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Ligação Ionica

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272
CAPÍTULO
Unidade 5 • Chuva ácida
Ligação iônica17
 O que é exatamente tabela de pH? Como ela funciona? 
Você sabe explicar? 
Chuva ácida
“A queima de carvão, de combustíveis fósseis 
e os poluentes industriais lançam dióxido de en-
xofre e dióxido de nitrogênio na atmosfera. Esses 
gases combinam-se com o hidrogênio presente 
na atmosfera sob a forma de vapor de água, re-
sultando em chuvas ácidas. As águas da chuva, 
assim como a geada, a neve e a neblina, ficam 
carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao 
caírem na superfície, alteram a composição quí-
mica do solo e das águas, atingem as cadeias ali-
mentares, destroem florestas e lavouras, atacam 
estruturas metálicas, monumentos e edificações.
O gás carbônico, CO2, expelido pela nossa res-
piração, é consumido, em parte, pelos vegetais 
plâncton e fitoplâncton, e o restante permanece 
na atmosfera. A concentração de CO2 no ar atmos-
férico tem se tornado cada vez maior por causa do 
grande aumento da queima de combustíveis con-
tendo carbono na sua constituição. Tanto o gás 
carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo 
SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera, e as suas 
quantidades crescentes são um fator de preo-
cupação para os seres humanos, pois causam, en-
tre outras coisas, as chuvas ácidas.
Ao contrário do que se imagina, mesmo nos 
locais mais limpos, como o Ártico, a água da chu-
va é levemente ácida (pH 5,6). O pH mede o teor 
de íons positivos de hidrogênio de uma solução. 
A tabela do pH vai do zero ao quatorze: quanto 
maior for a concentração daqueles íons, menor 
será o pH, logo, mais ácida a chuva. Em várias 
cidades do oeste da Europa e do leste dos Estados 
Unidos, a chuva chegou a ter pH entre 2 e 3, ou 
seja, entre o do vinagre e o do suco de limão.
O termo ‘chuva ácida’ foi usado pela primeira 
vez por Robert Angus Smith, químico e climato-
logista inglês. Ele usou a expressão para descrever 
a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade de 
Manchester no início da Revolução Industrial. 
Com o desenvolvimento e o avanço industrial, os 
problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tor-
nado cada vez mais sérios. Um dos problemas das 
chuvas ácidas é o fato de estas poderem ser trans-
portadas por grandes distâncias, podendo cair em 
locais onde não há queima de combustíveis.
A poluição que sai das chaminés é levada pe-
lo vento, sendo que uma parte dela pode perma-
necer no ar durante semanas, antes de se deposi-
tar no solo. Nesse período, pode ter viajado muitos 
quilômetros. Quanto mais a poluição permanece 
na atmosfera, mais a sua composição química se 
altera, transformando-se num complicado coque-
tel de poluentes que prejudica o meio ambiente.”
Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/
urbano/artigos_urbano/chuva_acida.html>. Acesso em: 16 set. 2012.
Saiu na Mídia!
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O pH da água da chuva em cidades do oeste da Europa 
e do leste dos Estados Unidos chegou a valores tão 
baixos quanto o do vinagre e o do suco de limão.
Quimica_MR_v1_PNLD15_270a279_U5_C17.indd 272 3/8/13 12:55 PM
273Capítulo 17 • Ligação iônica
Quando a diferença de eletronegatividade entre dois átomos de 
elementos químicos distintos é maior do que 1,6, a ligação entre eles é 
predominantemente iônica, ou seja, obtida pela formação de íons po-
sitivos e negativos que permanecem juntos por atração eletrostática.
A ligação iônica é sempre uma ligação polar, e a intensidade do 
dipolo formado entre os átomos aumenta com o aumento da diferen-
ça de eletronegatividade entre eles.
Esquema da ligação iônica:
1 Formação da ligação iônica
Os metais são elementos que possuem baixa eletronegatividade 
(ou alta eletropositividade) e, consequentemente, tendência a formar 
cátions.
