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Aula 2 - Conceitos e bases da alimentação e nutrição (1)

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NUTRIÇÃO
HUMANA CONCEITOS E 
BASES DA 
ALIMENTAÇÃO 
E NUTRIÇÃO
Universidade Estácio de Sá
Macaé/RJ
Juliana Araujo Brasil
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
RIBEIRO, S. M. R.; COSTA, N. M. B. Conceito e histórico da nutrição. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 9-18.
Nutrição é o processo pelo qual os organismos vivos utilizam os
nutrientes necessários para a manutenção da vida.
Inclui, portanto, não só a retirada da matéria-prima do ambiente, mas todos os 
processos necessários para a disponibilização dos nutrientes dentro da 
célula, na via metabólica da qual o nutriente participa. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
O que são nutrientes?
A palavra nutriente tem origem no latim nutriens, 
de nutrire
Nutrientes são substâncias químicas presentes nos alimentos e necessárias ao
corpo humano para obtenção de energia e de material para a manutenção e síntese
de novos tecidos do organismo, além de acrescentar propriedades funcionais, com
impacto na saúde e no desempenho físico e mental do indivíduo.
MELO. S. S. Definição e classificação dos nutrientes. In: ROSSI, L.; POLTRONIERI, F. Tratado de nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. p. 3-8. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Quais são os nutrientes?
carboidratos (CHO);
lipídios (LIP);
proteínas (PTN);
minerais;
vitaminas;
fibras;
água;
pigmentos;
fitoquímicos;
antioxidantes.
Relacionados com a 
propriedade de manter 
a saúde e reduzir o 
risco de doenças.
MELO. S. S. Definição e classificação dos nutrientes. In: ROSSI, L.; POLTRONIERI, F. Tratado de nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. p. 3-8. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
RIBEIRO, S. M. R.; COSTA, N. M. B. Conceito e histórico da nutrição. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 9-18.
A nutrição ocorre em todos os seres vivos, vegetais e animais, 
unicelulares e pluricelulares, por dois mecanismos, que são:
a autotrofia;
a heterotrofia.
Todo esse processo converge para um objetivo geral:
obtenção de energia.
Os organismos autotróficos, ou autótrofos, podem ser definidos
como seres que são capazes de sintetizar seu próprio alimento, ou
seja, são capazes de utilizar material inorgânico para sintetizar
material orgânico. Entre os organismos que possuem nutrição
autotrófica, podemos citar os vegetais, algas, cianobactérias e
algumas espécies de bactérias e protistas.
Os organismos heterotróficos, ou heterótrofos, por sua vez, não
são capazes de produzir seu próprio alimento, dependendo do
consumo de material orgânico previamente formado. Entre os
exemplos de organismos heterotróficos, podemos citar
os animais, fungos e algumas espécies de bactérias e protistas.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
RIBEIRO, S. M. R.; COSTA, N. M. B. Conceito e histórico da nutrição. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 9-18.
Quando se considera a inter-relação de todas as formas vivas, percebe-se que 
pequena parte da energia solar (a outra parte é destinada ao aquecimento) 
que alcança a superfície da Terra é absorvida pelos vegetais, que 
funcionam como conversores de energia, uma vez que 
transformam energia luminosa 
em energia química.
A energia química é a modalidade de energia utilizável pelos seres vivos e 
armazenada em moléculas, primariamente na forma de CHO,
que é precursor da síntese de LIP e PTN. 
Em bioquímica, o 
termo "precursor" é 
usado para referir-se 
a um composto que 
precede outro numa 
via metabólica.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
RIBEIRO, S. M. R.; COSTA, N. M. B. Conceito e histórico da nutrição. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 9-18.
A partir dessas três moléculas armazenadoras de energia, são 
sintetizadas outras moléculas não fornecedoras de energia, 
mas necessárias aos processos biológicos.
Assim, quando se consideram os níveis tróficos ou alimentares, a planta verde 
ocupa o nível trófico de produtor e os animais de consumidores.
O nível trófico, também conhecido por nível alimentar,
representa o conjunto biótico possuindo semelhantes hábitos
alimentares, ou seja, o nível de nutrição a que pertence um
indivíduo ou uma espécie, que indica a passagem de energia
entre os seres vivos presentes, na cadeia ou teia alimentar.
MACRONUTRIENTE ENERGIA
Carboidrato (CHO) 4 g/Kcal
Proteína (PTN) 4 g/Kcal
Lipídeo (LIP) 9 g/Kcal
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Existem três níveis tróficos importantes:
Produtores: reúnem todos os seres que são capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, são autotróficos. Os organismos
produtores são a base da cadeia alimentar, ocupando, portanto, o primeiro nível trófico. Nesse grupo, encontram-se organismos
como as plantas e as algas. Estes seres vivos realizam fotossíntese ou quimiossíntese e daí obtém o seu alimento.
Consumidores: são organismos que consomem produtores e outros consumidores, geralmente são heterotróficos, ou seja,
organismos incapazes de produzir seu próprio alimento e que necessitam da ingestão de matéria orgânica para produzir a energia
necessária para a realização de suas atividades.
Decompositores: consomem os restos de plantas e animais. Responsáveis pela devolução de minerais e nutrientes para o
ambiente, que servirão para produtores mais uma vez, fechando o ciclo. Organismos decompositores também são
organismos heterotróficos, entretanto, diferentemente dos consumidores, eles realizam o processo de decomposição. Entre os
principais decompositores, destacam-se as bactérias e fungos, que garantem que alguns importantes nutrientes presentes nos
restos de seres vivos sejam devolvidos ao ambiente.
CHO PTN LIP
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B; COSTA, A. G. V. Carboidratos. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 43-84.
CARBOIDRATOS:
Os CHO são a principal fonte de energia para os seres humanos!
Pode ser encontrados em frutas, vegetais, leguminosas, cereais, leite e mel.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B; COSTA, A. G. V. Carboidratos. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 43-84.
CARBOIDRATOS:
Fornecem a maior parte da energia necessária para a pessoa se movimentar,
executar trabalhos e viver.
Em geral, são os responsáveis pela textura e sabor em muitos processamentos de
alimentos.
No intestino delgado são digeridos e absorvidos.
No intestino grosso são fermentados por bactérias.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B; COSTA, A. G. V. Carboidratos. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 43-84.
CARBOIDRATOS:
Os CHO são nutrientes preponderantemente energéticos e mais eficientes que os
LIP e as PTN no fornecimento de energia para a atividade celular, além de
desempenharem outras funções, como:
economizadores de PTN poupando-as para a sua função construtora;
ajudam a manter a normalidade da oxidação de LIP devido à sua ação
anticetogênica;
entram na constituição de inúmeros compostos que regulam o metabolismo.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B; COSTA, A. G. V. Carboidratos. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 43-84.
CARBOIDRATOS:
Nos países em desenvolvimento, os CHO são consumidos principalmente na
forma de amido, proveniente de raízes, tubérculos e cereais, enquanto nos países
industrializados se consome grande proporção de açúcares simples,
particularmente sacarose.
