PB, PA, RR etc.)
Onomatopeia
A onomatopeia tem o fim de tentar representar sons,
ruídos, vozes de animais etc. Gera basicamente:substantivos (reco-reco, zunzum), interjeições (pá!, poft!), verbos (mugir, urrar)
Neologismo
É um termo que designa qualquer palavra de uso recente no idioma ou qualquer palavra do idioma que passa a ter novo(s) significado(s) em virtude do caráter polissêmico de todo
vocábulo: “deletar” (apagar), “disponibilizar” (tornar disponível), “jogada” (trama, acordo), “parada” e “lance” (situação).
No Enem
Esse assunto aparece muito nas provas do Enem. Há presença de neologismos nas obras literárias brasileiras. O uso é marcante em livros de Guimarães Rosa, por exemplo,
considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.
Empréstimos lexicais
A língua se renova com palavras de outras línguas (e culturas). O léxico português é o resultado também dessas incorporações oriundas de línguas indígenas, africanas,europeias. 
 Após a Segunda Guerra, a influência do inglês tornou-se grande causa da ciência, da tecnologia e do poderio econômico dos Estados Unidos.
Derivação sufixal
É um processo de formação mais produtivos da língua, pois além de agregar novos significados ao radical, gera substantivos, adjetivos, verbos e advérbios. Por isso, o sufixo classifica-se como nominal, verbal ou adverbial.
Sufixos
• Formadores de substantivos a partir de outros substantivos
• Formadores de substantivos a partir de verbos
• Formadores de substantivos a partir de adjetivos
• Formador de substantivos a partir de substantivos e adjetivos
• Formador de substantivos e adjetivos a partir de outros substantivos e adjetivos
• Formador de adjetivos a partir de verbos
• Formadores de adjetivos a partir de substantivos e adjetivos

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