É importante observar, porém, que a tendência de um átomo me-
tálico isolado é per manecer como está, pois para retirarmos 1 elétron 
de seu nível mais externo, pre cisamos fornecer uma energia denomi-
nada primeira energia de ionização (veja página 213).
Exemplo:
1 Na(g) + 8,233 ∙ 10–22 kJ * * ( 1 Na1+(g) + 1 e–
Se um átomo isolado de sódio absorve 8,233 ∙ 10–22 kJ de energia 
para se transformar no cátion sódio, Na1+(g), isso significa que ele pas-
sa para um estado de maior instabilidade. Logo, a tendência de os 
metais formarem cátions só se manifesta na presen ça de átomos que 
tenham tendência a formar ânions, isto é, de receber elétrons, o que 
leva à formação de íons de cargas opostas que se atraem mutuamente. 
Os ametais, ao contrário, são elementos que pos suem como ca-
racterística prin cipal a alta eletronega tividade e a consequente ten-
dência a formar ânions. Essa tendência se verifica inclusive para o 
átomo isolado.
Formação de íon positivo 
(cátion)
Atração eletrostática entre 
cátions e ânions
Substância iônica ou 
composto iônico
Formação de íon negativo 
(ânion)
+
Átomo com baixa 
eletronegatividade
Átomo com alta 
eletronegatividade
Quimica_MR_v1_PNLD15_270a279_U5_C17.indd 273 3/8/13 12:55 PM
Unidade 5 • Chuva ácida274
Exemplo:
1 CL(g) + 1 e– * * ( 1 CL 1– (g) + 5,797 ∙ 10–22 kJ
Se um átomo isolado de cloro, CL(g), libera 5,797 ∙ 10–22 kJ de energia 
(ou 349 kJ/mol de átomos) para se transformar no ânion cloreto, 
CL 1–(g), isso significa que ele passa para um estado de maior estabili-
dade, portanto, a tendência de os ametais formarem ânions revela-se 
em qualquer situação.
As substâncias constituídas por átomos de metais e ametais, 
como o cloreto de sódio, NaCL(s), por exemplo, são deno minadas 
substâncias iônicas ou compostos iôni cos porque, quando a subs-
tância simples sódio metá lico, Na(s), entra em contato com molé-
culas de gás cloro, CL 2(g), ocorre uma violenta reação química que 
provo ca a formação de cátions Na1+ e ânions CL 1– que permanecem 
fortemente ligados uns aos outros por força de atração elétrica 
entre cargas opostas, formando o composto repre sentado pela fór-
mula unitária NaCL(s).
2 Na(s) + 1 CL 2(g) * * ( 2 NaCL(s) + 642,4 kJ/mol de NaCL(s)
O fato de a reação de formação do cloreto de sódio, NaCL(s), ocorrer 
com grande liberação de ener gia indica que esse composto é muito 
mais estável do que eram as substâncias simples sódio metálico, Na(s), 
e gás cloro, CL 2(g).
E como podemos saber se a ligação estabelecida entre dois átomos 
de elementos químicos diferentes será covalente ou iônica?
Uma forma é calcular a diferença de eletronegatividade entre os 
átomos desses elementos e a partir desse cálculo verificar qual a 
porcentagem de caráter iônico da ligação conforme mostra a tabela 
ao lado.
Acompanhe os exemplos abaixo, dados os valores da eletronegati-
vidade dos elementos (i E– = valor maior – valor menor): 
Elemento Na Mg AL Pb F O CL P
Eletronegatividade 1,0 1,2 1,5 1,7 4,0 3,5 3,0 2,1
Diferença de eletronegatividade (i E–) dos átomos nos compostos:
NaCL: 3,0 – 1,0 = 2,0 (%Ci = 63%; predominantemente iônico)
MgCL 2: 3,0 – 1,2 = 1,8 (%Ci = 55%; predominantemente iônico)
ALF3: 4,0 – 1,5 = 2,5 (%Ci = 79%; predominantemente iônico)
PAL 3: 2,1 – 1,5 = 0,6 (%Ci = 19%; predominantemente covalente)
PbO2: 3,5 – 1,7 = 1,8 (%Ci = 55%; predominantemente iônico)
E por que alguns elementos têm tendência a formar cátions 
monovalentes enquanto outros formam cátions bivalentes, triva-
lentes ou tetravalentes? Uma explicação experimental para esse 
fenômeno está na energia de ionização necessária para retirar um, 
dois, três ou quatro elétrons do átomo neutro e isolado. Observe a 
tabela a seguir.