De modo geral, a proporção de CHO na dieta é maior nos níveis socioeconômicos
mais baixos. Embora os grãos sejam uma fonte importante de CHO, eles também
fornecem a maior parte dePTN para a população mundial.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
A palavra proteína vem do grego protos, que significa primeiro.
Foi o primeiro macronutriente considerado essencial para o organismo e é o mais
abundante componente estrutural e funcional das células do corpo humano.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
As proteínas contêm em sua estrutura carbono, hidrogênio, oxigênio e,
adicionalmente, nitrogênio, juntamente com enxofre, e algumas possuem
elementos como fósforo, ferro e cobalto na sua estrutura.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
O corpo de um homem de 70 Kg contém aproximadamente 11 Kg de PTN; sendo
que deste total:
43% se apresentam como músculo esquelético;
15% estão contidas em outras estruturas como pele e sangue;
10% estão nos tecidos viscerais metabolicamente ativos;
32% encontra-se nos demais órgãos (cérebro, intestino, coração e ossos).
Os valores estão aproximados.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
A distribuição da PTN entre os órgãos varia de acordo coma faixa etária.
O recém-nascido tem menos tecido muscular e mais cérebro e tecido visceral que
o adulto.
É também interessante ressaltar que, apesar da grande variedade de PTN
dentro de um único organismo, quase a metade do conteúdo total delas no ser
humano se encontra em apenas quatro PTN: miosina, actina, colágeno e
hemoglobina.
O colágeno, especificamente compreende 25% do total.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
As proteínas possuem diversas funções, cuja importância é evidenciada pelo fato
de que a informação genética é expressa como proteínas. Assim como existem
milhares de genes no núcleo celular, cada um especificando uma característica
distintiva do organismo, existem também, correspondentemente, milhares de
diferentes proteínas na célula, cada uma executando uma função específica,
determinada pelo gen.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; BATISTA, E. S. Proteínas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 120-154.
PROTEÍNAS:
Dentre as inúmeras funções das PTN, pode-se citar:
há aquela que serve de carreador de substâncias como íons ou moléculas no
plasma sanguíneo, a exemplo da hemoglobina;
outras PTN ancoradas em membranas biológicas são receptores para
compostos específicos que funcionam na regulação celular, incluindo o
transporte de moléculas para dentro e para fora da célula;
há os fatores de coagulação;
há os anticorpos, os hormônios e as enzimas que também são PTN.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
SABARENSE, C. M.; PELUZIO, M. C. G. Lipídios. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 155-181.
LIPÍDEOS:
Os LIP, juntamente com as PTN e os CHO, são macronutrientes de importância
biológica que podem ser sintetizados no organismo, com exceção dos ácidos
graxos essenciais (AGE).
Estruturalmente os LIP fazem parte das biomembranas.
As prostaglandinas e os tromboxanos são derivados dos LIP e desempenham
importantes funções hormonais.
Os LIP reduzem a perda de calor do organismo devido à sua baixa condutividade
térmica.
MINERAIS VITAMINAS OUTROS COMPONENTES
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B. Minerais. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 263-359.
MINERAIS:
De todos os 90 ou mais elementos minerais presentes na natureza, cerca de 22
são considerados essenciais para a nutrição humana.
Os minerais são nutrientes inorgânicos, que podem ser agrupados em macro e
microelementos, de acordo com as quantidades requeridas pelo organismo. Essa
categorização, entretanto, não reflete a sua importância no organismo.
Os macroelementos referem-se aos minerais recomendados para adultos em níveis 
acima de 100 mg/dia e incluem cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B. Minerais. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 263-359.
MINERAIS:
Os microelementos podem ser divididos em 2 grupos:
oligoelementos são requeridos em quantidades que variam de 1 a 100
mg/dia; exemplos: zinco, ferro, manganês, cobre e flúor.
elementos ultratraço são requeridos em doses inferiores a 1 mg/dia, ou seja,
quantidades em microgramas/dia (µg/dia); exemplos: selênio, molibdênio, iodo,
cromo, boro.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
COSTA, N. M. B. Minerais. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 263-359.
MINERAIS:
Os minerais podem interagir com os demais componentes da dieta, de forma 
positiva ou negativa, assim como podem sofrer influência do estado 
nutricional do indivíduo, afetando sua disponibilidade.
O termo biodisponibilidade refere-se à proporção do nutriente que é 
efetivamente absorvida, transportada para o seu local de ação 
e convertida à sua forma biologicamente ativa. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
ROSS, A. C. et al (ed). Nutrição moderna de Shils na saúde e na doença. 11. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. 1642 p.
MINERAIS
Exemplos:
Cálcio;
Fósforo;
Magnésio;
Ferro;
Zinco;
Cobre;
Iodo;
Selênio.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
Vitaminas são compostos orgânicos que participam de importantes processos
celulares, sendo essenciais para a manutenção das funções orgânicas
(crescimento, metabolismo e integralidade) e, em pequenas quantidades, para o
funcionamento adequado do organismo humano.
Distinguem-se dos macronutrientes por não ser catabolizadas a dióxido de
carbono (CO2) e água (H20), conferindo energia às células, e nem usadas em
caráter estrutural.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
A primeira preparação de alimento com nutrientes específicos incorporados foi
um concentrado antiberibéri, introduzido por Funk e Hopkins em 1912.
O fator introduzido foi uma amina, que, por ser necessária 
à vida, recebeu o nome de vitamina. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
Apesar de o seu estudo ter sido intensificado apenas no século XX, relatos de
doenças provocadas por deficiência de vitaminas vão desde os primórdios da
humanidade.
Nos esqueletos dos homens pré-históricos foram encontradas evidências claras 
de deficiência de vitamina D (raquitismo) e vitamina C (escorbuto). 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
Na Antiguidade, eram de conhecimento médico os sintomas da deficiência devitamina B1 (beribéri) e vitamina A (cegueira noturna), sintomas que também
são relatados em vários manuscritos da Era Cristã.
Até recentemente, acreditava-se que a principal função das vitaminas era evitar
as doenças causadas por deficiência aguda desses compostos orgânicos.
Hoje, alguns estudos, têm evidenciado o seu uso profilático com o emprego de
suplementos vitamínicos.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
Durante o século XX foram isoladas, identificadas (inicialmente através de letras
do alfabeto e, posteriormente, por meio de nomes químicos) e sintetizadas
quimicamente.
Descobriram-se, então, a grande variedade na composição química e a função das 
vitaminas, que vai desde a atuação como coenzima à síntese de hormônios, 
regulação no catabolismo de macronutrientes, antioxidante e 
substrato de reações químicas. 
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
PELUZIO, M. C. G.; OLIVEIRA, V. P. Vitaminas. In: COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 209-262.
VITAMINAS:
As vitaminas são classificadas de acordo com a sua solubilidade, em dois grupos:
vitaminas lipossolúveis (não passível de se misturar em água):
vitaminas A, D, E e K.
vitaminas hidrossolúveis (passível de se misturar em água):
vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12 e C.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
ROSS, A. C. et al (ed). Nutrição moderna de Shils na saúde e na doença. 11. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. 1642 p.
