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Contabilidade Gerencial

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CURSO PREPARATÓRIO PARA O EXAME DE SUFICIÊNCIA:
CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTROLADORIA
Sumário
I.	Custos para Decisão	3
II.	Custos para Controle	21
III.	Análise das Demonstrações Contábeis	25
IV.	Controladoria	41
V.	Exercícios	47
 
I. Custos para Decisão
Margem de Contribuição
A contribuição que cada produto proporciona à empresa, para pagar os custos fixos, despesas e o resultado desejado é denominada Margem de Contribuição. 
Na realidade, trata-se da aplicação de conceitos do custeio variável, o qual se extrai das vendas os custos e despesas variáveis para se obter o resultado de cada produto
No Custeio Variável, a apresentação do resultado deve seguir o seguinte critério:
	Venda Bruta
	
	50.000,00
	(-) Custo dos Prod. Vendidos
	
	15.000,00
	(-) Impostos
	
	5.000,00
	(-) Devoluções
	
	1.000,00
	(=) Venda Liquida
	
	29.000,00
	(-) Custos e Despesas Variáveis
	
	6.500,00
	(=) Margem de Contribuição
	
	22.500,00
	(-) Custos e Despesas Fixas
	
	2.500,00
	(=) LAIR
	
	20.000,00
Quando não existem limitadores na capacidade produtiva, a Margem de Contribuição pode ser considerada como um bom indicativo, pois quanto maior a margem de contribuição, mais rentável será o produto. 
Ocorrendo a limitação da capacidade de produção, como a redução das horas de trabalho ou demanda de mercado, por exemplo, a contabilidade deverá criar um indicativo que relacione a Margem de Contribuição e o fator de limitação. Nesse caso, o produto que apresentar maior Margem de Contribuição pelo fator de limitação, será o mais rentável.
Margem de Contribuição e Taxa de Retorno
A divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas financeiras pelo ativo total é a maneira com a qual a empresa pode avaliar seu nível de desempenho, podendo dessa forma, visualizar o retorno sobre o investimento realizado.
	Taxa de Retorno =
	Lucro antes do IR e antes das despesas financeiras
	
	 Ativo total
Conforme Martins (2001,p.227), para o calculo do retorno, do lucro não devem constar as Despesas Financeiras, já que estas são derivadas do Passivo (financiamento), e não do Ativo (investimento). Do retorno dado pelo investimento, parte será utilizada para remunerar capital de terceiros (Despesas Financeiras), e parte para remunerar o capital próprio. Muitas empresas utilizam, de forma incorreta, o critério de rateio das despesas de venda e despesas de administração aos produtos, como se estas fossem parte integrante do custo de fabricação destes produtos, chegando assim, ao lucro líquido antes das despesas financeiras e antes do imposto de renda. 
Margem de Contribuição e Fatores Limitativos
Avalia a rentabilidade e a importância de cada produto no Mix de produção da empresa. São necessários cuidados quando a empresa tem fatores escassos de produção ou limitação de mercado para o produto. 
Objetivo: Atingir a decisão que otimize o resultado da empresa
Exemplo: Determinada empresa fabrica 4 (quatro) produtos distintos: produto A, produto B, produto C, produto D. Os dados e custos que a empresa possui são: 
Margem de Contribuição de cada produto:
Análise
O produto que tem a maior capacidade de trazer retorno para a empresa é o produto C. 
A empresa quer oferecer todos os produtos ao mercado, não podendo limitar-se a produzir apenas o produto C.
Porém sempre que puder será ofertado ao consumir o produto C, pois é ele que traz a maior margem de contribuição.
Isto só será possível se não existir nenhum problema de limitação quanto a produção.
Existência de limitações na capacidade produtiva:
Pesquisando o mercado a empresa verificou a seguinte demanda para o ano:
Produto A - 3.877 unidades
Produto B - 3.289 unidades
Produto C - 4.229 unidades
Produto D - 2.350 unidades
Capacidade de Produção da empresa: 133.845 horas-máquinas
Demanda do mercado: 142.329 horas máquinas
Tendo em vista que as horas disponíveis para produção são inferiores ao total de horas que a demanda possível exigirá, temos que decidir qual produto deverá ter sua produção reduzida.
 Objetivo: encontrar a combinação que gerará o maior LUCRO 
Horas Excedentes = 142.329 – 133.845 = 8.484 horas
Primeira decisão possível:
Com base na margem de contribuição unitária, reduzir a produção do Produto D, pois é o produto com menor margem de contribuição por unidade. 
Segunda decisão possível:
Com base na margem de contribuição unitária, reduzir a produção do Produto C.
Análise
A comparação entre o produto D e C mostra que eliminando parte da produção do produto C teríamos uma margem de contribuição total maior. 
Por isto evidencia-se que a decisão apenas pela margem de contribuição unitária do produto não é correta.
· Analisando a primeira hipótese deixamos de produzir 2.064 unidades do produto D o que eliminou a possibilidade de obter uma margem de contribuição total de: 2.064 unidades x R$ 276,00/uni = R$ 569.664,00.
· Analisando a segunda hipótese deixamos de produzir 656 unidades do produto C o que eliminou a possibilidade de obter uma margem de contribuição total de: 656 unidades x R$ 828,00/uni = R$ 543.168,00
· Por unidade o produto C produz muito mais margem de contribuição do que o produto D, porém considerando as 8.484 horas de produção que não podem ser executadas o produto C contribui menos. Isto é devido ao tempo que cada unidade leva para ser produzida.
· O resultado correto deve ser obtido com o seguinte calculo:
· Aplicando o modelo do calculo da margem de contribuição / hora-máquina (de fabricação do produto) mostra-se que o produto a ser reduzido sua produção é o produto A:
Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio, ou Ponto de Ruptura (Break-even Point), nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas Totais. Estas, numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica não linear, ou seja, para um mercado como um todo, tende a haver uma inclinação para menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir menos receita.
Não existem custos e despesas totalmente fixos, pois são suscetíveis a alterações do processo produtivo, alterações essas permitidas dentro de limites para o tipo de atividade a ser executada. Por exemplo: Caso a empresa deseje aumentar sua capacidade produtiva e adquira um novo equipamento, até que este não atinja sua capacidade de produção total, a empresa irá arcar com custo de depreciação deste equipamento. Isso fará com que haja um aumento não proporcional desse custo, de forma que esse aumento seja representado graficamente em “degraus”.
Quantidade no Ponto de Equilíbrio:
Exemplo: 	
Quantidade no 
Ponto de Equilíbrio = _ Custos fixos + Despesas Fixas__
 (preço unit. de venda) – ( custo unit. variável)
Ou seja:
Custos fixos + Despesas Fixas = 	$ 400.000,00
Preço Unitário de venda =	$ 	12.000,00
Custo Unitário Variável	 = 	$	8.000,00
Assim,
	Quantidade no Ponto de Equilíbrio =
	400.000
	= 100 Unidades
	
	12.000 - 8.000
	
Ponto de Equilíbrio Contábil:
Custos fixos + Despesas Fixas = 	$ 400.000,00
Preço Unitário de venda =	$ 12.000,00
Custo Unitário Variável	 = 	$ 8.000,00
	Ponto de Equilíbrio Contábil=
	400.000
	= 100 Unidades ou $ 1.200.000,00
	
	12.000 - 8.000
	
Ponto de Equilíbrio Econômico:
Para o exemplo de cálculo do ponto de equilíbrio econômico, devemos considerar o patrimônio líquido da empresa e este seria, no início no ano, no valor de $ 1.200.000,00. Rendendo a um mínimo de 10%, teríamos um lucro líquido anual de $ 120.000,00, cujo valor deverá ser adicionado aos custos fixos, pois, nesse caso, o ponto de equilíbrio se dará no ponto de lucro de $ 120.000,00 e não no lucro zero, como vimos anteriormente.
Então:
Custos fixos + Despesas Fixas = 	$ 400.000,00
Preço Unitário de venda =	$ 12.000,00
Custo Unitário Variável	 = 	$ 8.000,00
Lucro líquido anual desejado =$ 120.000,00
	Ponto de Equilíbrio Econômico =
	400.000 + 120.000
	= 130 unidades ou $ 1.560.000,00
	
	12.000 - 8000
	
Ponto deEquilíbrio Financeiro:
Nesse caso devemos considerar que haja uma depreciação no valor de $ 80.000,00, valor este que não representa desembolso de caixa. Portanto, os desembolsos fixos da empresa seriam de $ 320.000,00:
Custos fixos + Despesas Fixas = 	$ 400.000,00
Preço Unitário de venda =	$ 12.000,00
Custo Unitário Variável	 = 	$ 8.000,00
Depreciação		 =	$ (80.000,00)
	Ponto de Equilíbrio Financeiro =
	400.000 - 80.000
	= 80 unidades ou $ 960.000,00
	
	12.000 - 8.000
	
Relações Custo/Volume/Lucro
A manutenção do equilíbrio entre o custo, volume e o lucro faz com que algumas empresas tenham que fazer muitas modificações e ajustes em seu processo produtivo e de venda, o que envolve vários departamentos, desde a produção até o marketing, uma vez que depende deste departamento para divulgar seus produtos, principalmente os mais rentáveis.
Uma das dificuldades encontradas é adaptar sua linha de produção a determinado tipo de produto de forma que este seja bem aceito pelo mercado consumidor com baixo custo para a empresa. Ocorrem ainda fatores como aumento dos custos fixos e aumento de salários dos funcionários, entre outras oscilações. Todas estas alterações têm forte influencia na relação custo/volume/lucro e devem ser muito bem representadas e acompanhadas através de relatórios devidamente atualizados.
O custo e volume dos produtos têm seus elementos mais facilmente controlados, o que não ocorre com o preço de venda, pois normalmente tem seu controle limitado, dependendo do mercado consumidor. Com isso podem ocorrer algumas conseqüências relativas ao custo de um determinado volume, ou relativas à necessidade de variação de volume para variação do custo e preço de venda.
Uma determinada empresa possui os seguintes valores referentes a custo, volume e lucro:
· Volume normal de venda	:	500 unidades
· Preço unitário de venda:		$ 3,00
· Custos fixos:				$ 250,00
· Custos variáveis:			$ 2,00 por unidade
Com esses dados o resultado seria o seguinte:
	Vendas
	 1.500,00 
	(-) Custos Variáveis
	 (1.000,00)
	Margem de Contribuição
	 500,00 
	(-) Custos Fixos
	 (250,00)
	Lucro
	 250,00 
Com isso o volume de venda de equilíbrio seria de 250 unidades, ou seja:
	Ponto de Equilíbrio =
	250
	 = 250 Unidades ou $ 750,00
	
	3 - 2
	
	
O que ocorreria com o resultado se houvesse a mudança do preço de venda com o mesmo volume?
	