≠ E– = diferença de 
eletronegatividade entre os 
átomos que estabelecem a 
ligação % Ci = porcentagem de 
cará ter iônico
Porcentagem de 
caráter iônico
i E− % Ci
0,5 6
0,6 9
0,7 12
0,8 15
0,9 19
1,0 22
1,1 26
1,2 30
1,3 34
1,4 39
1,5 43
1,6 47
≠ E− % Ci
1,7 51
1,8 55
1,9 59
2,0 63
2,1 67
2,2 70
2,3 74
2,4 76
2,5 79
2,6 82
2,7 84
2,8 86
pr
ed
om
in
an
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m
en
te
 co
va
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nt
e
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ed
om
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an
te
m
en
te
 iô
ni
co
Fonte: ATKINS, Peter;JONES, 
Loretta. Princípios de Química – 
questionando a vida moderna. 
São Paulo: Bookman, 2006.
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275Capítulo 17 • Ligação iônica
Energias de ionização em kJ/mol
Cátion formado Elemento 1ª Ei 2ª Ei 3ª Ei 4ª Ei 5ª Ei
Monovalente 3Li 520,2 7 297,9 11 814,6 ----- -----
Monovalente 11Na 495,8 4 562,4 6 912 9 543 13 352
Monovalente 19K 418,8 3 051,3 4 411 5 877 7 975
Bivalente 12Mg 737,7 1 450,6 7 732,6 10 540 13 629
Bivalente 20Ca 589,8 1 145,4 4 911,8 6 474 8 144
Bivalente 38Sr 549,5 1 064,5 4 120 5 500 6 910
Trivalente 13AL 577,6 1 816,6 2 744,7 11 577 14 831
Tetravalente 82Pb 715,5 1 450,4 3 081,4 4 083 6 640
A tabela mostra que o sódio forma cátion monovalente porque sua 
segunda energia de ionização é muito maior do que a primeira. Já o 
magnésio forma cátion bivalente porque sua terceira energia de ioni-
zação é muito maior do que as duas primeiras, e assim por diante.
Também é possível utilizar o modelo da regra do octeto para prever 
como se estabelece uma ligação iônica. Lembre-se, porém, de que essa 
regra só se aplica a alguns elementos representativos.
A tabela a seguir traz um resumo sobre como ocorrem as ligações 
iônicas entre os elementos repre sentativos mais comuns (E), que nor-
malmente (mas nem sempre) seguem a regra do octeto.
Família 1 2 13 14 15 16 17
Principais elementos Li, Na, K Mg, Ca, Sr AL Sn, Pb N, P O, S F, CL, Br, I
Elétrons de valência
1 e–
E 
2 e–
E
3 e–
E
4 e–
E
5 e–
E
6 e–
E
7 e–
E
Íon que tende a formar E1+ E2+ E3+ E4+ E3– E2– E1–
Acompanhe o raciocínio seguindo o modelo da regra do octeto 
para a formação do cloreto de sódio, NaCL. Não se esqueça, porém, de 
que não existem áto mos livres dos elementos sódio e cloro na nature-
za. Assim, a formação do cloreto de sódio ocorre pela reação entre as 
substâncias sódio metá lico, Na(s), e gás cloro, CL2(g).
Dadas as configurações eletrônicas do 11Na e do 17CL:
11Na: 1s2 2s2 2p6 3s1 V 11Na1+: 1s2 2s2 2p6
17CL: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 V 17CL 1–: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
• O átomo de sódio, 11Na, possui 1 elétron no último nível de energia 
(3º nível). Formando o cátion Na1+, seu último nível passa a ser o an-
terior (2º nível), que já está completo, ou seja, o cátion sódio, 11Na1+, 
possui a mesma configuração eletrônica do gás nobre neônio, 10Ne.
