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O MODELO ECOLÓGICO DE BRONFEBRENNER.pptx 2016.2

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O MODELO ECOLÓGICO DE BRONFEBRENNER
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
ESTÁCIO PONTA NEGRA
Adriana Coura Feitosa Lopes
Urie Bronfenbrenner 
“Urie Bronfenbrenner nasceu em 29 de abril de 1917, em Moscou,
 num momento de profundas transformações sociais e políticas 
(o início da ascenção comunista). 
Foi ainda criança para os Estados Unidos, 
sendo criado dentro da tradição judaica, 
 convivendo desde então, em um ambiente 
multicultural, tendo contato com 
diferentes grupos étnicos e culturais 
durante sua escolarização (...).
Formado em Psicologia e Música pela 
Universidade de Cornell.”
(Alves, 1997, p. 01)
Modelo ecológico de Bronfenbrenner
Proposto em meados da década de 1950 seguiu uma trajetória pautada por mudanças em alguns conceitos e pela ampliação da concepção de ecologia do desenvolvimento humano.
A concepção de Bronfenbrenner sobre desenvolvimento humano
“O desenvolvimento humano é o processo por meio do qual a pessoa que se desenvolve adquire uma concepção mais ampliada, diferenciada e válida do meio ambiente ecológico, e se torna mais motivada e capaz de se envolver em atividades que revelam suas propriedades, sustentam ou reestruturam aquele ambiente em níveis de complexidade semelhante ou maior de forma e conteúdo.” 
O desenvolvimento humano é estimulado ou inibido pelo grau de interação com as pessoas, que ocupam uma variedade de papeis, e pela participação e engajamento em diferentes ambientes.
Para conhecer a trajetória do desenvolvimento, faz-se necessário identificar as modificações que surgem nas atividades e nas concepções das pessoas, e como estas são transferidas para outros momentos e ambientes que indivíduo participa.
O dilema hereditariedade x ambiente
Nesta teoria os pólos hereditariedade e ambiente se complementam para produzir modificações no desenvolvimento humano. O enfoque central dessa dinâmica investiga como os potenciais genéticos são ativados e se tornam imprescindíveis para o funcionamento psicológico efetivo.
Ocorre que a herança genética não se constitui em algo imutável e já acabado, mas em tendências que se integram e interagem com os fatores ambientais e resultam em fatores imprescindíveis aos processos evolutivos. 
DÍADE
Trata-se da unidade mínima de interação interpessoal.
Podem ser divididas em:
Observacional
De atividade
primária
Díade observacional – observação cuidadosa e continuada de que o outro participante da díade está executando;
Díade de atividade – caracteriza-se pela realização conjunta de alguma atividade entre dois participantes;
Díade primária – continua a existir mesmo quando os parceiros não estão juntos, mas os sentimentos gerados pelos participantes ainda influencia o comportamento um do outro.
Propriedades das Díades de atividade
Reciprocidade – 
Representa as influências mútuas entre as pessoas que compartilham uma atividade.
Equilíbrio de poder – 
Um dos participantes tem mais influência sobre o outro em um determinado tempo.
Afeto – 
Existe uma relação afetiva entre os participantes, que pode ser positiva ou negativa.
Outro aspecto da teoria – 
bidirecionalidade
A bidirecionalidade assegura a interdependência e a influência mútua entre o indivíduo e seu ambiente, de modo a permitir a compreensão dos efeitos e dos mecanismos que atuam de forma sistêmica sobre os processos evolutivos.
Esta influência mútua ocorre através das relações interpessoais e do intercâmbio permanente entre os contextos de desenvolvimento.
Principais alterações efetuadas no modelo ecológico do desenvolvimento humano
1- Paradigmas e pressupostos norteadores do modelo bioecológico:
Por ecologia do desenvolvimento humano entende-se o estudo progressivo da acomodação progressiva, mútua, entre um ser humano ativo, em desenvolvimento, e as propriedades mutantes dos ambientes imediatos em que a pessoa em desenvolvimento vive, conforme esse processo é afetado pelas relações entre esses ambientes, e pelos contextos mais amplos em que os ambientes estão inseridos. 
2. O contexto, sua diversidade e o desenvolvimento humano
O ambiente ,com suas inter-relações , não se restringe apenas ao seu aspecto físico ou às interações face-a-face entre indivíduos, mas envolve também outros ambientes e contatos indiretos entre as pessoas.