	Atual
	
	-20%
	
	-10%
	
	10%
	
	20%
	Vendas
	1.500,00
	
	1.200,00
	
	1.350,00
	
	1.650,00
	
	1.800,00
	(-) C.Variáveis
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	M.Contribuição
	500,00
	
	200,00
	
	350,00
	
	650,00
	
	800,00
	(-) C. Fixos
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	Lucro
	250,00
	
	(50,00)
	
	100,00
	
	400,00
	
	550,00
	Equilíbrio/unid.
	250
	
	625
	
	357
	
	192
	
	156
Com a redução do preço de venda na faixa de 20% a empresa estaria trabalhando em prejuízo, porém com o ponto de equilíbrio mais alto. Já com um aumento de 20 % do seu preço de venda a empresa teria um lucro 120% maior que o atual, com um ponto de equilíbrio 38% menor.
Caso houvesse mudança no volume de venda o resultado seria o seguinte:
	
	Atual
	
	-20%
	
	-10%
	
	10%
	
	20%
	Vendas
	1.500,00
	
	1.200,00
	
	1.350,00
	
	1.650,00
	
	1.800,00
	(-) C.Variáveis
	(1.000,00)
	
	(800,00)
	
	(900,00)
	
	(1.100,00)
	
	(1.200,00)
	M.Contribuição
	500,00
	
	400,00
	
	450,00
	
	550,00
	
	600,00
	(-) C. Fixos
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	Lucro
	250,00
	
	150,00
	
	200,00
	
	300,00
	
	350,00
	Equilíbrio/unid.
	250
	
	250
	
	250
	
	250
	
	250
Com a variação do volume de venda, em nenhum momento a empresa iria trabalhar no prejuízo, porém com um aumento do volume de venda na faixa de 20%, ao invés de obter um lucro 120% maior que o atual, a empresa teria um aumento de apenas 40%. Nesse caso o ponto de equilíbrio permanece inalterado, uma vez que os custos e despesas variáveis se modificam na mesma proporção.
Poderia ocorrer ainda a mudança do preço de venda inversamente ao volume de venda:
	Variação Preço
	Atual
	
	20%
	
	10%
	
	-10%
	
	-20%
	Variação Volume
	
	
	-20%
	
	-10%
	
	10%
	
	20%
	Vendas
	1.500,00
	
	1.440,00
	
	1.485,00
	
	1.485,00
	
	960,00
	(-) C.Variáveis
	(1.000,00)
	
	(800,00)
	
	(900,00)
	
	(1.100,00)
	
	(1.200,00)
	M.Contribuição
	500,00
	
	640,00
	
	585,00
	
	385,00
	
	(240,00)
	(-) C. Fixos
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	Lucro
	250,00
	
	390,00
	
	335,00
	
	135,00
	
	(490,00)
	Equilíbrio/unid.
	250
	
	156
	
	192
	
	147
	
	179
Embora haja uma diminuição do volume de venda, com a elevação do preço a empresa tende a obter maior lucro, o que não ocorreria se a empresa reduzisse o preço e aumentasse o volume de venda, uma vez que nessa situação passaria a trabalhar no prejuízo. Nesse exemplo o ponto de equilíbrio é menor com o preço maior, pois o custo variável está diretamente relacionado com o volume.
Em outra situação poderia ocorrer a variação dos custos variáveis:
	
	
	
	-20%
	
	-10%
	
	10%
	
	20%
	Vendas
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	(-) C.Variáveis
	(1.000,00)
	
	(800,00)
	
	(900,00)
	
	(1.100,00)
	
	(1.200,00)
	M.Contribuição
	500,00
	
	700,00
	
	600,00
	
	400,00
	
	300,00
	(-) C. Fixos
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	
	(250,00)
	Lucro
	250,00
	
	450,00
	
	350,00
	
	150,00
	
	50,00
	Equilíbrio/unid.
	250
	
	179
	
	208
	
	313
	
	417
Ocorrendo ainda a variação dos custos fixos, qual seria a influencia dessa variação?
	
	
	
	-20%
	
	-10%
	
	10%
	
	20%
	Vendas
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	
	1.500,00
	(-) C.Variáveis
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	
	(1.000,00)
	M.Contribuição
	500,00
	
	500,00
	
	500,00
	
	500,00
	
	500,00
	(-) C. Fixos
	(250,00)
	
	(200,00)
	
	(225,00)
	
	(275,00)
	
	(300,00)
	Lucro
	250,00
	
	300,00
	
	275,00
	
	225,00
	
	200,00
	Equilíbrio/unid.
	250
	
	200
	
	225
	
	275
	
	300
Nesse caso temos uma variação semelhante à variação dos custos variáveis, porém em menores proporções
	
Ocorrendo ainda um aumento dos custos fixos e variáveis em 5% em virtude do dissídio da categoria, a administração resolve reduzir o preço em 10% com a finalidade de aumentar seu volume de vendas em 12%:
	Vendas (560 u a $ 2,70)
	1.512,00 
	(-) Custos Variáveis (560 u a $ 2,10
	(1.176,00)
	Margem de Contribuição
	336,00 
	(-) Custos Fixos
	(262,50)
	Lucro
	73,50 
	Equilíbrio/Unidades
	438 
Com a redução da margem de contribuição, o lucro se torna insuficiente para atender as novas demandas da empresa, uma vez que este seria insuficiente para cobrir os aumentos ocorridos.
A empresa resolve então aumentar o preço de venda em 10%, esperando uma redução no volume de vendas em 15%, bem como adota política de redução de custos, na qual os custos fixos e variáveis deverão ter uma redução de 5%:
	Vendas (425 u a $ 3,30)
	1.405,50 
	(-) Custos Variáveis (425 u a $ 1,90)
	(807,50)
	Margem de Contribuição
	598,00 
	(-) Custos Fixos
	(237,50)
	Lucro
	360,50 
	Equilíbrio/Unidades
	170 
Com esse resultado a empresa verifica que a política de redução de custos é o melhor caminho para compensar o baixo volume de vendas, uma vez que adotando essa política, irá obter melhores resultados que a atual situação.
Em virtude de algumas limitações da analise do ponto de equilíbrio, Santos (1991, p. 67) cita que alguns itens devem verificados quando da relação custo/volume/lucro:
· Variação de um Componente: considerar mudança no preço sem a influência dos demais componentes; na realidade, quando muda um componente muda outro.
· Custos Fixos e Variáveis: geralmente, o comportamento do custo fixo não é tão constante e o custo variável tem certos aspectos que não variam sempre proporcionalmente ao volume.
· Análise Estatística: as próprias dificuldades existentes na montagem dos dados para a análise não levam em consideração todo o dinamismo envolvido nas empresas e no dia-a-dia dos negócios.A própria inflação é um fator de difícil controle dentro da análise, uma vez que influencia por completo toda a evolução dos dados.
Formação do Preço de Venda
A Margem de Contribuição pode também se mostrar útil quando se tratar de simulações concernentes ao estabelecimento da quantidade produtiva e do preço de venda com a finalidade de se buscar maior lucratividade empresarial para determinada situação. N
No preço de análise, a situação dos custos fixos se mantém inalterada e o preço de venda estabelecido pode ser imperativo na determinação da demanda prevista para o mercado. Dessa forma, o fator que irá determinar a quantidade a ser produzida será o preço de venda. Assim, a análise das margens de contribuição oferece opção de maior rentabilidade.
Nenhuma empresa toma suas decisões com relação a fabricar ou não determinado produto tomando como base apenas os custos de fabricação destes produtos, uma vez que se torna necessário analisar os fatores presentes e futuros, internos e externos, que interferem direta ou indiretamente no seu dia-a-dia.
A administração da empresa não deve tomar a decisão de eliminar a linha de produção de determinado produto pelo fato deste produto apresentar baixa rentabilidade. Deve pensar que apesar da baixa rentabilidade que este produto oferece, este passa boa impressão ao mercado e pode interferir na elevação ou sustentação da rentabilidade de outros produtos.
A fixação do preço de venda, além de depender do setor de custos, pode também depender de outros setores da empresa. 
Utilizando o conceito de Margem de Contribuição e considerando que os custos fixos são os mesmos para ambas as opções de preço de venda ($ 100,00 por unidade) e os custos e despesas variáveis se mantenham em $ 1.220,00 por unidade, teremos a seguinte situação:
	
	Opção 1
	Opção 2
	Preço de Venda
	 2.200 
	 2.000 
	Custos e Despesas Variáveis
	 1.220 
	 1.220 
	Margem de Contribuição Unitária
	 980 
	 780 
	Unidades Vendidas
	 1.000 
	 1.200 
	Margem de Contribuição Total
	 980.000 
	 936.000 
Certamente, analisando este quadro, a empresa optaria em manter o preço de venda a $ 2.200,00, uma vez que este oferece a maior Margem de Contribuição e é suficiente para cobrir os custos fixos e trazer um certo retorno financeiro. Porém, caso o valor dos custos e despesas variáveis fossem de $ 610,00 ao invés de $ 1.220,00, a situação seria a mesma? Vejamos:
	