Observação: na tabela acima os elemen-
tos são representados genericamente pelo 
símbolo E. As “bolinhas” ao re dor de E 
representam os elétrons de valência. O 
uso da cor azul é um recurso didático, pois 
elétrons não têm cor. 
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Unidade 5 • Chuva ácida276
• O átomo de cloro, 17CL, possui 7 elétrons no último nível de energia 
(3º nível). Formando o ânion CL 1–, seu último nível fica completo, ou 
seja, o ânion cloreto possui a mesma configuração eletrônica do gás 
nobre argônio, 18Ar.
Logo, a fórmula do composto formado pela atração eletrostática 
(ligação iônica) entre os íons CL 1– e Na1+ será NaCL.
 O que é exatamente tabela* de pH? Como ela funciona?
Como vimos no capítulo 14, a água, apesar de ser um composto 
covalente, pode formar íons por meio de uma reação de autoionização.
A definição de pH está relacionada à autoionização da água. Molé-
culas de água no estado líquido estão em constante movimento e 
chocam-se frequentemente. Conforme a energia desse choque, pode 
haver menor ou maior formação de íons H3O1+ e OH1–:
2 H2O(L) F 1 H3O1+(aq) + 1 OH1–(aq) 
Com o aumento de temperatura, aumenta a energia e a frequência 
de choques e, portanto, a quantidade de íons em solução. Logo, os 
valores de pH dependem da temperatura.
Na temperatura de 25 °C, uma solução é considerada neutra quan-
do apre senta pH = 7,0. Nessa temperatura, um pH maior do que 7,0 
indica solução básica, e um pH inferior a 7,0 indica solução ácida.
O pH mede o grau de acidez de qualquer solução pela quantidade de 
íons hidrô nio, H3O1+(aq), livres por unidade de volume que ela apresenta, 
o que é denominado potencial hidroge niônico. Quanto menor o pH de 
uma solução, maior a sua acidez porque a escala de pH é logarítmica, ou 
seja, o pH é definido como o logaritmo negativo da concentração de íons 
H3O1+, na base 10, o que pode ser representado pela expressão:
* O correto seria dizer: – O que é exata-
mente “escala de pH”? Mas em linguagem 
popular o termo “tabela de pH” aparece 
com mais frequência.
pH = 3pH = 4pH = 5 × 10 = × 10 = 
 [H3O1+] = 1,0 ∙ 10–5 mol/L [H3O1+] = 1,0 ∙ 10–4 mol/L [H3O1+] = 1,0 ∙ 10–3 mol/L
 1,0 ∙ 10–5 ∙ 10 = 1,0 ∙ 10–4 mol/L 1,0 ∙ 10–4 ∙ 10 = 1,0 ∙ 10–3 mol/L
 1,0 ∙ 10–5 ∙ 100 = 1,0 ∙ 10–3 mol/L
pH = – log [H3O1+] π [H3O1+] = 10–pH
Analisando as expressões acima, podemos concluir que cada de-
créscimo de uma unidade de pH multiplica por dez vezes a concentra-
ção de íons hidrônio (e, portanto, a acidez do meio). Assim, por exemplo, 
se considerarmos volumes iguais de três soluções aquosas, a primeira 
com pH = 5, a segunda com pH = 4 e a terceira com pH = 3, vamos 
concluir que a terceira contém 10 vezes mais íons hidrônio que a segun-
da e 100 vezes mais íons hidrônio que a primeira.
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As ilustrações estão fora 
de escala. Cores fantasia.