Exemplo: uma criança pode apresentar problemas de relacionamento e ou aprendizagem na escola em decorrência do trabalho estressante do pai ou mesmo das políticas educacionais que são planejadas em nível nacional e que influenciam o relacionamento professor-aluno no dia a dia.
Contextos do Desenvolvimento
Ambientes do desenvolvimento
1. Microssistema – o contexto mais imediato
Constituído por padrões de atividades, papéis e relações interpessoais experenciados pelos indivíduos em um dado ambiente, no qual suas características físicas, sociais e simbólicas particulares funcionam de maneira a estimular ou inibir as relações interpessoais. 
2. Mesossistema – alianças de microssistemas
Compreende as inter-relações entre dois ou mais ambientes em que a pessoa em desenvolvimento está inserida e participa de maneira ativa. O mesossistema representa as relações estabelecidas entre um conjunto de microssistemas.
Ambientes do desenvolvimento
3. Exossistema – a influência dos cenários externos
È composto por um ou mais ambientes onde o indivíduo em desenvolvimento não participa ativamente de interações face a face. Contudo, os acontecimentos nesses ambientes afetam ou são afetados pelo ambiente onde se encontra a pessoa em desenvolvimento. 
Ambientes do desenvolvimento
4. Macrossistema – a cultura e os grupos como promotores do desenvolvimento
Engloba o sistema de valores e crenças de uma cultura ou subcultura, submersos em um corpo de conhecimento, recursos materiais, estilo de vida, costumes, estrutura de oportunidades, obstáculos e opções no curso da vida.
Autores mostram em seu estudo sobre as práticas culturais de pais com crianças pré-escolares, realizado em cinco culturas, que os padrões de comunicação e de atividades gerados na família são regulados por normas, valores e atitudes intrínsecas ao ambiente familiar e que cada sociedade tem suas peculiaridades e similaridades.
Do modelo ecológico para o bioecológico – principais alterações
Um dos componentes da estrutura do modelo que se ampliou foi a noção de pessoa, que passa a retratar como são instigadas pelo desenvolvimento, na expressão de sua subjetividade, levando em consideração as crenças, os valores, o nível de atividade, os traços de personalidade, o temperamento, as metas de vida e as motivações, dentre outros.
Outra premissa importante no modelo bioecológico é a ampliação da noção de processos proximais, enfatizando que estes operam ao longo do tempo e são os mecanismos primários que produzem o desenvolvimento humano.
Para o desenvolvimento ocorrer a pessoa deve estar envolvida em uma atividade que, por sua vez, deve acontecer regularmente e em períodos extensos de tempo, com uma duração suficientemente longa para se tornar crescentemente mais complexa. 
Assim, o poder dos processos proximais varia, substancialmente, em função das características da pessoa em desenvolvimentos, dos contextos imediatos e remotos e de períodos de tempo em que os processos ocorrem. Portanto, Pessoa (P), Processo (P), Contexto (C) e Tempo (T) constituem elementos centrais da teoria bioecológica, também denominada PPCT.
O tempo que no sistema ecológico não foi enfatizado, tem sua importância resgatada no modelo bioecológico. E em 1994 Bronfenbrenner emprega a noção de cronossistema como mais um nível de contexto de desenvolvimento, englobando as modificações e destacando a sua consistência, ao longo do tempo.
As mudanças na estrutura da família, no status socioeconômico, na disponibilidade de emprego e no local de moradia constituem exemplos de eventos do cronossistema.
Considerações finais
Bronfenbrenner sempre procurou ir além dos conceitos
do desenvolvimento humano vigentes, especialmente daqueles que se estruturavam sob uma ótica inatista, ambientalista ou cognitivista, como se esses aspectos fossem mutuamente excludentes. 
Para finalizar o aspecto político de sua postura de pesquisador: em toda a sua investigação e construção teórica, ele ressalta que os resultados das pesquisas podem interferir na elaboração das políticas públicas, e estas, por sua vez, no desenvolvimento dos seres humanos.
A responsabilidade e o envolvimento dos pesquisadores com as políticas estabelecidas são fundamentais para o desenvolvimento científico da ciência do desenvolvimento humano. 
Urie Bronfenbrenner
Faleceu em 2005 aos 88 anos

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