Vitamina A;
Vitamina D;
Vitamina E;
Vitamina K;
Tiamina (vitamina B1);
Riboflavina (vitamina B2);
Niacina (vitamina B3);
Ácido pantotênico (vitamina B5);
Vitamina B6;
Biotina (vitamina B7);
Ácido fólico (vitamina B9);
Cobalamina (vitamina B12);
Vitamina C;
Colina.
VITAMINAS:
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
ROSS, A. C. et al (ed). Nutrição moderna de Shils na saúde e na doença. 11. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. 1642 p.
OUTROS COMPONENTES RELEVANTES À SAÚDE:
Carotenoides;
Carnitina;
Homocisteína, cisteína e taurina;
Glutamina;
Arginina, citrulina e óxido nítrico;
Polifenóis e flavonoides.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
O consumo de alimentos fontes de nutrientes é 
essencial para que o indivíduo atenda às suas 
necessidades diárias de ingestão! Tanto a falta 
quanto o excesso na ingestão de nutrientes 
desencadeiam sintomas de deficiência ou de 
toxicidade, respectivamente.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS MAIS PREVALENTES
NA POPULAÇÃO BRASILEIRA:
deficiência de ferro (anemia ferropriva);
deficiência de iodo;
deficiência de Vitamina A;
deficiência de Vitamina B1 (tiamina Beribéri);
desnutrição.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
A anemia por deficiência de ferro, no Brasil, é o problema nutricional de grande
magnitude e acomete principalmente as crianças menores de dois anos, as
mulheres em idade fértil e as gestantes.
As consequências da anemia, incluem:
o aumento na mortalidade em mulheres e crianças;
diminuição da capacidade de aprendizagem;
diminuição da produtividade em indivíduos em todos os ciclos vitais.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
Esses efeitos perversos da anemia ferropriva sobre a saúde física e mental
afetam a qualidade de vida e a produtividade.
Diante desse panorama, é de extrema importância a adoção de políticas públicas 
para prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro no país.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
Diversos são os fatores reconhecidos como determinantes da anemia. O diagrama
abaixo que aponta as principais causas e as janelas de oportunidade para a
prevenção da anemia e as possíveis intervenções para controlar tais fatores.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Alimentação 
inadequada;
Não uso de suplemento 
de ferro profilático;
Complicações 
nutricionais;
Parasitoses.
Clampeamento (fechar; 
interromper) precoce do 
cordão umbilical;
Ausência de aleitamento 
materno na primeira hora 
de vida;
Parasitoses.
Ausência de aleitamento 
materno exclusivo até 6 
meses;
Introdução precoce de 
alimentos e outros leites;
Parasitoses.
Alimentação complementar 
inadequada;
Baixa ingestão de ferro 
heme;
Não uso de suplemento de 
ferro profilático;
Elevada necessidade de 
ferro;
Parasitoses.
GESTAÇÃO PARTO E NASCIMENTO
PRIMEIROS 6 
MESES DE VIDA
A PARTIR DOS 6 
MESES DE VIDA
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (2006)
avaliou, pela primeira vez em nível nacional, a prevalência de anemia em
crianças e observou:
20,9% das menores de 5 anos apresentam anemia, ou seja, aproximadamente
3 milhões de crianças brasileiras.
as maiores prevalências foram observadas no:
o Nordeste (25,5%);
o Sudeste (22,6%);
o Sul (21,5%).
a região Norte (10,4%) e a região Centro-Oeste (11,0%) apresentaram as
prevalências mais baixas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
Diversos estudos conduzidos em diferentes locais identificaram prevalência de
anemia em crianças superior a 50% (JORDÃO, 2009; SPINELLI, 2005; VIEIRA,
2010).
A prevalência de anemia em mulheres no país, avaliada pela Pesquisa Nacional
de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (2006), é de 29,4%, sendo que os
maiores valores foram observados nas regiões Nordeste (39%), Sudeste (28,5%) e
Sul (24,8). A prevalência observada para as mulheres residentes na região
Centro-Oeste é de 20,1% e 19,3% na região Norte.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
Em maio de 1999, o Ministério da Saúde (MS), com o intuito de unir forças para
a redução da prevalência da anemia por deficiência de ferro no país, estabeleceu
o Compromisso social para a redução da anemia ferropriva no Brasil.
O propósito do Compromisso foi definir as bases e os mecanismos entre as partes (Ministério da Saúde, estados e municípios),
para promover ampla mobilização nacional, em prol da redução da anemia por deficiência de ferro no país, por intermédio da
promoção da alimentação adequada e saudável, da orientação do consumidor para a diversificação de dieta a baixo custo, da
distribuição de suplementos na rede de saúde para grupos populacionais específicos e da fortificação das farinhas de trigo e
milho. Mais recentemente, a Estratégia de Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes (vitaminas e minerais) em Pó
NutriSUS foi lançada como mais uma ação de prevenção da anemia em crianças de 06 a 48meses.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Em 2017 foi lançado o Sistema de Micronutrientes, com três diferentes módulos: 
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A PNSVA;
Programa Nacional de Suplementação de Ferro PNSF;
Estratégia de Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes em 
Pó (vitaminas e minerais) NutriSUS.
Assim como os outros sistemas da Atenção Básica, o Sistema de Micronutrientes será acessado através do e-
Gestor Atenção Básica (AB) disponível no link https://egestorab.saude.gov.br/. Para cada módulo/programa será
necessário o cadastro de um Coordenador Municipal (que pode ser o mesmo para todos, porém deverá ser
cadastrado em cada um dos módulos/programas). Esse cadastro deverá ser feito do mesmo modo que ocorre o
cadastro de Coordenadores no e-Gestor AB, ou seja, o Gestor da Atenção Básica deve realizar o cadastro do
Coordenador de cada um dos programas.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA FERROPRIVA):
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo
humano.
Nessa época, aproximadamente 20% da população apresentavam Distúrbio por
Deficiência de Iodo (DDI). Assim, com o propósito de diminuir essas altas
prevalências adotou-se a iodação universal do sal. Após cerca de seis décadas de
intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955;
14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
O cientista francês Boussingault foi o primeiro a sugerir a adição de 
iodo ao sal comum como método de prevenção do bócio, em 1831.
Essa intervenção nutricional teve e tem eficácia
universalmente comprovada.
No Brasil, só em 1953 foi promulgada a
primeira Lei (Lei nº 1.944, 14 de agosto de
1953) obrigando a iodação do sal para
consumo humano.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
O iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais.
Existe apenas uma única função conhecida do iodo no organismo humano: ele é
utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos (hormônios produzidos pela
tireoide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço): a
triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esses hormônios têm dois importantes
papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo
normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor
do corpo). São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o
coração, fígado, rins, ovários e outros.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
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CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
Os DDI são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente
distribuídos em várias regiões do mundo.
Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de
apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os
níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
A deficiência de iodo pode causar:
cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível);
surdo-mudez;
anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível, o bócio
(hipertrofia da glândula tireoide);
está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com
baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e
mortalidade materna.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Natimorto é o termo atribuído ao feto quando morre dentro do útero materno 
(após 20 semanas de gestação) ou durante o trabalho de parto.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
Associada a esses problemas, a deficiência de iodo contribui para o aumento do
gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as
taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da
capacidade para o trabalho.
Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos socioeconômicos ao país.
Consequentemente, as estratégias dirigidas a controlar a deficiência de iodo, devem 
ser permanentes e fundamentalmente preventivas, especialmente quando se 
destinam às gestantes, nutrizes e crianças menores de dois anos de idade.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Nutriz: mulher que amamenta.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
O que vem ocorrendo são adequações à legislação para atender melhor a
população na prevenção dos distúrbios causados pela deficiência de iodo.
Foi o que ocorreu em 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às
faixas de 40 a 100 partes por milhão (ppm). Em fevereiro de 2003, foi aberta
consulta pública pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na qual a
faixa de iodação foi ajustada para 20 a 60 ppm. Todas as adequações de iodação do
sal, realizadas pelo MS, são feitas de acordo com a recomendação da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e especialistas nacionais no tema.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
O Programa de Combate aos DDI no Brasil - Pró Iodo, é uma das ações mais bem
sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem
sido elogiado pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado
obtido na eliminação do bócio endêmico no país. Entre as ações, a iodação
universal do sal para consumo humano e o monitoramento e fiscalização das
indústrias salineiras são as principais responsáveis pelo sucesso do programa.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Para manter a baixa prevalência dos distúrbios 
causados pela deficiência de iodo, a iodação
universal do sal para consumo humano no 
Brasil deve ser mantida sem exceção.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE IODO:
Legislações:
Resolução - RDC Nº 23, de 24 de abril de 2013;
Portaria Nº 2.362, de 1º de dezembro de 2005;
Portaria Nº 520, de 6 de abril de 2005;
Lei Nº 1.944, 14 de agosto de 1953 Revogada Lei Nº 6.150, de 3 de
dezembro de 1974.
Pesquisa Nacional para Avaliação do Impacto da Iodação do Sal (PNAISAL)
Manual Técnico e Operacional do Pró-Iodo
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DEVITAMINA A:
No Brasil, a deficiência de Vitamina A é um problema de saúde pública
moderado, sobretudo, na Região Nordeste e em alguns locais da Região Sudeste e
Norte.
A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (2006)
traçou o perfil das crianças menores de cinco anos. Nesta pesquisa, foram
observados níveis inadequados de Vitamina A em 17,4% das crianças, sendo as
maiores prevalências encontradas no Nordeste (19,0%) e Sudeste (21,6%) do
País.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A:
Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com Vitamina A
em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para redução:
do risco global de morte em 24%;
de mortalidade por diarreia em 28%;
de mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.
Diante desse impacto positivo, a OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a 
xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses. Ressalta ainda que a suplementação 
profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para melhoria da ingestão 
desse nutriente, portanto associado à diversificação da alimentação.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A:
O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído
oficialmente por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, cujo objetivo é
reduzir e controlar a hipovitaminose A, a mortalidade e morbidade em crianças
de 6 a 59 meses de idade.
A partir de 2012 o programa foi expandido para todas as crianças na faixa etária
residentes nas Regiões Norte e Nordeste e em diversos municípios das Regiões
Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Em epidemiologia, morbidade é a taxa de portadores de
determinada doença em relação à população total estudada, em
determinado local e em determinado momento.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A:
Legislação específica:
Portaria Nº 729, de 13 de maio de 2005 - Institui o Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina A.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
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CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA BERIBÉRI):
O Beribéri é uma doença causada pela deficiência de tiamina (Vitamina B1).
No Brasil desde 2006, têm sido notificados casos de Beribéri nos estados do
Maranhão e Tocantins.
Em 2008, foram identificados casos suspeitos de Beribéri em indígenas das
etnias Ingaricó e Macuxi, no município de Uiramutã/Roraima e, desde então
estão sendo empreendidas ações em parceria com o estado e município na
investigação, acompanhamento, prevenção e controle do Beribéri.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA BERIBÉRI):
Em nível mundial, o Beribéri não é mais uma doença largamente difundida na
população.
Tendo em vista que há mais de 80 anos não se tinha registro de surtos de
Beribéri no país, sua relevância epidemiológica se deve ao fato de acometer,
majoritariamente, adultos jovens do sexo masculino, e pela sua capacidade de
causar surtos e epidemias com o adoecimento e óbito em curto período de tempo.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
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CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA BERIBÉRI):
O Beribéri tem sido um importante problema de saúde pública, determinado
pelas condições de vida e trabalho, sendo imprescindível, além das políticas de
saúde, a definição de ações no bojo das políticas sociais para o seu
enfrentamento.
Como a maioria das doenças nutricionais, grande parte dos surtos de beribéri
associa-se a condições de pobreza e fome relacionando-se a situações graves de
insegurança alimentar e nutricional, alimentação monótona baseada em arroz
polido, elevado teor de CHO simples e também a alguns grupos de risco
específicos como alcoolistas, gestantes, crianças e pessoas que exercem atividade
física extenuante.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA BERIBÉRI):
A carência da tiamina pode levar de 2 a 3 meses para manifestar os sinais e
sintomas que inicialmente são leves como:
insônia;
nervosismo;
irritação;
E evoluem para quadros mais graves como:
parestesia (sensação de formigamento);
edema de membros inferiores;
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
fadiga;
perda de apetite;
perda de energia.
dificuldade respiratória;
cardiopatia.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA BERIBÉRI):
Após a oficina de formação e desenvolvimento dos trabalhadores da saúde para o
enfrentamento do Beribéri, realizada nos dias 5 e 6 de dezembro de 2011, a
Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) desenvolveu o Guia de
Consulta para Vigilância Epidemiológica, Assistência e Atenção Nutricional dos
Casos de Beribéri, que foi lançado em 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
Esse guia de consulta destina-se aos profissionais de saúde de toda a rede de atenção do SUS e de seu Subsistema 
de Atenção à Saúde Indígena, em especial àqueles que atuam na atenção básica, vigilância epidemiológica e que 
permanecem em contato direto com as populações sob risco, e destaca os aspectos relativos à vigilância 
epidemiológica, assistência e atenção nutricional do Beribéri. Esse enfoque visa à adoção das 
medidas de detecção, prevenção e controle da doença em tempo oportuno.
O monitoramento dos casos suspeitos e confirmados de Beribéri deve ser feitos pelos municípios 
através do link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=23655
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
A desnutrição corresponde a uma doença de natureza clínico-social multifatorial,
cujas raízes se encontram na pobreza.
Quando ocorre na primeira infância, está associada:
à maior mortalidade;
à recorrência de doenças infecciosas;
a prejuízos no desenvolvimento psicomotor;
ao menor aproveitamento escolar;
à menor capacidade produtiva na idade adulta.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
Nos países em desenvolvimento, a desnutrição na primeira infância constitui-se
importante problema desaúde pública.
