Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FATOS E NEGOCIOS JURIDICOS - QUESTIONÁRIO UNIDADE III • • Quanto ao ato ilícito e à responsabilidade civil, assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: a. A ação ou a omissão pode ser própria ou de terceiro. Há situações em que o réu, condenado a custear a indenização por ato ilícito, não foi o agente que o praticou, por ato comissivo ou omissivo. Respostas: a. A ação ou a omissão pode ser própria ou de terceiro. Há situações em que o réu, condenado a custear a indenização por ato ilícito, não foi o agente que o praticou, por ato comissivo ou omissivo. b. A ação ou a omissão que gera responsabilidade civil não pode ser de terceiro, deve ser própria. c. a responsabilidade civil por atos de terceiro é sempre subjetiva, pois decorre da culpa. d. O tutor e o curador não respondem por atos do tutelado e do curatelado. e. o empregador responde subjetivamente (se agir com culpa) pelos atos danosos causados por seu empregado no exercício do trabalho. Feedback da resposta: Resposta: a Comentário: A ação ou a omissão pode ser própria ou de terceiro. Há situações em que o réu, condenado a custear a indenização por ato ilícito, não foi o agente que o praticou, por ato comissivo ou omissivo. Assim, é correta a letra “a”. O principal dispositivo do CC que trata do tema é o art. 932, que impõe a responsabilidade, por imputabilidade objetiva (art. 933), às seguintes pessoas: os pais, pelos atos danosos causados por seus filhos menores; o tutor e o curador, pelos atos e danos causados por seu respectivo pupilo; o empregador, pelos atos danosos causados por seu empregado no exercício do trabalho; o comitente em relação a serviçal e preposto; os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, ainda que de ensino, pelos atos danosos causados por seus hóspedes, moradores ou educandos; o que gratuitamente obteve o resultado da conduta criminosa. • Pergunta 2 1 em 1 pontos Quanto aos danos morais e materiais, assinale a alternativa incorreta: Resposta Selecionada: e. O dano moral não encontra previsão e fundamento na Constituição Federal de 1988. Respostas: a. São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. b. O dano pode ser exclusivamente moral, não depende de dano material. c. Não há “tabela” que possa estabelecer previamente o valor dos danos morais. A cada caso, o julgador levará em conta diversos fatores, como por exemplo, a extensão do dano e as condições financeiras do causador. d. O dano moral não era mencionado no Código Civil de 1916. e. O dano moral não encontra previsão e fundamento na Constituição Federal de 1988. Feedback da resposta: Resposta: e Comentário: A Súmula n. 37 do STJ determina que “São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato” (STJ, 2007). O dano pode ser exclusivamente moral, não depende de dano material, como entendia, antes, parte da doutrina, ora ultrapassada. Atrelar a existência do dano moral à comprovação de um dano material é negar a existência do dano moral essencialmente. Não há “tabela” que possa estabelecer previamente o valor dos danos morais. A cada caso, o julgador levará em conta diversos fatores, como por exemplo, a extensão do dano e as condições financeiras do causador. O dano moral não era mencionado no CC/1916, mas é tratado, como mencionamos anteriormente, no artigo 186 do CC/2002, em conformidade com a atual norma prevista na Constituição Federal de 1988. O dano moral é fundamentado na CF/1988, quando protege os direitos e as garantias fundamentais, no art. 5º, incisos V e X. • Pergunta 3 1 em 1 pontos Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: I. A responsabilidade civil objetiva, sem o requisito da culpa (componente subjetivo), é exceção no direito civil. II. Há responsabilidade civil objetiva por determinação da lei ou por decisão judicial. III. A responsabilidade civil não dependerá de culpa, geralmente, quando for necessária a ampliação da proteção da sociedade: situações em que o agente causador do dano assume atividade que coloca em risco o grupo social, ao mesmo tempo em que traz, ao seu praticante, lucros muito altos. Resposta Selecionada: d. Todas são corretas. Respostas: a. somente I e II são incorretas. b. Somente II e III são incorretas. c. Somente I e III são incorretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Feedback da resposta: Resposta: d Comentário: A responsabilidade civil objetiva, sem o requisito da culpa (componente subjetivo), é exceção no direito civil. Tem cabimento por determinação da lei ou por decisão judicial, consoante artigo 927, parágrafo único, do CC/2002. São as duas fontes da responsabilidade civil objetiva: lei e ordem judicial. A responsabilidade civil não dependerá de culpa, geralmente, quando for necessária a ampliação da proteção da sociedade: situações em que o agente causador do dano assume atividade que coloca em risco o grupo social, ao mesmo tempo em que traz, ao seu praticante, lucros muito altos. Havendo lucros muito altos e situação potencialmente lesiva à sociedade, é possível falar-se em responsabilidade civil objetiva, desde que assim determine a lei ou decisão