	Opção 1
	Opção 2
	Preço de Venda
	 2.200 
	 2.000 
	Custos e Despesas Variáveis
	 610 
	 610 
	Margem de Contribuição Unitária
	 1.590 
	 1.390 
	Unidades Vendidas
	 1.000 
	 1.200 
	Margem de Contribuição Total
	 1.590.000 
	 1.668.000 
Nesse caso a empresa optaria em vender o produto a $ 2.000,00, pois este oferece a maior Margem de Contribuição e melhor retorno financeiro.
Independentemente do Custo Variável, se analisarmos somente o retorno financeiro que o produto oferece, certamente a empresa optaria em vende-lo a $ 2.000,00. Porém, ao analisarmos a Margem de Contribuição, verificamos que em alguns casos a opção que oferece a menor receita pode nos trazer melhor resultado.
Apesar da análise da Margem de Contribuição nos demonstrar que nem sempre o produto que oferece a melhor receita é o que oferece o melhor resultado, não podemos nos basear somente na aplicação deste conceito para fixar o preço de venda. Temos que, além disso, analisar os fatores internos de comportamento de custos e fatores externos referentes à influência dos preços nas quantidades vendidas. O que ocorre é que muitas vezes a empresa não percebe a reação do mercado quando este se depara com diferentes níveis de preços quando do lançamento de novos produtos, pois apesar de chegar ao preço de venda que possa maximizar sua Margem de Contribuição, nem sempre esse preço é capaz de cobrir seus custos e despesas fixas e ainda propiciar o retorno financeiro desejável.
Além disso, existem diversas estratégias que devem ser levadas em consideração quanto à fixação do preço de venda:
· Estratégia de Preços Distintos
· Estratégia de Preços Competitivos
· Estratégia de Precificação por Linhas de Produtos
· Estratégias de Preços Imagem e Psicologia
A Estratégia de Preços Distintos é aplicada quando um mesmo produto é vendido com diferentes preços a diversos compradores.
Um determinado produto pode ser vendido a um determinado preço em um segmento de mercado e a um preço reduzido em um segmento de mercado secundário, muitas vezes devido a descontos incorridos em virtude de excesso de capacidade de produção, o que é denominado Desconto em um Segundo Mercado.
Pode ocorrer ainda o processo de Desnatação, quando é fixado um determinado preço no lançamento do produto, sendo que este valor é reduzido gradualmente na medida em que esse produto é melhor aceito pelo mercado.
A Estratégia de Preços Competitivos é aplicada quando uma empresa fixa seus preços iguais aos do mercado concorrente, podendo ser aplicada de várias formas:
A empresa fixa seus preços inferiores aos concorrentes, uma vez que baixando o preço de determinado produto, seu volume de venda tende a aumentar, demonstrando que apesar da baixa margem de retorno que este produto oferece, este pode se tornar um pouco mais rentável devido ao aumento de suas vendas.
Muitas vezes a empresa adota o método de Preço de Penetração, quando lança determinado produto com baixo preço com a finalidade de ganhar seu espaço no mercado.
Ainda abordando o assunto relativo a Preços Competitivos, temos sistema de Preço Predatório, que ocorre quando os valores tendem a permanecer inalterados por longo período de tempo. Este sistema é aplicado na maioria das vezes em produtos com preços relativamente baixos e de grande saída como, por exemplo, o pãozinho, que com o possível aumento em seu preço pode ter seu volume de venda reduzido radicalmente.
Com o objetivo de maximizar o lucro de todos os produtos de uma determinada linha ao invés de focar o lucro somente um determinado produto, a Estratégia de Precificação por Linhas de Produtos oferece três formas de fixação de preços: Preço Cativo, Preço Isca e Preço Líder e Preço Pacote.
O Preço Cativo ocorre quando determinado produto tem seu preço fixado com valor relativamente baixo, tal como uma caneta, mas o lucro de seu produto associado necessário para seu funcionamento, como a carga, supera o lucro do produto básico, ou seja, o lucro da carga é maior que o lucro da caneta.
Preço Isca e Preço Líder são aplicados com o objetivo de atrair os clientes a comprarem os produtos de menores preços com a intenção de direciona-los a comprarem produtos mais caros.
Preço Pacote é o preço aplicado em um lote de produtos, no qual o preço do total destes produtos é menor que se fosse aplicado em um produto individualmente, como por exemplo, quando uma determinada empresa vende três produtos pelo preço de dois.
A Estratégia de Preços Imagem e Psicologia é dividida em três categorias: Preço Referência, Preços Permanentes versus Ocasionais e Preço Prestígio.
O Preço Referencia é aplicado a um produto similar a um produto cujo preço seja relativamente alto.
Preços Permanentes versus Ocasionais são aqueles aplicados para que o consumidor acredite que o preço do produto seja menor que o tradicional, ou seja, o consumidor acredita que está fazendo um grande negócio quando adquire um determinado produto a $ 4,99 ao invés de adquiri-lo por $ 5,00.
Preço Prestígio é o preço aliado à qualidade. O consumidor não se importa em pagar um alto preço por determinado produto como por exemplo: um veículo da marca Audi, ou uma caneta Montblanc.
Mark-UP
Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um produto ou serviço  para a formação do preço de venda, baseado na ideia decostpluspricing ou preço margem; que consiste basicamente em somar-se ao custo unitário do produto ou serviço uma margem de lucro para obter-se o preço de venda. 
Como calcular o Mark-upO preço deve ser suficiente para cobrir todos os custos, despesas e impostos e no final gerar um lucro na venda para manter a empresa ativa, desta forma podemos simplificar a estrutura do mark-up onde o preço e igual a somatória de todos os elementos inclusive o lucro desejado.
 (+) Custos
(+) Despesas
(+) Impostos
(+) Lucro
(=) Preços de venda
 
Vamos ver no exemplo abaixo utilizando números e mostrar como calcular um preço de venda utilizando o mark-up divisor e multiplicador.
Ex: Suponhamos que você paga hoje R$ 1,00 (Custo) no quilo da chapa de aço, o ICMS é de18%, PIS e COFINS 4,65%, comissão do vendedor  2,5%, despesas administrativas 6% e seu lucro desejado ante o imposto de 20%.
	  Estrutura: 
	 
	 Preço de venda 
	= 100,00% 
	 ICMS na venda
	= 18,00%
	 Pis e Cofins
	= 4,65%
	 Comissões
	= 2,50%
	 Despesas Adm. 
	= 6,00%
	 Lucro antes dos impostos
	= 20,00%
	 Total
	= 51,15%
 
Mark-up divisor = 100/ 51,15 = 1,9550
 Se utilizamos o índice mark-up divisor seria o custo de R$ 1,00 / 1,9550=  1,96 o preço do quilo para garantir o pagamento de todos os custos, impostos e gerar um lucro de 20%. 
 Mark-up multiplicador = 1 / 1,950 = 0,5115
	 Demonstração do Resultado:
	 
	 
	Vendas 
	R$ 2,05
	100%
	(-) Custos 
	(R$1,00)
	(48,85%)
	(-) ICMS 
	(R$ ,37) 
	(18%)
	(-) Pis e Cofins
	(R$0,09)
	(4,65%)
	(-)Comissões
	(R$ ,05) 
	(2,5%)
	(-) Despesa Adm 
	(R$ ,13)
	(6 %)
	= Lucro
	R$ 0,41
	(20 % )
 
Lucro de 20% sobre o preço de venda de R$ 2,05, igual a R$ 0,41, que representa 41% sobre o preço de custo e não 104% sobre a venda.
 Sabendo que o mark-up é de 2,04708291 na aquisição de um produto onde se manter os mesmo impostos e despesas e se deseja gerar um lucro de 20% basta pegar o custo do produto e multiplicar por este índice de 2,04708291.
Ex: Tubo de aço – Custo Kg  R$ 6,00 X 2,04708291 = R$ 12,2825 kg o preço de venda com lucro de 20% liquido.
 Para execução correta deste tipo de formação de preço de venda deve se levar em consideração os impostos incidentes, despesas variáveis, e condições de preços praticados no mercado pois, de nada adianta fazer os cálculos praticando uma margem que deixa o seu produto com preço muito acima do que é ofertado pelo seu concorrente.
Alavancagem Operacional e Alavancagem Financeira
O grau de alavancagem operacional indica a sensibilidade dos lucros da empresa em relação às mudanças no volume de vendas. (Ex: em uma empresa com alta alavancagem operacional, geralmente automatizada e com a maioria dos custos fixos, cada um real de aumento nas vendas corresponde a um real de aumento na renda operacional, depois de atingido o ponto de equilíbrio.) Uma alta alavancagem operacional geralmente é acompanhada de uma baixa alavancagem financeira e vice-versa. O Grau de alavancagem operacional é um instrumento gerencial de gastos fixos pelo aumento de volume. Quanto maior o custo fixo da empresa, maior o grau de alavancagem.
O grau de alavancagem operacional é a medida de extensão da utilização dos custos e despesas fixas dentro da empresa e um indicador que mede o potencial da possibilidade de alavancagem operacional. 
	Alavancagem Operacional =
	Porcentagem de acréscimo de Lucro
	