No Brasil, a prevalência de déficit de altura para idade foi reduzida pela metade
entre 1996 e 2006, passando de 13,5% para 6,8%, com declínio médio anual de
6,3%. Cabe ressaltar que a redução nesses percentuais de desnutrição não
ocorreu de forma homogênea, sendo maior entre as famílias e regiões mais
pobres e vulneráveis do país.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
No entanto, quando observadas as crianças menores de cinco anos pertencentes a
famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, verifica-se que tanto a
desnutrição aguda (baixo peso) quanto a crônica (baixa estatura) são mais
prevalentes quando comparadas aos dados de toda a população brasileira nessa
faixa etária.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
Da mesma forma, a desnutrição permanece elevada em algumas regiões do país,
sobretudo em municípios de pequeno porte, e em grupos populacionais
específicos, estando fortemente concentrada nas Regiões Norte e Nordeste.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
A elaboração de fluxos e procedimentos para o acolhimento adequado às
demandas espontâneas e aos casos identificados por busca ativa, no âmbito da
atenção básica e em articulação com os demais pontos de atenção, que
contemplem a identificação das causas, avaliação e classificação do risco,
estabelecimento de Projeto Terapêutico Singular e de articulação com outros
setores e políticas sociais, é fundamental para o cuidado integral e resolutivo
dessa população vulnerável.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
Além disso, outras ações já comprovadas e fundamentais para prevenção e
controle da desnutrição, apoiadas pela CGAN/MS e que podem ser implantadas e
incorporadas aos fluxos e procedimentos estabelecidos para a atenção às crianças
desnutridas em seu município, incluem:
a promoção ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e da alimentação
complementar saudável, com continuidade do aleitamento materno até os 2
anos ou mais, fortalecida pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil;
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
CONCEITOS E BASES DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO:
a prevenção de deficiências nutricionais específicas, com a Suplementação de
Ferro e Ácido Fólico e Vitamina A;
o acompanhamento do estado nutricional de crianças menores de cinco anos,
com a utilização do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan),
com especial atenção às crianças pertencentes a famílias beneficiárias do
Programa Bolsa Família;
a promoção e implantação de ações intersetoriais, por meio da Articulação
Intersetorial, tendo em vista a determinação multifatorial da desnutrição.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Prevenção e controle de agravos nutricionais. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/pcan. Acesso em: 28 jan. 
2021.
VAMOS NOS DEDICAR UM POUCO MAIS
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_carencias_micronutrientes.pdf
Cadernos de atenção básica: carências de micronutrientes.
LEITURA ESPECÍFICA:
Disponível em: https://www.sesc.com.br/mesabrasil/cartilhas/cartilha6.pdf
APRENDA + :
DÚVIDAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Brasília - DF
2013
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Programa Nacional de Suplementação de Ferro
Manual de Condutas Gerais
Brasília – DF
2013
Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Programa Nacional de Suplementação de Ferro
Manual de Condutas Gerais
Brasília – DF
2013
© 2013 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Venda proibida. 
Distribuição gratuita. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra 
é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra 
na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <http://www.saude.gov.br/bvs>.
Tiragem: 1ª edição – 2013 – 45.000 exemplares
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Coordenação-Geral da
Política de Alimentação e Nutrição
SAF Sul, Quadra 2, Lotes 5/6, Bloco II, Edifício 
Premium,
Subsolo, Sala 8, Auditório
CEP: 70.070-600 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9011
Fax: (61) 3315-9024
Site: dab.saude.gov.br
E-mail: cgan@saude.gov.br
Editor Geral:
Heider Aurélio Pinto
Coordenação Técnica Geral:
Patrícia Constante Jaime
Colaboração:
Ana Maria Cavalcante de Lima
Elida Amorim Valentim
Gisele Ane Bortolini
Karine Oliveira Daud
Karla Lisboa Ramos
Maria Fernanda Moratori Alves
Coordenação editorial:
Marco Aurélio Santana da Silva
Sheila de Castro Silva
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
_____________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
 Programa Nacional de Suplementação de Ferro : manual de condutas gerais / Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
 24 p.: il.
 ISBN 978-85-334-2042-7
 
 1. Programas e Políticas de Nutrição e Alimentação. 2. Deficiência de Ferro. 3. Suplementação Alimentar. 
I. Título.
CDU 612.392.01
___________________________________________________________________________________
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2013/0390
Títulos para indexação:
Em inglês: National Program for Iron Supplementation: manual of general conduct
Em espanhol: Programa Nacional de Suplementación de Hierro: manual de conductas generales
Diagramação e projeto gráfico:
Marco Aurélio Santana da Silva
Normalização:
Marjorie Fernandes Gonçalves – MS
Sumário
Apresentação 7
1 ANEMIA 8
1.1 O que é anemia? 8
1.2 Causas da deficiência de ferro e fatores predisponentes para seu 
desenvolvimento
8
1.3 Consequências da deficiência de ferro 9
1.4 Alimentos fontes de ferro 9
2 ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA ANEMIA 10
2.1 O Programa Nacional de Suplementação de Ferro 11
2.2 Recomendações especiais para o cuidado de crianças 12
2.3 Recomendações especiais para o cuidado de mulheres 13
2.4 Funcionamento do Programa Nacional de Suplementação de Ferro 14
2.5 Orientações para organização do processo de trabalho no município 15
REFERÊNCIAS 17
ANEXOS 21
Anexo A – Exemplo de dosagem de sulfato ferroso para crianças 22
Anexo B – Orientações para tratamento da anemia 23
Anexo C – Recomendação quanto à suplementação de ferro 24
7
A PRESENTAÇÃO
A anemia por deficiência de ferro é considerada um grave problema de saúde pública 
no Brasil em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento 
das crianças. No mundo, é considerada a carência nutricional de maior magnitude, 
destacando-se a elevada prevalência em todos os segmentos sociais, acometendo 
principalmente crianças menores dedois anos de idade e gestantes (WHO, 2008; 
BRASIL, 2009a). 
Com relação à magnitude da anemia no País, dados da Pesquisa Nacional de 
Demografia e Saúde mostram que a prevalência entre menores de cinco anos é de 
20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos (BRASIL, 2009a). Diversos 
estudos realizados no País apontam que a mediana da prevalência de anemia em 
crianças menores de cinco anos é de 50%, chegando a 52% naquelas que frequentavam 
escolas/creches e 60,2% nas que frequentavam Unidades Básicas de Saúde (JORDÃO; 
BERNARDI; BARROS FILHO 2009; VIEIRA; FERREIRA, 2010).
Sobre a estreita relação da anemia com o desenvolvimento das crianças, estudos 
comprovam que aquelas que apresentaram anemia durante os primeiros anos de 
vida, mesmo quando tratadas, possuem maior probabilidade de baixo rendimento 
escolar em idades posteriores. A anemia na infância também está relacionada com a 
baixa produtividade em adultos, o que contribui para a transmissão intergeracional da 
pobreza com sérias implicações para o desenvolvimento de um país (GRANTHAM-
MCGREGOR et al., 2007; WALKER et al., 2007; ENGLE et al., 2007, 2011).
