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Producão de Texto

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Produção de Texto
Semana 03: Texto e semiótica 
VÍDEO-BASE: Semiótica discursiva (parte 1) | Prof. Dr. Cláudio Rabelo (UFSM)
Intenção: Tornar explícitos os mecanismos implícitos de estruturação e interpretação de texto.
Significa que a semiótica quer desvelar as formas de descobrir o que há por traz dos textos, mas importante do que “o que dizer” está o “como dizer”.
Para Greimas: O social e o histórico não são transcendentes. São imanentes, ou seja, são construídos no e pelo texto.
Isso significa dizer que toda a realidade social que nós conhecemos não são coisas fora de um texto, tudo que conhecemos foi construído por textos, que depois foram convertidos em discursos. As diferentes formas nas quais nos expressamos que constroem a realidade. Pra Greimas, o texto não representa a história e a sociedade, ele constrói ambas.
Semântica do discurso: Estudo do significado ou teoria da significação. 
Para Greimas uma Semântica deve ser: para o autor, a semântica deve ser gerativa, ou seja, gerar modelo para ser feito análise de modo a perceber como vários elementos podem significar a mesma coisa.
Ela deve ser Sintagmática: Não explicar as unidades lexicais das frases, mas a produção e interpretação do discurso.
Significa que a semântica não deve ser preocupar com a forma que a frase é construída em relação das unidades lexicais (sujeito, predicado etc.). Ela quer explicar na verdade, com expressão e conteúdo do texto.
Geral: ter como postulado a unidade de sentido que pode ser manifestado por diferentes formas de expressão.
Tem a proposta de achar um postulado geral, de criar um método que veja como que um sentido pode ser manifestado de diversas formas e mesmo assim manter o seu caráter geral, ser interpretado pelo o que ele realmente queria dizer. A semiótica cria categorias que tentam explicar como que um sentido pode ser manifestado de diferentes formas.
Apólogo dos dois escudos: exemplifica a questão da semiótica. São dois cavaleiros que andam em lados opostos, quando se encontram, veem uma estátua da vitória entre os dois. Como eles veem faces diferente do escudo que a estátua segura, eles têm opiniões diferentes sobre o material do escudo. Devido a isso, os dois começa a brigar e quase se matam, até que um monge analisa a situação dos dois ângulos, e explica o que aconteceu. Se os dois tivessem dispostos a ver a situação com outra visão, talvez não haveria confusão.
As vezes a semiótica mostra como é possível trazer a mesma verdade de formas diferentes. 
TEXTO BASE: A noção de texto na semiótica 
	As teorias do discurso surgiram quando a Linguística começa a preocupar com o uso linguístico e as relações do uso da linguagem com o contexto socio histórico. Entender o texto como um objeto de significação dotado de uma organização específica. O texto não é um amontoado de frases, tem uma estrutura que garante que o sentido seja apreendido em sua globalidade. Dar destaque à noção de que o texto é um objeto histórico leva a preocupar-se com a formação ideológica de que ele é expressão.
	A Semiótica francesa, embora não ignore que o texto seja um objeto histórico dá ênfase ao conceito de texto como objeto de significação e preocupa em estudar os mecanismos que constituem o texto como uma totalidade de sentido. Concebe-se como uma teoria gerativa, sintagmática e geral. 
E uma teoria sintagmática, porque seu escopo é estudar a produção e a interpretação dos textos. É geral, porque se interessa por qualquer tipo de texto, independentemente de sua manifestação, quer se manifestem verbalmente, visualmente, por uma combinação de planos de expressão visual e verbal etc. É uma teoria gerativa, porque concebe o processo de produção do texto como um percurso gerativo, que vai do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto, num processo de enriquecimento semântico.
O percurso gerativo é constituído de três patamares: as estruturas fundamentais, as estruturas narrativas e as estruturas discursivas.
 O nível fundamental compreende a(s) categoria(s) semântica(s) que ordena(m), de maneira mais geral, os diferentes conteúdos do texto. Uma categoria semântica é uma oposição tal que a vs. b. Os termos a vs. b mantêm entre si uma relação de contrariedade. Essa categoria semântica do nível fundamental é o elemento mais simples e abstrato de ordenamento dos múltiplos conteúdos do texto.