	Porcentagem de acréscimo de volume
Alavancagem Financeira
Alavancagem Financeira significa o grau de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro. No caso de uma empresa significa o grau de endividamento (Ex: se uma empresa possui um coeficiente de endividamento que ultrapassa 30%, diz-se que ela está altamente alavancada).
O volume de recursos tomados de terceiros, como empréstimos e financiamentos e suas respectivas taxas de juros e encargos contratuais formam o valor referente às despesas financeiras de determinado período. Esse tipo de despesa depende de bancos e outras fontes de financiamento e não do volume de produção e venda, motivo pelo qual esse é considerado uma despesa fixa.
Assim, o lucro da empresa deve ser suficiente para cobrir este tipo de despesa e os demais custos de produção.
Decisões Entre Comprar ou Fabricar
Em uma empresa, diariamente a gerência depara-se com situações em que são necessárias tomadas de decisão, visando principalmente o incremento dos lucros.
Ocorrem situações em que os gestores devem decidir se o melhor é optar por resolver o problema internamente ou se terceiriza as atividades, ou seja, deve decidir se a melhor opção é comprar ou construir. Nessas situações, os custos fixos não afetarão a tomada da melhor decisão, pois continuarão inalterados independentemente da opção escolhida.
O que pode influenciar a decisão é a abordagem do custo de oportunidade, que é o custo não desembolsável, uma vez que a empresa terá a sua área de produção liberada, podendo dessa forma utilizá-la para outras atividades, o que pode aumentar as possibilidades de lucro ou simplesmente desativá-las.
Suponhamos uma industria que produza um único produto, e que sua produção mensal é de 10.000 unidades.
Seu custo de produção é assim distribuído:
	Materiais Diretos		$ 80.000
	Mão-de-obra direta		$ 65.000
	Despesas variáveis		$ 40.000
	Despesas fixas			$ 45.000
	Total				$ 230.000
O custo de fabricação unitário será de $ 23,00, mas um outro fabricante pode fornecer os mesmos 10.000 produtos pelo valor de $ 19,50. 
O impasse fez com que a gerencia se reunisse a avaliasse alguns fatores que poderiam influenciar nessa decisão, como a qualidade do produto oferecido pelo novo fornecedor, a pontualidade na entrega e o que fazer com o espaço atualmente utilizado para a produção, que atualmente é alugado e tem um custo fixo mensal de $ 15.000,00.
Apesar do valor de $ 19,50 ser menor que o nosso custo total de fabricação, se considerarmos somente os nossos custos variáveis o total seria de $ 18,50, menor que o valor cobrado pelo fornecedor. Porém, não podemos nos esquecer do valor de $ 15.000,00 que deixaremos de gastar com o aluguel da área de produção.
Com base nesses dados a melhor decisão pode ser tomada tendo como base a demonstração abaixo: 
Através da abordagem do custo de oportunidade e tendo como base esses dados, a empresa irá optar por comprar os produtos ao invés de fabricá-los, uma vez que deixando de pagar a despesa de aluguel da fabrica, verifica-se que teremos uma economia de $ 5.000,00, apesar do custo de compra ser maior que o seu total de custos e despesas variáveis.
Custeio Baseado em Atividades – ABC
Custeio baseado-em-atividades (Activity Based Costing – ABC), é um método que reconhece o relacionamento casual dos direcionadores de custos e do desempenho do processo relativo às atividades e aos objetos de custos.
Os custos são atribuídos às atividades baseado no uso dos recursos, depois atribuídos aos objetos dos custos, tais como produtos ou serviços, baseados nos usos das atividades.
O sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os objetos de custos 
O custeio ABC difere do enfoque do custeio tradicional, pela forma como os custos são acumulados.
· O sistema tradicional utiliza um modelo de acumulação de dois estágios:
· Os custos são acumulados por função ou departamento;
· Os custos são rateados pelos produtos através de um simples fator volumétrico de medição.
O ABC tem como foco os recursos e as atividades como geradores de custos, enquanto o custeio tradicional focaliza os produtos com geradores de custos.
ATIVIDADE pode ser definida como um conjunto de tarefas e operações, definidas no nível apropriado para o gerenciamento de custos.
No processo de mapeamento e detalhamento das atividades é necessário que se busque algumas definições, tais como:
· Que recursos são consumidos?
· Como estes recursos são consumidos?
· Quais são os clientes de cada atividade?
· Como este cliente consome esta atividade?
· Qual o centro de custo responsável por ela?
· Quem é o responsável pela execução da atividade?
· Quais são os indicadores para medir o seu desempenho?
O maior avanço do ABC foi reconhecerque, em adição ao uso de muitas medições de atividades, essas medições poderiam ser organizadas em uma hierarquia: 
· Atividades em nível de unidades, que ocorrem cada vez que uma unidade é produzida;
· Atividades em nível de lote, que ocorrem cada vez que um lote de mercadorias é produzido;
· Atividades em nível de produto (projeto), que ocorrem com suporte no projeto de produção de cada diferente tipo de produto;
· Atividades em nível de facilidades, que ocorrem com as facilidades que dão suporte a um processo geral de fabricação.
PRODUTO / OBJETO DE CUSTO é tudo o que se deseja medir e avaliar o desempenho dos seus custos: um produto destinado ao estoque, um procedimento médico, um serviço destinado a um cliente, ou um produto intermediário.
Os produtos, procedimentos e serviços serão custeados a partir de direcionadores de custo, os quais irão ligar as atividades de cada unidade ou centro de custo da empresa aos produtos, através de padrões de alocação de atividades aos produtos.
DIRECIONADORES DE CUSTO são os parâmetros através dos quais são identificados e medidos os recursos necessários à execução de uma atividade e na elaboração de um produto ou serviço, ou seja, são os fatores que determinam os consumos dos recursos pela atividade e pelo produto.
A atribuição de custos as atividades é feita de uma forma criteriosa de acordo as seguintes prioridades:
Alocação direta: isto se faz quando há uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades;
Rastreamento: é uma alocação com base na identificação da relação , causa, efeito, entre a ocorrência da atividade e a geração de custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos e recursos;
Rateio:  o rateio é realizado quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta, nem o rastreamento.
II. Custos para Controle
Aplicação Gerencial dos Sistemas de Custeio
Na aplicação da Contabilidade de Custos, podem ser identificadas três etapas evolutivas:
· A etapa de avaliação de estoques;
· A etapa de controle;
· A etapa da aplicação gerencial.
Pode-se dizer que a Contabilidade Gerencial nada mais é do que a simples aplicação dos recursos e das técnicas da Contabilidade de Custos à solução de problemas de gerência das empresas.
Separação dos componentes fixos e variáveis dos gastos semi-variáveis totais:
Gastos fixos são aqueles que não sofrem alterações em função do nível de atividade da empresa; são gastos que variam principalmente em função da passagem do tempo, acumulando-se à medida que o tempo passa, mesmo que nenhuma atividade produtiva ocorra.
Exemplos de gastos fixos:
· Salários do pessoal não ligado diretamente à produção;
· Seguros;
· Depreciações;
· Aluguéis. 
Gastos variáveis são os gastos que, no seu total, apresentam alterações proporcionais aos diferentes níveis de atividade da empresa. Os custos de mão-de-obra-direta e materiais diretos são exemplos clássicos de gastos variáveis.
Gastos semi-variáveis: não se enquadra como gasto fixo, uma vez que varia quando o nível de atividade se altera, e nem com variável, pois sua variação não é proporcional às alterações das atividades. Exemplos: manutenção e supervisão de fábrica, atividades que se caracterizam pela geração de gastos que variam aos “saltos”.
Quanto mais precisa for a identificação desses gastos fixos e variáveis, maior será o potencial desses recursos como ferramenta de controle de gastos e de decisões gerenciais.
São três os principais métodos de separação dos gastos totais entre fixos e variáveis:
· Método dos pontos máximos e mínimos;
· Método gráfico;
· Método estatístico.
Método dos pontos máximos e mínimos:
Esse método toma por referência os pontos máximos e mínimos de atividade alcançados em um determinado período recente e os gastos totais correspondentes a esses níveis de atividade.
Etapas a serem observadas na aplicação dos pontos máximos e mínimos:
· Levantam-se os gastos totais referentes aos pontos extremos (máximo e mínimo) da atividade produtiva em um período recente;
· Calculam-se as diferenças entre os pontos extremos da atividade e entre os gastos correspondentes;
· Divide-se a diferença verificada entre os gastos pela diferença entre os níveis máximo e mínimo da atividade, obtendo-se o coeficiente de variabilidade;
· O coeficiente, multiplicado pelos níveis de atividades de cada mês resultará no total de gastos variáveis no mesmo mês, podendo-se obter o montante de gastos fixos por simples diferença entre os gastos variáveis e os gastos totais (semi-variáveis) originalmente levantados.
Método gráfico:
Esse método baseia-se no modelo clássico de representação gráfica dos gastos empresariais, na qual a medida do nível de atividade é assinalada no eixo das abscissas (eixo X) e o montante de gastos correspondente ao nível de atividade assinalada no eixo das ordenadas (eixo Y) de um sistema de coordenadas cartesianas, seguindo algumas etapas: 
· Levantam-se os gastos totais cujos elementos se pretende separar;
· Os pontos correspondentes aos gastos a que se refere o item anterior são representados em um gráfico cartesiano marcando-se o valor desses gastos no eixo Y e os respectivos níveis de atividade no eixo X;
· A partir desses pontos, traça-se a “golpe de vista”, a reta de tendência mais provável, prolongando-se até o eixo dos Y;
· O ponto (P), no qual a reta é traçada visualmente intercepta o eixo dos Y, indica o valor dos componentes fixos dos gastos semi-variáveis considerados;
· Uma vez definido o componente fixo (representado, no gráfico, por uma reta traçada paralelamente ao eixo dos X a partir do ponto (P), serão facilmente identificados a parcela variável e o coeficiente de variabilidade).
Custeio Direto e Gerência
A análise do custeio direto ou marginal é uma das principais técnicas da gerência financeira para tomada de decisões. O custeio direto, também chamado de custeio marginal, é um método de custeio do produto em que todos os custos variáveis são incluídos como custo do produto. Todos os custos fixos, excluídos dos custos do produto, são tratados como custos do período no qual são incorridos.
No custeio direto, é importante a distinção entre despesas do período e custos variáveis diretos ou indiretos.
Na apuração periódica dos resultados os custos variáveis, são deduzidos das receitas para apuração do lucro marginal e desse lucro marginal são deduzidas as despesas periódicas para obtenção do lucro líquido.
Despesas periódicas são aquelas incorridas para manter as operações, de venda ou administrativas, independente do nível de atividade da empresa. Nessas despesas são encontradas não somente aquelas associadas à comercialização, mas também as despesas de administração para manter a organização.
Custo Padrão
Segundo Zanluca, o custo-padrão é um custo pré-atribuído, tomado como base para o registro da produção antes da determinação do custo efetivo. Em sua concepção gerencial, o custo-padrão indica um “custo ideal” que deverá ser perseguido, servindo de base para a administração mediar e eficiência da produção e conhecer as variações de custo.
O custo-padrão, também chamado de standard, apoia-se no princípio fundamental de administração por exceção. Trata-se de um custo planejado que permite, por comparação ao custo real, a determinação das variações de custos, para mais ou para menos, permitindo, assim, melhorar a eficiência da empresa. Permite administrar a empresa por meio de controle de custos reais pela sua comparação com custos planejados (padrão), podendo o desvio, indicar eficiência ou ineficiência.
Quando a empresa determina, na abordagem do custo padrão, padrões comparativos tomando apenas como base a experiência histórica, sem incluir qualquer objetivo de melhor desempenho futuro e sem excluir, desses padrões, o efeito de ineficiência ou desperdício facilmente evitáveis, temos um custo padrão estimado.
Quando a expectativa gerencial é excessiva e os padrões de gastos são desenvolvidos em bases estritamenteteóricas (em laboratório), sem qualquer consideração quanto às reais possibilidades de a empresa vir a concretizar melhorias de desempenho pressuposto nos padrões fixados, temos o custo padrão ideal. Esse custo é irreal sob o ponto de vista de controle e de decisões gerenciais. Muitas vezes essa meta é dificilmente atingível, diante da magnitude das melhorias esperadas.
O custo padrão corrente possui expectativas gerenciais mais realistas e ao mesmo tempo desafiadoras, pois inclui expectativas de melhorias sobre o nível de eficiência atual da empresa. Os custos históricos são tomados como base, sendo ajustados para refletirem apenas as melhorias de desempenho consideradas factíveis. Sendo realista, esse tipo de custo padrão é mais adequado no suporte das funções gerenciais da empresa.
Custo Padrão representa uma estimativa de custos, tais como devera ser dentro de certas condições de mercado e de operações:
· Fornece ponto de referencia como medida de eficiência das operações;
· Essa estimativa, quando incorporada aos registros contábeis, serve como expediente para avaliação do estoque, desempenho de mão-de-obra direta e dos custos indiretos de fabricação;
· Em adição, essa estimativa pode também ser empregada, ainda, para estimativas de preços, custos e orçamentos.
 Variações entre Custo Real e Custo Padrão
Os seguintes critérios de seleção de números e tipos de variações devem ser regularmente determinados:
· Desdobramento do valor da variação e causa determinante;
· Identificação da variação originada por causa repetitiva;
· Isolamento das variações que ensejam a oportunidade do estabelecimento de objetivos e redução de custos.
A classificação das variações por causas pode ser feita por meio de dois caminhos:
· Determinar as causas das variações por estudos especiais feitos independentemente das operações respectivas de acumulação e apuração de custos;
· Incorporar a análise por causas ao sistema de contabilidade de custos, pela criação de contas específicas para cada tipo de variação; assim, os relatórios periódicos das causas das variações serão obtidos diretamente dessas contas.
As causas das variações são definidas por três fatores:
· Causas operacionais, tais como: uso de material, eficiência da mão-de-obra-direta, etc.;
· Custo ou preço dos insumos;
· Volume de produção.
III. Análise das Demonstrações Contábeis
Análise Vertical e Horizontal
A Análise Horizontal é um processo de estudo que permite avaliar a evolução verificada nos diversos elementos das demonstrações contábeis ao longo de determinado intervalo de tempo. A grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado por causas originadas em períodos anteriores, as quais poderão, ainda, refletir-se em períodos futuros.
A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices, sendo seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão:
Número-índice = (valor atual / valor base) x 100
Evolução Horizontal dos Balanços
Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de curto prazo: Como resultado dessa comparação, pode-se avaliar a existência de certa folga financeira (liquidez de curto prazo), na eventualidade de os ativos circulantes terem crescido mais rapidamente que os passivos circulantes, ou de um aperto na liquidez de curto prazo, refletido no caso inverso dos ativos circulantes terem apresentado uma evolução horizontal proporcionalmente menor que a dos passivos circulantes.
Evolução do ativo permanente produtivo: Conceitualmente, esse grupo patrimonial reflete a capacidade instalada de produção/vendas de uma empresa, devendo corresponder um nível maior de investimentos em bens fixos produtivos a um adequado crescimento de vendas.
Evolução da estrutura de capital: Mais especificamente, procura-se nesse segmento da análise horizontal o conhecimento de como a empresa está financiando seus investimentos em ativos. Se houve maior ou menor preferência por empréstimos e/ou financiamentos em relação ao uso de capital próprio. Se é visível algum desequilíbrio na estrutura de capital, notadamente pela presença de um volume mais relevante de dívidas de curto prazo em relação a capitais de longo prazo etc.
Nas Demonstrações de Resultados, a análise horizontal procura identificar, prioritariamente, a evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre os resultados do exercício. Por exemplo, para uma situação de crescimento proporcionalmente menor do custo dos produtos vendidos em relação às receitas operacionais geradas, podem ser extraídas, entre outras, as seguintes interpretações:
· Houve uma redução no custo unitário de venda causada por maior nível de produção e vendas. Nesses casos, a empresa soube melhorar sua estrutura de custos fixos, reduzindo o custo por unidade de seus produtos;
· Houve um aumento dos preços de vendas em percentuais proporcionalmente superiores ao aumento verificado nos custos.
Exemplo de Análise Horizontal
	Ativo / Passivo
	31/12/X1 ($)
	AH (%)
	31/12/X2 ($)
	AH (%)
	31/12/X3
($)
	AH (%)
	Ativo Circulante
	100.000
	100,0
	110.000
	110,0
	95.000
	95,0
	Ativo Não Circulante
	160.000
	100,0
	184.000
	115,0
	192.000
	120,0
	Ativo Permanente
	300.000
	100,0
	390.000
	130,0
	445.000
	148,3
	TOTAL
	560.000
	100,0
	684.000
	122,1
	732.000
	130,7
	Passivo Circulante
	70.000
	100,0
	90.300
	129,0
	106.400
	152,0
	Passivo Não Circulante
	150.000
	100,0
	200.000
	133,3
	235.000
	156,7
	Patrimônio Líquido
	340.000
	100,0
	393.700
	115,8
	390.600
	114,9
	DRE
	31/12/X1
($)
	AH (%)
	31/12/X2
($)
	AH (%)
	31/12/X3
($)
	AH (%)
	Rec. Líquida de Vendas
	830.000
	100,0
	1.260.000
	151,8
	2.050.000
	247,0
	(-) CMV
	(524.167)
	100,0
	(840.500)
	160,3
	(1.594.600)
	304,2
	(=)Lucro Bruto
	305.833
	100,0
	419.500
	137,2
	455.400
	148,9
	(-)Despesas Operacionais
	(139.500)
	100,0
	(190.000)
	136,2
	(277.500)
	198,9
	(-)Despesas Financeiras
	(88.000)
	100,0
	(140.000)
	159,1
	(186.000)
	211,3
	(=)Resultado Operacional
	78.333
	100,0
	89.500
	114,3
	(8.100)
	(10,3)
	(-) Provisão para IR
	(31.333)
	100,0
	(35.800)
	114,3
	
