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PROGRAMA NACIONAL DE SUPLMENTAÇÃO DE VITAMINA A Prof.(a) Ms.(a). Jaqueline Nascimento Moreira E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br ARARAS/SP ABRIL/2020 INTRODUÇÃO: ▪ A Vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico, mantém saudáveis as mucosas que também atuam como barreiras de proteção contra infecções. ▪ A Vitamina A também age como antioxidante. INTRODUÇÃO: ▪ A prevalência global de deficiência de vitamina A em crianças menores de cinco anos no período de 1995 a 2005 foi estimada em 33%, representando problema grave de saúde pública em 73 países (prevalência >20%) e moderado (prevalência de 10 a 20%) em 49 países, incluindo o Brasil, cuja prevalência foi estimada em 13%. ▪ Contudo, alguns estudos mostraram uma prevalência de 32%, sendo bem superior à estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), principalmente nas regiões dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, no Estado de Minas Gerais, e do Ribeira, no Estado de São Paulo. INTRODUÇÃO: ▪ Pela primeira vez no país, foram obtidos dados de retinol sérico na última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), realizada em 2006, que revelou prevalência de 17,4% de níveis inadequados de vitamina A entre crianças de seis a 59 meses, com diferenças regionais marcantes e persistência como problema moderado de saúde pública no país. DEFICIÊNCIA: FONTES: RECOMENDAÇÃO: PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A HISTÓRICO: ▪ 1974 – 1975: O IBGE demonstrou que o déficit da vitamina A era a carência alimentar de maior magnitude e abrangência na dieta brasileira nos anos 70. ▪ 1980: Estudos realizados nos estados do nordeste confirmaram a necessidade de combater a deficiência de vitamina A em crianças de 0 a 5 anos. ▪ 1983: Atividades de controle da deficiência de vitamina A tiveram início no Brasil. A estratégia adotada foi a de suplementação com megadoses de vitamina A, para crianças pré- escolares, em áreas específicas de alto risco para o desenvolvimento da deficiência. ▪ As doses empregadas eram de 100.000UI para crianças de 6 a 11 meses, e de 200.000UI, para as de 12 a 59 meses de idade, com a sua distribuição nas Campanhas Nacionais de Vacinação. Estas doses eram doadas por organizações internacionais. HISTÓRICO: ▪ 1994: Surge a estrutura normativa do programa de suplementação de vitamina A, através da criação do Programa Nacional de Controle das Deficiências de Vitamina A, pelo Ministério da Saúde. ▪ A partir da data de publicação da Portaria nº.2.160, de 29 de Dezembro de 1994, as megadoses de vitamina A continuaram provenientes de doações internacionais, contudo, com maior regularidade e participação de maior número de estados. HISTÓRICO: ▪ 1997: Ocorreu o processo de extinção do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), acarretando a paralisação quase total do programa. ▪ 2001 - 2005: O Ministério da Saúde passou a fazer a aquisição direta das cápsulas de vitamina A, por intermédio da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, e também publicou a portaria nº 729, detalhando as competências e os procedimentos do programa. HISTÓRICO: ▪ A partir desta portaria, tornou-se responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde o processo de distribuição das megadoses aos municípios, o monitoramento, o fornecimento de relatórios periódicos ao Ministério da Saúde; bem como a indicação de área técnica responsável para coordenar, em âmbito estadual, a operacionalização do Programa. HISTÓRICO: ▪ A distribuição das megadoses para o público-alvo é responsabilidade dos gestores municipais, de acordo com o processo de descentralização previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). ▪ O Brasil foi o pioneiro na estratégia de distribuição de vitamina A associada aos dias nacionais de vacinação. Posteriormente, essa iniciativa foi preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). HISTÓRICO: DEFINIÇÃO ▪ O Vitamina A Mais (Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A) é um programa do Ministério da Saúde, com apoio dos Estados, que busca reduzir e/ou erradicar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e mulheres no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes em regiões consideradas de risco. ▪ No Brasil, são consideradas áreas de risco a região Nordeste, Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e Vale do Ribeira em São Paulo. OBJETIVOS DO PROGRAMA ▪ Garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um problema de saúde pública em áreas de risco no Brasil; ▪ Assegurar a suplementação com doses maciças de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes nas áreas de risco; ▪ Contribuir para o conhecimento das famílias residentes em áreas de risco sobre a deficiência de vitamina A, incentivando o aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina A; ▪ Estabelecer um sistema de monitoramento que permita a avaliação do processo e impacto da suplementação. OBJETIVOS DO PROGRAMA ▪ O programa consiste da administração de cápsulas com a megadose de vitamina A. ▪ Vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E, na dosagem de 100.000 UI e 200.000 UI. ▪ As cápsulas apresentam cores diferentes, de acordo com a concentração de vitamina A. COMO FUNCIONA? ▪ A partir dos 6 meses, todas as crianças até 59 meses de idade que residam em área de risco da deficiência, devem receber doses de vitamina A, no intervalo de 6 meses entre cada dose. COMO FUNCIONA? DOSAGEM ▪ Da mesma forma que se registram as vacinas aplicadas, devem-se registrar os suplementos de vitamina A administrados. ▪ No serviço de saúde deve-se anotar no Mapa Diário de Administração de Vitamina A o número de administrações realizadas para se ter controle de quantas crianças estão recebendo a megadose de vitamina A. SUPLEMENTAÇÃO DE CRIANÇAS DE 6 A 59 MESES NO PERÍODO DE 2011 A 2017 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ▪ Não existe uma sistemática de avaliação para o Programa, já que no Brasil não existe um sistema nacional de vigilância epidemiológica sobre hipovitaminose A. ▪ No entanto, estudos demonstraram que a xeroftalmia e a cegueira nutricional foram eliminadas após o início da suplementação com vitamina A, que ocorreu em 1983. ▪ O acompanhamento da suplementação é feito pelo controle do número de doses distribuídas, não havendo, até o momento, um controle do número real de crianças suplementadas, visto que uma criança na faixa etária de 12 a 59 meses, teoricamente, deveria receber duas doses/ano. ▪ As crianças de 6 a 11 meses deverá fazer uso de uma dose/ano. AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DIFICULDADES DO PROGRAMA ▪ Falta de motivação de alguns gestores estaduais e municipais; ▪ Pouca sensibilização dos profissionais da área para o problema; ▪ Pouca articulação entre as áreas envolvidas; ▪ Demora no encaminhamento no fluxo de dados; ▪ Capacitação de recursos humanos; ▪ Pequeno intervalo entre as campanhas, impedindo sua utilização como estratégia única; ▪ Problemas no transporte da cápsula.
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