As estruturas narrativas revelam a dimensão sintagmática da narrativa e mostra as fases obrigatoriamente presentes no simulacro da ação do homem no mundo, que é a narrativa. A primeira fase é a manipulação. Nela, um sujeito transmite a outro um querer e/ou um dever. Essa fase pode ser concretizada como um pedido, uma súplica, uma ordem, etc. A segunda fase é a da competência. Nela, um sujeito atribui a outro um saber e um poder fazer. A terceira fase é a performance. Nela, ocorre a transformação principal da narrativa. A última fase é a da sanção. Temos dois tipos de sanções, a cognitiva e a pragmática. Aquela é o reconhecimento por um sujeito de que a performance de fato ocorreu. A sanção pragmática pode ou não ocorrer. Pode ser um prêmio ou um castigo. Essas fases mantêm entre si uma relação de implicação recíproca.
Passemos agora para o terceiro nível, o discursivo. Esse patamar é aquele em que se revestem as estruturas narrativas abstratas. Compreender um texto figurativo é, inicialmente, entender o componente temático que subjaz às figuras.
Semana 04: O texto narrativo
VÍDEO AULA DO PROFESSOR: A narrativa na escrita infantil 
	Desde que aprendemos a falar, estamos fazendo narrativa o tempo todo. As categorias linguísticas (pessoa, tempo, espaço) sustentam o texto.
	A escolha de decidir qual pessoa vai narrar o texto (1ª ou 3ª pessoa) vai produzir efeitos diferentes. Ao narrar em 1ª pessoa, cria o efeito de proximidade, já em 3ª pessoa constrói um efeito de distanciamento.
	Todo o texto narrativo se constrói em uma sequência cronológica, com o enunciado de anterioridade e posterioridade seguindo uma sucessão de acontecimentos, sempre em um lugar no espaço que ancora a narrativa. O uso de pronome demonstrativo, e advérbio de lugar nos ajuda a situar onde os acontecimentos ocorrem.
Pensando na proposta de escrever um conto de fada, a criança atendeu ao pedido. Ela atualizou o sentido do conto de fada para o contemporâneo. É possível observar que a criança foi capaz de fazer a marcação temporal (repetição de “daí”). 
	O uso de pronomes (“perguntoa” e “chama-lá”), mesmo que de forma errada, mostra que a criança busca e escreve na norma padrão da língua.
	No trecho “Na hora dos parabéns ele, o Fredy” é possível notar que a aluna mostra que sabe marcar a quem ela se refere. 
	Esse aluno busca falar um pouco de si, mas baseado em um personagem que ele gostou. É notório que tem um entrelaçamento da biografia de Santo Dumont como base para a sua própria história. 
 É também visto, que ele marca a passagem do tempo, marcando a progressão temporal na narrativa. 
 
	Texto falando sobre a escrita da criança, para percebemos como se dá o processo de constituição de quem está aprendendo a ler e escrever em comparação com um autor consagrado.
	Essa narrativa é construída de maneira diferente das anteriores. Os marcadores temporais são diferentes e o detalhamento e a significação do espaço.
Os: Os outros slides é o final do texto.
VÍDEO AULA DO PROFESSOR: A intertextualidade em textos narrativos
	O princípio dialogismo discursivo é entendido como uma relação entre enunciador e enunciatário e pela intertextualidade no interior do discurso.
	
	Já pelo título do livro, temos uma relação de intertextualidade com a história de Chapeuzinho Vermelho.
	
	Ao ler o texto é possível perceber que há diálogo textual com outra perspectiva do que conhecemos no Chapeuzinho Vermelho.
	Nesse outro texto, Chapeuzinho Vermelho sai do foco, e o Lobo ocupa o cenário principal. Aqui o Lobo marca uma relação interpessoal com as outras versões de lobos.
	Aqui há exemplo de intertextualidade na literatura machadiana, quando Bentinhovai ao teatro assistir Otelo. Dom Casmurro deixa a possível traição de Capitu no ar, o que ocorre também em Otelo. Não é por acaso que Bentinho vi assistir Otelo, pois esse diálogo interpessoal abastece a trama.