	
	(=)Resultado Líquido
	47.000
	100,0
	53.700
	114,3
	(8.100)
	(17,2)
Conclusões:
A análise horizontal das demonstrações contábeis do exemplo revela sensível queda em sua liquidez e lucratividade. As principais conclusões que podem ser extraídas da análise efetuada são formuladas a seguir:
· Nos balanços, é possível observar uma deterioração na capacidade de pagamento a curto prazo da empresa como consequencia da evolução mais que proporcional de suas obrigações (passivos circulantes) em relação às suas disponibilidades e valores realizáveis (ativos circulantes). 
· Note-se que, de ano para ano, está decaindo a diferença entre o ativo e o passivo circulante (denominada de capital circulante líquido) tanto em valores relativos como em valores absolutos, proporcionando uma redução na liquidez. Em 19x3, essa diferença assume valores negativos.
· A participação dos recursos próprios (patrimônio líquido) na estrutura de financiamento da empresa vem proporcionalmente decaindo ao longo dos exercícios, notando-se um crescimento mais que proporcional nas dívidas. No exercício de 19x3, enquanto as exigibilidades aumentaram em mais de 56,0%, o capital próprio decresceu em 14%, demonstrando maior dependência da empresa aos credores, e, consequentemente, maior risco financeiro.
· Nos dois últimos exercícios considerados, os custos de venda da companhia apresentaram um crescimento maior que suas receitas, proporcionando uma redução na evolução do lucro bruto. Em outras palavras, em 19x2, para auferir um crescimento de 37,2% no lucro bruto, a empresa elevou suas vendas em 51,8%. Em 19x3, houve uma elevação de apenas 48,9% no lucro bruto, e as receitas precisaramcrescer 47,0%. 
· Em resumo, pode-se concluir que os investimentos da empresa foram prioritariamente dirigidos para ativos de longo prazo, notadamente o ativo permanente, em detrimento dos itens circulantes. Sua estrutura de financiamento, além de atribuir maior preferência por fontes de terceiros, deu ainda grande destaque a dívidas de curto prazo.
· A participação do capital próprio (patrimônio líquido) com moderado crescimento em 19x2, apresentou uma redução de 14,0% em 19x3. Esses aspectos que envolvem as decisões de investimento e financiamento da Cia. Exemplo, corroídos adicionalmente pelo fraco desempenho dos lucros, deslocaram a empresa para uma área de pouca liquidez e lucratividade negativa. São necessárias investigações mais profundas para melhor identificar-se as causas dos problemas discutidos.
A análise vertical é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.
Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos em forma vertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo.
Visando melhor ilustrar as aplicações dessa técnica, considere os quadros seguintes, os quais apresentam a análise vertical das demonstrações contábeis do exemplo, conforme apresentadas anteriormente.
Exemplo de Análise Vertical:
	Ativo / Passivo
	31/12/X1
($)
	AV (%)
	31/12/X2
($)
	AV (%)
	31/12/X3
($)
	AV (%)
	Ativo Circulante
	100.000
	17,8
	110.000
	16,1
	95.000
	13,0
	Ativo Não Circulante
	160.000
	28,6
	184.000
	26,9
	192.000
	26,2
	Ativo Permanente
	300.000
	53,6
	390.000
	57,0
	445.000
	60,8
	TOTAL
	560.000
	100,0
	684.000
	100,0
	732.000
	100,0
	Passivo Circulante
	70.000
	12,5
	90.300
	13,2
	106.400
	14,5
	Passivo Não Circulante
	150.000
	26,8
	200.000
	29,2
	235.000
	32,1
	Patrimônio Líquido
TOTAL
	340.000
560.000
	60,7
100,0
	393.700
684.000
	57,6
100,0
	390.600
732.000
	53,4
100,0
	DRE
	31/12/X1
($)
	AV (%)
	31/12/X2
($)
	AH (%)
	31/12/X3
($)
	AV (%)
	Rec. Líquida de Vendas
	830.000
	100,0
	1.260.000
	100,0
	2.050.000
	100,0
	(-) CMV
	(524.167)
	63,2
	(840.500)
	66,7
	(1.594.600)
	77,8
	(=)Lucro Bruto
	305.833
	36,8
	419.500
	33,3
	455.400
	22,2
	(-)Despesas Operacionais
	(139.500)
	16,8
	(190.000)
	15,1
	(277.500)
	13,5
	(-)Despesas Financeiras
	(88.000)
	10,6
	(140.000)
	11,1
	(186.000)
	9,1
	(=)Resultado Operacional
	78.333
	9,4
	89.500
	7,1
	(8.100)
	(0,4)
	(-) Provisão para IR
	(31.333)
	3,8
	(35.800)
	2,8
	 