Assim, considerando a relevância do problema e o compromisso que a Política 
Nacional de Alimentação e Nutrição assume para a melhoria das condições de 
alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, são estabelecidas as seguintes 
ações de prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro no âmbito do SUS: o 
Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que consiste na suplementação 
universal com suplementos de ferro em doses profiláticas; a fortificação dos alimentos 
preparados para as crianças com micronutrientes em pó; a fortificação obrigatória 
das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico; e a promoção da alimentação 
adequada e saudável para aumento do consumo de alimentos fontes de ferro. 
Com vistas a orientar os profissionais de saúde da atenção básica na implementação 
da suplementação profilática universal para a prevenção da anemia, apresentamos este 
manual de condutas gerais, que traz as informações necessárias à operacionalização do 
programa. Esperamos, com isso, reforçar a agenda de prevenção e controle da anemia, 
de forma a fortalecer e aprimorar a ação em todo o País. 
8
 ANEMIA
1.1 O que é anemia?
A anemia é definida como a condição na qual a concentração de hemoglobina 
no sangue está abaixo do normal (WHO, 2001). A anemia pode ser determinada 
por diversos fatores. Cerca de 50% dos casos acontecem em função da deficiência de 
ferro, determinada pela dieta insuficiente em ferro. As outras causas são relacionadas 
às deficiências de folato, vitamina B12 ou vitamina A, inflamação crônica, infecções 
parasitárias e doenças hereditárias (WHO, 2012).
Entre os grupos de risco mais vulneráveis para a ocorrência de anemia, estão as 
crianças menores de dois anos, as gestantes e as mulheres em idade fértil.
1.2 Causas da deficiência de ferro e fatores predisponentes para seu 
desenvolvimento
O esquema abaixo apresenta os principais determinantes da anemia durante a 
gestação e os primeiros anos de vida.
Esquema 1 – Determinantes da anemia por deficiência de ferro
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
1
9
1.3 Consequências da deficiência de ferro
As principais consequências da deficiência de ferro são:
•	 Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a 
infecções;
•	 Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e 
recém-nascidos;
•	 Aumento da mortalidade materna e infantil;
•	 Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento 
neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais;
•	 Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor 
produtividade em adultos. 
1.4 Alimentos fontes de ferro
O ferro é um micronutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese 
de células vermelhas do sangue (hemácias) e no transporte do oxigênio no organismo. 
Há dois tipos de ferro nos alimentos: ferro heme (origem animal, sendo mais bem 
absorvido) e ferro não heme (encontrado nos vegetais).
São alimentos fontes de ferro heme: carnes vermelhas, principalmente vísceras 
(fígado e miúdos), carnes de aves, suínos, peixes e mariscos.
São alimentos fontes de ferro não heme: hortaliças folhosas verde-escuras e 
leguminosas, como o feijão e a lentilha.
Como o ferro não heme possui baixa biodisponibilidade, recomenda-se a ingestão 
na mesma refeição de alimentos que melhoram a absorção desse tipo de ferro, por 
exemplo, os ricos em vitamina C, disponível em frutas cítricas (como: laranja, acerola, 
limão e caju), os ricos em vitamina A, disponível em frutas (como: mamão e manga) e as 
hortaliças (como: abóbora e cenoura).
10
 ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO
 E CONTROLE DA ANEMIA
As necessidades de ferro durante os primeiros anos de vida e durante a gestação são 
muito elevadas, por isso recomenda-se a adoção de medidas complementares ao estímulo 
à alimentação saudável, com o intuito de oferecer ferro adicional de forma preventiva. 
Dessa forma, a prevenção da anemia por deficiência de ferro deve ser planejada com 
a priorização da suplementação de ferro medicamentosa em doses profiláticas; com 
ações de educação alimentar e nutricional para alimentação adequada e saudável; com 
a fortificação de alimentos; com o controle de infecções e parasitoses; e com o acesso à 
água e esgoto sanitariamente adequado. 
As ações de prevenção da anemia devem priorizar intervenções que contribuam 
para o enfrentamento dos seus principais determinantes. O esquema abaixo apresenta 
as janelas de oportunidades de prevenção e controle da anemia nos diferentes ciclos de 
vida.
Quadro 1 – Estratégias de prevenção e controle da anemia
Gestação
1. Suplementação profilática com ferro e 
ácido fólico.
2. Ingestão de alimentos que contenham 
farinhas enriquecidas com ferro e ácido 
fólico.
3. Alimentação adequada e saudável com 
ingestão de ferro de alta biodisponibilidade.
Parto e nascimento 1. Clampeamento tardio do cordão umbilical.2. Amamentação na primeira hora de vida.
Primeiros seis meses de vida
1. Aleitamento materno exclusivo até os seis 
meses de vida.
2. Suplementação profilática de ferro para 
crianças prematuras e que nasceram com 
baixo peso.
A partir dos seis meses até dois 
anos de idade
1. Alimentação complementar saudável 
e adequada em frequência, quantidade e 
biodisponibilidade de ferro.
2. Suplementação de ferro profilática. 
3. Fortificação dos alimentos preparados para 
as crianças com micronutrientes em pó.
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
2
11
As ações de educação alimentar e nutricional para a promoção da alimentação 
adequada e saudável preveem o estímulo ao consumo de alimentos que contenham ferro 
de alta biodisponibilidade na fase de introdução da alimentação complementar e em 
fases de maior vulnerabilidade para essa deficiência. 
A utilização de suplementação medicamentosa com sais de ferro para prevenir e 
tratar a anemia é um recurso tradicional e amplamente utilizado, sendo a forma oral 
de administração a preferencial. Ela deve ser usada como ação curativa em indivíduos 
deficientes ou, profilaticamente, em grupos com risco de desenvolver anemia. 
A fortificação de alimentos refere-se à fortificação de farinhas de trigo e milho com 
ferro e ácido fólico – Resolução RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002, da Anvisa. 
Mais recentemente, tem-se proposto a utilização de múltiplos micronutrientes para 
a prevenção da anemia – ação conhecida como fortificação dos alimentos preparados 
para as crianças com micronutrientes em pó. Essa ação prevê a adição direta de múltiplos 
nutrientes em pó aos alimentos já prontos para o consumo e tem se mostrado bastante 
eficaz e efetiva, sendo inclusive reconhecida pela Organização Mundial da Saúde 
(ENGLE et al., 2007; BHUTTA et. al., 2008; DEWEY, 2009; WHO, 2011). 
Recomenda-se que as ações de educação alimentar e nutricional sejam acompanhadaspela suplementação de ferro para crianças e gestantes ou pela fortificação dos alimentos 
preparados para as crianças com micronutrientes em pó.
2.1 O Programa Nacional de Suplementação de Ferro
A suplementação profilática com sulfato ferroso é uma medida com boa relação 
de custo efetividade para a prevenção da anemia. No Brasil, são desenvolvidas ações 
de suplementação profilática com sulfato ferroso desde 2005 – Programa Nacional de 
Suplementação de Ferro (PNSF).