A intertextualidade não restringe apenas ao sistema linguístico. A crítica se encontra no que foi pensado para a 1 obra como um homem sublime na primeira imagem. 
Semana 05: O texto dissertativo
VÍDEO AULA DO PROFESSOR: Texto dissertativo no livro didático
	Temos no texto dissertativo, o foco na estrutura do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão) e assim os alunos acham que fazer dissertação é seguir tal modelo.
	Só que a dissertação é muito mais do que seguir um modelo, pois aspectos muito relevantes estão envolvidos na produção do texto. Por exemplo, o jogo de “formações imaginárias”, para a produção de uma dissertação que se sustente (“pra quem eu estou escrevendo”, “o que eu devo escrever”, “o que eu posso escrever”, “o que é esperado eu escrever”, “sobre o que está sendo escrevido”). A antecipação das representações do lugar ocupado pelos interlocutores faz parte destas formações imaginárias, e isso constrói a estratégia discursiva. 
	Considerar a construção da argumentação é o foco principal que temos que levar em conta ao produzir um texto, porque estamos argumentando o tempo todo. Só que a argumentação não é valorizada na escola.
	A professora traz diversos exemplos mostrando que os livros didáticos não abrem espaço para o aprendizado da argumentação. O que é feito no livro é apenas baseado na coleta de informação no texto, sem incentivar o aluno a argumentar a sua opinião.
	É claro que temos que obedecer a uma estrutura, a questão é como ensinamos a fazer isso, se é restringindo todo o jogo de formações imaginárias quando as únicas atividades é a coleta de dados no texto. É preciso uma multiplicidade de conhecimento, além do conhecimento linguístico, é preciso saber o que eu posso dizer sobre determinado tema.
VÍDEO AULA DO PROFESSOR: Argumentação no ensino superior
Colocar seu posicionamento em discurso não é uma tarefa fácil, somo habituados sobre o que o autor disse no texto -coletar os dados no texto.
	Discussão é disputa de sentido, e as vezes o uso da discussão é equivocado sobre discussão. E isso terá consequências para o desenvolvimento paras as práticas argumentativas.
	Essa polémica não é daquelas de causar confusão. Dependendo da relação dos interlocutores, o discurso pode ter um funcionamento que vai de um discurso lúdico, polêmico ou autoritário. No discurso polêmico, há a disputa do objeto discursivo, todos os interlocutores podem participar. Diferente do discurso autoritário, em que o referente fica apenas para uma voz de autoridade. Para haver argumentação é preciso que o discurso polêmico entre em funcionamento.
	Falar em argumentação é falar em poder e disputa entre sentidos. 
	Exemplo onde mostra que um aluno universitário não consegue tocar no assunto que foi proposto e discutido, muito até por não ter sido ensinado nas etapas anteriores de estudo.
	O uso do portanto para usar efeito de conclusão, mesmo que o uso não esteja correto para o texto escrito. No exemplo do slide, vimos que não tem uma sequência lógica, que sustenta a dissertação. 
	Aqui, observamos que o aluno no ensino superior fez apenas o recorte de informações no texto base, como foi ensinado nas etapas anteriores, focado no que a autora fez, disse ou pensa. 
	1ª parágrafo: é fundamental para sustentar uma prática argumentativa dentro da escola, para que o sujeito saiba colocar o argumento em funcionamento, para que ele não seja silenciado pela voz do outro. 
	
Semana 06: O texto e as novas tecnologias
TEXTO BASE: Leitura e escrita na Web 
1. INTRODUCÃO 
	Rede é além de hardwares operados através de softwares. O aspecto mais interessante da Rede é a nova cultura crescente dentro de suas premissas. Cadeias diferentes, que usam tecnologias diferentes, desenvolveram uma nova cultura mundial conectada em Rede. Impulsionado pela indústria eletrônica e de telecomunicações, o processo de construção do pensamento quando indivíduos interagem em rede incitam à reflexão para a existência de uma nova lógica de compreensão do mundo e de apropriação dos conhecimentos. Mediadas pela comunicação, “as culturas, isto é, nossos sistemas de crenças e códigos historicamente produzidos são transformados pelo novo sistema tecnológico” Sendo a linguagem o instrumento de memória e de propagação das representações, e o conhecimento dependente do uso das tecnologias intelectuais, compreender o lugar fundamental das tecnologias da comunicação e da inteligência na história cultural consiste em analisar, previamente, a mutação contemporânea da relação dos dispositivos materiais socio-técnicos com o saber. 