	 
	(=)Resultado Líquido
	47.000
	5,6
	53.700
	4,3
	(8.100)
	(0,4)
Conclusões:
· Os investimentos de curto prazo sofreram pequenas reduções no período, passando de 17,8% do total do ativo em 19X1, para 13,0% para 19X3. Em contrapartida, de forma desequilibrada, as dívidas de curto prazo (representadas pelo passivo circulante) apresentaram uma participação maior ao longo dos períodos. Em 19X1, 12,5% do total do financiamento da empresa era representado por passivo circulante, subindo para 14,5% em 19X3.
· Essa situação, produziu uma redução na liquidez da empresa, devendo administrar um volume maior de dívidas vencíveis a curto prazo sem apresentar um incremento correspondente em seus ativos circulantes.
· O único grupo patrimonial que proporcionalmente cresceu ao longo dos anos foi o ativo permanente, que representava 53,6% dos investimentos em 19X1, crescendo para 60,8% em 19X3. Os demais grupos de contas do ativo sofreram decréscimos relativos nos exercícios. A maior preocupação por investimentos produtivos (permanentes) pode ser derivada do crescimento dos níveis de vendas da empresa, tendo atingido 51,8% em 19X2 em relação a 19X1, e 62,7% em 19X3 em relação a 19X2.
· Da mesma forma, observa-se que em 19X1, 60,7% dos ativos da empresa eram financiados por capital próprio. Em 19X3, esse percentual caiu para 53,4%, significando que a empresa deve a terceiros 46,6% (100% - 53,4%) de seus ativos. Em verdade, conforme comentou-se, a empresa não produziu melhores níveis de capitalização no período (maior participação de capital próprio), diminuindo inclusive a participação do patrimônio líquido.
· Pelas demonstrações de resultados, confirma-se a necessidade de um volume maior de receitas de vendas para cobrir os custos. Em 19X1, 63,2% das vendas eram destinados a reporem os custos incorridos, elevando-se para 66,7% em 19X2 e 77,8% em 19X3. Como consequencia, reduz-se a parte das vendas que representa lucro bruto. Observa-se que a relação lucro bruto / receitas de vendas atingia 36,8% em 19X1, decaindo para 33,3% em 19X2 e 22,2% em 19X3.
Índices de Liquidez
Os índices de liquidez mostram a condição financeira da empresa a curto (Liquidez Seca), médio (Liquidez Corrente) e longo prazo (Liquidez Geral). Esses índices indicam a solidez da situação financeira da empresa, não levando em consideração variáveis que também influenciam no pagamento de dívidas (prazos, renovação de dívida) e são vistos como bons indicadores de problemas de fluxo de caixa.
Liquidez Seca
· Leva em consideração todas as contas que podem ser convertidas em dinheiro com relativa facilidade antes do prazo normal, se for necessário, mesmo que isso tenha custo financeiro.
· Fórmula: Ativo Circulante - Estoques
			 Passivo Circulante
Exemplo: 
	 
	2006
	2007
	Ativo Circulante
	 154.500 
	 208.000 
	Estoques
	 47.300 
	 44.000 
	Passivo Circulante
	 90.800 
	 110.000 
Índice 2006: 154.500 – 47.300 = 1,18 Índice 2007: 208.000 – 44.000 = 1,49
 90.800						110.000
No ano de 2006 a empresa possuía recursos a curto prazo no valor de R$ 1,18 para cada R$ 1,00 de dívida, conseguindo pagar toas as suas dívidas somente com recursos de rápida conversibilidade, sendo que em 2007 esse índice aumentou para R$ 1,49. Quanto maior o indicador, melhor. O estoque é retirado do cálculo, pois pode comprometer a análise pois podem possuir itens obsoletos e de baixa rotatividade.
Liquidez Corrente
· Mostra a capacidade de a empresa satisfazer suas obrigações a médio prazo de vencimento.
· Fórmula: Ativo Circulante__
			 Passivo Circulante
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Ativo Circulante
	 154.500 
	 208.000 
	Passivo Circulante
	 90.800 
	 110.000 
Índice 2006: 154.500 = 1,70 Índice 2007: 208.000 = 1,89
 90.800			 110.000
Em 2006 a empresa possuía R$ 1,70 de recursos para cada R$ 1,00 de dívida a médio prazo, sendo que em 2007 este valor aumentou para R$ 1,89, mostrando que a empresa melhorou sua gestão de caixa. Quanto maior o indicador, melhor. 
Liquidez Geral
· Indica a capacidade de pagamento de dos financiamentos e dívidas a longo prazo.
· Fórmula: Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo__
			 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Ativo Circulante
	 154.500 
	 208.000 
	RLP
	3.500
	13.500
	Passivo Circulante
	 90.800 
	 110.000 
	ELP
	37.000 
	20.400
Índice 2006: 154.500 + 3.500 = 1,24 Índice 2007: 208.000 + 13.500 = 1,70
 90.800 + 37.000				 110.000 +20.400
Em 2006 a empresa possuía 1,24 de recursos para cada R$ 1,00 de dívida a curto e longo prazos. Em 2007 esse índice aumentou para 1,70. Esse índice não é válido para o curto prazo, pois seu principal problema é que os diversos valores correntes de diferentes datas se misturam, o que compromete a análise a curto prazo. Quanto maior o indicador, melhor. 
Rentabilidade
Neste grupo são apresentadas as formas de cálculo da rentabilidade dos capitais que foram investidos na empresa. Esses indicadores evidenciam os resultados empresariais.Esses índices são calculados com base na receita líquida, podendo-se também, calcula-los sobre a receita bruta, deduzidas as devoluções de vendas e abatimentos.
Giro do Ativo
· O Ativo Total é considerado a soma dos investimentos da empresa. Assim, esse indicadormede a eficiência com a qual a empresa usa seus Ativos para gerar vendas; quantas vezes o Ativo Total se renovou por meio das vendas. 
· Fórmula: Vendas Líquidas 
			 Ativo Total
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Vendas Líquidas
	597.200 
	664.300
	Ativo Total
	334.400
	402.200
Índice 2006: 597.200 = 1,79 Índice 2007: 664.300 = 1,65
 334.400			 402.200
Em 2006 o volume de vendas renovou 1,79 vezes o Ativo Total no ano, sendo que em 2007 esse índice caiu para 1,65, mostrando que houve uma queda de desempenho. Quanto maior esse indicador, melhor, ou seja, os Ativos vêm sendo utilizados com eficiência. 
Margem Líquida
· Este índice demonstra o quanto a empresa obteve de Lucro Líquido em relação à Receita Líquida, indicando também a capacidade da empresa gerar lucro.
· Fórmula: Lucro Líquido x 100
			 Vendas Líquidas
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Vendas Líquidas
	597.200 
	664.300
	Lucro Líquido
	62.600
	59.516
Índice 2006: 62.600 x 100 = 10,48% Índice 2007: 59.516 x 100 = 8,96%
 597.200			 664.300
Em 2006, depois de descontados todos os custos e despesas, sobraram 10,48% das vendas líquidas da empresa. Já em 2007 esse índice caiu para 8,96%, sinalizando que a empresa precisa rever sua estratégia. Quanto maior o resultado, melhor.
Rentabilidade do Ativo
· Este índice demonstra o quanto a empresa conseguiu rentabilizar o seu Ativo, qual foi o Lucro Líquido em relação ao Ativo Total e mostra o quanto a empresa foi rentável em relação ao total dos seus recursos (Ativo)
· Fórmula: Lucro Líquido x 100 
			 Ativo Total
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Ativo Total
	334.400
	402.200
	Lucro Líquido
	62.600
	59.516
Índice 2006: 62.600 x 100 = 18,72% Índice 2007: 59.516 x 100 = 14,80%
 334.400				 402.200
Em 2006 a rentabilidade do Ativo ficou em 18,72%, ocorrendo redução para 14,80% em 2007, mostrando que a empresa não conseguiu gerar vendas nem lucro suficiente para rentabilizar seus recursos. Quanto maior o índice, melhor.
Rentabilidade Patrimônio Líquido
· Este índice mostra a rentabilidade do capital aplicado na empresa pelos sócios; a taxa de rendimento do capital próprio. Verifica-se a rentabilidade do capital, que não é igual a lucratividade, pois significa o quanto o capital está sendo remunerado pelo lucro, o quanto está se ganhando sobre ele. A lucratividade é quanto a empresa está tendo de lucro sobre suas vendas.
· Fórmula: Lucro Líquido_____ x 100 
			 Patrimônio Líquido Médio
· PLM: PL 2006 + PL 2007 
			 2
· Utiliza-se o PL médio na fórmula, pois pelos conceitos de matemática financeira, uma renda deve ser dividida pelo Capital Inicial, mas como o PL sofre modificações durante o ano, foi convencionada a utilização do PL médio.
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Patrimônio Líquido
	206.600
	271.800
	Lucro Líquido
	62.600
	59.516
Índice 2007:
PLM: 206.600 + 271.800 = 239.200 →→ 	 59.516_ x 100 = 24,88%		 		2		 		 239.200	
O percentual mostra que a empresa rentabilizou seu capital 24,88% em 2007. Esse percentual deverá ser comparado com taxas de outros rendimentos do mercado (ações, aplicações financeiras, etc.). Quanto maior o índice, melhor.
Índices de Dependência Bancária
Este grupo de índices mostram o nível de dependência bancária da empresa, o grau de participação de instituições de crédito nos recursos investidos, podendo assim, ter uma visão do risco financeiro da empresa.
Financiamento de Ativo
· Este índice mostra qual a participação das instituições de crédito no total dos investimentos e qual o percentual dos recursos da empresa está sendo financiado pelos bancos ou financeiras. Os empréstimos e financiamentos são a curto e longo prazo. (Passivo Circulante e ELP).
· Fórmula: Empréstimos e Financiamentos x 100 
			 Ativo Total
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Empréstimos e Financiamentos
	62.000
	35.400
	Empréstimos e Financiamentos CP
	25.000
	15.000
	ELP
	37.000
	20.400
	Ativo Total
	334.400
	402.200
Índice 2006: 62.000 x 100 = 18,54% Índice 2007: 35.400 x 100 = 8,80%
 334.400			 402.200
Os índices mostram que em 2006, as participações das instituições de créditos representavam, do total dos investimentos, 18,54%; em 2007 houve redução para 8,80%, indicando que houve um aumento de capital próprio dos sócios ou de terceiros, como fornecedores, impostos e outros. Quanto menor o índice, melhor.
Participação de instituições de crédito no endividamento
· Este índice mostra o percentual da participação das instituições de crédito no total de recursos tomados junto a terceiros. Assim, quanto menor ele for, melhor, pois indica que a empresa está utilizando mais recursos operacionais do que bancos para financiar suas operações.
· Fórmula: Empréstimos e Financiamentos x 100 
			 Capital de Terceiros
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Empréstimos e Financiamentos
	62.000
	35.400
	Passivo Circulante
	25.000
	15.000
	ELP
	37.000
	20.400
	Capital de Terceiros
	127.800
	130.400
	Passivo Circulante
	90.800
	110.000
	ELP
	37.000
	20.400
Índice 2006: 62.000 x 100 = 48,51% Índice 2007: 35.400 x 100 = 27,15%
 	 127.800 				 130.400
Em 2006 os financiamentos representavam 48,51% do capital de terceiros investido na empresa, reduzindo para 27,15% em 2007, mostrando que a menor parte dos recursos recebidos pela empresa originou-se de instituições financeiras. Quanto menor o índice, melhor.
Financiamento do Ativo Circulante por instituições financeiras
· Este índice mostra quanto os financiamentos a curto prazo representam se comparados aos recursos correntes da empresa (AC). A empresa pode ter valor relevante no Ativo Circulante, mas os financiamentos a curto prazo (PC) podem corresponder a grande parcela desses recursos.
· Fórmula: Financiamento a Curto Prazo x 100 
			 Ativo Circulante
Exemplo:
	 