Quimica_MR_v1_PNLD15_270a279_U5_C17.indd 276 3/8/13 12:55 PM
277Capítulo 17 • Ligação iônica
2 Fórmula unitária
Um composto iônico é formado por um número mui to grande e 
indeter minado de cátions e ânions agru pa dos alternadamente segun-
do uma forma geométrica definida – característica de cada substância 
iônica – que chamamos de arranjo. No caso do cloreto de sódio, NaCL(s), 
os íons Na1+ e CL 1– agrupam-se num arranjo denominado cúbico de três 
eixos, como ilustrado ao lado.
Observe que no cristal de cloreto de sódio cada íon Na1+ é cercado 
por seis íons CL 1–, e vice-versa. Esse número é denominado número de 
coordenação.
Número de coordenação é o número de íons imediatamente ligados 
a determinado íon em um arranjo cristalino.
No cloreto de sódio, NaCL(s), especificamente, o número de coorde-
nação dos íons Na1+ e CL 1– é o mesmo: 6.
Como todo composto iônico é formado por um número indetermi-
nado e muito grande de cátions e ânions, define-se para esses compos-
tos uma fórmula unitária, escrita do seguinte modo:
• O símbolo do cátion vem antes do símbolo do ânion.
• A fórmula unitária deve mostrar a menor propor ção em números 
inteiros de cátions e ânions, de modo que a carga total dos cátions 
seja neutra lizada pela carga total dos ânions (toda substância é ele-
tricamente neutra).
• Como a substância possui carga elétrica total igual a zero, as cargas 
elétricas individuais de cada íon não aparecem escritas na fórmula 
unitária.
• O número de cátions e de ânions da fórmula é cha mado de índice e 
deve vir escrito à direita e abaixo do símbolo. O índice 1 não precisa 
ser escrito.
Também podemos representar a fórmula de uma substância iônica 
por meio da fórmula de Lewis ou fór mula eletrônica.
Na fórmula de Lewis representam-se os elétrons de valência dos 
íons que formam o composto. No caso do cloreto de sódio, teremos:
Na + CL * * ( Na1+[ CL ]1–
Acompanhe agora um outro exemplo, utilizando como modelo a 
regra do octeto, de como se estabelece a ligação iônica entre os ele-
mentos químicos cálcio, 20Ca, e flúor, 9F.
20Ca: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 V 20Ca2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
9F: 1s2 2s2 2p5 V 9F1–: 1s2 2s2 2p6
Fórmula unitária: Ca12+ F21– CaF2
Fórmula eletrônica do fluoreto de cálcio:
 F
Ca * * ( Ca2+[ F ] 2
1–
 F
CL1–Na1+
É importante observar que um sólido 
iônico não se mantém coeso por 
ligações entre pares específicos de íons: 
todos os cátions atraem todos os 
ânions, todos os cátions repelem-se 
uns aos outros e todos os ânions 
repelem-se mutuamente. Uma ligação 
iônica é característica do cristal como 
um todo, e a liberação de energia que 
ocorre na formação docomposto 
iônico leva em conta todo o conjunto 
de cátions e ânions que forma o cristal. 
O uso das cores é um recurso didático, 
cátions, ânions e elétrons não têm cor. 
Na1+ CL1–
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Unidade 5 • Chuva ácida278
3 Propriedades dos 
 compostos iônicos
A ligação iônica é de natureza elétrica. Os íons positivos e negativos 
se atraem fortemente, dando origem a compostos com as propriedades 
características descritas na tabela a seguir:
1. Em relação à formação de substâncias iônicas, selecio-
ne a(s) afirmação(ões) correta(s) e forneça a soma do(s) 
número(s) da(s) alternativa(s) selecionada(s). Soma: 49
01. São necessariamente subs tâncias compostas.
02. Também podem ser substâncias simples.
04. A fórmula NaCL(s) indica uma molécula de cloreto de 
sódio.
08. O átomo de magnésio isolado, 12Mg(g): 1s2 2s2 2p6 3s2, 
é instável, mas o cátion magnésio isolado, 12Mg2+(g): 
1s2 2s2 2p6, cuja configuração eletrônica é igual à do 
gás nobre neônio, 10Ne: 1s2 2s2 2p6, é estável.