O PNSF consiste na suplementação profilática de ferro para todas as crianças de seis 
a 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal, independentemente da idade 
gestacional até o terceiro mês pós-parto, e na suplementação de gestantes com ácido 
fólico. 
A suplementação de ferro e ácido fólico durante a gestação é recomendada como 
parte do cuidado no pré-natal para reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança, 
anemia e deficiência de ferro na gestante (WHO, 2012). Ressalta-se que a suplementação 
com ácido fólico deve ser iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja 
engravidar para a prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural e deve ser mantida 
durante toda a gestação para a prevenção da anemia (FEBRASGO, 2012; WHO, 2012).
12
Os suplementos de ferro e ácido fólico deverão estar gratuitamente disponíveis nas 
farmácias das Unidades Básicas de Saúde, em todos os municípios brasileiros. 
O esquema de administração da suplementação profilática de sulfato ferroso 
encontra-se abaixo.
Quadro 2 - administração da suplementação profilática de sulfato ferroso
Público Conduta* Periodicidade
Crianças de seis a 24 meses 1 mg de ferro elementar/kg Diariamente até completar 24 meses
Gestantes
40 mg de ferro elementar e 
400 µg de ácido fólico
Diariamente até o final da 
gestação
Mulheres no pós-parto e 
pós-aborto 40 mg de ferro elementar
Diariamente até o terceiro mês 
pós-parto e até o terceiro mês 
pós-aborto
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
*Essas condutas estão de acordo com as recomendações oficiais da Organização Mundial da Saúde (WHO, 
2001; 2012); da Sociedade Brasileira de Pediatria (2013), para prevenção e controle da deficiência de ferro, e 
da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (2012), para prevenção da ocorrência de 
defeitos do tubo neural.
No Anexo A deste Manual, está disponível a tabela com exemplo de dosagens de 
sulfato ferroso para crianças.
2.2 Recomendações especiais para o cuidado de crianças
a) Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser prescrito de acordo 
com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável 
(Anexo B).
b) Para crianças pré-termo (< 37 semanas) ou nascidas com baixo peso (< 2.500 
g), a conduta de suplementação segue as recomendações da Sociedade Brasileira de 
Pediatria (Anexo C). 
c) Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a 
partir do sexto mês de idade. Se a criança não estiver em aleitamento materno exclusivo, 
a suplementação poderá ser realizada a partir dos quatro meses de idade, juntamente 
com a introdução dos alimentos complementares.
d) As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia, mas podem piorar 
as condições de saúde das crianças anêmicas. Por isso, para o melhor controle da anemia, 
13
faz-se necessário que, além da suplementação de ferro, sejam implementadas ações para 
o controle de doenças parasitárias como a ancilostomíase e a esquistossomose1 .
e) As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por 
acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e hemocromatose, devem 
ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a viabilidade do uso do 
suplemento de sulfato ferroso. Ressalta-se que a complementação de ferro oral a essas 
crianças deve ser considerada, por apresentarem igual chance de desenvolverem anemia 
por deficiência de ferro na fase de crescimento. O diagnóstico das doenças que cursam 
por acúmulo de ferro está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) 
fase II, que inclui o diagnóstico da doença falciforme e hemoglobinopatias.
f) A suplementação profilática com ferro pode ocasionar o surgimento de efeitos 
colaterais em função do uso prolongado. Os principais efeitos são: vômitos, diarreia 
e constipação intestinal. É fundamental que as famílias sejam orientadas quanto 
à importância da suplementação, bem como sejam informadas sobre a dosagem, 
periodicidade, efeitos, tempo de intervenção e formas de conservação, para que a adesão 
seja efetiva, garantindo a continuidade e o impacto positivo na diminuição do risco da 
deficiência em ferro e de anemia entre crianças.
2.3 Recomendações especiais para o cuidado de mulheres
a) As gestantes devem ser suplementadas com ácido fólico no período pré-
concepção para prevenção de DTN e durante toda a gestação para a prevenção da 
anemia. A recomendação de ingestão é de 400 µg de ácido fólico, todos os dias. Essa 
quantidade deve ser consumida pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja 
engravidar até o final da gestação.
b) Com o objetivo de repor as reservas corporais maternas, todas as mulheres até 
o terceiro mês pós-parto devem ser suplementadas apenas com ferro, mesmo que por 
algum motivo estejam impossibilitadas de amamentar.
c) A suplementação também é recomendada nos casos de abortos (40 mg ferro 
elementar/dia até o terceiro mês pós-aborto). 
d) Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser prescrito de acordo 
com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável (vide 
Anexo B). 
e) Apesar de normalmente ser o medicamento de escolha, o sulfato ferroso possui 
como limitantes as intercorrências gastrointestinais (vômitos, diarreia, constipação 
1 Para mais informações, acesse: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças infecciosas e 
parasitárias: guia de bolso. 6. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/10001021559.pdf>. Acesso em: 29 maio 2013
14
intestinal, fezes escuras e cólicas). As gestantes devem ser orientadas quanto aos possíveis 
efeitos e a necessidade de se manter a suplementação até o final do esquema.
2.4 Funcionamento do Programa Nacional de Suplementação de Ferro 
A compra dos suplementos de ferro destinados ao Programa Nacional de 
Suplementação de Ferro deve ser feita junto ao planejamento do componente básico da 
assistência farmacêutica. Dessa forma, os municípios, o Distrito Federal e os Estados 
(onde couber) serão responsáveis pela seleção, programação, aquisição, armazenamento, 
controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação dos suplementos de 
sulfato ferroso e ácido fólico do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (Portaria 
nº 1.555 de 30 de julho de 2013).
Na gestão do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe ao Ministério da 
Saúde:
I - o estímulo e o apoio aos estados e municípios para a implantação, 
implementação e a avaliação do desempenho e impacto do Programa em nível 
nacional;
II - a elaboração de materiais e a divulgação das normas operacionais do 
Programa aos estados;
III - o acompanhamento e o monitoramento da situação dos estados e 
municípios quanto ao nível de implantação e operacionalização do Programa e 
cobertura populacional;
IV - a realização, por intermédio do Departamento Nacional de Auditoria 
do SUS - DENASUS, de auditorias em municípios alvo de denúncias e 
irregularidades na condução do Programa;
V - o estabelecimento de parcerias com outras instâncias, órgãos e instituições, 
governamentais e não governamentais para o fomento de atividades 
complementares, com o objetivo de promover a alimentação saudável; e
VI - a avaliação do desempenho e do impacto do Programa em nível nacional e 
do apoio das ações da mesma natureza nos estados e municípios.