	2006
	2007
	Financiamento CP
	25.000
	15.000
	Ativo Circulante
	154.500
	208.000
Índice 2006: 25.000 x 100 = 16,18% Índice 2007: 15.000 x 100 = 7,21% 					 154.500	 			 208.000
Em 2006, os financiamentos a curto prazo (PC) representavam 16,18% dos recursos disponíveis no Ativo Circulante da empresa; em 2007 esse índice caiu para 7,21%, mostrando que as atividades da empresa estão sendo financiadas por recursos provenientes das contas operacionais em sua maioria, e não de bancos. Quanto menor o índice, melhor.
Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa
Ciclos são medidas de prazos ocorridos com os Ativos da empresa denominados: Prazo Médio de Rotação dos Estoques, Prazo Médio de Recebimento das Vendas e Prazo Médio de Pagamento das Compras.
Prazo Médio de Rotação dos Estoques
· PMRE significa o tempo de giro médio dos estoques da empresa, que compreende o tempo de compra e estocagem. Corresponde ao período compreendido desde a compra das mercadorias até o momento de suas vendas.
· Fórmula: Estoques x DP
			 CMV
DP significa Dias de Período. Se considerarmos o CMV de um ano, DP será igual a 360 dias. No cálculo gerencial das empresas, em que há saldos todos os meses, é recomendável utilizar a conta de estoque médio (média mensal de todos os saldos).
Prazo Médio de Recebimento das Vendas
· Refere-se ao intervalo de tempo entre a venda a prazo das mercadorias ou produtos e as entradas de caixa, provenientes da cobrança de duplicatas.
· Fórmula: Duplicatas a Receber x DP
			 Receita de Vendas
Prazo Médio de Pagamento das Compras
· Período em que a empresa dispõe das mercadorias ou materiais de produção sem desembolsar valores correspondentes. É o tempo médio que a empresa tem para pagar suas compras a prazo.
· Fórmula: Fornecedores x DP
			 Compras
Ciclo Operacional
· Refere-se ao tempo correspondente ao intervalo entre a compra das matérias-primas ou mercadorias e o recebimentodas vendas. Trata-se do tempo exato do processo operacional da empresa, entre comprar, armazenar, produzir, novamente armazenar, vender, entregar e receber o valor da venda.
· Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) 
· Saldo da conta Estoques x 360 dias
		 		 CMV
· Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) 
· Duplicatas a Receber x 360 dias
			 Receita de Vendas
Ciclo Operacional = PMRE + PMRV
Exemplo:
	 
	
	Saldo da conta Estoque
	44.000
	CMV
	362.000
	Duplicatas a Receber
	98.000
	Vendas
	687.000
PMRE = 44.000 X 360 = 43,7 dias
	 362.000	
PMRV = 98.000 X 360 = 51,3 dias
	 687.000
Ciclo Operacional = 43,7 dias + 51,3 dias = 95 dias
· Nesse caso o tempo de operação da empresa é de 95 dias, que é o tempo entre a compra e o recebimento das vendas. Quando se tratarem de períodos menores, o cálculo é efetuado pelos dias do período (6 meses = 180 dias). Os valores de estoques, clientes, fornecedores, etc., são utilizados do Balanço Patrimonial encerrado (anual) e nas empresas que se utilizam de saldos mensais, utiliza-se a média dos saldos.
Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro
· Trata-se do período de necessidade do Capital de Giro, pois se inicia no pagamento dos fornecedores e termina com o recebimento das vendas. É o tempo de comprar, armazenar, produzir, novamente armazenar, vender, entregar e receber o valor da venda, descontando o período de pagamento aos fornecedores, ou seja, é o Ciclo Operacional menos o Prazo Médio de Pagamento das Compras, PMPC.
· Fórmula:
· CF = PMRE + PMRV – PMPC
Ou
· CF = CO – PMPC
Exemplo:
	 
	
	Estoque em 2006 (inicial em 2007)
	47.300
	Saldo conta estoque 2007 (final)
	44.000
	Custo das Mercadorias Vendidas
	362.000
	Duplicatas a Receber
	98.000
	Vendas
	687.000
	Compras
	358.700
	Fornecedores
	56.300
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
CMV = 47.300 + 358.700 – 44.000 = 362.000
PMRE = 44.000 X 360 = 43,7 dias
	 362.000	
PMRV = 98.000 X 360 = 51,3 dias
	 687.000
PMPC = 56.300 X 360 = 56,5 dias
	 358.700
Ciclo Financeiro = 43,7 dias + 51,3 dias – 56,5 dias = 38,5 dias
Nesse caso, observa-se que a empresa tem uma necessidade de Capital de Giro para operar por 38,5 dias. Caso possua recursos no seu CCL, terá folga financeira, caso contrário, deverá contrair empréstimos externos, o que irá gerar encargos financeiros.
Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa
· Desembolso Operacional: Pagamentos necessários à operação da empresa, tais como: salários, tributos, energia elétrica, gastos administrativos, etc.
· Giro de Caixa: Quantidade de vezes que o volume necessário de recursos disponíveis (caixa operacional) gira no período, por exemplo, 1 ano.
· Caixa Operacional: Montante de recursos necessários, em se considerando quantas vezes haverá giro no período, para custar o desembolso operacional.
Exemplo:
	CMV
	362.000
	Despesas com vendas
	12.000
	Despesas administrativas
	174.300
	Impostos sobre vendas
	22.700
	Impostos sobre o lucro
	15.500
	Desembolso Operacional
	586.500
	 
	Situação Atual
	Alterando os Prazos
	PMRE
	43,7 dias
	35 dias
	PMRV
	51,3 dias
	40 dias
	PMPC
	56,5 dias
	60 dias
	Ciclo Financeiro
	38,5 dias
	15 dias
	Giro de Caixa (360/CF)
	9,35 vezes ao ano
	24 vezes ao ano
	Desembolso Operacional
	586.500
	586.500
	Caixa Operacional
	62.727,27
	24.437,87
	Taxa Financeira ao ano – 13% aa
	8.154,54
	3.176,87
Análise do Capital de Giro
Gerenciar o Capital de Giro envolve um processo contínuo que visa tomada de decisões voltadas, sobretudo, para a preservação da liquidez da Companhia.
Administração do Capital de Giro
A boa administração do Capital de Giro pode fazer a diferença na rentabilidade de uma empresa, pois envolve um grande volume de ativos, tais como: estoques, caixa, contas a receber, diferimento de tributos, etc.
Composição do Capital de Giro
O Capital de Giro é composto pelo volume de bens que constituem o Ativo Circulante, considerando também obrigações contabilizadas no Passivo Circulante. As contas a longo prazo e do Patrimônio Líquido devem servir para financiar os bens do Ativo Permanente. Diante disso, a boa gestão dos recursos a curto prazo pode fazer a diferença na lucratividade da empresa.
Capital Circulante Líquido significa o excedente de Capital de Giro utilizado, ou seja, o que sobraria se todos os bens fossem realizados e todas as dívidas a curto prazo pagas. O CCL indica a “folga financeira da empresa”, podendo também ser considerado a medida de liquidez da empresa.
· Fórmula:
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	CCL
	ELP
	RLP
	
	
	Resultados de Exercícios Futuros
	
	
	Ativo Permanente
	Patrimônio Líquido
	
	
	
	
	
