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Liberdade Econômica

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Ana Claudia dos Santos - F087387
Beatriz Naves Gonçalves RA: F0297J-8
Isadora Cristina Borges Roque N411DJ-3
APS - ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
LEI N.º 13.874/19: Lei de Liberdade Econômica
São José do Rio Preto
2020
Em abril de 2019, o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro publicou a Medida Provisória 881/19 que estabelecia novas regras para reduzir a burocracia nas atividades econômicas, após ser enviada para o Congresso Nacional foi aprovada em 22 de agosto de 2019 e sancionada pelo Chefe do Poder Executivo no dia 20 de setembro de 2019, tornando-se definitivamente uma Lei nacional. 
Como principais aspectos encontram-se o Artigo 3, inciso II da Lei que libera os horários de funcionamento dos estabelecimentos,“inclusive feriados, sem que para isso esteja sujeita a cobranças ou encargos adicionais”, este inciso apresenta algumas restrições, como normas de proteção ao meio ambiente, regulamento condominial e legislação trabalhista. Entretanto, é inegável que, com a vigência desse artigo, perderam eficácia todas as regras contidas na legislação estadual, mesmo que o STF determine que é competência dos municípios a fixação do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, mas fato é que essa orientação é anterior a Lei da Liberdade Econômica e que condição de norma geral sobre Direito Econômico, sendo assim os Municípios não mais possuem tal liberdade normativa neste ponto.
Outro aspecto foi de que apenas estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores vão ser obrigados a anotar a hora de entrada e saída em livro de registro, cartográfico ou relógio de ponto eletrônico. No §3º do mesmo artigo, que dispensa da ficha ou papeleta de serviço externo, para o trabalho executado fora do estabelecimento, passando o horário dos empregados a constar de registro manual, mecânico ou eletrônico, em seu poder.
Assim como, o registro de ponto por exceção, novo §4º “Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.” Uma flexibilização considerável, permite isentar o empregador de registrar a jornada os horários de entrada e saída e apenas anotar situações excepcionais como faltas, atrasos, licenças, horas extras etc. Exemplificando os empregados não “batem o ponto” diariamente, apenas registram as situações excepcionais de trabalho. Com isso jornadas rotineiras passam a ser presumidas, sem necessidade de registrar. Apenas as exceções, o que sai do habitual, são registradas.
No entender do grupo como ponto positivo da lei está a transparência em seu objetivo de assegurar uma maior liberdade econômica, menor intervenção estatal e a tão famosa proteção ao livre exercício do comércio. Contudo como negativos, são as margens que foram abertas para fraudes e o impedimento de qualquer fiscalização pois alguns atos ficam abrangidos pela nova lei, como por exemplo, e se em uma audiência o empregado requerer horas extras? A empresa pode se defender sob o argumento de que o empregado não fazia horas extras e por isso nenhuma anotação era realizada.
REFERÊNCIAS 
Brasil. 13.874. Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, Brasília, 20 de setembro de 2019.
AURELIANO, Lorival. Lei de Liberdade Econômica: O que muda com a lei de liberdade econômica. Normas Legais, Outubro de 2019. Disponível em: <http://www.normaslegais.com.br/jur/o-que-muda-com-a-lei-da-liberdade-economica.htm>. Acesso em: 29 de Abril de 2020.

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