judicial. • Pergunta 4 1 em 1 pontos Não é exemplo de determinação de responsabilidade civil objetiva, sem culpa, por força de lei: Resposta Selecionada: a. A responsabilidade civil do médico, como regra geral. Respostas: a. A responsabilidade civil do médico, como regra geral. b. A responsabilidade civil dos pais por atos dos filhos. c. A responsabilidade daqueles que atuam em atividades com energia nuclear. d. A responsabilidade civil das companhias aéreas e nos contratos de transporte em geral, por danos ocasionados às pessoas e aos objetos (bagagens). e. a responsabilidade civil do fornecedor por vícios do produto ou do serviço consoante o Código de Defesa do Consumidor. Feedback da resposta: Resposta: a Comentário: São exemplos de determinação de responsabilidade civil objetiva, sem culpa, por força de lei: a responsabilidade civil do fornecedor por vícios do produto ou do serviço (CDC/1990); a responsabilidade civil dos pais por atos dos filhos; a responsabilidade daqueles que atuam em atividades com energia nuclear; a responsabilidade civil das companhias aéreas e nos contratos de transporte em geral, por danos ocasionados às pessoas e aos objetos (bagagens). A letra “a”, que trata da responsabilidade civil do médico, não é prevista em lei como caso de responsabilidade civil objetiva. • Pergunta 5 1 em 1 pontos Quanto ao incapaz, assinale a alternativa incorreta: Resposta Selecionada: c. O incapaz jamais poderá ser obrigado a responder pelos prejuízos que causar. Respostas: a. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. b. A indenização a ser paga pelo incapaz deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. c. O incapaz jamais poderá ser obrigado a responder pelos prejuízos que causar. d. A responsabilidade civil do incapaz não depende de culpa, é objetiva. e. Havendo pessoas responsáveis pelo incapaz com possibilidade de responder pelos prejuízos, deve ser atribuída a obrigação a esses responsáveis. Feedback da resposta: Resposta: c Comentário: a letra “c” é incorreta porque nos termos do art. 928 do Código Civil: “Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deveráser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem”. A responsabilidade civil do incapaz é objetiva, pois não decorre de apuração de culpa, uma vez que não há discernimento. A letra “e” é correta, porque traz interpretação a contrário sensu do art. 928 do Código Civil. • Pergunta 6 1 em 1 pontos Quanto à responsabilidade civil e penal, é incorreto afirmar que: Resposta Selecionada: c. Caso não seja proposta ação para a apuração de responsabilidade civil, não haverá responsabilidade penal. Respostas: a. A responsabilidade civil é independente da criminal; b. Não se poderá questionar mais sobre a existência do fato, ou quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no crime. c. Caso não seja proposta ação para a apuração de responsabilidade civil, não haverá responsabilidade penal. d. O julgamento penal improcedente por falta de provas, ou prescrição do crime, não impede a reparação cível, pois na ação civil de conhecimento poderá haver a produção de provas e a propositura no prazo correto. e. No juízo cível, os bens do responsável solidário ficam sujeitos à reparação do dano. Se a responsabilidade for contratual, a obrigação opera-se entre as partes, bem como entre os seus herdeiros. Feedback da resposta: Resposta: c Comentário: “Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal; não se poderá, porém, questionar mais sobre a existência do fato, ou quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no crime”. O julgamento penal improcedente por falta de provas, ou prescrição do crime, não impede a reparação cível, pois na ação civil de conhecimento poderá haver a produção de provas e a propositura no prazo correto. Então, a morte do autor do crime produz a extinção da punibilidade (art. 107, I, Código Penal/1940). No juízo cível, os bens do responsável solidário ficam sujeitos à reparação do dano. Se a responsabilidade for contratual, a obrigação opera-se entre as partes, bem como entre os seus herdeiros. A letra “c” é incorreta, porque mesmo que não seja proposta a ação para a apuração de responsabilidade civil, pode ser apurada a responsabilidade penal. • Pergunta 7 1 em 1 pontos Quanto à prescrição, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. A prescrição extintiva é a perda do direito de alcançar em juízo a proteção a certa prerrogativa, por conta da negligência e da inércia do seu titular, durante o prazo previsto em lei. II. A chamada prescrição aquisitiva, ou usucapião, também decorre da negligência de titular de direito de domínio, sobre certo bem, durante o lapso temporal previsto em lei. III. A natureza jurídica da usucapião, prescrição aquisitiva, é idêntica à da prescrição extintiva, e são as mesmas as suas finalidades: estabilidade, segurança jurídica, apaziguar os conflitos sociais. O escopo é solidificar as circunstâncias fáticas. Resposta Selecionada: d. Todas são corretas. Respostas: a. Somente I e II são incorretas b. Somente II e III são incorretas. c. Somente I e III são incorretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Feedback da resposta: Resposta: d Comentário: A prescrição extintiva é a perda do direito de alcançar em juízo a proteção a certa prerrogativa, por conta da negligência e da inércia do seu titular, durante o prazo previsto em lei. A chamada prescrição aquisitiva, ou usucapião, também decorre da negligência de titular de direito de domínio, sobre certo bem, durante o lapso temporal previsto em lei. A natureza jurídica da usucapião, prescrição aquisitiva, é idêntica à da prescrição extintiva, e são as mesmas as suas finalidades: estabilidade, segurança jurídica, apaziguar os conflitos sociais. O escopo é solidificar as circunstâncias fáticas. Assim, todas as afirmativas são corretas. Tanto a prescrição extintiva, de que ora tratamos, quanto a prescrição aquisitiva (usucapião), sofrem suspensão e interrupção de seus prazos pelas mesmas razões. • Pergunta 8 1 em 1 pontos Nas alternativas abaixo, assinale aquela que não trata de causa de suspensão do prazo prescricional: Resposta Selecionada: c. em razão de protesto judicial ou cambial; Respostas: a. entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; b. entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; c. em razão de protesto judicial ou cambial; d. entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela; e. contra os incapazes de que trata o art. 3º. Feedback da resposta: Resposta: c Comentário: Protesto judicial ou cambial é causa de interrupção, e não de suspensão, do prazo prescricional. Por isso deve ser marcada a letra “c”. As demais alternativas tratam de casos de suspensão do prazo prescricional, que, após a causa suspensiva, volta a correr do ponto em que parou. No caso do protesto, que é de interrupção, o prazo volta a correr do início. Os art. 197 e 198 do Código Civil tratam dos casos de suspensão do prazo prescricional. Conforme art. 197, do Código Civil, não corre a prescrição: I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198. Também não corre a prescrição: I – contra os incapazes de que trata o art. 3º; II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III – contra os que se acharem servindo as Forças Armadas, em tempo de guerra. • Pergunta 9 1 em 1 pontos Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: I. São documentos quaisquer escritos, fotografias, filmes, gravações e arquivos digitais levados a termo, que possam demonstrar a ocorrência do fato jurídico, com o escopo de tutela de direito. II. Documentos Públicos são elaborados por autoridade pública, no exercício de suas funções (certidões, traslados, instrumentos). III. Particulares são documentos elaborados por pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado (pessoas naturais ou jurídicas, através de seus representantes). Ex: cartas, telegramas, instrumentos. IV. Os documentos públicos têm maior força probatória, pela presunção de fé pública, que leva à crença de autenticidade do seu conteúdo. Resposta Selecionada: d. Todas são corretas. Respostas: a. Somente I, II e IV são corretas. b. Somente II e III são corretas. c. Somente I e IV são corretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Feedback da resposta: Resposta: d Comentário: Documentos são quaisquer escritos, fotografias, filmes, gravações e arquivos digitais levados a termo, que possam demonstrar a ocorrência do fato jurídico, com o escopo de tutela de direito. Documentos Públicos são elaborados por autoridade pública, no exercício de suas funções (certidões, traslados, instrumentos). Particulares são documentos elaborados por pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado (pessoas naturais ou jurídicas, através de seus representantes). Ex: cartas, telegramas, instrumentos. Os documentos públicos têm maior força probatória, pela presunção de fé pública, que leva à crença de autenticidade do seu conteúdo. Assim, são corretas todas as afirmativas. • Pergunta 10 1 em 1 pontos Assinale a alternativa correta, quanto às pessoas que não podem ser admitidas como testemunhas: Resposta Selecionada: e. não podem ser testemunhas os menores de 16 anos, dentre outras hipóteses determinadas na lei. Respostas: a. somente pode ser testemunha o maior de 18 anos. b. amigo íntimo ou inimigo capital das partes podem ser testemunhas no âmbito civil, mas não podem ser testemunhas no juízopenal. c. maiores de 12 anos podem ser testemunhas. d. somente a partir dos 14 anos é que se pode prestar depoimento em juízo como testemunha. e. não podem ser testemunhas os menores de 16 anos, dentre outras hipóteses determinadas na lei. Feedback da resposta: Resposta: e Comentário: O artigo 228, CC elenca em seus incisos quais as pessoas que não podem ser admitidas como testemunhas: I. os menores de 16 anos; II. o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes; III. os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade. Parágrafo 1º: Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. Parágrafo 2º: A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo- lhes assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva (redação cf. a Lei nº 13.146/2015). Desse modo, é correta a alternativa “e”.
Compartilhar