2. ARTICULAÇÃO DOS SABERES DA CIBERCULTURA
A tecnologia elétrica favorece a palavra falada, e não a palavra escrita. A TV se tornou o modo predominante de comunicação, caracterizada pela estimulação sensorial, envolvendo todos os nossos sentidos em profunda inter-relação, mudou nossa vida sensória e nossos processos mentais, a tela do vídeo tem um impacto tão direto sobre nosso sistema nervoso e nossas emoções, que o indivíduo age de forma crescentemente fisiológica, tornando-se vulnerável e suscetível à sedução multissensorial. Dessa forma, a TV desafia nossa literária forma de pensar, substituindo-a pela oralidade, tátil e coletiva, exige o processamento instantâneo do conhecimento mediante uma interação, onde todas as espécies de impressões e experiências se intercambiam e se traduzem, permitindo-nos reagir ao mundo como um todo. A linguagem audiovisual constantemente solicita a imaginação, usamos o emprego simultâneo de nossas faculdades, somos “ameaçados” por uma libertação que põe à prova nossos recursos internos de auto emprego e de participação imaginativa na sociedade. A convergência da tecnologia de informação e comunicação para um sistema digital de transmissão e armazenamento está criando um cenário em que a informação pode se converter rapidamente em diferentes formas tanto no seu manuseio quanto na sua transmissão. Com a evolução das formas eletrônicas de transmissão de sinais, o acesso à informação por meios informáticos torna-se mais natural ao homem. A interação perdeu seu caráter imediato e se libertou do ambiente físico. Cada vez mais os indivíduos preferem buscar informação em outras fontes do estão no dia-a-dia. O instrumento informático permite a criação, a circulação e a estocagem de informações, antes monopolizadas por uma pequena elite de trabalhadores intelectuais, o saber informatizado pode ser recomposto, multiplicado, modificado à vontade. O que importa é evoluir a partir do conhecimento que esse saber informatizado disponibiliza. As teorias cedem lugar aos modelos, que não são nem verdadeiros, nem falsos, nem mesmo testáveis. Serão apenas mais ou menos úteis, eficazes ou pertinentes em relação a um objetivo específico. Ao manipular parâmetros e simular situações, o usuário de um programa adquire um conhecimento por simulação do sistema modelado, que funciona como um módulo externo e suplementar para a faculdade de imaginar. Como uma imaginação auxiliada por computador, a simulação remete a um aumento dos poderes da imaginação e da intuição. Dessa forma, a simulação corresponde às etapas da atividade intelectual anteriores à exposição racional: a imaginação, a bricolagem mental, as tentativas e erros. A ampliação da memória (banco de dados), imaginação (simulação), percepção (sensores digitais, realidades virtuais), raciocínio (inteligência artificial), pelas novas tecnologias intelectuais favorecem novas formas de acesso à informação e novos estilos de raciocínio e de conhecimento.
3. COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO MEDIADAS POR COMPUTADOR
A cultura audiovisual passou a reunir as pessoas em volta dos aparelhos de rádio e de televisão. Essas novas formas de comunicação contribuíram para recuperar a importância do mundo vocal, auditivo e mimético, que vinha sofrendoa repressão da palavra impressa. Enquanto a cultura letrada incentivou um individualismo, o rádio atuou num sentido exatamente inverso. Hoje somos capazes de interagir com outros e observar sem sequer encontrar no mesmo ambiente espaço-temporal. A capacidade de experimentar se desligou da atividade de encontrar. A possibilidade de ir a qualquer parte do planeta sem sair do lugar modificou as formas de convivência, promovendo relações intensas entre corpos ausentes, nas imersões virtuais, transformamos as demais formas de linguagem utilizadas até então. Na tentativa de acompanhar a velocidade do pensamento, a digitação instaura uma nova forma de expressão escrita, e a troca de mensagens é caracterizada por códigos digitais, resultando em abreviações vocabulares, supressão dos acentos ou dos sinais de pontuação, A exatidão e “objetividade” na verbalização que tanto distanciaram a cultura escrita em relação ao envolvimento sentimental e emocional experimentado por um homem ou uma sociedade não-letrada é, agora, resgatado na escrita digital reconstruindo estreitos laços sociais virtuais.