16. O que torna uma substância iônica estável é a formação 
do retículo cristalino que ocorre com liberação de ener-
gia pela atração elétrica entre íons de cargas opostas.
32. As substâncias iônicas são formadas por uma quanti-
dade imensa e indeterminada de cátions e ânions que 
se agrupam segundo um arranjo geométrico definido 
e são representadas por uma fórmula unitária que é 
a menor proporção de cátions e ânions cujas cargas 
se anulam (a soma das cargas é igual a zero).
X
X
X
2. (UFV-MG) Os compostos formados pelos pares Mg e 
CL, Ca e O, Li e O e K e Br possuem fórmulas cujas propor-
ções entre os cátions e os ânions são, respectivamente: 
Dados: 3Li; 8O; 12Mg; 17CL; 19K; 20Ca; 35Br
a) 1 : 1 2 : 2 1 : 1 1 : 2
b) 1 : 2 1 : 2 1 : 1 1 : 1
c) 1 : 1 1 : 2 2 : 1 2 : 1
d) 1 : 2 1 : 1 2 : 1 1 : 1
e) 2 : 2 1 : 1 2 : 1 1 : 1
3. (UFSC) Compostos iônicos possuem as proprie dades: 
01. elevado ponto de ebulição e baixo ponto de fusão;
02. geralmente são sólidos;
04. são geralmente solúveis em água; apresen tam estru-
 tura cristalina e altos pontos de fusão e de ebulição;
08. boa condutibilidade elétrica; solubilidade em água; 
são geralmente líquidos;
16. quando são solúveis, dissolvem-se em solventes polares;
32. apresentam brilho metálico;
64. em geral são solúveis em solventes apolares.
X
Soma: 22
X
X
X
Propriedades dos compostos iônicos
Estado de agregação Em geral são sólidos a temperatura e pressão ambientes (25 °C e 1 atm) porque a força de atração elétrica mantém os cátions e os ânions firmemente ligados.
Pontos de fusão 
e de ebulição
Em geral são muito elevados, pois é preciso fornecer uma grande quantidade de energia para 
separar os íons e vencer a atração elétrica existente entre eles. 
Solubilidade
Há vários outros fatores que interferem na solubilidade dos compostos além da polaridade, 
como a estrutura cristalina, por isso, nem todos os compostos iônicos são solúveis em água 
(apesar de serem polares). Existem tabelas de solubilidade que podemos consultar se necessário.
Dureza 
(resistência ao risco)
Em geral possuem elevada dureza, ou seja, gran de resistência a serem risca dos por outros 
materiais.
Tenacidade 
(resistência ao impacto)
Possuem baixa tenacidade, pois, quando sofrem pressão os íons de mesmo sinal se aproximam 
e se repelem, fragmentando o cristal.
Condutividade elétrica Conduzem corrente elétrica na fase líquida ou em solução aquosa, quando os íons estão livres. Na fase sólida não con duzem corrente elétrica.
Questões ATENÇÃO!Não escreva no 
seu livro!
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279Capítulo 17 • Ligação iônica
17.1 (UPM-SP) Se o caráter iônico entre dois ou mais átomos 
de elementos químicos diferentes é tanto maior quanto 
maior for a diferença de eletronegatividade entre eles, a 
alternativa que apresenta a substância que possui caráter 
iônico mais acentuado é: (Dados: 1H; 9F; 11Na; 19K; 53I) 
a) NaI b) F2 c) HI d) KI e) KF
17.2 (Uerj) A nanofiltração é um processo de separação 
que emprega membranas poliméricas cujo diâmetro de 
poro está na faixa de 1 nm (1 nm = 10−9 m). 
Considere uma solução aquosa preparada com sais solú-
veis de cálcio, magnésio, sódio e potássio. O processo de 
nanofiltração dessa solução retém os íons bivalentes, 
enquanto permite a passagem da água e dos íons mono-
valentes. (Consulte a tabela periódica.)
As espécies retidas são:
a) sódio e potássio.
b) potássio e cálcio.
c) magnésio e sódio.
d) cálcio e magnésio.