	
A falta de liquidez em uma empresa é provocada quando o Passivo Circulante é maior que o Ativo Circulante, o que causa despesas financeiras, reduzindo o lucro da empresa. Já o excesso de liquidez representa a falta de opções de investimentos, provando o quanto é importante saber o volume exato de recursos a serem destinados ao Capital de Giro Líquido.
Necessidade Líquida de Capital de Giro
O Ativo Operacional – ACO é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda, enquanto o Passivo Operacional – PCO é o financiamento, também automático, que decorre dessas atividades.
O ciclo operacional consiste na captação de recursos a curto prazo, por meio das contas que representam crédito ou recursos financiados. No Passivo Circulante as principais contas são:
· Fontes de Capital de Giro (Financiamento Operacional)
· Obrigações trabalhistas
· Obrigações fiscais
· Fornecedores
· Adiantamento a clientes
· Aplicações de Capital de Giro (Investimentos Operacionais)
· Duplicatas a receber
· Estoque
· Adiantamento a fornecedores
Determinação da Necessidade de Capital de Giro
A determinação da Necessidade de Capital de Giro e a análise de suas fontes de financiamento não são apenas uma prática de estudo de administração financeira, mas uma estratégia de crescimento e lucratividade.
A necessidade de Capital de Giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais. Havendo insuficiência de PCO em relação ao ACO, a empresa terá que buscar novas fontes de financiamento (sistema financeiro) para continuar operando.
A necessidade de Capital de Giro pode ser calculada pela utilização dos saldos das contas cíclicas do Balanço Patrimonial.
· Fórmula: NCG = ACO – PCO
· Exemplo: 	Contas a receber: 25.000
 	Estoques: 40.000
 	Fornecedores: 30.000
	Impostos a pagar: 5.000
	CNGC = 25.000 + 40.000 - 30.000 – 5.000 = 30.000
Financiamento do Capital Circulante Líquido
É o montante de recursos que financiam o Ativo Circulante e que não vieram do Passivo Circulante. É de se supor que quanto maior for o CCL, menor será o risco de insolvência e menores serão as dívidas de curto prazo onerando as contas do Capital de Giro.
· Fórmula: FCCL = (ELP+PL) – (RLP + AP)
IV. Controladoria
A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica e pode ser visualizada sob dois enfoques:
· Como órgão administrativo: missão, funções e princípios norteadores definidos no modelo de gestão da empresa;
· Como área de conhecimento humano: fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências.
Controladoria é o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica da empresa, com o fim de orientá-la pata a eficácia.
A Controladoria pode ser definida como unidade administrativa responsável pela utilização de todo o conjunto da Ciência Contábil dentro da empresa. À Controladoria cabe a responsabilidade de implantar, desenvolver, aplicar e coordenar todo o ferramental da Ciência Contábil dentro da empresa, nas suas mais diversas necessidades. Ciência Contábil: ciência do controleem todos os aspectos temporais – passado, presente e futuro -, e como Ciência Social, exige a comunicação de informação (com outras áreas de conhecimento).
A missão da Controladoria é zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global. O controller é o chefe da contabilidade, aquele que supervisiona e mantém os arquivos financeiros formais da empresa. Embora as funções do controller não tenham que se restringir apenas às funções contábeis, o que mais se espera é que ele amplie sua atuação ap desenvolvimento da contabilidade em aplicações gerenciais.
Na controladoria as responsabilidades e atividades podem ser caracterizadas da seguinte forma:
· Planejamento: estabelecer e manter um plano integrado para as operações consistentes com os objetivos e metas da companhia (a curto e longo prazos) e deve ser analisado e revisado constantemente.
· Controle: desenvolver e revisar constantemente os padrões de avaliação de desempenho para que sirvam como guias de orientação aos outros gestores no desempenho de suas funções, assegurando que o resultado real das atividades esteja em conformidade com os padrões estabelecidos.
· Informação: preparar, analisar e interpretar os resultados financeiros para serem utilizados pelos gestores no processo de tomada de decisão e preparar as informações para uso externo (governo, acionistas, bancos, clientes e público em geral);
· Contabilidade: delinear, estabelecer e manter o sistema de contabilidade geral e de custos em todos os níveis da empresa, mantendo registro de todas as transações financeiras de acordo com os princípios da contabilidade com finalidade de controle interno. Preparar as demonstrações externas de acordo com as exigências do governo;
· Outras funções: controle fiscal, negociações com autoridades fiscais, manter relacionamento com auditores internos e externos, plano de seguro, supervisão da tesouraria, desenvolvimento de programas financeiros.
Função do Controller
O título Controller se aplica a diversos cargos na área de contabilidade, cujo nível de responsabilidade varia de uma empresa para outra. O termo Controller significa o principal executivo da área de contabilidade administrativa.
O Controller moderno não faz controle algum em termos de autoridade de linha, exceto em seu próprio departamento. O conceito moderno de Controladoria sustenta que o Controller realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes; exerce força ou influência ou projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e compatíveis com os objetivos.
Segundo Heckert & Wilson são funções do Controller: A função de planejamento; A função de controle; A função de reporte; A função contábil.
Outros autores entendem que as funções do Controller incluem: Planejamento e controle; Relatórios internos; Avaliação e consultoria; Relatórios externos; Proteção dos ativos; Avaliação econômica.
Planejamento Orçamentário
O processo orçamentário realiza-se no curto prazo, normalmente um ano e fornece uma direção dos passos que os gestores devem seguir no período corrente para que os objetivos organizacionais sejam atingidos. É útil que as duas funções, planejamento e controle sejam diferenciadas. Distinção semelhante deve ser aplicada ao orçamento, para que se possa examinar separadamente as funções de planejamento orçamentário e controle orçamentário.
O planejamento de longo prazo envolve a determinação dos objetivos da empresa e a determinação de um plano apropriado para atingir esses objetivos. O plano de longo prazo é o guia para a preparação do orçamento anual e define as ações que precisam ser efetivadas hoje, em busca de objetivos de longo prazo. Exemplo: se a função de marketing precisa aumentar as vendas em um curto período de tempo, a função de produção deverá aumentar as saídas substancialmente, o que poderá envolver o uso de horas extras e mão-de-obra, ou compra de componentes prontos a preços maiores.
Etapas do Processo Orçamentário
O primeiro estágio do exercício orçamentário é a determinação dos fatores chaves, ou restrições, que impõem os limites gerais aos planos orçamentários. Entre estes fatores estão a capacidade produtiva da planta operacional, os recursos financeiros disponíveis e as condições de mercado que impõem os limites de saídas que a empresa será capaz de vender. Normalmente, do ponto de vista gerencial, a questão crítica é: o que a empresa é capaz de vender no período orçamentário? 
Essa questão resume todos os limites dos planos orçamentários e por essa razão, o orçamento de vendas é o ponto de partida e o suporte do processo orçamentário.
Uma vez que os níveis de vendas sejam estabelecidos, os custos de vendas e distribuição devem ser averiguados. O próprio orçamento de produção é determinado pelas alternativas de vendas, pelo nível de estoques de produtos acabados e pela capacidade da planta operacional. 
No orçamento de produção poderão ser estimados os custos de produção e as necessidades de materiais, mão-de-obra e custos indiretos. 
O orçamento de capital diz respeito a saídas de capital, durante o período orçamentário, para a manutenção e aperfeiçoamento da capacidade produtiva existente. Associados a este orçamento, estão os custos com pesquisa e desenvolvimento para aperfeiçoamento dos métodos de produção, assim como, melhoramento do produto.
O superávit ou déficit do orçamento geral são mostrados no orçamento de caixa, que incorpora todas as entradas e saídas de caixa, possibilitando à empresa uma adaptação de suas necessidades financeiras de acordo dom esse fluxo. Os resultados projetados e as mudanças em termos de lucro líquido geral e as mudanças nas estruturas dos ativos e exigibilidades são demonstrados nas Demonstrações Contábeis Projetadas, de Lucros e Perdas e balanço Patrimonial, no final do período orçamentário.
O papel da comissão orçamentária é importante não somente para harmonizar os orçamentos divisionais dentro do plano geral, mas também porque ela terá que manipular numerosos ajustes que precisarão ser feitos, se o orçamento geral não for capaz de atingir alguns objetivos.
Projeção de Vendas
· Método de composição de vendas: responsabiliza os vendedores individualmente pela projeção de vendas.
· Análise de mercado e fatores setoriais: reconhece a importância de fatores que não são de conhecimento da força de venda, como a projeção do produto nacional bruto, renda per capita, etc.
· Análise estatística das flutuações temporais: método estatístico de separar e analisar a evidência histórica do comportamento das vendas e identificar o impacto desses vários fatores nas vendas.
· Técnicas matemáticas de projeção de vendas: projeção de vendas futuras baseada em dados históricos das vendas correntes, ponderados de maneira que as informações mais recentes de lucro tenham maior importância.
Projeção de Estoques:
· Produtos acabados
· “A” – estimativa de estoque inicial = 750 unidades
· “B” – estimativa de estoque inicial = 1.000 unidades
· Foi planejado que o nível de estoque final, ao término de cada trimestre, deve ser igual à metade das vendas esperadas para o trimestre seguinte, para ambos os produtos; espera-se que o primeiro trimestre do ano seguinte repita o desempenho do quarto trimestre o ano orçado.
· Os estoques finais de MP correspondem a 50% do consumo esperado para o trimestre seguinte.
Projeção do Fluxo de Caixa: 
· 1 – Receita de Vendas – 50% são recebidas a vista e os 50% restantes no prazo de trinta dias da venda.
· 2 – Saídas de Caixa – Custos da Produção
· MOD, material direto e custo variável indireto são desembolsados no mês da incorrência.
· Custos fixos indiretos são pagos trimestralmente em parcelas iguais.
· Outros custos: taxas no montante de $ 12.000 serão pagas trimestralmente em parcelas iguais durante o ano.
Despesas de Capital: as despesas na aquisição de ativos são planejadas como segue:
· 1º trimestre - $ 10.000
· 2º trimestre - $ 15.000
· 3º trimestre - $ 8.000
· 4º trimestre - $ 20.000
· Total	 $ 53.000
Credores diversos:

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