4. LEITURA E ESCRITA NA WEB
Computadores são a transformação cultural da década em que vivemos. Essa mudança altera a maneira com que as pessoas se organizam perante a informação e seu manuseio. Na sociedade informático-mediática nascem novas formas de ler, escrever, pensar e aprender. As redes digitais desterritorializaram o texto, fazendo emergir um texto que não tem fronteiras rígidas e não há mais um texto mas texto em movimento, sempre em mudança. 
4.1 O Hipertexto
O hipertexto é uma técnica de armazenamento e apresentação da informação baseada num sistema de referências cruzadas que formam uma rede de associações (à semelhança da forma como se processa o pensamento humano, baseado em associações de ideias num percurso não sequencial) que ligam texto, imagens, sons e ações, permitindo ao utilizador procurar itens relacionados e circular entre eles facilmente, ativando palavras-chave que dão acesso a outros documentos, descentraliza em diversos fragmentos de textos menores interligados por links eletrônicos, o famoso “clique aqui para saber mais”. 
4.2 Novas formas de ler, de escrever, de acesso à informação e de produção de conhecimento
Grandes mudanças ocorrem na leitura e na escrita quando são utilizados recursos de hipertexto. Este tipo de composição que faz uso de diferentes recursos tecnológicos para apresentação da informação, coloca a língua – falada, escrita e iconográfica – num contexto mais rico do que um ensaio escrito. A partir da leitura, lhe possível sair do bloco textual que lia e selecionar novos espaços de escrita e de leitura. O leitor/usuário pode realmente se fazer autor porque ele não percorre uma rede pré-estabelecida, mas cria sempre novas ligações criando a sua própria rede. Ao estruturar um hipertexto toda leitura torna-se também um ato de escrita, o hipertexto subverte a relação entre autor e leitor. Com a possibilidade de articular imagens, palavras e sons, o hipertexto amplia os recursos expressivos do texto escrito. Imagem e som ganham o status de “linguagem” e invadem o espaço do significante escrito para tornar-se, também, novos textos, concebidos com diferentes modelos e igualmente relevantes para a comunicação social. A informatização instaura um novo regime de circulação dos conhecimentos.
4.2.1Ler na Web
79% dos leitores da Web passam os olhos pelas páginas, leem palavras-chaves soltas e algumas frases, apenas 16% dos leitores leem palavra por palavra o texto. Isso significa que o texto deve ser de fácil e rápida compreensão. Os textos da Web apresentam se fundamentalmente em situações funcionais de leitura como textos acadêmicos, jornalísticos, resumos etc. A leitura top-down trata-se de uma leitura quase não visual, uma vez que o sujeito tira partido de poucas pistas visuais para atingir o sentido do item em presença, infere-se que a leitura “escaneável” refere se à leitura top-down. Não significa que o leitor da Web “não lê”, mas sim que ele efetua um sobrevoo pelo texto, com o objetivo de uma compreensão geral. Em função de seu interesse ou de suas necessidades, ele recorrerá ao processo de leitura bottom-up (leitura palavra por palavra). 
4.2.2 Meios impressos vs. meios eletrônicos 
Verifica-se que a maioria dos usuários prefere texto impresso quando este contém mais de 3 páginas e se houver necessidade de estudá-lo, porque costumam escrever na margem do texto, grifar. Os atuais recursos tecnológicos não estão suprindo essas necessidades, comuns na leitura bottom-up. Destaca-se, finalmente, o gênero do texto, a facilidade de leitura de notícias na tela do computador é maior do que no jornal impresso, ainda mais ao se levar em conta a rapidez com que elas são atualizadas. Com relação ao texto acadêmico, o meio impresso oferece mais opções para as anotações e as diversas releituras, que viabilizam a aprendizagem. 