Na gestão estadual do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe às 
Secretarias Estaduaisde Saúde:
I - a definição de área técnica responsável para coordenar, em âmbito estadual, 
o Programa, de preferência aquela já responsável pelas ações de alimentação e 
nutrição no estado;
II - o estímulo e apoio aos municípios para a implantação, a implementação e a 
avaliação do Programa;
III - a divulgação das normas operacionais do Programa e a supervisão dos 
municípios quanto à sua implantação e operacionalização;
15
IV - o acompanhamento e o monitoramento da situação dos municípios quanto 
ao nível de implantação do Programa e à cobertura populacional;
V- a capacitação dos coordenadores municipais para a operacionalização do 
Programa de acordo com as orientações descritas no Manual Operacional 
definido pela Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição;
VI - a avaliação do desempenho e o impacto do Programa em nível estadual; e
VII - a apuração das denúncias de irregularidades na condução do Programa, 
mediante a realização de visitas técnicas e auditorias.
Na gestão municipal do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe às 
Secretarias Municipais de Saúde:
I - a indicação de um profissional técnico devidamente capacitado para 
coordenar o Programa, de preferência aquele já responsável pelas ações de 
alimentação e nutrição do município;
II - selecionar, programar, adquirir, armazenar, controlar os estoques e prazos 
de validade, distribuir e dispensar os suplementos de sulfato ferroso e ácido 
fólico previstos no Componente Básico da Assistência Farmacêutica;
III - organizar ações de promoção da alimentação adequada e saudável;
IV - a identificação das famílias e o fornecimento do suplemento àquelas que 
tenham crianças de 6 (seis) a 24 (vinte e quatro) meses, gestantes e mulheres 
até o 3º mês pós-parto e pós aborto, de acordo com a conduta e a periodicidade 
recomendada para cada um desses grupos, segundo as normas estabelecidas 
no Manual Operacional do Programa definido pela Coordenação-Geral de 
Alimentação e Nutrição; 
V - o monitoramento do programa deverá ser realizado por meio dos sistemas 
da Atenção Básica e Assistência Farmacêutica; e
VI - a avaliação do desempenho do Programa em nível municipal.
2.5 Orientações para organização do processo de trabalho no município
1 – Constituir equipe integrada com representantes das áreas de alimentação e 
nutrição, saúde da criança, saúde da mulher, atenção básica, assistência farmacêutica 
e outras para planejamento, implementação e monitoramento da ação no município. 
2 – Identificar o público a ser atendido e definir as metas do programa. O 
estabelecimento das metas de cobertura do programa deve ser feito com base no 
quantitativo da população a ser atendida: crianças na faixa etária de seis a 24 meses, 
gestantes e mulheres até três meses do pós-parto ou pós-aborto.
Para início do planejamento da aquisição dos suplementos de ferro para o 
Programa Nacional de Suplementação de Ferro, o município pode priorizar o 
público a ser atendido, levando em consideração:
- População mais vulnerável;
16
- Crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família e/ou outros programas de 
transferência de renda;
- Dados locais que revelem a magnitude do problema;
- Existência de outras medidas para prevenção e controle da anemia.
3 – Diante do reconhecimento do público a ser atendido, deve-se estimar a 
quantidade de insumos necessários e os custos mensal e anual do programa.
4 – Mobilizar e orientar os profissionais de saúde para a captação do público 
beneficiário da ação e acompanhamento da distribuição dos insumos.
5 – Monitorar a execução do programa nas Unidades Básicas de Saúde.
6 – Com vistas a apoiar a qualificação da gestão da assistência farmacêutica na 
atenção básica, o Ministério da Saúde disponibiliza aos municípios, aos Estados e ao 
Distrito Federal o Hórus (Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – 
a ser utilizado para monitoramento do programa) e o e-SUS Atenção Básica (sistema 
de informações da atenção básica). Ambos os sistemas apoiarão os municípios na 
implementação e monitoramento do programa.
Atenção: o Programa Nacional de Suplementação de Ferro compõe o PMAQ 
(Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica), 
que tem como objetivo promover a melhoria do acesso e da qualidade da atenção 
à saúde.
Acompanhe os compromissos e indicadores firmados entre as equipes de saúde 
do seu município!
17
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21
ANEXOS
22
Anexo A – Exemplo de dosagem de sulfato ferroso para crianças
Tabela 1 – Dosagem de sulfato ferroso para crianças
Idade em meses Mediana de peso (kg) Média dosagem de 
ferro (mg)
6 7,600 7
7 7,950 8
8 8,250 8
9 8,550 8
10 8,850 9
11 9,050 9
12 9,250 9
13 9,550 9
14 9,750 9
15 9,950 9
16 10,150 10
17 10,350 10
18 10,550 10
19 10,750 10
20 10,950 10
21 11,200 11
22 11,450 11
23 11,650 11
24 11,850 11
Fonte: Ministério da Saúde, 2013. 
23
Anexo B – Orientações para tratamento da anemia
A recomendação (WHO, 2001) de suplementação de ferro para o tratamento da 
anemia ferropriva é:
1 - Adultos: 120 mg de ferro elementar/dia por três meses;
2 - Crianças menores de dois anos: 3 mg de ferro/kg/dia, não superior a 60 mg 
por dia.
24
Anexo C – Recomendação quanto à suplementação de ferro
Todo prematuro e recém-nascido com baixo peso, mesmo em aleitamento materno 
exclusivo, devem receber, a partir do 30º dia após o nascimento, suplementação de ferro, 
conforme tabela abaixo:
Tabela 2 – Recomendações quanto à suplementação de ferro
Situação Recomendação
Recém-nascido a termo, de peso 
adequado para idade gestacional em 
aleitamento materno
1 mg/kg peso/dia a partir do sexto mês 
(ou da introdução de outros alimentos) 
até o 24º mês de vida.
Recém-nascido pré-termo e recém-
nascido de baixo peso até 1.500 g
2 mg/kg peso/dia durante um ano. Após 
este prazo, 1 mg/kg peso/dia por mais um 
ano.
Recém-nascido pré-termo com peso 
entre 1.500 e 1.000 g
3 mg/kg peso/dia durante um ano. 
Posteriormente, 1 mg/kg peso/dia por 
mais um ano.
Recém-nascido pré-termo com peso 
menor que 1.000 g
4 mg/kg peso/dia durante um ano. 
Recém-nascido pré-termo com peso 
entre 1.500 e 1.000 g
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs
ISBN 978-85-334-2042-7
ADVERTÊNCIA
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
RESOLUÇÃO DA - RDC Nº 23, DE 24 DE ABRIL DE 2013
Dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao
consumo humano e dá outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os
incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU
de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da
Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, instituído por meio da
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 16 de abril de 2013 , adota a seguinte Resolução da
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece o teor de iodo no sal para consumo humano para a
erradicação dos efeitos nocivos à saúde causados pela deficiência ou excesso do iodo, nos termos desta Resolução.
Art. 2° Este regulamento se aplica ao sal destinado ao consumo humano.
Art. 3° Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - sal para consumo humano: cloreto de sódio cristalizado, extraído de fontes naturais, adicionado
obrigatoriamente de iodo; e
II - iodação: operação que consiste na adição ao sal do micronutriente iodo na forma de iodato de potássio.
Art. 4° Para efeito desta Resolução fica estabelecida a proporcionalidade 3:1 (três para um) entre o limite máximo
e mínimo do teor de iodo face às características do beneficiamento do sal, principalmente no que se refere à

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