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O Poço O Poço começa com uma cena, onde o personagem Goreng acorda numa prisão vertical, com um companheiro de sela Trimagasi. O filme deixa claro desde o início que a vida ali não é nem um pouco fácil. A prisão é dividida por níveis, até o momento de sabe que vai do 1 ao 200. A administração do local envia diariamente um grande banquete aos prisioneiros. No nível 1, o banquete está intacto. No dois, um pouco comido. No 50, quase acabado. No 100, nem restos mais são encontrados na mesa. As pessoas que estão nos níveis abaixo tem que agir de maneiras absurdas para conseguir sobreviver dentro de 1 mês que passam no nível, até que haja a troca. Logo no início o filme deixa claro que “há três tipos de pessoas: as que estão do topo, as que estão embaixo e as que caem”. A mensagem que o filme busca contar é sobre solidariedade, que no ser humano, não surge naturalmente. Mesmo sabendo que se comessem apenas o necessário para sua sobrevivência, seus colegas não ficariam sem alimentos nos níveis inferiores, os prisioneiros comem o máximo possível e sempre que estão acima humilham os debaixo, pelo simples fato que se fosse ao contrário estariam sendo humilhados. O filme deixa claro também a violência que o ser humano pode chegar, quando colocado em situações extremas de sobrevivência. Dessa maneira, O Poço serve quase como um estudo social. Afinal, o que somos além de prisioneiros num sistema que nos alimenta? E nós, por sua vez, alimentamos os que estão em camadas abaixo? E esses, por sua vez, alimentam as camadas mais abaixo ainda, até não sobrar nada. Capitalismo é isso. Sobrevivência ao máximo, garantindo o seu, e esquecendo do próximo. O filme também faz uma referência ao Comunismo, quando em determinando momento Goreng descobre como o Poço funciona, diz que precisam contatar os outros níveis para que possam racionar a comida, seu companheiro de cela Trimagasi questiona: “Você é comunista? Os de cima não escutam comunistas”. O filme vai https://www.imdb.com/title/tt8228288/?ref_=nv_sr_srsg_0 acontecendo e o personagem de Goreng enfrenta diversas situações críticas e se envolve com demais personagens do filme, confirmando que a “Solidariedade “espontânea não existe no ser humano, o personagem passa agir de maneiras absurdas durante a trama. Dado momento do filme, Goreng tem a ideia de mandar uma mensagem para os administradores do poço fazendo o racionamento dos alimentos até chegar o último nível, por isso, decide descer os níveis junto com seu “companheiro de cela” – que nesse momento já mudou algumas vezes – chamado Baharat. Ambos descobrem que há mais de 250 níveis (calculados por Goreng até o momento) e encontram uma garotinha no nível 333 (último nível) e consentem que ela é a mensagem para os administradores. Porém para chegar até o final, praticam de forma violenta e forçada que as pessoas “dividam” os alimentos, causando muitas mortes pelo caminho, aí fica a crítica ao Comunismo implantado de maneira incorreta. Fazendo uma comparação com a nossa realidade, seria essa garotinha a esperança de mudança desse sistema assassino? Em tempos de pandemia, fica mais do que evidente o quanto a vida de um depende de todos, o individualismo que o capitalismo tanto prega cai por terra e se vira contra quem mais precisa de ajuda. Por isso, precisamos nos organizar e nos posicionar como educadores e fazer valer o papel que a escola em disseminar o conhecimento, senso crítico, de ajudar a formar cidadãos de bem. Todos têm o direito de conhecer os diversos sistemas políticos que são implantados pelo mundo e os que já não existem mais. Tem o direito de saber o que já deu certo e o que deu errado, tem que conhecer a história politica do Brasil e do mundo, para que quando adultos, sejam responsáveis pela escolhas de seus governantes e se julgarem que o sistema implantado não está de acordo para o bem se sua população, lutem para um sistema mais justo e principalmente que tem conhecimento para fazer as implantações e correções de maneira correta, justa e transparente pata todos. Referências O POÇO. Direção: Galder Gaztelu-Urrutia. ESP: Studios Ghibli,2019. Netflix. (94 min). Aluno: Natália Granata Vieira RA: 1873198 Polo: Araraquara II -Centro