5. Conclusão
O hipertexto, ao restabelecer o hábito do exercício da escrita, mostra que não há contradição entre esta e a informática, pois ambas são complementares. A informática passa a ser uma tecnologia intelectual que complementa a escrita, não ocorrendo nenhum processo de substituição. No ciberespaço, não é mais o leitor que se desloca diante do texto, mas é o texto que se desloca e se desdobra de forma diferente com cada leitor, possibilitando que este não mais se coloque numa posição passiva diante de um texto estático, mas em meio a um processo dinâmico participe como sujeito de uma construção coletiva. O texto virtual acabará com o texto escrito? O texto virtual não substitui o texto escrito, mas é, sim, um novo conceito de texto. Cada um deles tem as suas especificidades. O advento da Internet e dos demais meios ampliou a própria cultura escrita, a virtualização amplia e aumenta as suas possibilidades. Com o novo suporte estamos descobrindo a leitura e a escrita, percebendo e experimentando mais de perto diferentes modos de construí-la. A leitura na internet e no livro, bem como a leitura nos demais meios (TV, vídeo, cinema etc.), são todas complementares entre si e fontes de enriquecimento.
Semana 07: O texto e as novas tecnologias
VIDEO AULA: Leitura e escrita na Web 
	Todas essas notícias “espalhadas” ao longo da primeira página do jornal dão sentido de exclusão, e elas não podem serem lidas como se fossem notícias separadas.
Quando lemos textos jornalísticos, temos que saber que nós temos a voz do editor, do repórter, do fotografo que vão se materializando e construindo as notícias.
	Nós temos que perceber como essas três notícias conseguem construir sentidos.
	
	A neutralidade é uma característica do texto jornalístico, mostrar o fato como se aquilo fosse o dizer verdadeiro sobre o fato, na verdade, nós temos diversas vozes que constroem a notícia, silenciando outros sentidos que pudessem distorcer o sentido desejado para a notícia.
	
Ainda com todos os direitos que as mulheres conquistaram no século anterior, atualmente elas ainda precisam ir manifestar em busca de seus direitos.
 A contensão dos sentidos que não podem ser ditos pelas notícias ocorrem já na primeira página do jornal, daí a necessidade de o jornal marcar “mulheres congestionantes” .
	O fato de os três estarem na mesma página, dispostos em fila, constrói esse efeito de potência contra esses três grupos sociais. Os sentidos das raízes históricas e causas sociais que afetam esses grupos são apagados e silenciados. E o que predomina fica algo desligado a estrutura de classe.
VIDEO AULA: Texto jornalístico: modos de dizer e efeitos do sentido
** professora não liberou os slides
	Texto: objeto socio histórico que produz sentidos, que tem relação direta com as necessidades do homem a cada momento.
	
A primeira imagem fala sobre a notícia da morte dessa jovem mãe. A segunda imagem traz chamados diferente para a mesma notícia. Os efeitos de sentido criados com o verbo matar não é o mais coerente a ser alcançado para tratar sob o sujeito criança de dois anos. Seria melhor “Mãemorre ao tentar tirar criança do carro”. Mas opção adotada pelas chamadas é porque dessa forma a notícia consegue ser vendida. É preciso sempre duvidar da transparência e neutralidade dos jornais. Pois a escolha de como dizer um mesmo fato, geram efeitos de sentidos diferentes.
	É notório que esses três chamados trazem significados diferente. O primeiro chamado produz a sensação de neutralidade. O segundo chama tem um sentido que vai construir possibilidades de interpretação estranhas, devido ao uso da palavra inferno. A pergunta que acompanha o inferno na floresta traz o efeito de sentido que nem tudo que sabemos corresponde ao que realmente acontece. O terceiro enunciado cria um efeito de naturalidade. Os 3 modos de dizer produz sentidos diferentes e o leitor deve estar atento a isso.

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