17.3 (UFV-MG) As cinzas provenientes da queima de 
vegetais podem ser utilizadas na produção de sabão por 
serem ricas em óxidos, principalmente os óxidos de me-
tais alcalinos e alcalinoterrosos. Na formação desses 
óxidos iônicos ocorre transferência aparente dos elé-
trons de valência do metal para o oxigênio. As fórmulas 
químicas dos óxidos de potássio e de cálcio são, respec-
tivamente: 
a) KO e CaO.
b) K2O e CaO.
c) KO2 e CaO2.
d) K2O e Ca2O.
17.4 (UPM-SP) Alimentos que contêm enxofre, como por 
exemplo, os ovos, ao serem colocados sobre superfícies 
de prata, escurecem-nas, devido à formação de uma 
película escura de sulfeto de prata. Sabendo que a pra-
ta é monovalente e que o enxofre é bivalente e mais 
eletronegativo que a prata, a fórmula dessa película 
escura é: 
a) AgS b) AgS3 c) Ag3S d) AgS2 e) Ag2S
17.5 (Efoa-MG) Os elementos X e Y, do mesmo período da 
tabela periódica, têm configurações eletrônicas s2 p4 e s1, 
respectivamente, em suas camadas de valência.
a) A que grupos da tabela periódica pertencem os ele-
mentos X e Y?
b) Qual será a fórmula empírica (fórmula unitária) e o tipo 
de ligação formada no composto constituído pelos ele-
mentos X e Y? Justifique sua resposta.
17.6 (UEL-PR) Da combinação química entre átomos de 
magnésio (Z = 12) e nitrogênio (Z = 7) pode resultar a 
substância de fórmula:
a) Mg3N2 b) Mg2N3 c) MgN3 d) MgN2 e) MgN
17.7 (UFPA) Sejam os elementos genéricos X, com 53 elé-
trons, e Y, com 38 elétrons. Depois de fazermos a sua
distribuição eletrônica, podemos afirmar que o composto 
mais provável formado pelos elementos é: 
a) YX2 b) Y3X2 c) Y2X3 d) Y2X e) YX
17.8 (Fatec-SP) Identifique os pares de números atômicos 
correspondentes a elementos que, quando se com binam, 
formam o composto de fórmula A23+B32–. 
a) 12 – 7 b) 19 – 16 c) 15 – 17 d) 13 – 8 e) 13 – 13
17.9 (UEL-PR) Considere as propriedades: 
 I. elevado ponto de fusão
 II. brilho metálico
 III. boa condutividade elétrica na fase sólida
IV. boa condutividade elétrica em solução aquosa (para 
com postos solúveis em água).
São propriedades de compostos iônicos:
a) I e II b) I e IV c) II e III d) II e IV e) III e IV 
17.10 (PUC-SP) Analise as propriedades físicas na tabela:
Condução de corrente elétrica
Amostra PF/°C PE/°C a 25 °C a 1 000 °C
A 801 1 413 isolante condutor
B 43 182 isolante –––
C 1 535 2 760 condutor condutor
D 1 248 2 250 isolante isolante
Segundo os modelos de ligação química, A, B, C e D podem 
ser classificados, respectivamente, como, 
a) composto iônico, metal, substância molecular, metal.
b) metal, composto iônico, composto iônico, substância 
molecular.
c) composto iônico, substância molecular, metal, metal.
d) substância molecular, composto iônico, composto 
iônico, metal.
e) composto iônico, substância molecular, metal, com-
posto iônico.
17.11 (UFMG) Um material sólido tem as seguintes carac-
terísticas: 
• não apresenta brilho metálico.
• é solúvel em água.
• não se funde quando aquecido a 500 °C.
• não conduz corrente elétrica no estado sólido.
• conduz corrente elétrica em solução aquosa.
Com base nos modelos de ligação química, pode-se con-
cluir que, provavelmente, trata-se de um sólido
a) iônico. b) covalente. c) molecular. d) metálico.
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Exercícios de revisão
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